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07/03/2024
Número: 0001054-27.2018.8.08.0016
Classe: APELAÇÃO CÍVEL
Órgão julgador colegiado: 4ª Câmara Cível
Órgão julgador: 013 - Gabinete Des. ROBSON LUIZ ALBANEZ
Última distribuição : 05/11/2022
Valor da causa: R$ 200.000,00
Relator: ROBSON LUIZ ALBANEZ
Processo referência: 00010542720188080016
Assuntos: Esbulho / Turbação / Ameaça
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
JOSE ANTONIO GARBELOTTO (APELANTE) JOSE MANOEL ALMEIDA BOLZAN (ADVOGADO)
DARIO ANTONIO FIORESI MOREIRA (APELADO) RENAN DE SOUZA (ADVOGADO)
UIASSANARA LESSA BRAVIN (ADVOGADO)
VALERIA GARBELOTTO (APELADO) RENAN DE SOUZA (ADVOGADO)
UIASSANARA LESSA BRAVIN (ADVOGADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
37073 05/11/2022 09:29 Petição Inicial Petição Inicial
59
42409 10/02/2023 11:33 Certidão Certidão
96
49782 18/05/2023 13:59 Despacho Despacho
95
51228 02/06/2023 21:23 Petição (outras) Petição (outras)
59
51228 02/06/2023 21:23 ZEZINHO GARBELOTTO - COMPROVAÇÃO E-MAIL Documento de comprovação
62 ENCAMINHAMENTO GUIA CUSTAS RECURSO
51228 02/06/2023 21:23 ZEZINHO GARBELOTTO - GUIA CUSTAS Documento de comprovação
60 APELAÇÃO
51228 02/06/2023 21:23 JOSE ANTONIO GARBELOTTO - QUITAÇÃO GUIA Documento de comprovação
61 CUSTAS APELAÇÃO
55543 28/07/2023 13:46 Relatório Relatório
64
56590 07/08/2023 18:03 Certidão - Disponibilização Certidão - Disponibilização
88
57226 15/08/2023 14:44 Certidão de julgamento Certidão - Julgamento
53
57538 18/08/2023 14:38 Acórdão Acórdão
33
55543 18/08/2023 14:38 Voto do Magistrado Voto
65
56990 18/08/2023 14:38 Voto Voto
70
57042 18/08/2023 14:38 Voto Voto
03
55543 18/08/2023 14:38 Ementa Ementa
66
59262 31/08/2023 23:16 Embargos de Declaração Embargos de Declaração
90
67952 04/12/2023 12:04 Despacho Despacho
95
71392 25/01/2024 17:25 Contrarrazões Contrarrazões
84
71392 25/01/2024 17:25 PARTE2- CONTRARRAZOES EMBARGOS Contrarrazôes em PDF
85 DECLARACAO- DARIO E VALERIA_compressed-13-
24
CERTIDÃO
Certifico que fora(m) gerado(s) 03 arquivo(s) digitalizado(s), os qual(is) fora(m) inserido(s) nesta data no drive da
unidade judicial competente.
Certifico que consta objeto não digitalizável às folhas 433 dos autos físicos, os quais permanecerão de posse da
unidade judiciária competente para eventual consulta enquanto tramitar o processo eletrônico.
Assinado eletronicamente por: ADRIANO DE SOUZA OST - 05/11/2022 09:29:26 Num. 3707359 - Pág. 1
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22110509292571900000003621604
Número do documento: 22110509292571900000003621604
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PODER JUDICIÁRIO
QUARTA CÂMARA CÍVEL
Endereço: Rua Desembargador Homero Mafra, nº 60, Enseada do Suá, Vitória/ES, CEP. 29.050-906.
Telefone: 3334-2117 / 2118 / 2176 / 2750 (diretoria) - E-mail: 4acamaracivel@tjes.jus.br
PROCESSO Nº 0001054-27.2018.8.08.0016
APELAÇÃO CÍVEL (198)
APELANTE: JOSE ANTONIO GARBELOTTO
Advogados do(a) APELADO: RENAN DE SOUZA - ES22558, UIASSANARA LESSA BRAVIN - ES24291-A
Advogados do(a) APELADO: RENAN DE SOUZA - ES22558, UIASSANARA LESSA BRAVIN - ES24291-A
CERTIDÃO
https://drive.google.com/drive/folders/1ZcS-erQg1dIgwFo0e15rrAoZY5BOrRjy?usp=share_link
Assinado eletronicamente por: SABRINA FERREGUETTI MAIA - 10/02/2023 11:33:32 Num. 4240996 - Pág. 1
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23021011333278800000004134752
Número do documento: 23021011333278800000004134752
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PODER JUDICIÁRIO
4ª Câmara Cível
Endereço: Rua Desembargador Homero Mafra 60, Enseada do Suá, VITÓRIA - ES -
CEP: 29050-906
Número telefone:(27) 33342117
PROCESSO Nº 0001054-27.2018.8.08.0016
APELAÇÃO CÍVEL (198)
APELANTE: JOSE ANTONIO GARBELOTTO
APELADO: DARIO ANTONIO FIORESI MOREIRA, VALERIA GARBELOTTO
Advogado do(a) APELANTE: JOSE MANOEL ALMEIDA BOLZAN - ES23129
Advogados do(a) APELADO: RENAN DE SOUZA - ES22558, UIASSANARA LESSA BRAVIN - ES24291-A
Advogados do(a) APELADO: RENAN DE SOUZA - ES22558, UIASSANARA LESSA BRAVIN - ES24291-A
DESPACHO
preliminar arguida pelo recorrido nas contrarrazões, providência para a qual concedo-lhe o
prazo de 15 dias.
Após, conclusos.
Desembargador Relator
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/05/2023 13:59:27 Num. 4978295 - Pág. 1
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23051813592763600000004837591
Número do documento: 23051813592763600000004837591
José Manoel Almeida Bolzan
OAB-ES 23129
28 99937-1515
jmbolza@yahoo.com.br
Processo nº 0001054-27.2018.8.08.0016
Assinado eletronicamente por: JOSE MANOEL ALMEIDA BOLZAN - 02/06/2023 21:23:46 Num. 5122859 - Pág. 1
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23060221234647400000004975303
Número do documento: 23060221234647400000004975303
José Manoel Almeida Bolzan
OAB-ES 23129
28 99937-1515
jmbolza@yahoo.com.br
Destaca-se a jurisprudência:
Assinado eletronicamente por: JOSE MANOEL ALMEIDA BOLZAN - 02/06/2023 21:23:46 Num. 5122859 - Pág. 2
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23060221234647400000004975303
Número do documento: 23060221234647400000004975303
José Manoel Almeida Bolzan
OAB-ES 23129
28 99937-1515
jmbolza@yahoo.com.br
Assinado eletronicamente por: JOSE MANOEL ALMEIDA BOLZAN - 02/06/2023 21:23:46 Num. 5122859 - Pág. 3
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23060221234647400000004975303
Número do documento: 23060221234647400000004975303
Assinado eletronicamente por: JOSE MANOEL ALMEIDA BOLZAN - 02/06/2023 21:23:46 Num. 5122862 - Pág. 1
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23060221234677700000004975306
Número do documento: 23060221234677700000004975306
DUA - PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO NÚMERO DUA PJES
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
JUIZO
CONCEIÇÃO DO CASTELO
220206233
CNPJ: 27.476.100/0001-45
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Processo 1ª Instância: 0001054-27.2018.8.08.0016
Classe: 198 - Apelação Cível - PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO
Valor da Causa: R$ 200.000,00
Conta de Custas n.: 922093370
Detalhamento: 0,25% do Valor da Causa com o mínimo de 135 VRTEs.
