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Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

PJe - Processo Judicial Eletrônico

01/09/2021

Número: 0726330-89.2021.8.07.0000
Classe: HABEAS CORPUS CRIMINAL
Órgão julgador colegiado: 3ª Turma Criminal
Órgão julgador: Gabinete do Des. Waldir Leôncio Júnior
Última distribuição : 16/08/2021
Valor da causa: R$ 0,00
Processo referência: 0004944-31.2018.8.07.0006
Assuntos: Crimes ocorridos na investigação da prova
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Advogados
ADRIANO DOS SANTOS CONCEICAO (PACIENTE)
DANIELE FABIOLA OLIVEIRA DA SILVA (ADVOGADO)
DANIELE FABIOLA OLIVEIRA DA SILVA (IMPETRANTE)
JUIZO DA VARA CRIMINAL DE SOBRADINHO
(AUTORIDADE)

Outros participantes
MINISTERIO PUBLICO DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITORIOS (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
28211435 16/08/2021 HABEAS CORPUS PETIÇÃO INICIAL
14:38
28211439 16/08/2021 HC Adriano Petição
14:38
28211441 16/08/2021 Pedido da defesa reanálise da necessidade de Outros Documentos
14:38 manutenção da prisão preventiva
28211442 16/08/2021 Decisão interlocutória do Juízo a quo - Outros Documentos
14:38 indeferimento
28214324 16/08/2021 Certidão Certidão
15:46
28218121 16/08/2021 Certidão Certidão
15:59
28218945 16/08/2021 Certidão Certidão
16:14
28223177 16/08/2021 Despacho Despacho
18:24
28226899 16/08/2021 Ofício entre Órgãos Julgadores Ofício entre Órgãos Julgadores
18:30
28226900 16/08/2021 0726330-89.2021.8.07.0000-1629149227949- Anexo
18:30 38779-processo
28233102 16/08/2021 Manifestação de ciência Petição
20:11
28255890 17/08/2021 Certidão Certidão
13:16
28312032 18/08/2021 Ofício entre Órgãos Julgadores Ofício entre Órgãos Julgadores
15:44
28310290 18/08/2021 Certidão Certidão
15:57
28328563 19/08/2021 Certidão de disponibilização Certidão de disponibilização
02:15
28471829 24/08/2021 Manifestação em Segundo Grau; Manifestação do MPDFT
15:27
28473175 24/08/2021 Certidão Certidão
15:36
28473177 24/08/2021 Certidão Certidão
15:39
28527687 25/08/2021 Certidão Certidão
18:50
28541016 26/08/2021 Ciência Petição
12:45
28544899 26/08/2021 Certidão Certidão
14:31
28608259 28/08/2021 Certidão de disponibilização Certidão de disponibilização
02:17
EM ANEXO

Número do documento: 21081614371442400000027330295


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081614371442400000027330295
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Num. 28211435 - Pág. 1
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E
TERRITÓRIOS.

URGENTE (PACIENTE PRESO)

Autos nº: 0004944-31.2018.8.07.0006 (numeração única)

DANIELE FABÍOLA OLIVEIRA DA SILVA LAMEIRA,


brasileira, casada, advogada, portadora da CI nº 1.291.980
SSP/DF e inscrita no CPF sob nº 516.072.471-00, residente e
domiciliada na C-07, Lote 07/15, Edifício Via Del Plaza,
apto. 1203, Taguatinga Centro/DF, CEP 72.010-070, e-mail:
danielefabiola.adv@hotmail.com, fone (61) 99566-6723, vêm
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com
fundamento no inciso LXVIII, artigo 5º da Constituição
Federal e no artigo 647, e seguintes, do Código de Processo
Penal, impetrar o presente

HABEAS CORPUS

em favor de ADRIANO DOS SANTOS CONCEIÇÃO, brasileiro, em


união estável, profissional autônomo, nascido em 28 de agosto
de 1995, natural de Brasília/DF, portador do RG n. 3.458.082
SSP/DF e CPF n. 063.320.471-43, filho de Juraci da Conceição
e de Eliene Mata dos Santos, atualmente recolhido no CDP
I, contra ato praticado pelo MM. Juiz de Direito da Vara
Criminal de Sobradinho/DF, nos termos que passa a expor:

Impetrante: Daniele Fabíola Oliveira da Silva Lameira

Paciente: Adriano dos Santos Conceição

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Num. 28211439 - Pág. 1
Autoridade Coatora: Juiz de Direito Vara Criminal da
Circunscrição de Sobradinho/DF

Autos originários: 0004944-31.2018.8.07.0006

I – BREVE SÍNTESE FÁTICA

O paciente foi preso em 02/07/2019, por


ter, em tese, participado de organização criminosa. O
Ministério Público ofereceu denúncia em desfavor dos
acusados e requereu a condenação com base nas penas do
artigo art. 2º, §2º e 4º da Lei 12.850/2013.

Narra a denúncia que os vários


denunciados, de forma livre e consciente, organizaram-se de
forma estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão
de tarefas, informalmente, com objetivo de obter,
diretamente, vantagem pecuniária, mediante a prática de
reiterados furtos a celulares, tráfico de drogas, dentre
outros.

Desde a data da prisão até o dia de hoje


já são 775 dias e até o presente momento não há nenhuma
expectativa de que se iniciem as audiências de instrução e
julgamento.

II – DO CABIMENTO DO WRIT DE HABEAS CORPUS

A Constituição Federal no seu artigo 5º


dispõe sobre os direitos e garantias fundamentais. Em seu
inciso LXVIII, estatui a garantia de Habeas Corpus e suas

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hipóteses de cabimento. O mesmo texto é mantido no Código de
Processo Penal, no dispositivo do artigo 647.

A ideia básica do writ é a garantia,


imediata, da liberdade de locomoção, dos direitos de ir, vir
e ficar, como se infere das lições de Ruy Barbosa, Pontes de
Miranda e outras tantas abalizadas vozes da doutrina pátria.

Da letra fria da lei extraem-se os


pressupostos que devem estar presentes para a concessão da
ordem, quais sejam, (1) a violência ou coação ao direito de
locomoção e (2) a ilegalidade ou o abuso de poder do ato
coercitivo.

Excelência, com efeito, o caso do


paciente esbarra nesses pressupostos.

De imediato saliente-se que são os


incisos do artigo 648 do Código de Processo Penal que
determinam quando a coação será considerada ilegal. Nesta
esteira, é o inciso II deste artigo que nos interessa,
afinal, o paciente está preso por mais tempo do determina a
lei.

III- DO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE

Excluído os crimes elencados na peça


acusatória com único fito de avolumar a pena abstrata,
restaram pouquíssimas e supostas condutas criminosas para
real análise do magistrado.

Ora, se o processo não é um fim em si mesmo,


a prisão provisória, enquanto medida processual, também não
o é. Sendo assim, não se pode perder de vista que o uso da

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prisão provisória ficará sempre condicionado à sua
proporcionalidade.

Proporcionalidade – ou proibição do excesso,


como destaca Canotilho –no mais importante
princípio de todo o direito e, em particular,
do direito penal (em direito penal tudo é
uma questão de proporcionalidade!), e que
compreende, no seu sentido amplo, os
subprincípios da adequação, necessidade e
proporcionalidade em sentido estrito.

O paciente não pode ser obrigado a cumprir


antecipadamente uma pena (o que viola de forma latente o
principio da presunção da inocência), em um regime mais
gravoso ao que lhe pode ser imposto ao final de seu
julgamento.

A violação ao principio da
proporcionalidade entre a prisão processual e a prisão-pena
estão violentamente presentes.

Vale citar, contudo, o entendimento do Eg.


Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios no
que se refere ao tema:

HABEAS CORPUS. ART. 14 DA LEI N. 10.826/03 E ART. 329


DO CÓDIGO PENAL. PRISÃO PREVENTIVA. INDÍCIOS DE
MATERIALIDADE E AUTORIA. INEXISTÊNCIA DOS ELEMENTOS
AUTORIZADORES DA CUSTÓDIA CAUTELAR. PRINCÍPIO DA
PROPORCIONALIDADE ENTRE PRISÃO-PROCESSUAL E PRISÃO-
PENA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CARACTERIZADO. ORDEM

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CONCEDIDA. I - Embora presente o fumus comissi
delicti, a inexistência do periculum libertatis
desautoriza o decreto de prisão preventiva. II -
Inexistindo indicativos de que a liberdade do
paciente ameaça a ordem pública, ou de que seja
necessária sua constrição para a instrução criminal
ou a aplicação da lei, tem-se por ausentes os
requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal e
injustificada a segregação cautelar. III - A
possibilidade de fixação de regime aberto em caso de
condenação, aliada às condições pessoais favoráveis
ao paciente, como primariedade, bons antecedentes e
residência no distrito da culpa, evidencia a
inadequação da manutenção da prisão processual.IV -
Ordem concedida. (Acórdão n. 601403,
20120020112739HBC, Relator NILSONI DE FREITAS, 3ª
Turma Criminal, julgado em 21/06/2012, DJ 06/07/2012
p. 260)

Não se deve deixar de mencionar que a


fundamentação que lastreia a prisão do paciente, é motivada
em uma simples menção a ordem pública, o que, será explorado
e rechaçado pelos entendimentos já sedimentados deste
tribunal.

Neste princípio, ponderamos o ônus


imposto e o benefício trazido, a fim de se constatar se é
justificável a interferência na esfera dos direitos do
acusado. Nota-se, no presente caso, que a imposição da medida
não guarda proporcionalidade com a possível aplicação da
pena definitiva, em caso de eventual condenação.

Deve ser levado em consideração o quantum


previsto para substituição da pena privativa de liberdade

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por restritiva de direitos, ou seja, se existe a
possibilidade de que ao final do processo o acusado possa
ser beneficiado com a referida substituição, seria de todo
incongruente dar a ele, durante o curso do processo,
tratamento mais gravoso, consubstanciado pela prisão
cautelar.

Assim por força do princípio da


proporcionalidade em sentido estrito, entre os valores em
conflito, há de se indagar se o gravame imposto ao paciente
guarda relação de proporcionalidade com a importância do bem
jurídico que se pretende tutelar.

Logo, de modo a se evitar que a prisão


cautelar perca sua razão de ser, passando a desempenhar
função punitiva, sempre que o magistrado visualizar que a
custódia cautelar pode atingir ou ultrapassar o limite máximo
abstrato que a pena resultante da condenação poderia
alcançar, não se deve adotar a medida extrema, sob pena de
incorrer em grave vício que afasta a legitimidade e
justificação das medidas cautelares ou “periculum in mora
inverso”, que ocorre quando houver dano irreparável à parte
contrária, ou seja, quando o dano causado pela imposição da
medida cautelar for superior ao que se deseja evitar.

Nesse sentido, vejamos o entendimento do


Egrégio Superior Tribunal de Justiça:
PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. RECEPTAÇÃO. LIBERDADE
PROVISÓRIA MEDIANTE FIANÇA. (1) PRISÃO DE UM DOS
PACIENTES. INÍCIO DO CUMPRIMENTO DE PENA. MODIFICAÇÃO
DO QUADRO FÁTICO. WRIT EM PARTE PREJUDICADO. (2)
QUEBRA. MOTIVAÇÃO. IMPROPRIEDADE. (3) FUNDAMENTO PARA
PRISÃO PREVENTIVA: REFERÊNCIAS GENÉRICAS.
IDONEIDADE. AUSÊNCIA. (4) PRIMARIEDADE. CRIME SEM

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VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA. PRISÃO. PROPORCIONALIDADE.
VIOLAÇÃO.
1. Diante da modificação do quadro fático, com a
prisão do paciente FLÁVIO RODRIGUES que,
posteriormente, soube-se dispõe de anterior
condenação definitiva, em relação a qual cumpre pena,
em regime fechado, tem-se, em relação a ele, a perda
do objeto da impetração. Ademais tais
particularidades não foram objeto de debate na
anterior instância, o que, também, inviabiliza a
cognição de seu status libertatis. 2. A prisão
processual é medida odiosa, marcada pelo signo da
imprescindibilidade, sendo imperioso alinhar-se,
para tanto, elementos concretos. 3. A simples menção,
genérica, aos termos do art. 312 do Código de Processo
Penal, não autoriza a providência extrema. 4. Sendo
os pacientes primários, presos em flagrante pelo art.
180 do Código Penal - delito sem violência ou grave
ameaça-, com pena mínima de um ano de reclusão,
revela-se como excessiva a prisão provisória, tendo
em conta o caráter instrumental das cautelares penais
e o princípio da proporcionalidade 5. Ordem
prejudicada em relação ao paciente FLÁVIO RODRIGUES
(cassada a liminar que lhe foi deferida), e, no
tocante ao paciente MARCELO DA SILVA XAVIER, acolhido
o parecer ministerial e confirmada a liminar, concedo
a ordem para assegurar a liberdade provisória,
mediante compromisso de comparecimento a todos os
atos processuais, especificamente em relação aos
autos da Ação Penal controle 276/2008, da 2ª Vara
Judicial da Comarca de Mairiporã/SP. (HC 127.615/SP,
Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA
TURMA, julgado em 03/02/2011, DJe 21/02/2011).

