EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XX° VARA
CÍVIL DA COMARCA DE UNIVERSO – REGIÃO DE PS
CARLOS VAZ, brasileiro, casado, portador do RG nº: 0.426.000-0 SSP/PS e
regularmente inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas CPF sob o nº 000.000.000-30, residente e domiciliado à Rua Renato Fabretti n° 257, Bairro Colinas, CEP:86.820-160 em Universo-PS representante da empresa VAZ TRASNPORTES inscrita sob o CNPJ n° 000.000.0001-78, com sede na cidade de Universo/PS vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por intermédio dos advogados e professores do NPJ – Núcleo de Prática Jurídica da Faculdade Positivo, conforme instrumento de mandato anexo, com endereço comercial no rodapé deste petitório, onde recebe intimações, propor a presente
AÇÃO DE COBRANÇA, em face de
BRASIL/SA, pessoa jurídica inscrita sob o CNPJ de n° 000.000/0001-22, com
seda a cidade de Curso/CF, doravante denominada DEVEDOR ORIGINAL e MIGUEL BRAZ, brasileiro, solteiro, portador do RG n° 00.000.000.00, inscrito sob o CPF de n° 000.000.000.00, residente e domiciliado na rua das Palmeiras, n°400 na cidade de Natalândia/NA, doravante denominada DEVEDOR SOLIDÁRIO diante dos fatos e fundamentos a seguir expostos:
Universidade Positivo – Faculdade Positivo Londrina
Rua Prefeito Faria Lima, 400 - Londrina-PR CEP 86061-450 | Tel.: +55 43 3031-5050 | npj.londrina@up.edu.br 1 I. DOS FATOS
O Requerente é credor do Requerido de
obrigação/dívida liquida, certa e exigível, demonstrado por meio de cheque número XXX, da conta corrente número XXX, da agência XXX Banco XXX, no valor de R$ 100.000,00 na totalidade do débito, se tratando de 5 cheques com o valor de R$20.000,00 cada com vencimentos para as respectivas datas 10/04/2023, 10/05/2023, 10/06/2023. 10/07/2023 e 10/08/2023. Ocorre que nos respectivo vencimentos o Requerente não logrou êxito quanto ao recebimento de nenhum dos títulos executivos do qual era portador.
O Requerido era sócio administrador de uma
empresa, a qual foi baixada voluntariamente, restando o mesmo como responsável por eventuais dívidas que restaram oriundos da pessoa jurídica baixada.
O valor do cheque, atualizado monetariamente,
tendo como indexador de cálculo o índice IGP-INPC, somando-se 1% (um por cento) de juros mensais simples, corresponde a R$ XXX, conforme demonstra planilha de cálculo abaixo: (COLOCAR PLANILHA).
O Requerente tentou por diversas vezes ver seu
crédito adimplido de maneira extrajudicial, porém sem êxito, não restando, portanto, outra alternativa, senão, requerer ao Judiciário a proteção que a Lei lhe faculta.Parte inferior do formulário
II. DO DIREITO
II.I DA LEGITIMIDADE PASSIVA
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Rua Prefeito Faria Lima, 400 - Londrina-PR CEP 86061-450 | Tel.: +55 43 3031-5050 | npj.londrina@up.edu.br 2 O Requerido, na pessoa física de MIGUEL BRAZ, figurou como avalista nos cheques expedidos pela BRASIL/SA, sendo este responsável solidariamente pela dívida ativa e totalmente parte do processo, sendo responsável também pela quitação da quantia devida.
Diante o exposto, resta cristalino a legitimidade da
pessoa física do Requerido MIGUEL BRAZ para figurar no polo passivo da presente ação de cobrança de título extrajudicial.
II.II DO CRÉDITO EXISTENTE
O Requerente tinha expectativa de recebimento
amigável e voluntário do valor constante no cheque em anexo, por conta disso ensejou na prescrição da execução do referido título de crédito, cujo prazo legal, é de tão somente seis meses.
Estando o cheque prescrito, impossível é seu
recebimento mediante o procedimento para execução de título executivo extrajudicial, de modo que, a cobrança somente poderá efetivar-se por meio da medida processual ora invocada.
