Poder Judiciário Do Estado Do Paraná: 0001974-67.2022.8.16.0006 Processo

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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ

2ª Vara Sumariante do Tribunal do Júri de Curitiba
Processo 0001974-67.2022.8.16.0006
Comarca: Curitiba
Data de 18/10/2022 Situação: Público
Classe 305 - Liberdade Provisória com ou sem fiança
Assunto Principal: 12091 - Feminicídio
Data Distribuição: 18/10/2022 Tipo Distribuição: Distribuição por Dependência
Sequencial: 9415 Juiz: Thiago Flôres Carvalho
Parte(s) do
Tipo: Promovente
Nome: TIAGO FERREIRA SILVA
Data de 15/02/1993 RG: 158840391 SSP/PR CPF/CNPJ: 083.495.536-93
Filiação: Mãe: MARIA IZABEL GOMES SILVA / Pai: ELCIO FERREIRA
Advogado(s) da Parte
94767N-PR GABRIELA LÓLIA DAMACENO
Tipo: Promovido
Nome: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ
Data de Não cadastrada RG: Não cadastrado CPF/CNPJ: 78.206.307/0001-30
Filiação: Não informada
23/12/2022 20:24
PROJUDI - Processo: 0001974-67.2022.8.16.0006 - Ref. mov. 1.0 Página 2
18/10/2022: JUNTADA DE PETIÇÃO DE PROCESSO INCIDENTAL.
Data: 18/10/2022
Movimentação: JUNTADA DE PETIÇÃO DE PROCESSO INCIDENTAL
Complemento: Número do processo original: 00041498020218160196
Por: GABRIELA LÓLIA DAMACENO
Relação de arquivos da movimentação:

• Petição
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PROJUDI - Processo: 0001974-67.2022.8.16.0006 - Ref. mov. 1.1 - Assinado digitalmente por Gabriela Lolia Damaceno
18/10/2022: JUNTADA DE PETIÇÃO DE PROCESSO INCIDENTAL. Arq: Petição
Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJSEJ S8YMB 9EHBM Z7EJU
MERITÍSSIMO JUÍZO DA 2ª VARA SUMARIANTE DO TRIBUNAL DO JÚRI DE CURITIBA -
ESTADO DO PARANÁ
TIAGO FERREIRA SILVA, já qualificado nos autos, vem,

respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 316 do Código de
Processo Penal, requerer a revogação da prisão preventiva, pelos fatos e fundamentos
que a seguir passa a expor.
REVOGAÇÃO DA
PRISÃO PREVENTIVA
1 A prisão preventiva do réu foi decretada no prazo de 60 dias, e, escoado o prazo, não
foi colocado em liberdade
2 Em audiência de instrução, a vítima afirma que não tem receio de que o réu seja
colocado em liberdade
3 Necessária revisão da manutenção da prisão preventiva do réu a cada 90 dias.
— SÍNTESE FÁTICA-PROCESSUAL —
O réu foi preso em flagrante pela suposta prática do crime de lesão

corporal contra sua companheira Larissa Ribeiro de Azevedo no dia 30 de setembro de
2021.
Rua Francisco Rocha, 198 - Batel, Curitiba/PR

(41) 9 9768-4268 | gabriela@damaceno.adv.br
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Em audiência de custódia, o ilustre representante do Parquet requereu
a conversão do flagrante em prisão preventiva nos seguintes fundamentos, conforme
mov. 17.1: “ (...) muito embora o autuado seja primário, eu não consigo imaginar qual vai
ser a reação das pessoas que participaram do socorro da Larissa ao perceber que Tiago
foi, no dia seguinte à sua prisão, colocado em liberdade. Isso, ao meu ver, vai gerar um
abalo à ordem pública de forma considerável (...)1”.
O Magistrado (mov. 18.1) decretou a prisão preventiva no prazo de 60

(sessenta) dias, nos seguintes termos:
O representante do Ministério Público ofereceu denúncia por ter

praticado, em tese, crime previsto no o artigo 121, §2º, incisos I, VI, c/c §2º-A, inciso I, c/c
§7, inciso III, do Código Penal, c/c art. 14, inciso II, também do Código Penal, nos termos
da Lei 11.340/06.2
1
17 minutos e 19 segundos
2
Art. 121. Matar alguem:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:
III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;
Art. 14 - Diz-se o crime:
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do
agente.
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao
crime consumado, diminuída de um a dois terços

