Número: 8035987-11.2021.8.05.0001

TJBA
PJe - Processo Judicial Eletrônico
10/04/2021
Número: 8035987-11.2021.8.05.0001
Classe: MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA (LEI MARIA DA PENHA) CRIMINAL
Órgão julgador: 4ª VARA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA FAM CONTRA A MULHER DE SALVADOR
Última distribuição : 08/04/2021
Valor da causa: R$ 1.000,00
Assuntos: Decorrente de Violência Doméstica, Contra a Mulher
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
JACIRA ANTONELLI VELOSO (AUTORIDADE) JOSE MARCOS DE MATOS NETO (ADVOGADO)
MICHELE PINHEIRO GOMES (AUTORIDADE)
Ministério Público do Estado da Bahia (CUSTOS LEGIS)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
99767 09/04/2021 20:38 Decisão Decisão
801
99532 08/04/2021 14:17 Certidão Certidão
935
99532 08/04/2021 14:17 certidao Documento de Comprovação
939
99325 08/04/2021 12:21 Petição Inicial Petição Inicial
427
99325 08/04/2021 12:21 REQUERIMENTO MEDIDA PROTETIVA (VIOLNCIA Petição
431 DOMESTICA
99325 08/04/2021 12:21 CNH Documento de Identificação
435
99325 08/04/2021 12:21 Comprovante de residência Documento de Identificação
437
99325 08/04/2021 12:21 Certidão de Casamento Documento de Identificação
438
99325 08/04/2021 12:21 Registro BO Documento de Comprovação
439
99325 08/04/2021 12:21 Guia Corpo e Delito Documento de Comprovação
441
99325 08/04/2021 12:21 Procuração Modelo Procuração
442
99325 08/04/2021 12:21 Foto 01 Documento de Comprovação
444
445
446
448
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA
Comarca de Salvador
4ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher
Rua Tingui, Fórum Ruy Barbosa, sala 24, Centro - CEP 40040-310,
Fone: (71) 3320-6824 / 99901-9351, Salvador-BA - E-mail: 4vvdmulher@tjba.jus.br
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
PROCESSO: 8035987-11.2021.8.05.0001
CLASSE: MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA (LEI MARIA DA PENHA) CRIMINAL (1268)
ASSUNTO: [Decorrente de Violência Doméstica, Contra a Mulher]
AUTOR: AUTORIDADE: JACIRA ANTONELLI VELOSO
RÉU: AUTORIDADE: MICHELE PINHEIRO GOMES
A ofendida, JACIRA ANTONELLI VELOSO, por intermédio de advogado constituído, requereu

medidas protetivas de urgência previstas no art. 22 da Lei nº 11.340/2006 em face de MICHELE
PINHEIRO GOMES.
Consta dos autos a certidão de ocorrência emitida pela autoridade policial, inserido no protocolo
BO nº 01241/21, ID nº 99325439.
Alega a ofendida que ao pedir à requerida o ventilador que se encontrava no quarto, a mesma o
arremessou em sua direção e ainda lhe desferiu tapas no rosto e no corpo.
A inicial veio acompanhada dos documentos de ID nº 99325444, 99325445, 99325446 e

99325448.
Vieram os autos conclusos.
Éo breve relatório. Decido.
Da análise perfunctória dos fatos, verifico que a hipótese comporta o pleiteado deferimento das
medidas requeridas.
Os elementos trazidos contém indícios suficientes para, ao menos, conferir verossimilhança à

narrativa.
Imperioso ressaltar, no contexto, que os episódios de violência doméstica contra a mulher

