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‘‘A Atividade de Perito não é profissão regulamentada, bem como que se trata de livre nomeação pelo

Juiz, não sendo exigida a conclusão de cursos específicos ou associação a este conselho, assim como a
nenhuma associação de Peritos, Institutos de Perícias ou qualquer tipo de entidade ligada ao setor.’’

O conteúdo abordado nas apostilas é de inteira responsabilidade dos Professores,


não se responsabilizando o CONPEJ pelos mesmos.
FUNDAMENTOS LEGAIS DA PERÍCIA
E DO PERITO NAS ÁREAS JUDICIAIS
E EXTRAJUDICIAIS
Novo código do Processo Civil - LEI 13.105 - 16-03-2015

Código Civil Brasileiro

CNJ - Conselho Nacional da Justiça


RESOLUÇÃO 233 DE 13-07-2016
Criação de cadastros CPTEC
RESOLUÇÃO 232 DE 13-07-2016
Honorários Justiça Gratuita

O QUE É PERÍCIA?
É a diligência realizada ou executada por Peritos, a fim de que se esclareçam
ou se evidenciem certos fatos.

2
QUEM PODE SER PERITO
Qualquer pessoa que possua conhecimentos técnicos e científicos sobre
a matéria que está sendo periciada.

OS AUXILIARES DA JUSTIÇA
SÃO DIVIDIDOS EM DOIS GRUPOS:
Ordinários: O escrivão, oficial de justiça, o chefe da secretaria,
o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor,
o contabilista e o regulador de avarias.

Eventuais: O Perito, o depositário, o administrador, o intérprete.

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O QUE FAZ UM PERITO?

Órgãos Públicos. O Laudo Técnico,

RESUMINDO:
A perícia judicial constitui uma prova legalmente válida

Chamada pelos juristas de rainha das provas

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RELAÇÃO PROCESSUAL
JUIZ/PERITO

Formulação de quesitos;
Acompanhamento de diligências;
Parecer técnico de manifestação ao laudo pericial.

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PERÍCIA JUDICIAL
Conceito legal - art. 464 CPC
Natureza Jurídica - Procedimento Probatório
Exame, Vistoria e Avaliação

DO PERITO JUDICIAL
Requisitos para ser aceito como Perito:
Possuir conhecimentos técnicos, estar legalmente habilitado e inscrito
no conselho de classe (em caso de profissões regulamentadas);
Atuação por livre escolha do Juiz;
Pode atuar como Perito Judicial e Assistente Técnico;

Posição processual do Perito:


Auxiliar do Juízo - art. 149 CPC;
Está sujeito a impedimento e suspensão - art. 144, 145 e 148 CPC.

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UMA PROFISSÃO ABERTA A TODOS
Aposentados
Novos Graduados
Etc.

COMO SE TORNAR UM PERITO JUDICIAL


Para atuar como Perito em um tribunal, o candidato deverá obrigatoriamente
se cadastrar no site do Tribunal de Justiça do Estado em que pretende fazer
perícia, podendo ainda, posteriormente, fazer uma visita pessoal ao Juiz.

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O Juiz é uma pessoa da sociedade que desempenha uma função pública.
Há varas em que o Perito poderá agendar uma entrevista ou ir direto, sem
agendamento, de posse do cartão de visitas e carta de apresentação.

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O profissional, quando é constantemente nomeado, deve sentir-se
duplamente honrado. Primeiro, pela confiança que o Juiz tem na
pessoa do profissional, demonstrando publicamente suas qualidades
morais e reputação digna. Segundo, pela qualidade satisfatória do trabalho,
pois nada obriga o Juiz a continuar nomeando um profissional que presta
um serviço ruim ou aquém do que ele deseja. Por esses motivos, a atividade
do Perito não é fixa para ninguém e está sempre abrindo oportunidades para
outros novos peritos.

9
Perito

O Perito deverá, em sua visita ao Juiz, entregar, juntamente com o cartão


de visita, uma carta de apresentação com suas qualificações profissionais.

IMPORTANTE: esta carta não é um pedido de emprego!

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Primeiro Parágrafo: Iniciar com uma saudação ao Juiz;
Segundo Parágrafo: Falar sobre a formação acadêmica
e entidades que é filiado;
Terceiro Parágrafo: Especificar as especialidades que domina
e se oferecer para realizar perícias para o Juízo.