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Em audiência de instrução e julgamento realizada no dia 15 de
dezembro de 2021, a vítima do suposto feminicídio afirmou que, em relação à primeira
medida protetiva de urgência deferida em 2020, assinou termo de retratação pois “(...)
achou por bem não prejudicá-lo nesse sentido, (...) então eu me propus a ajudar, o que
eu pudesse fazer para que ele não fosse prejudicado nisso, eu faria (...)”3.
Ainda, em audiência de instrução:
Ministério Público: A senhora tem receio

dele ser colocado em liberdade e voltar a
lhe agredir?
Larissa: Não.
A defesa, na mesma oportunidade da audiência de instrução, requereu

de forma oral, a revogação da prisão preventiva do réu. É de se notar que o mandado de
prisão com vigência de 60 (sessenta) dias, já havia escoado o prazo nesta oportunidade,
sem revisão ou renovação do mandado.
3
20 minutos e 40 segundos

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Em alegações finais, o Ministério Público requereu a desclassificação
para o crime previsto no artigo 129, §9º do Código Penal4.
Esse MM. Juízo, na decisão proferida no mov. 167.1, em relação à prisão

preventiva do réu, manifestou-se apenas no sentido de negar o direito de recorrer em
liberdade.
No mais, não há nos autos qualquer revisão da manutenção da prisão

preventiva do réu, nos termos do parágrafo único do artigo 316 do Código de Processo
Penal5, ainda que preso há 384 dias nesta data.
Em síntese, é o relato.
— MÉRITO —
Inicialmente, esta defensora técnica abster-se-á de colacionar

inúmeros julgados e preceitos jurídicos quanto à aplicabilidade da prisão processual, esta
ultima ratio, bem como do constrangimento ilegal sofrido, por ser de conhecimento
notório dos atuantes na seara criminal, a fim de facilitar a análise técnica processual.
4
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com
quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de
coabitação ou de hospitalidade:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos.
5
Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão preventiva se, no correr da
investigação ou do processo, verificar a falta de motivo para que ela subsista, bem como novamente
decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade
de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de
tornar a prisão ilegal.

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— MANDADO DE PRISÃO COM PRAZO DE 60 DIAS —
MANDADO DE PRISÃO PREVENTIVA SEM RENOVAÇÃO FINDO O PRAZO
Ao decretar a prisão preventiva do réu, em audiência de custódia, o

Magistrado determinou a imediata soltura do réu, após escoado o prazo de 60 (sessenta)
dias do mandado de prisão, por entender ser suficiente à garantia da ordem pública.
Conforme informação (mov. 23.2), não foi possível fazer a anotação do

prazo de 60 (sessenta) dias no Mandado de Prisão, cabendo à este Juízo, revisar
manualmente o prazo estabelecido.
Todavia, ainda que escoado o prazo sem revisão da manutenção da

prisão preventiva, ou seja, ausente outra decisão ou motivo para manutenção da prisão,
o réu não foi colocado em liberdade, e permanece neste estado de restrição de liberdade
há 384 dias.
Motivo pelo qual o réu deve ser posto em liberdade imediatamente,

pois está há 384 preso ilegalmente, uma vez que escoou o prazo da prisão em 30 de
novembro de 2021, sob pena de eventual incidência do artigo 9º da Lei nº 13.869 de 2019.
— A USÊNCIA DE REVISÃO DA MANUTENÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA —
Em relação à prisão preventiva, dispõe o artigo 316, parágrafo único do

Código de Processo Penal, com a redação da Lei nº 13.964, de 2019:
Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido

das partes, revogar a prisão preventiva se,
no correr da investigação ou do processo,
verificar a falta de motivo para que ela
subsista, bem como novamente decretá-la,
se sobrevierem razões que a justifiquem.

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Parágrafo único. Decretada a prisão
preventiva, deverá o órgão emissor da
decisão revisar a necessidade de sua
manutenção a cada 90 (noventa) dias,
mediante decisão fundamentada, de ofício,
sob pena de tornar a prisão ilegal.
Dessa forma, considerando a ausência de revisão da manutenção da

prisão preventiva do réu desde sua decretação, requer que este Juízo revise a prisão
preventiva do réu nos termos do artigo 316, parágrafo único do CPP, sob pena de
tornar-se ilegal, e, em caso de manutenção da prisão preventiva, fundamente sua
decisão.
— PEDIDOS —
Diante do exposto, requer:
1. A imediata determinação de soltura do réu, por estar em uma prisão ilegal, escoado
por completo o seu prazo de prisão, sem uma decisão nova que determinasse a
manutenção da prisão.
2. Superado o pedido anterior, que em observação ao artigo 316, parágrafo único do
CPP, fundamente a necessidade da manutenção da prisão preventiva, observado
que a própria vítima declarou que não sente ameaçada pelo réu, e ainda não haver
qualquer indício de perigo na sua liberdade.
Termos em que pede e espera deferimento.
GABRIELA LÓLIA DAMACENO

