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PROGRAMA

TURMA: P - Pós-laboral
Adão Avelino Manuel
PROGRAMA
NOTA INTRODUTÓRIA
A disciplina de Ética e Direito tem por escopo relacionar os conceitos de Ética e Direito,
destacando os objectivos de ambas as disciplinas. Procura-se, em consequência, indicar os
pontos de intersecção entre a Deontologia e a Política Jurídica, vendo-se nesta a disciplina
capaz de apontar os rumos para a realização da ideia de valor na construção do direito que
deve ser.
Na construção das liberdades e garantias, a ordem moral transforma-se em ética e tem um
significado não de prescrição de comportamentos, mas de reflexão sobre os mesmos. A
ética não impõe normas, mas questiona o que acontece, é uma análise da atitude face ao
ocorrido (factos). Por isso, a ética descreve, propõe, reflecte, a partir de condições
determinadas, os melhores princípios a seguir. A ética "clarifica o que é a moral e como se
deve aplicar essa moral" (SANCHEZ-SERRANO, 2004, p. 128) . Pressupõe uma reflexão sobre a moral e
as razões justificativas dessas normas, regras, princípios e direitos em determinada
realidade social. Por isso, à ética interessa saber "o que é o melhor em determinada
situação", "quais os melhores princípios, o melhor objectivo a seguir" (BESSON; GUAY, 2000, p. 49)

TURMA: P - Pós-laboral
Adão Avelino Manuel
PROGRAMA
OBJECTIVOS GERAIS

São objectivos gerais desta disciplina:

I. Compreender o significado de “ÉTICA” e “DIREITO” à luz dos tempos actuais,


enquadrando essa compreensão com o conhecimento das várias doutrinas que desde
a antiga Grécia se foram desenvolvendo sobre o tema;

II. Perceber e questionar a ligação entre o significado de ÉTICA e o entendimento de


MORAL;

III. Compreender a intrínseca ligação entre o significado de ÉTICA e a concepção de


JUSTIÇA, para através desta se entender que o DIREITO não se esgota na LEI escrita.

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Adão Avelino Manuel
PROGRAMA
OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

Contribuir para:

I. Uma formação integral dos futuros Juristas, compreendendo nessa formação a


transmissão de valores humanistas essenciais à defesa da Justiça;

II. Uma percepção clara quanto ao entendimento do sentido de Justo;

III. Uma compreensão distintiva entre o Direito natural e o Direito positivo.;

IV. Um entendimento sobre a relação do Direito com a Ética.

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Adão Avelino Manuel
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COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR

I. Capacidade de reflexão sobre o sentido de Justiça;


II. Percepção do Direito enquanto objecto da Justiça;
III. Distinção entre os conceitos de lei natural, de lei positiva, de lei justa e de lei injusta;
IV. Compreensão da importância da deontologia, na definição e no cumprimento dos
objectivos profissionais.

METODOLOGIA DE ESTUDO

O ensino desta disciplina compreende:

 Aulas Teórico-Práticas para a transmissão de conteúdos e exemplificação de


situações concretas relacionadas com os conteúdos propostos.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
INTRODUÇÃO

 A Crise Ética na Pós-modernidade e seus Reflexos no Período Contemporâneo

A cultura pós-moderna se situa no esfacelamento dos discursos tradicionais que ao longo


do século XX nortearam diferentes instituições. A perda da crença no progresso da ciência
é um dos factores que fundamentam a dissolução de narrativas da história.

A ciência que tanto avançou em pesquisas é a mesma que contribui para o massacre da
humanidade, por exemplo, na elaboração da bomba atômica e armamento nuclear, como
diz Eric Hobsbawn. [HOBSBAWM, Eric. O século: vista aérea. In: Era dos extremos: o breve século XX 1914- 1991. 2. ed. São
Paulo: Companhia das Letras, 1995.] .