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PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. RECEPTAÇÃO.
PRISÃO EM FLAGRANTE. NECESSIDADE DO ENCARCERAMENTO.
CAUTELARIDADE. AUSÊNCIA. PRINCÍPIO DA
PROPORCIONALIDADE. INSUBSISTÊNCIA DA SEGREGAÇÃO. 1.
Sendo a liberdade a regra e a prisão providência
absolutamente excepcional no Estado de Democrático de
Direito, cumpre verificar a presença dos requisitos
do art. 312 do Código de Processo Penal a fim de se
manter a segregação processual. 2. À luz do princípio
da proporcionalidade, não se justifica manter a
prisão processual motivada por suposta prática de
infração cuja pena privativa de liberdade em tese
projetada não seja superior a quatro anos. 2. Ordem
concedida, na esteira do parecer ministerial,
ratificada a liminar. (HC 64.379/SP, Rel. Ministra
MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em
16/10/2008, DJe 03/11/2008)

Portanto, como a medida cautelar não pode


constituir um fim em si mesmo, e tendo em conta que a prisão
preventiva sempre segue o regime fechado, deve a gradação em
abstrato da pena do crime praticado pelo agente funcionar
como importante elemento de valoração no momento da
apreciação da necessidade de decretação da previsão
cautelar. Somente assim se consegue evitar o risco de a
medida instrumental representar um mal maior do que o
decorrente da eventual condenação.

Diante dos fatos expostos, em que se tem


por completa e infundada as pretensões Ministeriais, torna-
se evidente que o paciente está submetido a constrangimento
ilegal. Isso posto, necessária se faz a concessão da ordem
ora pleiteada, a fim de que seja concedido ao paciente o
direito de responder ao processo em liberdade, pois o mesmo
faz jus ao referido benefício.

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IV – DO EXCESSO DE PRAZO

No que tange ao excesso de prazo, o Acusado


encontra-se segregado há mais de um ano e seis meses, e a
audiência de instrução está longe de ocorrer. Não há sequer
previsão para que seja(m) marcada(s) a(s) audiência(s) de
instrução e julgamento.

O processo em apreço, embora haja muitos


réus, está despido de qualquer complexidade que justifique
perpetuação no tempo.

Em uma linha de raciocínio análogo aos


entendimentos do Superior Tribunal Justiça, tem-se por
desarrazoado o tempo que o Acusado, ora paciente, aguarda
por um desfecho do processo. Vejamos o entendimento
colacionado:

HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO SIMPLES TENTADO (POR


DUAS VEZES) E LESÃO
CORPORAL DECORRENTE DE RELAÇÕES DE AFETO. PR
ISÃO PREVENTIVA. ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO.
PACIENTE SEGREGADO CAUTELARMENTE DESDE
13/10/2015. PREVISÃO PARA A PROLAÇÃO DE DECISÃO
RELATIVA À PRIMEIRA
FASE DO TRIBUNAL DO JÚRI. AUSÊNCIA. DEMORA Q
UE NÃO PODE SER ATRIBUÍDA À DEFESA, MAS AO ÓRGÃO DA
ACUSAÇÃO, QUE JÁ APRESENTOU DOIS
ADITAMENTOS À INICIAL ACUSATÓRIA. RAZOABILI
DADE. AUSÊNCIA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. CORRÉU
S EM SITUAÇÃO FÁTICO-PROCESSUAL IDÊNTICA.
EXTENSÃO DOS EFEITOS. VIABILIDADE (ART.580 DO CPP).
1. Segundo pacífico entendimento doutrinário e
jurisprudencial, a configuração de excesso de

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Num. 28211439 - Pág. 9
prazo não decorre da soma aritmética de
prazos legais. A questão deve ser aferida segundo
os critérios de razoabilidade, tendo em vista as
peculiaridades do caso. 2. Conforme
informações prestadas pelo Juízo de primeiro
grau, há, sim, certa demora para o término da
instrução criminal relativa à primeira fase do
procedimento do Tribunal do Júri, que deve ser
atribuída ao órgão da acusação e não à defesa, pois
o paciente se encontra preso desde 13/10/2015 e já
foram apresentados dois aditamentos à denúncia pelo
Ministério Público estadual.
3. E, em consulta à página eletrônica do
Tribunal de Justiça de Goiás em 30/1/2018, obtive a
informação de que ainda não há previsão
para a prolação de decisão, estando os autos no
Ministério Público
desde 15/12/2017. 4. Necessária, portanto, a
substituição da segregação cautelar por
medidas alternativas à prisão, como forma de
evitar a reiteração
delitiva e garantir a instrução criminal, con
sistentes em: a) comparecimento mensal em juízo,
nas condições a serem fixadas pelo
Magistrado singular, para informar e justificar suas
atividades; b) proibição de manter qualquer tipo de
contato ou aproximação com as vítimas e demais
corréus; c) proibição de ausentar-se da comarca sem
autorização judicial; e d) recolhimento domici
liar no período
noturno e nos dias de folga, que deverão s
er rigorosamente fiscalizadas e cumpridas, sob pena
de restabelecimento automático da prisão preventiva.
5. Existindo corréus em situação fático-processual
idêntica, devem ser estendidos os efeitos da presente

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Número do documento: 21081614371451900000027330298


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Num. 28211439 - Pág. 10
decisão nos termos do art. 580 do Código de Processo
Penal. 6. Ordem concedida para substituir a
prisão preventiva imposta ao paciente por medidas
alternativas à prisão previstas no art. 319, I, III,
IV e V, do Código de Processo Penal, a serem
implementadas pelo Magistrado singular, devendo os
efeitos desta decisão ser estendidos
aos corréus Jailson Ferreira dos Santos e Armando
Henrique Dias da Silva. HC 398291 / GO HABEAS CORPUS
2017/0100118-0 Relator(a) Ministro SEBASTIÃO REIS
JÚNIOR (1148) Órgão Julgador T6 - SEXTA TURMA Data
do Julgamento 27/02/2018 Data da Publicação/Fonte DJe
08/03/2018.

E para além da razoabilidade, cumpre


registrar e informar que a defesa ao longo de todo transcurso
regular do processo, não deu causa ao retardamento de nenhum
ato processual.

Ao que, se o prazo para instruir os


autos e proferir uma sentença já ultrapassa o limite
razoável, somado ao fato de que a defesa em nenhum momento
deu causa ao retardamento do feito, torna-se latente a
arbitrariedade da prisão cautelar e evidencia o desrespeito
ao prazo proporcional para o desfecho do processo.

Assim, ante aos argumentos previamente


alinhavados, não só pela falta de proporcionalidade na
aplicação abstrata da pena, mas, também, pelo evidente
excesso de prazo, tem-se por necessário a concessão da ordem
de habeas corpus.

V – DOS PEDIDOS.

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Num. 28211439 - Pág. 11
Do exposto requer-se:

A) seja concedida a ordem de habeas corpus


em favor de ADRIANO DOS SANTOS CONCEIÇÃO
atualmente preso no Centro de Detenção
Provisória do Distrito Federal, expedindo-
se com urgência o alvará de soltura, para
o que o mesmo possa responder ao processo
em liberdade;

B) Caso Vossas Excelências entendam


necessário, que sejam aplicadas ao
Paciente alguma das medidas cautelares
alternativas, previstas no art. 319 do CPP,
em substituição à sua custódia preventiva.

Termos em que

Pede deferimento.

Brasília, 16 de agosto de 2021

Daniele Fabíola Oliveira da Silva Lameira

OAB/DF 33.966

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Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
PJe - Processo Judicial Eletrônico

16/08/2021

Número: 0004944-31.2018.8.07.0006
Classe: AÇÃO PENAL - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
Órgão julgador: Vara Criminal de Sobradinho
Última distribuição : 08/11/2019
Valor da causa: R$ 0,00
Processo referência: 0004944-31.2018.8.07.0006
Assuntos: Contrabando ou descaminho
Objeto do processo: SISTJ
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Advogados
MINISTERIO PUBLICO DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITORIOS (AUTOR)
RONY VITOR LIMA DOS SANTOS (REU)
FRANCISCO VITORINO DE SOUSA NETO (REU)
DANIEL FERREIRA LOPES (ADVOGADO)
FRANCISCO DE ASSIS LUCENA SILVA (ADVOGADO)
MARCOS ANTONIO DA CONCEICAO LIMA (REU)
MARCUS VINICIUS LIMA DE ALMEIDA E SILVA (REU)
MARLI MARCAL DA SILVA (REU)
RAFAEL DURAES RABELO (REU)
JANDERSON LICINIO DA SILVA (REU)
DANIEL FERREIRA LOPES (ADVOGADO)
FRANCISCO DE ASSIS LUCENA SILVA (ADVOGADO)
MAYRA SOUSA DE LIMA (REU)
MARCO ANTONIO GIL ROSA DE ANDRADE (ADVOGADO)
THAYANE STHEFANNY DO NASCIMENTO (REU)
JARDIEL MARCAL DA SILVA (REU)
JONAS RIBEIRO DE SOUSA (REU)
LEANDRO SOUSA SILVA (REU)
CELIO AUGUSTO BARBOSA DOS SANTOS (ADVOGADO)
DIONES PEREIRA DOS SANTOS (REU)
ADRIANO DOS SANTOS CONCEICAO (REU)
DANIELE FABIOLA OLIVEIRA DA SILVA (ADVOGADO)
GABRIEL OLIVEIRA LEITE (REU)
NATALIA CAVALCANTI CORREA DE OLIVEIRA SERAFIM
(ADVOGADO)
LUCIVALDO OLIVEIRA DA SILVA (REU)
LARISSA MACHADO BOTELHO (ADVOGADO)
BRUNO HENRIQUE CABRAL DE QUEIROZ (REU)
EMERSON DE SOUSA OLIVEIRA (REU)
FRANCISCO LIMA DA COSTA (REU)

Número do documento: 21081614371462000000027330299


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Num. 28211441 - Pág. 1
ALESSANDRO DE ANDRADE MELGACO (REU)
MARCO ANTONIO GIL ROSA DE ANDRADE (ADVOGADO)
WANDERSON DE ANDRADE MELGACO (REU)
MARCO ANTONIO GIL ROSA DE ANDRADE (ADVOGADO)
LETICIA DE OLIVEIRA MARQUES (REU)
MARCO ANTONIO GIL ROSA DE ANDRADE (ADVOGADO)
JOAO BATISTA AGUIAR ARAUJO (REU)
RODRIGO RAMOS MENDES (ADVOGADO)
MARLON MIRANDA TORRES (DENUNCIADO)
AMAURY MARCAL DA SILVA (REU)
JEAN SANTOS DA CONCEICAO (REU)
GRAZIELLE ALVES MARQUES SENA (REU)

Outros participantes
CDP - CENTREO DE DETENÇÃO PROVISÓRIA
(INTERESSADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
99456239 04/08/2021 Reanálise da prisão preventiva Petição
22:12

Número do documento: 21081614371462000000027330299


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Num. 28211441 - Pág. 2
AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA
CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE SOBRADINHO/DF

ADRIANO DOS SANTOS CONCEIÇÃO, vem respeitosamente à


Ilustre presença de Vossa Excelência, por intermédio de sua
advogada informar que no dia 15/07/2021 (ID 97582421)
formulou requerimento no sentido de obter do Juízo um
pronunciamento acerca da (des)necessidade de manutenção de
sua prisão preventiva, nos termos do artigo 316 do CPP, posto
que, desde a sua segregação cautelar em 17/03/2021, já são
mais de 120 dias preso preventivamente. Tudo indica que,
por conta do número de requerimentos, o pedido da defesa
passou despercebido por esse Juízo.
Embora a lei não tenha fixado o prazo máximo de
duração da prisão preventiva, tal como ocorre com a prisão
temporária, impôs o dever de reanálise de seus fundamentos
a cada 90 dias. A rigor, portanto, a prisão preventiva vale
apenas por esse prazo. Com efeito, se decorrido o prazo
legal, não houver pronunciamento judicial algum, a prisão
tornar-se-á ilegal, devendo ser relaxada. Esse reexame é
obrigatório e independe de provocação das partes.
Vale salientar ainda que este processo criminal
contém 27 réus, sendo que alguns deles estão sob