OAB/PR nº 94.767 OAB/MG nº 208.786

18/10/2022: DISTRIBUÍDO POR DEPENDÊNCIA.
Data: 18/10/2022
Movimentação: DISTRIBUÍDO POR DEPENDÊNCIA
Complemento: 2ª Vara Sumariante do Tribunal do Júri de Curitiba
Por: SISTEMA PROJUDI
18/10/2022: REMETIDOS OS AUTOS PARA DISTRIBUIDOR.
Data: 18/10/2022
Movimentação: REMETIDOS OS AUTOS PARA DISTRIBUIDOR
Complemento: Registro de Distribuição
18/10/2022: RECEBIDOS OS AUTOS.
Data: 18/10/2022
Movimentação: RECEBIDOS OS AUTOS
18/10/2022: AUTOS ENTREGUES EM CARGA PARA MINISTÉRIO PÚBLICO.
Data: 18/10/2022
Movimentação: AUTOS ENTREGUES EM CARGA PARA MINISTÉRIO PÚBLICO
Complemento: Curitiba - 2a. Promotoria de Justiça de Crimes Dolosos Contra a Vida -
MANIFESTAÇÃO com prazo de 5 dias corridos
Por: Anelisa Rocca Zanella
18/10/2022: JUNTADA DE ANOTAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO.
Data: 18/10/2022
Movimentação: JUNTADA DE ANOTAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO
Por: JOÃO VICTOR WYPYCH STRATMANN

• Distribuição
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PROJUDI - Processo: 0001974-67.2022.8.16.0006 - Ref. mov. 6.1 - Assinado digitalmente por Joao Victor Wypych Stratmann
18/10/2022: JUNTADA DE ANOTAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO. Arq: Distribuição
COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA – FORO CENTRAL
CARTÓRIO DO DISTRIBUIDOR, CONTADOR E PARTIDOR
1º OFÍCIO
Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJD65 4Y5U2 E2QAZ JV7X3

DISTRIBUIÇÃO
Certifico que, foi procedida a distribuição e registro das partes em relação

aos autos.
João Victor Wypych Stratmann
Av. Cândido de Abreu, 535, 1º andar – Centro Cívico

TEL. (41)3027-5253
Data: 18/10/2022
Complemento: Recebido do(a) DISTRIBUIDOR
21/10/2022: CONFIRMADA A COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA.
Data: 21/10/2022
Movimentação: CONFIRMADA A COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA
Complemento: Remessa ao Ministério Público - Para João Milton Salles em 21/10/2022 com
prazo de 5 dias corridos *Referente ao evento JUNTADA DE PETIÇÃO DE PROCESSO
INCIDENTAL (18/10/2022)
Por: João Milton Salles
21/10/2022: JUNTADA DE MANIFESTAÇÃO.
Data: 21/10/2022
Movimentação: JUNTADA DE MANIFESTAÇÃO

• Manifestação
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PROJUDI - Processo: 0001974-67.2022.8.16.0006 - Ref. mov. 9.1 - Assinado digitalmente por Joao Milton Salles
21/10/2022: JUNTADA DE MANIFESTAÇÃO. Arq: Manifestação
Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJTBF TT58N 4CAYA LY7ZB
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DO
TRIBUNAL DO JÚRI DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO
METROPOLITANA DE CURITIBA – PARANÁ.
Autos de Ação Penal nº 0001974-67.2022.8.16.0006

Pedido de Revogação de Prisão Preventiva
Requerente: TIAGO FERREIRA SILVA
PEDIDO DE LIBERDADE PROVISÓRIA
Trata-se de pedido de Revogação de Preventiva formulado

por TIAGO FERREIRA SILVA no qual alegou, em síntese, que a prisão foi
decretada com prazo de 60 dias, que a vítima não tem receio do requerente e a
prisão se encontra ilegal pela inobservância do prazo nonagesimal.
De plano, ressalto que o requerente encontra-se preso em

decorrência de Prisão Preventiva nos autos nº 0004149-80.2021.8.16.0196, no
qual foi fundamentadamente pronunciado pela prática do delito descrito no
artigo art. 121, § 2º, I e VI, § 2º-A, I, e § 7º, III, na forma do artigo 14, inciso II,
todos do Código Penal.
O requerente foi preso em flagrante no dia 29 de setembro