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PROGRAMA
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
INTRODUÇÃO
Os efeitos da sociedade globalizada e da sociedade do consumo são características
notórias de uma ruptura severa nos nossos dias, logo, o período pós-moderno é resultante
da fragmentação do mundo ocidental e não só em virtude da cultura pluralista
actualmente, marcado pelo cibernético, informático e informacional.
Por conta do pós-modernismo a década de 1990 chega ao fim mergulhado em crises
económicas, desemprego em massa e depressões cíclicas severas. Nas relações sociais se
percebeu a quebra dos elos entre as gerações, dissolução dos modelos tradicionais,
esfacelamento dos discursos institucionais, desintegração dos velhos laços sociais, vozes
marginais (mulheres, negros, índios, homossexuais, nacionalidades subdesenvolvidas após
anos de repressão) lutando pela incursão político-ideológica da sua pluralidade cultural.
É razão para perguntar: Quo Vadis

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I UNIDADE - CONCEPÇÕES ÉTICAS SOBRE A FILOSOFIA ANTIGA E A FILOSOFIA
MEDIEVAL

 Concepções da Ética na Filosofia Antiga e na Filosofia Medieval.


 Ética, virtude e bem: De Sócrates ao Helenismo e do Helenismo ao Pensamento
Cristão Medieval.

A Filosofia Ética da Antiguidade

I. A noção de bem, prazer, physis e nomos na filosofia grega;


II. Ética nos pré-socráticos;
III. Ética em Sócrates;
IV. Ética em Platão;
V. Ética em Aristóteles.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I UNIDADE - CONCEPÇÕES ÉTICAS SOBRE A FILOSOFIA ANTIGA E A FILOSOFIA
MEDIEVAL

A Filosofia Ética Medieval

I. A ética medieval;
II. Ética agostiniana e as influências platónica na ética cristã;
III. Ética tomista e as influências aristotélicas na ética cristã;
IV. A Ética Cristã e a Visão Bíblica.

Questões de Ensino

A Filosofia Ética da Antiguidade

Neste capítulo vamos primeiro apresentar basicamente temas que marcaram presença nas
discussões filosóficas da Grécia clássica.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I UNIDADE - CONCEPÇÕES ÉTICAS SOBRE A FILOSOFIA ANTIGA E A FILOSOFIA
MEDIEVAL
Referimo-nos à moral, à ética e dentro desta à noção de Bem. Desejamos apresentar em
linhas gerais o significado de moral e ética e discutir se existe, entre essas duas noções,
alguma diferença. Vamos trazer também à dicotomia entre as noções de Physis e Nomos, e
também o lugar do prazer nessa discussão pelas distintas linhas de pensamento da época
em questão.

Pretendemos, com isso, dar a conhecer o campo problemático em que se situa a discussão
sobre a relação entre o bem e o prazer, nos séculos V e IV antes da nossa era, isto é, no
início da filosofia. Falaremos sobre o comportamento dos indivíduos na sociedade,
procurando demonstrar as ideias trabalhadas pelos pré-socráticos, os pensadores
helénicos, e o próprio Sócrates e, consequentemente, abordaremos a noção de bem na
ética grega e a denominada ética do bem.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I UNIDADE - CONCEPÇÕES ÉTICAS SOBRE A FILOSOFIA ANTIGA E A FILOSOFIA
MEDIEVAL
Para finalizar essa primeira parte, falaremos sobre o saber ético e qual o fim a ser atingido.
Apresentaremos o conhecimento do Bem e a sua interiorização através do mundo das
Ideias de Platão e a tese sobre a eudaimonia, em que, a virtude é condição necessária e
suficiente para a felicidade, segundo a Ética a Nicômaco de Aristóteles.

A vida humana é entendida como uma praxis (prática) a ser desenvolvida por toda a vida, e
onde o próprio homem é o seu autor e actor principal enquanto Zoon Politikon (animal
político). Para Aristóles, na vida humana completa, o conhecimento e a reflexão são
essenciais, pois eles comandam a qualidade do fim, a racionalidade dos meios e o domínio
dos efeitos.

