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Tribunal Regional Federal da 3ª Região

PJe - Processo Judicial Eletrônico

12/02/2020

Número: 5001913-87.2017.4.03.9999
Classe: APELAÇÃO CÍVEL
Órgão julgador colegiado: 7ª Turma
Órgão julgador: Gab. 24 - DES. FED. PAULO DOMINGUES
Última distribuição : 02/05/2017
Valor da causa: R$ 5.500,00
Processo referência: 08005875520158120033
Assuntos: Auxílio-Reclusão (Art. 80), Concessão
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
(APELANTE)
L. F. D. S. (APELADO) FABIO ADRIANO ROMBALDO (ADVOGADO)
MARIA INEZ MARTINS BATISTA DA SILVA
(REPRESENTANTE/NOTICIANTE)
MINISTERIO PUBLICO FEDERAL (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
12372 07/02/2020 14:40 Certidão Certidão
4907
12372 07/02/2020 14:40 5001913-87.2017.4.03.9999rec Documentos Diversos
4908
12372 07/02/2020 14:34 Certidão Trânsito em Julgado Certidão Trânsito em Julgado
4892
12273 23/01/2020 15:04 Manifestação Manifestação
9296
10740 25/11/2019 14:26 Petição intercorrente Petição intercorrente
6243
10740 25/11/2019 14:26 manifestação ao TRF3 - devolução a origem - Petição intercorrente
6244 certificação do transito em julgado
90176 10/09/2019 15:36 Acórdão Acórdão
045
65521 10/09/2019 15:36 Relatório Relatório
670
65524 10/09/2019 15:36 Voto Voto
741
65524 10/09/2019 15:36 Ementa Ementa
745
90121 02/09/2019 17:34 Certidão de julgamento Certidão
604
85763 01/08/2019 15:27 Intimação de Pauta Intimação de Pauta
276
85763 01/08/2019 15:27 Intimação de Pauta Intimação de Pauta
275
82776 23/07/2019 15:31 Intimação de Pauta Intimação de Pauta
680
62988 20/05/2019 14:22 Parecer Parecer
468
48733 29/04/2019 19:41 Despacho Despacho
875
81203 28/11/2018 16:02 Petição intercorrente Petição intercorrente
87
81203 28/11/2018 16:02 manifestação ao TRF3 Petição intercorrente
88
57974 02/05/2017 19:26 Informação Informação
3
57965 02/05/2017 19:13 Certidão Certidão
4
57965 02/05/2017 19:13 001-Peticao Inicial Petição intercorrente
9
57966 02/05/2017 19:13 002-Outros documentos Documento Comprobatório
0
57966 02/05/2017 19:13 08005875520158120033 A Outras peças
2
57966 02/05/2017 19:13 08005875520158120033 B Outras peças
3
57966 02/05/2017 19:13 08005875520158120033 C Outras peças
4
57902 02/05/2017 17:20 Petição inicial Petição Inicial
9
APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5001913-87.2017.4.03.9999
RELATOR: Gab. 24 - DES. FED. PAULO DOMINGUES
APELANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

APELADO: L. F. D. S.
Advogado do(a) APELADO: FABIO ADRIANO ROMBALDO - MS19434

CERTIDÃO

Certifico que o V. acórdão (ID 90176045 ), certidão de trânsito em julgado, bem como os demais
documentos necessários, foram encaminhados eletronicamente ao Juízo de Origem, conforme
comprovante que segue.

São Paulo, 7 de fevereiro de 2020.

Assinado eletronicamente por: RONEI PIMENTA E SOUZA - 07/02/2020 14:40:26 Num. 123724907 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20020714402623400000123191339
Número do documento: 20020714402623400000123191339
https://malotedigital.cjf.jus.br/malotedigital/popup.jsf

Impresso em: 07/02/2020 às 14:38

RECIBO DE DOCUMENTO ENVIADO E NÃO LIDO


Código de
40320206772251
rastreabilidade:
Documento: 5001913-87.2017.4.03.9999.pdf
Remetente: Subsecretaria da 7ª Turma - UT07 ( Subsecretaria da 7ª Turma - UT07 )
Destinatário: Vara Única de Eldorado ( TJMS )
Data de Envio: 07/02/2020 14:37:12
Encaminho através do presente acórdão, certidão de trânsito em julgado e demais documentos referentes a
Assunto:
APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5001913-87.2017.4.03.9999, para as providências cabíveis

1 de 1 07/02/2020 14:38

Assinado eletronicamente por: RONEI PIMENTA E SOUZA - 07/02/2020 14:40:26 Num. 123724908 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20020714402631800000123191340
Número do documento: 20020714402631800000123191340
APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5001913-87.2017.4.03.9999
RELATOR: Gab. 24 - DES. FED. PAULO DOMINGUES
APELANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

APELADO: L. F. D. S.
Advogado do(a) APELADO: FABIO ADRIANO ROMBALDO - MS19434

CERTIDÃO

Certifico que o V. acórdão ID 90176045 transitou em julgado em 23.01.2020.

São Paulo, 7 de fevereiro de 2020.

Assinado eletronicamente por: RONEI PIMENTA E SOUZA - 07/02/2020 14:34:09 Num. 123724892 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20020714340970400000123191330
Número do documento: 20020714340970400000123191330
PRR3ª REGIÃO-MANIFESTAÇÃO-3813/2020

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA - 3ª REGIÃO

Documento assinado via Token digitalmente por ALICE KANAAN, em 23/01/2020 15:02. Para verificar a assinatura acesse
PROCESSO Nº TRF3-5001913-87.2017.4.03.9999-AC-PJE

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 5ED0FC8A.D15DD865.376BF815.A689B906


Ciente de todo o processado.

Nada a requerer. Não há interesse em recorrer.

São Paulo (SP), 21 de janeiro de 2020.

ALICE KANAAN
PROCURADORA REGIONAL DA REPÚBLICA

Página 1 de 1

Assinado eletronicamente por: ALICE KANAAN - 23/01/2020 15:02:05 Num. 122739296 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20012315041152100000122225080
Número do documento: 20012315041152100000122225080
Requerimento de certificação de trânsito em julgado e remessa a origem para prosseguimento.

Assinado eletronicamente por: FABIO ADRIANO ROMBALDO - 25/11/2019 14:26:15 Num. 107406243 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19112514261563900000106943977
Número do documento: 19112514261563900000106943977
EXCELENTISSIMO SENHOR DESEMBARGADOR FEDERAL,
RELATOR DA 7ª TURMA DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA
3ª REGIÃO.

APELAÇÃO: 5001913-87.2017.4.03.9999

LAÍS FERNANDA DA SILVA, representada neste ato


por Maria Inez Martins Batista da Silva, ambas já devidamente
qualificadas nos autos supra, vêm, mui respeitosamente perante Vossa
Excelência, através de seu procurador legalmente constituído,
requerer a certificação do trânsito em julgado com a remessa
do feito à origem, para prosseguimento do cumprimento de
sentença.

Pelo deferimento.
Eldorado/MS, aos 25 de novembro de 2019.

FABIO ADRIANO ROMBALDO


OAB/MS 19.434

Assinado eletronicamente por: FABIO ADRIANO ROMBALDO - 25/11/2019 14:26:15 Num. 107406244 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19112514261576000000106943978
Número do documento: 19112514261576000000106943978
APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5001913-87.2017.4.03.9999
RELATOR: Gab. 24 - DES. FED. PAULO DOMINGUES
APELANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

APELADO: L. F. D. S.
Advogado do(a) APELADO: FABIO ADRIANO ROMBALDO - MS19434

APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5001913-87.2017.4.03.9999


RELATOR: Gab. 24 - DES. FED. PAULO DOMINGUES
APELANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

APELADO: LAIS FERNANDA DA SILVA


Advogado do(a) APELADO: FABIO ADRIANO ROMBALDO - MS19434
OUTROS PARTICIPANTES:

RELATÓRIO

Assinado eletronicamente por: PAULO SERGIO DOMINGUES - 10/09/2019 15:36:04 Num. 90176045 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19091015360479000000089790398
Número do documento: 19091015360479000000089790398
Trata-se de ação em que se objetiva a concessão de auxílio-reclusão, previsto no artigo 80 da Lei nº
8.213/91.

A sentença prolatada em 25.07.2016 (id. 579663) julgou procedente o pedido inicial e condenou o
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS a conceder o auxílio reclusão referente ao período de
05.06.2014 à 17.03.2015. Determinou que os valores serão atualizados de acordo com os parâmetros
estabelecidos no art. 1°F da Lei n° 9.494/97. Condenou o réu, também, ao pagamento de honorários
de advogado, fixados em 10% (dez por cento), nos termos do artigo 85 do novo Código de Processo
Civil. Omisso em relação as Custas.

Apela o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. No mérito, sustenta que a parte autora não faz jus
ao benefício, pois o pedido administrativo foi requerido após a soltura do preso. Subsidiariamente
recorre em relação aos honorários advocatícios que entende deva ser de 5% (cinco por cento). Requer,
ainda, para fins de pré-questionamento, a expressa manifestação a respeito das normas legais e
constitucionais aventadas.

Com contrarrazões, subiram os autos a esta Corte.

O Ministério Público Federal opinou pelo desprovimento da apelação do INSS.

É o relatório.

Assinado eletronicamente por: PAULO SERGIO DOMINGUES - 10/09/2019 15:36:04 Num. 90176045 - Pág. 2
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19091015360479000000089790398
Número do documento: 19091015360479000000089790398
APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5001913-87.2017.4.03.9999
RELATOR: Gab. 24 - DES. FED. PAULO DOMINGUES
APELANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

APELADO: LAIS FERNANDA DA SILVA


Advogado do(a) APELADO: FABIO ADRIANO ROMBALDO - MS19434
OUTROS PARTICIPANTES:

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso de apelação.

Passo ao exame do mérito.

O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado
recolhido à prisão que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, de
aposentadoria ou de abono de permanência em serviço (art. 80 da Lei nº 8.213/91). O art. 26, I, da Lei
8.213/91, por sua vez, prevê que a concessão do auxílio-reclusão independe de carência, e o artigo 40 declara
devido o abono anual.

Assinado eletronicamente por: PAULO SERGIO DOMINGUES - 10/09/2019 15:36:04 Num. 90176045 - Pág. 3
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19091015360479000000089790398
Número do documento: 19091015360479000000089790398
De acordo com as normas dos artigos 116 a 119 do Decreto nº 3.048/99, o benefício é devido apenas durante
o período em que o segurado permanecer recluso, sob regime fechado ou semi-aberto, sendo que, no caso de
fuga, o auxílio-reclusão será suspenso e seu restabelecimento ocorrerá se houver a recaptura do fugitivo,
desde que mantida sua qualidade de segurado.

Dessa forma, para fins de manutenção do benefício, deve ser apresentado trimestralmente atestado de que a
detenção ou reclusão do segurado ainda persiste.

A legislação atinente à matéria estabeleceu, assim, quatro critérios para a concessão do auxílio reclusão,
quais sejam: a) prova do efetivo recolhimento do segurado à prisão, por meio de certidão firmada pela
autoridade competente; b) qualidade de segurado do recluso, c) preexistência de dependência econômica do
beneficiário, e d) condição de baixa renda do segurado.

A condição de segurado (obrigatório ou facultativo) decorre da inscrição no regime de previdência pública,


cumulada com o recolhimento das contribuições correspondentes.

O art. 15 da Lei 8.213/91 prevê circunstâncias nas quais é possível manter a condição de segurado
independentemente de contribuições (em regra fixando prazos para tanto), sendo também considerado
segurado aquele que trabalhava, mas ficou impossibilitado de recolher contribuições previdenciárias em
razão de doença incapacitante.

No que toca à prorrogação do período de graça ao trabalhador desempregado, não obstante a redação do §2º
do artigo 15 da Lei nº. 8.213/1991 mencionar a necessidade de registro perante o Ministério do Trabalho e da
Previdência Social para tanto, o Superior Tribunal de Justiça, em sede de Incidente de Uniformização de
Interpretação de Lei Federal (Pet. 7.115), firmou entendimento no sentido de que a ausência desse registro
poderá ser suprida quando outras provas constantes dos autos, inclusive a testemunhal, se revelarem aptas a
comprovar a situação de desemprego.

Sobre a dependência econômica do beneficiário em relação ao recluso, a Lei 8.213/1991, art. 16, prevê que
"são beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o
cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte
e um) anos ou inválido; II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte
e um) anos ou inválido". Por sua vez, o § 4º desse mesmo artigo estabelece que "a dependência econômica
das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada."

Por fim, observo que o requisito de condição de baixa renda do segurado foi estabelecido após a edição da
Emenda Constitucional nº 20/98, com fulcro no inciso IV, do artigo 201 da Constituição Federal. Dispõe o
artigo 13 dessa Emenda que o auxílio-reclusão será concedido apenas àqueles que tenham renda bruta mensal
igual ou inferior a R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais), valor periodicamente atualizado através de Portarias
Interministeriais.

Esta limitação é aplicável à renda do segurado, não podendo seu último salário-de-contribuição ser superior
ao limite imposto para que seus dependentes façam jus ao benefício.

Nesse sentido, confira-se o seguinte julgado do C. STF:

"PREVIDENCIÁRIO. CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.


AUXÍLIO-RECLUSÃO . ART. 201, IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. LIMITAÇÃO
DO UNIVERSO DOS CONTEMPLADOS PELO AUXÍLIO- RECLUSÃO. BENEFÍCIO
RESTRITO AOS SEGURADOS PRESOS DE BAIXA RENDA. RESTRIÇÃO INTRODUZIDA
PELA EC 20/1998. SELETIVIDADE FUNDADA NA RENDA DO SEGURADO PRESO.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO. I - Segundo decorre do art. 201, IV, da
Constituição, a renda do segurado preso é que a deve ser utilizada como parâmetro para a

Assinado eletronicamente por: PAULO SERGIO DOMINGUES - 10/09/2019 15:36:04 Num. 90176045 - Pág. 4
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19091015360479000000089790398
Número do documento: 19091015360479000000089790398
concessão do benefício e não a de seus dependentes. II - Tal compreensão se extrai da
redação dada ao referido dispositivo pela EC 20/1998, que restringiu o universo daqueles
alcançados pelo auxílio-reclusão , a qual adotou o critério da seletividade para apurar a
efetiva necessidade dos beneficiários. III - Diante disso, o art. 116 do Decreto 3.048/1999 não
padece do vício da inconstitucionalidade. IV - Recurso extraordinário conhecido e provido."
(STF, Tribunal Pleno, Repercussão Geral, RE N. 587.365, data do julgamento: 25.03.2009,
Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI).

Acresça-se que conforme entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, para a concessão de
auxílio-reclusão o critério de aferição de renda do segurado que não exerce atividade laboral remunerada no
momento do recolhimento à prisão é a ausência de renda, e não o último salário de contribuição.

Confira-se:

“RECURSO ESPECIAL. MATÉRIA REPETITIVA. ART. 543-C DO CPC/1973 (ATUAL


1.036 DO CPC/2015) E RESOLUÇÃO STJ 8/2008. RECURSO REPRESENTATIVO
DE CONTROVÉRSIA. AUXÍLIO-RECLUSÃO. SEGURADO DESEMPREGADO OU
SEM RENDA EM PERÍODO DE GRAÇA. CRITÉRIO ECONÔMICO. MOMENTO DA
RECLUSÃO. AUSÊNCIA DE RENDA. ÚLTIMO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
AFASTADO. CONTROVÉRSIA SUBMETIDA AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC/1973 (ATUAL 1.036 DO CPC/2015)

1. A controvérsia submetida ao regime do art. 543-C do CPC/1973 (atual 1.036 do


CPC/2015) e da Resolução STJ 8/2008 é: "definição do critério de renda (se o último
salário decontribuição ou a ausência de renda) do segurado que não exerce
atividade remunerada abrangida pela Previdência Social no momento do recolhimento
à prisão para a concessão do benefício auxílio-reclusão (art. 80 da Lei
8.213/1991)".