de 2021, por volta das 20h30min, na Rua Amelia Morais Seixas, nº 72, Bairro
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Cidade Industrial, em Curitiba/PR, após desferir golpes de faca contra a vítima
Larissa Ribeiro do Azevedo.
A prisão em flagrante foi convertida em preventiva em
audiência de custódia realizada no dia 01 de outubro de 2021, motivado pela
garantia da ordem pública, em especial em razão do requerente possuir
histórico de agressão perpetrada anteriormente contra a vítima Larissa Ribeiro
de Azevedo.
O requerente foi denunciado (mov. 74) no dia 20 de
outubro de 2021, tendo sido recebida no mesmo dia (mov. 77). A resposta a
acusação (mov. 113) foi apresentada em 16 de novembro de 2021.
Realizada audiência de instrução e julgamento no dia 15
de dezembro de 2021 (mov. 188.1), foram colhidos os depoimentos da vítima
LARISSA RIBEIRO DE AZEVEDO, seu genitor VALDEIR SAMPAIO DE
ZEVEDO, e da policial militar, VANESSA DE OLIVEIRA BORGES FERREIRA.
O denunciado exerceu o direito constitucional ao silêncio.
Posteriormente foi apresenta Alegações finais pelo
Ministério Público (mov. 159.1) e pela defesa (mov. 162.1). Na sequencia o
requerente foi pronunciado pela prática do delito descrito no artigo art. 121, §
2º, I e VI, § 2º-A, I, e § 7º, III, na forma do artigo 14, inciso II, todos do Código
Penal.
Este é o breve relato.
I – Mandado de Prisão Preventiva com prazo.
O requerente alega que sua prisão foi decretada

inicialmente pelo prazo de 60 (sessenta) dias, conforme decretação da prisão
preventiva acostado no mov. 18.1.
Contudo, após este período, ao contrário do que foi
afirmado pelo requerente, houve um novo reexame da prisão, quando da
decisão de Pronúncia (mov. 167.1), no qual o magistrado, em decisão
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fundamentada, decretou a manutenção da prisão do requerente, por se
encontrarem presentes os motivos ensejadores da sua decretação.
Assim, em que pese ter o magistrado determinado um
prazo para vigência da prisão preventiva, destaca-se que a custódia cautelar
pode ser mantida pelo magistrado fundamentadamente enquanto perdurarem
os seus motivos. Portanto não há que se falar em prisão ilegal, uma vez que
houve sua reanálise nos autos.
II – Prazo Nonagesimal da Preventiva
O requerente afirma que a prisão se encontra irregular,

tendo em vista a inobservância do prazo nonagesimal previsto no artigo 316 do
Código de Processo Penal.
Ocorre que a inobservância do prazo previsto no artigo 316
do Código de Processo Penal não gera a revogação automática da prisão
preventiva, devendo o magistrado ser suscitado a realizar o reexame dos
fundamentos ensejadores da sua decretação, conforme entendimento pacífico
do Supremo Tribunal Federal.
Neste sentido é a decisão do Supremo Tribunal Federal:
Agravo regimental em habeas corpus. Prisão preventiva.

Manutenção pela sentença de pronúncia. Direito de recorrer em
liberdade. Não cabimento. Fundamentação idônea.
Periculosidade do agente e gravidade concreta evidenciada
pelo modus operandi. Réu que permaneceu preso durante toda
a instrução criminal. Alegada inobservância do sistema
acusatório. Questão não analisada pelas instâncias antecedentes.
Apreciação per saltum. Impossibilidade. Dupla supressão de
instância caracterizada. Precedentes. Não observância do prazo
nonagesimal do art. 316, parágrafo único, do CPP. Revogação
não automática da custódia preventiva, devendo a parte
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deduzir perante o juízo competente a reavaliação dos
fundamentos da custódia. Agravo não provido. 1. Segundo a
jurisprudência da Corte, "[a] periculosidade do agente, evidenciada
pelo modus operandi, e a gravidade em concreto do crime
constituem motivação idônea para a manutenção da custódia
cautelar” (RHC nº 117.243/SP, Primeira Turma, Rel. Min. Luiz Fux,
DJe de 5/12/13). 2. O Supremo Tribunal Federal considera que,
quando o réu permanece preso durante toda a instrução
criminal, “não se afigura plausível, ao contrário, revela-se um
contrassenso jurídico, sobrevindo sua condenação, colocá-lo
em liberdade para aguardar o julgamento do apelo” (HC nº
115.462/RR, Segunda Turma, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe
de 23/4/13). (...) 4. Segundo a jurisprudência da Corte, “a
inobservância do prazo nonagesimal do artigo 316 do Código de
Processo Penal não implica automática revogação da prisão
preventiva, devendo o juízo competente ser instado a reavaliar a
legalidade e a atualidade de seus fundamentos” (SL nº 1.395-MC-
Ref, Rel. Min. Luiz Fux (Presidente), DJe de 4/2/21). 5. Agravo
regimental não provido. (grifo nosso).
A manifestação proferida pelo Ministério Público e a