O êxito da "vida ética" só depende do próprio agente.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I UNIDADE - CONCEPÇÕES ÉTICAS SOBRE A FILOSOFIA ANTIGA E A FILOSOFIA
MEDIEVAL
A Filosofia Ética Medieval

A Filosofia Medieval (VIII–XIV) Período bastante influenciado pelo pensamento socrático,


platónico e aristotélico (conhecido aqui como neoplatonismo e neoaristotélico). Ocupou-
se em discutir e problematizar Questões Universais.

É nesse período que o pensamento cristão firma-se como "Filosofia Cristã", que mais tarde
se torna Teologia, com os dois grandes e principais pensadores da Igreja Católica: Santo
Agostinho e São Tomás.

Aqui vamos tentar perceber por que é que a ética agostiniana envolve o conceito de
liberdade e o livre arbítrio da vontade.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I UNIDADE - CONCEPÇÕES ÉTICAS SOBRE A FILOSOFIA ANTIGA E A FILOSOFIA
MEDIEVAL
A Filosofia Ética Medieval

Agostinho rompe com a concepção de liberdade grega, que estava fundamentada em um


télos político e com o maniqueísmo, enfatizando que Deus criou o mundo e partindo disso,
não existe o mal. Deus é perfeito e não poderia ser a causa do mal.

Falaremos também de outro tema característico agostiniano o amor à sabedoria que será
o seu impulso mais forte no itinerário das suas reflexões morais sobre o costume e a lei
moral, a lei divina, a natureza como norma e as faltas morais.

Como diz Agostinho, O homem será bom ou mau de acordo com o objecto bom ou mau do
seu amor, pois, o fim último do amor humano está no Sumo Bem, Deus.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I UNIDADE - CONCEPÇÕES ÉTICAS SOBRE A FILOSOFIA ANTIGA E A FILOSOFIA
MEDIEVAL
Em Tomás de Aquino, vamos tentar compreender a justificativa ética da vida humana
como fundamentação na razão despedida por Deus.

Por que é que a existência humana é teleológica e o homem tem consciência da sua
finitude por meio da razão. Finalmente, perceberemos o ser ético como agente de escolha
do bem, ou seja, alguém que não procura contrariar a razão.
Ético é a inclinação para o bem, àquilo que está de acordo com a razão e a lei, já que a
razão é a orientação da mesma.

Como último ponto de análise para esse capítulo, falaremos do porquê da ética cristã se
centralizar na moral como interpretação dos mandamentos e preceitos religiosos.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
II UNIDADE - FUNDAMENTOS DA ÉTICA E ÉTICA FUNDAMENTAL
 Problemas de Fundamentação da Filosofia do Direito e da Filosofia Moral

 Tópicos sobre a Ética Contemporânea e Tópicos sobre Questões Metaéticas

I. O porquê da Ética no Direito;


II. Ética e Razão Prática;
III. O que é a Consciência Moral;
IV. O que é a consciência moral intersubjectiva;
VI. Juízo Moral e Princípios Morais;
VII. Fundamentos sobre os Valores.

Questões de Ensino
a) Estrutura conceptual do agir ético. Estrutura subjectiva: O indivíduo ético. Estrutura
intersubjectiva: a comunidade ética. Estrutura objectiva: o universo ético.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
II UNIDADE - FUNDAMENTOS DA ÉTICA E ÉTICA FUNDAMENTAL
A existência ética: a personalidade ética - virtudes; dimensão social; mundo natural e
mundo ético.

b) Estuda-se o significado e a função da existência ética em geral, a coerência e alcance da


ética e as categorias morais básicas: a base antropológica do comportamento responsável,
a consciência moral enquanto mediação subjectiva da moralidade, as mediações
objectivas da moralidade, a saber: os valores, as normas e os juízos morais e a
moralização, enquanto processo do desenvolvimento pessoal, o carácter pessoal-social e
histórico da moral.