FUNDAMENTOS DA RESOLUÇÃO DA CONTROVÉRSIA.

2. À luz dos arts. 201, IV, da Constituição Federal e 80 da Lei 8.213/1991, o


benefício auxílio-reclusão consiste na prestação pecuniária previdenciária de
amparo aos dependentes do segurado de baixa renda que se encontra em regime
de reclusão prisional.

3. O Estado, através do Regime Geral de Previdência Social, no caso, entendeu por


bem amparar os que dependem do segurado preso e definiu como critério para a
concessão do benefício a "baixa renda".

4. Indubitavelmente o critério econômico da renda deve ser constatado no


momento da reclusão, pois nele é que os dependentes sofrem o baque da perda do
seu provedor.

5. O art. 80 da Lei 8.213/1991 expressa que o auxílio-reclusão será devido quando o


segurado recolhido à prisão "não receber remuneração da empresa".

6. Da mesma forma o § 1º do art. 116 do Decreto 3.048/1999 estipula que "é devido
auxílio-reclusão aos dependentes do segurado quando não houver
salário-de-contribuição na data do seu efetivo recolhimento à prisão, desde que
mantida a qualidade de segurado", o que regula a situação fática ora deduzida, de

Assinado eletronicamente por: PAULO SERGIO DOMINGUES - 10/09/2019 15:36:04 Num. 90176045 - Pág. 5
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19091015360479000000089790398
Número do documento: 19091015360479000000089790398
forma que a ausência de renda deve ser considerada para o segurado que está em
período de graça pela falta do exercício de atividade remunerada abrangida pela
Previdência Social. (art. 15, II, da Lei 8.213/1991).

7. Aliada a esses argumentos por si sós suficientes ao desprovimento do Recurso


Especial, a jurisprudência do STJ assentou posição de que os requisitos para a
concessão do benefício devem ser verificados no momento do recolhimento à prisão,
em observância ao princípio tempus regit actum. Nesse sentido: AgRg no REsp
831.251/RS, Rel. Ministro Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP),
Sexta Turma, DJe 23.5.2011; REsp 760.767/SC, Rel. Ministro Gilson Dipp, Quinta
Turma, DJ 24.10.2005, p. 377; e REsp 395.816/SP, Rel. Ministro Fernando
Gonçalves, Sexta Turma, DJ 2.9.2002, p. 260.

TESE PARA FINS DO ART. 543-C DO CPC/1973

8. Para a concessão de auxílio-reclusão (art. 80 da Lei 8.213/1991), o critério de


aferição de renda do segurado que não exerce atividade laboral remunerada no
momento do recolhimento à prisão é a ausência de renda, e não o último salário de
contribuição.

CASO CONCRETO

9. Na hipótese dos autos, o benefício foi deferido pelo acórdão recorrido no mesmo
sentido do que aqui decidido.

10. Recurso Especial não provido. Acórdão submetido ao regime do art. 1.036 do
CPC/2015 e da Resolução 8/2008 do STJ.

(Processo REsp 1485417 / MS, RECURSO ESPECIAL 2014/0231440-3, Relator(a)


Ministro HERMAN BENJAMIN (1132), STJ, S1 - PRIMEIRA SEÇÃO, Data do
Julgamento: 22/11/2017, Data da Publicação/Fonte: DJe 02/02/2018)”

Assim, se comprovados os requisitos exigidos para sua concessão, o auxílio-reclusão é devido a partir da data
do efetivo recolhimento do segurado à prisão, se requerido no prazo de 30 (trinta) dias a contar daquela, ou,
se fora dele, desde a data do requerimento.

Os critérios de fixação da renda mensal inicial decorrem de lei, competindo ao INSS tão apenas observar as
regras vigentes.

NO CASO CONCRETO

A parte é filha do segregado (id. 579660), e sendo esta menor de idade na época em que seu genitor foi preso,
sua dependência em relação a ele é presumida (art. 16, I, da Lei 8213/91).

A certidão expedida pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Governo do Estado de Mato Grosso
do Sul (id. 579660) comprova que o pai da parte autora foi preso em 29.08.2014.

O extrato do sistema CNIS (id. 579663) revela a existência de vínculo empregatício no momento da prisão,
restando evidenciado o preenchimento do requisito de qualidade de segurado.

Quanto à condição de baixa renda do segurado recluso, o extrato do sistema CNIS (id. 579663) indica que
seu salário à época do encarceramento era de R$ 1.000,00, valor inferior ao limite de R$ 1.025,81,
estabelecido para o período pela Portaria MPS nº 19, de 10/01/2014.

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Número do documento: 19091015360479000000089790398
Em relação ao pedido administrativo, em que pese ter sido protocolado em 19.10.2015 (id. 579660), após a
soltura do segurado recluso em 16.03.2015 (id. 579660), verifico que o autor era menor de idade (id. 579660)
na data da prisão, não correndo contra eles a prescrição, nos termos do artigo 198, I, do Código Civil.

Preenchidos os requisitos legais, de rigor a manutenção da concessão do auxílio reclusão de 29.08.2014 à


16.03.2015.

No que tange aos critérios de atualização do débito, por tratar-se de consectários legais, revestidos de
natureza de ordem pública, são passíveis de correção de ofício, conforme precedentes do Superior Tribunal
de Justiça:

PROCESSUAL CIVIL. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. ART. 1º-F DA LEI N. 9.494/97.


APLICAÇÃO IMEDIATA. ART. 5º DA LEI N. 11.960/09. DECLARAÇÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL POR ARRASTAMENTO (ADIN 4.357/DF). ÍNDICE
DE CORREÇÃO MONETÁRIA APLICÁVEL: IPCA. JULGAMENTO DE ADI NO STF.
SOBRESTAMENTO. INDEFERIMENTO.

.....................

5. A correção monetária e os juros de mora, como consectários legais da condenação


principal, possuem natureza de ordem pública e podem ser analisados até mesmo de ofício,
bastando que a matéria tenha sido debatida na Corte de origem. Logo, não há falar em
reformatio in pejus.

..........................................

(AgRg no AREsp 288026/MG, Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, DJe 20/02/2014)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. OBSERVÂNCIA


DA CORREÇÃO MONETÁRIA EM SEDE DE REEXAME NECESSÁRIO. NÃO
OCORRÊNCIA DE VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DO NON REFORMATIO IN PEJUS E DA
INÉRCIA DA JURISDIÇÃO. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA QUE NÃO DEPENDE DE
RECURSO VOLUNTÁRIO PARA A CORTE ESTADUAL.

1. A correção monetária, assim como os juros de mora, incide sobre o objeto da condenação
judicial e não se prende a pedido feito em primeira instância ou a recurso voluntário dirigido
à Corte estadual. É matéria de ordem pública, cognoscível de ofício em sede de reexame
necessário, máxime quando a sentença afirma a sua incidência, mas não disciplina
expressamente o termo inicial dessa obrigação acessória.

2. A explicitação do momento em que a correção monetária deverá incidir no caso concreto


feita em sede de reexame de ofício não caracteriza reformatio in pejus contra a Fazenda
Pública estadual, tampouco ofende o princípio da inércia da jurisdição.

3. Agravo regimental não provido.

(AgRg no REsp 1291244/RJ, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA,


julgado em 26/02/2013, DJe 05/03/2013)

Assim, corrijo a sentença, e estabeleço que as parcelas vencidas deverão ser corrigidas monetariamente e
acrescidas de juros de mora pelos índices constantes do Manual de Orientação para a elaboração de Cálculos

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Número do documento: 19091015360479000000089790398
na Justiça Federal vigente à época da elaboração da conta, observando-se, em relação à correção monetária, a
aplicação do IPCA-e em substituição à TR – Taxa Referencial, consoante decidido pelo Plenário do Supremo
Tribunal Federal no RE nº 870.947, tema de repercussão geral nº 810, em 20.09.2017, Relator Ministro Luiz
Fux.

Nesse passo, acresço que os embargos de declaração opostos perante o STF contra tal julgado tem por
objetivo único a modulação dos seus efeitos para atribuição de eficácia prospectiva, pelo que o excepcional
efeito suspensivo concedido por meio da decisão proferida em 24.09.2018 e publicada no DJE de 25.09.2018,
surtirá efeitos apenas no tocante à definição do termo inicial da incidência do IPCA-e, que deverá ser
observado quando da liquidação do julgado.

Os honorários de advogado devem ser mantidos em 10% do valor da condenação, consoante o entendimento
desta Turma e o disposto §§ 2º e 3º do artigo 85 do Código de Processo Civil/2015, considerando as parcelas
vencidas até a data da sentença, nos termos da Súmula nº 111 do Superior Tribunal de Justiça.

Por fim, considerando o não provimento do recurso, de rigor a aplicação da regra do §11 do artigo 85 do
CPC/2015, pelo que determino, a título de sucumbência recursal, a majoração dos honorários de advogado
arbitrados na sentença em 2%.

Diante do exposto, de ofício, corrijo a sentença para fixar a DIB na data da prisão do segurado e para fixar os
critérios de atualização do débito, NEGO PROVIMENTO à apelação do INSS e, com fulcro no §11º do
artigo 85 do Código de Processo Civil, majoro os honorários de advogado em 2% sobre o valor arbitrado na
sentença, nos termos da fundamentação exposta.

É o voto.

EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL. AUXÍLIO RECLUSÃO. CONDIÇÃO DE BAIXA RENDA


DO SEGURADO DEMONSTRADA. PEDIDO ADMINISTRATIVO APÓS A SOLTURA DO
SEGURADO. IRRELEVANTE. TERMO INICIAL DO BENEFÍCIO. JUROS E CORREÇÃO
MONETÁRIA. MANUAL DE CÁLCULOS NA JUSTIÇA FEDERAL E LEI Nº 11.960/2009.
SUCUMBÊNCIA RECURSAL. HONORÁRIOS DE ADVOGADO MAJORADOS.
1. O auxílio-reclusão é benefício previdenciário devido aos dependentes do segurado nos termos
do artigo 80 da Lei n° 8.213/1991.
2. A renda a ser aferida é a do detento e não a de seus dependentes. (RE 587365, Rel. Ministro
Ricardo Lewandowski, DJe 08/05/2009).
3. Pedido administrativo protocolado após a soltura do segurado recluso, irrelevância, autores
menores de idade na data da prisão, não correndo contra eles a prescrição.
4. Termo inicial do beneficio fixado na data da prisão. Menor impúbere. Fixação de ofício.
5. Juros e correção monetária pelos índices constantes do Manual de Orientação para a
elaboração de Cálculos na Justiça Federal vigente à época da elaboração da conta,

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Número do documento: 19091015360479000000089790398
observando-se, em relação à correção monetária, a aplicação do IPCA-e em substituição à TR –
Taxa Referencial, consoante decidido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no RE nº
870.947, tema de repercussão geral nº 810, em 20.09.2017, Relator Ministro Luiz Fux, observado
quanto a este o termo inicial a ser fixado pela Suprema Corte no julgamento dos embargos de
declaração. Correção de ofício.
6. Sucumbência recursal. Honorários de advogado majorados em 2% do valor arbitrado na
sentença. Artigo 85, §11, Código de Processo Civil/2015.
7. Sentença corrigida de ofício. Apelação do INSS não provida.

ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Sétima Turma, por
unanimidade, decidiu de ofício, corrigir a sentença para fixar a DIB na data da prisão do segurado
e para fixar os critérios de atualização do débito, NEGAR PROVIMENTO à apelação do INSS e,
com fulcro no §11º do artigo 85 do Código de Processo Civil, majorar os honorários de advogado
em 2% sobre o valor arbitrado na sentença, nos termos do relatório e voto que ficam fazendo parte
integrante do presente julgado.

Assinado eletronicamente por: PAULO SERGIO DOMINGUES - 10/09/2019 15:36:04 Num. 90176045 - Pág. 9
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Número do documento: 19091015360479000000089790398
APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5001913-87.2017.4.03.9999
RELATOR: Gab. 24 - DES. FED. PAULO DOMINGUES
APELANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

APELADO: LAIS FERNANDA DA SILVA


Advogado do(a) APELADO: FABIO ADRIANO ROMBALDO - MS19434
OUTROS PARTICIPANTES:

RELATÓRIO

Trata-se de ação em que se objetiva a concessão de auxílio-reclusão, previsto no artigo 80 da Lei nº


8.213/91.

A sentença prolatada em 25.07.2016 (id. 579663) julgou procedente o pedido inicial e condenou o
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS a conceder o auxílio reclusão referente ao período de
05.06.2014 à 17.03.2015. Determinou que os valores serão atualizados de acordo com os parâmetros
estabelecidos no art. 1°F da Lei n° 9.494/97. Condenou o réu, também, ao pagamento de honorários
de advogado, fixados em 10% (dez por cento), nos termos do artigo 85 do novo Código de Processo
Civil. Omisso em relação as Custas.

Apela o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. No mérito, sustenta que a parte autora não faz jus
ao benefício, pois o pedido administrativo foi requerido após a soltura do preso. Subsidiariamente
recorre em relação aos honorários advocatícios que entende deva ser de 5% (cinco por cento). Requer,
ainda, para fins de pré-questionamento, a expressa manifestação a respeito das normas legais e
constitucionais aventadas.

Com contrarrazões, subiram os autos a esta Corte.

Assinado eletronicamente por: PAULO SERGIO DOMINGUES - 10/09/2019 15:36:05 Num. 65521670 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19091015360542700000065196196
Número do documento: 19091015360542700000065196196
O Ministério Público Federal opinou pelo desprovimento da apelação do INSS.

É o relatório.

Assinado eletronicamente por: PAULO SERGIO DOMINGUES - 10/09/2019 15:36:05 Num. 65521670 - Pág. 2
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19091015360542700000065196196
Número do documento: 19091015360542700000065196196
APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5001913-87.2017.4.03.9999
RELATOR: Gab. 24 - DES. FED. PAULO DOMINGUES
APELANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

APELADO: LAIS FERNANDA DA SILVA


Advogado do(a) APELADO: FABIO ADRIANO ROMBALDO - MS19434
OUTROS PARTICIPANTES:

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso de apelação.

Assinado eletronicamente por: PAULO SERGIO DOMINGUES - 10/09/2019 15:36:05 Num. 65524741 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19091015360533000000065196214
Número do documento: 19091015360533000000065196214
Passo ao exame do mérito.

O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado
recolhido à prisão que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-doença, de
aposentadoria ou de abono de permanência em serviço (art. 80 da Lei nº 8.213/91). O art. 26, I, da Lei
8.213/91, por sua vez, prevê que a concessão do auxílio-reclusão independe de carência, e o artigo 40 declara
devido o abono anual.

De acordo com as normas dos artigos 116 a 119 do Decreto nº 3.048/99, o benefício é devido apenas durante
o período em que o segurado permanecer recluso, sob regime fechado ou semi-aberto, sendo que, no caso de
fuga, o auxílio-reclusão será suspenso e seu restabelecimento ocorrerá se houver a recaptura do fugitivo,
desde que mantida sua qualidade de segurado.

Dessa forma, para fins de manutenção do benefício, deve ser apresentado trimestralmente atestado de que a
detenção ou reclusão do segurado ainda persiste.

A legislação atinente à matéria estabeleceu, assim, quatro critérios para a concessão do auxílio reclusão,
quais sejam: a) prova do efetivo recolhimento do segurado à prisão, por meio de certidão firmada pela
autoridade competente; b) qualidade de segurado do recluso, c) preexistência de dependência econômica do
beneficiário, e d) condição de baixa renda do segurado.

