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21/06/2023
Número: 0000284-62.2023.8.17.5980
Classe: AÇÃO PENAL DE COMPETÊNCIA DO JÚRI
Órgão julgador: Vara Criminal da Comarca de Carpina
Última distribuição : 20/03/2023
Valor da causa: R$ 0,00
Assuntos: Homicídio Qualificado
Nível de Sigilo: 0 (Público)
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Advogados
4º Promotor de Justiça Criminal de Carpina (AUTOR)
ADRIANA QUIRINO DA SILVA (DENUNCIADO)
MARISELMA ALEIXO DE MORAES (ADVOGADO(A))
JANAINA DE CACIA DOS SANTOS LIMA (ADVOGADO(A))
Outros participantes
ANA KAROLYNA QUIRINO RAMOS DA SILVA (VÍTIMA)
GILVAN LUIZ DO NASCIMENTO (TESTEMUNHA - POLO
ATIVO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
136193011 20/06/2023 Decisão Decisão
11:54
Tribunal de Justiça de Pernambuco
Poder Judiciário
Vara Criminal da Comarca de Carpina
Avenida Presidente Getúlio Vargas, S/N, Forum Dr. José Gonçalves Guerra, SÃO JOSÉ, CARPINA - PE - CEP: 55815-105 - F:(81)
36228638
Processo nº 0000284-62.2023.8.17.5980
DECISÃO
Vistos,
Cuida-se pedido de revogação da prisão preventiva formulado pela acusada Adriana Quirino da Silva, já qualificada nos autos,
visando responder em liberdade a processo criminal pela suposta prática do crime de homicídio em sua forma tentada (art. 121, § 2º,
inc. II, c/c art. 14, inc. II, ambos do CP, com incidência da Lei nº 8072/1990).
Decido.
Informa o auto de prisão em flagrante que, no dia 19.03.2023, por volta das 18h00min, na cidade de Lagoa do Carro/PE, próximo à
barraca de Reginaldo, a acusada tentou matar a vítima Ana Karolyna Quirino Ramos da Silva, mediante golpes utilizando como
instrumento um gargalo de garrafa quebrada, estando, assim, supostamente enquadrado no delito do art. 121, § 2º, II, c/c art. 14,
ambos do CPB, com incidência da Lei nº 8072/1990.
A prisão antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória constitui medida excepcional destinada somente aos casos em
que a lei veda expressamente a concessão da liberdade provisória, conforme prescreve o art. 5°, inc. LXVI, da Constituição Federal.
No caso da liberdade provisória, sem o arbitramento de fiança, o Código de Processo Penal dispõe que sua concessão depende da
inexistência de razão para a decretação de prisão preventiva (art. 310 e seu parágrafo único, do CPP) e/ou quando o réu for pobre na
forma da lei (art. 350, do CPP). Enquadrando-se nestas condições, a liberdade provisória constitui direito subjetivo do réu, devendo
ser concedida pelo magistrado.
No presente caso, a vítima que previamente havia prestado depoimento em sede policial afirmando que a acusada estaria lhe
ameaçando, juntou aos autos declaração informando que a convivência foi retomada.
Diante disto, com arrimo nos arts. 313 e 316, ambos do Código de Processo Penal, CONCEDO A LIBERDADE à acusada
Adriana Quirino da Silva já qualificado nos autos, devendo ser posto em liberdade, salvo se não estiver preso por outro motivo.
Fixo ainda as seguintes medidas cautelares, sob pena de revogação em caso de descumprimento: a) comparecer a todos os atos do
processo; b) não se ausentar desta Comarca, sem ordem judicial, por prazo superior a 08 (oito) dias; c) não praticar qualquer
infração penal; d) não freqüentar bares, boates ou estabelecimentos congêneres; e) não se apresentar em público bêbado; f)
não portar armas; g) comunicar a este juízo eventual mudança de endereço residencial.
Juiz de Direito
crsl