c) Situar a Ética no panorama actual do Direito e das Ciências Humanas e estabelecer a


sua especificidade como saber de natureza filosófica. Rememorar os grandes modelos do
pensamento ético ao longo da história e apresentar uma reflexão sobre as estruturas e
categorias fundamentais da Ética, evidenciando sua articulação dialéctica e unidade
sistemática.
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
III - UNIDADE - TOPICOS ESPECIAIS SOBRE HISTORIA DA ETICA OCIDENTAL E DA
TEORIA DA JUSTICA.
 A Problemática da Fundamentação da Justiça no Pensamento Moderno e
Contemporâneo do Direito.
I. Compreensão e integração de sentido da ontognoseologia;
II. A ideia de justiça e os sistemas jurídicos;
III. A correlação sujeito-objecto e o problema do ser;
IV. A visão ontológica de ser-dever-ser;
V. Fundamentos sobre a Justiça;
VI. A ideia de justiça - idealismo ou realismo.
Questões de Ensino
a) A problemática do Direito na Ética clássica: Sócrates, Platão e Aristóteles e a ideia da
Justiça e Paz Social;

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
III - UNIDADE - TOPICOS ESPECIAIS SOBRE HISTORIA DA ETICA OCIDENTAL E DA
TEORIA DA JUSTICA.
Os Helenistas e a justiça como manifestação e a aspiração do Bem e da Felicidade através
de condutas virtuosas.

b) A problemática da Justiça na filosofia medieval cristã; O Cristianismo e a ideia de dever


e de liberdade. Santo Agostinho Hipona e a busca da Justiça na conformação da cidade
dos homens ao ideal da cidade de Deus. Santo Tomás de Aquino e a Justiça como
expressão do bem comum conforme a lei divina.

c) A problemática da Ética no Direito moderno: a laicização e secularização da moral na


modernidade. A contribuição de pensadores modernos de diversas correntes e tendências
jusfilosóficas: Hume, Kant, Hegel, Nietzsche, Sartre, Habermas e Levinas.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
III - UNIDADE - TOPICOS ESPECIAIS SOBRE HISTORIA DA ETICA OCIDENTAL E DA
TEORIA DA JUSTICA.
d) Introdução à problemática da Ética na discussão da justiça. O Principio da Justiça. A
justiça legal ou geral. Os fins da teoria da Justiça. O que é uma sociedade justa. A ordem
social justa. O justo no plano do jurídico. O justo no plano do metajuridico. Compreender
e distinguir a justiça: o maior objectivo da filosofia do direito.

e) Amartya Sen, prêmio Nobel – nos seus trabalhos sobre a economia do bem-estar social,
cujos múltiplos interesses são enfeixados por um humanismo incondicional, se volta para
a filosofia política e a teoria da justiça. O autor realiza uma verdadeira anatomia dos
fundamentos da injustiça, em que aponta as contradições das correntes jurídicas
actualmente dominantes.
Para Sen as desigualdades do mundo contemporâneo são os principais obstáculos ao seu
desenvolvimento humano e social.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
III - UNIDADE - TOPICOS ESPECIAIS SOBRE HISTORIA DA ETICA OCIDENTAL E DA
TEORIA DA JUSTICA.
Portanto, é importante concentrar na discussão dos arranjos institucionais ideais
necessários para a realização da justiça perfeita, já que a hegemonia “contratualista” no
direito tende a negligenciar a realidade dos cidadãos.
Amartya Sen se filia numa perspectiva universalizante de tônica do iluminista, que aliás,
não deve causar espanto pois ele pretende conferir concretude às pautas éticas
objectivamente válidas mediante uma remissão aos direitos humanos, entendidos como
"pretensões éticas constitutivamente associadas à importância da liberdade humana".

Ele defende os direitos humanos como representação de uma pauta ética universal,
cristalizada na demanda de que todas as pessoas em posição de fazer algo para defender
esses direitos têm uma boa razão para fazê-lo, ainda que essa exigência não constitua uma
obrigação jurídica efectiva, e passível de se sobrepor a argumentos de outras ordens.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
IV - UNIDADE – BIOÉTICA E DIREITO

 Normas e Acções: a lógica das normas prescritivas e Proposições Morais.

 Conhecimento, Justificação e Consequências à Filosofia Moral.

