Você está na página 1de 20

Curso de Direito – Campus Tijuca

DANIEL BERRELHO BERNINI

A TAXATIVIDADE MITIGADA DO ART. 1.015 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL:


TEORIA E PRÁTICA NO TJ-RJ

RIO DE JANEIRO
Junho/2022
A TAXATIVIDADE MITIGADA DO ART. 1.015 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL:
TEORIA E PRÁTICA NO TJ-RJ

Projeto de Monografia apresentado à disciplina


Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso, do curso
de Bacharelado em Direito da Universidade Veiga de
Almeida.
Orientadora: Prof. Dra. Anne Morais.

RIO DE JANEIRO
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4

2 HIPÓTESES ................................................................................................................................. 6

3 OBJETIVOS ................................................................................................................................. 6

3.1 Objetivo geral ................................................................................................................................. 6

3.2 Objetivos específicos ...................................................................................................................... 7

4 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................... 7

5 METODOLOGIA ........................................................................................................................ 8

5.1 SUMÁRIO DA MONOGRAFIA................................................................................................. 11

6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................................. 11

7 CRONOGRAMA ............................................................................................................................ 16

8 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO ....................................................................................... 17

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................................. 19
1 INTRODUÇÃO

O agravo de instrumento é um dos recursos típicos, consagrados pelo atual Código de


Processo Civil (CPC - Lei n° 13.105/2015). Ele é cabível contra as decisões interlocutórias
(pronunciamentos judiciais de natureza decisória que não ponham fim ao processo) que se
enquadrem na descrição específica dos treze incisos do art. 1.015 do CPC.
O Código prevê, ainda, que as decisões que não sejam passíveis de interposição do
agravo de instrumento poderão ser suscitadas após a prolação da sentença, por meio do recurso
de apelação (art. 1.009, §1°).
Em oposição ao rol específico do atual CPC, o Código de Processo Civil anterior, de
1973, definia em seu art. 522 como passíveis de questionamento via agravo de instrumento toda
decisão interlocutória “suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação”.
Extrai-se, portanto, uma dualidade histórica conceitual entre a subjetividade teórica do
CPC de 1973 e a objetividade da lista fechada de possibilidades do CPC de 2015. Com base
nessa contradição de ideias, e considerando o papel histórico do agravo de instrumento como
ferramenta processual criada para atacar imediatamente uma decisão interlocutória que venha
a causar prejuízo à parte, há relevante discussão doutrinária a respeito do cabimento do agravo
de instrumento.
Uma relevante parcela da doutrina considera que o rol de decisões agraváveis do art.
1.015 do CPC é taxativo, ou seja, não seria passível de nenhum tipo de analogia ou interpretação
extensiva, enquanto outros sustentam a ampliação do rol por analogia ou extensão
hermenêutica. Todavia, diversos autores buscam conciliar as duas teorias. Enquanto alguns,
como Fredie Didier Jr., defendiam a analogia de casos concretos com os incisos do art. 1.015,
buscando a tese exemplificativa, Romão (2016) entendia que a taxatividade não seria
incompatível com a interpretação extensiva, ou seja, há possibilidade de ampliar o sentido da
norma para além de seu conteúdo literal.
Ao abordar o tema, Ferreira (2016) defendeu que, se determinada decisão não se
encontra prevista expressamente no art. 1.015, mas a natureza de tal decisão pode causar
prejuízo grave e imediato à parte, talvez não seja útil ao recorrente aguardar a sentença para
recorrer em sede de preliminar de apelação. Essa possibilidade permitiria concluir pela
existência de uma apelação inútil, em que se discutiria uma decisão cujos efeitos já podem ter
se concretizado ou até mesmo exaurido.

4
Tem-se, portanto, uma tese intermediária em que o rol do art. 1.015 seria taxativo, mas
extensivo às situações em que a necessidade recursal se mostra imperiosa à recorribilidade
instantânea, não sendo útil à parte recorrer futuramente na apelação. Ocorre, então, o que
William Santos Ferreira irá denominar taxatividade fraca do art. 1.015 do CPC, ou seja, um rol
que pode ser estendido a outras situações, mas em que incumbe ao interessado demonstrar a
necessidade de apreciação de seu agravo, bem como a inutilidade da apelação em momento
posterior.

Buscando aliar a necessidade de aplicação adequada do CPC com a mais correta e justa
interpretação de seu art. 1.015, o Superior Tribunal de Justiça enfrentou a controvérsia,
culminando em uma solução que harmonizou a aplicação prática com as técnicas
hermenêuticas, concluindo que o rol do art. 1.015 não poderia ser taxativo, diante de sua
incapacidade de tutelar todos os tipos de decisões interlocutórias que causariam prejuízo ao
interessado caso fossem reexaminadas apenas em sede de apelação. Da mesma forma, apontou
que a lista contida no artigo não é exemplificativa nem extensiva, sendo certo não haver critérios
hermenêuticos para delimitar as decisões em que a analogia extensiva se aplicaria ou, ainda,
afrontando a intenção legislativa de conferir caráter taxativo ao recurso em caso de defini-lo
como exemplificativo.

