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AO JUÍZO DA 10° VARA DO TRABALHO DE VITÓRIA/ES

Processo n°:28952/2023

SOCIEDADE EMPRESÁRIA TECNOFRIO S.A, CNPJ n° XXX, endereço


XXX, vem respeitosamente, perante a Vossa Excelência, por intermédio de seu
advogado adiante assinado (procuração anexa) com escritório profissional, no
endereço completo, onde recebe intimações e notificações com Fulcro no art.847
da CLT oferecer:

CONTESTAÇÃO

A reclamatória que lhe move JORGE GOMES FREITAS, já qualificado nos autos
em epígrafe pelas razões de fato e direito a seguir expostos:

I- Preliminar de Mérito

O reclamado vem pedir pela extinção do processo sem resolução de mérito, conforme
art. 485, I, CPC. O Pedido de adicional de periculosidade feita pelo reclamantenão foi
fundamentada, não respeitando um dos fundamentos principaisdo processo, a causa
de pedir, causando assim sua inépcia , nos termos do art. 330, §1, I, do CPC.

II- Prejudicial de Mérito

Antes de adentrar no mérito, vem o reclamado alegar prescrição parcial. O


reclamante ajuizou a ação em 15/02/2023, contando 5 anos anteriores a partir desta
data, os pedidos pleiteados relacionados anteriormente a 15/02/2018 estão
prescritos, vide art.7, XXIX da CF c/c Súmula 308, item I do TST

III- Mérito

O reclamante afirmou que a empresa fornecia plano odontológico gratuitamente,


requereu a sua integração, para todos os fins, como salário utilidade.Juntou com a
petição inicial, cópia do cartão do plano, que lhe foi entregue pela empresa da
admissão. Porém, o reconhecimento do plano de saúde como salário utilidade é
vedado pelo art.458, §2°, IV da CLT, impedindo que o pedido seja reconhecido.

O reclamante relatou que nos últimos dois anos, a empresa fornecia, aos
empregados cesta básica mensalmente, que foi suprimida a partir de 01/08/2018,
violando direito adquirido. Juntou a petição cópia da convenção coletiva que vigorou
de julho de 2016 a julho de 2018, na qual consta obrigação dos empregados em
fornecer cesta básica .Como não foi feito nova convenção desde então, alegou que a
anterior prorrogou-se automaticamente, no entanto não é permitido estipular duração
de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho superior a dois anos, sendo
vedada a ultratividade, nos termos do art. Art. 614, § 3 da CLT.

O reclamante requereu pagamento da indenização por dano moral, alegou ser


vítima de doença profissional, juntou com a petição inicial os laudos de ressonância
magnética da coluna vertebral com o diagnóstico de doença degenerativa. Todavia,
doença degenerativa não tem natureza de doença profissional (acidente de trabalho
por equiparação) nos termos do art. 20, § 1, alinea “a” da lei 8213/91

Relatou que no ano de 2018, permaneceu duas vezes na semana na empresa por
mais de uma hora, para participar de um culto, caracterizando tempo à disposição
do empregador. Na petição inicial, juntou a circular da empresa que informava a
todos os empregados que eles poderiam participar de culto. Contudo a participação
do culto não era obrigatória, sendo assim, não considerado tempo à disposição do
empregador, logo não poderá ser computado as horas extraordinárias vide art.4, §2°, I,
da CLT.

Alegou ainda, que foi coagido moralmente a pedir demissão, caso não fizesse a
empresa alegria dispensa por justa causa, assim requereu a anulação do pedido de
demissão e o pagamento dos direitos como sendo uma dispensa sem justa causa.
Entretanto foi apresentado o pedido de demissão escrito de próprio punho pelos autos e
o documento com a quitação dos direitos da Ruptura considerando um pedido de
demissão, restando ao reclamante o ônus da prova pelo vicio de vontade, vide art 818,II
da CLT.

Diante o Exposto Requer a Improcedência dos pedidos do Reclamante.

IV- Requerimentos Finais

Requer a produção de todos os meios de provas admitidas, em especial, o depoimento


pessoal do reclamante, sob pena de confissão.
Por fim, requer o acolhimento da preliminar de mérito para extinção da inicial sem
resolução de mérito, nos termos do art. 485, I, CPC, sucessivamente, acolhendo a
prejudicial de mérito no sentido da prescrição dos pedidos relativos anteriormente a data
de 10/02/2018 e sucessivamente a improcedência dos pedidos formulados pelo autor,
condenando-o no pagamento de custas processuais.

Pede Deferimento.

Vitória/ES XXX , data XXX.

Adv. XXX
OAB n° XX

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