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ÁREAS DE ATUAÇÃO DO
PERITO JUDICIAL
Justiça Estadual - Cível/Criminal/Empresarial/Tributária

Cível/Criminal/Previdenciária
Trabalhista

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Perícias
Justiça. Elas ocorrem em diferentes tipos de ação.

Perícias Extrajudiciais
a justiça, pois ainda não existe um processo formal, contratando-se
o Perito para a elaboração de Pareceres Técnicos.

O Direito reconhece como meio de prova: as confissão, o depoimento


das partes, os documentos, as testemunhas, as presunções, e as
Provas Periciais.

14
?

Juiz

Juiz
justiça

15
,
vara

` cartório

ACESSO AOS AUTOS


Assim que receber a nomeação, o Perito poderá ter acesso
aos autos através de uma senha fornecida
ou retirar os mesmos para efetuar os procedimentos
preliminares inerentes à Perícia Judicial.

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REQUISITOS INDISPENSÁVEIS PARA
UMA PERÍCIA:
Atender o Perito a todas as exigências do art. 156 e seus parágrafos do CPC;
Realizar diligências pertinentes ao objetos da perícia art. 157 do CPC;
Apuração de todos os fatos que envolvam o bem periciado;
Pesquisas indispensáveis - aplicação do art. 473 CPC;
Aplicação de técnica adequada para sua conclusão, art. 473 incisos II, III, IV e
seus § § 1º, 2º e 3º do CPC);
Precisa conexão fato x diligência x conclusão.

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Princípio do Contraditório:
As duas partes poderão ter acesso aos documentos,
provas e fatos apresentados.

18
Princípio da Publicidade:

Justiça.

Princípio da Inércia:

O Juiz deve ser provocado pelo autor para que


possa atuar no processo.

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Réu

audiência preliminar ou sentença antecipada;


Perícias e Diligências: Prova;
Audiência de Instrução e Julgamento;

O autor, por meio de seu advogado, entra com ação na Justiça, através
de uma Petição Inicial, onde relata os fatos acontecidos e
reivindica os seus direitos.

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O Juiz, após receber a petição inicial (distribuída por sorteio), promove
a Citação do Réu. Ou seja: avisa ao réu que naquela Vara existe uma
ação contra ele e solicita que o mesmo se manifeste oferecendo a sua
defesa.

CONTESTAÇÃO
O Réu, através de seu advogado, oferece sua resposta, discordando
ou concordando com os argumentos do autor.

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Nesta fase, o Juiz pode agir de 3 formas:

Antecipada

Provas apresentadas/Tipos de provas.

Não havendo provas suficientes para determinada questão técnica,


o Juiz poderá solicitar a nomeação de Perito Judicial para esclarecimento
da matéria, a fim de promover:

Diligências

22
MANIFESTAÇÃO AO LAUDO PERICIAL

Laudo do Perito

Juiz

23
Juiz

,
Desembargadores Ministros

24
25
UMA NOVA ERA DO PROCESSO JUDICIAL:
A ERA DO PROCESSO ELETRÔNICO
As justiças do Trabalho, Federal, e Estadual já estão em alguns
estados com 100% das varas utilizando o processo eletrônico. Outros
tribunais estarão em breve totalmente digitalizados.

26
Juiz

Quanto aos Peritos, receberão uma senha ou utilizarão certificação


digital para acessar o Processo Eletrônico ao qual foi nomeado.
Todos os atos do Perito no processo, inclusive o envio de Laudo,
a petição de proposta de honorários e outras, no formato PDF, serão
via internet, com a sua correspondente assinatura digital.
Existem os seguintes sistemas de Processo Eletrônico nas Varas
Cíveis, do Trabalho e Federais: e-Proc, PJe, Projudi e e-Saj.

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Ampliação do Campo de Atuação - Processos Eletrônicos permitem
mais perícias para o Perito, pois o mesmo poderá residir em uma
cidade e ser Perito em outra, distante da sua.

Juiz Advogado
Perito Cartório

24 horas por dia, durante


os sete dias da semana.
A situação é diferente do processo em papel, que ora está com um,
ora com outro, o que demanda tempo.