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21081614371462000000027330299
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14:37:14
Num. 99456239
28211441 - Pág. 1
3
monitoramento eletrônico e outros presos preventivamente.
Dentre os presos está o ora peticionante.
Não há sequer previsão de realização de audiência de
instrução e julgamento e, portanto, nenhuma expectativa para
o final do processo e formação da culpa dos réus, apesar do
processo durar desde o seu início, aproximadamente 776 dias.
A garantia ao devido processo legal, engloba a
garantia de uma atuação jurisdicional de forma célere, sem
postergações e delongas prejudiciais aos jurisdicionados,
impondo, portanto, a obrigação ao Estado de observar, a
partir dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade,
os prazos previstos em lei para a entrega da tutela
jurisdicional.
Manter os réus presos indefinidamente, sob o
argumento da excepcionalidade da situação devido à pandemia
configura uma verdadeira antecipação de cumprimento de pena,
o que, ao nosso ver, é ilegal e abusiva. Assim sendo, o
instrumento processual da tutela cautelar penal tranforma-
se, mediante subversão dos fins que o legitimam, em
inaceitável (e inconstitucional) meio de antecipação
executória da própria sanção penal.
Exige-se mais: que a prisão preventiva seja motivada
com base em receio de perigo e existência concreta de fatos
novos ou contemporâneos (art. 312, 2º, e 315, 1º do CPP). A
Inovação é aplicável às medidas cautelares em geral, não
apenas à prisão preventiva. Os fatos novos têm a ver, não
propriamente com crimes imputados na denúncia ou queixa, que
podem até ser antigos, mas com os fundamentos da medida
cautelar (garantia da ordem pública, conveniência da
instrução criminal, etc.), afinal, um crime não recente pode
dar lugar a uma motivação atual para a prisão preventiva,

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21081614371462000000027330299
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Assinado eletronicamente por: DANIELE FABIOLA OLIVEIRA DA SILVA - 04/08/2021
16/08/2021 22:12:23
14:37:14
Num. 99456239
28211441 - Pág. 2
4
como, por exemplo, ameaça à testemunha, destruição de provas
ou mesmo um novo delito, o que não se verifica no caso
concreto.
O réu, ora peticionante, já esteve em liberdade e
nesse período não cometeu nenhum delito, não esteve em
contato com testemunhas e outros réus. Permaneceu sempre no
mesmo endereço, sem se ausentar do distrito da suposta culpa,
portanto, não representa risco à ordem pública e não
prejudicou e nem prejudicará a instrução processual, e por
essa razão, não permanecem os requisitos autorizadores da
prisão preventiva, e, sob esse prisma, deve responder o
processo em liberdade, ou, alternativamente, sob
monitoramento eletrônico.
Isto posto, a Defesa vem reiterar o pedido de
reanálise da necessidade de manutenção da prisão em razão do
lapso temporal.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Brasília, 04 de agosto de 2021

Daniele Fabíola Oliveira da Silva Lameira


OAB/DF 33966

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Número do documento: 21080422122307600000092805675


21081614371462000000027330299
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Assinado eletronicamente por: DANIELE FABIOLA OLIVEIRA DA SILVA - 04/08/2021
16/08/2021 22:12:23
14:37:14
Num. 99456239
28211441 - Pág. 3
5
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
PJe - Processo Judicial Eletrônico

16/08/2021

Número: 0004944-31.2018.8.07.0006
Classe: AÇÃO PENAL - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
Órgão julgador: Vara Criminal de Sobradinho
Última distribuição : 08/11/2019
Valor da causa: R$ 0,00
Processo referência: 0004944-31.2018.8.07.0006
Assuntos: Contrabando ou descaminho
Objeto do processo: SISTJ
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Advogados
MINISTERIO PUBLICO DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITORIOS (AUTOR)
RONY VITOR LIMA DOS SANTOS (REU)
FRANCISCO VITORINO DE SOUSA NETO (REU)
DANIEL FERREIRA LOPES (ADVOGADO)
FRANCISCO DE ASSIS LUCENA SILVA (ADVOGADO)
MARCOS ANTONIO DA CONCEICAO LIMA (REU)
MARCUS VINICIUS LIMA DE ALMEIDA E SILVA (REU)
MARLI MARCAL DA SILVA (REU)
RAFAEL DURAES RABELO (REU)
JANDERSON LICINIO DA SILVA (REU)
DANIEL FERREIRA LOPES (ADVOGADO)
FRANCISCO DE ASSIS LUCENA SILVA (ADVOGADO)
MAYRA SOUSA DE LIMA (REU)
MARCO ANTONIO GIL ROSA DE ANDRADE (ADVOGADO)
THAYANE STHEFANNY DO NASCIMENTO (REU)
JARDIEL MARCAL DA SILVA (REU)
JONAS RIBEIRO DE SOUSA (REU)
LEANDRO SOUSA SILVA (REU)
CELIO AUGUSTO BARBOSA DOS SANTOS (ADVOGADO)
DIONES PEREIRA DOS SANTOS (REU)
ADRIANO DOS SANTOS CONCEICAO (REU)
DANIELE FABIOLA OLIVEIRA DA SILVA (ADVOGADO)
GABRIEL OLIVEIRA LEITE (REU)
NATALIA CAVALCANTI CORREA DE OLIVEIRA SERAFIM
(ADVOGADO)
LUCIVALDO OLIVEIRA DA SILVA (REU)
LARISSA MACHADO BOTELHO (ADVOGADO)
BRUNO HENRIQUE CABRAL DE QUEIROZ (REU)
EMERSON DE SOUSA OLIVEIRA (REU)
FRANCISCO LIMA DA COSTA (REU)

Número do documento: 21081614371471300000027330300


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Assinado eletronicamente por: DANIELE FABIOLA OLIVEIRA DA SILVA - 16/08/2021 14:37:14
Num. 28211442 - Pág. 1
ALESSANDRO DE ANDRADE MELGACO (REU)
MARCO ANTONIO GIL ROSA DE ANDRADE (ADVOGADO)
WANDERSON DE ANDRADE MELGACO (REU)
MARCO ANTONIO GIL ROSA DE ANDRADE (ADVOGADO)
LETICIA DE OLIVEIRA MARQUES (REU)
MARCO ANTONIO GIL ROSA DE ANDRADE (ADVOGADO)
JOAO BATISTA AGUIAR ARAUJO (REU)
RODRIGO RAMOS MENDES (ADVOGADO)
MARLON MIRANDA TORRES (DENUNCIADO)
AMAURY MARCAL DA SILVA (REU)
JEAN SANTOS DA CONCEICAO (REU)
GRAZIELLE ALVES MARQUES SENA (REU)

Outros participantes
CDP - CENTREO DE DETENÇÃO PROVISÓRIA
(INTERESSADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
99779566 09/08/2021 Decisão Decisão
14:47

Número do documento: 21081614371471300000027330300


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081614371471300000027330300
Assinado eletronicamente por: DANIELE FABIOLA OLIVEIRA DA SILVA - 16/08/2021 14:37:14
Num. 28211442 - Pág. 2
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

VARCRISOB
Vara Criminal de Sobradinho

Número do processo: 0004944-31.2018.8.07.0006

Classe judicial: AÇÃO PENAL - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO (283)

AUTOR: MINISTERIO PUBLICO DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITORIOS

REU: ADRIANO DOS SANTOS CONCEICAO, ALESSANDRO DE ANDRADE MELGACO,


BRUNO HENRIQUE CABRAL DE QUEIROZ, DIONES PEREIRA DOS SANTOS, EMERSON DE
SOUSA OLIVEIRA, FRANCISCO LIMA DA COSTA, FRANCISCO VITORINO DE SOUSA NETO,
GABRIEL OLIVEIRA LEITE, JANDERSON LICINIO DA SILVA, JARDIEL MARCAL DA SILVA,
JONAS RIBEIRO DE SOUSA, LEANDRO SOUSA SILVA, LUCIVALDO OLIVEIRA DA SILVA,
MARCOS ANTONIO DA CONCEICAO LIMA, MARCUS VINICIUS LIMA DE ALMEIDA E SILVA,
MARLI MARCAL DA SILVA, MAYRA SOUSA DE LIMA, RAFAEL DURAES RABELO, RONY
VITOR LIMA DOS SANTOS, THAYANE STHEFANNY DO NASCIMENTO, WANDERSON DE
ANDRADE MELGACO, LETICIA DE OLIVEIRA MARQUES, AMAURY MARCAL DA SILVA, JEAN
SANTOS DA CONCEICAO, GRAZIELLE ALVES MARQUES SENA, JOAO BATISTA AGUIAR
ARAUJO
DENUNCIADO: MARLON MIRANDA TORRES

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

Vistos, etc.

Trata-se de reavaliação da prisão preventiva do acusado ADRIANO DOS SANTOS CONCEIÇÃO, em decorrência do transcurso
do prazo de 90 (noventa) dias da medida segregatória, conforme inteligência do artigo 316, §º único, do Código de Processo Penal.

A Defesa do acusado se manifestou pela revogação da prisão preventiva sob os fundamentos de excesso de prazo e, subsidiariamente,

a inexistência de fatos concretos que denotem a contemporaneidade e atualidade dos fundamentos da segregação cautelar, sem

prejuízo de eventual substituição por medida cautelar diversa da prisão, prevista no artigo 319 do Código de Processo Penal, a

exemplo da monitoração eletrônica.

Número do documento: 21080914474757400000093097842


21081614371471300000027330300
https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081614371471300000027330300
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080914474757400000093097842
Assinado eletronicamente por: JOSE DANIELE
ROBERTO
FABIOLA MORAES
OLIVEIRA
MARQUES
DA SILVA- 09/08/2021
- 16/08/202114:47:47
14:37:14
Num. 99779566
28211442 - Pág. 1
3
O Ministério Público, em manifestação, opinou pela manutenção da custódia cautelar, ante a presença dos requisitos que deram

ensejo à medida, bem como que o requerente já fora beneficiado com a prisão domiciliar, violando, no entanto, as medidas impostas,

o que demonstra que a cautelar diversa da prisão não é suficiente, ID 99655750.

Compulsando os autos, nota-se que a prisão cautelar do acusado foi imposta mediante idônea motivação e com fundamentos

suficientes para a manutenção da prisão, restando pautada em dados concretos do caso, com o objetivo de resguardar a ordem

pública.

Divisa-se dos autos nenhuma alteração do panorama fático-processual a possibilitar neste momento a revogação do decreto prisional,

sendo necessária e premente a custódia do acusado, porquanto não se identifica medida outra menos gravosa que possa alcançar o

desiderato pretendido com a medida cautelar.

Ademais, conforme pontuado pelo Ministério Público, o denunciado já fora beneficiado, anteriormente, com a prisão domiciliar,

vindo a descumprir as medidas impostas, tendo sido a mesma revogada.

Registre-se que, embora ultrapassado o marco de 90 (noventa) dias, sem o término da instrução processual, tal fato não conduz

necessariamente ao reconhecimento de eventual constrangimento ilegal e, via de consequência, a necessidade do relaxamento da

prisão.

Com efeito, o prazo acima mencionado, assim como o previsto na Instrução Normativa nº. 1 deste Tribunal de Justiça, não se

apresenta como absoluto, mas de mero parâmetro, de modo que é somente à luz do caso concreto que se pode avaliar se há ou não

excesso de prazo capaz de justificar adoção da medida liberatória. Deve-se, portanto, adequar-se o prazo da medida, em estrita

observância ao princípio da razoabilidade e da proporcionalidade, a fim de identificar a existência de compasso entre a prisão e as

razões de sua manutenção.

No caso dos autos, o processo tramita regularmente, com a devida angularização da relação jurídica, apresentação de resposta e

respectivo saneamento do feito, estando os autos no aguardo de data próxima para a realização de audiência de instrução e

julgamento, a ser oportunamente indicada ao Juízo.

Pontue-se que ainda perdura, no cenário atual, período diferenciado decorrente da pandemia, com restrição dos atos processuais que

devem se atentar para as medidas de salvaguarda sanitárias. Tal fato visa proporcionar um ambiente de contenção da

transmissibilidade da doença, o que vai ao encontro do próprio interesse do acusado.

Em tais situações, pondera-se a necessidade de algumas restrições, de modo que é razoável dilatar-se o prazo das custódias
cautelares, circunstância que não se pode atribuir ao Estado a atual demora, quando o período diferenciado recomenda adoção de
medidas sanitárias de combate à pandemia. No contexto, tratando-se de réu inserido no sistema prisional, para se evitar a propagação
do vírus, foram adotadas diversas medidas, dentre elas a realização das audiências por videoconferência, cujas datas são
disponibilizadas pelo sistema carcerário, mediante interlocução com este e. Tribunal de Justiça, de modo que os atos processuais
sejam realizados dentro de critérios que resguardam a incolumidade dos presos.

Número do documento: 21080914474757400000093097842


21081614371471300000027330300
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https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080914474757400000093097842
Assinado eletronicamente por: JOSE DANIELE
ROBERTO
FABIOLA MORAES
OLIVEIRA
MARQUES
DA SILVA- 09/08/2021
- 16/08/202114:47:47
14:37:14
Num. 99779566
28211442 - Pág. 2
4
Ante o exposto, acolhendo a manifestação ministerial, mantenho a custódia cautelar do acusado em tela até ulterior

deliberação do Juízo.

Intimem-se.

Cumpram-se, outrossim, as ordens precedentes.

Documento datado e assinado digitalmente.

