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Universidade Federal de Lavras

Nome: Bruno Henrique Lopes Dos Santos Matrícula: 201920599 Semestre: 8º


Disciplina: Oficina de Prática 1 Trabalhista – Fase de conhecimento.
CASO: 03

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ______ VARA DO


TRABALHO DA COMARCA DE POUSO ALEGRE-MG.

MARIA RITA , brasileira, nascido em XX/XX/XX,


desempregado, portador da Cédula de Identidade RG nº XXXXXX, CPF nº XXXXXX,
filho de XXXXXXXXXXXXXX, domiciliado em XXXXXXX, na Rua XXXXXX, nº
XX, CEP XXXXXXX, por intermédio de seu advogado (procuração em anexo), vem
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, oferecer, com respaldo nas razões de fato
e de direito a seguir aduzidas:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA COM PEDIDO DE INDENIZAÇÂO DANOS


MORAIS, com fulcro no art. 840, § 1º, da CLT c/c art. 319 do CPC:

AUTO POSTO CARIBE, pessoa jurídica de direito


privado, com inscrição no CNPJ sob nº XXXXXXX, estabelecida na Rua XXXXXXX,
nºXXXXXX, CEP XXXXXX, na cidade de XXXX, pelos fatos e fundamentos a seguir
expostos:
PRELIMINARMENTE

1 - DA JUSTIÇA GRATUITA
Preliminarmente o autor Requer que lhe seja concedido o benefício da Justiça Gratuita,
visto que o mesmo não possui condições financeiras suficientes para arcar com as
despesas processuais, nos termos do artigo 5º, LXXIV, da Constituição Federal.

I- DOS FATOS
A reclamante foi admitida em 01/03/2018 contratada para exercer sua função como
frentista pelo Auto Posto Caribe. A jornada de trabalho acordada entre a reclamante e a
reclamada inicialmente fazia jus a jornada de trabalho que era exercida das 8h00 min às
18h00min, com intervalo de 1h para descanso e alimentação, recebendo mensalmente a
equivalência de R$1.500,00 a título de salário. A partir do dia 01/04/2020, o proprietário,
através da mudança do horário de funcionamento do estabelecimento, a reclamante passou
a exercer suas atividades das 22h00min ás 5h00min, com 1h de intervalo, sem qualquer
mudança na sua remuneração, entretanto, mesmo após a mudança do horário de trabalho
em que Maria fosse executar suas atividades, não ocorreu qualquer mudança na sua
remuneração.

II- DO DIREITO

A) DAS HORAS EXTRAS


A reclamante trabalhava em jornada de trabalho das 8h00min, de segunda a sexta-feira,
totalizando 10 horas diárias, com intervalo de 1h para descanso e refeição. Portanto, a
partir do dia 01/04/2020, quando o horário de trabalho foi alterado para das 22h00min às
5h00min, a reclamante passou a trabalhar em jornada noturna, sujeita a regras específicas.
Conforme a legislação trabalhista em vigor, as horas trabalhadas além da 8ª diária são
consideradas horas extras, devendo ser pagas com o acréscimo legal de, no mínimo, 50%
sobre o valor da hora normal.
Dessa forma, requer-se o pagamento das horas extras realizadas pela reclamante,
devidamente apuradas em liquidação de sentença.

B) DAS DIFERENÇAS SALÁRIAS


A reclamante recebia mensalmente o valor de R$ 1.500,00 a título de salário. No entanto,
com a alteração do horário de trabalho em 01/04/2020, a reclamante passou a trabalhar
durante o período noturno. O trabalho noturno confere ao empregado o direito ao adicional
noturno, nos termos do artigo 73 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que prevê
o pagamento de adicional de, no mínimo, 20% sobre a hora diurna.Portanto, considerando
que a reclamante passou a trabalhar em horário noturno sem receber o respectivo
adicional, requer-se o pagamento das diferenças salariais decorrentes do adicional noturno
não pago, devidamente apuradas em liquidação de sentença.
C) DANOS MORAIS
Os incisos V e X do Artigo 5, da Constituição Federal, assegura a todo o cidadão o direito
à reparação dos danos morais porventura sofridos, assim entendidos aqueles que dizem
respeito à esfera da personalidade do sujeito, mas especificamente, os decorrentes de
ofensa à sua honra, imagem e intimidade.
O proprietário do Auto Posto Caribe, ao dispensar Maria Aparecida sem justa causa,
proferiu ofensas e humilhações públicas, denegrindo a imagem da reclamante perante os
demais funcionários. Tal conduta configura danos morais, pois atingiu a honra, a
dignidade e a imagem da reclamante, causando-lhe sofrimento, constrangimento e abalo
emocional. Diante disso, requer-se a condenação do reclamado ao pagamento de
indenização por danos morais sofridos pela reclamante, em valor a ser arbitrado por este
Juízo, considerando a extensão do dano e as circunstâncias do caso.

D) DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO


Maria Aparecida não recebeu o décimo terceiro salário até a data de sua dispensa, o que
configura uma irregularidade por parte do reclamado.O décimo terceiro salário é um
direito garantido por lei aos trabalhadores, devendo ser pago em duas parcelas até o dia 20
de dezembro de cada ano, sendo a primeira parcela paga até o dia 30 de novembro.Diante
do não pagamento do décimo terceiro salário à reclamante, requer-se o pagamento das
parcelas em atraso, devidamente atualizadas e com os acréscimos legais.

E) DO AVISO PRÉVIO
A Reclamante teve seu contrato de trabalho reincidido em 01/03/2023, sem ter recebido o
aviso prévio.
Ocorre que, conforme versa o art.487 ,§4º da CLT é devido o aviso prévio na despedida
indireta, ressaltando ainda, que a lei 12.506, de 11 de outubro de 2.011, que dispõe sobre o
aviso prévio, versa em seu art. 1º Parágrafo único, que serão acrescidos 3 (três) dias por
ano de serviço prestado ao empregado.
Assim, a reclamada deveria ter tido o aviso prévio de 45 dias, visto que exerceu suas
atividades por cinco anos um mês para a empresa reclamada, logo, tem direito a 30 dias ,
por conter um ano de serviço, conforme caput do art. 1º da lei 12.506-2011 e mais 15
dias, referente aos 5 anos de serviços restados, em virtude de ser acrescidos 3 dias por ano
de serviço, conforme art. 1º Parágrafo único da referida lei.

III- DOS PEDIDOS


Diante do exposto, requer-se:
1) A citação do reclamado para, querendo, apresentar defesa, sob pena de revelia
e confissão;
2) A condenação do reclamado ao pagamento das horas extras laboradas pela
reclamante, devidamente apuradas em liquidação de sentença;
3) A condenação do reclamado ao pagamento das diferenças salariais decorrentes
do adicional noturno não pago à reclamante, devidamente apuradas em
liquidação de sentença;
4) A condenação do reclamado ao pagamento de indenização por danos morais
sofridos pela reclamante, em valor a ser arbitrado por este Juízo;
5) A condenação do reclamado ao pagamento do décimo terceiro salário em
atraso, devidamente atualizado e com os acréscimos legais;
6) A condenação do reclamado ao pagamento de custas processuais e honorários
advocatícios, nos termos da legislação vigente;
7) A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente
documental, pericial e testemunhal;
8) A concessão dos benefícios da justiça gratuita, tendo em vista a situação
econômica da reclamante.

Dá-se à causa o valor de R$ [Valor da Causa].


Nestes termos, pede deferimento.

Bruno Henrique Lopes Dos Santos


OAB/RJ 702.919.176-59

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