28
TIPOS DE CERTIFICADOS ACEITOS
PELOS TRIBUNAIS:
Certificado Digital - Tipo A1
É gerado e armazenado em seu computador pessoal, dispensando
o uso de cartões inteligentes ou tokens.

29
30
31
PROPOSTA DE HONORÁRIOS
O Perito, após consultar os autos, deverá formular a proposta de
Honorários Periciais.

Será fundamental que o Perito faça a proposta de honorários após


a formulação dos quesitos pelas partes.

CRITÉRIOS PARA FIXAÇÃO


DE HONORÁRIOS
Cálculo da hora/técnica;
Previsão de despesas;

;
Tabela dos órgãos de classes;

32
?
?

RESPONSABILIDADE PELO
PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS:
Q
Q ;
Q art. 82 § 1o.) .
:
Q
-Q
quando requerida por ambas as partes (rateada).

33
QUESTÕES HABITUAIS

:
Perito ;
Perito

PETIÇÃO DE HONORÁRIOS

34
RENEGOCIANDO HONORÁRIOS

NOVA PETIÇÃO DE HONORÁRIOS

. Baixar/Parcelar;
Parcelar

- 3º.Solicitar o reembolso das despesas de transporte,


estadia e alimentação reazalidas fora da comarca.
.

35
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
GRATUITA

RESOLUÇÃO 232 DE 13-07-2016


Honorários Justiça Gratuita

ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA
GRATUITA
Resolução Nº 232 de 13/07/2016
Ementa: Fixa os valores dos honorários a serem pagos aos
peritos, no âmbito da Justiça de primeiro e segundo graus,
nos termos do disposto no art. 95, § 3º, II, do Código de
Processo Civil - Lei 13.105/2015.

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ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
Art. 1º Os valores a serem pagos pelos serviços de perícia de
responsabilidade de beneficiário da gratuidade da justiça são os
fixados na Tabela constante do Anexo desta Resolução, na hipótese
do art. 95, § 3º, II, do Código de Processo Civil.

Art. 2º O magistrado, em decisão fundamentada, arbitrará os


honorários do profissional ou do orgão nomeado para prestar os
serviços nos termos desta Resolução, observando-se, em cada caso:

I - A complexidade da matéria;
II - O grau de zelo e de especialização do profissional ou do orgão;
III - O lugar e o tempo exigidos para a prestação do serviço;
IV - As peculiaridades regionais.

37
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
§ 1º O pagamento dos valores de que trata este artigo e do
referente à perícia de responsabilidade de beneficiário da
gratuidade da justiça será efetuado com recursos alocados
no orçamento da União, do Estado ou do Distrito Federal.

§ 2º Quando o valor dos honorários for fixado em montante


superior aos definidos em tabela oficial, seu pagamento, a
ser realizado pelos cofres públicos, estará limitado àqueles
valores estabelecidos por cada Tribunal ou, na sua falta,
pelo CNJ, conforme anexo.

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ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
§ 3º Em sendo o beneficiário da justiça gratuita vencedor
na demanda, a parte contrária, caso não seja beneficiária
da assistência judiciária, deverá arcar com o pagamento
integral dos honorários periciais arbitrados.

§ 4º O juiz, ao fixar os honorários, poderá ultrapassar o limite


fixado na tabela em até 5 (cinco) vezes, desde que de
forma fundamentada.

§ 5º Os valores constantes da tabela anexa serão reajustados,


anualmente, no mês de janeiro, pela variação do IPCA-E.

TABELA DE HONORÁRIOS PERICIAIS - ANEXO DA RES. 232 CNJ


1.1 - Laudo produzido em demanda proposta
por servidor(es) contra União/Estado/Município R$ 300,00
1.2 - Laudo em ação revisional envolvendo
negócios jurídicos bancários até 4 (quatro) R$ 370,00
1. CIÊNCIAS contratos
ECONÔMICAS/ 1.3 - Laudo em ação revisional envolvendo
negócios jurídicos bancários acima de 4 (quatro) R$ 630,00
CONTÁBEIS contratos.
1.4 - Laudo em ação de dissolução e liquidação R$ 830,00
de sociedades civis e mercantis
1.5 - Outras R$ 370,00
2.1 - Laudo de avaliação de imóvel urbano, R$ 430,00
conforme normas ABNT respectivas
2.2 - Laudo de avaliação de imóvel rural, R$ 530,00
conforme normas da ABNT respectivas
2.3 - Laudo pericial das condições estruturais
de segurança e solidez de imóvel, conforme R$ 370,00
2. ENGENHARIA/ normas da ABNT respectivas
ARQUITETURA 2.4 - Laudo de avaliação de bens fungíveis/
imóvel rural/urbano, conforme normas ABNT R$ 700,00
respectivas
2.5 - Laudo pericial em Ação Demarcatória R$ 870,00
2.6 - Laudo de insalubridade e/ou periculosidade,
conforme normas técnicas respectivas
R$ 370,00
2.7 - Outras R$ 370,00 39
TABELA DE HONORÁRIOS
PERICIAIS - ANEXO DA RES. 232
CNJ
3.1 - Laudo em interdição/ DNA R$ 370,00