Número do documento: 21080914474757400000093097842


21081614371471300000027330300
https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081614371471300000027330300
https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080914474757400000093097842
Assinado eletronicamente por: JOSE DANIELE
ROBERTO
FABIOLA MORAES
OLIVEIRA
MARQUES
DA SILVA- 09/08/2021
- 16/08/202114:47:47
14:37:14
Num. 99779566
28211442 - Pág. 3
5
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

COORDENADORIA DE DISTRIBUIÇÃO E ANÁLISE DE PROCESSOS DE 2ª INSTÂNCIA

Número do processo: 0726330-89.2021.8.07.0000


Classe judicial: HABEAS CORPUS CRIMINAL (307)
PACIENTE: ADRIANO DOS SANTOS CONCEICAO
IMPETRANTE: DANIELE FABIOLA OLIVEIRA DA SILVA

AUTORIDADE: JUIZO DA VARA CRIMINAL DE SOBRADINHO

CERTIDÃO

Nos termos do art. 5º, § 3º, da Portaria Conjunta nº 53, de 23 de julho de 2014, certifico que consta(m) o(s)
seguinte(s) processo(s) como possível(eis) prevenção(ões):

HCCcrim 0711608-21.2019.8.07.0000 (Desembargador(a) Relator(a) WALDIR LEONCIO


CORDEIRO LOPES JUNIOR, 3ª Turma Criminal, distribuído em 22/06/2019, às 18:32)

HCCcrim 0712706-41.2019.8.07.0000 (Desembargador Relator SEBASTIÃO COELHO DA SILVA,


3ª Turma Criminal, distribuído em 04/07/2019, às 19:17)

HCCcrim 0713035-53.2019.8.07.0000 (Desembargador(a) Relator(a) WALDIR LEONCIO


CORDEIRO LOPES JUNIOR, 3ª Turma Criminal, distribuído em 10/07/2019, às 16:01)

HCCcrim 0713040-75.2019.8.07.0000 (Desembargador(a) Relator(a) SEBASTIÃO COELHO DA


SILVA, 3ª Turma Criminal, distribuído em 10/07/2019, às 16:10)

HCCcrim 0713096-11.2019.8.07.0000 (Desembargador(a) Relator(a) SEBASTIÃO COELHO DA


SILVA, 3ª Turma Criminal, distribuído em 10/07/2019, às 22:41)

HCCcrim 0713267-65.2019.8.07.0000 (Desembargador(a) Relator(a) WALDIR LEONCIO


CORDEIRO LOPES JUNIOR, 3ª Turma Criminal, distribuído em 12/07/2019, às 19:39)

HCCcrim 0713687-70.2019.8.07.0000 (Desembargador(a) Relator(a) WALDIR LEONCIO


CORDEIRO LOPES JUNIOR, 3ª Turma Criminal, distribuído em 18/07/2019, às 14:08)

HCCcrim 0725056-61.2019.8.07.0000 (Desembargador(a) Relator(a) SEBASTIÃO COELHO DA


SILVA, 3ª Turma Criminal, distribuído em 14/11/2019, às 16:04)

HCCcrim 0726861-49.2019.8.07.0000 (Desembargador(a) Relator(a) SEBASTIÃO COELHO DA


SILVA, 3ª Turma Criminal, distribuído em 08/12/2019, às 13:54)

HCCrim 0727651-33.2019.8.07.0000 (Desembargador(a) Relator(a) SEBASTIÃO COELHO DA

Número do documento: 21081615463602500000027333710


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081615463602500000027333710
Assinado eletronicamente por: LARISSA LIMA VIEIRA - 16/08/2021 15:46:36
Num. 28214324 - Pág. 1
SILVA, 3ª Turma Criminal, distribuído em 16/12/2019, às 20:52)

HCCrim WALDIR LEONCIO CORDEIRO LOPES JUNIOR (Desembargador(a)


Relator(a) WALDIR LEONCIO CORDEIRO LOPES JUNIOR, 3ª Turma Criminal, distribuído
em 15/04/2020, às 09:48)

HCCcrim 0709162-11.2020.8.07.0000 (Desembargador(a) Relator(a) WALDIR LEONCIO


CORDEIRO LOPES JUNIOR, 3ª Turma Criminal, distribuído em 19/04/2020, às 17:26)

HCCcrim 0709484-31.2020.8.07.0000 (Desembargador(a) Relator(a) WALDIR LEONCIO


CORDEIRO LOPES JUNIOR, 3ª Turma Criminal, distribuído em 23/04/2020, às 15:52)

HCCcrim 0709555-33.2020.8.07.0000 (Desembargador(a) Relator(a) WALDIR LEONCIO


CORDEIRO LOPES JUNIOR, 3ª Turma Criminal, distribuído em 23/04/2020, às 22:14)

HCCrim 0714713-69.2020.8.07.0000 (Desembargador(a) Relator(a) WALDIR LEONCIO


CORDEIRO LOPES JUNIOR, 3ª Turma Criminal, distribuído em 03/06/2020, às 21:53)

Encaminhe-se para redistribuição, nos termos da Resolução do Tribunal Pleno nº 11, de 16/09/2019.

Brasília-DF, 16 de agosto de 2021.

LARISSA LIMA VIEIRA

COORDENADORIA DE DISTRIBUIÇÃO E ANÁLISE DE PROCESSOS DE 2ª INSTÂNCIA

Número do documento: 21081615463602500000027333710


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081615463602500000027333710
Assinado eletronicamente por: LARISSA LIMA VIEIRA - 16/08/2021 15:46:36
Num. 28214324 - Pág. 2
PODER JUDICIÁRIO DA UNIÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

COORDENADORIA DE DISTRIBUIÇÃO E ANÁLISE DE PROCESSOS DA 2ª INSTÂNCIA - CODIS

NÚCLEO DE REDISTRIBUIÇÃO E REGISTRO - NUREDI

Número do processo: 0726330-89.2021.8.07.0000


Classe judicial: HABEAS CORPUS CRIMINAL (307)
PACIENTE: ADRIANO DOS SANTOS CONCEICAO
IMPETRANTE: DANIELE FABIOLA OLIVEIRA DA SILVA

AUTORIDADE: JUIZO DA VARA CRIMINAL DE SOBRADINHO

CERTIDÃO

Considerando a Resolução nº 11, de 16 de setembro de 2019, do Tribunal Pleno desta Egrégia


Corte de Justiça e, em razão da prevenção indicada na certidão de ID 28214324, promovo a
redistribuição dos autos ao (à) Exmo(a). Sr(a) Desembargador(a) WALDIR LEONCIO
CORDEIRO LOPES JUNIOR, 3ª Turma Criminal, conforme art. 81 do RITJDFT.

Brasília, 16 de agosto de 2021.

MARCIA MONTEIRO RODRIGUES

NÚCLEO DE REDISTRIBUIÇÃO E REGISTRO - NUREDI

Número do documento: 21081615590038700000027336949


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081615590038700000027336949
Assinado eletronicamente por: ANDREIA DE JESUS SANTOS KIFER - 16/08/2021 15:59:00
Num. 28218121 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

3ª Turma Criminal

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) : 0726330-89.2021.8.07.0000

CERTIDÃO DE CONCLUSÃO

Nesta data, faço estes autos conclusos ao(à) Excelentíssimo(a) Desembargador(a) WALDIR
LEONCIO CORDEIRO LOPES JUNIOR - Relator(a).

Brasília, 16 de agosto de 2021.

Diretor(a) de Secretaria

Número do documento: 21081616144080800000027338829


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081616144080800000027338829
Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 16/08/2021 16:14:40
Num. 28218945 - Pág. 1
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

Gabinete do Des. Waldir Leôncio Júnior

PROCESSO: 0726330-89.2021.8.07.0000

CLASSE: HABEAS CORPUS CRIMINAL (307)

PACIENTE: ADRIANO DOS SANTOS CONCEICAO


IMPETRANTE: DANIELE FABIOLA OLIVEIRA DA SILVA

AUTORIDADE: JUIZO DA VARA CRIMINAL DE SOBRADINHO

DESPACHO

Não há pedido liminar.

Solicitem-se informações à autoridade coatora.

Após, à douta Procuradoria de Justiça.

Brasília, 16 de agosto de 2021.

WALDIR LEONCIO CORDEIRO LOPES JUNIOR

Desembargador

Número do documento: 21081618244337000000027342028


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081618244337000000027342028
Assinado eletronicamente por: WALDIR LEONCIO CORDEIRO LOPES JUNIOR - 16/08/2021 18:24:43
Num. 28223177 - Pág. 1
Ofício - 3ª T. Criminal

Brasília -DF, 16 de agosto de 2021

Número do processo: 0726330-89.2021.8.07.0000

Classe judicial: HABEAS CORPUS CRIMINAL (307)

PACIENTE: ADRIANO DOS SANTOS CONCEICAO


IMPETRANTE: DANIELE FABIOLA OLIVEIRA DA SILVA

AUTORIDADE: JUIZO DA VARA CRIMINAL DE SOBRADINHO

A Sua Excelência o(a) Senhor(a)

Juiz(a) de Direito

Assunto: Solicita informações

Senhor (a) Juiz(a),

A fim de instruir o julgamento do referido Habeas Corpus, venho perante Vossa Excelência SOLICITAR
INFORMAÇÕES, no prazo de dois dias, nos termos do artigo 213, do Regimento Interno do TJDFT,
sobre o alegado na petição inicial, cuja cópia acompanha o presente. Acrescento, que segue em anexo, o
inteiro teor da decisão exarada nos autos em epígrafe para a devida ciência.

Número do documento: 21081618304287800000027347873


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081618304287800000027347873
Assinado eletronicamente por: MARIA LUIZA ROCHA TAVARES - 16/08/2021 18:30:42
Num. 28226899 - Pág. 1
Respeitosamente,

Bruno de Sousa Melo Santos

Diretor de Secretaria da 3ª Turma Criminal

Número do documento: 21081618304287800000027347873


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081618304287800000027347873
Assinado eletronicamente por: MARIA LUIZA ROCHA TAVARES - 16/08/2021 18:30:42
Num. 28226899 - Pág. 2
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
PJe - Processo Judicial Eletrônico

16/08/2021

Número: 0726330-89.2021.8.07.0000
Classe: HABEAS CORPUS CRIMINAL
Órgão julgador colegiado: 3ª Turma Criminal
Órgão julgador: Gabinete do Des. Waldir Leôncio Júnior
Última distribuição : 16/08/2021
Valor da causa: R$ 0,00
Processo referência: 0004944-31.2018.8.07.0006
Assuntos: Crimes ocorridos na investigação da prova
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Advogados
ADRIANO DOS SANTOS CONCEICAO (PACIENTE)
DANIELE FABIOLA OLIVEIRA DA SILVA (ADVOGADO)
DANIELE FABIOLA OLIVEIRA DA SILVA (IMPETRANTE)
JUIZO DA VARA CRIMINAL DE SOBRADINHO
(AUTORIDADE)

Outros participantes
MINISTERIO PUBLICO DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITORIOS (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
28211439 16/08/2021 HC Adriano Petição
14:38
28223177 16/08/2021 Despacho Despacho
18:24

Número do documento: 21081618304298700000027347874


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081618304298700000027347874
Assinado eletronicamente por: MARIA LUIZA ROCHA TAVARES - 16/08/2021 18:30:43
Num. 28226900 - Pág. 1
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E
TERRITÓRIOS.

URGENTE (PACIENTE PRESO)

Autos nº: 0004944-31.2018.8.07.0006 (numeração única)

DANIELE FABÍOLA OLIVEIRA DA SILVA LAMEIRA,


brasileira, casada, advogada, portadora da CI nº 1.291.980
SSP/DF e inscrita no CPF sob nº 516.072.471-00, residente e
domiciliada na C-07, Lote 07/15, Edifício Via Del Plaza,
apto. 1203, Taguatinga Centro/DF, CEP 72.010-070, e-mail:
danielefabiola.adv@hotmail.com, fone (61) 99566-6723, vêm
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com
fundamento no inciso LXVIII, artigo 5º da Constituição
Federal e no artigo 647, e seguintes, do Código de Processo
Penal, impetrar o presente

HABEAS CORPUS

em favor de ADRIANO DOS SANTOS CONCEIÇÃO, brasileiro, em


união estável, profissional autônomo, nascido em 28 de agosto
de 1995, natural de Brasília/DF, portador do RG n. 3.458.082
SSP/DF e CPF n. 063.320.471-43, filho de Juraci da Conceição
e de Eliene Mata dos Santos, atualmente recolhido no CDP
I, contra ato praticado pelo MM. Juiz de Direito da Vara
Criminal de Sobradinho/DF, nos termos que passa a expor:

Impetrante: Daniele Fabíola Oliveira da Silva Lameira

Paciente: Adriano dos Santos Conceição

Quadra C 07 Lote 07/15 Edifício Via Del Plaza, nº 1203 – CEP 72.010.070 Bairro:
1
Taguatinga Centro Cidade: Brasília/DF
E-mail: danielefabiola.adv@hotmail.com
Fone (61) 99566-6723

Número do documento: 21081614371451900000027330298


21081618304298700000027347874
https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081618304298700000027347874
https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081614371451900000027330298
Assinado eletronicamente por: DANIELE
MARIA LUIZA
FABIOLA
ROCHAOLIVEIRA
TAVARES DA -SILVA
16/08/2021
- 16/08/2021
18:30:43
14:37:14
Num. 28211439
28226900 - Pág. 1
2
Autoridade Coatora: Juiz de Direito Vara Criminal da
Circunscrição de Sobradinho/DF

Autos originários: 0004944-31.2018.8.07.0006

I – BREVE SÍNTESE FÁTICA

O paciente foi preso em 02/07/2019, por


ter, em tese, participado de organização criminosa. O
Ministério Público ofereceu denúncia em desfavor dos
acusados e requereu a condenação com base nas penas do
artigo art. 2º, §2º e 4º da Lei 12.850/2013.