A condição de segurado (obrigatório ou facultativo) decorre da inscrição no regime de previdência pública,


cumulada com o recolhimento das contribuições correspondentes.

O art. 15 da Lei 8.213/91 prevê circunstâncias nas quais é possível manter a condição de segurado
independentemente de contribuições (em regra fixando prazos para tanto), sendo também considerado
segurado aquele que trabalhava, mas ficou impossibilitado de recolher contribuições previdenciárias em
razão de doença incapacitante.

No que toca à prorrogação do período de graça ao trabalhador desempregado, não obstante a redação do §2º
do artigo 15 da Lei nº. 8.213/1991 mencionar a necessidade de registro perante o Ministério do Trabalho e da
Previdência Social para tanto, o Superior Tribunal de Justiça, em sede de Incidente de Uniformização de
Interpretação de Lei Federal (Pet. 7.115), firmou entendimento no sentido de que a ausência desse registro
poderá ser suprida quando outras provas constantes dos autos, inclusive a testemunhal, se revelarem aptas a
comprovar a situação de desemprego.

Sobre a dependência econômica do beneficiário em relação ao recluso, a Lei 8.213/1991, art. 16, prevê que
"são beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o
cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte
e um) anos ou inválido; II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte
e um) anos ou inválido". Por sua vez, o § 4º desse mesmo artigo estabelece que "a dependência econômica
das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada."

Por fim, observo que o requisito de condição de baixa renda do segurado foi estabelecido após a edição da
Emenda Constitucional nº 20/98, com fulcro no inciso IV, do artigo 201 da Constituição Federal. Dispõe o
artigo 13 dessa Emenda que o auxílio-reclusão será concedido apenas àqueles que tenham renda bruta mensal
igual ou inferior a R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais), valor periodicamente atualizado através de Portarias
Interministeriais.

Esta limitação é aplicável à renda do segurado, não podendo seu último salário-de-contribuição ser superior
ao limite imposto para que seus dependentes façam jus ao benefício.

Nesse sentido, confira-se o seguinte julgado do C. STF:

Assinado eletronicamente por: PAULO SERGIO DOMINGUES - 10/09/2019 15:36:05 Num. 65524741 - Pág. 2
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19091015360533000000065196214
Número do documento: 19091015360533000000065196214
"PREVIDENCIÁRIO. CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
AUXÍLIO-RECLUSÃO . ART. 201, IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. LIMITAÇÃO
DO UNIVERSO DOS CONTEMPLADOS PELO AUXÍLIO- RECLUSÃO. BENEFÍCIO
RESTRITO AOS SEGURADOS PRESOS DE BAIXA RENDA. RESTRIÇÃO INTRODUZIDA
PELA EC 20/1998. SELETIVIDADE FUNDADA NA RENDA DO SEGURADO PRESO.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO PROVIDO. I - Segundo decorre do art. 201, IV, da
Constituição, a renda do segurado preso é que a deve ser utilizada como parâmetro para a
concessão do benefício e não a de seus dependentes. II - Tal compreensão se extrai da
redação dada ao referido dispositivo pela EC 20/1998, que restringiu o universo daqueles
alcançados pelo auxílio-reclusão , a qual adotou o critério da seletividade para apurar a
efetiva necessidade dos beneficiários. III - Diante disso, o art. 116 do Decreto 3.048/1999 não
padece do vício da inconstitucionalidade. IV - Recurso extraordinário conhecido e provido."
(STF, Tribunal Pleno, Repercussão Geral, RE N. 587.365, data do julgamento: 25.03.2009,
Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI).

Acresça-se que conforme entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça, para a concessão de
auxílio-reclusão o critério de aferição de renda do segurado que não exerce atividade laboral remunerada no
momento do recolhimento à prisão é a ausência de renda, e não o último salário de contribuição.

Confira-se:

“RECURSO ESPECIAL. MATÉRIA REPETITIVA. ART. 543-C DO CPC/1973 (ATUAL


1.036 DO CPC/2015) E RESOLUÇÃO STJ 8/2008. RECURSO REPRESENTATIVO
DE CONTROVÉRSIA. AUXÍLIO-RECLUSÃO. SEGURADO DESEMPREGADO OU
SEM RENDA EM PERÍODO DE GRAÇA. CRITÉRIO ECONÔMICO. MOMENTO DA
RECLUSÃO. AUSÊNCIA DE RENDA. ÚLTIMO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
AFASTADO. CONTROVÉRSIA SUBMETIDA AO RITO DO ART. 543-C DO
CPC/1973 (ATUAL 1.036 DO CPC/2015)

1. A controvérsia submetida ao regime do art. 543-C do CPC/1973 (atual 1.036 do


CPC/2015) e da Resolução STJ 8/2008 é: "definição do critério de renda (se o último
salário decontribuição ou a ausência de renda) do segurado que não exerce
atividade remunerada abrangida pela Previdência Social no momento do recolhimento
à prisão para a concessão do benefício auxílio-reclusão (art. 80 da Lei
8.213/1991)".

FUNDAMENTOS DA RESOLUÇÃO DA CONTROVÉRSIA.

2. À luz dos arts. 201, IV, da Constituição Federal e 80 da Lei 8.213/1991, o


benefício auxílio-reclusão consiste na prestação pecuniária previdenciária de
amparo aos dependentes do segurado de baixa renda que se encontra em regime
de reclusão prisional.

3. O Estado, através do Regime Geral de Previdência Social, no caso, entendeu por


bem amparar os que dependem do segurado preso e definiu como critério para a
concessão do benefício a "baixa renda".

4. Indubitavelmente o critério econômico da renda deve ser constatado no


momento da reclusão, pois nele é que os dependentes sofrem o baque da perda do
seu provedor.

5. O art. 80 da Lei 8.213/1991 expressa que o auxílio-reclusão será devido quando o


segurado recolhido à prisão "não receber remuneração da empresa".

Assinado eletronicamente por: PAULO SERGIO DOMINGUES - 10/09/2019 15:36:05 Num. 65524741 - Pág. 3
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Número do documento: 19091015360533000000065196214
6. Da mesma forma o § 1º do art. 116 do Decreto 3.048/1999 estipula que "é devido
auxílio-reclusão aos dependentes do segurado quando não houver
salário-de-contribuição na data do seu efetivo recolhimento à prisão, desde que
mantida a qualidade de segurado", o que regula a situação fática ora deduzida, de
forma que a ausência de renda deve ser considerada para o segurado que está em
período de graça pela falta do exercício de atividade remunerada abrangida pela
Previdência Social. (art. 15, II, da Lei 8.213/1991).

7. Aliada a esses argumentos por si sós suficientes ao desprovimento do Recurso


Especial, a jurisprudência do STJ assentou posição de que os requisitos para a
concessão do benefício devem ser verificados no momento do recolhimento à prisão,
em observância ao princípio tempus regit actum. Nesse sentido: AgRg no REsp
831.251/RS, Rel. Ministro Celso Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP),
Sexta Turma, DJe 23.5.2011; REsp 760.767/SC, Rel. Ministro Gilson Dipp, Quinta
Turma, DJ 24.10.2005, p. 377; e REsp 395.816/SP, Rel. Ministro Fernando
Gonçalves, Sexta Turma, DJ 2.9.2002, p. 260.

TESE PARA FINS DO ART. 543-C DO CPC/1973

8. Para a concessão de auxílio-reclusão (art. 80 da Lei 8.213/1991), o critério de


aferição de renda do segurado que não exerce atividade laboral remunerada no
momento do recolhimento à prisão é a ausência de renda, e não o último salário de
contribuição.

CASO CONCRETO

9. Na hipótese dos autos, o benefício foi deferido pelo acórdão recorrido no mesmo
sentido do que aqui decidido.

10. Recurso Especial não provido. Acórdão submetido ao regime do art. 1.036 do
CPC/2015 e da Resolução 8/2008 do STJ.

(Processo REsp 1485417 / MS, RECURSO ESPECIAL 2014/0231440-3, Relator(a)


Ministro HERMAN BENJAMIN (1132), STJ, S1 - PRIMEIRA SEÇÃO, Data do
Julgamento: 22/11/2017, Data da Publicação/Fonte: DJe 02/02/2018)”

Assim, se comprovados os requisitos exigidos para sua concessão, o auxílio-reclusão é devido a partir da data
do efetivo recolhimento do segurado à prisão, se requerido no prazo de 30 (trinta) dias a contar daquela, ou,
se fora dele, desde a data do requerimento.

Os critérios de fixação da renda mensal inicial decorrem de lei, competindo ao INSS tão apenas observar as
regras vigentes.

NO CASO CONCRETO

A parte é filha do segregado (id. 579660), e sendo esta menor de idade na época em que seu genitor foi preso,
sua dependência em relação a ele é presumida (art. 16, I, da Lei 8213/91).

A certidão expedida pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Governo do Estado de Mato Grosso
do Sul (id. 579660) comprova que o pai da parte autora foi preso em 29.08.2014.

Assinado eletronicamente por: PAULO SERGIO DOMINGUES - 10/09/2019 15:36:05 Num. 65524741 - Pág. 4
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Número do documento: 19091015360533000000065196214
O extrato do sistema CNIS (id. 579663) revela a existência de vínculo empregatício no momento da prisão,
restando evidenciado o preenchimento do requisito de qualidade de segurado.

Quanto à condição de baixa renda do segurado recluso, o extrato do sistema CNIS (id. 579663) indica que
seu salário à época do encarceramento era de R$ 1.000,00, valor inferior ao limite de R$ 1.025,81,
estabelecido para o período pela Portaria MPS nº 19, de 10/01/2014.

Em relação ao pedido administrativo, em que pese ter sido protocolado em 19.10.2015 (id. 579660), após a
soltura do segurado recluso em 16.03.2015 (id. 579660), verifico que o autor era menor de idade (id. 579660)
na data da prisão, não correndo contra eles a prescrição, nos termos do artigo 198, I, do Código Civil.

Preenchidos os requisitos legais, de rigor a manutenção da concessão do auxílio reclusão de 29.08.2014 à


16.03.2015.

No que tange aos critérios de atualização do débito, por tratar-se de consectários legais, revestidos de
natureza de ordem pública, são passíveis de correção de ofício, conforme precedentes do Superior Tribunal
de Justiça:

PROCESSUAL CIVIL. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. ART. 1º-F DA LEI N. 9.494/97.


APLICAÇÃO IMEDIATA. ART. 5º DA LEI N. 11.960/09. DECLARAÇÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL POR ARRASTAMENTO (ADIN 4.357/DF). ÍNDICE
DE CORREÇÃO MONETÁRIA APLICÁVEL: IPCA. JULGAMENTO DE ADI NO STF.
SOBRESTAMENTO. INDEFERIMENTO.

.....................

5. A correção monetária e os juros de mora, como consectários legais da condenação


principal, possuem natureza de ordem pública e podem ser analisados até mesmo de ofício,
bastando que a matéria tenha sido debatida na Corte de origem. Logo, não há falar em
reformatio in pejus.

..........................................

(AgRg no AREsp 288026/MG, Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, DJe 20/02/2014)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. OBSERVÂNCIA


DA CORREÇÃO MONETÁRIA EM SEDE DE REEXAME NECESSÁRIO. NÃO
OCORRÊNCIA DE VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DO NON REFORMATIO IN PEJUS E DA
INÉRCIA DA JURISDIÇÃO. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA QUE NÃO DEPENDE DE
RECURSO VOLUNTÁRIO PARA A CORTE ESTADUAL.

1. A correção monetária, assim como os juros de mora, incide sobre o objeto da condenação
judicial e não se prende a pedido feito em primeira instância ou a recurso voluntário dirigido
à Corte estadual. É matéria de ordem pública, cognoscível de ofício em sede de reexame
necessário, máxime quando a sentença afirma a sua incidência, mas não disciplina
expressamente o termo inicial dessa obrigação acessória.

2. A explicitação do momento em que a correção monetária deverá incidir no caso concreto


feita em sede de reexame de ofício não caracteriza reformatio in pejus contra a Fazenda
Pública estadual, tampouco ofende o princípio da inércia da jurisdição.

Assinado eletronicamente por: PAULO SERGIO DOMINGUES - 10/09/2019 15:36:05 Num. 65524741 - Pág. 5
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Número do documento: 19091015360533000000065196214
3. Agravo regimental não provido.

(AgRg no REsp 1291244/RJ, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA,


julgado em 26/02/2013, DJe 05/03/2013)

Assim, corrijo a sentença, e estabeleço que as parcelas vencidas deverão ser corrigidas monetariamente e
acrescidas de juros de mora pelos índices constantes do Manual de Orientação para a elaboração de Cálculos
na Justiça Federal vigente à época da elaboração da conta, observando-se, em relação à correção monetária, a
aplicação do IPCA-e em substituição à TR – Taxa Referencial, consoante decidido pelo Plenário do Supremo
Tribunal Federal no RE nº 870.947, tema de repercussão geral nº 810, em 20.09.2017, Relator Ministro Luiz
Fux.

Nesse passo, acresço que os embargos de declaração opostos perante o STF contra tal julgado tem por
objetivo único a modulação dos seus efeitos para atribuição de eficácia prospectiva, pelo que o excepcional
efeito suspensivo concedido por meio da decisão proferida em 24.09.2018 e publicada no DJE de 25.09.2018,
surtirá efeitos apenas no tocante à definição do termo inicial da incidência do IPCA-e, que deverá ser
observado quando da liquidação do julgado.

Os honorários de advogado devem ser mantidos em 10% do valor da condenação, consoante o entendimento
desta Turma e o disposto §§ 2º e 3º do artigo 85 do Código de Processo Civil/2015, considerando as parcelas
vencidas até a data da sentença, nos termos da Súmula nº 111 do Superior Tribunal de Justiça.

Por fim, considerando o não provimento do recurso, de rigor a aplicação da regra do §11 do artigo 85 do
CPC/2015, pelo que determino, a título de sucumbência recursal, a majoração dos honorários de advogado
arbitrados na sentença em 2%.

Diante do exposto, de ofício, corrijo a sentença para fixar a DIB na data da prisão do segurado e para fixar os
critérios de atualização do débito, NEGO PROVIMENTO à apelação do INSS e, com fulcro no §11º do
artigo 85 do Código de Processo Civil, majoro os honorários de advogado em 2% sobre o valor arbitrado na
sentença, nos termos da fundamentação exposta.

É o voto.

Assinado eletronicamente por: PAULO SERGIO DOMINGUES - 10/09/2019 15:36:05 Num. 65524741 - Pág. 6
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Número do documento: 19091015360533000000065196214
EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO CÍVEL. AUXÍLIO RECLUSÃO. CONDIÇÃO DE BAIXA RENDA DO


SEGURADO DEMONSTRADA. PEDIDO ADMINISTRATIVO APÓS A SOLTURA DO SEGURADO.
IRRELEVANTE. TERMO INICIAL DO BENEFÍCIO. JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. MANUAL
DE CÁLCULOS NA JUSTIÇA FEDERAL E LEI Nº 11.960/2009. SUCUMBÊNCIA RECURSAL.
HONORÁRIOS DE ADVOGADO MAJORADOS.

1. O auxílio-reclusão é benefício previdenciário devido aos dependentes do segurado nos termos do artigo 80
da Lei n° 8.213/1991.

2. A renda a ser aferida é a do detento e não a de seus dependentes. (RE 587365, Rel. Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe 08/05/2009).

3. Pedido administrativo protocolado após a soltura do segurado recluso, irrelevância, autores menores de
idade na data da prisão, não correndo contra eles a prescrição.

4. Termo inicial do beneficio fixado na data da prisão. Menor impúbere. Fixação de ofício.

5. Juros e correção monetária pelos índices constantes do Manual de Orientação para a elaboração de
Cálculos na Justiça Federal vigente à época da elaboração da conta, observando-se, em relação à correção
monetária, a aplicação do IPCA-e em substituição à TR – Taxa Referencial, consoante decidido pelo Plenário
do Supremo Tribunal Federal no RE nº 870.947, tema de repercussão geral nº 810, em 20.09.2017, Relator
Ministro Luiz Fux, observado quanto a este o termo inicial a ser fixado pela Suprema Corte no julgamento
dos embargos de declaração. Correção de ofício.