decisão judicial que decretou a prisão do requerente foram devidamente
fundamentadas e demonstram a presença dos requisitos exigidos para a
manutenção da prisão de TIAGO FERREIRA SILVA (mov. 17 e mov. 18 dos
autos principal).
Posteriormente em decisão de pronúncia houve o
reexame da prisão do requerente, com análise da presença dos seus
requisitos, que permanecem vigente nos mesmos termos em que fora
decretada.
Conforme entendimento da suprema corte, o requerente
passou toda a instrução do processo preso cautelarmente. Agora, após decisão
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de pronúncia, estando presentes os requisitos da prisão preventiva, não se
mostra razoável conceder a liberdade provisória do requerente.
O delito perpetrado pelo requerente é de extrema
gravidade, envolve ameaças a vítima, conforme demonstrado na declaração
das testemunhas (mov. 1.7, mov. 55.1, 155.1, mov. 155.2, mov. 155.3 dos autos
principal), o que demonstra, de forma concreta, que caso posto em liberdade
poderá intimidar testemunhas e interferir no regular andamento processual,
além da garantia da ordem pública.
O requerente possui histórico de violência doméstica
perpetrado contra a mesma vítima, conforme se verifica nos antecedentes
criminais de mov. 66.
Cabe aqui ressaltar ainda, que o requerente não
demonstrou ter residência fixa nesta capital, tendo em vista que até o dia dos
fatos residia com a vítima desde o dia em que veio da cidade de Londrina/PR,
conforme se depreende da declaração da vítima no mov. 155.1.
Nenhum fato novo em defesa do requerente foi trazido aos
autos para embasar a liberdade provisória do requerente, diante dos elementos
que demonstram a necessidade de sua prisão, nos termos da sua decretação.
III - Conclusão
Posto isso, o Ministério Público, por seu Órgão de

Execução, manifesta-se contrariamente ao pedido formulado, para que seja
mantida a custódia cautelar de TIAGO FERREIRA SILVA.
Curitiba, 21 de outubro de 2022.
João Milton Salles

Promotor de Justiça
Data: 21/10/2022
Complemento: Recebido do(a) MINISTÉRIO PÚBLICO
21/10/2022: CONCLUSOS PARA DECISÃO.
Data: 21/10/2022
Movimentação: CONCLUSOS PARA DECISÃO
Complemento: Responsável: Thiago Flôres Carvalho
Por: Andréa Cristine Franco Tesserolli Demeterco
28/10/2022: RESOLVIDO O PROCEDIMENTO INCIDENTE OU CAUTELAR.
Data: 28/10/2022
Movimentação: RESOLVIDO O PROCEDIMENTO INCIDENTE OU CAUTELAR
Complemento: . Veiculado no DJEN em 04/11/2022.
Por: Thiago Flôres Carvalho

• Decisão
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PROJUDI - Processo: 0001974-67.2022.8.16.0006 - Ref. mov. 12.1 - Assinado digitalmente por Thiago Flores Carvalho
28/10/2022: RESOLVIDO O PROCEDIMENTO INCIDENTE OU CAUTELAR. Arq: Decisão
COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA - FORO CENTRAL DE CURITIBA
2ª VARA SUMARIANTE DO TRIBUNAL DO JÚRI DE CURITIBA - PROJUDI
Praça Nossa Senhora de Salete, s/n - Prédio das Varas Privativas do Tribunal do Júri - Centro Cívico - Curitiba/PR - CEP: 80.530-
912 - Fone: (41) 3200-4871 - E-mail: ctba-67vj-s@tjpr.jus.br
Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJDRE 9LHGB FCQJV D8GH3