Narra a denúncia que os vários


denunciados, de forma livre e consciente, organizaram-se de
forma estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão
de tarefas, informalmente, com objetivo de obter,
diretamente, vantagem pecuniária, mediante a prática de
reiterados furtos a celulares, tráfico de drogas, dentre
outros.

Desde a data da prisão até o dia de hoje


já são 775 dias e até o presente momento não há nenhuma
expectativa de que se iniciem as audiências de instrução e
julgamento.

II – DO CABIMENTO DO WRIT DE HABEAS CORPUS

A Constituição Federal no seu artigo 5º


dispõe sobre os direitos e garantias fundamentais. Em seu
inciso LXVIII, estatui a garantia de Habeas Corpus e suas

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Número do documento: 21081614371451900000027330298


21081618304298700000027347874
https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081618304298700000027347874
https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081614371451900000027330298
Assinado eletronicamente por: DANIELE
MARIA LUIZA
FABIOLA
ROCHAOLIVEIRA
TAVARES DA -SILVA
16/08/2021
- 16/08/2021
18:30:43
14:37:14
Num. 28211439
28226900 - Pág. 2
3
hipóteses de cabimento. O mesmo texto é mantido no Código de
Processo Penal, no dispositivo do artigo 647.

A ideia básica do writ é a garantia,


imediata, da liberdade de locomoção, dos direitos de ir, vir
e ficar, como se infere das lições de Ruy Barbosa, Pontes de
Miranda e outras tantas abalizadas vozes da doutrina pátria.

Da letra fria da lei extraem-se os


pressupostos que devem estar presentes para a concessão da
ordem, quais sejam, (1) a violência ou coação ao direito de
locomoção e (2) a ilegalidade ou o abuso de poder do ato
coercitivo.

Excelência, com efeito, o caso do


paciente esbarra nesses pressupostos.

De imediato saliente-se que são os


incisos do artigo 648 do Código de Processo Penal que
determinam quando a coação será considerada ilegal. Nesta
esteira, é o inciso II deste artigo que nos interessa,
afinal, o paciente está preso por mais tempo do determina a
lei.

III- DO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE

Excluído os crimes elencados na peça


acusatória com único fito de avolumar a pena abstrata,
restaram pouquíssimas e supostas condutas criminosas para
real análise do magistrado.

Ora, se o processo não é um fim em si mesmo,


a prisão provisória, enquanto medida processual, também não
o é. Sendo assim, não se pode perder de vista que o uso da

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3
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Número do documento: 21081614371451900000027330298


21081618304298700000027347874
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16/08/2021
- 16/08/2021
18:30:43
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Num. 28211439
28226900 - Pág. 3
4
prisão provisória ficará sempre condicionado à sua
proporcionalidade.

Proporcionalidade – ou proibição do excesso,


como destaca Canotilho –no mais importante
princípio de todo o direito e, em particular,
do direito penal (em direito penal tudo é
uma questão de proporcionalidade!), e que
compreende, no seu sentido amplo, os
subprincípios da adequação, necessidade e
proporcionalidade em sentido estrito.

O paciente não pode ser obrigado a cumprir


antecipadamente uma pena (o que viola de forma latente o
principio da presunção da inocência), em um regime mais
gravoso ao que lhe pode ser imposto ao final de seu
julgamento.

A violação ao principio da
proporcionalidade entre a prisão processual e a prisão-pena
estão violentamente presentes.

Vale citar, contudo, o entendimento do Eg.


Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios no
que se refere ao tema:

HABEAS CORPUS. ART. 14 DA LEI N. 10.826/03 E ART. 329


DO CÓDIGO PENAL. PRISÃO PREVENTIVA. INDÍCIOS DE
MATERIALIDADE E AUTORIA. INEXISTÊNCIA DOS ELEMENTOS
AUTORIZADORES DA CUSTÓDIA CAUTELAR. PRINCÍPIO DA
PROPORCIONALIDADE ENTRE PRISÃO-PROCESSUAL E PRISÃO-
PENA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CARACTERIZADO. ORDEM

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Número do documento: 21081614371451900000027330298


21081618304298700000027347874
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Assinado eletronicamente por: DANIELE
MARIA LUIZA
FABIOLA
ROCHAOLIVEIRA
TAVARES DA -SILVA
16/08/2021
- 16/08/2021
18:30:43
14:37:14
Num. 28211439
28226900 - Pág. 4
5
CONCEDIDA. I - Embora presente o fumus comissi
delicti, a inexistência do periculum libertatis
desautoriza o decreto de prisão preventiva. II -
Inexistindo indicativos de que a liberdade do
paciente ameaça a ordem pública, ou de que seja
necessária sua constrição para a instrução criminal
ou a aplicação da lei, tem-se por ausentes os
requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal e
injustificada a segregação cautelar. III - A
possibilidade de fixação de regime aberto em caso de
condenação, aliada às condições pessoais favoráveis
ao paciente, como primariedade, bons antecedentes e
residência no distrito da culpa, evidencia a
inadequação da manutenção da prisão processual.IV -
Ordem concedida. (Acórdão n. 601403,
20120020112739HBC, Relator NILSONI DE FREITAS, 3ª
Turma Criminal, julgado em 21/06/2012, DJ 06/07/2012
p. 260)

Não se deve deixar de mencionar que a


fundamentação que lastreia a prisão do paciente, é motivada
em uma simples menção a ordem pública, o que, será explorado
e rechaçado pelos entendimentos já sedimentados deste
tribunal.

Neste princípio, ponderamos o ônus


imposto e o benefício trazido, a fim de se constatar se é
justificável a interferência na esfera dos direitos do
acusado. Nota-se, no presente caso, que a imposição da medida
não guarda proporcionalidade com a possível aplicação da
pena definitiva, em caso de eventual condenação.

Deve ser levado em consideração o quantum


previsto para substituição da pena privativa de liberdade

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por restritiva de direitos, ou seja, se existe a
possibilidade de que ao final do processo o acusado possa
ser beneficiado com a referida substituição, seria de todo
incongruente dar a ele, durante o curso do processo,
tratamento mais gravoso, consubstanciado pela prisão
cautelar.

Assim por força do princípio da


proporcionalidade em sentido estrito, entre os valores em
conflito, há de se indagar se o gravame imposto ao paciente
guarda relação de proporcionalidade com a importância do bem
jurídico que se pretende tutelar.

Logo, de modo a se evitar que a prisão


cautelar perca sua razão de ser, passando a desempenhar
função punitiva, sempre que o magistrado visualizar que a
custódia cautelar pode atingir ou ultrapassar o limite máximo
abstrato que a pena resultante da condenação poderia
alcançar, não se deve adotar a medida extrema, sob pena de
incorrer em grave vício que afasta a legitimidade e
justificação das medidas cautelares ou “periculum in mora
inverso”, que ocorre quando houver dano irreparável à parte
contrária, ou seja, quando o dano causado pela imposição da
medida cautelar for superior ao que se deseja evitar.

Nesse sentido, vejamos o entendimento do


Egrégio Superior Tribunal de Justiça:
PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. RECEPTAÇÃO. LIBERDADE
PROVISÓRIA MEDIANTE FIANÇA. (1) PRISÃO DE UM DOS
PACIENTES. INÍCIO DO CUMPRIMENTO DE PENA. MODIFICAÇÃO
DO QUADRO FÁTICO. WRIT EM PARTE PREJUDICADO. (2)
QUEBRA. MOTIVAÇÃO. IMPROPRIEDADE. (3) FUNDAMENTO PARA
PRISÃO PREVENTIVA: REFERÊNCIAS GENÉRICAS.
IDONEIDADE. AUSÊNCIA. (4) PRIMARIEDADE. CRIME SEM

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VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA. PRISÃO. PROPORCIONALIDADE.
VIOLAÇÃO.
1. Diante da modificação do quadro fático, com a
prisão do paciente FLÁVIO RODRIGUES que,
posteriormente, soube-se dispõe de anterior
condenação definitiva, em relação a qual cumpre pena,
em regime fechado, tem-se, em relação a ele, a perda
do objeto da impetração. Ademais tais
particularidades não foram objeto de debate na
anterior instância, o que, também, inviabiliza a
cognição de seu status libertatis. 2. A prisão
processual é medida odiosa, marcada pelo signo da
imprescindibilidade, sendo imperioso alinhar-se,
para tanto, elementos concretos. 3. A simples menção,
genérica, aos termos do art. 312 do Código de Processo
Penal, não autoriza a providência extrema. 4. Sendo
os pacientes primários, presos em flagrante pelo art.
180 do Código Penal - delito sem violência ou grave
ameaça-, com pena mínima de um ano de reclusão,
revela-se como excessiva a prisão provisória, tendo
em conta o caráter instrumental das cautelares penais
e o princípio da proporcionalidade 5. Ordem
prejudicada em relação ao paciente FLÁVIO RODRIGUES
(cassada a liminar que lhe foi deferida), e, no
tocante ao paciente MARCELO DA SILVA XAVIER, acolhido
o parecer ministerial e confirmada a liminar, concedo
a ordem para assegurar a liberdade provisória,
mediante compromisso de comparecimento a todos os
atos processuais, especificamente em relação aos
autos da Ação Penal controle 276/2008, da 2ª Vara
Judicial da Comarca de Mairiporã/SP. (HC 127.615/SP,
Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA
TURMA, julgado em 03/02/2011, DJe 21/02/2011).

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PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. RECEPTAÇÃO.
PRISÃO EM FLAGRANTE. NECESSIDADE DO ENCARCERAMENTO.
CAUTELARIDADE. AUSÊNCIA. PRINCÍPIO DA
PROPORCIONALIDADE. INSUBSISTÊNCIA DA SEGREGAÇÃO. 1.
Sendo a liberdade a regra e a prisão providência
absolutamente excepcional no Estado de Democrático de
Direito, cumpre verificar a presença dos requisitos
do art. 312 do Código de Processo Penal a fim de se
manter a segregação processual. 2. À luz do princípio
da proporcionalidade, não se justifica manter a
prisão processual motivada por suposta prática de
infração cuja pena privativa de liberdade em tese
projetada não seja superior a quatro anos. 2. Ordem
concedida, na esteira do parecer ministerial,
ratificada a liminar. (HC 64.379/SP, Rel. Ministra
MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em
16/10/2008, DJe 03/11/2008)

Portanto, como a medida cautelar não pode


constituir um fim em si mesmo, e tendo em conta que a prisão
preventiva sempre segue o regime fechado, deve a gradação em
abstrato da pena do crime praticado pelo agente funcionar
como importante elemento de valoração no momento da
apreciação da necessidade de decretação da previsão
cautelar. Somente assim se consegue evitar o risco de a
medida instrumental representar um mal maior do que o
decorrente da eventual condenação.

Diante dos fatos expostos, em que se tem


por completa e infundada as pretensões Ministeriais, torna-
se evidente que o paciente está submetido a constrangimento
ilegal. Isso posto, necessária se faz a concessão da ordem
ora pleiteada, a fim de que seja concedido ao paciente o
direito de responder ao processo em liberdade, pois o mesmo
faz jus ao referido benefício.

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IV – DO EXCESSO DE PRAZO

No que tange ao excesso de prazo, o Acusado


encontra-se segregado há mais de um ano e seis meses, e a
audiência de instrução está longe de ocorrer. Não há sequer
previsão para que seja(m) marcada(s) a(s) audiência(s) de
instrução e julgamento.

O processo em apreço, embora haja muitos


réus, está despido de qualquer complexidade que justifique
perpetuação no tempo.