6. Sucumbência recursal. Honorários de advogado majorados em 2% do valor arbitrado na sentença. Artigo


85, §11, Código de Processo Civil/2015.

7. Sentença corrigida de ofício. Apelação do INSS não provida.

Assinado eletronicamente por: PAULO SERGIO DOMINGUES - 10/09/2019 15:36:05 Num. 65524745 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19091015360521200000065199818
Número do documento: 19091015360521200000065199818
Poder Judiciário

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

Sessão de Julgamento da 7ª Turma


Presidente da Sessão: Des. Fed. TORU YAMAMOTO
Procurador(a) da República: Dr(a). SANDRA AKEMI SHIMADA KISHI
Secretário(a): SUELY LEIKO MIURA
Relator: Gab. 24 - DES. FED. PAULO DOMINGUES
Processo nº 5001913-87.2017.4.03.9999 - APELAÇÃO CÍVEL (198)
APELANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
APELADO: L. F. D. S.
OUTROS PARTICIPANTES:

CERTIDÃO DE JULGAMENTO

Certifico que a Egrégia 7ª Turma, ao apreciar o processo em epígrafe, em sessão realizada em 26/08/2019,
proferiu a seguinte decisão:

"a Sétima Turma, por unanimidade, decidiu de ofício, corrigir a sentença para fixar a DIB na data da prisão do segurado e
para fixar os critérios de atualização do débito, NEGAR PROVIMENTO à apelação do INSS e, com fulcro no §11º do artigo
85 do Código de Processo Civil, majorar os honorários de advogado em 2% sobre o valor arbitrado na sentença".

Participaram da Sessão de Julgamento os(as) Exmos(as). Senhores(as) Desembargadores(as) Federais:

CARLOS EDUARDO DELGADO, INES VIRGINIA PRADO SOARES, PAULO SERGIO DOMINGUES e TORU YAMAM

São Paulo, 26 de agosto de 2019.

SUELY LEIKO MIURA

Secretário(a) da Sessão

Assinado eletronicamente por: SUELY LEIKO MIURA - 02/09/2019 17:34:05 Num. 90121604 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19090217340552600000089738595
Número do documento: 19090217340552600000089738595
APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5001913-87.2017.4.03.9999
RELATOR: Gab. 24 - DES. FED. PAULO DOMINGUES
APELANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

APELADO: LAIS FERNANDA DA SILVA


Advogado do(a) APELADO: FABIO ADRIANO ROMBALDO - MS19434

INTIMAÇÃO DE PAUTA DE JULGAMENTO

O processo supra referido foi incluído na Sessão abaixo indicada, a qual será realizada em ambiente exclusivamente eletrônico,
podendo, entretanto, nesta ou nas subsequentes, serem julgados os processos adiados ou remanescentes.

Ficam as partes intimadas para que, no prazo de 5 (cinco dias), por meio do endereço UTU7@trf3.jus.br, demonstrem interesse em que
o julgamento seja realizado de forma presencial, para fins de realização de sustentação oral ou por outro motivo relevante, ficando o
feito automaticamente adiado para a sessão presencial subsequente, independentemente de nova intimação.

________________________________________________________________________

Sessão de Julgamento

Data: 26.08.2019

Horário: 14:00 hs

Local: - SÉTIMA TURMA - Av. Paulista, 1842, Torre Sul, Cerqueira Cesar, São Paulo - SP

Assinado eletronicamente por: ANDRESSA BASTOS GONCALVES VIEIRA - 01/08/2019 15:27:46 Num. 85763276 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19080115274649800000085406309
Número do documento: 19080115274649800000085406309
APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5001913-87.2017.4.03.9999
RELATOR: Gab. 24 - DES. FED. PAULO DOMINGUES
APELANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
APELADO: LAIS FERNANDA DA SILVA
Advogado do(a) APELADO: FABIO ADRIANO ROMBALDO - MS19434

INTIMAÇÃO DE PAUTA DE JULGAMENTO

O processo supra referido foi incluído na Sessão abaixo indicada, a qual será realizada em ambiente exclusivamente eletrônico,
podendo, entretanto, nesta ou nas subsequentes, serem julgados os processos adiados ou remanescentes.

Ficam as partes intimadas para que, no prazo de 5 (cinco dias), por meio do endereço UTU7@trf3.jus.br, demonstrem interesse em que
o julgamento seja realizado de forma presencial, para fins de realização de sustentação oral ou por outro motivo relevante, ficando o
feito automaticamente adiado para a sessão presencial subsequente, independentemente de nova intimação.

________________________________________________________________________

Sessão de Julgamento

Data: 26.08.2019

Horário: 14:00 hs

Local: - SÉTIMA TURMA - Av. Paulista, 1842, Torre Sul, Cerqueira Cesar, São Paulo - SP

Assinado eletronicamente por: ANDRESSA BASTOS GONCALVES VIEIRA - 01/08/2019 15:27:46 Num. 85763275 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19080115274636700000085406308
Número do documento: 19080115274636700000085406308
Justiça Federal
Tribunal Regional Federal da 3ª Região

São Paulo/SP, 23 de julho de 2019.


Intimação da Pauta de Julgamentos
Destinatário: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, LAIS FERNANDA DA SILVA e Ministério Público Federal
O processo nº 5001913-87.2017.4.03.9999 ( APELAÇÃO CÍVEL (198) ) foi incluído na Sessão abaixo indicada, podendo, entretanto,
nesta ou nas subsequentes, serem julgados os processos adiados ou remanescentes

Sessão de Julgamento
Data: 26-08-2019
Horário: 14:00
Local: SÉTIMA TURMA - Av. Paulista, 1842, Torre Sul, Cerqueira Cesar, São Paulo - SP

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 23/07/2019 15:31:54 Num. 82776680 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19072315315423000000082426069
Número do documento: 19072315315423000000082426069
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA – 3ª REGIÃO
PROCESSO N.º 5001913-87.2017.4.03.9999
APELAÇÃO CÍVEL
APELANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
APELADA: LAÍS FERNANDA DA SILVA incapaz
MUNICÍPIO: ELDORADO/MS
RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO DOMINGUES – 7ª TURMA

Documento assinado via Token digitalmente por ALICE KANAAN, em 20/05/2019 14:21. Para verificar a assinatura acesse
APELAÇÃO CÍVEL. BENEFÍCIO
PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-RECLUSÃO.
ART. 201, INCISO IV, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ARTIGO 80
DA LEI N.º 8.213/91. REQUISITOS
PREENCHIDOS. PEDIDO REALIZADO

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APÓS A SOLTURA DO SEGURADO.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
MANIFESTAÇÃO PELO DESPROVIMENTO
DA APELAÇÃO.

Egrégio Tribunal,

Colenda Turma,

Trata-se de Apelação em ação ordinária


interposta em face da r. sentença de ID nº 579663, que julgou
procedente o pedido feito na inicial de concessão do benefício
previdenciário de auxílio-reclusão, previsto pelo art. 201,
inciso IV, da Constituição Federal, regulamentado pela Lei n.º
8.213/91 (art. 80).

A Autarquia Previdenciária interpôs recurso de


apelação (ID nº 579664), pugnando pela reforma da r. sentença.
Subsidiariamente, requer a minoração dos honorários
advocatícios.

1
Processo n.º 5001913-87.2017.4.03.9999
FFE/AK/Parecer n.º 308-p/2019/Auxílio-reclusão

Assinado eletronicamente por: ALICE KANAAN - 20/05/2019 14:21:47 Num. 62988468 - Pág. 1
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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA – 3ª REGIÃO

As contrarrazões foram apresentadas sob o ID nº


579664.

É o breve relatório. Passo a opinar.

Documento assinado via Token digitalmente por ALICE KANAAN, em 20/05/2019 14:21. Para verificar a assinatura acesse
I – DA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO

A questão central em torno da qual gira a

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presente demanda diz com o pleito do benefício previdenciário
de auxílio-reclusão.

O referido benefício está previsto no art. 201,


inciso IV, da Constituição Federal, sendo regulamentado pela
Lei n.º 8.213/91 (art. 80), in verbis:

“Art. 201. A previdência social será organizada sob


a forma de regime geral, de caráter contributivo e
de filiação obrigatória, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e
atenderá, nos termos da lei, a:
(...)
IV – salário-família e auxílio-reclusão para os
dependentes dos segurados de baixa renda.”.

“Art. 80. O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas


condições da pensão por morte aos dependentes do
segurado recolhido à prisão, que não receber
remuneração da empresa nem estiver em gozo de
auxílio-doença, de aposentadoria ou de abono de
permanência em serviço.
Parágrafo único. O requerimento do auxílio-reclusão
deverá ser instruído com certidão do efetivo
recolhimento à prisão, sendo obrigatória, para a
manutenção do benefício, a apresentação de
declaração de permanência na condição de
presidiário.”.

2
Processo n.º 5001913-87.2017.4.03.9999
FFE/AK/Parecer n.º 308-p/2019/Auxílio-reclusão

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PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA – 3ª REGIÃO

Dessa forma, a concessão deste benefício está


condicionada ao preenchimento dos seguintes requisitos: a)
recolhimento do segurado à prisão; b) condição de segurado do
recluso; c) condição de dependente do requerente; d) renda
bruta mensal do segurado igual ou inferior ao limite legal.

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No caso concreto, a qualidade de recluso do
segurado, durante o período de 29/08/2014 a 17/03/2015, está
comprovada pela juntada dos documentos de ID’s nºs 579660 e

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579663 (Certidões de Recolhimento Prisional).

Quanto à condição de segurado, constata-se que o


último vínculo empregatício do segurado encerrou-se em
17/04/2015 (ID nº 579660), data posterior a sua soltura.
Portanto, preenchido este requisito.

Em relação ao terceiro requisito, conforme


documento acostado (ID nº 579660), observa-se que a autora é
filha menor de idade, enquadrando-se na condição de
dependentes do segurado, nos termos do art. 16, I, da Lei n.º
8.213/91, sendo presumida esta dependência econômica:

“Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de


Previdência Social, na condição de dependentes do
segurado:
I – o cônjuge, a companheira, o companheiro e o
filho não emancipado, de qualquer condição, menor de
21 (vinte e um) anos ou inválido;
II – os pais;
III – o irmão não emancipado, de qualquer condição,
menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido
(…)

3
Processo n.º 5001913-87.2017.4.03.9999
FFE/AK/Parecer n.º 308-p/2019/Auxílio-reclusão

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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
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§ 4º. A dependência econômica das pessoas indicadas
no inciso I é presumida e a das demais deve ser
comprovada.” (g.n.)

Por fim, preenchido o quarto requisito atinente


à hipossuficiência. O salário-de-contribuição do segurado, à

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época do recolhimento à prisão, era de R$ 1.000,00 (um mil
reais), sendo que o limite legal estipulado pela Portaria
Ministerial nº 19/2014 era de R$ 1.025,81 (um mil e vinte e
cinco reais e oitenta e um centavos).

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 1091AF44.909937C9.B4173413.33342E43


Por fim, o INSS afirma que o benefício não pode
ser concedido quando requerido após a soltura do segurado, nos
termos do art. 119 do Decreto nº 3048/99, como ocorreu no caso
concreto.

Contudo, no caso concreto, a parte autora é


menor impúbere e contra ela não correm os prazos
prescricionais, nos termos do art. 198, I, do CC e do antigo
art. 79 da Lei nº 8.213/91, então vigente à época da prisão do
segurado.

Assim sendo, o fato de o benefício em questão


ter sido solicitado pela autora após a soltura de seu genitor
não altera seu direito à concessão do auxílio-reclusão.

Neste sentido, jurisprudência abaixo:

“PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-RECLUSÃO. GENITOR RECLUSO.


REQUISITO DA BAIXA RENDA. SEGURADO DESEMPREGADO.
PROCEDÊNCIA. ART. 119 DO DECRETO Nº 3.048/99.
4
Processo n.º 5001913-87.2017.4.03.9999
FFE/AK/Parecer n.º 308-p/2019/Auxílio-reclusão

Assinado eletronicamente por: ALICE KANAAN - 20/05/2019 14:21:47 Num. 62988468 - Pág. 4
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19052014221179900000062671252
Número do documento: 19052014221179900000062671252
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA – 3ª REGIÃO
INAPLICABILIDADE. DEPENDENTE ABSOLUTAMENTE INCAPAZ.
TERMOS INICIAL E FINAL. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS
MORATÓRIOS. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. I- Preenchidos
os requisitos previstos no art. 80 da Lei nº
8.213/91, há de ser concedido o auxílio-reclusão.
II- In casu, a presente ação foi ajuizada, em
11/11/13, pelo filho menor do recluso. Encontra-se
acostada aos autos a cópia da carteira de identidade
do autor (fls. 7), comprovando ser o mesmo filho

Documento assinado via Token digitalmente por ALICE KANAAN, em 20/05/2019 14:21. Para verificar a assinatura acesse
menor do detento. Outrossim, a qualidade de segurado
do genitor ficou comprovada, conforme cópia da CTPS
de fls. 52 e extrato de consulta realizada no CNIS -
Cadastro Nacional de Informações Sociais de fls.
119, nos quais constam o último vínculo de trabalho
no período de 3/12/10 a 18/2/11. A prisão ocorreu em
3/1/12, ou seja, no prazo previsto no art. 15 da Lei

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 1091AF44.909937C9.B4173413.33342E43


nº 8.213/91. Ademais, foram juntados a fls. 13 e 31
a Certidão de Recolhimento Prisional, expedida em
14/6/13, e o Alvará de Soltura, constando as
informações de que a detenção ocorreu em 3/1/12, no
Centro de Detenção Provisória "Félix Nobre de
Campos", tendo sido cumprida a pena privativa de
liberdade em 28/8/13, com cumprimento do alvará de
soltura em favor do sentenciado em 29/8/13 (fls.
31vº). III- O segurado encontrava-se desempregado à
época da prisão, cumprindo, portanto, o requisito da
baixa renda. IV- O termo inicial de concessão do
benefício deve ser fixado na data do recolhimento do
segurado à prisão (3/1/12 - fls. 13) - não obstante
o requerimento de concessão tenha sido formulado
apenas em 21/2/14 (fls. 69) -, por entender que a
parte autora - menor absolutamente incapaz - não
pode ser prejudicada pela inércia de seu
representante legal. O termo final em 29/8/13, data
da soltura do sentenciado. V- Não se aplica na
hipótese vertente o art. 119, do Decreto nº
3.048/99, a qual veda a concessão do auxílio
reclusão após a soltura do segurado. Como bem
asseverou a I. Representante do Parquet Federal a
fls. 112vº, o requerente "nascido em 21/04/2000, na
data da propositura da presente ação e do protocolo
do requerimento administrativo, respectivamente em
11/11/2013 (fl.02) e 21/02/2014 (fls.28 e 39), ainda
era absolutamente incapaz, nos termos do art. 3º do
Código Civil. Assim, uma vez comprovado que a parte
autora se trata de menor impúbere, contra ela não
correm os prazos decadencial e/ou prescricional, a
teor do art. 198, inciso I, do Código Civil, e dos
5
Processo n.º 5001913-87.2017.4.03.9999
FFE/AK/Parecer n.º 308-p/2019/Auxílio-reclusão

Assinado eletronicamente por: ALICE KANAAN - 20/05/2019 14:21:47 Num. 62988468 - Pág. 5
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19052014221179900000062671252
Número do documento: 19052014221179900000062671252
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA – 3ª REGIÃO
arts. 79 e 103, parágrafo único, ambos da Lei nº
8.213/91. (...) A propósito, insta ressaltar que, em
casos idênticos ao presente, o próprio INSS, por
meio de suas 4ª e 5ª Juntas de Recursos do CRPS, nos
processos 44232.162315/2014-03 e 35918.007556/2015-
63, expressamente reconheceu a não incidência do
disposto no art. 119 do Decreto-Lei nº 3.048/99 na
hipótese de dependente absolutamente incapaz". VI- A
correção monetária deve incidir desde a data do

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vencimento de cada prestação e os juros moratórios a
partir da citação, momento da constituição do réu em
mora. Com relação aos índices de atualização
monetária e taxa de juros, deve ser observado o
Manual de Orientação de Procedimentos para os
Cálculos na Justiça Federal que estiver em vigor no
momento da execução do julgado. VII- A verba

http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 1091AF44.909937C9.B4173413.33342E43


honorária fixada, no presente caso, à razão de 10%
sobre o valor da condenação remunera condignamente o
serviço profissional prestado. VIII- Apelação
provida.” (g.n.)
(TRF 3º Região – 8ª Turma – 0001894-
14.2013.4.03.6118 – Rel. Des. Fed. Newton de Lucca –
DJ 18/10/2017).

“PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-RECLUSÃO. PERÍODO DE PRISÃO


QUE SE ENCERROU ANTES DO REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO. IRRELEVÂNCIA. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA
QUE DEFERIU O BENEFÍCIO. 1. Não restam dúvidas de
que ocorreram todos os fatos necessários à
incidência da norma concessiva do auxílio-reclusão,
dado que os beneficiários são vinculados ao sistema
previdenciário e o segurado esteve preso de
fevereiro a maio de 2011. 2. O indeferimento do
benefício, em sede administrativa, decorreu do fato
do requerimento administrativo ter sido apresentado
no mês de julho de 2011, após a soltura do segurado.
3. Sem razão do INSS quando sustenta dever o
benefício ser concomitante com a prisão, até porque
enquanto preso faltam ao interessado as condições
materiais para promover o requerimento. Demais
disso, no caso o requerimento foi apresentado há
menos de 30 dias da soltura. 4. Sobre as parcelas
devidas aplica-se o critério de atualização previsto
no Manual de Cálculos da Justiça Federal, a contar
do débito e juros de mora de 0,5% ao mês, a partir
citação (Lei nº 9.494/97, art.1º-F, dada pela Medida

6
Processo n.º 5001913-87.2017.4.03.9999
FFE/AK/Parecer n.º 308-p/2019/Auxílio-reclusão

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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA – 3ª REGIÃO
Provisória nº 2.180-35, 2001). 5. Apelação
parcialmente provida, apenas para determinar que as
parcelas atrasadas sejam atualizadas pelos índices
previstos no Manual de Cálculos da Justiça Federal,
a contar do débito, com juros de mora de 0,5% ao
mês, a contar da citação, em todo o período devido.”
(g.n.)
(TRF 5º Região – 2ª Turma – 0001461-
79.2015.4.05.9999 – Rel. Des. Fed. Paulo Roberto de

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Oliveira Lima – DJ 09/07/2015).

II – DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

O ordenamento legal pátrio determina que os

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honorários devem ser fixados equitativamente pelo Juiz,
atendendo-se aos seguintes requisitos: o grau de zelo do
profissional; o lugar de prestação dos serviços; a natureza e
importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o
tempo exigido para o seu serviço.

Cabe ressaltar que é assegurada


discricionariedade apenas ao Poder Judiciário para a
determinação dos percentuais referentes à fixação dos
honorários advocatícios, nos termos acima asseverados, não
cabendo a esse Parquet Federal estipular o percentual exato a
ser aplicado in casu.

Ante o exposto, opina o Ministério Público


Federal pelo DESPROVIMENTO do recurso de apelação do INSS.

São Paulo, 17 de maio de 2019.

ALICE KANAAN
PROCURADORA REGIONAL DA REPÚBLICA
7
Processo n.º 5001913-87.2017.4.03.9999
FFE/AK/Parecer n.º 308-p/2019/Auxílio-reclusão

Assinado eletronicamente por: ALICE KANAAN - 20/05/2019 14:21:47 Num. 62988468 - Pág. 7
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19052014221179900000062671252
Número do documento: 19052014221179900000062671252
APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5001913-87.2017.4.03.9999
RELATOR: Gab. 24 - DES. FED. PAULO DOMINGUES
APELANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
APELADO: LAIS FERNANDA DA SILVA
Advogado do(a) APELADO: FABIO ADRIANO ROMBALDO - MS19434

Tendo em vista a existência de interesses de incapaz, encaminhem-se os autos ao Ministério Público


Federal para parecer.

Após, voltem conclusos.

4 de abril de 2019

Assinado eletronicamente por: PAULO SERGIO DOMINGUES - 29/04/2019 19:41:07 Num. 48733875 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19040416560633100000048446879
Número do documento: 19040416560633100000048446879
PEDIDO DE PAUTA PARA ANÁLISE OU REDISTRIBUIÇÃO DO FEITO - INTERESSES DE MENOR.

Assinado eletronicamente por: FABIO ADRIANO ROMBALDO - 28/11/2018 16:02:28 Num. 8120387 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18112816022831800000007898621
Número do documento: 18112816022831800000007898621
EXCELENTISSIMO SENHOR DESEMBARGADOR FEDERAL, RELATOR DA
7ª TURMA DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO.

APELAÇÃO: 5001913-87.2017.4.03.9999

LAÍS FERNANDA DA SILVA, representada por Maria


Inez Martins Batista da Silva, ambas já devidamente qualificadas
nestes autos, vêm, mui respeitosamente perante Vossa Excelência,
através de seu procurador legalmente constituído, requerer a
redistribuição do feito tendo em vista o demasiado transcurso de tempo
em que os autos encontram-se paralisados, sem que a parte autora
tenha contribuído para tal, os prementes interesses da menor, a baixa
complexidade do tema em discussão e o término do ano forense que
já se avista.

Pelo deferimento.

Eldorado/MS, aos 28 de novembro de 2018.

FABIO ADRIANO ROMBALDO


OAB/MS 19.434

Assinado eletronicamente por: FABIO ADRIANO ROMBALDO - 28/11/2018 16:02:28 Num. 8120388 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18112816022845200000007898622
Número do documento: 18112816022845200000007898622
APELAÇÃO (198) Nº 5001913-87.2017.4.03.9999
RELATOR: Gab. 24 - DES. FED. PAULO DOMINGUES
APELANTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
Advogado do(a) APELANTE:
APELADO: LAIS FERNANDA DA SILVA
Advogado do(a) APELADO: FABIO ADRIANO ROMBALDO - MS1943400A

INFORMAÇÃO

Exmo. Desembargador Federal PAULO DOMINGUES, Relator,

Com o devido acatamento, informo que o presente recurso foi livremente distribuído a relatoria de Vossa Excelência na E. Sétima
Turma.

Informo ainda que, em consulta ao SIAPRO - Sistema Informatizado de Acompanhamento Processual, bem como ao Sistema PJe –
Processo Judicial Eletrônico, ambos desta Corte, nas rotinas disponíveis para esta Subsecretaria, em nome de LAIS FERNANDA DA
SILVA e com relação ao feito originário informado, qual seja, feito nº 0800587-55.2015.8.12.0033 da 1ª Vara da Comarca de
Eldorado/MS, verifiquei inexistir feito anteriormente distribuído.

Sendo o que me cumpria informar, faço os autos conclusos à elevada consideração de Vossa Excelência.

São Paulo, 02 de maio de 2017.

Maria Fernanda Rodrigues Fernandes de Paula – RF 2745

Técnica Judiciária

Assinado eletronicamente por: MARIA FERNANDA RODRIGUES FERNANDES DE PAULA - 02/05/2017 19:26:06 Num. 579743 - Pág. 1
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Número do documento: 17050219260671900000000566529
Assinado eletronicamente por: MARIA FERNANDA RODRIGUES FERNANDES DE PAULA - 02/05/2017 19:26:06 Num. 579743 - Pág. 2
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Número do documento: 17050219260671900000000566529
Poder Judiciário

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

Subsecretaria de Registro e Informações Processuais

CERTIDÃO

Certifico que anexei os documentos do feito originário.

São Paulo, 02 de maio de 2017.

Maria Fernanda Rodrigues Fernandes de Paula – RF 2745

Técnica Judiciária

Assinado eletronicamente por: MARIA FERNANDA RODRIGUES FERNANDES DE PAULA - 02/05/2017 19:13:14 Num. 579654 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=17050219131435400000000566440
Número do documento: 17050219131435400000000566440
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA
COMARCA DE ELDORADO/MS.

LAÍS FERNANDA DA SILVA, brasileira, menor


impúbere, filha de LEANDRO BATISTA DA SILVA, residente e domiciliada na Rua
Guaíba, n. 474, fundos, centro, em Eldorado/MS, neste ato representada por sua avó
paterna, MARIA INEZ MARTINS BATISTA DA SILVA, brasileira, separada, inscrita
no CPF n. 560.068.961-68, com idêntica residência e domicílio, vem, mui
respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de seu procurador judicial
constituído (instrumento de mandato em anexo), ajuizar a presente:

AÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE CONCESSÃO DE AUXÍLIO-RECLUSÃO

em face do Instituto Nacional de Seguro Social – INSS, na


pessoa de seu representante legal, cujo endereço para citações e intimações é a Avenida
Weimar Gonçalves Torres, 1345 - Vila Real, Dourados - MS, 79.800-010, com os
seguintes fundamentos fáticos e jurídicos a serem, a seguir, deduzidos.

Assinado eletronicamente por: MARIA FERNANDA RODRIGUES FERNANDES DE PAULA - 02/05/2017 19:13:14 Num. 579659 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=17050219122107900000000566445
Número do documento: 17050219122107900000000566445
I – Dos Fatos:

A autora, menor absolutamente incapaz, é, conforme


certidão nascimento em anexo, filha de Leandro Batista da Silva, nascida em 18/02/2012.

A dependência econômica ao seu genitor, forte em uníssona


doutrina e jurisprudência sobre o assunto, é, deveras, presumida.

Em data de 29/08/2014, seu genitor foi capturado em


virtude de ordem judicial de aprisionamento oriunda da comarca de Rosana/SP, situação
que perdurou até 16/03/2015.

Por ocasião da ventilada captura, o genitor exercia


atividade laborativa, sob formal e escorreito vínculo empregatício, o que, sabe-se,
confere-lhe a condição de segurado obrigatório da autarquia ora demandada (cópia CTPS
e CNIS em anexo).

Na precisa data de 29/06/2015, a autora pleiteou, sem


sucesso, a concessão do respectivo benefício de auxílio-reclusão: a autarquia ora
demandada entendeu que, na data do requerimento, o instituidor, que já não se encontrava
em cárcere, impossibilitava o atendimento do pleito formulado, suscitando a busca pela
tutela judicial.

II – Do Direito:

O auxílio-reclusão é espécie de benefício previdenciário


que visa a amparar os dependentes do segurado, quando este se encontrar em situação de
reclusão.

A legislação previdenciária prevê a concessão dessa


benesse ao universo dos dependentes do segurado, desde que preenchidos certos
requisitos.

Assinado eletronicamente por: MARIA FERNANDA RODRIGUES FERNANDES DE PAULA - 02/05/2017 19:13:14 Num. 579659 - Pág. 2
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=17050219122107900000000566445
Número do documento: 17050219122107900000000566445
Nessa senda, a previsão legal desse benefício
previdenciário encontra-se no art. 80 da Lei de Regência (8.213/91) que assim preconiza:

“O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições da


pensão por morte, aos dependentes do segurado recolhido à prisão, que não receber
remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio doença, de aposentadoria ou
de abono de permanência em serviço.

Parágrafo único. O requerimento do auxílio-reclusão


deverá ser instruído com certidão do efetivo recolhimento à prisão, sendo obrigatória,
para a manutenção do benefício, a apresentação de declaração de permanência na
condição de presidiário.”

Ademais, é condição objetiva para seu deferimento que o


instituidor não aufira rendimentos acima do patamar previsto em legislação ordinária
correspondente.

Para o período em que ocorreu a captura, 29 de agosto de


2014, o limite de ganhos mensais previsto remontava a R$ 1025,81, o que
definitivamente, não possui o condão de excluí-lo da hipótese face tal teto abrangir com
folga, a renda percebida por aquele.

Desta forma, a) há, com a documentação ora coligida,


escorreita comprovação da condição de segurado obrigatório; b) o valor de ganhos do
instituidor não ultrapassa o limite legal definido à época; c) é demonstrado o período de
mantença do instituidor em habitáculo prisional; d) a dependência econômica, presumida,
é aplicável, por se tratar de filho menor de 21 anos; e) não corre contra menores,
absolutamente incapazes, a contagem de tempo para fins de prescrição.

Abaixo, tabela demonstrativa que assevera parte do aqui


alegado.

Assinado eletronicamente por: MARIA FERNANDA RODRIGUES FERNANDES DE PAULA - 02/05/2017 19:13:14 Num. 579659 - Pág. 3
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=17050219122107900000000566445
Número do documento: 17050219122107900000000566445
Valor do
Período
Salário de Contribuição Mensal
De 16/12/1998 a
R$ 360,00
31/5/1999
De 1º/6/1999 a
R$ 376,60
31/5/2000
De 1º/6/2000 a
R$ 398,48
31/5/2001
De 1º/6/2001 a
R$ 429,00
31/5/2002
De 1º/6/2002 a
R$ 468,47
31/5/2003
De 1º/6/2003 a
R$ 560,81
31/5/2004
De 1º/6/2004 a
R$ 586,19
30/4/2005
De 1º/5/2005 a
R$ 623,44
31/3/2006
De 1º/4/2006 a
R$ 654,61
31/3/2007
De 1º/4/2007 a
R$ 676,27
28/2/2008
De 1º/3/2008 a
R$ 710,08
31/1/2009
De 1º/2/2009 a
R$ 752,12
31/12/2009
A partir de
R$ 798,30
1º/01/2010 (portaria nº 350, de 30/12/2009)
A partir de
R$ 810,18
1º/01/2010 (portaria nº 333, de 29/06/2010)
A partir de
R$ 862,11
1º/01/2011 (portaria nº568, de 31/12/2010)

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Número do documento: 17050219122107900000000566445
A partir de
R$ 862,60
15/07/2011 (portaria nº407, de 14/07/2011)
A partir de
R$ 915,05
1º/01/2012 (portaria nº 02, de 06/01/2012)
A partir de
R$ 971,78
1º/01/2013 (portaria nº 15, de 10/01/2013)
A partir de
R$ 1.025,81
01/01/2014 (portaria nº 19 de 10/01/2014)

Desta forma, patente o direito da autora em receber o


benefício do auxílio-reclusão.

Repisa-se que o simples fato da autarquia-ré alegar a


intempestividade do pedido formulado uma vez que o instituidor não mais detinha a
qualidade de segurado pois alcançara a liberdade em data pretérita àquele pleito, não
pode, nem deve, prosperar.

Sobre o tema, veja-se:

PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-RECLUSÃO. REGIME DE


ECONOMIA FAMILIAR. REQUISITOS PREENCHIDOS.
MENORES. 1. Restando comprovado nos autos, mediante início
de prova material corroborado pela prova testemunhal, o
exercício da atividade laborativa rural do instituidor do
benefício, no período anterior ao apenamento, é de ser
concedido aos autores o benefício de auxílio-reclusão. 2.
Mantida a sentença que concedeu aos filhos menores
absolutamente incapazes o auxílio-reclusão no período em que
seu pai esteve preso, pois contra esses não corre prescrição, não
se aplicando os prazos prescricionais previstos no art. 74 da Lei
8.213/91. (TRF4, APELREEX 0007376-10.2013.404.9999, Sexta

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Turma, Relator João Batista Pinto Silveira, D.E. 28/06/2013,
sem grifos no original)

No mesmo sentido:

PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO. AUXÍLIO-RECLUSÃO.