Firmou-se a tese, portanto, consolidada como Tema Repetitivo n° 988 STJ, de que o
art. 1.015 possui caráter de taxatividade mitigada. A mitigação em questão se dará por análise
da necessidade de que a decisão recorrida deverá ser apreciada de imediato. Logo, mediante
comprovação da inutilidade de aguardar a apelação para o reexame, será cabível o agravo de
instrumento como recurso adequado contra essa decisão interlocutória.

A despeito da Tese firmada, é relevante questionar se os magistrados do Tribunal


de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) vêm aplicando na prática, ao analisarem
os agravos de instrumento interpostos, a tese proposta pelo STJ no Tema n° 988, levando-
se em consideração a possibilidade de urgência e conhecendo os recursos. Caso contrário,
faz-se pertinente analisar se simplesmente decidiram pela aplicação do Tema n° 988/STJ
ou se justificaram adequadamente pelo seu não cabimento no caso concreto.

O presente Projeto, por fim, visa analisar, por amostragem de julgados do TJ-RJ, o
posicionamento dos juízes desse Tribunal no tocante à aplicação da tese da taxatividade
mitigada do art. 1.015 do CPC, em especial no tocante aos casos de não conhecimento do
recurso e os motivos apresentados para essas decisões.
5
2 HIPÓTESES

Com objetivo de apresentar soluções à problemática do estudo proposto, apresentam-


se as seguintes hipóteses:

a) Ao analisarem os agravos de instrumento, os magistrados do TJ-RJ, demonstrando


conhecimento da existência do Tema n° 988 do STJ, levam em consideração a controvérsia.
Todavia, entendem que, no caso concreto analisado não existe a urgência ou perigo de dano
delimitado pelo STJ como requisito para conhecimento do agravo. Nesse caso, é tomada a
decisão pelo não conhecimento do recurso;

b) No momento de recepção do agravo de instrumento, o juiz do processo, sequer mencionando


a existência do Tema n° 988 do STJ, não leva em consideração a possibilidade de apreciação
imediata do recurso caso a situação factual não se enquadre no rol (previamente taxativo) do
art. 1.015 do Código de Processo Civil. Portanto, o agravo não será conhecido por entender
o magistrado não ser aplicável em nenhuma situação senão aquelas previstas no CPC,
ignorando a controvérsia estabelecida;

c) O magistrado, ciente da existência do Tema n° 988 do STJ e da sua probabilidade de


aplicação ao caso concreto, verifica se os requisitos propostos (urgência ou risco de dano à
parte) estão presentes. Em caso positivo, reconhece a possibilidade de aplicação do Tema,
conhecendo o agravo de instrumento como recurso cabível à situação. Todavia,
considerando o mérito do caso concreto, nega provimento ao agravo de instrumento.

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Analisar o posicionamento dos magistrados do TJ-RJ em relação à aplicação da tese


da taxatividade mitigada do art. 1.015 do Código de Processo Civil, em especial quanto aos
casos de não conhecimento do recurso, bem como à fundamentação dessas decisões.

6
3.2 Objetivos específicos

O presente projeto tem como objetivos específicos:

a) Discorrer sobre o recurso do agravo de instrumento, tanto em sua evolução histórica ao longo
dos Códigos de Processo Civil, quanto nos mais atuais posicionamentos doutrinários e
jurisprudenciais sobre a sua aplicabilidade.

b) Mensurar a adoção da Tese n° 988 do STJ em casos julgados pelo TJ-RJ, apontando a
incidência dos principais temas em que ela é discutida, além de índice aproximado de
conhecimento e provimento, por amostragem.

c) Apontar os principais fundamentos pelos magistrados para a aplicação (ou não) do Tema
firmado pelo STJ, compilando os principais argumentos e o panorama do Tribunal de Justiça
Estadual acerca do assunto.

4 JUSTIFICATIVA

Não é exagero afirmar que o conhecimento técnico e a aplicação correta dos ritos do
processo civil são basilares não só na função da advocacia e da magistratura, mas no bom
funcionamento do sistema judiciário como um todo. É parte do processo evolutivo do Direito,
todavia, a alteração dos textos normativos ou, não havendo alteração do texto legal per se, ao
menos a mudança de interpretação a respeito de determinados artigos, incisos, parágrafos ou
alíneas.

Em relação à motivação pessoal, o presente projeto tem raízes em trabalhos realizados


anteriormente. Destaca-se, além de afinidade pessoal pelo Processo Civil, pesquisa de
Programa de Iniciação Científica (PIC) realizada por mim em 2021, com colaboração com
outros alunos e sob supervisão de docente da Universidade Veiga de Almeida.

Na pesquisa realizada pelo PIC, intitulada As decisões do Tribunal de Justiça do


Estado do Rio de Janeiro à luz da taxatividade mitigada do art. 1.015 do Código de Processo
7
Civil: uma análise de seus julgados no período de 2019 a 2021, foi detectada clara
inconsistência entre os magistrados no tocante à aplicação do Tema n° 988 do STJ.

Pouco mais da metade (55%) dentre as cinquenta e uma (51) decisões analisadas
admitiram a aplicação do Tema, enquanto as demais (45%) decidiram pela inadmissão do
Tema. A controvérsia tomou forma ao ser verificado que ambos os grupos versavam sobre
tópicos muito similares, como competência, produção de prova e inversão de ônus da prova.