Autos nº. 0001974-67.2022.8.16.0006
Processo: 0001974-67.2022.8.16.0006
Classe Processual: Liberdade Provisória com ou sem fiança
Assunto Principal: Feminicídio
Data da Infração: 29/09/2021
Requerente(s): TIAGO FERREIRA SILVA
Requerido(s):
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ
Decisão
1. O acusado Tiago Ferreira Silva requereu a revogação da prisão preventiva (mov. 1.1).
O Ministério Público opinou (mov. 9.1) pela manutenção da segregação cautelar.
2. De acordo com o art. 316, caput, do CPP, é possível ao juiz revogar a preventiva antes decretada, desde que se
convença de que as razões que a motivaram não mais subsistem.
No caso, a decisão que decretou a preventiva (mov. 18.1 dos autos principais), mantida pela decisão de pronúncia
(mov. 167.1 dos autos principais), consignou que: a) o crime praticado ostenta pena privativa de liberdade superior a 4 (quatro)
anos; b) há prova da materialidade do delito e indícios suficientes de autoria; c) a liberação do agente acarreta prejuízo à
garantia da ordem pública.
O pleito do requerente, a seu turno, porém, nada traz que possa desconstituir esses fundamentos. Limita-se a negá-
los, sem qualquer demonstração convincente.
Aponte-se, também, que a prisão preventiva não tem prazo e, apesar do entendimento do juiz que primeiro a
decretou, nada impediria que fosse prorrogada por tempo indeterminado, a exemplo do decreto ora vigente.
Diferentemente do alegado, ademais, realizou-se a revisão da manutenção da segregação cautelar na decisão de

pronúncia (mov. 167.1 dos autos principais).
De toda forma, o Supremo Tribunal Federal consolidou entendimento segundo o qual a ausência de revisão da prisão
preventiva, de que trata o art. 316 do Código de Processo Penal, não implica a revogação automática da custódia cautelar.
Confira-se:
CONSTITUCIONAL E DIREITO PROCESSUAL PENAL. ART. 316, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO DE

PROCESSO PENAL, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI 13.964/2019. DEVER DO MAGISTRADO DE REVISAR A
NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA A CADA NOVENTA DIAS. INOBSERVÂNCIA QUE NÃO
ACARRETA A REVOGAÇÃO AUTOMÁTICA DA PRISÃO. PROVOCAÇÃO DO JUÍZO COMPETENTE PARA REAVALIAR A
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PROJUDI - Processo: 0001974-67.2022.8.16.0006 - Ref. mov. 12.1 - Assinado digitalmente por Thiago Flores Carvalho
28/10/2022: RESOLVIDO O PROCEDIMENTO INCIDENTE OU CAUTELAR. Arq: Decisão
LEGALIDADE E A ATUALIDADE DE SEUS FUNDAMENTOS. OBRIGATORIEDADE DA REAVALIAÇÃO PERIÓDICA QUE SE
APLICA ATÉ O ENCERRAMENTO DA COGNIÇÃO PLENA PELO TRIBUNAL DE SEGUNDO GRAU DE JURISDIÇÃO.
APLICABILIDADE NAS HIPÓTESES DE PRERROGATIVA DE FORO. INTERPRETAÇÃO CONFORME À CONSTITUIÇÃO.
PROCEDÊNCIA PARCIAL. 1. A interpretação da norma penal e processual penal exige que se leve em consideração um dos
maiores desafios institucionais do Brasil na atualidade, qual seja, o de evoluir nas formas de combate à criminalidade
organizada, na repressão da impunidade, na punição do crime violento e no enfrentamento da corrupção. Para tanto, é preciso
Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJDRE 9LHGB FCQJV D8GH3

estabelecer não só uma legislação eficiente, mas também uma interpretação eficiente dessa mesma legislação, de modo que
se garanta a preservação da ordem e da segurança pública, como objetivos constitucionais que não colidem com a defesa dos
direitos fundamentais. 2. A introdução do parágrafo único ao art. 316 do Código de Processo Penal, com a redação dada pela
Lei 13.964/2019, teve como causa a superlotação em nosso sistema penitenciário, especialmente decorrente do excesso de
decretos preventivos decretados. Com a exigência imposta na norma, passa a ser obrigatória uma análise frequente da
necessidade de manutenção de tantas prisões provisórias. 3. A inobservância da reavaliação prevista no dispositivo
impugnado, após decorrido o prazo legal de 90 (noventa) dias, não implica a revogação automática da prisão preventiva,
devendo o juízo competente ser instado a reavaliar a legalidade e a atualidade de seus fundamentos. Precedente. 4. O art.
316, parágrafo único, do Código de Processo Penal aplica-se até o final dos processos de conhecimento, onde há o
encerramento da cognição plena pelo Tribunal de segundo grau, não se aplicando às prisões cautelares decorrentes de
sentença condenatória de segunda instância ainda não transitada em julgado. 5. o artigo 316, parágrafo único, do Código de
Processo Penal aplica-se, igualmente, nos processos em que houver previsão de prerrogativa de foro. 6. Parcial procedência
dos pedidos deduzidos nas Ações Diretas.
(ADI 6581, Relator(a): EDSON FACHIN, Relator(a) p/ Acórdão: ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado
em 09/03/2022, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-084 DIVULG 02-05-2022 PUBLIC 03-05-2022).
No mais, ressalte-se que a preventiva mantida na pronúncia tem por fundamento a gravidade do fato e o perigo de
reiteração, que pode ocorrer em relação a outras vítimas ou quanto a crimes de natureza diversa. Não se baseia na vontade
ou opinião da aqui ofendida quanto à soltura ou não do acusado, o que torna inócuo discutir se ela é contra ou a favor a prisão.
3. Diante do exposto, mantém-se a prisão decretada.
Oportunamente, arquive-se.
Curitiba, data e hora da inserção no sistema.
Thiago Flôres Carvalho
Juiz de Direito Substituto

