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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA Xª VARA DO

TRABALHO DA CIDADE XXXXXX/XX

Processo no. XXXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX

INDÚSTRIA SANTA MATILDE, pessoa de direito privado já

qualificada nos autos de número em epígrafe, por seu procurador infra-

assinado, vem, respeitosamente, a Vossa Excelência, com fulcro no art. 847 da

CLT, apresentar defesa na forma de CONTESTAÇÃO À RECLAMATÓRIA

TRABALHISTA que lhe move JORGE, também já qualificado nos autos, pelos

fatos e fundamentos de direito que a seguir passa a expor:

I – BREVE RESUMO DOS FATOS E DOS AUTOS

O reclamante trabalhou para a Indústria Santa Matilde em Três

Rios no período compreendido entre 1 de julho de 1998 e 25 de agosto de 2022,

quando foi dispensado.

Foi ajuizada reclamação trabalhista em face da reclamada

postulando o pagamento das verbas rescisórias; adicional de periculosidade

durante todo o período trabalhado com reflexos nas demais verbas; dano moral

em virtude do reiterado descumprimento contratual por parte da reclamada;


multa do art. 477 da CLT; pagamento em dobro das verbas incontroversas caso

não sejam pagas na primeira audiência na forma disposta pelo art. 467 da CLT;

juros e correção monetária e honorários advocatícios estipulados em 15%

(quinze por cento) sobre o valor da condenação.

II – DO MÉRITO

Não assiste razão o pleito do reclamante.

A alegação de que o trabalho era prestado habitualmente em duas

horas extraordinárias nunca quitadas não tem fundamento, já que a reclamada

possui Banco de Horas com prazo de 1 ano estabelecido em acordo coletivo

celebrado com o Sindicato representante na categoria profissional dos

metalúrgicos. As supostas horas extraordinárias estão de acordo com o

celebrado com o sindicato, não caracterizando ilicitude.

Quanto à alegação de que o trabalho desenvolvia-se em condições

perigosas, cabe ressaltar que a empresa contratou laudo pericial elaborado por

empresa especializada em medicina e segurança de trabalho, renovado

anualmente, que atesta que as condições de trabalho não são perigosas pelo

menos desde 2005.

Embora o reclamante tenha sido admitido em 1998, os fatos antes

de 2005 encontram-se prescritos pelo previsto no artigo 7º, inciso XXIX, da


Constituição Federal, e artigo 11 da CLT. As normas estabelecem que a parte

deve solicitar a compensação em até cinco anos contados a partir do fato em

que houve a violação do direito trabalhista.

Por fim, existe comprovação (em anexo) de que as verbas

rescisórias foram depositadas na conta corrente do Reclamante no oitavo dia

subsequente ao Aviso Prévio, sendo certo que o trabalhador recusou-se a

assinar o Termo de Rescisão Contratual.

III – DOS REQUERIMENTOS

Ante o exposto, requer o reconhecimento dos fatos prescritos (art.

11 da CLT e art. 7º da CFRB, inciso XXIX), do pagamento das verbas rescisórias

e do laudo pericial que comprova que não havia periculosidade laboral, razões

pelas quais requer que seja extinta a presente ação.

Termos em que,

Pede deferimento.

Local e data

Nome e assinatura do advogado

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