Pode-se constatar uma clara falta de uniformização dentre os magistrados fluminenses


no que se refere à recepção e aplicação do Tema n° 988 do STJ, trazendo insegurança jurídica
aos processos que tramitam (e venham a tramitar) no TJ-RJ. Afinal, mesmo desconsiderando a
particularidade de cada caso concreto e a liberdade decisória de cada juiz, é esperado que as
teses sedimentadas pelos tribunais superiores sejam aplicadas, justamente visando o
afastamento de controvérsias nos demais tribunais.

O presente projeto, portanto, se presta à não só mapear as decisões do TJ-RJ que sejam
concernentes ao agravo de instrumento e ao Tema n° 988 do STJ, mas também a se aprofundar
nessas decisões, visando obter maiores dados e esclarecimentos teóricos em relação à
fundamentação desses magistrados (ou à ausência dela, conforme o caso) para aplicação ou
desconsideração da tese consolidada pelo tribunal Superior.

Dessa forma, havendo consolidação dos dados encontrados, bem como em pesquisa
teórica fundamentada, poderá o operador do Direito obter melhores informações acerca do
posicionamento dos juízes do Estado do Rio de Janeiro, e, consequentemente, melhor exercer
a advocacia.

5 METODOLOGIA

A presente pesquisa visa compilar e demonstrar o que acontece no mundo real do


Direito, indo além da mera reprodução de conteúdo teórico. A dissonância entre teoria e prática
é capaz de criar resultados distintos em situações semelhantes (ou mesmo idênticas), o que
incomoda, principalmente, o leigo. A observação de decisões divergentes em casos similares

8
faz nascer um sentimento de desconfiança quanto ao trabalho realizado pelo advogado, assim
como, ocasionalmente, a sensação de injustiça.

Trata-se, portanto, de pesquisa exploratória, concentrada principalmente em pesquisas


bibliográficas e estudos de caso na forma de julgados oriundos do Tribunal de Justiça do Estado
do Rio de Janeiro.

Considerando que a presente pesquisa teve como propósito identificar como o


Judiciário Fluminense vem aplicando a tese da taxatividade mitigada do art. 1.015 do Código
de Processo Civil, para investigar o problema será utilizada, inicialmente, a pesquisa
bibliográfica. Em um primeiro momento, visando estabelecer breve panorama histórico da
legislação e doutrina acerca dessa espécie recursal. Destacam-se, inicialmente, os Códigos de
Processo Civil de 1939, 1973 e o Código atual, de 2015 como fontes obrigatórias.

E, em um segundo momento, a fim de proporcionar conhecimento de termos técnicos


que serão apresentados, recolhendo e analisando as principais contribuições da doutrina sobre
a taxatividade mitigada do art. 1.015 do CPC/2015, como forma de contextualizar a
problemática.

Simultaneamente, será realizado estudo de caso com base nas decisões proferidas pelas
Câmaras Cíveis do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, no período de janeiro de
2019 até junho de 2022. O objetivo será identificar as decisões interlocutórias não arroladas no
art. 1.015 do Código de Processo Civil que estão sendo admitidas sob a Tese n°988, e, em
sentido oposto, as decisões interlocutórias não arroladas no art. 1.015 do CPC que não estão
sendo admitidas.

Para a seleção dos julgados do TJ-RJ, será realizada a busca na página www.tjrj.jus.br,
utilizando combinações das palavras-chave: “taxatividade e mitigada e agravo e instrumento”,
bem como os termos “provido” e “não provido”. Este conjunto de palavras visa separar, entre
os processos existentes, aqueles que em seu julgamento mencionavam a Tese (admitindo-a ou
não).

O método de pesquisa mais adequado para a execução da pesquisa proposta é o


hipotético dedutivo, que se presta a enfrentar as hipóteses levantadas contra a bibliografia
pesquisada, bem como os casos concretos observados. Dessa forma, poderá ser inferido não só
a ciência dos magistrados do TJ-RJ quanto à existência da tese da taxatividade mitigada, mas

9
também os motivos apresentados para sua não aplicação ou, ainda, a ausência deles, o que por
si só é uma variável a ser considerada.

O primeiro capítulo da monografia será dedicado a estabelecer um breve panorama


histórico do agravo de instrumento: suas alterações ao longo dos códigos de processo civil
brasileiros, bem como as principais questões de destaque e controvérsia na doutrina e jurisdição,
culminando na fixação da tese da taxatividade mitigada, objeto principal dessa pesquisa. Nessa
etapa, será grande a relevância bibliográfica da própria legislação brasileira ao longo da história,
iniciando-se com as Ordenações Filipinas do século XIX e passando pelos Códigos de Processo
Civil de 1939, 1973 e o atual, de 2015. Além disso, será grande a contribuição de autores como
Gabriel Araújo Gonzalez, Fredie Didier Jr., Leonardo Carneiro da Cunha, Beatriz Galindo,
Humberto Dalla Bernardino de Pinho e Humberto Theodoro Júnior, dentre outros.