3. MEDICINA/ 3.2 - Laudo sobre danos físicos e estéticos R$ 370,00


ODONTOLOGIA
3.3 - Outras R$ 370,00

4. PSICOLOGIA R$ 300,00

5. SERVIÇO SOCIAL 5.1 - Estudo social R$ 300,00

6.1 - Laudo de avaliação comercial de bens


R$ 170,00
imóveis
6. OUTRAS 6.2 - Laudo de avaliação comercial de bens
R$ 330,00
imóveis por corretor
6.3 - Outras R$ 300,00

40
41
Devemos levar em consideração que o Laudo Pericial será
encaminhado e apreciado por pessoas que não possuem
conhecimentos técnicos e científicos, razão pela qual deverá
ser simples e de fácil entendimento e compreensão por quem o analisar.
‘‘Não devemos esquecer jamais que o Laudo Pericial não é feito
para os peritos e sim para os leigos’’

O Laudo Pericial é a peça escrita, que constitui a materialização da prova


pericial, através da qual o Perito expressa, de forma circunstanciada, clara
e objetiva, as sínteses do objeto da perícia, os estudos e as observações
que realizou, as diligências realizadas, os critérios adotados, os resultados
obtidos e as suas conclusões.

.
Esses elementos serão utilizados pelo Juiz para proferir sua sentença,
com a adequada fundamentação técnica-científica.

42
ELABORAÇÃO DO LAUDO PERICIAL
,
inicialmente, a sequência da ação pretendida,
que em nosso caso é assim formado.

CONHECER O OBJETIVO DA PERÍCIA

Juiz

43
Preliminares

Fatos observados
Conclusão

-
- Número de folhas
- Número de anexos
- Documentos juntados
-
-
-
-
-
-
-

44
REQUISITOS DO LAUDO
Encaminhamento
1º - Introdução – Breve narração dos fatos;
2º - Objeto de Perícia – Definição do resultado que pretende alcançar;
3º - Metodologia e Diligências – Esclarecimentos de todos os procedi-
mentos realizados para levantamento dos elementos de perícia;
4º - Elementos de Perícia – Esclarecer os resultados encontrados com
as diligências realizadas;
5º - Quesitos – Resposta dos quesitos;
6º - Conclusão;
7º - Anexos.

É a petição elaborada pelo Perito Judicial, na qual deverá constar a

Perito

45
N
N
Perito

46
) D

) O

, , Perito

Trabalho de campo: é a ocasião de se dar conhecimento dos principais


eventos e fatos de como foi desenvolvido o trabalho de campo.

Perito

47
PRINCIPAIS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
, Perito

Documentos utilizados: deve ser feita uma listagem de todos os


documentos periciados e citada em quais páginas do Laudo Pericial
se encontram os documentos.
Equipamentos utilizados: devem ser listados todos os equipamentos
utilizados na elaboração e realização da perícia submetida a sua
avaliação, tais como: lupas, microscópio, raio x, trena etc.

Perito

Perito
Perito

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As partes tem um prazo de 15 dias após a nomeação do Perito no
processo para indicar Assistentes Técnicos e apresentar os seus
quesitos.
Laudo

Juiz
Promotor Público

COMO RESPONDER OS QUESITOS


No Laudo Pericial, o Perito deve reproduzir os quesitos em sua íntegra,
colocando as respostas abaixo de cada um deles.
Em relação as respostas, o Perito deve observar as seguintes regras
básicas:

Juiz

49
- Devem ser respondidas pontualmente na mesma ordem de sua
formulação, ou seja, do primeiro ao último quesito, sem nenhuma
alternância;
- Deve abster-se de responder aos quesitos que fogem de sua
competência técnica ou manifestar opinião pessoal sobre a questão em
litígio;
- As respostas devem ser efetuadas em fonte diferente da utilizada na
transcrição do quesito.

