Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BELÉM
2023
ALEX MARCUS BRAGA TOURINHO
ENZO MENDES CHAVES
JOÃO PEDRO TOSCANO SIMÕES
POAN MURILO MEDEIROS PINHEIRO
BELÉM
2023
SUMÁRIO
2 ESPÉCIES DE PAGAMENTO
3.1.1 CONCEITO
despesas cairão sob o devedor (Art 343 CC). Após o cumprimento da decisão judicial,
as relações de obrigação estarão adimplentes.
3.2.1 CONCEITO
Art. 351. O pagamento parcial feito pelo devedor e a remissão por ele obtida
aproveitam aos co-devedores na proporção de suas partes na dívida; mas o
pagamento parcial feito por um dos co-devedores e a remissão por ele obtida não
aproveitam aos outros co-devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou
relevada.
do credor para se sub-rogar nos seus direitos. Nesse caso, o terceiro se sub-roga nos
direitos do credor por meio de um acordo entre as partes.
3.3.1 CONCEITO
3.4 NOVAÇÃO
3.4.1 CONCEITO
3.5 COMPENSAÇÃO
3.5.1 CONCEITO
Art. 379. Sendo a mesma pessoa obrigada por várias dívidas compensáveis,
serão observadas, no compensá-las, as regras estabelecidas quanto à imputação do
pagamento.
Art. 380. Não se admite a compensação em prejuízo de direito de terceiro. O
devedor que se torne credor do seu credor, depois de penhorado o crédito deste, não
pode opor ao exequente a compensação, de que contra o próprio credor disporia.
3.6 CONFUSÃO
3.6.1 CONCEITO
O instituto da “Confusão” está previsto nos artigos 381 a 384 do Código Civil.
De maneira inicial, o artigo 381 do CC deixa claro que: “Extingue-se a obrigação,
desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor."
Já o artigo 382 do CC ratifica as espécies de confusão civil: “A confusão pode
verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela.” Isto é, em matéria de
penhor e confusão parcial, vide § 2º do artigo 1.436 do Código Civil, enquanto para a
finalidade de extinção de demanda judicial, a confusão entre autor e réu deve ser da
totalidade do direito sub judice, não bastando que seja apenas parcial.
No que concerne ao Artigo 383 do Código Civil, os efeitos citados abaixo
decorrem, com naturalidade, das regras atinentes à solidariedade (CC, arts. 264 a
285). “A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário só extingue a
14
3.7 REMISSÃO
3.7.1 CONCEITO
No que concerne ao instituto da “Remissão”, este está previsto nos artigos 385
a 388 do Código Civil.
Art. 385. “A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas
sem prejuízo de terceiro.”
Dessa forma, a remissão é meio de extinção da obrigação consistente na
liberação direta do devedor pelo credor, configurando-se uma espécie de renúncia.
Ademais, inexiste forma específica para sua realização, valendo destacar que, se
houver outro negócio jurídico envolvido e que exija algum requisito forma específico,
estes devem ser cumpridos. Com o intuito ilustrativo, se houver garantia hipotecária,
a remissão deverá constar de instrumento hábil para cancelamento da inscrição.
A remissão deve ser gratuita, pois, do contrário, seria caracterizada como uma
transação — configurada nos artigos 840 a 850 do Código Civil.
Como requisito das partes para a remissão, basta que o credor tenha aptidão
para dispor do direito. A esse respeito, há que se lembrar que a lei traz diversos casos
em que credores não poderão dispor de seu direito.
16
Entre eles, pode-se citar, a título de ilustração, o incapaz de alienar (e, portanto,
de remitir) e o tutor (que não pode alienar, gratuitamente, os bens do tutelado). A
remissão, desse modo, qualifica-se como ato unilateral, não sendo necessária a
manifestação de vontade do devedor para que se opere; basta apenas que este não
se oponha - por se tratar de um favor, o devedor poderá rejeitá-lo, caso tenha razões
jurídicas a tanto. Por se tratar de ato unilateral, a remissão pode ser revogada pelo
credor, desde que ainda não tenha gerado um direito contrário, como, por exemplo,
no caso de o devedor já ter recebido a remissão.
Vale destacar que apenas direitos patrimoniais de caráter privado podem ser
objeto de remissão. Direitos que envolvam ordem pública jamais poderão ser
perdoados. Com tal, pode-se mencionar, a título de exemplo, a restrição a que o pai
renuncie do pátrio poder ou que o credor de alimentos renuncie a essa obrigação
perante o devedor — embora possa perdoar prestações já vencidas e não pagas.
Para fins classificatórios, a remissão será expressa, quando constar, por
escrito, de instrumento público ou particular, com a declaração de perdão da dívida
pelo credor; ou tácita, quando decorrer de atitude do credor incompatível com a
qualidade creditória. Além disso, podendo ser ainda total, com a extinção integral do
débito, ou parcial, quando houver a extinção de apenas uma parte da dívida.
Art. 386. “A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito
particular, prova desoneração do devedor e seus co-obrigados, se o credor for capaz
de alienar, e o devedor capaz de adquirir.”
Conforme o artigo 386 do CC, para a validade e eficácia dessa espécie de
renúncia, é fundamental a análise dos seguintes fatores: a tradição do título; a efetiva
entrega do título ao devedor pelo credor ou seu representante; e a voluntariedade da
entrega. Ou melhor, trata-se de uma presunção relativa de remissão, a qual pode,
portanto, ser elidida pelo devedor.
Art. 387. “A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do
credor à garantia real, não a extinção da dívida.”
Ou seja, a restituição da garantia implica na remissão de tal direito, de maneira
semelhante ao que se passa com a restituição de título da obrigação — conforme o
artigo 386 do Código Civil. Portanto, para que seja válido e eficaz, deverá atender aos
mesmos requisitos de referida forma de remissão.
17
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial
da União: seção 1, Brasília, DF, ano 139, n. 8, p. 1-74, 11 jan. 2002.
TARTUCE, Flavio. Manual de Direito Civil - Volume Único. 13ª edição. São Paulo:
Método, 2023.
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Teoria Geral das Obrigações, Rio de Janeiro:
Forense, p. 273-274. 2002.
ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil - Obrigações (Volume 2). 17ª edição.
Editora Juspodivm. 2023.
STOLZEN, Pablo. Novo Curso de Direito Civil - 23ª edição 2022: Volume 2. São
Paulo: Saraiva. 2022.
TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil, Volume Único. 5ª edição. São Paulo.
Editora Método. 2014.
TJSP, AI n. 1111877, Relator Des. Walter Zeni, 12.7.2007.