I. O Direito e a Moral perante a Eutanásia;


II. O Direito e a Moral perante o Aborto;
III. O Direito e a Moral perante a Pena de Morte;
IV. O Direito e a Moral perante a Sexualidade;
V. Direitos Humanos e os Dilemas Contemporâneos;
VI. Direito Ambiental: Concepções de Justiça, Meio-ambiente / Ecologia / Problemas
Ambientais.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
IV - UNIDADE – BIOÉTICA E DIREITO

Questões de Ensino

a) Este tema procura identificar os fundamentos jusfilosóficos do discurso bioético,


tematizar os fundamentos do Direito sobre a bioética em relação a problemas gerais e
específicos e explicitar os princípios básicos que orientam a prática da bioética nas suas
diversas vertentes. Neste contexto, vamos analisar o Aborto e a Eutanásia como dilemas
contemporâneos sobre os limites da vida analisa a polêmica em torno da determinação
dos limites da vida, a partir do pressuposto de que a demarcação das fronteiras entre vida
e morte envolve questões culturais, sociais, religiosas e políticas referentes à gestão da
pessoa. Debates acerca do aborto e da eutanásia evidenciam concepções morais sobre os
direitos individuais que, por sua vez, são passíveis de normatização em cada contexto.

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Adão Avelino Manuel
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
IV - UNIDADE – BIOÉTICA E DIREITO

Tais temas revelam para além da criação e do desenvolvimento de novas tecnologias


médicas, direccionadas à reprodução assistida, medicina fetal e manutenção artificial da
vida, seja de prematuros ou de doentes fora de possibilidades de cura, valores e
posicionamentos, muitas vezes contrastivos.
b) A Pena de morte, ou pena capital, é o nome que se dá a punição que tira a vida do
criminoso. Geralmente é usada contra pessoas que cometem crimes hediondos, existindo
em alguns países para corruptos, para hereges e para traidores em tempo de guerra.
Vamos analisar as suas implicações éticas e morais para as pessoas e para as sociedades.
Assim vamos tentar reflectir sobre: Conceito de Pena de Morte. O conceito de Pena.
Classificação doutrinária. Fundamentos metafísicos do direito de punir. Da Punibilidade e
da Reabilitação Penal. Da pena restritiva de direitos em pena privativa de liberdade. A
ressocialização como tutela efectiva da dignidade da pessoa humana. Acção Penal no
crime complexo. A Morte do agente.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
IV - UNIDADE – BIOÉTICA E DIREITO

c) A sexualidade como necessidade do homem total. A importância indissolúvel da


sexualidade. Consequências e perturbações da sexualidade nos nossos dias. Como encarar
do ponto de vista ético e moral a homossexualidade enquanto orientação sexual é
caracterizada como uma espécie de padrão onde uma pessoa pode viver experiências
afectivas e sexuais com outra pessoa que seja principalmente ou exclusivamente do
mesmo sexo que ela.

d) Vamos tentar perceber por que é que os Direitos Humanos e Direitos Fundamentais são
coisas diferentes e não possuem a mesma natureza jurídica. Contudo, convém referir que
apesar de serem benéficos na protecção do indivíduo perante o Estado, pois ambos
possuem a mesma intenção e finalidade de assegurar um conjunto de direitos inerentes à
dignidade da pessoa humana, cada um tem o seu desdobramento e áreas de actuação.
Assim, é importante perceber a Justificação racional dos direitos humanos.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
IV - UNIDADE – BIOÉTICA E DIREITO

A legitimação dos direitos humanos na sociedade globalizada. Multiculturalismo e direitos


humanos. Direitos humanos e política internacional. Direitos humanos e direitos positivos.
Direitos e deveres fundamentais.

e) O progresso da técnica na modernidade baseou-se numa lógica de exploração utilitária


da natureza, conduzindo o homem a entender-se não mais como parte da natureza, mas
sim como dominador desta. A natureza foi, então, reduzida a dimensões cartesianas, sob a
crença de uma suposta infinita capacidade de regeneração. Nesse sentido, vamos tentar
perceber como a ética ambiental propõe-se a uma análise crítica da lógica com a qual o
homem se percebe perante a natureza, assim como das próprias formas de produção
tecnológica no que diz respeito ao seu impacto no meio ambiente.

