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AO JUÍZO DA 100ª VARA DE TRABALHO DE MACEIO/AL

Processo nº ____

A SOCIEDADE EMPRESÁRIA ÔMEGA, já devidamente qualificado nos autos da


reclamação trabalhista que lhe move FABIANO por seu advogado que esta subscreve
vem a presença de Vossa Excelência interpor tempestivamente e com fulcro no art.
895, I da CLT interpor tempestivamente

RECURSO ORDINÁRIO

requerendo a remessa das anexas razões ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho


da _ Região, pelo que comprova, em anexo, o recolhimento do depósito recursal e das
custas processuais para os devidos fins de direito.

Nestes termos,

pede deferimento.

Local e data

Nome e assinatura do advogado

OAB nº
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO

RECORRENTE: SOCIEDADE EMPRESARIÁ ÔMEGA

RECORRIDO: FABIANO

PROCESSO nº: ___

PRELIMINARMENTE

I) DA INCOPETENCIA ABSOLUTA

A sentença determinou o recolhimento do INSS relativo ao período trabalhado mês a


mês, para fins de aposentadoria.

Aduz que, conforme estabelece a súmula 368, I do TST a Justiça do Trabalho será
competente quanto à execução das contribuições previdenciárias somente quando for
de sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo
homologado, que integrem o salário da contribuição. Sendo assim, a sentença do caso
em tela não tem cunho condenatório e, portanto, a Justiça do Trabalho não é
competente.

Diante o exposto, requer que seja declarado incompetência absoluta quanto ao


recolhimento do INSS, conforme dispõe Súmula Vinculante 53 do STF, Súmula 368, I,
TST e artigo 876, parágrafo único, da CLT.

II) DA COISA JULGADA

A recorrente teve seu pedido rejeitado em preliminar, pois em síntese foi


desconsiderado que a empresa havia feito um acordo em outro processo movido pelo
mesmo empregado em juízo, na qual pagou o prêmio de assiduidade, condenando-a
novamente ao pagamento dessa parcela.

A sentença não merece ser mantida, pois foi feito um acordo, homologado em juízo,
na qual foi pago prêmio e conforme dispõe o artigo 831, parágrafo único, CLT, em que
o termo que for lavrado no caso de conciliação será irrecorrível.

Assim, requer a reforma da sentença sem resolução de mérito, para que declare a
coisa julgada quanto ao pedido de pagamento de assiduidade, conforme artigo 337,
VIII do CPC e artigo 485, V, CPC.

III) DA LITISPENDÊNCIA

A sentença rejeitou a preliminar suscitada pelo recorrente, desconsiderando que em


relação as diárias postuladas, o autor possuía, comprovadamente, outra ação em
curso com o mesmo tema, se encontrando em grau de recurso.
Segundo o artigo 337, do CPC, opera-se a litispendência quando a mesma ação é
proposta repetidamente. Aduz que diante da repetição do pedido das diárias, em que o
pedido está sendo apreciado pelo Judiciário em outro processo.

Requer a extinção do processo sem resolução do mérito quanto ao pedido das diárias
postuladas por litispendência, segundo os artigos 337, inciso VI, do CPC, 337, § 1º, do
CPC e 337, § 3º do CPC e art. 485, V, do CPC.

DO MÉRITO

I) DA PRESCRIÇÃO

A sociedade empresária Ômega postulou por meio de seu advogado em razoes finais
a prescrição parcial, entretanto, não foi acolhido sob o argumento de que a descrita
prescrição deveria arguida em contestação, conclui-se com a preclusão do feito.

Não merece ser mantida de acordo com a 153 do TST, onde a prescrição poderá ser
arguida em instância ordinária, não havendo que se falar em preclusão do feito.

II) DA REINTEGRAÇÃO

A sentença não merece ser mantida, conforme dispõe o artigo 543, § 3º, da CLT, onde
a vedação é somente nas hipóteses descritas no artigo e o recorrido possuía a função
de Presidente da Associação de Leitura dos empregados da empresa não possuindo
estabilidade provisória prevista em lei ou norma coletiva.

A sentença deferiu a reintegração do recorrido, pois ele foi eleito presidente da


Associação de Leitura dos empregados da empresa, entidade criada pelos próprios
empregados e que a dispensa ocorreu no decorrer do mandato do reclamante

Requer a reforma da sentença para que não considere o recorrido com estabilidade e
por consequência que mantenha demissão.

III) DANO MORAL

A sentença não merece ser mantida, pois o atraso se deu somente nos últimos três
meses do contrato de trabalho, ou seja, no ano de 2017, entretanto o documento
apresentado para comprovar o dano foi de 2015 (documento de certidão do Serasa).
O documento não devera prosperar haja vista divergência entre os períodos.

Diante o exposto, requer a reforma da sentença, de acordo com o artigo 186, do


Código civil.

IV) DA CARTA DE REFERÊNCIA

Conforme o artigo 5º, II, CRFB/88, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude de Lei, onde a Carta de referência não está prevista
em Lei.

A sentença deferiu a entrega de uma carta de referência para facilitar ao recorrido a


obtenção de nova colocação no mercado de trabalho.
Requer a reforma da sentença para que seja julgado improcedente o pedido de
entrega de carta de referência.

V) DA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS

Não merece ser mantida a sentença, porque o contrato de trabalho, no período que
gerou o direito à PL (2012 e 2013), estava suspenso por doença, de modo que o
empregado não colaborou com a lucratividade, por estar afastado conforme
estabelece o artigo 476, da CLT, artigo 1º Lei 10.101/00 e a Súmula 451 do TST

VI) DAS FÉRIAS

A sentença deferiu ao recorrido o pagamento de férias sob a justificativa de que o


empregado não usufruiu dos trinta dias úteis no ano de 2016.

Não merece prosperar a sentença, pois as férias não são usufruídas em dias uteis e
sim em dias corridos, de acordo com o artigo 130, I, da CLT.

Requer a improcedência do pedido de pagamento de férias em dias úteis.

VII) REQUERIMENTOS FINAIS

Requer que o presente recurso seja conhecido bem como acolhimento da prejudicial,
o acolhimento das preliminares e no mérito seu provimento com a total reforma do
julgado.

Nestes termos,

pede deferimento.

Local e data

Nome e assinatura do advogado

OAB nº

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