ocorrem amiúde em ambiente familiar, praticados ordinariamente na clandestinidade, sem a
Assinado eletronicamente por: RAYMUNDO CESAR DORIA COSTA - 09/04/2021 20:38:16 Num. 99767801 - Pág. 1
https://pje.tjba.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21040920381618900000096950937
Número do documento: 21040920381618900000096950937
presença de testemunha presencial ou terceiros desinteressados.
Diante disso, em demandas dessa natureza, as alegações da vítima adquirem especial relevo, no
escopo de conferir maior eficácia à Lei n.º 11.340/2006, diploma legal constitucionalmente
fulcrado no art. 226, § 8.º, da Constituição Federal.
Por conseguinte, em cognição sumária, concluo pela existência dos requisitos autorizadores para
a concessão de medidas protetivas de urgência inaudita altera pars (fumus boni iuris e periculum
in mora), consoante dispõe o art. 19 da Lei Federal, nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), haja
vista que há nos autos elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano,
bem como o risco ao resultado útil do processo.
Neste liame, a Lei Maria da Penha traçou novos parâmetros de proteção à mulher no âmbito de
suas relações domésticas, destacando-se aqui, como objetivo primordial, a preservação de sua
integridade física, sexual, patrimonial, psicológica e moral. Nesse contexto, as medidas protetivas
de urgência podem surtir efeito positivo na coibição dos atos de violência doméstica e familiar
contra a mulher, eis que são claras e auto-explicativas, devendo ser deferidas para evitar males
maiores que o já experimentado pela ofendida, quiça, fatos irreparáveis e irreversíveis.
O art. 22 da Lei nº 11.340/2006 diz que constatada a prática de violência doméstica e familiar
contra a mulher, o juiz poderá aplicar ao agressor, de imediato, em conjunto ou separadamente,
medidas protetivas de urgência.
Considerando, ademais que se trata de pedido liminar, podendo ser alterada a qualquer momento
da instrução, e a fim de garantir a integridade física de ambas as partes, entendo que o
deferimento das medidas poderá causar menor prejuízo do que seu desatendimento.
Assim sendo, visando evitar a reiteração da prática de violência doméstica contra a vítima, com
arrimo no art. 19, § 1.º, da Lei 11.340/06, defiro o pedido formulado, para aplicar à suposta
agressora, sem sua oitiva prévia, as medidas elencadas no art. 22, II e III, alíneas “a” , "b" e “c”
da mesma lei:
1) afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida situado à Rua Parambu,
nº 505, Edifício Residencial São Francisco, apt 1301, Luiz Anselmo, Salvador-Bahia.
2) proibição do requerido se aproximar da vítima, preservando a distância de 200 (duzentos)

metros, inclusive proibido de frequentar lugares em que saiba da presença da vítima.
3) proibição de contato com a ofendida, familiares e testemunhas, por qualquer meio de

comunicação, a exemplo de telefonemas, mensagens eletrônicas de texto, de voz, e-mail's, redes
sociais (Facebook, Instagram etc) ou aplicativos de celular como WhatsApp e Telegram, dentre
outros semelhantes.
4) proibição de frequentar os endereços da residência e trabalho da vítima.
Assento, ainda, que as restrições de contato e aproximação são recíprocos, devendo ser
observadas, de igual forma, pela requerente.
As medidas protetivas ora decretadas produzirão efeitos a partir da intimação da requerida, sem
prejuízo de serem revistas, substituídas ou majoradas, se as circunstâncias demonstrarem
necessidade.
Intime-se a representada, dando-lhe ciência desta decisão.
CIENTIFIQUE-SE que a vítima, pessoalmente, através de mandado, ou qualquer outro meio de
comunicação, de que deverá informar, por meio de advogado, Defensoria Pública ou diretamente
na Secretaria: a) a cessação do risco, para fins de revogação das medidas, se for o caso; b) se
necessária a manutenção, revisão, substituição ou majoração, recomenda-se que a vítima se
manifeste no prazo de 06 (seis) meses, a contar da sua intimação, esclarecendo se continua
inserida em ambiente de violência doméstica e familiar, de forma a vir aos autos notícias acerca
da persistência de risco concreto, real e iminente suportado por ela, após o qual maiores
elementos advirão para análise de eventual revogação/prorrogação das MPU outrora concedidas
e c) qualquer mudança de endereço, sob pena de revogação da medida, pois é dever da parte
manter atualizado o juízo em relação à referida mudança, seja temporária ou definitiva, sob pena
de inviabilização da prestação jurisdicional, nos termos do disposto no art. 77, V, do Código de
Processo Civil.
ADVIRTA-SE, ainda, a acionada sobre a possibilidade de decretação da prisão preventiva, em