De acordo com o princípio da obrigatoriedade
dos contratos estes devem ser cumpridos. O não cumprimento acarreta, em consequência, a responsabilidade por parte do inadimplente, conforme preceitua o artigo 389, do Código Civil:
“Art. 389. Não cumprida a obrigação,
responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualizações monetárias segundo Universidade Positivo – Faculdade Positivo Londrina Rua Prefeito Faria Lima, 400 - Londrina-PR CEP 86061-450 | Tel.: +55 43 3031-5050 | npj.londrina@up.edu.br 3 índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado”.
Em princípio, todo inadimplemento presume-se
culposo, sendo que incumbe ao inadimplente elidir tal presunção, demonstrando a ocorrência de caso fortuito ou força maior na forma do artigo 393, do Código Civil. A relação jurídica existente entre as partes torna-se incontroversa à medida que o Requerente possui em mãos título de crédito apto a comprovar o valor da obrigação assumida pelo Requerido. Verifica-se ainda, que o Requerido injustificadamente deixou de cumprir suas obrigações no tempo, lugar, e na forma convencionada, logo, seu inadimplemento é voluntário e incontroverso:
“INADIMPLEMENTO significa o não cumprimento ou a não satisfação daquilo a
que se está obrigado, dentro do prazo convencionado (...) refere-se propriamente ao contrato ou a obrigação não executada ou não cumprida. Salienta-se que o inadimplemento da obrigação não libera o devedor de seu cumprimento. Ao contrário, pode trazer em resultado a agravação de encargos, pois, lhes podem ser exigidas certas compensações como sejam, juros de mora e multas contratuais.” DE PLÁCIDO E SILVA (grifo nosso)
O interesse processual do pedido se
fundamenta através do artigo 17 e seguintes do Código de Processo Civil e, segundo Frederico Marques:
“existe interesse de agir quando, configurado o litígio, a providência
jurisdicional invocada é cabível à situação concreta da lide, de modo que o pedido apresentado ao juiz traduza formulação adequada à satisfação do interesse contrariado, não atendido. Interesse de agir significa existência de pretensão objetivamente razoável, uma vez que a pretensão ajuizada deve ter fundamento razoável e ser viável”. [1] Universidade Positivo – Faculdade Positivo Londrina Rua Prefeito Faria Lima, 400 - Londrina-PR CEP 86061-450 | Tel.: +55 43 3031-5050 | npj.londrina@up.edu.br 4 Acerca deste tema salienta Luiz Rodrigues Wambier:
O interesse processual está presente sempre que a parte tenha a necessidade
de exercer o direito de ação (e, consequentemente, instaurar o processo) para alcançar o resultado que pretende, relativamente à sua pretensão e, ainda mais, sempre que aquilo que se pede no processo (pedido) seja útil sob o aspecto pratico. Essa necessidade tanto pode decorrer de imposição legal (separação judicial) QUANTO DA NEGATIVA DO REU EM CUMPRIR ESPONTANEAMENTE DETERMINDA OBRIGAÇÃO OU PERMITIR O ALCANCE DE DETERMINADO RESULTADO (devedor que não paga o débito no vencimento). (grifo nosso). [2]
Desta forma, presente o interesse por parte
do Requerente, tendo em vista sua necessidade em exercer o direito de ação, como única forma de alcançar o recebimento do valor pretendido representado pelo cheque. Sobre a legitimidade o mesmo autor leciona que:
Para que se compreenda a legitimidade das partes, é preciso estabelecer-se
um vínculo entre autor da ação, a pretensão trazida a juízo e o réu. Terá de ser examinada a situação conflituosa apresentada pelo autor. Em principio, está cumprido o requisito da legitimidade das partes, na medida em que aqueles que figuram os pólos opostos do conflito apresentado pelo autor correspondam aos que figuram no processo na posição de autor (es) e réu (s). [3]
Perfeitamente reconhecida à legitimidade das
partes, haja vista estar estabelecido o vínculo entre o Requerente, a pretensão deste (recebimento da importância representado pelo cheque) e o Requerido.