Sanção Pecuniária nos termos do Art. 1.007 § 4º do CPC.
Pagável no Banestes, Banco do Brasil, Bradesco, Bancoob/Sicoob, Caixa Econômica Federal/Lotérica, REFERÊNCIA:2022
Itaú-Unibanco e Santander, exclusivamente nos canais de recebimento por eles disponibilizados, conforme VIGÊNCIA ATÉ:
previsto no art. 29 da Portaria nº 13-R de 15/08/2017. 2022
Via do Contribuinte
220206233 COMARCA
CONCEIÇÃO DO CASTELO
REFERÊNCIA: 2022
VIGÊNCIA: 2022
Assinado eletronicamente por: JOSE MANOEL ALMEIDA BOLZAN - 02/06/2023 21:23:47 Num. 5122860 - Pág. 1
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23060221234697800000004975304
Número do documento: 23060221234697800000004975304
SISBB - SISTEMA DE INFORMACOES BANCO DO BRASIL
10/11/2022 - AUTO-ATENDIMENTO - 09.14.29
1786801786
COMPROVANTE DE PAGAMENTO
Assinado eletronicamente por: JOSE MANOEL ALMEIDA BOLZAN - 02/06/2023 21:23:47 Num. 5122861 - Pág. 1
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23060221234719800000004975305
Número do documento: 23060221234719800000004975305
APELAÇÃO CÍVEL Nº 0001054-27.2018.8.08.0016
RELATÓRIO
Trata-se de apelação interposta por JOSÉ ANTONIO GARBELOTTO em face da sentença que
julgou improcedente a ação de reintegração de posse de origem e procedente a reconvenção.
Em suas razões, o apelante/autor afirmou que a prova testemunhal comprovou a posse injusta dos
apelados/réus, e que os documentos acostados evidenciaram sua propriedade sobre o bem em debate, de modo a ação
matriz deveria ter sido julgada procedente.
Outrossim, sustentou que inexiste prova acerca das benfeitorias alegadas pela parte
apelada/reconvinte, não havendo que se falar em danos materiais indenizáveis.
Desembargador Relator
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 28/07/2023 13:46:33 Num. 5554364 - Pág. 1
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23072813463382900000005386197
Número do documento: 23072813463382900000005386197
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PODER JUDICIÁRIO
4ª Câmara Cível
Endereço: Rua Desembargador Homero Mafra 60, Enseada do Suá,
VITÓRIA - ES - CEP: 29050-906
Número telefone:(27) 33342117
PROCESSO Nº 0001054-27.2018.8.08.0016
APELAÇÃO CÍVEL (198)
APELANTE: JOSE ANTONIO GARBELOTTO
CERTIDÃO
Certifico que a pauta da Sessão do dia 14/08/2023 foi disponibilizada no Diário da Justiça em
02/08/2023.
Assinado eletronicamente por: BRUNA STEFENONI QUEIROZ - 07/08/2023 18:03:24 Num. 5659088 - Pág. 1
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23080718032402000000005487423
Número do documento: 23080718032402000000005487423
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PODER JUDICIÁRIO
4ª Câmara Cível
Endereço: Rua Desembargador Homero Mafra 60, Enseada do Suá,
VITÓRIA - ES - CEP: 29050-906
Número telefone:(27) 33342117
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
27ª Sessão Ordinária de Processos Eletrônicos - PJE
VITÓRIA-ES, 14/08/2023.
Assinado eletronicamente por: BRUNA STEFENONI QUEIROZ - 15/08/2023 14:44:25 Num. 5722653 - Pág. 1
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23081514442556900000005548187
Número do documento: 23081514442556900000005548187
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PODER JUDICIÁRIO
PROCESSO Nº 0001054-27.2018.8.08.0016
APELAÇÃO CÍVEL (198)
APELANTE: JOSE ANTONIO GARBELOTTO
APELADO: DARIO ANTONIO FIORESI MOREIRA e outros
RELATOR(A):ROBSON LUIZ ALBANEZ
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EMENTA
I – Nas ações possessórias é ônus da parte Autora demonstrar os elementos descritos no art. 561 do CPC.
II – Nos termos do enunciado 239 da III Jornada de Direito Civil, na falta de demonstração inequívoca de posse
que atenda à função social, deve-se utilizar a noção de "melhor posse" para o julgamento das ações
possessórias.
III - A discussão acerca da propriedade é incabível na vida do procedimento especial de reintegração de posse;
decerto que, não é possível a fungibilidade entre ações possessórias e petitórias.
IV – Sendo precária a posse, forçosa a indenização pelos prejuízos materiais causados ao possuidor legítimo.
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ACÓRDÃO
Composição de julgamento: 013 - Gabinete Des. ROBSON LUIZ ALBANEZ - ROBSON LUIZ
ALBANEZ - Relator / 018 - Gabinete Des. ARTHUR JOSÉ NEIVA DE ALMEIDA - ARTHUR JOSE
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/08/2023 14:38:53 Num. 5753833 - Pág. 1
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23081814385341300000005577989
Número do documento: 23081814385341300000005577989
NEIVA DE ALMEIDA - Vogal / 031 - Gabinete Des. Convocado JAIME FERREIRA ABREU -
JAIME FERREIRA ABREU - Vogal
VOTOS VOGAIS
018 - Gabinete Des. ARTHUR JOSÉ NEIVA DE ALMEIDA - ARTHUR JOSE NEIVA DE ALMEIDA
(Vogal)
Proferir voto escrito para acompanhar
031 - Gabinete Des. Convocado JAIME FERREIRA ABREU - JAIME FERREIRA ABREU (Vogal)
Proferir voto escrito para acompanhar
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RELATÓRIO
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NOTAS TAQUIGRÁFICAS
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VOTO VENCEDOR
VOTO
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/08/2023 14:38:53 Num. 5753833 - Pág. 2
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23081814385341300000005577989
Número do documento: 23081814385341300000005577989
Inicialmente, afasto a ocorrência de deserção suscitada nas
contrarrazões de apelação. Isso porque, o apelante demonstrou o devido recolhimento
do preparo pelos documentos de ID 5122859, na forma prevista no art. 1.007, §4º do
CPC.
I - a sua posse;
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/08/2023 14:38:53 Num. 5753833 - Pág. 3
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23081814385341300000005577989
Número do documento: 23081814385341300000005577989
pela qual o registro constou o nome do requerente, ora recorrente.
Pois bem.
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/08/2023 14:38:53 Num. 5753833 - Pág. 4
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23081814385341300000005577989
Número do documento: 23081814385341300000005577989
A participação do causídico na dissolução fora mencionada por diversas
outras testemunhas, dando verossimilhança às suas afirmações (AIJ de fls. 432/433).