03/11/2022: EXPEDIÇÃO DE INTIMAÇÃO.
Data: 03/11/2022
Movimentação: EXPEDIÇÃO DE INTIMAÇÃO
Complemento: Referente ao evento (seq. 12) RESOLVIDO O PROCEDIMENTO INCIDENTE OU
CAUTELAR (28/10/2022).
Intimações
Nome Prazo Urgente Pessoal Online Data de Data de Data Data de Status Leitor
Leitura Cumpriment Decurso Renúncia de
o Prazo
Promovente
TIAGO FERREIRA SILVA 5 dias corridos Não Não Sim 16/11/2022 - 22/11/2022 - LIDA, PRAZO TIAGO
23:59 VENCIDO FERREIRA
SILVA
03/11/2022: AUTOS ENTREGUES EM CARGA PARA MINISTÉRIO PÚBLICO.
Data: 03/11/2022
Movimentação: AUTOS ENTREGUES EM CARGA PARA MINISTÉRIO PÚBLICO
Complemento: Curitiba - 2a. Promotoria de Justiça de Crimes Dolosos Contra a Vida - CIÊNCIA
com prazo de 5 dias corridos
07/11/2022: CONFIRMADA A COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA.
Data: 07/11/2022
Movimentação: CONFIRMADA A COMUNICAÇÃO ELETRÔNICA
Complemento: Remessa ao Ministério Público - em 07/11/2022 com prazo de 5 dias corridos
*Referente ao evento RESOLVIDO O PROCEDIMENTO INCIDENTE OU CAUTELAR
(28/10/2022)
Data: 07/11/2022
Complemento: Dispensa de Juntada do(a) MINISTÉRIO PÚBLICO para CIÊNCIA
14/11/2022: CONFIRMADA A INTIMAÇÃO ELETRÔNICA.
Data: 14/11/2022
Movimentação: CONFIRMADA A INTIMAÇÃO ELETRÔNICA
Complemento: Referente ao evento (seq. 12) RESOLVIDO O PROCEDIMENTO INCIDENTE OU
CAUTELAR (28/10/2022) e ao evento de expedição seq. 13.
Intimações
Nome Prazo Urgente Pessoal Online Data de Data de Data Data de Status Leitor
Leitura Cumpriment Decurso Renúncia de
o Prazo
Promovente
TIAGO FERREIRA SILVA 5 dias corridos Não Não Sim 16/11/2022 - 22/11/2022 - LIDA, PRAZO TIAGO
23:59 VENCIDO FERREIRA
SILVA
22/11/2022: DECORRIDO PRAZO DE TIAGO FERREIRA SILVA.
Data: 22/11/2022
Movimentação: DECORRIDO PRAZO DE TIAGO FERREIRA SILVA
Complemento: (P/ advgs. de TIAGO FERREIRA SILVA *Referente ao evento (seq. 12)
RESOLVIDO O PROCEDIMENTO INCIDENTE OU CAUTELAR (28/10/2022) e ao evento de
expedição seq. 13.
24/11/2022: REMETIDOS OS AUTOS PARA DISTRIBUIDOR.
Data: 24/11/2022
Movimentação: REMETIDOS OS AUTOS PARA DISTRIBUIDOR
Complemento: Baixa
Por: Anelisa Rocca Zanella
24/11/2022: JUNTADA DE ANOTAÇÃO DE BAIXA DEFINITIVA.
Data: 24/11/2022
Movimentação: JUNTADA DE ANOTAÇÃO DE BAIXA DEFINITIVA
Por: Carla Caroline Pessotti

• Baixa
Página 36
PROJUDI - Processo: 0001974-67.2022.8.16.0006 - Ref. mov. 20.1 - Assinado digitalmente por Carla Caroline Pessotti
24/11/2022: JUNTADA DE ANOTAÇÃO DE BAIXA DEFINITIVA. Arq: Baixa
ESTADO DO PARANÁ
PODERJUDICIÁRIO
Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJZSU EP9Y2 R7YV4 XWGDR