Prosseguindo a partir da tese, o segundo capítulo se inicia em abordagem teórica acerca


do tema, bem como suas repercussões teóricas. Em um segundo momento, será feita a passagem
para sua aplicação prática no judiciário do Rio de Janeiro, onde serão obtidos dados (ainda
amplos e gerais) acerca da aplicação (ou não) do Tema n° 988 nos julgados do TJ-RJ. Nesse
segundo momento, de grande relevância serão as considerações da Ministra do STJ Nancy
Andrighi, expostas no julgamento dos Recursos Especiais que embasaram a tese fixadas. Não
obstante, também será relevante o posicionamento de livros e artigos escritos por outros autores
(além daqueles referidos no primeiro capítulo), dentre eles William Santos Ferreira, Pablo
Freire Romão, Rodrigo Frantz Becker e Daniel Amorim Assumpção Neves

No derradeiro e terceiro capítulo do desenvolvimento serão selecionados, por


amostragem, casos concretos, equilibrando amostras de aplicação e inadmissão da tese ora em
análise. A partir dessa seleção, se prosseguirá para uma análise mais minuciosa dos casos
selecionados, visando abordar os principais pontos de concordância e divergência dos
magistrados com a tese fixada pelo STJ. A última etapa consistirá, em termos bibliográficos,
predominantemente na análise e posicionamento dos próprios juízes conforme o caso concreto,
não se excluindo, porém, a necessidade de recorrer aos ensinamentos dos autores utilizados nos
dois capítulos anteriores para melhor ilustrar ou esclarecer os pontos debatidos e controversos.

10
5.1 SUMÁRIO DA MONOGRAFIA

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................
2 O AGRAVO DE INSTRUMENTO COMO RECURSO: UM BREVE HISTÓRICO.................
3 O TEMA N° 988 E SUA PRÁTICA NO JUDICIÁRIO FLUMINENSE.......................................
4 ESTUDO DE CASOS CONCRETOS DE JULGAMENTOS.........................................................
5 CONCLUSÃO......................................................................................................................................

6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para que seja possível compreender toda a discussão jurídica acerca das hipóteses de
cabimento do agravo de instrumento, faz-se necessário, de antemão, uma clara explanação
dessa espécie de recurso, bem como um breve histórico de sua existência ao longo da evolução
processual civil brasileira.

Mesmo após a declaração de independência em 1822, o Brasil seguiu aplicando


diversos elementos normativos ainda do período sob o jugo português. Por isso, pode-se afirmar
que a primeira regulamentação processual do país recém-independente foram as Ordenações
Filipinas, em especial o Livro III (GONZALEZ, 2019, p. 31-32).

No Título LXV do referido livro se encontra o conceito daquilo que a Ordenação irá
chamar de “sentença interlocutória” (PORTUGAL, 1870, p. 665-666):

Sentença interlocutoria he chamada em Direito qualquer sentença, ou mandado, que


o Juiz dá, ou manda, em algum feito, antes que dê sentença definitiva. E todo Juiz
póde revogar sua sentença interlocutoria, antes que dê a diffinitiva, porque depois que
a diffinitiva he dada, já se não entremetterá mais para julgar em aquelle feito, que já
he findo [...]

Ao longo do Título, a despeito da utilização do termo “agravar”, aduz o legislador à


possibilidade de apelação da sentença, seja ela definitiva ou do tipo interlocutória. Mais adiante
no Livro, o Título LXIX apresenta um rol (exemplificativo) de sentenças que apesar de
interlocutórias possuem força de sentença definitiva, as quais seriam recorríveis por apelação.
São definidos ainda os cinco tipos de agravos, cabíveis conforme o tipo de decisão tomada pelo

11
juiz, destacando-se que deveria ser interposta apelação contra sentenças interlocutórias que
causassem danos tão irreparáveis à parte que não pudessem aguardar a sentença final para serem
atacadas (GONZALEZ, 2019, p. 34-35).

Alguns anos após a outorga da Constituição de 1824, as primeiras regras de jurisdição


Civil foram publicadas na Lei de 29 de novembro de 1832, que promulgou o “Codigo do
Processo Criminal de primeira instancia com disposição provisoria ácerca da administração da
Justiça Civil” (BRASIL, 1832). Em Título Único da lei, destinado ao processo civil reduziu
todos os agravos da Ordenação Filipina a um único agravo, no auto do processo. Os agravos de
instrumento e de petição foram reestabelecidos em 1842 pelo Regulamento n° 143,
apresentando critério territorial para sua diferenciação (GONZALEZ, 2019, p. 41).

Ou seja, nota-se, desde então, uma tendência legislativa a diferenciar não só as


decisões definitivas das interlocutórias, mas também estabelecer critérios (objetivos e
subjetivos) aos tipos de recurso cabíveis contra cada espécie, padecendo inclusive de um
excesso de recursos, como por exemplo os cinco tipos de agravos existentes, conforme cada
situação concreta e ainda sob critérios de territorialidade para aplicação adequada.

Somente em 01/03/1940, com a entrada em vigor do CPC/1939 (promulgado por meio


do Decreto-lei n° 1.608 em 18/09/1939) podemos observar a primeira etapa de regulamentação
mais firme, abrangente e detalhada acerca dos procedimentos processuais cabíveis ao processo
civil brasileiro.