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/08/2023 14:38:53 Num. 5753833 - Pág. 5
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23081814385341300000005577989
Número do documento: 23081814385341300000005577989
dos bens, amparando a quem lhes imprima uso regular, ainda que
dissociado de (ou mesmo contrário a) um título de propriedade. 2) Quem
busca proteção possessória tem o ônus de demonstrar a situação fática
preexistente, o exercício do poder físico sobre a coisa em momento
anterior à turbação ou ao esbulho, nos molde do art. 561, do CPC/15. 3)
O autor, ora apelado, não logrou demonstrar que exercia a posse
anterior do imóvel em testilha. As provas por ele produzidas um
documento de doação da casa e um contrato de suposta locação são
incapazes de demonstrar que teria dado função social ao imóvel em
testilha. Ademais, a posse é poder fático. É efetivo exercício das
faculdades de uso e gozo no plano empírico e não meramente
jurídico/virtual. 4) À míngua de prova do prévio exercício de
poderes físicos sobre o bem, improcede o pleito de reintegração, já
que [...] O possuidor que se julga esbulhado deve demonstrar a
atualidade da posse ao tempo do esbulho, o que é incompatível com a
sua virtualidade, percebida com aquele que não exercia efetivamente o
poder fático na coisa (FARIAS, Cristiano Chaves de; RONSEVALD,
Nelson. Direitos reais . 7 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2011. p. 151).
5) Recurso provido, para reformar a sentença objurgada e julgar
improcedente o pedido de reintegração. (TJ-ES - AC:
00436129320148080035, Relator: ELIANA JUNQUEIRA MUNHOS
FERREIRA, Data de Julgamento: 03/11/2020, TERCEIRA CÂMARA
CÍVEL, Data de Publicação: 14/12/2020)
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/08/2023 14:38:53 Num. 5753833 - Pág. 6
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23081814385341300000005577989
Número do documento: 23081814385341300000005577989
2. Em ação possessória, discute-se apenas a situação jurídica de
posse relativa às partes em litígio, sendo, por isso, estranho aos
lindes da via eleita qualquer discussão que remeta à propriedade, o
que é possível apenas quando ambos os litigantes discutem a
posse com base na propriedade. Logo, a alegação de direito de
propriedade sobre o imóvel não elide ou afasta a possibilidade de
concessão de proteção possessória àquele que demonstra melhor
posse que o proprietário (art. 1.210, § 2º, do CC). 3. No que diz
respeito às ações possessórias, os arts. 560 e 561 do CPC
estabelecem que o possuidor tem direito de ser reintegrado na
posse em caso de esbulho, devendo, para tanto, provar: a sua
posse, o esbulho praticado pelo réu, a data do esbulho e a perda da
posse. 5. Não tendo a parte autora se desincumbido do ônus processual
de comprovar a ocorrência do esbulho supostamente praticado pela
parte ré, uma vez que a posse da apelada, para efeito possessório, é
plenamente justa, merece ser mantida a sentença que julgou
improcedente o pedido reintegratório. 6. Apelação conhecida e não
provida. (TJ-DF 07077840420178070007 DF 0707784-
04.2017.8.07.0007, Relator: SIMONE LUCINDO, Data de Julgamento:
12/09/2018, 1ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE:
04/10/2018. Pág.: Sem Página Cadastrada.)
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/08/2023 14:38:53 Num. 5753833 - Pág. 7
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23081814385341300000005577989
Número do documento: 23081814385341300000005577989
DEVIDOS DURANTE O PERÍODO DA MORA. - Na ação de
reintegração de posse, deve ser concedida a posse à parte que
comprove a posse e sua respectiva perda pelo esbulho praticado pela
parte contrária, nos termos do artigo 561 do CPC. Comprovando a
parte autora a posse precária da parte ré sobre o bem, decorrente
da relação de comodato verbal e o esbulho praticado, impõe-se a
reforma da sentença que julgou improcedente o pedido de
reintegração de posse - Após a notificação do comodatário para
devolver o bem, não havendo a devolução, é devido o pagamento de
aluguéis, decorrentes da fruição do bem. (TJ-MG - AC:
10000200275659002 MG, Relator: Joemilson Donizetti Lopes (JD
Convocado), Data de Julgamento: 01/04/2022, Câmaras Cíveis / 15ª
CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 06/04/2022)
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/08/2023 14:38:53 Num. 5753833 - Pág. 8
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23081814385341300000005577989
Número do documento: 23081814385341300000005577989
“R$28.957,86”, ou “74,23” sacas de café.
É fato nos autos que o autor esbulhou a posse exercida pela reconvinte
(conclusão inafastável da improcedência do pedido possessório,
entendimento já firmado).
Por outro lado, parece-me que o laudo de fls. 312 a 327 não destoa
das demais provas produzidas, tendo a oral inclusive afirmado que
o demandante podou a lavoura em idade não oportuna.
É como voto.
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/08/2023 14:38:53 Num. 5753833 - Pág. 9
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23081814385341300000005577989
Número do documento: 23081814385341300000005577989
ROBSON LUIZ ALBANEZ
Desembargador Relator
______________________________________________________________________________
___________________________________________________
ACOMPANHO O E. DES. RELATOR PARA CONHECER DO RECURSO INTERPOSTO E, NO MÉRITO, NEGAR-LHE PROVIMENTO.
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/08/2023 14:38:53 Num. 5753833 - Pág. 10
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Número do documento: 23081814385341300000005577989
APELAÇÃO CÍVEL Nº 0001054-27.2018.8.08.0016
VOTO
I - a sua posse;
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 10/08/2023 16:51:24, ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/08/2023 14:38:51 Num. 5554365 - Pág. 1
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II - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;
Pois bem.
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A Sra. Maria de Lourdes Fioroti Cabral, cujas declarações encontram-se
na ata notarial de fls. 303/304, afirmou, em apertada síntese, que trabalhou para a
família Garbelotto por 23 (vinte e três) anos e que, quando da dissolução da sociedade
de fato já mencionada alhures, a propriedade em debate ficou para o genitor da
segunda requerida/apelada, que somente não registrou em seu nome por questões
fiscais.
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Número do documento: 23081814385173500000005386198
parágrafo único do art. 507 do Código Civil /1916”; decerto que, no caso em apreço, a
melhor posse, em meu sentir, encontra-se a cargo da segunda requerida, ora apelada.
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 10/08/2023 16:51:24, ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/08/2023 14:38:51 Num. 5554365 - Pág. 4
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Número do documento: 23081814385173500000005386198
sua virtualidade, percebida com aquele que não exercia efetivamente o
poder fático na coisa (FARIAS, Cristiano Chaves de; RONSEVALD,
Nelson. Direitos reais . 7 ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2011. p. 151).
5) Recurso provido, para reformar a sentença objurgada e julgar
improcedente o pedido de reintegração. (TJ-ES - AC:
00436129320148080035, Relator: ELIANA JUNQUEIRA MUNHOS
FERREIRA, Data de Julgamento: 03/11/2020, TERCEIRA CÂMARA
CÍVEL, Data de Publicação: 14/12/2020)
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 10/08/2023 16:51:24, ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/08/2023 14:38:51 Num. 5554365 - Pág. 5
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23081814385173500000005386198
Número do documento: 23081814385173500000005386198
plenamente justa, merece ser mantida a sentença que julgou
improcedente o pedido reintegratório. 6. Apelação conhecida e não
provida. (TJ-DF 07077840420178070007 DF 0707784-
04.2017.8.07.0007, Relator: SIMONE LUCINDO, Data de Julgamento:
12/09/2018, 1ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE:
04/10/2018. Pág.: Sem Página Cadastrada.)