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Adão Avelino Manuel
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação contínua segue os parâmetros do regulamento em vigor, podendo vir a ser


modificado de acordo com mudanças no mesmo regulamento ou das orientações da
Universidade.

A avaliação contínua dependerá da contribuição positiva dos seguintes elementos:

 Presença e participação activa nas aulas;


 Realização de dois testes de avaliação contínua (Prova de Frequência e Exame).
 Estudo de um caso prático ou trabalhos individuais e/ou em grupo a apresentar e
discutir nas aulas.

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Adão Avelino Manuel
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
RECURSOS DIDÁCTICOS

Os recursos didáticos são as ferramentas e utensílios que o professor utilizará durante


todo o trimestre, com o intuito de facilitar, estimular e aprimorar a o
processo de aprendizagem.

 Textos de apoio fornecidos pelo docente, artigos cientificos;


 Estudos de Caso;
 Materiais auditivos, visuais e audio-visuais;
 Orientações em ordem à realização de estudos práticos;
 Documentos em Power Point.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
BIBLIOGRAFIA BÁSICA

ARISTÓTELES; Ética a Nicômaco, Edições Edipro, São Paulo, 2007.

ARISTÓTELES; A Ética – Textos Seleccionados, Edições Edipro, São Paulo, 2003.

ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Escala, col. Mestres Pensadores, 2008.

BITTAR, Eduardo C. B.; Curso de Ética Jurídica – Ética geral e Profissional, Editora Saraiva,
São Paulo, 2007.

BONI, Luis Alberto de; Idade Média: Ética e Política Edições Edipucrs, Porto Alegre, 1996.

CABRAL, Francisco Sarsfield; Ética na Sociedade Plural, Edições Tanacitas, Coimbra, 2001.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
BIBLIOGRAFIA BÁSICA

COMPARATO, Fábio Konder; Ética [Direito, Moral e Religião no mundo moderno], Edições
Companhias Das Letras, São Paulo, 2006.

CORTINA, Adela; Ética Civil e Religião, Edições Paulinas, Madrid, 1996.

DEZ GRANDES MENSAGENS – A resposta da Igreja aos Problemas Políticos e Sociais de


Hoje, Editorial Promoção, Porto, 1974.

DOMINGUEZ, Ivan; PINTO, Paulo Roberto Margutti; DUARTE, Rodrigo, Ética, Política e
Cultura, Editora UFMG, Belo Horizonte, 2002.

DWORKIN, Ronald. O Império do Direito. Tradução de Jefferson Luiz Camargo. São Paulo:
Martins Fontes, 1999.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
BIBLIOGRAFIA BÁSICA

Ética, Logos – Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia, Vol. II, Lisboa / São Paulo, 1999,
col. 334-335.

GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. São Paulo, SP: UNESP, 1991. p.11-
60

LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. Tradução Ricardo Corrêa Barbosa. 15.


ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2013.

O Banquete de Platão; Tradução: Maria Mafalda Viana, edição Tinta da China, Agosto de
2019.

PERELMAN, Chain. Ética e Direito. Tradução de Maria E. Galvão. São Paulo: Martins Fontes,
2002.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
BIBLIOGRAFIA BÁSICA

PLATÃO. A República. Editora Scipione, São Paulo, 2002.

PRODI, Paolo; Uma História da Justiça – do pluralismo dos tribunais ao moderno dualismo
entre a consciência e o direito, Editorial Estampa, Lisboa, 2002.

RADBRUCH, Gustav. Filosofia do Direito. Tradução de Cabral de Moncada. Coimbra:


Armênio Amado, 1979.

SALDANHA, Nelson; Ética e História, Edições Renovar, Rio de Janeiro, 2007.

SEN, Amartya. A ideia de justiça, Companhia das Letras, São Paulo, 2011.

VAZ, Henrique C. de Lima. Ética e Direito. (org. de Claudia Toledo e Luiz Moreira). São
Paulo: Edições Loyola, 2002.

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OBRIGADO

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