No CPC de 1939 se encontravam previstos três tipos de agravos: de petição, de


instrumento, e no auto do processo. Didier Jr. e da Cunha (2020, p. 254) explicam acerca das
hipóteses de cabimento de cada um deles: o agravo de petição caberia contra sentenças que não
resolviam o mérito ao extinguir o processo; o no auto do processo visava evitar a preclusão de
certas decisões (como inadmissão de prova requerida ou cerceamento de defesa) e o de
instrumento seria utilizado contra aquelas decisões interlocutórias expressamente previstas no
art. 842 da referida norma (BRASIL, 1939):

Art. 842. Além dos casos em que a lei expressamente o permite, dar-se-á agravo de
instrumento das decisões: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 4.565, de 1942).
I, que não admitirem a intervenção de terceiro na causa; (Redação dada pelo Decreto-
Lei nº 4.565, de 1942).
II, que julgarem a exceção de incompetência; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº
4.565, de 1942).
III, que denegarem ou concederem medidas requeridas como preparatórias da
ação; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 4.565, de 1942).

12
IV, que não concederem vista para embargos de terceiros, ou que os
julgarem; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 4.565, de 1942).
IV - que receberem ou rejeitarem “in limine” os embargos de terceiro. (Redação dada
pelo Decreto-Lei nº 4.672, de 1965).
V, que denegarem ou revogarem o benefício de gratuidade, (Redação dada pelo
Decreto-Lei nº 4.565, de 1942).
VI, que ordenarem a prisão; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 4.565, de 1942).
VII, que nomearem ou destituírem inventariante, tutor, curador, testamenteiro ou
liquidante; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 4.565, de 1942).
VIII, que arbitrarem, ou deixarem de arbitrar a remuneração dos liquidantes ou a
vintena dos testamenteiros; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 4.565, de 1942).
IX, que denegarem a apelação, inclusive de terceiro prejudicado, a julgarem deserta,
ou a relevarem da deserção; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 4.565, de 1942).
X, que decidirem a respeito de erro de conta ou de cálculo; (Redação dada pelo
Decreto-Lei nº 4.565, de 1942).
XI, que concederem, ou não, a adjudicação, ou a remissão de bens; (Redação dada
pelo Decreto-Lei nº 4.565, de 1942).
XII, que anularem a arrematação, adjudicação, ou remissão cujos efeitos legais já se
tenham produzido; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 4.565, de 1942).
XIII, que admitirem, ou não, o concurso de credores, ou ordenarem a inclusão ou
exclusão de créditos (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 4.565, de 1942).
XIV, que julgarem, ou não, prestadas as contas; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº
4.565, de 1942). (Suprimido pelo Decreto-Lei nº 8.570, de 1946).
XV, que julgarem os processos de que tratam os Títulos XV a XXII do Livro V, ou
os respectivos incidentes, ressalvadas as exceções expressas; (Redação dada pelo
Decreto-Lei nº 4.565, de 1942).
XVI, que negarem alimentos provisionais; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 4.565,
de 1942).
XVII, que, sem caução idônea, ou independentemente de sentença anterior,
autorizarem a entrega de dinheiro ou quaisquer outros bens, ou a alienação, hipoteca,
permuta, subrogação ou arrendamento de bens. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº
4.565, de 1942).

No CPC de 1939 vislumbra-se pela primeira vez uma característica que irá permear
boa parte das discussões jurídicas acerca das hipóteses de cabimento do agravo de instrumento:
a taxatividade. Nota-se no caput do art. 824 a intenção do legislador de só admitir essa espécie
recursal em casos expressamente previstos na lei, não se admitindo, portanto, interpretações
extensivas ou analógicas das situações listadas.

Pouco mais de três décadas depois, o CPC de 1973 descreve o agravo de instrumento
de forma completamente oposta ao Código anterior: enquanto o CPC de 1939 previa um rol
taxativo de situações em que o recurso seria cabível, seu substituto (BRASIL, 1973) trazia, de
forma extremamente ampla, a possibilidade de cabimento de agravo de instrumento (art. 522)
contra todas as decisões, exceto os despachos (contra os quais não cabe recurso – art. 504) e as
sentenças (contra as quais cabe apelação – art. 513).

Além dessa relevante alteração, o Código de 1973 extinguiu mais uma modalidade de
agravo: o de petição, unificando o uso da apelação contra qualquer tipo de sentença,
independente do seu conteúdo (DIDIER JR., DA CUNHA, 2020, p. 255).
13
Apenas em 2005, por força de alteração trazida pela Lei Federal n° 11.187/2005, o art.
522 do CPC de 1973, além de transformar o agravo de instrumento em uma forma excepcional
de agravo retido, deu a redação mais completa (porém subjetiva) da possibilidade de cabimento
do agravo de instrumento, conforme texto vigente até a publicação do CPC de 2015 (grifo
nosso):

Art. 522. Das decisões interlocutórias caberá agravo, no prazo de 10 (dez) dias, na
forma retida, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão
grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos
relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, quando será admitida a sua
interposição por instrumento. (Redação dada pela Lei nº 11.187, de 2005)

Nota-se que pretendia o legislador limitar de certa forma a possibilidade de cabimento


desse recurso em sua forma instrumental, estabelecendo a conversão do agravo à modalidade
retida caso o relator não observasse a possibilidade de lesão grave e de difícil reparação. Não
havendo a comprovação dessa possibilidade, o agravo seria recepcionado como retido, a ser
apreciado futuramente, em eventual recurso de apelação. Essa escolha pretendia conceder mais
velocidade ao andamento dos processos (TABA, 2019, p. 15), visto que a incidência de grande
quantidade de agravos por instrumento poderia onerar o sistema judiciário.