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 10/08/2023 16:51:24, ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/08/2023 14:38:51 Num. 5554365 - Pág. 6
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Número do documento: 23081814385173500000005386198
Destarte, acaso o Autor/Apelante pretenda demonstrar e discutir sua
propriedade sobre o bem deverá demandar na via própria, haja vista que, como
sabido, não é possível a fungibilidade entre ações possessórias e petitórias.
É fato nos autos que o autor esbulhou a posse exercida pela reconvinte
(conclusão inafastável da improcedência do pedido possessório,
entendimento já firmado).
Por outro lado, parece-me que o laudo de fls. 312 a 327 não destoa
das demais provas produzidas, tendo a oral inclusive afirmado que
o demandante podou a lavoura em idade não oportuna.
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 10/08/2023 16:51:24, ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/08/2023 14:38:51 Num. 5554365 - Pág. 7
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Número do documento: 23081814385173500000005386198
apresentadas.
É como voto.
Desembargador Relator
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 10/08/2023 16:51:24, ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/08/2023 14:38:51 Num. 5554365 - Pág. 8
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Número do documento: 23081814385173500000005386198
ACOMPANHO O E. DES. RELATOR PARA CONHECER DO RECURSO INTERPOSTO E, NO MÉRITO, NEGAR-LHE PROVIMENTO.
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/08/2023 14:38:52 Num. 5699070 - Pág. 1
https://pje.tjes.jus.br/pje2g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23081814385226800000005525623
Número do documento: 23081814385226800000005525623
Acompanho o voto proferido pelo E. Relator.
Assinado eletronicamente por: ARTHUR JOSE NEIVA DE ALMEIDA - 14/08/2023 13:37:59, ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/08/2023 14:38:52
Num. 5704203 - Pág. 1
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APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA POSSE.
IMPROCEDÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE DISCUSSÃO SOBRE A PROPRIEDADE. RECONVENÇÃO. COLHEITA
REALIZADA ANTECIPADAMENTE PELO ESBULHADOR. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.
I – Nas ações possessórias é ônus da parte Autora demonstrar os elementos descritos no art. 561 do CPC.
II – Nos termos do enunciado 239 da III Jornada de Direito Civil, na falta de demonstração inequívoca de posse
que atenda à função social, deve-se utilizar a noção de "melhor posse" para o julgamento das ações
possessórias.
III - A discussão acerca da propriedade é incabível na vida do procedimento especial de reintegração de posse;
decerto que, não é possível a fungibilidade entre ações possessórias e petitórias.
IV – Sendo precária a posse, forçosa a indenização pelos prejuízos materiais causados ao possuidor legítimo.
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 18/08/2023 14:38:51 Num. 5554366 - Pág. 1
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Processo nº 0001054-27.2018.8.08.0016
Embargante/Autor: José Antônio Garbelotto
Embargados/Requeridos: Dário Antônio Fiorese Moreira e Valéria Garbelotto
Assinado eletronicamente por: JOSE MANOEL ALMEIDA BOLZAN - 31/08/2023 23:16:45 Num. 5926290 - Pág. 1
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1. TEMPESTIVIDADE E CABIMENTO
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2. RAZÕES: OBSERVÂNCIA AOS PRECEITOS DOS ARTS. 5º, INCISOS XXXV E LV, E 93,
INCISO IX DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL; ART. 1.022 E SS. E ART. 489, §1º DO NOVO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
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[...]
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão
públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade,
podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias
partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a
preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não
prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
[...]
[...]
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito.
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[...]
A apreciação de lesão ou ameaça a Direito pelo Poder Judiciário, por sua vez,
subordina-se a outro preceito constitucional, qual seja, a observância ao
contraditório e à ampla defesa, previsto no art. 5º, inciso LV da Constituição
Federal:
[...]
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa,
com os meios e recursos a ela inerentes;
[...]
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EMENTA
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO DA POSSE. IMPROCEDÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE
DISCUSSÃO SOBRE A PROPRIEDADE. RECONVENÇÃO. COLHEITA
REALIZADA ANTECIPADAMENTE PELO ESBULHADOR. RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO.
I – Nas ações possessórias é ônus da parte Autora demonstrar os
elementos descritos no art. 561 do CPC.
II – Nos termos do enunciado 239 da III Jornada de Direito Civil, na falta
de demonstração inequívoca de posse que atenda à função social,
deve-se utilizar a noção de "melhor posse" para o julgamento das
ações possessórias.
III - A discussão acerca da propriedade é incabível na vida do
procedimento especial de reintegração de posse; decerto que, não
é possível a fungibilidade entre ações possessórias e petitórias.
Assinado eletronicamente por: JOSE MANOEL ALMEIDA BOLZAN - 31/08/2023 23:16:45 Num. 5926290 - Pág. 7
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VOTO
Consoante relatado, cinge-se o presente apelo a analisar a
juridicidade da sentença que julgou improcedente a ação de
reintegração de posse de origem e procedente a reconvenção.
Em suas razões, o apelante/autor afirmou que a prova testemunhal
comprovou a posse injusta dos apelados/réus, e que os documentos
acostados evidenciaram sua propriedade sobre o bem em debate,
de modo a ação matriz deveria ter sido julgada procedente.
Outrossim, sustentou que inexiste prova acerca das benfeitorias
alegadas pela parte apelada/reconvinte, não havendo que se falar
em danos materiais indenizáveis.
Inicialmente, afasto a ocorrência de deserção suscitada nas
contrarrazões de apelação. Isso porque, o apelante demonstrou o
devido recolhimento do preparo pelos documentos de ID 5122859, na
forma prevista no art. 1.007, §4º do CPC.
Sendo assim, passo ao exame do apelo o que o faço, adianto, no
sentido de negar-lhe provimento.
Examinando os autos, verifico que, na origem, cuida-se de ação
possessória lastreada em possível esbulho e, como tal, é ônus da parte
autora demonstrar os elementos descritos no art. 561 do CPC, in verbis:
Art. 561. Incumbe ao autor provar:
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I - a sua posse;
II - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;
III - a data da turbação ou do esbulho;
IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação de
manutenção, ou a perda da posse, na ação de reintegração.
Colhe-se dos autos que o requerente/apelante alegou ser legítimo
possuidor de imóvel localizado em Jatobá, na Comarca de
Conceição Castelo, o qual lhe coube quando da dissolução da
sociedade de fato que possuía junto com seus primos Edi Garbelotto
e o falecido Valerino Garbelotto. Afirmou, também, que é responsável
pelo pagamento do CAR e CCIR da propriedade.
Aduziu, ainda, que em 2013, permitiu que a segunda
requerida/apelada administrasse a propriedade provisoriamente,
todavia, em 2018, esta transferiu a administração do local ao primeiro
requerido/apelado, o qual informou ao autor/apelante que o teria
arrendado.