´ ,
´

Perito
,

50
Utiliza-se: ” Ver item...”

Quando a resposta ao item anterior inviabilizar a resposta deste.


Utiliza-se: ‘‘Prejudicado’’
Quando o quesito não for pertinente à perícia.
Utiliza-se: ‘‘Ver resposta ao quesito...’’
Quando a resposta dos quesitos for idêntica.
Utiliza-se: ‘‘Ver anexo...’’
Quando a resposta for ilustrada pelo anexo.

As partes poderão apresentar quesitos suplementares para serem


respondidos pelo Perito durante a confecção do Laudo e após a
entrega dos mesmos.

Juiz
, ,
ê Juiz

51
Os anexos ilustram e fortalecem as respostas elaboradas pelo Perito
Perito

Os documentos, além dos argumentos acima, podem ser, também,


aqueles arrecadados ou requisitados pelo Perito durante as diligências
que foram utilizados para suporte aos questionamentos da perícia
e que não se encontravam acostados aos autos do processo.

Onde o Perito deve responder de forma clara e objetiva as questões que


motiv
´

servindo
de subsídio para apreciação do Juiz.
Ou, ainda, é a parte final do Laudo Pericial em que o Perito expressa o
seu parecer técnico e suas convicções a respeito do trabalho efetuado,
mas, em hipótese alguma, acusando qualquer das partes.
Não deve conter elementos e/ou informações que conduzam a dúbia
interpretação, para que não induza o juiz ao erro.

52
Embora possa parecer um exagero a indicação expressa da
exigência da assinatura do laudo, a mesma dada pelo Perito
Judicial perfaz, para as partes e terceiros, a certeza jurídica
da responsabilidade daquelas informações técnicas apresentadas,
podendo imputar ao seu subscritor as penalidades legais quanto
a inverdades ali lançadas ou falsa perícia.
Além da sua assinatura, o Perito deve colocar sua identificação
pessoal e profissional:
Nome, qualificação profissional, número de inscrição em seu
órgão de classe e do CONPEJ e qual foi sua especialidade nos
autos (Perito Grafotécnico, Documental etc).
Processo Eletrônico - A assinatura será realizada com o certificado
digital, ficando a critério do Perito fazê-la manualmente na última
folha. Neste caso, teremos as duas assinaturas.

Cartório da Vara
e, no Processo Eletrônico, enviado diretamente via web.
Saliente-se que, após a entrega do Laudo Pericial, o Juiz,
obrigatoriamente, abrirá o prazo de 15(quinze) dias para que as
partes se manifestem sobre as conclusões do Perito Judicial, ocasião
que, inclusive, poderão requerer pela apresentação de quesitos
suplementares. O Juiz não é obrigado a proferir sua sentença baseado
no Laudo Pericial, podendo recusá-lo. Porém, caso o faça, terá que
expor na sentença os motivos de tal procedimento.

53
, ´ ,

Assistentes Técnicos
.

´
Autarquia Anciliar
Digesto Obreiro
Ergástulo Público

54
55
Art. 91. As despesas dos atos processuais praticados a requerimento da
Fazenda Pública, do Ministério Público ou da Defensoria Pública serão
pagas ao final pelo vencido.

§ 1º As perícias requeridas pela Fazenda Pública, pelo Ministério Público


ou pela Defensoria Pública poderão ser realizadas por entidade pública
ou, havendo previsão orçamentária, ter os valores adiantados por aquele
que requerer a prova.

§ 2º Não havendo previsão orçamentária no exercício financeiro para


adiantamento dos honorários periciais, eles serão pagos no exercício
seguinte ou ao final, pelo vencido, caso o processo se encerre antes do
adiantamento a ser feito pelo ente público.