caso de descumprimento das medidas estabelecidas, com fulcro no art. 313, III do Código de
Processo Penal, o que pode, inclusive, configurar crime, nos termos do art. 24-A, Lei Maria da
Penha, bem como da aplicação das medidas previstas no art. 536, §1º do Código de Processo
Civil, com a imposição de multa e requisição de auxílio da força policial, caso necessário para a
segurança da vítima ou, ainda, se as circunstâncias assim o exigirem (art. 22, §1º e §4º, Lei n.º
11.430/2006).
Desde logo AUTORIZO o uso das prerrogativas do art. 212, § 2º, CPC, observando-se, caso
necessário, os termos do art. 252, mesmo Diploma, e art. 362, CPP.
Este Juízo deliberará, oportunamente, acerca do encaminhamento do caso ao Setor

Multidisciplinar.
A presente DECISÃO tem força de MANDADO DE INTIMAÇÃO e OFÍCIO, observando-se os

princípios da instrumentalidade das formas e economia processual.
Diligências necessárias.
SALVADOR-BA., 9 de abril de 2021
RAYMUNDO CESAR DÓRIA COSTA
Juiz de Direito
Tribunal de Justiça da Bahia
4ª Vara da Violência Domestica e Familiar Contra a Mulher
Comarca - Salvador.Ba
CERTIDÃO
Certifico para os devidos fins que revendo o livro

tombo do Sistema de Automação Judiciário (Saj) digital e PJE, não encontrei
nenhuma ação penal contra MICHELE PINHEIRO GOMES, brasileiro, filho de Paulo
Roberto da Silva e Maria Aparecida Pinheiro de Souza, portador da Rg. , Residente e
domiciliado na Avenida Tancredo Neves, 969, Edf Metropolitan Center, sala 404,
Caminho das Árvores, SALVADOR - BA. SEgue espelho em anexo. O referido é
verdade e dou fé.
Salvador, 8 de abril de 2021
Luiz Carlos Silva

Tec. Judiciário
Assinado eletronicamente por: ADRIANO DA SILVA OLIVEIRA - 08/04/2021 14:17:58 Num. 99532935 - Pág. 1
TJ/BA - COMARCA DE SALVADOR Emitido em : 08/04/2021 - 13:50:51
Consulta de Processos - Comprovante da Pesquisa Página: 1 de 1
Parâmetro(s) informado(s)
Listar os incidentes, ações incidentais, recursos e execuções de sentenças

Nome da parte/alcunha: michele pinheiro gomes
Tipo de documento: CPF
Número: 83418768504
Pólo: Todos
Foro: Salvador
Processos: Físicos, digitais
NÃO EXISTEM PROCESSOS COM O(S) PARÂMETRO(S) ACIMA ESPECIFICADO(S)
Total de processos: 0
SAJ/PG5 SOFTPLAN
Assinado eletronicamente por: ADRIANO DA SILVA OLIVEIRA - 08/04/2021 14:17:57 Num. 99532939 - Pág. 1
EM PDF
Assinado eletronicamente por: JOSE MARCOS DE MATOS NETO - 07/04/2021 13:20:44 Num. 99325427 - Pág. 1
Ao Juízo de Uma das Varas Esp. de Violência Doméstica e
Familiar Contra a Mulher Desta Capital(BA).
JACIRA ANTONELLI VELOSO brasileira, em união estável,

contadora, inscrito sob CPF de n° 352.706.245-91, filha da Sra. Cecilia Trindade
Antonelli Veloso e do Sr.º Odalberto dos Santos Veloso, residente e domiciliada à
Rua Parambu, n.º 505, Edifício Residencial São Francisco, apt 1301 , Luiz Anselmo,
CEP 40.261-015, nesta Capital(BA), com o seu procurador que este subscreve com
procuração em anexo, com endereço profissional indicado no rodapé desta, onde
recebe intimações e notificações de estilo, vem perante Vossa Excelência com o
advento no art. 19 da Lei nº 11.340 de 2006, requerer:
MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA
em face da MICHELE PINHEIRO GOMES, brasileira, casada, advogada , inscrita

sob CPF: 834.187.685-04, com endereço profissional à Av Tancredo Neves, n.º 969,
Edf Metropolitan Center, sala 404, CEP 41.820-021, Caminho das Árvores, nesta
Capital(BA), pelas razões de fato e de Direito a seguir expostas:
BREVE RELATO FÁTICO
A requerente conviveu com a sua companheira durante um lapso temporal de 12