Em sua defesa, os requeridos/apelados argumentaram que o autor
jamais teve a posse do bem em debate, o qual foi adquirido por
Valerino Garbelotto, genitor da segunda ré, em 1997, do Sr. José
Guarnier Moreira. Esclareceram que a propriedade foi adquirida pela
sociedade de fato existente entre os Garbelotto, razão pela qual o
registro constou o nome do requerente, ora recorrente.
Disseram, ainda, que quando da dissolução da sociedade de fato,
em 2005, o imóvel em questão coube ao pai da segunda requerida,
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Nota-se que a realização desta reunião em momento algum foi descrita pelos
Embargados, que tinham conhecimento da realização da mesma e anda assim
em momento algum impugnaram esta descrição narrada na peça vestibular.
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DISSE QUE PORQUE ESSE TERRENO NÃO ESTAVA NO INVENTARIO PARA NÃO
PAGAR MUITO IMPOSTO E DEIXAR ISSO PARA RESOLVER DEPOIS ...”
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A declaração da Sra. Maria de Lourdes Fioroti Cabral em ata notarial fls. 303/304
diz que quando da dissolução da sociedade de fato a propriedade em debate
ficou para o genitor da segunda Embargada, que somente não registrou em
seu nome por questões fiscais, porém não descreveu que o genitor da segunda
Embargada, negociou esta propriedade com o Embargante em troca de outra
propriedade na localidade de Ribeiro da Conceição, zona rural do município
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O Sr. Pedro Guilhermino, em sua declaração fl. 305/307 disse que nunca viu
Zezinho (Embargante/Autor) na propriedade localizada em Jatobá, porém
descreve no item 6 desta declaração em ata notarial que “Zezinho Garbelotto
(José Antonio Garbelotto) tem urna propriedade no Jatobá sim, já tendo
inclusive o Declarante ido até ela cortar cana, podendo garantir que não é a
propriedade que confronta-se com Dário Antonio Fioresi Moreira, José Assis
Belisário, e com os Herdeiros de José Guarnier Moreira, ou seja, localizada em
outra parte da Comunidade”. Contudo, o Embargante somente possui esta
parte na comunidade de Jatobá, não existindo outra parte em comunidade
diversa com divisa com Dário Antônio Fioresi, José Assis Belisário e com os
herdeiros de José Guarnier Moreira.
Contudo, paira dúvidas para desmascarar todo este enredo nas declarações
firmadas em ata notarial, a declaração prestada pela testemunha José
Gonçalves Mâncio que disse em seu depoimento perante o Juízo de primeiro
piso desconhecer a lavratura do presente documento perante o Juízo a quo,
negando que tenha comparecido ao Cartório de Notas e assinado qualquer
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A prova oral produzida pela testemunha Antônio José em sua oitiva elucidou
somente que trabalhou para os irmãos Garbelotto na dissolução da sociedade
de fato mantida entre eles, tendo a propriedade em litígio sido arrematada pelo
Sr. Valerino, genitor da segunda Embagada, porém não soube informar se esta
propriedade havia sido negociada com o Embargante/Autor em troca de uma
outra propriedade na localidade de Ribeiro da Conceição, zona rural do
município de Conceição do Castelo/ES, pairando dúvidas sobre a destinação
da propriedade em deslinde.
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Por outro lado, a r. Sentença de primeiro piso é silente quanto a dúvida sobre a
legítima posse no imóvel em deslinde, descrevendo o Magistrado que “...
todavia, as testemunhas não corroboraram a prova documental de fls. 99 a 106,
indicando precisamente que Edi, o Autor e Valerino adquiriram a propriedade
plena, ora controvertida...” e que “das provas orais, cerne da instrução
probatória, não se extrai unanimidade durante a instrução probatória quanto a
efetiva posse da área em comento, até ao menos 2018 ...”.
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obtenção de sua única fonte de renda por meio da colheita dos frutos da
lavoura de café.
Sendo assim, o conjunto de provas carreado pelos Embargados é por sua vez
frágil e deficitário para embasar tal cunho indenizatório, não sendo
demonstrado e comprovado efetiva utilização na gleba de terras alvo desta
contenda passível de indenização por perdas e danos.
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Neste caso, entende o Embargante ter provado ser, além de proprietário, possuir
a posse na propriedade rural em deslinde, mesmo diante das provas frágeis e
controvérsias prestadas pelos depoimentos.
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Sendo assim, o conjunto de provas carreado pelos Embargados é por sua vez
frágil e deficitário para embasar tal cunho indenizatório, não sendo
demonstrado e comprovado efetiva utilização na gleba de terras alvo desta
contenda passível de indenização por perdas e danos.
3. REQUERIMENTO
Assinado eletronicamente por: JOSE MANOEL ALMEIDA BOLZAN - 31/08/2023 23:16:45 Num. 5926290 - Pág. 28
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vícios, bem como seja reconhecido seu caráter prequestionador, nos termos
dos arts. 1.022 e ss. do Novo Código de Processo Civil e da Súmula n.º 98, do
Superior Tribunal de Justiça, comprovada a existência de contradições,
omissões e obscuridades no r. Acórdão embargado, devem ser revistos,
esclarecidos e modificados, não coadunando o decisum com a verdade real
dos fatos, REQUER a Vossa Excelência, se digne a julgar PROCEDENTES os
presentes Embargos, dando-lhes o necessário provimento e efeito modificativo,
para manutenção do Embargante na posse da propriedade em deslinde, para
que se faça a mais verdadeira justiça.
Noutro giro, por fim, requer o Embargante caso seja mantido o r. Acórdão, dado
provimento quanto a reforma referente a condenação aos honorários
advocatícios, fixados em 13% (treze por cento) sobre a valor da causa na ação
principal, devendo ser aplicado o mesmo percentual no valor da condenação
Assinado eletronicamente por: JOSE MANOEL ALMEIDA BOLZAN - 31/08/2023 23:16:45 Num. 5926290 - Pág. 29
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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PODER JUDICIÁRIO
4ª Câmara Cível
Endereço: Rua Desembargador Homero Mafra 60, Enseada do Suá, VITÓRIA - ES -
CEP: 29050-906
Número telefone:(27) 33342117
PROCESSO Nº 0001054-27.2018.8.08.0016
APELAÇÃO CÍVEL (198)
APELANTE: JOSE ANTONIO GARBELOTTO
APELADO: DARIO ANTONIO FIORESI MOREIRA, VALERIA GARBELOTTO
DESPACHO
Assinado eletronicamente por: ROBSON LUIZ ALBANEZ - 04/12/2023 12:04:01 Num. 6795295 - Pág. 1
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Número do documento: 23120412040122100000006570568
EXCELENTÍSSIMO DOUTOR DESEMBARGADOR
RELATOR ROBSON LUIZ ALBANEZ DA QUARTA
CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO
ESPÍRITO SANTO
PROCESSO Nº 0001054-27.2018.8.08.0016
1- DA TEMPESTIVIDADE
Nesse sentido, verifica-se que o sistema registrou ciência acerca da oposição dos
presentes Embargos no dia 18 de dezembro de 2023. Assim, a contagem do
prazo iniciou-se no dia 19 de dezembro de 2023 (terça-feira).
