EXCELENTÍSSIMO JÚIZO FEDERAL DA 3ª VARA DA SUBSEÇÃO
DE (NOME DA CIDADE) – SEÇÃO JUDICIÁRIA DE (NOME DO
ESTADO).
VALNEI, brasileiro, casado, operário, portador da carteira de
identidade nº _____, e do CPF nº ______, residente e domiciliado na Localidade Rural de ______, nº_____, Bairro ____, no município de ____, CEP ____-___, vem respeitosamente à Vossa Excelência, por seus procuradores infra-firmados, conforme procuração anexa e endereço ao rodapé indicado, propor a presente:
AÇÃO PARA CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO DE
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Em desfavor do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, Autarquia Federal com CNPJ nº 29.979.036/0314-53, situada na Rua ____, nº ___, CEP ___-__, Bairro ____, Município de ____, pelos fatos e fundamentos de direito aduzidos:
I – DOS FATOS
O autor requereu em DER- 02.07.2019 à concessão do benefício
previdenciário de aposentadoria por tempo de contribuição, entretanto, na decisão administrativa o mesmo restou indeferido. Segundo consta da decisão do INSS (em anexo), a recusa se deu em razão de reconhecimento de somente 34 anos, 04 meses e 23 dias de serviço/contribuição até DER.
Insatisfeito, busca através deste juízo, provar suas atividades
militares para assim, ser deferida por esta respeitável jurisdição federal sua aposentadoria.
DO PERÍODO DE ATIVIDADE MILITAR
O INSS não reconheceu os períodos laborados pelo autor
quando exerceu função militar obrigatória entre 03.02.1992 a 31.03.1993, conforme atesta a certidão militar anexa as fls. 41 a 160 do processo administrativo.
Destacamos que, na DER-31.10.2016 (NB-001) o período militar
acima foi considerado, conforme atesta o resumo de tempo de serviço de referido processo administrativo juntado nas fls. 206.
Assim, seja pelo direito à averbação de referido período militar
para fins de contagem de tempo de serviço, seja pela averbação pretérita no processo administrativo NB-001, o segurado merece a averbação de referido período no processo NB-002, o qual é objeto da presente lide.
A) CONCLUSÃO
Em conclusão, à parte autora contava na data do requerimento
administrativo de 02.07.2019, com 34 anos, 04 meses e 23 dias de tempo de serviço pela contagem do INSS.
Desta forma, somando-se a este tempo o acréscimo do tempo de
atividade militar a serem reconhecidas judicialmente: 01 ano, 01 mês e 29 dias; Militar 03.02.1992 31.03.1993 419 1 1 29
A parte autora no requerimento administrativo (DER) de 02 de
julho de 2019, possuía: a) A idade mínima; possuindo tempo de serviço superior a 35 (trinta e cinco) anos, o requisito etário é dispensado; b) A carência mínima de 319 meses para o ano de 2019, atendendo a redação do art. 25, II, da Lei n. 8.213/91 que exige somente 180 meses; c) E o tempo de serviço superior a 35 anos para aposentadoria integral – destacamos que o segurado atingiu o tempo de serviço total de 35 anos, 06 meses e 22 dias no requerimento administrativo de 02 de julho de 2019, conforme demonstra a somativa dos períodos reconhecidos administrativamente e o período militar em destaques.
Em suma, em 02.07.2019, a parte autora possuía à carência
mínima de 180 meses exigida pelo art. 25, II, da Lei n. 8.213/91, e o tempo de serviço de mais de 35 anos, tendo direito adquirido a aposentadoria integral nos termos da Lei n. 8.213/91.
II – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Quando da análise do Processo n. 0527059-78.2017.4.05.8100/CE,
a Col. Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência – TNU decidiu:
Ao adentrar no mérito do processo, o relator do pedido de uniformização no
Colegiado, juiz federal Sérgio de Abreu Brito, da Seção Judiciária de Alagoas, argumentou que a contagem do tempo de serviço militar inicial para fins de aposentadoria está prevista no art. 63 da Lei n. 4.375/64 (Lei do Serviço Militar). Segundo o magistrado, a norma do art. 60, IV, do Decreto n. 3.048/99. Ainda de acordo com o relator, a orientação contida no art. 100 da Lei n. 8.112/90 (Estatuto dos Servidores Público da União) reafirma o entendimento das demais normas, reconhecendo que o tempo de serviço prestado às Forças Armadas deve ser contabilizado para todos os efeitos como serviço público federal, independentemente da existência de contribuição previdenciária, para fins de aposentadoria no Regime Próprio de Previdência Social da União. “Não vislumbro motivo para se afastar a contagem do tempo de serviço militar, para fins de carência no tocante à aposentadoria por idade no Regime Geral da Previdência Social. Frise-se ainda que a prestação de serviço militar não é uma faculdade do cidadão mas sim uma obrigação imposta constitucionalmente. Destarte, não se afigura razoável admitir que o convocado tenha que ser sacrificado com possível exclusão previdenciária decorrente da não contagem para fins de carência daquele período em que esteve servindo à Pátria, defendeu o juiz federal.”
Assim, o julgado acima destaca que o serviço militar pode ser
reconhecido inclusive para fins de carência mínima, entretanto, nestes autos o segurado pretende somente o reconhecimento para fins de tempo de serviço. III – DO PEDIDO
Ex positis, requerer:
a) A concessão dos benefícios da JUSTIÇA GRATUITA com isenção
de custas processual e honorária advocatícios, nos termos do art. 54, 55 da Lei n.9.099/95, bem como do art. 4º, II, da Lei n. 9.289/96, na Lei n. 1.060/50, e no art. 98 do CPC; b) Nos termos do art. 319, VII, do CPC, a parte autora informa que, não tem interesse na designação de audiência de conciliação ou mediação; c) A citação do réu, na pessoa de seu procurador, para querendo, contestar o feito, sob pena de serem reputados como verdadeiros os fatos aqui alegados nos termos do art. 344, do CPC;
d) Desde já se requer o julgamento antecipado da lide, na forma
do art. 355, I, do CPC, tendo em vista prova documental carreada aos autos, e considerando tratar-se a presente lide de questão que envolve somente matéria de Direito, ou caso assim não entenda este juízo, postula pela produção das provas necessárias à comprovação do direito da parte autora, em especial, a prova documental acostada em arquivos digitais anexos, e por fim, por todos os meios de prova admitidos em direito, nos termos dos arts. 319 VI, 355 e 369 da Lei n. 13.105/20155; e) Após a produção das provas, seja julgada a presente ação procedente e através de sentença declarar a certeza da existência de relação jurídicas de trabalho: Em relação ao reconhecimento no PROCESSO ADMINISTRATIVO NB-42/002 dos períodos de labor MILITAR entre 03.02.1992 a 31.03.1993 com consequentemente determinação da respectiva averbação/reconhecimento dos períodos militares no requerimento administrativo em destaque, para fins de concessão de aposentadoria por tempo de serviço. Para por fim, declarar por sentença todo o período de relação jurídica entre à parte autora e o réu Instituto Nacional do Seguro Social; f) Como consequência do pedido anterior, seja o INSS condenado a implantar o benefício pleiteado pela parte autora, e pagar na integralidade as parcelas vencidas referentes à aposentadoria por tempo de contribuição, desde a data da implementação dos requisitos necessários, ou seja, desde a DER-02.07.2019 (NB- 42/002), e com a devida correção monetária, juros moratórios mensais e honorários advocatícios de sucumbência em patamar de 10-20% no termo do art. 85, §3º, I, da Lei n. 13.105/2015; g) Por fim, à parte autora informa que, desde já renuncia ao valor excedente a 60 (sessenta) salários mínimos na data de protocolo da inicial, para fins competência deste juízo especial federal.
IV – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor provisório de R$ 57.850,30 (Cinqüenta e
sete mil oitocentos e cinqüenta reais e trinta centavos)