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CÍVEL DE TERESINA
Proc. N° 254548-47.8.18.0001
Que lhe move a Sra. SILVANA DE SOUSA BORGES, já devidamente qualificada nos
autos, pelos fatos e fundamentos expostos a seguir.
I - DOS FATOS
A parte autora ingressou com uma ação de despejo contra o réu aqui supracitado, na
qual alega que precisaria retomar o imóvel locado, com o objetivo de alugar a sua sobrinha,
para que esta monte um salão de beleza.
Destacou, que após o fim do prazo contratual, já havia enviado inúmeras notificações
extrajudiciais ao locatário, o qual, mesmo assim, não efetivou a desocupação do imóvel.
Nesse caso, a parte autora destacou que o valor do aluguel era de R$2.000,00 (dois mil
reais), diante isso, solicitou a desocupação liminar para que o réu fosse despejado em 15
dias, inclusive, depositando caução no valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais).
Solicitou justiça gratuita, muito embora tenha renda superior a R$ 10.000,00 (dez mil
reais) e o imóvel objeto do litígio foi avaliado em um milhão de reais.
Atribuiu o valor da causa o importe de R$15.000,00, (quinze mil reais).
II - DAS PRELIMINARES
A parte autora em sua inicial, requer justiça gratuita, mas, sua renda é superior a
R$10.000,00, ( dez mil reais ) além disso o imóvel objeto de litígio teria sido avaliado em
R$1.000.000,00 ( um milhão de reais ).
Sendo assim, a autora recebe mensalmente, uma quantia bastante superior ao mínimo
previsto em lei, para que faça jus ao referido benefício da justiça gratuita.
Diante ao exposto, tendo em vista o evidente poder aquisitivo desse, não pode ser aceita
como critério para benefício de Gratuidade de Justiça meramente presunção relativa acerca
da necessidade.
Conforme o Art. 337, XIII, do Código de processo civil afirma que, “ Incumbe ao réu,
antes de discutir o mérito, alegar : indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça
“.
Sendo assim, acolhida esta preliminar, pleiteia-se a intimação da parte promovente, na
pessoa do seu patrono, para realizar o pagamento das custas processuais de ingresso, no
prazo de 15 dias (Art. 290 CPC), sob pena de cancelamento da distribuição.
Além disso, tendo como expoente o art. 98 e 99, §2º , do CPC, necessita a comprovação de
hipossuficiência não ficando meramente na esfera da presunção.
III - DO MÉRITO
Diante o exposto acima, o contestante não estava devendo aluguel, a desocupação por
liminar não deverá ser considerada, já que para concessão de liminar para desocupação de
imóvel deve existir o fundamento na falta do pagamento do aluguel, usando como base o
Art. 59, §1º, inciso IX, da Lei de Inquilinato.
IV - DOS PEDIDOS
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, data.
ADVOGADO, OAB