Assinado eletronicamente por: UIASSANARA LESSA BRAVIN - 25/01/2024 17:25:59 Num. 7139284 - Pág. 1
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Número do documento: 24012517255913900000006896746
Contudo, em virtude do recesso forense, houve a
suspensão dos prazos processuais no período
compreendido entre os dias 20.12.2023 e 20.01.2024.
Inicialmente se faz necessário frisar que o Acórdão sob o ID 5753833, deve ser
mantido na sua integralidade, haja vista que a matéria ventilada fora
amplamente enfrentada e debatida, respeitando os direitos Constitucionais
e claramente fundamentada com as Normas Legais aplicáveis.
Assinado eletronicamente por: UIASSANARA LESSA BRAVIN - 25/01/2024 17:25:59 Num. 7139284 - Pág. 2
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Número do documento: 24012517255913900000006896746
Observa-se que o presente recurso não exerce sua
função, pelo contrário, o embargante busca a todo
custo, protelar sua obrigação para com a segunda
requerida/embargada, ou seja, evidente que o
presente recurso foi interposto de forma indiscriminada, como meio
ilegítimo de se discutir novamente questões de mérito.
Destarte, o acórdão deve ser mantido em todos os seus termos por ser questão
de direito e Justiça, visto que, conforme brilhantemente ressaltado em seu voto,
o embargante/apelante/autor não se desincumbiu de seu ônus de demonstrar a
posse precária da embargada/apelada/requerida, de forma que a manutenção da
sentença de improcedência é medida que se impõe.
Assinado eletronicamente por: UIASSANARA LESSA BRAVIN - 25/01/2024 17:25:59 Num. 7139284 - Pág. 3
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Número do documento: 24012517255913900000006896746
Da simples leitura da peça processual, qual seja
embargos declaratórios, é possível verificar facilmente
que se trata de mero inconformismo, haja vista que
o embargante, insatisfeito com o acordão que
confirmou a sentença e julgou improcedentes os seus
pedidos, busca por meio dos embargos de declaração, nova análise
probatória.
Nota-se que ilegalmente pelo meio adotado, o embargante requer nova análise
de provas documentais e relatos testemunhais já apreciados, o que veemente
deve ser rechaçado por este Tribunal.
Assinado eletronicamente por: UIASSANARA LESSA BRAVIN - 25/01/2024 17:25:59 Num. 7139284 - Pág. 4
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da III Jornada de Direito Civil, na falta de
demonstração inequívoca de posse que atenda à
função social, deve-se utilizar a noção de "melhor
posse" para o julgamento das ações possessórias. III
- A discussão acerca da propriedade é incabível
na vida do procedimento especial de reintegração de
posse; decerto que, não é possível a fungibilidade
entre ações possessórias e petitórias. IV – Sendo
precária a posse, forçosa a indenização pelos
prejuízos materiais causados ao possuidor
legítimo. V - Recurso conhecido e não provido.
PROCESSO Nº 0001054-27.2018.8.08.0016
APELAÇÃO CÍVEL (198)
APELANTE: JOSE ANTONIO GARBELOTTO
APELADO: DARIO ANTONIO FIORESI
MOREIRA e outros. RELATOR(A):ROBSON LUIZ
ALBANEZ.
Grifo nosso
“(...)”
Examinando com acuidade as provas produzidas
pelas partes, concluo deva ser mantida a
referida propriedade na posse da ora
apelada/segunda ré. E assim o digo, porque as
referidas provas convenceram-me da
veracidade da tese suscitada pela parte
demandada, ex vi do art. 371 do CPC. Explico. A
Sra. Maria de Lourdes Fioroti Cabral, cujas
declarações encontram-se na ata notarial de fls.
303/304, afirmou, em apertada síntese, que
trabalhou para a família Garbelotto por 23 (vinte e
três) anos e que, quando da dissolução da
sociedade de fato já mencionada alhures, a
propriedade em debate ficou para o genitor da
segunda requerida/apelada, que somente não
registrou em seu nome por questões fiscais. O
Sr. Pedro Guilhermino, por seu turno, registrou no
documento público de fls. 305/307, que trabalhou
para Edi e Valerino por 22 (vinte e dois) anos
como meeiro e NUNCA viu Zezinho (autor) na
propriedade localizada em Jatobá, assim como,
Assinado eletronicamente por: UIASSANARA LESSA BRAVIN - 25/01/2024 17:25:59 Num. 7139284 - Pág. 5
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Número do documento: 24012517255913900000006896746
que após a morte de Valerino, o então esposo de
sua filha Valéria foi quem assumiu os cuidados
com o local. No mesmo sentido dos declarantes
acima têm-se, ainda, as atas notariais das
pessoas de Gilberto (fls. 125/127), José Luiz (fls.
128/129), Sebastião (fls. 130/131), Márcio Renato
(fls. 108/109), entre outros. Corroborando com as
declarações documentadas citadas acima, também
fora produzida prova oral. Dentre as pessoas
ouvidas judicialmente, a testemunha Antônio José,
advogado, elucidou que trabalhou para os irmãos
Garbelotto na dissolução da sociedade de fato
mantida entre estes, tendo a propriedade em litígio
sido arrematada pelo Sr. Valerino. A participação
do causídico na dissolução fora mencionada
por diversas outras testemunhas, dando
verossimilhança às suas afirmações (AIJ de
fls. 432/433). As pessoas de Dário, Jotalino e
Adriano, cujos testemunhos foram colhidos na
mesma audiência de instrução em julgamento,
fortaleceram as declarações já mencionadas, ou
seja, no sentido de que o direito possessório em
litígio pertence à segunda requerida, ora
apelada – Sra. Valéria. O documento de fl. 97,
datado de 2016, também reforça a tese da
segunda requerida/apelada, no sentido de
que herdou de seu genitor, juntamente com
sua genitora, o imóvel em questão, o qual foi
posteriormente lhe repassado, em sua integralidade.
Neste ponto, importante citar o enunciado 239 da III
Jornada de Direito Civil: “Na falta de demonstração
inequívoca de posse que atenda à função social,
deve-se utilizar a noção de "melhor posse", com base
nos critérios previstos no parágrafo único do art. 507
do Código Civil /1916”; decerto que, no caso em
apreço, a melhor posse, em meu sentir,
encontra-se a cargo da segunda requerida, ora
apelada. Outrossim, a despeito das provas
produzidas neste caderno processual acerca da
propriedade do bem, rememoro que tal
discussão é incabível nesta via - procedimento
especial de reintegração de posse. Pelo narrado,
conclui-se que a parte Requerente, ora
Apelante, não se desincumbiu de seu ônus de
demonstrar a posse precária
dos Requeridos/Apelados, de forma que
a manutenção da Sentença de improcedência é
medida que se impõe. “(...)”.
Assinado eletronicamente por: UIASSANARA LESSA BRAVIN - 25/01/2024 17:25:59 Num. 7139284 - Pág. 6
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Grifo nosso
Grifo nosso
5- DO MÉRITO DO RECURSO
Como bem destacou o acórdão, o mérito foi entregue para a análise na forma da
apelação, todas as provas foram analisadas, e de acordo com o livre
Assinado eletronicamente por: UIASSANARA LESSA BRAVIN - 25/01/2024 17:25:59 Num. 7139284 - Pág. 7
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conhecimento motivado, o Tribunal entendeu
pela manutenção da sentença proferida pelo
juízo de primeiro grau.
