através de suas advogadas devidamente constituídas, cujo endereço profissional consta ao rodapé, propor:
AÇÃO DE COBRANÇA
Em face xxxxxxxxxxx, pelas razões de fato e de direito a seguir
expostas.
1. DOS FATOS
Em 04/12/2018 o Requerente emprestou ao Requerido a quantia de
R$ 33.150,00 (trinta e três mil cento e cinquenta reais) em espécie; e o Requerido deu ao Requerente um cheque pré-datado como garantia, para ser depositado em 31/07/2019, com o fim de quitar o negócio entre as partes.
Na data combinada, quando o Requerente realizou o depósito do
cheque, este retornou por falta de fundos.
Indignado, o Requerente realizou o protesto do cheque perante o 1º
Protesto, Registro de Títulos e Documentos e Pessoas Jurídicas de Goiânia, como se vê do documento em anexo. Em que pesaram os esforços do Requerente na tentativa de um acordo com o Requerido, para o devido pagamento do debito, restou-se infrutíferas todas as tentativas, assim, como não poderiam deixar de ser, o Requerente amarga o prejuízo causado pela inadimplência do Requerido, restando unicamente a possibilidade de ressarcimento através da propositura da presente demanda.
Dessa forma, o Requerente propõe a presente ação de cobrança,
para receber o que lhe é de direito.
2. DO DIREITO
Nos termos da Súmula 503 do STJ, e do art. 206, § 5º do Código Civil,
prescreve-se em 5 anos, a partir da data da emissão do cheque, o prazo para ajuizamento de ação de cobrança.
O Juizado Especial Cível tem competência relativa para dirimir esta
causa, pois o título extrajudicial não ultrapassa 40 salários mínimos, no qual a execução obedecerá ao disposto no Código de Processo Civil, no entanto, com as modificações impostas ao procedimento executivo para se adequar ao Juizado Especial Cível (artigo 53 caput, da Lei 9.099/95) in verbis:
“Art. 53. A execução de título executivo extrajudicial, no valor
de até quarenta salários mínimos, obedecerá ao disposto no Código de Processo Civil, com as modificações introduzidas por esta Lei. “
O negócio entre as partes é válido, já que feito por agentes capazes,
com objeto lícito, possível e determinado, e sua forma atende a todos os requisitos legais. Apesar de não recomendado, o vínculo foi estabelecido verbalmente (arts. 104, III, 107 e 111, CC). A contraprestação foi devidamente entregue, porém o pagamento não foi realizado. A data de vencimento se deu no dia 31/07/2019, conforme demonstrado nos documentos, sendo certo que o Requerido deveria tê-lo adimplido no tempo correto (art. 315, 394 e 597 do CC), sob pena de enriquecimento ilícito (art. 884, CC).
Restando inadimplente quanto a sua obrigação, o Requerido
constituiu-se em mora (art. 397, CC), devendo responder, além do principal, pelos juros e atualização monetária (art. 395, 406 e 407, CC).
Destarte, colaciona-se abaixo a planilha de cálculo que demonstra o
valor atual da dívida, incluindo-se juros simples de 0,05% ao mês e correção monetária pelo índice INPC-IBGE.
Desta feita, pede-se digne Vossa Excelência a condenar o Requerido
no pagamento do valor de R$ 37.902,62 (trinta e sete mil novecentos e dois reais, e sessenta e dois centavos), devidamente atualizados.
3. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer seja conhecida e provida a presente ação
para que haja o (a):
a) CONDENAÇÃO DO REQUERIDO AO PAGAMENTO de R$ 37.902,62
(trinta e sete mil novecentos e dois reais, e sessenta e dois centavos), devidamente atualizados. b) CITAÇÃO do Requerido por carta com aviso de recebimento, para, querendo, oferecer contestação, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de incorrer nos efeitos da revelia, nos termos do artigo 344 do Código de Processo Civil;
c) CUSTAS PROCESSUAIS e HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS pelo
Requerido, em caso de recurso voluntário.
d) AGENDAMENTO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO nos termos
do art. 319, VII do CPC/15;
Pretende-se provar o alegado por todos os meios de provas
admitidos em direito, em especial pelos documentos anexos à exordial.