Em uma linha de raciocínio análogo aos


entendimentos do Superior Tribunal Justiça, tem-se por
desarrazoado o tempo que o Acusado, ora paciente, aguarda
por um desfecho do processo. Vejamos o entendimento
colacionado:

HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO SIMPLES TENTADO (POR


DUAS VEZES) E LESÃO
CORPORAL DECORRENTE DE RELAÇÕES DE AFETO. PR
ISÃO PREVENTIVA. ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO.
PACIENTE SEGREGADO CAUTELARMENTE DESDE
13/10/2015. PREVISÃO PARA A PROLAÇÃO DE DECISÃO
RELATIVA À PRIMEIRA
FASE DO TRIBUNAL DO JÚRI. AUSÊNCIA. DEMORA Q
UE NÃO PODE SER ATRIBUÍDA À DEFESA, MAS AO ÓRGÃO DA
ACUSAÇÃO, QUE JÁ APRESENTOU DOIS
ADITAMENTOS À INICIAL ACUSATÓRIA. RAZOABILI
DADE. AUSÊNCIA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. CORRÉU
S EM SITUAÇÃO FÁTICO-PROCESSUAL IDÊNTICA.
EXTENSÃO DOS EFEITOS. VIABILIDADE (ART.580 DO CPP).
1. Segundo pacífico entendimento doutrinário e
jurisprudencial, a configuração de excesso de

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prazo não decorre da soma aritmética de
prazos legais. A questão deve ser aferida segundo
os critérios de razoabilidade, tendo em vista as
peculiaridades do caso. 2. Conforme
informações prestadas pelo Juízo de primeiro
grau, há, sim, certa demora para o término da
instrução criminal relativa à primeira fase do
procedimento do Tribunal do Júri, que deve ser
atribuída ao órgão da acusação e não à defesa, pois
o paciente se encontra preso desde 13/10/2015 e já
foram apresentados dois aditamentos à denúncia pelo
Ministério Público estadual.
3. E, em consulta à página eletrônica do
Tribunal de Justiça de Goiás em 30/1/2018, obtive a
informação de que ainda não há previsão
para a prolação de decisão, estando os autos no
Ministério Público
desde 15/12/2017. 4. Necessária, portanto, a
substituição da segregação cautelar por
medidas alternativas à prisão, como forma de
evitar a reiteração
delitiva e garantir a instrução criminal, con
sistentes em: a) comparecimento mensal em juízo,
nas condições a serem fixadas pelo
Magistrado singular, para informar e justificar suas
atividades; b) proibição de manter qualquer tipo de
contato ou aproximação com as vítimas e demais
corréus; c) proibição de ausentar-se da comarca sem
autorização judicial; e d) recolhimento domici
liar no período
noturno e nos dias de folga, que deverão s
er rigorosamente fiscalizadas e cumpridas, sob pena
de restabelecimento automático da prisão preventiva.
5. Existindo corréus em situação fático-processual
idêntica, devem ser estendidos os efeitos da presente

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decisão nos termos do art. 580 do Código de Processo
Penal. 6. Ordem concedida para substituir a
prisão preventiva imposta ao paciente por medidas
alternativas à prisão previstas no art. 319, I, III,
IV e V, do Código de Processo Penal, a serem
implementadas pelo Magistrado singular, devendo os
efeitos desta decisão ser estendidos
aos corréus Jailson Ferreira dos Santos e Armando
Henrique Dias da Silva. HC 398291 / GO HABEAS CORPUS
2017/0100118-0 Relator(a) Ministro SEBASTIÃO REIS
JÚNIOR (1148) Órgão Julgador T6 - SEXTA TURMA Data
do Julgamento 27/02/2018 Data da Publicação/Fonte DJe
08/03/2018.

E para além da razoabilidade, cumpre


registrar e informar que a defesa ao longo de todo transcurso
regular do processo, não deu causa ao retardamento de nenhum
ato processual.

Ao que, se o prazo para instruir os


autos e proferir uma sentença já ultrapassa o limite
razoável, somado ao fato de que a defesa em nenhum momento
deu causa ao retardamento do feito, torna-se latente a
arbitrariedade da prisão cautelar e evidencia o desrespeito
ao prazo proporcional para o desfecho do processo.

Assim, ante aos argumentos previamente


alinhavados, não só pela falta de proporcionalidade na
aplicação abstrata da pena, mas, também, pelo evidente
excesso de prazo, tem-se por necessário a concessão da ordem
de habeas corpus.

V – DOS PEDIDOS.

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Do exposto requer-se:

A) seja concedida a ordem de habeas corpus


em favor de ADRIANO DOS SANTOS CONCEIÇÃO
atualmente preso no Centro de Detenção
Provisória do Distrito Federal, expedindo-
se com urgência o alvará de soltura, para
o que o mesmo possa responder ao processo
em liberdade;

B) Caso Vossas Excelências entendam


necessário, que sejam aplicadas ao
Paciente alguma das medidas cautelares
alternativas, previstas no art. 319 do CPP,
em substituição à sua custódia preventiva.

Termos em que

Pede deferimento.

Brasília, 16 de agosto de 2021

Daniele Fabíola Oliveira da Silva Lameira

OAB/DF 33.966

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28226900 - Pág. 12
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Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

Gabinete do Des. Waldir Leôncio Júnior

PROCESSO: 0726330-89.2021.8.07.0000

CLASSE: HABEAS CORPUS CRIMINAL (307)

PACIENTE: ADRIANO DOS SANTOS CONCEICAO


IMPETRANTE: DANIELE FABIOLA OLIVEIRA DA SILVA

AUTORIDADE: JUIZO DA VARA CRIMINAL DE SOBRADINHO

DESPACHO

Não há pedido liminar.

Solicitem-se informações à autoridade coatora.

Após, à douta Procuradoria de Justiça.

Brasília, 16 de agosto de 2021.

WALDIR LEONCIO CORDEIRO LOPES JUNIOR

Desembargador

Número do documento: 21081618244337000000027342028


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Assinado eletronicamente por: WALDIR
MARIA LUIZA
LEONCIO
ROCHACORDEIRO
TAVARES LOPES
- 16/08/2021
JUNIOR 18:30:43
- 16/08/2021 18:24:43
Num.
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Pág.14
1
Nobre Julgador,

Ciente.

Brasília, 16 de agosto de 2021

Daniele Fabiola O. S. Lameira

OAB/DF 33966

Número do documento: 21081620112479900000027352970


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Assinado eletronicamente por: DANIELE FABIOLA OLIVEIRA DA SILVA - 16/08/2021 20:11:24
Num. 28233102 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

3ª Turma Criminal

Número do processo: 0726330-89.2021.8.07.0000

CERTIDÃO

O(a) Servidor(a) WALISSON MOTA CARDOSO leu o documento ID 28233102 em 17 de agosto


de 2021.

Número do documento: 21081713161692900000027374055


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081713161692900000027374055
Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 17/08/2021 13:16:16
Num. 28255890 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

Vara Criminal de Sobradinho


Setor Central Administrativo e Cultural A, -, TÉRREO, SALA B37, Sobradinho, BRASÍLIA - DF -
CEP: 73010-501
Telefone: (61) 3103-3097/(61) 3103-3098
Horário de atendimento: 12:00 às 19:00
email: 1vcrim.sob@tjdft.jus.br

Ofício 805/2021 - VCRSOB BRASÍLIA/ DF, 18 de agosto de 2021.

Processo referência: 0004944-31.2018.8.07.0006.

Ao Excelentíssimo Senhor Desembargador

Doutor WALDIR LEÔNCIO JÚNIOR

MD Relator do Habeas Corpus n. 0726330-89.2021.8.07.0000

Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios

NESTA

Senhor Relator,

Tenho a honra de dirigir-me a Vossa Excelência para prestar as informações que me foram
solicitadas relativamente aos Habeas Corpus em epígrafe, impetrado em favor de ADRIANO
DOS SANTOS CONCEIÇÃO.

A Autoridade Policial da 13ª Delegacia de Polícia de Sobradinho, Distrito Federal,


representou pela prisão preventiva do paciente e outros, bem como pela busca e apreensão,
quebra de sigilo de dados telefônicos e telemáticos dos representados na medida cautelar nº.
2479-8/2019.

O Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios, no uso de suas atribuições legais,
pugnou pelo acolhimento do pedido. Para tanto, afirmou que medidas cautelares

Número do documento: 21081815444600000000027428547


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Assinado eletronicamente por: Jose Roberto Moraes Marques - 18/08/2021 15:44:46
Num. 28312032 - Pág. 1
anteriormente deferidas revelaram que o paciente e demais comparsas possuem forte vínculo
criminoso, haja vista o envolvimento destes em crimes relacionados à comercialização de
celulares roubados e furtados, armas de fogo e substâncias entorpecentes, dentre outros
delitos paralelos, como homicídio, latrocínio, receptação e corrupção de menores.

Acrescenta o Ministério Público que após meticulosa e competente investigação policial,


bem como com o auxílio das quebras de dados telefônicos e interceptações anteriormente
deferidas, foi possível confirmar a existência de uma grande associação criminosa atuante na
VILA DNOCS, na região de Sobradinho, a qual é liderada por ALESSANDRO MELGAÇO.
O esquema consiste na reunião de grupos menores, cada qual com a sub-liderança, os quais
possuem uma atuação demarcada pelo chefe referido. Em apertada síntese, o grupo
criminoso se organiza da seguinte forma:

Primeiro Grupo: Apurou-se que AMAURY MARÇAL DA SILVA, vulgo BUIÚ, atua como
líder do grupo responsável pelo tráfico de drogas e armas de fogo atuante na Basevi,
Sobradinho/DF. O grupo encabeçado por AMAURY MARÇAL DA SILVA, vulgo BUIÚ, é
um dos maiores. AMAURY é o principal suspeito de comandar um grupo de adolescentes,
para o qual repassa as instruções sobre como armazenar, separar, transportar e vender
substâncias entorpecentes e drogas. ADRIANO CONCEIÇÃO, VULGO DIKA, braço
direito de AMAURY, igualmente exerce dominância sobre o grupo dos adolescentes.

No curso das diligências, verificou-se a participação de membros desse grupo em um crime


de homicídio ocorrido em Sobradinho II/DF, no qual culminou na prisão em flagrante de
JONAS E RAFAEL. Além disso, a arma de fogo empregada no crime pertencia a AMAURY
MARÇAL DA SILVA, mas estava escondida na residência de ADRIANO CONCEIÇÃO,
VULGO DIKA. Em razão desse fato, AMAURY MARÇAL DA SILVA e ADRIANO
CONCEIÇÃO buscaram refúgio na Vila Dnocs, o que foi providenciado por
ALESSANDRO MELGAÇO.

Segundo Grupo: BRUNO HENRIQUE E GRAZIELLY ALVES SENA são os supostos


líderes do grupo responsável pela prática de furtos de aparelhos celulares em grandes eventos
ocorridos no Distrito Federal e nas cidades do entorno. BRUNO HENRIQUE e
GRAZIELLY ALVES SENA seriam responsáveis ainda por angariar terceiros que os
ajudem a subtrair os aparelhos celulares das vítimas. BRUNO HENRIQUE, da mesma forma
que ALESSANDRO MELGAÇO, possui contatos que os auxiliam no desbloqueio de
aparelhos celulares.

Número do documento: 21081815444600000000027428547


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081815444600000000027428547
Assinado eletronicamente por: Jose Roberto Moraes Marques - 18/08/2021 15:44:46
Num. 28312032 - Pág. 2
Os diálogos captados revelaram que THAYANE e MARLON são integrantes desse grupo,
sendo que cabe a THAYANE e GRAZIELLY o furto dos aparelhos celulares, os quais são
repassados a MARLON. Após a comercialização dos aparelhos celulares oriundos das
práticas criminosas, ocorre a divisão do montante arrecadado.

Terceiro Grupo: FRANCISCO VITORINO DE SOUSA NETO lidera, em tese, o terceiro


grupo, o qual recebe indivíduos oriundos da região nordeste do país e os abrigam numa
chácara no entorno de Sobradinho/DF. Nesse local são comercializadas armas de fogo e
drogas. Além de venderem armas de fogo e drogas, os migrantes seriam responsáveis por
realizar arrastões com vistas a subtrair aparelhos celulares de vítimas, os quais são entregues
a ALESSANDRO MELGAÇO para revenda, desbloqueio e retirada de peças.

Em diligências, apurou-se ainda que FRANCISCO VITORINO DE SOUSA NETO está


envolvido em outros crimes graves, tais como homicídios e latrocínios cometidos nas
cidades de Planaltina/DF e Sobradinho/DF. Ressalta-se que, em relação a este grupo, há
vários outros indivíduos ainda não identificados e/ou qualificados até o presente momento.
No entanto, investigações em curso, as quais continuaram mesmo após a confecção do
organograma desenvolvido pela Autoridade Policial, revelaram que GABRIEL
OLIVEIRA LEITE foi identificado como sendo um dos integrantes do terceiro grupo,
sendo ele um dos que comercializava armas de fogo e realizada diversos roubos e furtos em
chácaras e residências no Distrito Federal e no entorno, sendo um dos que efetuava os
assaltos, bem como realizava o desbloqueio de aparelhos celulares subtraídos pelo grupo.

Além do paciente em comento, foram identificados outros supostos integrantes:


JANDERSON LICINIO DA SILVA, vulgo TUBÁ, CHICÃO e LÚCIO, os quais aparecem
como comparsas fixos de JOÃO BATISTA AGUIAR ARAÚJO, vulgo BATISTA. Há
indícios de que as referidas pessoas sejam faccionadas, além de serem os principais suspeitos
de crimes graves contra a vida e contra o patrimônio. Há fortes indícios de autoria e
materialidade em relação aos acusados.