SEGURADO DE BAIXA RENDA. DESEMPREGADO.
IMPLEMENTAÇÃO DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS.
TERMO INICIAL DO BENEFÍCIO NA DATA DA
RECLUSÃO. NÃO CORRE PRESCRIÇÃO CONTRA
MENORES DE 16 ANOS. PROCEDÊNCIA DA AÇÃO. I. O
inciso IV do artigo 201 da Constituição Federal restringiu a
concessão do benefício de auxílio-reclusão aos dependentes dos
segurados de baixa renda, e a EC nº 20/98, em seu artigo 13,
veio complementar a referida limitação, considerando
segurados de baixa renda aqueles cuja renda bruta mensal seja
igual ou inferior a R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais), sendo
este valor atualizado periodicamente. II. O segurado não estava
auferindo renda à época de sua reclusão, encontrando-se
desempregado, sendo assim, os seus dependentes fazem jus ao
benefício com fundamento no art. 116, § 1º, do Decreto nº
3.048/99. III. A prescrição quinquenal não ocorre contra os
menores de 16 (dezesseis) anos, a teor do disposto no artigo 169,
inciso I do Código Civil de 1916 (artigo 198, inciso I do Código
Civil de 2003). O resguardo do direito dos menores à obtenção
das parcelas pretéritas, possivelmente abrangidas pela
prescrição, também foi matéria tratada na Lei n.º 8.213/91, em
seu artigo 103, parágrafo único. IV. Agravo a que se nega
provimento. (TRF-3 - AC: 10352 SP 0010352-
03.2011.4.03.6114, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL
WALTER DO AMARAL, Data de Julgamento: 28/01/2014,
DÉCIMA TURMA).

Assinado eletronicamente por: MARIA FERNANDA RODRIGUES FERNANDES DE PAULA - 02/05/2017 19:13:14 Num. 579659 - Pág. 6
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Número do documento: 17050219122107900000000566445
IV. DOS PEDIDOS:

Pelas razões de fato e de Direito acima expostas, requer a


autora:

- Que seja recebida presente peça jurídica inicial, com os


documentos ora acostados, e que Vossa Excelência se digne de julgar TOTALMENTE
PROCEDENTE a presente ação, de maneira que condene a Ré à concessão do benefício
pleiteado, a partir da data da reclusão, uma vez que a autora é filha menor do segurado;

- Que sejam deferidos à autora os benefícios da A.J.G.


(Assistência Judiciária Gratuita), nos termos do artigo 12 da lei federal 1.060/50 e
declaração correlata em anexo;

- Que seja citada a Requerida, na pessoa de seu


representante legal e no endereço alhures descrito, para que apresente, no prazo legal, a
resposta que entender cabível;

- Que condene o Órgão Requerido, no pagamento de


eventuais custas e honorários advocatícios no percentual equivalente a 20% sobre a
condenação, conforme preleciona o art. 20 do Código de Processo Civil.

- Que seja facultada a produção de todos os meios de prova


admitidos no ordenamento pátrio.

Atribui-se à causa o valor de R$5.500,00 (cinco mil e


quinhentos reais).

Nesses termos,

Pede e espera deferimento.

Eldorado/MS, 04 de novembro de 2015.

FABIO ADRIANO ROMBALDO

OAB/MS 19.434

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P oder JudiciáriodoEstadodeM atoG rossodoS ul
ComarcadeEldorado
VaraÚnica
Central deP rocessamentoEletrônico– CP E
Processo nº 0800587-55.2015.8.12.0033
Classe: Procedimento Ordinário - Auxílio-Reclusão (Art. 80)
Requerente:Lais Fernanda da Silva
Requerido: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que recebemos a exordial dos autos


supra a qual foi devidamente protocolada sob o nº
0800587-55.2015.8.12.0033, e ao analisarmos a petição inicial e os
documentos que a instruem verificamos que a página 08 está em
branco e não consta dos autos a procuração do advogado.
Mesmo assim, procedemos à Distribuição da presente
ação que recaiu para Vara Única e a submetemos à apreciação de
Vossa Excelência para as providências que julgue necessárias.

O referido é verdade e dou fé.

Eldorado, 04 de novembro de 2015

Fabrian de Arruda Bento


Analista Judiciário

Mod. 803992 - Endereço: Rua Assis Chateaubriand, nº 1.555, Fax: (67) 3473-1343, Jardim
das Palmeiras - CEP 79970-000, Fone: (67) 3473-1121, Eldorado-MS - E-mail:
eld-1v@tjms.jus.br

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Número do documento: 17050219123865800000000566448
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA
COMARCA DE ELDORADO/MS.

Autos: 0800587-55.2015.8.12.0033

LAIS FERNANDA DA SILVA, neste ato


representada por MARIA INEZ MARTINS BATISTA DA SILVA, ambas já
qualificadas nos autos de n: 0800587-55.2015.8.12.0033, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu procurador
judicial ora constituído, efetuar a Juntada de Documentos em anexo.

Pelo deferimento de juntada.

Eldorado/MS, 05 de novembro de 2015.

FABIO ADRIANO ROMBALDO

OAB/MS 19434

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Número do documento: 17050219123865800000000566448
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA
COMARCA DE ELDORADO/MS.

Autos: 0800587-55.2015.8.12.0033

LAIS FERNANDA DA SILVA, neste ato


representada por MARIA INEZ MARTINS BATISTA DA SILVA, ambas já
qualificadas nos autos de n: 0800587-55.2015.8.12.0033, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seu procurador
judicial ora constituído, efetuar a Juntada de Documentos em anexo.

Pelo deferimento de juntada.

Eldorado/MS, 05 de novembro de 2015.

FABIO ADRIANO ROMBALDO

OAB/MS 19434

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P oder JudiciáriodoEstadodeM atoG rossodoS ul
ComarcadeEldorado
VaraÚnica

Autos n.º 0800587-55.2015.8.12.0033


Ação: Procedimento Ordinário
Requerente: Lais Fernanda da Silva
Requerido: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS

Visto, etc.

Intime-se o subscritor da petição inicial para que, no


prazo de 15 (quinze) dias, regularize a representação processual.

Cumpra-se.

Eldorado-MS, 05 de novembro de 2015.

Eduardo Floriano Almeida


Juiz de Direito em Substituição Legal
(assinado por certificação digital)

_____________________________________________________________________________________________ Página 1/1


Rua Assis Chateaubriand, nº 1.555, Fax: (67) 3473-1343, Jardim das Palmeiras - CEP 79970-000, Fone: (67) 3473-1121,
Eldorado-MS - E-mail: eld-1v@tjms.jus.br EW S

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Número do documento: 17050219123865800000000566448
P oder JudiciáriodoEstadodeM atoG rossodoS ul
ComarcadeEldorado
VaraÚnica
Autos n.º 0800587-55.2015.8.12.0033
Ação: Procedimento Ordinário
Requerente: Lais Fernanda da Silva
Requerido: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS

Visto, etc.

Concedo, provisoriamente, a gratuidade judiciária ao


requerente, ressalvada a possibilidade de revogação ex-offício do
benefício até ulterior julgamento, caso, se no curso da ação restar
configurado qualquer das hipóteses previstas nos artigos 7º e 8º da Lei
n.º 1.060/50, sem prejuízo da parte que fizer declaração em falso se
sujeitar às penalidades previstas em lei.

Cite-se o requerido para apresentar contestação, no


prazo de 60 (sessenta) dias.

Com a apresentação, ao requerente para, querendo,


impugnar a contestação, no prazo de 10 (dez) dias.

Após, tornem conclusos.

Cumpra-se.

Eldorado-MS, 11 de dezembro de 2015.

Roberto Hipólito da Silva Junior


Juiz de Direito
(assinado por certificação digital)

_____________________________________________________________________________________________ Página 1/1


Rua Assis Chateaubriand, nº 1.555, Fax: (67) 3473-1343, Jardim das Palmeiras - CEP 79970-000, Fone: (67) 3473-1121,
Eldorado-MS - E-mail: eld-1v@tjms.jus.br EW S

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P oder JudiciáriodoEstadodeM atoG rossodoS ul
ComarcadeEldorado
VaraÚnica
CARTA PRECATÓRIA – Prazo para cumprimento: 30(trinta) dias
DEPRECANTE: Juízo de Direito da Comarca de ELDORADO-MS
DEPRECADO: Juiz Federal de DOURADOS-MS
JUSTIÇA GRATUITA
Autos n° 0800587-55.2015.8.12.0033
Ação: Procedimento Ordinário
Requerente: Lais Fernanda da Silva
Adv.: Fabio Adriano Rombaldo
Requerido: 'Instituto Nacional do Seguro Social - INSS

Melyna Machado Mescouto Fialho, Juiz(a) de Direito da Vara Única da


Comarca de Eldorado, Estado de Mato Grosso do Sul, na forma da Lei,
etc...

FAZ SABER ao Exmo. Sr. Dr. Juiz Federal de DOURADOS-MS, que do


processo acima indicado foi extraída a presente, deprecando o seu cumprimento e
devolução como de direito.

OBJETO: CITAÇÃO DO(AS) REQUERIDO(AS) abaixo


qualificado(as), dos termos da ação proposta, cuja fotocópia da inicial segue em anexo
como parte integrante desta, bem como, para oferecer resposta, querendo, no prazo de
60(sessenta) dias.

ADVERTÊNCIA: Não sendo contestada a ação no prazo marcado, presumir-se-ão


aceitos como verdadeiros os fatos articulados pelo autor na petição inicial (art. 285, c/c o
art. 319, do CPC).

Destinatário(as):
Reqdo: 'Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, Av. Weimar Gonçalves Torres,
1345, Dourados-MS, CEP: 79.800-010.

Eu, ________, Francis Carla Bruch Sugawara, Analista Judiciário,


digitei. Eldorado-(MS), 25 de janeiro de 2016.

Melyna Machado Mescouto Fialho


Juiz(a) de Direito
Certifico ser autêntica a assinatura do Dr. Melyna Machado
Mescouto Fialho, M.M. Juiz(a) de Direito, desta Comarca de
Eldorado-MS. Em 25/01/2016.
________________________________________
Rudney Marcos da Silva Caprioli
Escrevente Judicial

Mod. 990053062 - Endereço: Rua Assis Chateaubriand, nº 1.555, Fax: (67) 3473-1343, Jardim das Palmeiras - CEP
79970-000, Fone: (67) 3473-1121, Eldorado-MS - E-mail: eld-1v@tjms.jus.br

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Documento: ANEXOS 0800587-55.2015.pdf
Remetente: VARA ÚNICA DE ELDORADO ( Francis CarlaBruch Sugawara)
Destinatário: SJMS - Seção de Distribuição e Protocolos - Dourados ( TRF3 )
Data de Envio: 01/02/2016 13:47:38
Assunto: EncaminhaCP paracitação

Código de rastreabilidade: 8122016312966


Documento: CP 0800587-55.2015.pdf
Remetente: VARA ÚNICA DE ELDORADO ( Francis CarlaBruch Sugawara)
Destinatário: SJMS - Seção de Distribuição e Protocolos - Dourados ( TRF3 )
Data de Envio: 01/02/2016 13:47:38
Assunto: EncaminhaCP paracitação

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VaraÚnica

TERMO DE JUNTADA

Autos: 0800587-55.2015.8.12.0033
Ação: Procedimento Ordinário
Parte autora: Lais Fernanda da Silva
Parte ré: ''Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
Cartório: Vara Única

CERTIFICO que em 03 de março de 2016, procedi a juntada das


peças que seguem, liberando-as na pasta digital.

03 de março de 2016

Nicanor Teixeira de Araújo


Analista Judiciário

Mod. [Código do Documento] - Endereço: [Endereço Completo da Vara do Processo]

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A D V O C A C I A - G E R A L D A U N I Ã O
P R O C U R A D O R I A - G E R A L F E D E R A L
P R O C U R A D O R I A F E D E R A L E S P E C I A L I Z A D A J U N T O A O I N S S

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA


VARA ÚNICA DA COMARCA DE ELDORADO/MS

AUTOS nº 0800587-55.2015.8.2.0033
AUTOR (A): LAIS FERNANDA DA SILVA
RÉU: INSS

O INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL –


INSS, autarquia federal, representada pela Procuradoria-Geral Federal, nos autos em
epígrafe, pela Procuradora Federal in fine assinado, vem, respeitosamente à presença de
Vossa Excelência, apresentar sua

CONTESTAÇÃO

à pretensão da parte autora, com fundamento no artigo 300 e


seguintes do Código de Processo Civil e demais normas aplicáveis ao caso, pelos
motivos de fato e de direito que passa a expor:

I - DO PEDIDO E DA CAUDA DE PEDIR

Promove a parte autora a presente ação, objetivando a concessão

do benefício de AUXÍLIO-RECLUSÃO, ao argumento de que preenche os requisitos

necessários.

Avenida Weimar Gonçalves Torres, nº 1345, Jardim Central 1


CEP 79.800-024, Dourados-MS, Telefone (67) 3421-0470.

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A D V O C A C I A - G E R A L D A U N I Ã O
P R O C U R A D O R I A - G E R A L F E D E R A L
P R O C U R A D O R I A F E D E R A L E S P E C I A L I Z A D A J U N T O A O I N S S

Em que pese os argumentos declinados, o pedido exordial não

merece acolhimento.

II – DO MÉRITO

1 - DOS REQUISITOS DO AUXÍLIO-RECLUSÃO

Trata-se de processo que versa acerca do benefício de AUXÍLIO-

RECLUSÃO, previsto na Lei nº 8.213/91, verbis:

Art. 80. O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições


da pensão por morte, aos dependentes do segurado recolhido à
prisão, que não receber remuneração da empresa nem estiver em
gozo de auxílio-doença, de aposentadoria ou de abono de
permanência em serviço.
Parágrafo único. O requerimento do auxílio-reclusão deverá ser
instruído com certidão do efetivo recolhimento à prisão, sendo
obrigatória, para a manutenção do benefício, a apresentação de
declaração de permanência na condição de presidiário.

Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes


prestações:
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-
acidente; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)

Em complemento, o Decreto 3.048/99 determina:

Art. 116. O auxílio-reclusão será devido, nas mesmas condições


da pensão por morte, aos dependentes do segurado recolhido à
prisão que não receber remuneração da empresa nem estiver em
gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência
em serviço, desde que o seu último salário-de-contribuição seja
inferior ou igual a R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais).
§ 1º É devido auxílio-reclusão aos dependentes do segurado
quando não houver salário-de-contribuição na data do seu

Avenida Weimar Gonçalves Torres, nº 1345, Jardim Central 2


CEP 79.800-024, Dourados-MS, Telefone (67) 3421-0470.