Grifo nosso
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Assinado eletronicamente por: UIASSANARA LESSA BRAVIN - 25/01/2024 17:25:59 Num. 7139284 - Pág. 9
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Número do documento: 24012517255913900000006896746
“(...)” 1) O DECLARANTE afirma que tem conhecimento
de um imóvel situado na comunidade Jatobá, Conceição
do Castelo, e que fazia parte de uma sociedade que
tinha quotas de direito em relação a tal imóvel; 2) Que
essa sociedade era de fato, e que seus membros
eram VALERINO GARBELOTTO, ARQUELINO
GARBELOTTO (pai de JOSÉ ANTÔNIO
GARBELOTTO), DOMINGOS GARBELOTTO, MARCIO
GARBELOTTO E EDI GARBELOTTO; 3) Que no ano de
2005, com a anuência de todos os sócios, fora feita a
dissolução da sociedade, sendo que o Dr. Antônio José
Pereira de Souza, advogado, entregou a cada sócio uma
lista com os itens pertencentes à sociedade, sendo
facultado a cada um dar o lance sobre cada bem, sendo
que, quem desse o maior lance sobre o respectivo item da
lista, ficaria com o mesmo em caráter exclusivo; 4) Que
VALERINO GARBELOTTO deu o maior lance em
relação a metade do imóvel situado na comunidade
de Jatobá, mantendo-o em condomínio com EDI
GARBELOTTO, cada qual sendo titular de sua fração
devidamente individualizada; 5) Que o lance em
questão foi no valor de R$ 50.100,00 e que isso
consta documentado e assinado por todos os sócios, e que
todos os antigos sócios presenciaram e aceitaram os termos
bem como têm ciência, assim como seus filhos, de que tudo
veio a ser pago e corretamente dividido, cada um tendo
tomado posse exclusiva daquilo que passou a lhe pertencer
“(...)”.
Grifo nosso
10
Assinado eletronicamente por: UIASSANARA LESSA BRAVIN - 25/01/2024 17:25:59 Num. 7139284 - Pág. 10
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último foi a pessoa que vendeu tal imóvel no ano de
1997. “(...)” 12) Que após a morte de Valerino,
tenho ciência de que seus herdeiros assumiram a
titularidade e a posse de tal imóvel, sendo que o
principal interventor era a pessoa de Julimar Mistura
Zeferino, muito embora outros prepostos também tenham
atuado em favor de Valéria Garbelotto Zeferino e de sua
Mãe Maria Dassie Garbelotto e 13) Que toda a sociedade
de Conceição do Castelo, ES tem ciência de tais
fatos, de modo que é evidente que José Antonio
Garbelotto não dispõe de razões que justifiquem sua
tentativa de prejudicar Dario Antonio Fiorese
Moreira ou mesmo Valéria Garbelotto Zeferino, a
qual, atualmente e sabidamente é a dona e única
possuidora de tal imóvel “(...)”
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Garbelotto por estarem registrados em nome de
terceiros, seria dividido através de termo de acordo
extrajudicial;
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direta de tal imóvel ao cônjuge de Valéria à época,
Julimar Mistura Zeferino; 19) O DECLARANTE afirma
que, atualmente, tem conhecimento de que
Valéria Garbelotto Zeferino e sua Mãe Maria Dassie
Garbelotto dividiram as terras, e que referida
propriedade ficou em benefício exclusivo de Valéria
Garbelotto Zeferino; 20) O DECLARANTE ASSEGURA
QUE JOSÉ GARBELOTTO JAMAIS TEVE A POSSE OU
ADMINISTRAÇÃO DE TAL IMÓVEL, a qual sempre
coube a Valerino Garbelotto e a Edi Garbelotto, e,
posteriormente a morte de Valerino Garbelotto, aos
herdeiros/genro do mesmo; 21) O DECLARANTE afirma
pelo que sabe e via, que a única vez que José Garbelotto
adentrou em tal imóvel foi a aproximadamente 20 anos,
quando feita a formação do café, momento em que o
DECLARANTE, José Garbelotto, Edi Garbelotto e Celso
Frigulha laboraram, em tal imóvel, sendo os responsáveis
pela capina, plantio e formação inicial do café; 22) O
DECLARANTE garante que a referida formação se
deu a pedido e sob ordens dos proprietários Valerino
Garbelotto e Edi Garbelotto, mediante pagamento e sob
administração dos mesmos, os quais remuneravam o
DECLARANTE e a Celso Frigulha mensalmente. “(...)” 24)
O DECLARANTE assegura que jamais recebeu qualquer
contraprestação de outra pessoa que não fosse Valerino
Garbelotto ou Edi Garbelotto. “(...)” 28) O DECLARANTE
afirma ainda que o terreno tenha ficado registrado
em nome de José Garbelotto, sua participação em
tal imóvel se deu apenas da maneira, forma e pelo
período acima informados, ou seja, sob
administração e subordinação à Valerino Garbelotto
e a Edi Garbelotto, os quais, para todos os efeitos, e até
onde sabe, foram e são os únicos proprietários do imóvel.
“(...)” 33) O DECLARANTE garante que para o público
em geral, o dono de tal imóvel sempre foi a pessoa
de Valerino Garbelotto e de seus descendentes
“(...)”.
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Valerino Garbelotto e de Edi Garbelotto; 5) O
DECLARANTE garante que viu Valerino Garbelotto na
propriedade em algumas ocasiões e que Edi Garbelotto,
co-proprietário da área em questão, era quem levava
os insumos para a lavoura; 6) O DECLARANTE
afirma que logo após a morte de Valerino
Garbelotto, Pedro Guilhermino deixou a propriedade
e que quem assumiu suas atividades foi Sebastião
de Souza Alves, vulgo “Tinteiro”, o qual assumiu a
colonha, já sob administração de Valéria Garbelotto
Zeferino e de seu cônjuge Julimar Mistura Zeferino.
“(...)” 8) O DECLARANTE assegura que sempre via o
empregado “Braz” no referido local e que “Braz”
começou a trabalhar após a morte de Valerino Garbelotto;
9) O DECLARANTE afirma que após a saída de Pedro
Guilhermino, “Braz” auxiliava Julimar Mistura
Zeferino na entrega de insumos, bem como na alocação
da produção; 10) O DECLARANTE garante que desde o
momento da compra da propriedade, ocorrida em 1997, via
apenas Valerino Garbelotto e Edi Garbelotto administrando
e se beneficiando com referida propriedade. “(...)” 15) O
DECLARANTE assegura que José Belisário, seu
patrão já falecido, quando diante da necessidade de
tratar negócios ligados ao terreno, o fazia com a
pessoa de Valerino Garbelotto e Edi Garbelotto.