Quarto grupo: O quarto núcleo, composto por inúmeros indivíduos que têm relações
específicas com ALESSANDRO MELGAÇO, também se revela de alta periculosidade e
lucratividade. Neste grupo, as relações são individuais, todos exercem a liderança dentro dos
seus próprios negócios e se relacionam com ALESSANDRO MELGAÇO para lhe fornecer
algum material ilícito, repartir lucro de alguma negociação, dentre outros. Dentre os
indivíduos, identificou-se LEANDRO SOUSA SILVA, VULGO NANDO, o qual negocia
grande quantidade de substâncias entorpecentes com indivíduos, inclusive de outros estados.

Número do documento: 21081815444600000000027428547


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081815444600000000027428547
Assinado eletronicamente por: Jose Roberto Moraes Marques - 18/08/2021 15:44:46
Num. 28312032 - Pág. 3
LEANDRO SOUSA SILVA, VULGO NANDO, trabalha em parceria com a esposa
DIULIANA FERREIRA DA SILVA, que, igualmente, vende drogas. Integrava este grupo,
ainda, LUCIVALDO OLIVEIRA DA SILVA, o qual atuava comercializando armas e
realizando uma série de roubos e furtos em chácaras e residências no Distrito Federal e no
entorno, era um dos membros que efetivamente praticava os assaltos.

São também supostos integrantes deste grupo os indiciados DIONES PEREIRA DOS
SANTOS, VULGO DHONE, que comercializa armas de fogo em larga escala, dos mais
diversos modelos e calibres e WANDERSON DE ANDRADE MELGAÇO, VULGO
CHUBIM, irmão de ALESSANDRO MELGAÇO, o qual também atua nesse ramo, além de
auxiliar seu irmão nos demais negócios. O acusado MARCOS ANTONIO DA
CONCEIÇÃO LIMA é também um dos supostos responsáveis pelo desbloqueio de aparelhos
celulares, de modo que arrecada os produtos de origem ilícita repassados pelo primeiro
grupo a ALESSANDRO MELGAÇO para a prestação do serviço. Além disso, MARCOS
ANTONIO DA CONCEIÇÃO LIMA revende os aparelhos, tendo em vista que é feirante.

Em síntese, aduziu o presentante ministerial que o paciente e demais supostos comparsas


apresentam risco à ordem pública e a prisão preventiva do mesmo é medida que se impõe.
Há de se considerar os fortes indícios de autoria e materialidade que pairam sobre este.

Autoridade Policial juntou aos autos os frutos de diligências anteriores, bem como narrou de
forma muito clara e segura os fatos supostamente ocorridos. Portanto, a tese de primariedade
do paciente não é suficiente para afastar a necessidade de segregação cautelar, haja vista que
além da gravidade das condutas descritas nos autos, o paciente já fora beneficiado no curso
da ação com a medida cautelar da prisão domiciliar com monitoração eletrônica, tendo-a
violado por 25 (vinte e cinco) vezes, razão pela qual teve a prisão preventiva restabelecida.

Ademais, a prisão preventiva foi reavaliada e mantida no dia 12 de maio do corrente ano,
conforme ID 91386905. Portanto, o decreto de prisão preventiva do paciente deve ser
mantido, a fim de garantir a ordem pública, bem como por conveniência da instrução
criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal.

Compulsando os autos, entendo que se fazem presentes os pressupostos da prisão preventiva,


fumus comissi declict e periculum libertatis, como forma de preservar o fim social da medida
acautelatória, bem como a ausência de motivo a ensejar, neste momento processual,
revogação do decreto prisional.

Conforme rechaçado, há fortes indícios de que o paciente, ora ADRIANO DOS SANTOS

Número do documento: 21081815444600000000027428547


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081815444600000000027428547
Assinado eletronicamente por: Jose Roberto Moraes Marques - 18/08/2021 15:44:46
Num. 28312032 - Pág. 4
CONCEIÇAO seja faccionado e tenha praticado crimes graves contra o patrimônio.

Desde a segregação, não se evidencia qualquer alteração do panorama fático-probatório a


encerrar possibilidade de concessão de liberdade do acusado, permanecendo hígidos os
fundamentos que alicerçaram a decisão que determinou a prisão.

Justificável, diante do presente cenário, a ultrapassagem do prazo de 90 (noventa) dias do


cárcere, medida mantida em observância aos princípios da proporcionalidade e da
razoabilidade, e atendida a recomendação do Conselho Nacional de Justiça.

O processo segue o curso normal, aguardando a designação e realização de audiência de


instrução e julgamento.

Sendo o que me cumpria informar a respeito do Habeas Corpus impetrado, apresento a


Vossa Excelência meus respeitosos cumprimentos.

MORAES MARQUES

Juiz de Direito

Número do documento: 21081815444600000000027428547


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081815444600000000027428547
Assinado eletronicamente por: Jose Roberto Moraes Marques - 18/08/2021 15:44:46
Num. 28312032 - Pág. 5
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

3ª TURMA CRIMINAL

Número do processo: 0726330-89.2021.8.07.0000

REMESSA PARA PARECER

Nesta data, faço remessa dos presentes autos ao(à) Procurador(a) de Justiça.

Brasília/DF, 18 de agosto de 2021.

BRUNO DE SOUSA MELO SANTOS

Diretor de Secretaria da 3ª Turma Criminal

Número do documento: 21081815573918500000027429924


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081815573918500000027429924
Assinado eletronicamente por: REBECA TEIXEIRA BOAVENTURA - 18/08/2021 15:57:39
Num. 28310290 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
3ª Turma Criminal

Número do processo: 0726330-89.2021.8.07.0000

CERTIDÃO DE DISPONIBILIZAÇÃO DJE

Certifico e dou fé que o Ato Judicial Despacho ID 28223177 foi disponibilizado no Diário da Justiça
Eletrônico - DJe em 18/08/2021, e publicado no primeiro dia útil subsequente.

19 de agosto de 2021.

Número do documento: 21081902151312400000027444672


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081902151312400000027444672
Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 19/08/2021 02:15:13
Num. 28328563 - Pág. 1
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

HABEAS CORPUS nº 0726330-89.2021.8.07.0000

Impetrante: Daniele Fabíola Oliveira da Silva Lameira


Paciente: Adriano dos Santos Conceição
Relator: Des. Waldir Leôncio Júnior

PARECER N.º 452/2021 – 2.ª PJCE

Colenda Turma Criminal,


Eminente Relator,

1. RELATÓRIO

Trata-se de habeas corpus impetrado em favor de ADRIANO DOS SANTOS


CONCEIÇÃO. Aponta-se como autoridade coatora o Juízo da Vara Criminal de
Sobradinho/DF.

O paciente teve sua prisão preventiva decretada em 06/06/2019. Em seguida,


foi denunciado pela prática, em tese, do crime previsto no art. 2º, §§ 2º e 4º, I, da Lei
12.850/2013.

A impetrante sustenta, em síntese, o excesso de prazo na formação da culpa.


Afirma que o paciente está preso há mais de um ano e seis meses sem que haja previsão para a
audiência de instrução e julgamento.

Entende que, no caso dos autos, medidas cautelas diversas da prisão, previstas
no art. 319 do Código de Processo Penal, seriam suficientes.

Argumenta, ainda, a desproporcionalidade da segregação cautelar. Narra que


“deve ser levado em consideração o quantum previsto para substituição da pena privativa de
liberdade por restritiva de direitos, ou seja, se existe a possibilidade de que ao final do
processo o acusado possa ser beneficiado com a referida substituição, seria de todo

Número do documento: 21082415271875300000027582062


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21082415271875300000027582062
Assinado eletronicamente por: WANESSA ALPINO BIGONHA ALVIM - 24/08/2021 16:51:27
Num. 28471829 - Pág. 1
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

incongruente dar a ele, durante o curso do processo, tratamento mais gravoso,


consubstanciado pela prisão cautelar”.

Requer, assim, a concessão da ordem para que o paciente seja posto em


liberdade. Subsidiariamente, pretende a aplicação de outras medidas cautelares.

Informações prestadas no id 28312032.

Os autos vieram ao Ministério Público para manifestação.

É o relatório.

2. DO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE

O habeas corpus é cabível, adequado e regular. Estão presentes a legitimidade


e o interesse de agir, bem como os demais requisitos de admissibilidade necessários. O
Ministério Público manifesta-se pelo conhecimento do writ.

3. DO MÉRITO

O paciente foi preso pela prática, em tese, do crime previsto no art. 2º, §§ 2º e
4º, I, da Lei 12.850/2013.

Não obstante a reforma do Código de Processo Penal, por intermédio da Lei


nº 12.403/11, que prevê a excepcionalidade da segregação cautelar e a possibilidade de
aplicação de medidas alternativas, a prisão preventiva continua prevista em lei e deve ser
decretada sempre que necessária no caso concreto, nos termos do art. 312 do CPP.

A pena máxima prevista para o delito pelo qual o paciente é acusado é


superior a quatro anos, o que autoriza a prisão cautelar (art. 313, inciso I, do CPP). Ademais, o
paciente teve sua prisão preventiva mantida para garantia da ordem pública (art. 312 do CPP).

A decisão que decretou a preventiva foi devidamente fundamentada.


Consigne-se trecho (id 49502429, PJE1):

Nos termos do artigo 312, do Código de Processo Penal, a prisão preventiva tem
lugar quando necessária à garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal,

Número do documento: 21082415271875300000027582062


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21082415271875300000027582062
Assinado eletronicamente por: WANESSA ALPINO BIGONHA ALVIM - 24/08/2021 16:51:27
Num. 28471829 - Pág. 2
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.


Ademais, o artigo 313, também do referido Código, afirma que, nos termos do artigo
312, será admitida a decretação da prisão preventiva nos crimes dolosos, punidos
com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos. No presente
caso, são fortes os indícios de autoria e materialidade. Há perigo concreto de
reiteração delitiva. Com efeito, os investigados, acompanhados de seus
comparsas, praticaram, em tese, diversos crimes graves, tais como crimes
patrimoniais, homicídios, tráfico de drogas e armas, dentre outros. Pelos
elementos indiciários mencionados, a prisão preventiva é cabível para garantia
da ordem pública. Por garantia da ordem pública, nota-se que sua conceituação se
apresenta indeterminada, mas, por regra, espelha indícios reais de que o agente
voltar a delinquir se permanecer em liberdade. Em outras palavras, a ordem pública
se relaciona com a paz ou tranquilidade no meio social, cujo entendimento concreto
de que o agente acabe por abalá-la, abre-se espaço e justificativa para sua
segregação cautelar. Pelo escólio de Eugênio Pacelli, a prisão para a garantia da
ordem pública não se destina a proteger o processo penal, enquanto instrumento de
aplicação da lei penal. Dirige- se, ao contrário, à proteção da própria comunidade,
coletivamente considerada, no pressuposto de que ela seria duramente atingida pelo
não-aprisionamento de autores de crimes que causem intranquilidade social.
(OLIVEIRA, Eugenio Pacielli. Curso de ProcessoPenalPág.435). Em arremate,
devem-se guardaras lições de Andrey Borges de Mendonça, que, sobre o tema,
anota: a prisão preventiva para fins de garantia da ordem pública não possui
finalidade de prevenção geral ou especial, mas sim de prevenção concreta, com o
intuito de evitar que a sociedade sofra um dano concreto iminente em seus bens
jurídicos relevantes. Ao assim fazê-lo, o processo penal está buscando um de seus
fins, que é a proteção da sociedade contra ameaças concretas, concretizando um dos
escopos da própria função jurisdicional (escopo social) (BORGES DE
MENDONÇA, Andrey. Prisões e outras medidas cautelares pessoais. São Paulo:
Método, 2011). Dessa forma, em resguardo da ordem pública e aplicação da lei
penal em razão de reiteração criminosa, faz-se necessária a imposição da restrição
preventiva das liberdades dos representados. (...) Diante do exposto, presentes os
requisitos estabelecidos nos artigos 312 e 313, ambos do Código de Processo Penal,
DECRETO A PRISÃO PREVENTIVA em desfavor de: (...) ADRIANO DOS
SANTOS COINCEIÇÃO, vulgo DIKA (...). – grifou-se.