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A D V O C A C I A - G E R A L D A U N I Ã O
P R O C U R A D O R I A - G E R A L F E D E R A L
P R O C U R A D O R I A F E D E R A L E S P E C I A L I Z A D A J U N T O A O I N S S

efetivo recolhimento à prisão, desde que mantida a qualidade de


segurado.
§ 2º O pedido de auxílio-reclusão deve ser instruído com
certidão do efetivo recolhimento do segurado à prisão, firmada
pela autoridade competente.
§ 3º Aplicam-se ao auxílio-reclusão as normas referentes à
pensão por morte, sendo necessária, no caso de qualificação de
dependentes após a reclusão ou detenção do segurado, a
preexistência da dependência econômica.
§ 4º A data de início do benefício será fixada na data do efetivo
recolhimento do segurado à prisão, se requerido até trinta dias
depois desta, ou na data do requerimento, se posterior,
observado, no que couber, o disposto no inciso I do art. 105.
(Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de 9.6.2003)
§ 5º O auxílio-reclusão é devido, apenas, durante o período em
que o segurado estiver recolhido à prisão sob regime fechado ou
semi-aberto. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 9.6.2003)
§ 6º O exercício de atividade remunerada pelo segurado recluso
em cumprimento de pena em regime fechado ou semi-aberto que
contribuir na condição de segurado de que trata a alínea "o" do
inciso V do art. 9º ou do inciso IX do § 1º do art. 11 não acarreta
perda do direito ao recebimento do auxílio-reclusão pelos seus
dependentes. (Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 9.6.2003)

Portanto, são REQUISITOS para a concessão do benefício de


Auxílio-Reclusão:

a) Comprovar o recolhimento a prisão, sem receber remuneração.


b) Comprovar a qualidade de segurado na data do recolhimento à prisão;
c) Comprovar a qualidade de dependente na data do recolhimento à prisão;
d) Comprovar ser o último salário-de-contribuição inferior ao valor acima.

Quanto ao requerimento do auxílio-reclusão, este deve ser


instruído com certidão da autoridade competente, comprovando o efetivo recolhimento
à prisão, sendo, ainda, obrigatória, para a manutenção do benefício, a apresentação, a
cada três meses, de declaração de permanência na condição de presidiário em regime
fechado ou semi -aberto.

Avenida Weimar Gonçalves Torres, nº 1345, Jardim Central 3


CEP 79.800-024, Dourados-MS, Telefone (67) 3421-0470.

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A D V O C A C I A - G E R A L D A U N I Ã O
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P R O C U R A D O R I A F E D E R A L E S P E C I A L I Z A D A J U N T O A O I N S S

Isso porque o art. 119 do Decreto n. 3.048/99 veda a concessão


do auxílio-reclusão após a soltura do recluso: “É vedada a concessão do auxílio-reclusão
após a soltura do segurado”.

Considerando que o instituidor do benefício foi solto em


16/03/2015 e que os requerimentos administrativos do benefício foram formulados em
18/05/2015 e 24/06/2015, portanto, após a soltura do segurado, agiu a autarquia
previdenciária de acordo com a legislação previdenciária ao indeferir o benefício.

Assim, requer-se a improcedência do pedido inicial.

V -CONCLUSÃO

Face todo o exposto, requer seja julgado improcedente o


pedido da parte autora, com a conseqüente condenação em honorários e custas
processuais.
Se eventualmente procedente o pedido, o que se cogita
apenas por força do princípio da eventualidade, requer o réu seja aplicado o disposto
no art. 1º F da Lei 9.494/97 quanto aos juros e correção monetária;
Protesta-se pela produção de todas as provas em direito
admitidas.
Nesses termos, pede deferimento.

Dourados, 13 de abril de 2016

MICHELE KOEHLER
Procuradora Federal

Avenida Weimar Gonçalves Torres, nº 1345, Jardim Central 4


CEP 79.800-024, Dourados-MS, Telefone (67) 3421-0470.

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Identificação do Filiado
Nit: 2.362.244.852-7 CPF: Nome: LAIS FERNANDA DA SILVA
Data de Nascimento: 18/02/2012 Nome da Mãe: JAQUELINE PEREIRA DA SILVA

Relações Previdenciárias

O INSS poderá rever a qualquer tempo as informações constantes deste extrato, conforme artigo 19, § 3° do Decreto 3.048/99.

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Identificação do Filiado
Nit: 2.104.519.347-1 CPF: 086.918.879-82 Nome: JAQUELINE PEREIRA DA SILVA
Data de Nascimento: 20/10/1992 Nome da Mãe: NILZA PEREIRA DA SILVA

Relações Previdenciárias

Seq. NIT CNPJ/CEI/CPF Origem do Vínculo Tipo Filiado Vínculo Data Início Data Fim Última Remun. Indicadores
1 2.104.519.347-1 05.971.479/0001-27 COSTA OESTE Empregado 24/10/2013 29/10/2013 10/2013
CONFECCOES E
LAVANDERIA LTDA -
ME
Remunerações
Competência Remuneração Indicadores
10/2013 99,07

O INSS poderá rever a qualquer tempo as informações constantes deste extrato, conforme artigo 19, § 3° do Decreto 3.048/99.

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Identificação do Filiado
Nit: 2.104.566.577-2 CPF: 049.615.671-32 Nome: LEANDRO BATISTA DA SILVA
Data de Nascimento: 10/10/1992 Nome da Mãe: MARIA INEZ MARTINS BATISTA DA SILVA

Relações Previdenciárias

Seq. NIT CNPJ/CEI/CPF Origem do Vínculo Tipo Filiado Vínculo Data Início Data Fim Última Remun. Indicadores
1 1.307.336.438-1 08.629.930/0001-10 VIA SETE INDUSTRIA Empregado 01/09/2010 25/02/2011 02/2011
E COMERCIO DE
CONFECCOES LTDA -
ME
Remunerações
Competência Remuneração Indicadores Competência Remuneração Indicadores Competência Remuneração Indicadores
09/2010 493,00 10/2010 510,00 11/2010 510,00
12/2010 555,00
01/2011 555,00 02/2011 495,54

Seq. NIT CNPJ/CEI/CPF Origem do Vínculo Tipo Filiado Vínculo Data Início Data Fim Última Remun. Indicadores
2 2.104.566.577-2 08.629.930/0001-10 VIA SETE INDUSTRIA Empregado 02/05/2011 08/06/2012 04/2012
E COMERCIO DE
CONFECCOES LTDA -
ME
Remunerações
Competência Remuneração Indicadores Competência Remuneração Indicadores Competência Remuneração Indicadores
05/2011 527,42 06/2011 545,00 07/2011 545,00

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Identificação do Filiado
Nit: 2.104.566.577-2 CPF: 049.615.671-32 Nome: LEANDRO BATISTA DA SILVA
Data de Nascimento: 10/10/1992 Nome da Mãe: MARIA INEZ MARTINS BATISTA DA SILVA

Remunerações
Competência Remuneração Indicadores Competência Remuneração Indicadores Competência Remuneração Indicadores
08/2011 600,00 09/2011 600,00 10/2011 600,00
11/2011 600,00 12/2011 600,00
01/2012 622,00 02/2012 622,00 03/2012 622,00
04/2012 497,60

Seq. NIT CNPJ/CEI/CPF Origem do Vínculo Tipo Filiado Vínculo Data Início Data Fim Última Remun. Indicadores
3 2.104.566.577-2 08.629.930/0001-10 VIA SETE INDUSTRIA Empregado 01/06/2013 13/09/2013 09/2013
E COMERCIO DE
CONFECCOES LTDA -
ME
Remunerações
Competência Remuneração Indicadores Competência Remuneração Indicadores Competência Remuneração Indicadores
06/2013 760,00 07/2013 760,00 08/2013 760,00
09/2013 329,33

Seq. NIT CNPJ/CEI/CPF Origem do Vínculo Tipo Filiado Vínculo Data Início Data Fim Última Remun. Indicadores
4 2.104.566.577-2 08.629.930/0001-10 VIA SETE INDUSTRIA Empregado 01/07/2014 17/04/2015 04/2015
E COMERCIO DE

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Identificação do Filiado
Nit: 2.104.566.577-2 CPF: 049.615.671-32 Nome: LEANDRO BATISTA DA SILVA
Data de Nascimento: 10/10/1992 Nome da Mãe: MARIA INEZ MARTINS BATISTA DA SILVA

Seq. NIT CNPJ/CEI/CPF Origem do Vínculo Tipo Filiado Vínculo Data Início Data Fim Última Remun. Indicadores
CONFECCOES LTDA - Empregado
ME
Remunerações
Competência Remuneração Indicadores Competência Remuneração Indicadores
07/2014 1.000,00 08/2014 1.000,00
03/2015 290,32 04/2015 300,00

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Identificação do Filiado
Nit: 2.677.371.107-8 CPF: 560.068.961-68 Nome: MARIA INEZ MARTINS BATISTA
Data de Nascimento: 20/08/1972 Nome da Mãe: LUZIA MARTINS BATISTA

Relações Previdenciárias

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Número do documento: 17050219124521400000000566449
Autora:

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Genitora:

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Número do documento: 17050219124521400000000566449
Instituidor:

Avó (representante legal)

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TJ/MS - COMARCA DE ELDORADO Emitido em: 20/04/2016 08:37
Certidão - Processo 0800587-55.2015.8.12.0033 Página: 1

CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO

Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0055/2016, encaminhada para publicação.

Advogado Forma
Fabio Adriano Rombaldo (OAB 19434/MS) D.J

Teor do ato: "Intimação da parte requerente, através do seu advogado, para, querendo, impugnar a
contestação, no prazo de 15 (quinze) dias."

Do que dou fé.


Eldorado, 20 de abril de 2016.

Escrivã(o) Judicial

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TJ/MS - COMARCA DE CAMPO GRANDE Emitido em: 20/04/2016 22:49
Certidão - Processo 0800587-55.2015.8.12.0033 Página: 1

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Certifico que o ato abaixo, constante da relação nº 0055/2016, foi publicada no Diário da Justiça nº 3561, do
dia 25/04/2016, com início do prazo em 26/04/2016, conforme disposto no Código de Normas da Corregedoria
Geral da Justiça.

Certifico, ainda, que para efeito de contagem do prazo foram consideradas as seguintes datas.
01/05/2016 - Dia do Trabalho - Prorrogação

Advogado Prazo em dias Término do prazo


Fabio Adriano Rombaldo (OAB 19434/MS) 10 09/05/2016

Teor do ato: "Intimação da parte requerente, através do seu advogado, para, querendo, impugnar a
contestação, no prazo de 15 (quinze) dias."

Eldorado, 20 de abril de 2016.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA
COMARCA DE ELDORADO/MS.

(Processo nº: 0800587-55.2015.8.12.0033)

LAÍS FERNANDA DA SILVA, já qualificada, vem apresentar


por meio do patrono ora signatário, sua formal

IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO

Nos termos a seguir deduzidos.

FATOS E DIREITO:

A tese de contraponto propugnada pela requerida aduz, em


síntese, que para a obtenção do benefício pleiteado seria necessário a comprovação da
condição de recolhimento a prisão por autoridade competente.

Doutro turno alega que o art. 119 do decreto 3.048/99 veda a


concessão do auxílio reclusão após a soltura do segurado, e que o benefício teria sido
requerido em data de 18/05/15 e 24/06/15. É o relato.

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Ultrapassado o exposto acima, tem-se que auxílio-reclusão é
benefício previdenciário devido aos dependentes do segurado nos termos do artigo 80
da Lei nº 8.213/1991.

Quanto ao termo inicial do benefício, verifica-se que a autora


era menor impúbere à época da prisão de seu pai, sendo certo que contra ela não corria
prescrição, nos termos do art. 198, I, do Código Civil, bem como o artigo 79 da Lei
8.213/91.

Deste modo a menor não pode sofrer prejuízo face a inércia de


sua representante legal.

A análise detida dos elementos carreados, no entanto, sinaliza ao


observador, nobre magistrado, o quão frágil é a feição da aludida assertiva na medida
em que desaparelhada de mínimo e idôneo lastro probatório.

Persiste, portanto, até o presente estágio da marcha processual e


em observância às regras processuais de distribuição da prova, a incumbência afeta à
requerida de apresentar, com inafastável carga válida e idônea, elementos que, de fato,
modifiquem, impeçam ou extinguam o quadro fático retratado pelo autor.

Sobre o tema, a seguinte jurisprudência do Tribunal Regional


Federal da 3ª Região preconiza:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO LEGAL. ARTIGO 557, § 1º, DO


CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AUXÍLIO-RECLUSÃO.
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. TERMO INICIAL. DATA DA
PRISÃO DO SEGURADO. APLICAÇÃO DA LEI N. 11.960/2009.
CORREÇÃO MONETÁRIA. AGRAVO DESPROVIDO.1-A
prescrição não corre contra menor impúbere, nos termos do art.
198, I, do Código de Processo Civil. E neste caso, os autores eram
menores no momento da prisão de seu genitor 2-A correção
monetária e juros de mora incidirão nos termos do Manual de
Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal em
vigor, aprovado pela Resolução n. 267/2013, que assim estabelece:
Quanto à correção monetária, serão utilizados de 01.07.94 a 30.06.95,
os índices estabelecidos pelo IPC-R; de 04.07.1995 a 30.04.1996, o
índice INPC/IBGE, de 05.1996 a 08.2006, o IGP-DI, e a partir de
09.2006 novamente o INPC/IBGE. 3- No que se refere aos juros
moratórios, devidos a partir da data da citação, até junho/2009 serão
de 1,0% simples; de julho/2009 a abril/2012 - 0,5% simples - Lei n.
11.960/2009; de maio/2012 em diante - O mesmo percentual de juros
incidentes sobre a caderneta de poupança, capitalizados de forma
simples, correspondentes a: a) 0,5% ao mês, caso a taxa SELIC ao ano
seja superior a 8,5%; b) 70% da taxa SELIC ao ano, mensalizada, nos
demais casos - Lei n. 11.960, de 29 de junho de 2009, combinado com
a Lei n. 8.177, de 1º de março de 1991, com alterações da MP n. 567,
de 03 de maio de 2012, convertida na Lei n. 12.703, de 07 de agosto
de 2012. (...) Processo n: 00011916120144036114 SP 0001191-

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61.2014.4.03.6114, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL
FAUSTO DE SANCTIS, Julgamento: 29/02/2016, Órgão
Julgador: 7ª Turma: Data Julgamento: e-DJF3 Judicial 1
DATA:09/03/2016

Portanto, resta evidente que a Autora preenche todos os requisitos


previstos em lei para concessão do benefício.

Ex positis, requer-se (i) o desacolhimento in totum das alegações


vertidas pela requerida, (ii) A Juntada do documento em anexo, (iii) Sendo a matéria
unicamente de direito, requer o julgamento antecipado da lide, nos termos do artigo
330, I, do Código de Processo Civil.

Eldorado/MS, 29 de abril de 2016.

FABIO ADRIANO ROMBALDO.


OAB/MS 19.434

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VaraÚnica

Autos nº 0800587-55.2015.8.12.0033
Ação: Procedi ment o Comum
Requerente: Lais Fernanda da Silva
Requerido: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS

Visto, etc.

I - Relatório

LAIS FERNANDA DA SILVA , já qualificada nos autos,


ajuizou AÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE CONCESSÃO DE PENSÃO POR
MORTE em desfavor do INSS – INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO
SOCIAL , também qualificado, alegando, em síntese, que por ser
dependente de segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência
Social e, uma vez comprovado o requisito exigido pela Lei nº 8.213/91,
haja vista este estar o segurado recluso desde o dia 29/08/2012, faz jus à
percepção de um benefício de auxílio-reclusão.

Postulou os benefícios da justiça gratuita, pugnando


seja a parte ré condenada a implantar em seu favor o referido benefício.
Com a inicial, juntou documentos (fls. 09-19).

A autarquia-ré, por sua vez, apresentou contestação


alegando falta de prova acerca da comprovação do recolhimento a prisão,
sem receber remuneração.

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VaraÚnica

Sustentou que, estando o segurado solto, é vedada a


concessão do benefício pleiteado.

Por fim, requereu, em caso de eventual procedência do


feito, que seja aplicado o disposto no art. 1º F da Lei 9.494/97, quanto
aos juros e correção monetária.

A parte autora apresentou impugnação à contestação


às fls. 48-51.

Os autos vieram conclusos para prolação de sentença.

É o necessário relatar.
Passo a decidir.

II – Fundamentação

Trata-se de pedido de auxílio-reclusão proposto por


LAIS FERNANDA DA SILVA , na condição de dependente de trabalhador
urbano e seguro obrigatório do Regime Geral de Previdência Social, em
face do INSS – INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL.