56
Art. 95. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico
que houver indicado, sendo a do Perito adiantada pela parte que
houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada
de ofício ou requerida por ambas as partes.
§ 1º O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento
dos honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente.
§ 2º A quantia recolhida em depósito bancário à ordem d juízo será
corrigida monetariamente e paga de acordo com o art. 465, § 4º.
§ 3º Quando o pagamento da perícia for de responsabilidade de bene-
ficiário de gratuidade da justiça, ela poderá ser:
I - custeada com recursos alocados no orçamento do ente público e
realizada por servidor do Poder Judiciário ou por órgão público
conveniado;

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II - paga com recursos alocados no orçamento da União, do Estado ou
do Distrito Federal, no caso de ser realizada por particular, hipótese em
que o valor será fixado conforme tabela do tribunal respectivo ou, em
caso de sua omissão, do Conselho Nacional de Justiça.
§ 4o Na hipótese do § 3o, o juiz, após o trânsito em julgado da decisão
final, oficiará a Fazenda Pública para que promova, contra quem tiver
sido condenado ao pagamento das despesas processuais, a execução
dos valores gastos com a perícia particular ou com a utilização de
servidor público ou da estrutura de órgão público, observando-se, caso o
responsável pelo pagamento das despesas seja beneficiário de
gratuidade da justiça, o disposto no art. 98, § 2o.
§ 5o Para fins de aplicação do § 3o, é vedada a utilização de recursos
do fundo de custeio da Defensoria Pública.

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Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas
funções no processo:
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito,
funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento
como testemunha;
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido
decisão;
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado
ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou
qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até
o terceiro grau, inclusive;
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou compa-
nheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral,
até o terceiro grau, inclusive;
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de
pessoa jurídica parte no processo;
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de
qualquer das partes;

59
Art. 145. Há suspeição do juiz:
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advoga-
dos;
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa
antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das
partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para aten-
der às despesas do litígio;
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu
cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o
terceiro grau, inclusive;
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das
partes.
§ 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem
necessidade de declarar suas razões.
§ 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando:
I - houver sido provocada por quem a alega;
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta
aceitação do arguido.

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Art. 148. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:
I - ao membro do Ministério Público;
II - aos auxiliares da justiça;
III - aos demais sujeitos imparciais do processo.
§ 1o A parte interessada deverá arguir o impedimento ou a suspeição,
em petição fundamentada e devidamente instruída, na primeira oportu-
nidade em que lhe couber falar nos autos.
§ 2o O juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspen-
são do processo, ouvindo o arguido no prazo de 15 (quinze) dias e
facultando a produção de prova, quando necessária.
§ 3o Nos tribunais, a arguição a que se refere o § 1o será disciplinada
pelo regimento interno.
§ 4o O disposto nos §§ 1o e 2o não se aplica à arguição de impedimento
ou de suspeição de testemunha.

Escrivão, o Chefe de Secretaria, o Oficial de Justiça, o Perito, o


Depositário, o Administrador, o Intérprete, o Tradutor, o Mediador, o
Conciliador Judicial, o Partidor, o Distribuidor, o Contabilista e o
Regulador de avarias.

61
RESOLUÇÃO Nº 233 DE 13/07/2016
Art. 1º Os tribunais brasileiros instituirão Cadastro Eletrônico de Peritos
e Órgãos Técnicos ou Científicos (CPTEC), destinado ao gerenciamento
e à escolha de interessados em prestar serviços de perícia ou de exame
técnico nos processos judiciais, nos termos do art. 156, § 1º, do Código
de Processo Civil.

§ 1º O CPTEC conterá a lista de profissionais e órgãos aptos a serem


nomeados para prestar serviço nos processos a que se refere o caput
deste artigo, que poderá ser dividida por área de especialidade e por
comarca de atuação.

§ 2º Para formação do cadastro, os tribunais deverão realizar consulta


pública, por meio de divulgação na rede mundial de computadores ou
em jornais de grande circulação, além de consulta direta a universidades,
a entidades, órgãos e conselhos de classe, ao Ministério Público, à
Defensoria Pública e à Ordem do Advogados do Brasil, para a indicação
de profissionais ou de órgãos técnicos interessados.

62
RESOLUÇÃO Nº 233 DE 13/07/2016
Art. 2º. Cada tribunal publicará edital fixando os requisitos a serem
cumpridos e os documentos a serem apresentados pelos profissionais
e pelos órgãos interessados, nos termos desta Resolução.

Art. 3º Os tribunais manterão disponíveis, em seus sítios eletrônicos, a


relação dos profissionais e órgãos cujos cadastros tenham sido validados.