(doze) anos, sendo 02 (dois) anos tendo constituído união estável, conforme
certidão em anexo. Ocorre que no mês de janeiro do corrente ano, estavam
separadas de fato, tendo a autora da agressão domestica retornado no mês de
marços do corrente ano para o lar.
Infelizmente no dia 23/03/2021 por volta do horário de 12h após solicitar da

suposta agressora, o ventilador no qual se encontrava no quarto, esta após sair do
quarto arremessou o referido eletrônico em cima da suposta vítima, bem como em
ato continuo, tendo-lhe deferido ainda tapas no rosto da vitima e no corpo,
conforme fotos em anexas a esta representação.
Imperioso salientar, que fora feito registro policial na delegacia especializada da

mulher localiza no bairro de Brotas e exame de corpo de delito, no qual aguarda-se
resultado, visando a preservação física psíquica e emocional da vítima que
encontra-se muito abalada
Rua Metódio Coelho, n.º 62, Ed. Cidadela Center, sala 206, Parque Bela Vista, CEP 40.279-120
Salvador – Bahia.- Tel.: (71) 98628-4177 / (71) 99994-6890. Email: marcosdemmatos@hotmail.com e
raimundononatoadv@hotmail.com
Página 1 de 4
DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
Diante do episódio de agressão nunca vivido pela requerente e o temor da

repetição do lamentável fato, a requerente desde o período da ocorrência, não
consegue dormir apresentando instabilidade psíquica e emocional em virtude das
ações da agressora. Nestes termos a ofendida resolveu dar um basta nesta situação
e buscar guarida do poder judiciário, se valendo das medidas protetivas de urgência
estabelecidas na Lei nº 11.340 de 2006.
Neste contexto a jurisprudência possui o seguinte entendimento referente a

aplicabilidade das medidas protetivas de forma preventiva, coibindo os atos da
agressão no âmbito familiar nos seguintes termos, veja-se;
APELAÇÃO CRIMINAL - LEI MARIA DA PENHA -

PEDIDO DE MEDIDAS PROTETIVAS - NECESSIDADE
NA SITUAÇÃO CONCRETA DOS AUTOS - RECURSO
PROVIDO EM PARTE. Sendo o réu contumaz na
prática de violência doméstica, constatada está
a necessidade do deferimento do pedido de
aplicação de medidas protetivas, determinando
seu afastamento do lar e distanciamento da
vítima, evitando-se, desta forma, que um mal
maior ocorra.” (TJ-MG - APR: 10024121130876001
MG , Relator: Eduardo Brum, Data de Julgamento:
12/02/2014, Câmaras Criminais / 4ª CÂMARA
CRIMINAL, Data de Publicação: 18/02/2014)
Cabe demonstrar ainda, que o artigo 22 da Lei 11.340 de 2006, determina que
constatada a pratica de violência doméstica e familiar contra a mulher, o juiz
poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as
seguintes medidas protetivas e urgência, dentre outras:
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e

familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz
poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou
separadamente, as seguintes medidas protetivas de
urgência, entre outras:
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas,

com comunicação ao órgão competente, nos termos
da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 ;
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência

com a ofendida;
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das

testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre
estes e o agressor;
b) contato com a ofendida, seus familiares e

testemunhas por qualquer meio de comunicação;
c) freqüentação de determinados lugares a fim de

preservar a integridade física e psicológica da ofendida;
Página 2 de 4
Diante da extensão da gravidade no qual se encontra a vitima, mister salientar o
anseio da mesma para o deferimento cumulativo de todas as hipóteses lastreadas
no referido diploma legal e mencionados acima, no intuito da preservação da sua
integridade física e psíquica, no qual vem apresentando desde a data da agressão
sofrida.
Imperioso destacar, que a ofendida tenta retomar a sua vida e suas atividade
laborais na sua plena normalidade, porém o receio da presença da agressora e
possíveis ameaças que possam surgir no decorrer dessa representação, tornam
essa retomada impossível, em virtude do abalos emocionais no qual a requerente
vem sofrido.
É inevitável, portanto, a intervenção do Estado no caso concreto para coibir mais