Essa nova definição acerca das situações agraváveis “comportava uma interpretação
discricionária acerca do que era lesão grave e de difícil reparação, a fim de enquadrá-la como
agravável” (BECKER, 2017, p. 239). Ou seja, se em 1939 a intenção do legislador era restringir
da forma mais precisa possível as possibilidades de interposição do agravo de instrumento, em
1973 houve um posicionamento claramente oposto, com uma preocupação maior não em
restringir ou arrolar situações, mas sim conceituar a essência do que deveria ser essa modalidade
recursal: a revisão de decisões que, caso não sejam discutidas de forma imediata, poderiam
causar lesão à alguma das partes.

O conceito de lesão foi definido por Wambier como o dano iminente aliado à fumaça
do bom direito, isto é, a probabilidade de provimento do recurso apresentado (WAMBIER,
2007, p. 247 apud GONZALEZ, 2015, p. 131). Em geral, todavia, não houve consenso
doutrinário quanto à definição concreta dos termos escolhidos pelo legislador como requisitos
à recepção do agravo como de instrumento, sendo certo que caberia ao juiz, sobrepesando os
efeitos de sua decisão, optar pela espécie de agravo mais adequada ao caso concreto
(GONZALES, 2015, p. 132).

14
No segundo semestre de 2009, o Ato do Presidente n° 379 instituiu comissão de
juristas, presidida por Luiz Fux e contando dentre seus membros Teresa Arruda Alvim e
Humberto Theodoro Júnior, dentre outros, para que fosse apresentado anteprojeto de um novo
Código de Processo Civil (GONZALEZ, 2019, p. 171).

Após as tramitações necessárias, em 17 de março de 2015 foi publicada no Diário


Oficial da União a sanção presidencial ao novo projeto de lei iniciado em 2009 pela a comissão
e o anteprojeto. Com a promulgação da Lei n° 13.105 de 16 de março de 2015 (que só iria
vigorar um ano após sua publicação) o Brasil tinha um novo Código de Processo Civil.

Ainda na exposição de motivos do mais novo CPC, podem ser extraídos os principais
objetivos da nova norma processual: o novo Código de Processo Civil tem o potencial de gerar
um processo mais célere, mais justo, porque mais rente às necessidades sociais e muito menos
complexo (BRASIL, 2015).

Em relação ao agravo, especificamente, destacam-se duas informações contidas na


exposição de motivos: em primeiro lugar, a remoção do agravo retido, cabendo recorrer em
sede de apelação acerca das decisões anteriores à sentença.

Em segundo lugar, especificamente sobre o agravo de instrumento, assim é


apresentado no Novo CPC (grifo nosso):

O agravo de instrumento ficou mantido para as hipóteses de concessão, ou não, de


tutela de urgência; para as interlocutórias de mérito, para as interlocutórias proferidas
na execução (e no cumprimento de sentença) e para todos os demais casos a respeito
dos quais houver previsão legal expressa.

Antes sequer da redação propriamente dita do novo Código, é nítida a tentativa de


aproximar as hipóteses de cabimento do agravo (agora unicamente em forma de instrumento)
às situações expressamente previstas na lei. Essa situação, conforme debatido anteriormente,
não é uma novidade a essa espécie de recurso, visto que a delimitação escolhida pelo legislador
no Código elaborado no século XX muito se aproxima daquela do Código de 1939: um rol
taxativo (ao menos a princípio) de decisões combatidas pelo agravo de instrumento.

Nos artigos 1.015 ao 1.020 do CPC de 2015 são encontradas as instruções normativas
quanto ao agravo de instrumento. O artigo inaugural do Capítulo prevê as situações de
cabimento desse recurso.

15
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que
versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua
revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à
execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões
interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de
sentença, no processo de execução e no processo de inventário.

Apesar de não ser observada o uso da expressão “exclusivamente” ou algum de seus


sinônimos, a leitura da exposição de motivos, aliada ao conteúdo do inciso XIII do art. 1.015
(outros casos expressamente referidos em lei) deixou poucas margens de dúvida de que essa
modalidade recursal deveria ser utilizada apenas naquelas treze situações dispostas pelo
legislador, em sua literalidade.
Como se verá adiante, todavia, a interpretação acerca do rol de possibilidades de
agravo de instrumento previstas no art. 1.015 permeou a comunidade jurídica por diversos anos,
envolvendo diversos posicionamentos jurisdicionais e doutrinários, até culminar com um
posicionamento mais sólido por parte do Superior Tribunal de Justiça em dezembro de 2018.