Ademais, a decisão impugnada – que manteve a preventiva – também foi


corretamente embasada. Consigne-se importante trecho (id 28211442):

Compulsando os autos, nota-se que a prisão cautelar do acusado foi imposta


mediante idônea motivação e com fundamentos suficientes para a manutenção da
prisão, restando pautada em dados concretos do caso, com o objetivo de resguardar a
ordem pública. Divisa-se dos autos nenhuma alteração do panorama fático-
processual a possibilitar neste momento a revogação do decreto prisional, sendo
necessária e premente a custódia do acusado, porquanto não se identifica
medida outra menos gravosa que possa alcançar o desiderato pretendido com a
medida cautelar. Ademais, conforme pontuado pelo Ministério Público, o
denunciado já fora beneficiado, anteriormente, com a prisão domiciliar, vindo a

Número do documento: 21082415271875300000027582062


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21082415271875300000027582062
Assinado eletronicamente por: WANESSA ALPINO BIGONHA ALVIM - 24/08/2021 16:51:27
Num. 28471829 - Pág. 3
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

descumprir as medidas impostas, tendo sido a mesma revogada. Registre-se que,


embora ultrapassado o marco de 90 (noventa) dias, sem o término da instrução
processual, tal fato não conduz necessariamente ao reconhecimento de eventual
constrangimento ilegal e, via de consequência, a necessidade do relaxamento da
prisão. Com efeito, o prazo acima mencionado, assim como o previsto na Instrução
Normativa nº. 1 deste Tribunal de Justiça, não se apresenta como absoluto, mas de
mero parâmetro, de modo que é somente à luz do caso concreto que se pode avaliar
se há ou não excesso de prazo capaz de justificar adoção da medida liberatória.
Deve-se, portanto, adequar-se o prazo da medida, em estrita observância ao
princípio da razoabilidade e da proporcionalidade, a fim de identificar a existência
de compasso entre a prisão e as razões de sua manutenção. No caso dos autos, o
processo tramita regularmente, com a devida angularização da relação
jurídica, apresentação de resposta e respectivo saneamento do feito, estando os
autos no aguardo de data próxima para a realização de audiência de instrução e
julgamento, a ser oportunamente indicada ao Juízo. Pontue-se que ainda perdura,
no cenário atual, período diferenciado decorrente da pandemia, com restrição dos
atos processuais que devem se atentar para as medidas de salvaguarda sanitárias. Tal
fato visa proporcionar um ambiente de contenção da transmissibilidade da doença, o
que vai ao encontro do próprio interesse do acusado. Em tais situações, pondera-se a
necessidade de algumas restrições, de modo que é razoável dilatar-se o prazo das
custódias cautelares, circunstância que não se pode atribuir ao Estado a atual
demora, quando o período diferenciado recomenda adoção de medidas sanitárias de
combate à pandemia. No contexto, tratando-se de réu inserido no sistema prisional,
para se evitar a propagação do vírus, foram adotadas diversas medidas, dentre elas a
realização das audiências por videoconferência, cujas datas são disponibilizadas pelo
sistema carcerário, mediante interlocução com este e. Tribunal de Justiça, de modo
que os atos processuais sejam realizados dentro de critérios que resguardam a
incolumidade dos presos. Ante o exposto, acolhendo a manifestação ministerial,
mantenho a custódia cautelar do acusado em tela até ulterior deliberação do Juízo. –
grifou-se.

A materialidade do delito está demonstrada e há indícios suficientes de


autoria, o que denota a presença do fumus comissi delicti. Por sua vez, o periculum libertatis
ampara-se na necessidade de garantir a ordem pública.

Extrai-se dos autos que “no período de outubro de 2018 a junho de 2019, os
denunciados, de forma livre e consciente, na companhia dos adolescentes MARCOS
VINICIUS MOREIRA DOS SANTOS, CAMILA COELHO DA SILVA FIGUEIREDO, TAUANE
KAREN BARBOSA SANTOS, com emprego de arma de fogo, associaram-se em uma
organização criminosa estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas,
ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de
qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam

Número do documento: 21082415271875300000027582062


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21082415271875300000027582062
Assinado eletronicamente por: WANESSA ALPINO BIGONHA ALVIM - 24/08/2021 16:51:27
Num. 28471829 - Pág. 4
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

superiores a 4 (quatro) anos”.

Consta que “as investigações se iniciaram com informações obtidas pela


polícia civil de que haveria um esquema criminoso composto por pessoas residentes na Vila
Dnocs, Sobradinho/DF (…). Este grupo desbloqueava os celulares subtraídos e os trocava
por armas, drogas, ou revendia a terceiros”.

Verifica-se, ainda, que a referida organização criminosa “é liderada por


ALESSANDRO MELGAÇO. O esquema consiste na reunião de grupos menores, cada qual
com a sub-liderança, os quais possuem uma atuação demarcada pelo chefe referido. Em
apertada síntese, o grupo criminoso se organiza da seguinte forma: Primeiro Grupo: Apurou-
se que AMAURY MARÇAL DA SILVA, vulgo BUIÚ, atua como líder do grupo responsável
pelo tráfico de drogas e armas de fogo atuante na Basevi, Sobradinho/DF. O grupo
encabeçado por AMAURY MARÇAL DA SILVA, vulgo BUIÚ, é um dos maiores. AMAURY é o
principal suspeito de comandar um grupo de adolescentes, para o qual repassa as instruções
sobre como armazenar, separar, transportar e vender substâncias entorpecentes e drogas.
ADRIANO CONCEIÇÃO, VULGO DIKA, braço direito de AMAURY, igualmente exerce
dominância sobre o grupo dos adolescentes”.

A periculosidade do paciente é evidente.

O Supremo Tribunal Federal já se manifestou no sentido de que “se as


circunstâncias concretas da prática do delito indicam, pelo modus operandi, a periculosidade
do agente ou o risco de reiteração delitiva, está justificada a decretação ou a manutenção da
prisão cautelar para resguardar a ordem pública, desde que igualmente presentes boas
provas da materialidade e da autoria, à luz do art. 312 do CPP.” (HC 183063 AgR,
Relator(a): ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado em 22/05/2020, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-141 DIVULG 05-06-2020 PUBLIC 08-06-2020).
No que se refere à alegação de excesso de prazo para a formação da culpa,
também sem razão à defesa.

Consoante se extrai dos autos, a prisão preventiva do paciente foi decretada


em 06/06/2019. O mandado foi cumprido em 02/07/2019. A denúncia foi oferecida contra o
paciente e outros 26 réus, em 09/07/2019, e recebida em 15/07/2019.

Número do documento: 21082415271875300000027582062


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21082415271875300000027582062
Assinado eletronicamente por: WANESSA ALPINO BIGONHA ALVIM - 24/08/2021 16:51:27
Num. 28471829 - Pág. 5
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

Conforme informações prestadas pela autoridade impetrada “o processo


tramita regularmente, com a devida angularização da relação jurídica, apresentação de
resposta e respectivo saneamento do feito, estando os autos no aguardo de data próxima para
a realização de audiência de instrução e julgamento, a ser oportunamente indicada ao Juízo”.

Sabe-se que os prazos estabelecidos para duração razoável do processo não


são absolutos. Ademais, na verificação de excesso de prazo devem ser observados os critérios
da proporcionalidade e razoabilidade. No caso dos autos, a instrução processual seguiu os
trâmites normais relativos ao caso concreto e não foi demonstrada desídia por parte do Juízo
processante na condução do processo.

O retardo processual é justificável. Diante do cenário atual de pandemia, o


juízo a quo tem feito o possível para caminhar com a instrução. O curso processual foi
respeitado e a manutenção da medida cautelar é necessária. Ademais, trata-se de ação penal
complexa que envolve 27 (vinte e sete) acusados com defensores distintos.

Sobre o assunto, já se manifestou essa E. Corte, oportunidade em que afirmou


que “quanto ao excesso de prazo, o alongamento da instrução processual tem a ver com as
medidas de prevenção e combate à pandemia da Covid-19, inclusive recomendadas pelo
Conselho Nacional de Justiça, e objeto de regulamentação por este Tribunal de Justiça, que
repercutiram nos andamentos dos processos, inclusive no presente, principalmente quanto à
realização de audiências com réus presos. (...) Predomina nesta Corte o entendimento de que
a pandemia da Covid-19 caracteriza força maior, justificando o alongamento dos prazos
processuais, observados os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, não sendo
passe livre para a liberação de todos os presos” (Acórdão 1290809, 07382811720208070000,
Relator: GEORGE LOPES, Relator Designado: MARIO MACHADO 1ª Turma Criminal, data
de julgamento: 8/10/2020, publicado no DJE: 20/10/2020. Pág.: Sem Página Cadastrada).

Portanto, não há ilegalidade na prisão, independentemente da dificuldade de


se realizar a audiência de instrução em decorrência do coronavírus.

Somado a isso, a reavaliação da preventiva se deu há menos de 90 dias, em


09/08/2021, em conformidade com o disposto no art. 316, parágrafo único, do CPP.

Logo, a alegação de constrangimento ilegal por excesso de prazo não se

Número do documento: 21082415271875300000027582062


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21082415271875300000027582062
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Num. 28471829 - Pág. 6
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

sustenta como fundamento válido para a concessão da ordem.

Quanto ao argumento de que, em eventual condenação, haverá a substituição


da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, ressalta-se que “por ocasião do
julgamento de habeas corpus, não há como se afirmar, de forma insuperável, que ao paciente
será concedido o benefício da substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de
direito ou lhe será fixado regime prisional mais brando em caso de eventual condenação em
ação penal contra ele movida” (Acórdão 808902, 20140020161962HBC, Relator: JOÃO
BATISTA TEIXEIRA, 3ª TURMA CRIMINAL, data de julgamento: 31/7/2014, publicado no
DJE: 6/8/2014. Pág.: 303).

Por fim, verifica-se que, no caso concreto, não se mostra cabível a adoção de
medidas cautelares previstas no art. 319 do Código de Processo Penal, notadamente pelo fato
do paciente já ter descumprido medidas impostas quando lhe fora concedida prisão domiciliar.

Inexiste qualquer ilegalidade na manutenção da prisão preventiva do


paciente. Não há que se falar em constrangimento sanável pela via excepcional do habeas
corpus.

3. CONCLUSÃO

Pelo exposto, oficia a 2.ª Procuradoria de Justiça Criminal Especializada pelo


conhecimento e denegação da ordem impetrada em favor de ADRIANO DOS SANTOS
CONCEIÇÃO.

Brasília, 24 de agosto de 2021.

WANESSA ALPINO BIGONHA ALVIM


Promotora de Justiça em Substituição

Número do documento: 21082415271875300000027582062


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Num. 28471829 - Pág. 7
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

3ª Turma Criminal

Número do processo: 0726330-89.2021.8.07.0000

CERTIDÃO

O(a) Servidor(a) FABIANNE REGIA BEZERRA RODRIGUES leu o documento ID 28471829


em 24 de agosto de 2021.

Número do documento: 21082415360376500000027584872


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21082415360376500000027584872
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Num. 28473175 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

3ª Turma Criminal

HABEAS CORPUS CRIMINAL (307) : 0726330-89.2021.8.07.0000

CERTIDÃO DE CONCLUSÃO

Nesta data, faço estes autos conclusos ao(à) Excelentíssimo(a) Desembargador(a) WALDIR
LEONCIO CORDEIRO LOPES JUNIOR - Relator(a).

Brasília, 24 de agosto de 2021.

Diretor(a) de Secretaria

Número do documento: 21082415390778400000027584874


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Num. 28473177 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

3ª TURMA CRIMINAL

Número do processo: 0726330-89.2021.8.07.0000

Classe judicial: HABEAS CORPUS CRIMINAL (307)

PACIENTE: ADRIANO DOS SANTOS CONCEICAO


IMPETRANTE: DANIELE FABIOLA OLIVEIRA DA SILVA

AUTORIDADE: JUIZO DA VARA CRIMINAL DE SOBRADINHO

CERTIDÃO
Certifico e dou fé que o processo em epígrafe foi devolvido a esta serventia para julgamento em
mesa, a ocorrer na 27ª Plenária Virtual desta Turma, com encerramento previsto para o dia
02/09/2021.

Brasília/DF, 25 de agosto de 2021.

BRUNO DE SOUSA MELO SANTOS

Diretor de Secretaria da 3ª Turma Criminal

Número do documento: 21082518504840800000027636356


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Num. 28527687 - Pág. 1
EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR,

Ciente.

Daniele F. O. S. Lameira

OAB/DF 33966

Número do documento: 21082612454055600000027648257


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21082612454055600000027648257
Assinado eletronicamente por: DANIELE FABIOLA OLIVEIRA DA SILVA - 26/08/2021 12:45:40
Num. 28541016 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

3ª Turma Criminal

Número do processo: 0726330-89.2021.8.07.0000

CERTIDÃO

O(a) Servidor(a) WALISSON MOTA CARDOSO leu o documento ID 28541016 em 26 de agosto


de 2021.

Número do documento: 21082614313533800000027654045


https://pje2i.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21082614313533800000027654045
Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 26/08/2021 14:31:35
Num. 28544899 - Pág. 1
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS
3ª Turma Criminal

Número do processo: 0726330-89.2021.8.07.0000

CERTIDÃO DE DISPONIBILIZAÇÃO DJE

Certifico e dou fé que o Ato Judicial Certidão ID 28527687 foi disponibilizado no Diário da Justiça
Eletrônico - DJe em 27/08/2021, e publicado no primeiro dia útil subsequente.

28 de agosto de 2021.

Número do documento: 21082802171840500000027714118


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Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 28/08/2021 02:17:18
Num. 28608259 - Pág. 1

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