atitudes danosas advindas da agressora contra a ofendida.
Seguindo esta linha de raciocínio, o art. 19 do mesmo diploma legal, confere a

concessão das medidas protetivas de urgência a requerimento da ofendida,
medidas estas que serão concedidas de imediato, independentemente de audiência
das partes e de manifestação do Ministério Público, vejamos o dispositivo:
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser

concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério
Público ou a pedido da ofendida.
§ 1º As medidas protetivas de urgência poderão ser

concedidas de imediato, independentemente de
audiência das partes e de manifestação do Ministério
Público, devendo este ser prontamente comunicado.
§ 2º As medidas protetivas de urgência serão aplicadas

isolada ou cumulativamente, e poderão ser substituídas
a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre
que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados
ou violados.
§ 3º Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público

ou a pedido da ofendida, conceder novas medidas
protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas,
se entender necessário à proteção da ofendida, de seus
familiares e de seu patrimônio, ouvido o Ministério
Público.
DOS PEDIDOS
Isto posto, veem a Representante requererem a V.Exa.:
A) O afastamento da agressora do lar, domicilio ou local de

convivência;
B) Requerer também, que seja(m) cominada(s) a agressora as

proibições das seguintes condutas:
Página 3 de 4
1. Aproximação da ofendida, de seus familiares e das
testemunhas, no limite mínimo de 500 metros;
2. Contato com a ofendida, seus familiares e das

testemunhas por qualquer meio de comunicação;
3. Frequentar o seguinte local: Rua Parambu, n.º 505,

Edifício Residencial São Francisco, apt 1301 , Luiz
Anselmo, CEP 40.261-015, nesta Capital(BA).
Temos em que,
pede deferimento.
Salvador(BA), 26 de março de 2021.
Dr. MARCOS DE MATOS

OAB/BA 27898
Página 4 de 4
de Matos
Advogados
PROCURAÇÃO
Pelo presente instrumento particular de representação voluntária impressa
e digitada nas partes e ao nome outorgado por mim, JACIRA ANTONELLI
VELOSO, brasileira, em união estável, contadora, filha da Sra
CECILIA TRINDADE ANTONELLI VELOSO e ODALBERTO DOS
SANTOS VELOSO, inscrito sob CPF de n.º 352.706.245-91, residente e
domiciliada à Rua Parambu, 505 AP- 1301, Residencial, São
Francisco, Bairro; Luiz Anselmo , CEP: 40261-015, nesta Capital,
nomeia e constitui seu bastante procurador o Bel José Raimundo Nonato
de Matos, Bel. José Marcos de Matos Neto e a Bela Tarcila Dos
Santos Diógenes, inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil,
Secção Bahia sob respectivos n.º 7.995, 27898 e 66.931, com
escritório Rua Metódio Coelho, n.º 62, Ed. Cidadela Center, sala 202,
Parque Bela Vista, CEP 40.279-120, Salvador – Bahia para, outorgando-lhe
amplos poderes, inerentes ao bom e fiel cumprimento deste mandato, bem
como para o foro em geral, conforme estabelecido no artigo 105 do Código
de Processo Civil usando os poderes ora conferidos AD e ET Judicia,
especialmente junto À PROCEDIMENTOS JUJDICIAIS E EXTRA
JUDICIAIS, podendo propor outras ações e delas variar, renovar,
contestar, desistir, transigir, firmar acordos, receber citações e notificações,
receber alvará, quantia em espécie, cheque, precatório, no todo ou em
parte, levantar valores, dar quitação parcial ou plena, inclusive acordar,
interpor recursos legais, requerer e assinar tudo o que se fizer necessário
perante qualquer Repartição Pública, Federal, Estadual, Municipal,
Autarquia, Sociedade de Economia Mista, Fundações, dar e receber
quitações, substabelecer com ou sem reserva de poderes, o que darei por
firme, bom e valioso.
Salvador(BA), 26 de março de 2021.
JACIRA ANTONELLI VELOSO