7 CRONOGRAMA

ATIVIDADES SEMANAS
ENTREGAS DE ATIVIDADES 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Área de Investigação. Delimitação do
X
Tema. Projeto de monografia.
Hipótese Central. Objetivos. Plano de
X
Trabalho.
Método de Abordagem e
X
Procedimento. Sumário.
Fontes Eleitas. Revisão Bibliográfica. X

16
Elementos do Primeiro Capítulo
(Pressupostos Teóricos ao Debate) e X
correções exigidas.
Elementos do Primeiro Capítulo
(Pressupostos Teóricos ao Debate) e X
correções exigidas.
Elementos do Segundo Capítulo
(Apresentação/Desenvolvimento da
X
Situação Problema) e correções
exigidas.
Elementos do Segundo Capítulo
(Apresentação/Desenvolvimento da
X
Situação Problema) e correções
exigidas.
Elementos do Terceiro Capítulo
(Proposição Teórica ou Análise X
Empírica) e correções exigidas.
Elementos do Terceiro Capítulo
(Proposição Teórica ou Análise X
Empírica) e correções exigidas.
Elementos Gerais da Conclusão e
X
correções exigidas.
Elementos Pré-Textuais e Pós-
X
Textuais e correções exigidas.
Encerramento X

8 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO

ALVIM, Teresa Arruda. Os Agravos no CPC de 2015. 5. ed. Revista, atualizada e ampliada.
São Paulo: Ed. Direito Contemporâneo, 2021.

BECKER, Rodrigo Frantz. O rol Taxativo (?) das Hipóteses de Cabimento do Agravo de
Instrumento. Publicações da Escola da AGU. Brasília, n.4, p.237-252, out./dez. 2017.
Disponível em: https://seer.agu.gov.br/index.php/EAGU/article/view/2020. Acesso em: 10 abr.
2022.

BRASIL. Lei de 29 de novembro de 1832. Promulga o Codigo do Processo Criminal de


primeira instancia com disposição provisoria ácerca da administração da Justiça Civil.
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lim/lim-29-11-1832.htm. Acesso
em: 21 abr. 2022.

BRASIL. Decreto-Lei n° 1.608, de 18 de setembro de 1939. Código de Processo Civil.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1937-1946/Del1608.htm.
Acesso em: 20 abr. 2022.

17
BRASIL. Lei n° 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Institui o Código de Processo Civil.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5869.htm. Acesso em: 20 abr. 2022.

BRASIL. Lei n° 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm. Acesso em: 21
abr. 2022.

BRASIL. Senado Federal. Código de Processo Civil e normas correlatas. 7. ed. Abril de 2015.
Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/512422/001041135.pdf.
Acesso em: 05 jun. 2022.

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial n. 1.704.520/MT. Corte Especial.


Relatora Min. Nancy Andrigui. Diário de Justiça Eletrônico, Brasília, 19 dez 2018. Disponível
em: https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&seque
ncial=1731786&num_registro=201702719246&data=20181219&formato=PDF. Acesso em:
21 abr. 2022.

DIDIER JR., Fredie. CUNHA, Leonardo Carneiro da. Curso de direito processual civil: o
processo civil nos tribunais, recursos, ações de competência originária de tribunal e
querela nullitatis, incidentes de competência originária de tribunal. 17. ed. Ver., atual. e
ampl. Salvador: Ed. Juspodivm, 2020.

FERREIRA, William Santos. Cabimento do agravo de instrumento e a ótica prospectiva da


utilidade – O direito ao interesse na recorribilidade de decisões interlocutórias. Revista de
Processo. vol. 263. ano 42. p. 193-203. São Paulo: Ed. RT, jan., 2017. Disponível em:
https://www.academia.edu/36054360/Cabimento_do_agravo_de_instrumento_e_a_%C3%B3t
ica_prospectiva_da_utilidade_O_direito_ao_interesse_na_recorribilidade_de_decis%C3%B5e
s_interlocut%C3%B3rias. Acesso em: 28 mai. 2022.

GONÇALVES, Marcus Vinícius Rios. Direito processual civil esquematizado. 11. ed. São
Paulo: Saraiva Educação, 2020.

GONZALEZ, Gabriel Araújo. A recorribilidade das decisões interlocutórias no Código de


Processo Civil de 2015. 2016. 380f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito,
Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2016.

GONZALES, Gabriel Araújo. A recorribilidade das decisões interlocutórias no Código de


Processo Civil de 2015. 2. ed. Revista, atualizada e ampliada. Salvador: Juspodivm, 2019.

MARANHÃO, Clayton. Agravo de instrumento no código de processo civil de 2015: entre a


taxatividade do rol e um indesejado retorno do mandado de segurança contra ato judicial.
Revista de Processo. São Paulo, v. 256/2016, p. 147-168, 2016. Disponível em:
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_
servicos_produtos/bibli_boletim/bibli_bol_2006/RPro_n.256.07.PDF. Acesso em: 11 mai.
2022.

MOURA, Cristovam Pontes de; AGUIAR, João Paulo Setti. Taxatividade mitigada do agravo
de instrumento interposto na fase de conhecimento e a urgência decorrente da inutilidade do
julgamento em recurso diferido. Revista da Procuradoria-Geral do Estado do Acre. Rio

18
Branco, v.14, dez, p. 192 – 230, 2019. Disponível em: http://www.pge.ac.gov.br/wp-
content/uploads/2019/12/Revista2019-1.pdf. Acesso em: 21 mai. 2022.

NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil volume único. 14.
ed. rev. e atual. Salvador: JusPodivm, 2022.

NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Código de processo civil comentado. 7. ed. Salvador:
JusPodivm, 2022.

PARANHOS, Fabiana Castro. A ampliação do rol do art. 1015 do CPC para abarcar decisões
sobre competência. Revista de Doutrina e Jurisprudência. 54. 110 (1). P. 90 - 108. Brasília,
jul./dez., 2018. Disponível em: https://revistajuridica.tjdft.jus.br/index.php
/rdj/article/download/337/81/1581. Acesso em: 5 jun. 2022.