1º OFÍCIO DO DISTRIBUIDOR, PART. E CONTADOR JUDICIAL DO FORO
CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA
BAIXA
Em atendimento ao contido no r. despacho, foi procedida a baixa na

distribuição.
Av. Cândido de Abreu, 535 – 1º Andar – Fórum Cível – Centro Cívico – Curitiba – PR
Telefone: 3027-5253
Data: 24/11/2022
Complemento: Recebido do(a) DISTRIBUIDOR
24/11/2022: ARQUIVADO DEFINITIVAMENTE.
Data: 24/11/2022
Movimentação: ARQUIVADO DEFINITIVAMENTE

Poder Judiciário Do Estado Do Paraná: 0001974-67.2022.8.16.0006 Processo

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Página 1

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ

Data de 18/10/2022 Situação: Público

Classe 305 - Liberdade Provisória com ou sem fiança

Assunto Principal: 12091 - Feminicídio

Data Distribuição: 18/10/2022 Tipo Distribuição: Distribuição por Dependência

Sequencial: 9415 Juiz: Thiago Flôres Carvalho

Relação de arquivos da movimentação:

TIAGO FERREIRA SILVA, já qualificado nos autos, vem,

O réu foi preso em flagrante pela suposta prática do crime de lesão

Rua Francisco Rocha, 198 - Batel, Curitiba/PR

O Magistrado (mov. 18.1) decretou a prisão preventiva no prazo de 60

O representante do Ministério Público ofereceu denúncia por ter

Rua Francisco Rocha, 198 - Batel, Curitiba/PR

Ainda, em audiência de instrução:

Ministério Público: A senhora tem receio

A defesa, na mesma oportunidade da audiência de instrução, requereu

Rua Francisco Rocha, 198 - Batel, Curitiba/PR

Esse MM. Juízo, na decisão proferida no mov. 167.1, em relação à prisão

No mais, não há nos autos qualquer revisão da manutenção da prisão

Inicialmente, esta defensora técnica abster-se-á de colacionar

Rua Francisco Rocha, 198 - Batel, Curitiba/PR

Ao decretar a prisão preventiva do réu, em audiência de custódia, o

Conforme informação (mov. 23.2), não foi possível fazer a anotação do

Todavia, ainda que escoado o prazo sem revisão da manutenção da

Motivo pelo qual o réu deve ser posto em liberdade imediatamente,

— A USÊNCIA DE REVISÃO DA MANUTENÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA —

Em relação à prisão preventiva, dispõe o artigo 316, parágrafo único do

Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido

Rua Francisco Rocha, 198 - Batel, Curitiba/PR

Dessa forma, considerando a ausência de revisão da manutenção da

Diante do exposto, requer:

Termos em que pede e espera deferimento.

GABRIELA LÓLIA DAMACENO

Rua Francisco Rocha, 198 - Batel, Curitiba/PR

Relação de arquivos da movimentação:

Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJD65 4Y5U2 E2QAZ JV7X3

Certifico que, foi procedida a distribuição e registro das partes em relação

João Victor Wypych Stratmann

Av. Cândido de Abreu, 535, 1º andar – Centro Cívico

Relação de arquivos da movimentação:

Autos de Ação Penal nº 0001974-67.2022.8.16.0006

PEDIDO DE LIBERDADE PROVISÓRIA

Trata-se de pedido de Revogação de Preventiva formulado

De plano, ressalto que o requerente encontra-se preso em

O requerente foi preso em flagrante no dia 29 de setembro

I – Mandado de Prisão Preventiva com prazo.

O requerente alega que sua prisão foi decretada

II – Prazo Nonagesimal da Preventiva

O requerente afirma que a prisão se encontra irregular,

Agravo regimental em habeas corpus. Prisão preventiva.

A manifestação proferida pelo Ministério Público e a

Posto isso, o Ministério Público, por seu Órgão de

Curitiba, 21 de outubro de 2022.

João Milton Salles

Relação de arquivos da movimentação:

Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJDRE 9LHGB FCQJV D8GH3

O Ministério Público opinou (mov. 9.1) pela manutenção da segregação cautelar.

Diferentemente do alegado, ademais, realizou-se a revisão da manutenção da segregação cautelar na decisão de

CONSTITUCIONAL E DIREITO PROCESSUAL PENAL. ART. 316, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO DE

Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJDRE 9LHGB FCQJV D8GH3

3. Diante do exposto, mantém-se a prisão decretada.