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AURÉLIO GOMEZ, inscrito sob o CPF de n. XXXXX, com endereço XXXX, vem,
respeitosamente, por seus procuradores abaixo firmados, com fundamento nos artigos 836,
caput, da CLT, e 966, inciso V do CPC, ajuizar a presente
Contra PONTO ESSE SUADO LTDA, pessoa jurídica inscrita sob o CNPJ n. XXXXX, com
sede em XXXXX, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I. SÍNTESE FÁTICA
O Autor, no ano de XXXX, foi dispensado por justa causa pelo Réu e, exercendo seu jus
postulandi, ajuizou contra o Requerido uma reclamação trabalhista, buscando obter o
pagamento das férias vencidas, assim como outros direitos previstos constitucionalmente.
Ocorre que, após a instrução processual, fora proferida sentença de improcedência, sob o
fundamento de que a falta grave praticada afasta a possibilidade de concessão de qualquer
crédito ao empregado, até mesmo as férias vencidas.
Verifica-se, in casu, que o Autor atende a todos os requisitos para o ajuizamento da presente
ação.
Em primeiro lugar, a legitimidade ativa verifica-se uma vez que o autor foi parte na ação cuja
decisão se pretende desconstituir (art. 967, I, CPC). No mais, o trânsito em julgado ocorreu há
um ano, de modo que a presente ação é tempestiva, porquanto o prazo é decadencial de 2 anos
(art. 975, CPC).
No mais, como prova de boa-fé e em atendimento ao art. 836 da CLT, o Autor deposita, na
ocasião do ajuizamento, prévio depósito referente a 20% do valor da causa da presente ação.
III. DO MÉRITO
III.1. Da violação literal à norma jurídica
O empregado foi dispensado com justa causa, sem receber nenhum pagamento de rescisão.
Ele decidiu entrar com uma reclamação trabalhista para buscar seus direitos, incluindo o
pagamento das férias vencidas acrescido de 1/3. Tal direito se encontra previsto no art. 146
da CLT.
No entanto, o juiz rejeitou esse pedido e a sentença já se tornou definitiva. Essa decisão
claramente desrespeita o artigo 146 da CLT, que determina que, na rescisão do contrato de
trabalho, independentemente do motivo, o empregado tem direito a receber a remuneração
correspondente ao período de férias adquirido, seja de forma simples ou em dobro, conforme
o caso. Vejamos a letra da lei:
Nota-se, portanto, que a sentença proferida não o foi com base na lei, mas sim contrariando-a,
expressamente, o que não pode ser admitido.
Com base no artigo 791-A da CLT e na Súmula 219, II, do TST, solicita-se que a parte ré seja
condenada a pagar honorários advocatícios correspondentes a 15% do valor da causa.