Parágrafo único. As informações pessoais e o currículo dos profissionais


serão disponibilizados, por meio do CPTEC, aos interessados, conforme
§ 2º art. 157 do CPC, e aos magistrados e servidores do respectivo
tribunal.

63
Juiz

Peritos

Tribunais

Órgão Técnico ou Científico


Juiz

Perito Juiz
Órgão Técnico ou Científico

64
Perito
Juiz

Peritos na Vara

Perito

Juiz

Juiz

65
Juiz

Perito
Perito
Assistente Técnico

Perito

Juiz

Juiz
Perito

Juiz

66
Perito

Perito

Perito
Juiz

Perito

Juiz

67
Perito

Perito Judicial

Perito

Juiz

68
Art. 471 - PERÍCIA CONSENSUAL
As partes podem, de comum acordo, escolher o Perito, indicando-o
mediante requerimento.

I - Sejam plenamente capazes;


II - A causa possa ser resolvida por autocomposição.

§ 1º As partes, ao escolher o Perito, já devem indicar os respectivos


assistentes técnicos para acompanhar a realização da perícia, que se
realizará em data e local previamente anunciados.
§ 2º O Perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente,
laudo e pareceres em prazo fixado pelo juiz
§ 3º A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria
realizada por Perito nomeado pelo juiz.

69
Juiz

Laudo Pericial

Perito

70
Juiz
Órgão
Perito

Perito

Perito Assistentes Técnicos

Juiz Perito

Juiz
Perito Assistente Técnico.

71
Perito
Juiz

Perito
Juiz

Assistente Técnico

Perito

Juiz Órgão
Assistente Técnico

Juiz Perito Assistente Técnico

Perito Assistente Técnico

72
Perito

Juiz

Perito

Juiz

73
Juiz

Juiz

Juiz

74
Art. 481 O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em
qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim
de se esclarecer sobre fato que interesse à decisão da causa.

Art. 482 Ao realizar inspeção, o Juiz poderá ser assistido por um


ou mais Peritos.

Art. 483 O juiz irá ao local onde se encontre a pessoa ou a coisa


quando:

I - Julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos


fatos que deva observar;

II - A coisa não puder ser apresentada em juízo sem consideráveis


despesas ou graves dificuldades;

III - Determinar a reconstituição dos fatos.

Parágrafo único. As partes têm sempre direito a assistir à inspeção,


prestando esclarecimentos e fazendo observações que considerem
de interesse para a causa.

75
Art. 484 Concluída a diligência, o juiz mandará lavrar auto
circunstanciado, mencionando nele tudo quanto for útil ao
julgamento da causa.

Parágrafo único. O auto poderá ser instruído com desenho,


gráfico ou fotografia.

76
ARTIGOS 299, 297, 302, 324, 342, 343 E 347

FALSIDADE IDEOLÓGICA
Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele
devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da
que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou
alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e


reclusão de um a três anos, e multa, de quinhentos mil réis a cinco contos de
réis, se o documento é particular.

Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime


prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de
assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.

77
USO DE DOCUMENTOS FALSOS
Art. 297 - Falsificar no todo ou em parte, documento público, ou alterar
documento público verdadeiro:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.


§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se
do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.

Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso:

Pena - Detenção, de um mês a um ano.

Parágrafo Único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se


também multa.

78
FUNCIONÁRIO PÚBLICO
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais,
quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo,
emprego ou função publica.

Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público, quem exerce


cargo, emprego ou função em entidade paraestatal.

§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo,


emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para
empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a
execução de atividade típica da Administração Pública. (Incluído
pela Lei nº 9.983, de 2000).

§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos


crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em
comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da
administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública
ou fundação instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799,
de 1980).

79
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como
testemunha, Perito, contador, Tradutor, ou Intérprete em processo
judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em Juízo Arbitral:

§ 1º As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é


praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova
destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil
em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.

§ 2º O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em


que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.

80
Perito Tradutor Intérprete

Juiz Perito

81
EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO
Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade,
a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público,
funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha:

Pena - Reclusão de um a cinco anos e multa.

Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, se o agente


alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a
qualquer das pessoas referidas neste artigo.

82
.

OBRIGADO!

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