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Rua Prefeito Faria Lima, 400 - Londrina-PR CEP 86061-450 | Tel.: +55 43 3031-5050 | npj.londrina@up.edu.br 5 Na forma do artigo 59, da Lei no 7.357/85, “prescreve em 6 (seis) meses, contados da expiração do prazo de apresentação, a ação que o art. 47 desta Lei assegura ao portador”.
Verifica-se no caso em tela que já está
expirado o prazo para o ingresso com a Ação de Execução do referido cheque. A ação referida no artigo 47, da mesma Lei é a de execução, podendo o portador promover a execução do cheque contra o emitente e seu avalista. Entretanto, estando o cheque prescrito, impossível é seu recebimento mediante procedimento para execução de título executivo extrajudicial, de modo que sua cobrança somente poderá efetivar-se por meio da Ação de Cobrança ora invocada.
Acerca de admissibilidade e adequação
processual, De Plácido e Silva prescreve que:
AÇÃO DE COBRAÇA é resultante do chamamento do devedor a juízo para
pagamento da obrigação representada em documento assinado pelo devedor ou resultante de qualquer compromisso por ele assinado, ou decorrente de contrato. (...) Deste modo, a ação de cobrança mostra sempre o direito de exigir o cumprimento de uma dívida resultante de qualquer espécie de obrigação, mediante a qual se mostra obrigada a este pagamento. (grifo nosso)
Devidamente caracterizada a obrigação e a
relação jurídica existente entre as partes, bem como o inadimplemento por parte do Requerido, e ainda considerando que as tentativas de composição extrajudicial restaram infrutíferas, necessitou o Requerente invocar a tutela jurisdicional e ingressar com a presente ação, a fim resguardar seus direitos ao recebimento do valor constante no título de crédito anexo. Universidade Positivo – Faculdade Positivo Londrina Rua Prefeito Faria Lima, 400 - Londrina-PR CEP 86061-450 | Tel.: +55 43 3031-5050 | npj.londrina@up.edu.br 6 III. DO REQUERIMENTO
Diante do exposto, com o devido respeito e
acatamento, requerer se digne Vossa Excelência em receber a mandar autuar o presente, determinando:
a) O recebimento da inicial e dos documentos que a instruem, determinando
sua autuação e processamento de acordo com os tramites legais;
b) Determinar a competente citação do Requerido na forma do inciso I do artigo
18 da Lei 9.099/95, consoante o endereço ofertado no cabeçalho desta peça, para Contestar os pedidos deduzidos, bem como comparecer a Sessão de Conciliação a ser agendada pela secretaria, sob pena de Revelia;
c) O deferimento da legitimidade passiva do Requerido MIGUEL BRAZ, para
figurar no polo passivo da demanda;
d) caso não haja possibilidade de conciliação, seja designada audiência de
instrução e julgamento (artigo 27, Lei n° 9.099/95), pugnando desde já, pela oitiva das testemunhas tempestivamente arroladas;
e) A integral procedência do pedido formulado na inicial, para o fim de
condenar a Requerida ao pagamento de R$ 100.000,00, valor este acrescido de juros legais e correção monetária;
f) Pretende provar o Alegado por todos os meios de prova em direito admitidos
(artigo 32, Lei no 9.099/95), em especial prova documental e oral, esta última consistente no depoimento pessoal da parte Requerida e oitiva de Universidade Positivo – Faculdade Positivo Londrina Rua Prefeito Faria Lima, 400 - Londrina-PR CEP 86061-450 | Tel.: +55 43 3031-5050 | npj.londrina@up.edu.br 7 testemunhas, as quais comparecerão em audiência independente de intimação (artigo 34, Lei no 9.099/95).
Dá-se à causa o valor de R$ 100.000,00
Nestes Termos,
Pede-se deferimento e espera-se deferimento.
Londrina, 04 de Dezembro de 2023.
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KARINA ZANIN DA SILVA EDUARDO VIEIRA
OAB/PR nº 32.245 ACADÊMICO DE DIREITO
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