PINHO, Humberto Dalla Bernardina de. Manual de direito processual civil contemporâneo.
2. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020.

PORTUGAL. Codigo Philippino, ou, Ordenações e leis do Reino de Portugal: recopiladas


por mandado d'El-Rey D. Philippe I. Ordenações e leis do Reino de Portugal, Livro III, 1870.
Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/242733. Acesso em: 20 mai. 2022.

ROMÃO, Pablo Freire. Taxatividade do rol do art. 1.015, do NCPC: mandado de segurança
como sucedâneo do agravo de instrumento? Revista de processo. São Paulo, ano 41, v. 259, p.
259-273, set., 2016. Disponível em: http://revistathemis.tjce.jus.br/index.php/
THEMIS/article/view/504/506. Acesso em 11 mar. 2022.

TABA, Ricardo Sameshima. O agravo de instrumento no Código de Processo Civil de 2015:


Uma breve análise da taxatividade mitigada pela urgência. Caderno Virtual, IDP. v. 2, n. 44,
abr./jun., 2019. Disponível em: https://www.portaldeperiodicos.idp.edu.br/cadernovirtual/
article/download/3838/1670. Acesso em: 10 mai. 2022.

THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil, volume 3. 55. ed. Rio
de Janeiro: Forense, 2022.

WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. O agravo e o conceito de sentença. Revista de Processo.


Ano 32, n. 144, fev. 2007. São Paulo: RT, p. 247.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BECKER, Rodrigo Frantz. O rol Taxativo (?) das Hipóteses de Cabimento do Agravo de
Instrumento. Publicações da Escola da AGU. Brasília, n.4, p.237-252, out./dez. 2017.
Disponível em: https://seer.agu.gov.br/index.php/EAGU/article/view/2020. Acesso em: 10 abr.
2022.

BRASIL. Lei de 29 de novembro de 1832. Promulga o Codigo do Processo Criminal de


primeira instancia com disposição provisoria ácerca da administração da Justiça Civil.
19
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lim/lim-29-11-1832.htm. Acesso
em: 21 abr. 2022.

BRASIL. Decreto-Lei n° 1.608, de 18 de setembro de 1939. Código de Processo Civil.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1937-1946/Del1608.htm.
Acesso em: 20 abr. 2022.

BRASIL. Lei n° 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Institui o Código de Processo Civil.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5869.htm. Acesso em: 20 abr. 2022.

BRASIL. Lei n° 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm. Acesso em: 21
abr. 2022.

BRASIL. Senado Federal. Código de Processo Civil e normas correlatas. 7. ed. Abril de 2015.
Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/512422/001041135.pdf.
Acesso em: 05 jun. 2022.

DIDIER JR., Fredie. CUNHA, Leonardo Carneiro da. Curso de direito processual civil: o
processo civil nos tribunais, recursos, ações de competência originária de tribunal e
querela nullitatis, incidentes de competência originária de tribunal. 17. ed. Ver., atual. e
ampl. – Salvador: Ed. Juspodivm, 2020.

FERREIRA, William Santos. Cabimento do agravo de instrumento e a ótica prospectiva da


utilidade – O direito ao interesse na recorribilidade de decisões interlocutórias. Revista de
Processo. vol. 263. ano 42. p. 193-203. São Paulo: Ed. RT, jan., 2017. Disponível em:
https://www.academia.edu/36054360/Cabimento_do_agravo_de_instrumento_e_a_%C3%B3t
ica_prospectiva_da_utilidade_O_direito_ao_interesse_na_recorribilidade_de_decis%C3%B5e
s_interlocut%C3%B3rias. Acesso em: 28 mai. 2022.

GONZALEZ, Gabriel Araújo. A recorribilidade das decisões interlocutórias no Código de


Processo Civil de 2015. 2016. 380f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito,
Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2016.

GONZALEZ, Gabriel Araújo. A recorribilidade das decisões interlocutórias no Código de


Processo Civil de 2015. Salvador: Juspodivm, 2016.

PORTUGAL. Codigo Philippino, ou, Ordenações e leis do Reino de Portugal: recopiladas


por mandado d'El-Rey D. Philippe I. Ordenações e leis do Reino de Portugal, Livro III, 1870.
Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/242733. Acesso em: 20 mai. 2022.

ROMÃO, Pablo Freire. Taxatividade do rol do art. 1.015, do NCPC: mandado de segurança
como sucedâneo do agravo de instrumento? Revista de processo. São Paulo, ano 41, v. 259, p.
259-273, set., 2016. Disponível em: http://revistathemis.tjce.jus.br/index.php/
THEMIS/article/view/504/506. Acesso em 11 mar. 2022.

TABA, Ricardo Sameshima. O agravo de instrumento no Código de Processo Civil de 2015:


Uma breve análise da taxatividade mitigada pela urgência. Caderno Virtual, IDP. v. 2, n. 44,
abr./jun., 2019. Disponível em: https://www.portaldeperiodicos.idp.edu.br/cadernovirtual/
article/download/3838/1670. Acesso em: 10 mai. 2022.
20

Você também pode gostar