“(...)” 17) O DECLARANTE afirma que pelo que tem
conhecimento, José Garbelotto nunca se beneficiou
ou foi visto se beneficiando da propriedade ou da
colheita de seus frutos. “(...)” 20) O DECLARANTE
assegura que posteriormente à morte de Valerino
Garbelotto, sua titularidade veio a ser assumida por
sua filha Valéria Garbelotto Zeferino e pela viúva
Maria Dassie Garbelotto, as quais, pelo que viu e tomou
conhecimento, delegaram a administração direta de tal
imóvel ao cônjuge de Valéria Garbelotto Zeferino à época,
Julimar Mistura Zeferino; 21) O DECLARANTE afirma
que pelo que tem conhecimento, José Garbelotto
não tem a posse e nem a administração de tal
imóvel, a qual, pelo que sabe e via, sempre coube a
Valerino Garbelotto e a Edi Garbelotto, e, posteriormente a
morte de Valerino Garbelotto, aos herdeiros/genro de
mesmo. “(...)” 26) O DECLARANTE afirma que não tem
conhecimento de que José Garbelotto, haja
questionado ou reivindicado o imóvel em datas
anteriores, desconhecendo qualquer tipo de
participação do mesmo que não tenha sido aquela
que acabou de relatar; 27) O DECLARANTE garante
que para o público geral, os donos de tal imóvel
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sempre foram as pessoas de Edi Garbelotto,
Valerino Garbelotto e seus descendentes “(...)”
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l) Ata Notarial de Sebastião de Souza Alves
às fls. 130/131, ex funcionário de Valerino
Garbelotto, genitor da segunda apelada, há mais de 28
(vinte e oito) anos:
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conhecimento público e notório de tudo o que
DECLARANTE houvera mencionado; 31) Que não tem
conhecimento de que José Garbelotto haja questionado
ou reinvidicado o imóvel em datas anteriores,
desconhecendo qualquer tipo haja de participação do
mesmo que não tenha sido aquela que acabou de relatar;
32) Que para público em geral, o dono de tal imóvel
sempre foi a pessoa de Valerino Garbelottto e seus
descendentes; 33) Que após ouvido tal relato, e atestado
que o mesmo ocorreu dessa exata forma, o DECLARANTE
se presta a afirmar que trabalhou na referida área por 06
anos (entre 2011 até o final de 2017); 34) O
DECLARANTE afirma que trabalhava em regime de
parceria agrícola instituida de maneira verbal; 35) O
DECLARANTE assegura que, em conjunto com Jotalino
Fagundes Ferreira, trabalhou exercendo parceria verbal em
regime de 50% para eles e 50% para Julimar Mistura
Zeferino; 36) O DECLARANTE garante que Julimar Mistura
Zeferino fora a pessoa que os contratou, e que em vista de
tal divisão, Julimar Mistura Zeferino pagava metade dos
custos da adubação; 37) O DECLARANTE assegura que
após a separaçaõ de fato de Julimar Mistura
Zeferino e de Valéria Garbelotto Zeferino, ocorrida
em 2016, o mesmo passou a prestar contas e a
entregar a produção diretamente e exclusivamente
à Valéria Garbelotto Zeferino; 38) O DECLARANTE
garante que ele e Jotalino jamais prestaram contas de suas
atividades a terceiras pessoas que não fossem Valéria
Garbelotto Zeferino e Julimar Mistura Zeferino; 39) O
DECLARANTE afirma que por todo o período em que
esteve na área, nunca viu ou sequer ouviu
falar/tomar ciência de qualquer tipo de intervenção
promovida por José Garbelotto em tal imóvel, e que
este jamais lhe prejudicou ou questionou no regular
desempenho (u) de suas atividades, que tal pessoa jamais
compareceu em tal imóvel, por si ou por meio de terceiros,
para solicitar o emprego, modificação ou melhoramento de
qualquer questão inerente a propriedade. “(...)” 49) Que
o DECLARANTE afirma que desconhecesse qualquer
outra pessoa como sendo proprietária de tal imóvel,
que pelo que sabe e sempre viu, tal imóvel sempre
pertenceu a Valéria Garbelotto Zeferino, que não
tem conhecimento de qualquer participação de
outra pessoa na parte em que trabalhou e “(...)”
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m) Às fls. 150/172 Comprovação de pagamento
de impostos sobre a área em questão por Edi
Garbelotto, datados de 02.11.2018, até então ainda
condômino da área de posse da segunda apelada,
desmentindo as alegações do apelante que aduzem que
ao longo dos anos ele que vinha pagando os tributos da área;
u) RECIBO às fls. 331, onde FABIO JUNIOR RIBEIRO, declara ter recebido
R$ 800,00 (oitocentos reais), concernente a 05 (cinco) horas de trabalho
exercido com escavadeira hidráulica na propriedade em questão, pagos
por Valéria Garbelotto Zeferino, demonstrando que na data da propositura
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da ação e durante o transcurso processual a segunda
apelada/embargada mantém a posse da área, mesmo
que sendo esbulhada pelo apelante;
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nós lavramos, ele tinha essa característica, a logo que
tem aqui em cima é do meu escritório, ele só não é o
original, mas era, era isso aqui, foi isso aqui que nós
fizemos. O conteúdo, agora teria que ter o original pra
certificar.
Grifo nosso
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5- E o Julimar era o que da Valéria na época?
Na época ele era esposo? Testemunha Jotalino: Na
época ele era esposo dela. Isso.
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tratos culturais novamente para o ano seguinte, foi
então que o José Antonio é, entrou então com esse
processo né, processo dizendo que eu teria invadindo e
uma série de questoes, dando queixa e tudo, então a
partir dessa data, eu remeti a Valeria e ao Sandro para
que eles tomassem providência. Num curto periodo aí eu
ainda insisti no imóvel, mas dado as questões de,
preocupado com minha segurança, então, eu passei tudo
para o Sandro e Valéria.
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O dano material trata-se de questão incontroversa, uma
vez que ao turbar a posse da segunda
apelada/embargada, o embargante/apelante efetuou a
colheita do ano de 2018, 2019, 2020 e 2021, de forma
indevida, cortando a cultura existente na
propriedade (café) sem autorização judicial, em confronto a decisão do
juízo de piso, conforme atestado por meio de Laudo Técnico acostado às fls.
319/327, o qual durante todo curso processual não fora confrontado,
estando precluso qualquer questionamento de ordem legal, neste
sentido.
Observa-se por meio dos documentos que acumulam aos autos e provas
testemunhais, que após a colheita de 2017 realizada pelo primeiro
apelado/embargado, sob o comando da segunda apelada/embargada, o
apelante/embargante começou a turbar a posse desta última.
Sendo assim, diante dos fatos alegados e laudos periciais apresentados, acertada
se faz a condenação do autor/embargante pelos danos materiais causados a
segunda requerida/embargada, motivos pelos quais o comando deve ser mantido
pelos seus próprios fundamentos, simplesmente por questão de justiça.
6- DOS PEDIDOS
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exposta, inexiste qualquer omissão ou contradição ou
ainda, obscuridade no acórdão embargado, tendo o v.
acórdão enfrentado devidamente todas as matérias
postas a apreciação.
Termos em que,
pede deferimento.
_________________________________
UIASSANARA LESSA BRAVIN
OAB/ES 24.291
_________________________________
RENAN DE SOUZA
OAB/ES 22.558
24
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