CPF n.º 352.706.245-91
Salvador – Bahia.- Tel.: (71) 98628-4177 / (71) 99994-6890. Email: marcosdemmatos@outlook.com

Número: 8035987-11.2021.8.05.0001

Enviado por

Dados do documento

Descrição original:

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Número: 8035987-11.2021.8.05.0001

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

TJBA

PJe - Processo Judicial Eletrônico

4ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher

Fone: (71) 3320-6824 / 99901-9351, Salvador-BA - E-mail: 4vvdmulher@tjba.jus.br

CLASSE: MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA (LEI MARIA DA PENHA) CRIMINAL (1268)

ASSUNTO: [Decorrente de Violência Doméstica, Contra a Mulher]

AUTOR: AUTORIDADE: JACIRA ANTONELLI VELOSO

RÉU: AUTORIDADE: MICHELE PINHEIRO GOMES

A ofendida, JACIRA ANTONELLI VELOSO, por intermédio de advogado constituído, requereu

A inicial veio acompanhada dos documentos de ID nº 99325444, 99325445, 99325446 e

Vieram os autos conclusos.

Éo breve relatório. Decido.

Os elementos trazidos contém indícios suficientes para, ao menos, conferir verossimilhança à

Imperioso ressaltar, no contexto, que os episódios de violência doméstica contra a mulher

2) proibição do requerido se aproximar da vítima, preservando a distância de 200 (duzentos)

3) proibição de contato com a ofendida, familiares e testemunhas, por qualquer meio de

4) proibição de frequentar os endereços da residência e trabalho da vítima.

Intime-se a representada, dando-lhe ciência desta decisão.

CIENTIFIQUE-SE que a vítima, pessoalmente, através de mandado, ou qualquer outro meio de

ADVIRTA-SE, ainda, a acionada sobre a possibilidade de decretação da prisão preventiva, em

Este Juízo deliberará, oportunamente, acerca do encaminhamento do caso ao Setor

A presente DECISÃO tem força de MANDADO DE INTIMAÇÃO e OFÍCIO, observando-se os

SALVADOR-BA., 9 de abril de 2021

RAYMUNDO CESAR DÓRIA COSTA

4ª Vara da Violência Domestica e Familiar Contra a Mulher

Certifico para os devidos fins que revendo o livro

Salvador, 8 de abril de 2021

Luiz Carlos Silva

Listar os incidentes, ações incidentais, recursos e execuções de sentenças

NÃO EXISTEM PROCESSOS COM O(S) PARÂMETRO(S) ACIMA ESPECIFICADO(S)

JACIRA ANTONELLI VELOSO brasileira, em união estável,

MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA

em face da MICHELE PINHEIRO GOMES, brasileira, casada, advogada , inscrita

BREVE RELATO FÁTICO

A requerente conviveu com a sua companheira durante um lapso temporal de 12

Infelizmente no dia 23/03/2021 por volta do horário de 12h após solicitar da

Imperioso salientar, que fora feito registro policial na delegacia especializada da

Diante do episódio de agressão nunca vivido pela requerente e o temor da

Neste contexto a jurisprudência possui o seguinte entendimento referente a

APELAÇÃO CRIMINAL - LEI MARIA DA PENHA -

Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e

I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas,

II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência

III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:

a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das

b) contato com a ofendida, seus familiares e

c) freqüentação de determinados lugares a fim de

É inevitável, portanto, a intervenção do Estado no caso concreto para coibir mais

Seguindo esta linha de raciocínio, o art. 19 do mesmo diploma legal, confere a

Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser

§ 1º As medidas protetivas de urgência poderão ser

§ 2º As medidas protetivas de urgência serão aplicadas

§ 3º Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público

Isto posto, veem a Representante requererem a V.Exa.:

A) O afastamento da agressora do lar, domicilio ou local de

B) Requerer também, que seja(m) cominada(s) a agressora as

2. Contato com a ofendida, seus familiares e das

3. Frequentar o seguinte local: Rua Parambu, n.º 505,

Salvador(BA), 26 de março de 2021.

Dr. MARCOS DE MATOS

Salvador(BA), 26 de março de 2021.

JACIRA ANTONELLI VELOSO