Tem-se por pensão por auxílio-reclusão aquele benefício


devido aos dependentes do segurado, ou a ele equiparado, recolhido à
prisão e que não esteja recebendo remuneração da empresa e nem estiver
em gozo de auxílio-doença, de aposentadoria ou de abono de permanência
em serviço.

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A condição de segurado de Leandro Batista da Silva,


restou devidamente comprovada através da cópia da CTPS juntada aos
autos, às fls. 15, onde consta a informação de que ele exercia atividade
remunerada junto à empresa Via Sete Ind. e Com. de Confecções Ltda do
dia 01/07/2014 até o dia 19/08/2005.

Vê-se, portanto, que por ocasião da prisão do genitor da


autora, o que ocorreu em data de 29/08/2014, era ele segurado
obrigatório da Previdência Social.

Resta preenchido, também, o requisito referente ao teto


limite do salário de contribuição para a concessão do benefício, já que,
segundo informações da CTPS do segurado, seu salário de contribuição à
época da prisão era de R$ 1.000,00, período em que o limite, conforme
Portaria Ministerial n.º 19/2014, era de R$ 1.025,81.

Anote-se que o fato de o requerimento administrativo


ter sido efetuado quando o segurado já encontrava-se solto em nada
altera o direito de seu dependente quanto à concessão do auxílio-reclusão
referentemente ao período em que estava ele preso.

Resta analisar para a solução da presente lide a


condição de dependente da requerente em relação ao segurado Leandro
Batista da Silva.

Os documentos trazidos aos autos, notadamente o


registro de nascimento de fls. 11, comprovam que a requerente é filha do
segurado.

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Destarte, caracterizada está a qualidade de dependente


da parte autora, pois trata-se filha do segurado , o que gera a presunção
relativa acerca de sua dependência econômica com o segurado, estando,
portanto, apta a requerer o seu benefício, nos moldes do previsto no art.
80, da Lei n.º 8.213/91.

III – Dispositivo

Ante o exposto, resolvo o mérito, nos termos do


artigo 487, I, do Novo Código de Processo Civil, JULGO PROCEDENTE o
pedido formulado na inicial, para o fim de CONDENAR o INSS –
INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL a:

- pagar à autora LAIS FERNANDA DA SILVA , o


benefício da • "auxílio-reclusão", com renda mensal equivalente à 100%
do salário-de-benefício do segurado mensalmente, referente ao período
que Leandro Batista da Silva ficou preso (05/09/2014 à 17/03/2015),
devendo os valores sofreram as devidas atualizações de acordo com os
parâmetros estabelecidos no artigo 1º-F da Lei n.º 9494/97.

Condeno o requerido ao pagamento de honorários


advocatícios no percentual de 10% (dez por cento), considerando o
trabalho desenvolvido pelo profissional e a natureza da demanda, nos
termos dos artigo 85 do Novo Código de Processo Civil.

Publique-se.
Registre-se.

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Intimem-se.

Oportunamente arquive-se com as observações


necessárias.
Cumpra-se.

Eldorado-MS, 25 de julho de 2016

Roberto Hipólito da Silva Junior


Juiz de Direito
(assinado por certificação digital)

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Eldorado
VaraÚnica

CERTIDÃO DE REGISTRO DE SENTENÇA

Autos nº 0800587-55.2015.8.12.0033
Classe: Procedimento Comum

A r. sentença foi registrada automaticamente nesta data,


para os devidos fins.

Eldorado - MS, 05 de agosto de 2016.

Sistema de Automação da Justiça SAJ.

Mod. 182079 - Endereço: Rua Assis Chateaubriand, nº 1.555, Fax: (67) 3473-1343, Jardim
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TJ/MS - COMARCA DE ELDORADO Emitido em: 12/08/2016 15:04
Certidão - Processo 0800587-55.2015.8.12.0033 Página: 1

CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO

Certifico que o ato de fls 52/56 consta da relação de nº 0093/2016, encaminhada para publicação.

Advogado Forma
Fabio Adriano Rombaldo (OAB 19434/MS) D.J

Teor do ato: "Intimação da parte autora, do inteiro teor da r. Sentença de fls. 52/56."

Do que dou fé.


Eldorado, 12 de agosto de 2016.

Escrivã(o) Judicial

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Número do documento: 17050219124521400000000566449
TJ/MS - COMARCA DE ELDORADO Emitido em: 12/08/2016 22:07
Certidão - Processo 0800587-55.2015.8.12.0033 Página: 1

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Certifico que o ato abaixo, constante da relação nº 0093/2016, foi publicada no Diário da Justiça nº 3636, do
dia 15/08/2016, com início do prazo em 16/08/2016, conforme disposto no Código de Normas da Corregedoria
Geral da Justiça.

Advogado Prazo em dias Término do prazo


Fabio Adriano Rombaldo (OAB 19434/MS) 15 05/09/2016

Teor do ato: "Intimação da parte autora, do inteiro teor da r. Sentença de fls. 52/56."

Eldorado, 12 de agosto de 2016.

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Estado de Mato Grosso do Sul
Poder Judiciário
Eldorado
Vara Única

CERTIDÃO DE TRÂNSITO EM JULGADO

Autos n. 0800587-55.2015.8.12.0033
Ação: Procedimento Comum
Requerente: Lais Fernanda da Silva
Requerido: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS

Certifico e dou fé que, na data de 05/09/2016 ocorreu o trânsito em julgado da sentença


proferida às folhas 52/56 - para a parte autora.

Francis Carla Bruch Sugawara


Analista Judiciário

Eldorado - MS, 14 de setembro de 2016.

Modelo 726902 - Endereço: Rua Assis Chateaubriand, nº 1.555, Fax: (67) 3473-1343, Jardim das Palmeiras - CEP 79970-000,
Fone: (67) 3473-1121, Eldorado-MS - E-mail: eld-1v@tjms.jus.br

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Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso do Sul
Comarca de Eldorado
Vara Única

CARTA DE INTIMAÇÃO
Eldorado (MS), 14 de setembro de 2016

Autos: 0800587-55.2015.8.12.0033
Ação: Procedimento Comum
Requerente:Lais Fernanda da Silva
Requerido: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS

Prezado(a) Senhor(a),

Pela presente carta de intimação com aviso de recebimento (AR), fica o destinatário desta INTIMADO(A) do
inteiro teor da sentença proferida nos autos, bem como querendo interponha recurso no prazo de 30(trinta) dias.

Rudney Marcos da Silva Caprioli


Escrevente Judicial
(assinado por certificação digital)

Ao(a) Senhor(a)
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS DOURADOS
Av. Weimar Gonçalves Torres, 3215, Centro
Dourados-MS
CEP 79800-023
0800587-55.2015.8.12.0033-0001

Modelo 501903 -M16474 -


Endereço: Rua Assis Chateaubriand, nº 1.555, Fax: (67) 3473-1343, Jardim das Palmeiras - CEP 79970-000, Fone: (67) 3473-1121, Eldorado-MS -
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ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO - AGU
PROCURADORIA-GERAL FEDERAL - PGF
PROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADA – INSS

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA


VARA ÚNICA DA COMARCA DE ELDORADO/MS

AUTOS nº 0800587-55.2015.8.2.0033
AUTOR(A): LAIS FERNANDA DA SILVA
RÉU: INSS

O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, autarquia


pública federal, representada pela Procuradoria-Geral Federal, nos autos em epígrafe,
por sua Procuradora Federal in fine assinada, vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, interpor:

RECURSO DE APELAÇÃO,

fazendo-o com fulcro no artigo 1003 do Código de Processo


Civil, requerendo seja recebido, juntado aos autos e, após as formalidades legais,
remetido ao E. Tribunal Regional Federal da 3.ª Região para apreciação das razões
anexas.

Termos em que espera deferimento.

Dourados/MS, 29 de setembro de 2016.

RAFAEL WEBER LANDIM MARQUES


Procurador Federal

Avenida Weimar Gonçalves Torres, 1345 - CEP 79.800-024 – Dourados/MS - Telefone (67) 3421-0470

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ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO - AGU
PROCURADORIA-GERAL FEDERAL - PGF
PROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADA – INSS

EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3.ª REGIÃO

RAZÕES DE APELAÇÃO

COLENDA TURMA,

EMÉRITOS DESEMBARGADORES.

SÍNTESE DO FEITO:

A parte recorrida intentou a presente demanda objetivando


obter concessão de auxílio-reclusão em decorrência da prisão de seu genitor.

O juízo a quo, analisando a questão de fundo, julgou


procedente o feito, condenando a apelante a conceder o benefício em tela.

Não se conformando com o comando decisório supra, o


recorrente interpõe a irresignação em comento.

A decisão monocrática, consoante se verá, merece reparos,


porquanto não aplicou os ditames legais à espécie, além de contrariar a jurisprudência
consolidada no Superior Tribunal de Justiça.

MÉRITO RECURSAL:

a) Do benefício em si e da prova do preenchimento dos requisitos:

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Em nível legal, a matéria está disciplinada pelo disposto na


Lei n.º 8.213/91, especialmente no art. 80 e seguintes. Conforme estabelece a referida
legislação de regência, os requisitos para a obtenção do benefício são:

a.1. Recolhimento à prisão de sujeito segurado da previdência social,


com prova de permanência atual na condição de presidiário;

a.2. Condição de baixa-renda.

a.3. Comprovar a condição de dependente do segurado recluso;

DO BENEFÍCIO REQUERIDO APÓS A SOLTURA DO SEGURADO:

Quanto ao requerimento do auxílio-reclusão, este deve ser


instruído com certidão da autoridade competente, comprovando o efetivo recolhimento
à prisão, sendo, ainda, obrigatória, para a manutenção do benefício, a apresentação, a
cada três meses, de declaração de permanência na condição de presidiário em regime
fechado ou semi-aberto.

Isso porque o art. 119 do Decreto n. 3.048/99 veda a


concessão do auxílio-reclusão após a soltura do recluso: “É vedada a concessão do
auxílio-reclusão após a soltura do segurado”.

Considerando que o instituidor do benefício foi solto em


16/03/2015 e que os requerimentos administrativos do benefício foram formulados em
18/05/2015 e 24/06/2015, portanto, após a soltura do segurado, agiu a autarquia
previdenciária de acordo com a legislação previdenciária ao indeferir o benefício

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DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS:

Cabe ressaltar, que a matéria de fundo discutidas nos autos


apresenta-se de extrema simplicidade, conforme se nota pela própria petição inicial, não
se exigindo maiores esforços para sua efetivação.

O próprio §3º do art. 20, do CPC, deixa evidente que os


honorários advocatícios poderão ser fixados entre o mínimo de 10% e o máximo de 20%
sobre o valor da condenação. Ademais, acaso vencida a Fazenda Pública, não se pode
olvidar da norma contida no parágrafo 4o do mesmo artigo, verbis:

“§4o: Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimável,


naquelas em que não houver condenação ou for vencida a
Fazenda Pública, e nas execuções, embargadas ou não, os
honorários serão fixados consoante apreciação eqüitativa do
juiz, atendidas as alíneas a, b e c do parágrafo anterior.”

O presente feito não apresenta qualquer complexidade,


ainda mais porque nem mesmo teve seu mérito contestado, versando sobre matéria
amplamente discutida nos tribunais e, além disso, é de fácil leitura tratar-se de petição
inicial padronizada, o que denota não ter havido grandes esforços por parte do patrono
da recorrida.

Dessa forma, levando-se em consideração a pouca


complexidade e consequente minimização do trabalho realizado, pugna esta autarquia
previdenciária pela reforma da r. sentença, em mais esse ponto, com a fixação dos
honorários de sucumbência em no máximo 5% sobre o valor da causa.

Aliás, reiteradas são decisões dos tribunais na fixação do


percentual de 5% (cinco por cento) em semelhantes casos, quando vencida a Fazenda

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Pública, os quais atendem perfeitamente aos requisitos elencados nos §§ 3º e 4º, do art.
20 do Código de Processo Civil. Veja-se:

PREVIDENCIA SOCIAL. BENEFICIO PREVIDENCIARIO.


REAJUSTE DOS PROVENTOS. CRITERIOS. CORREÇÃO
MONETARIA. CUSTAS. REEMBOLSO. VERBA
HONORARIA. [...]
A fixação dos honorários advocatícios de sucumbência em
5% sobre o valor da condenação é razoável, e se coloca
dentro dos limites do art. 20, parágrafos 03 e 04 do CPC.
(TRF - PRIMEIRA REGIÃO - APELAÇÃO CIVEL –
01066277 - Processo: 199101066277 UF: MG Órgão
Julgador: SEGUNDA TURMA - Data da decisão:
13/08/1991).

“Consoante se extrai do consignado no parag. 4o do art. 20


do cpc, nas causas em que for vencida a fazenda publica os
honorarios de advogado poderão ser arbitrados fora dos
limites de 10% a 20%, previstos no parag. 3, e ate, consoante
apreciação equitativa do magistrado, alcançar percentual
inferior ao minimo, se se tratar de feito sem maior
complexidade, mormente quanto não tenha havido pericia e
nem audiencia. (PROC: AC NUM: 0111254/1993 – PA -
APELAÇÃO CIVEL - Data da Publicação DJ 1.7.1993 PG:
26123 - Relator: Aristides Porto de Medeiros - TRF/1a Reg.
– 3a Turma).

“Quando vencida a Fazenda Pública, devem os honorários


ser fixados consoante a apreciação eqüitativa do juiz,
conforme o disposto no Art. 20, parágrafo 4º, do CPC, daí
por que, sendo a causa de baixa complexidade, foi acertada
a decisão que os dosou em 5% do valor da condenação”

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ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO - AGU
PROCURADORIA-GERAL FEDERAL - PGF
PROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADA – INSS

(TRIBUNAL - QUINTA REGIAO - - Apelação Civel – 331543


- Processo: 200305000325044 - UF: CE - Órgão Julgador:
Segunda Turma - Data da decisão: 11/05/2004)

Colocando uma pá de cal a decisão abaixo do Informativo n.º


399 – STJ:

HONORÁRIOS. FAZENDA PÚBLICA.


A Corte Especial, prosseguindo o julgamento, por maioria,
recebeu os embargos, reafirmando que, referente à fixação
de honorários advocatícios quando vencida a Fazenda
Pública, aplica-se o § 4º do art. 20 do CPC segundo o critério
da equidade. Precedentes citados: EREsp 491.055-SC, DJ
6/12/2004; EREsp 637.905-RS, DJ 21/8/2006, e EREsp
376.337-SC, DJ 12/3/2007. EREsp 624.356-RS, Rel. Min.
Nilson Naves, julgados em 17/6/2009.

Diante do exposto, pugna o INSS na condenação de


honorários em 5%, conforme razões acima expostas.

PREQUESTIONAMENTO

Eventualmente procedente o pedido de condenação da


autarquia na concessão de benefício da maneira rogada no pedido exordial, o que se
admite tão somente para argumentar - vez que a decisão estaria contrariando dispositivos
da Constituição – (1) o regime constitucional de concessão do auxílio-reclusão (art. 201,
IV, da CF/88 e art. 13 da EC 20/98. A matéria fica, portanto, desde já
PREQUESTIONADA para fins recursais.

CONCLUSÃO:

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ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO - AGU
PROCURADORIA-GERAL FEDERAL - PGF
PROCURADORIA FEDERAL ESPECIALIZADA – INSS

Com base no exposto, requer-se:

1. Seja recebido o presente recurso de apelação nos seus


efeitos devolutivo e suspensivo;
2. Seja-lhe dado integral provimento, a fim de se reformar
a sentença apelada nos termos acima consignados.
Face ao princípio da eventualidade, seja reformada a r.
sentença no tocante ao valor atribuído aos honorários advocatícios e quanto às custas
processuais.

Termos em que espera deferimento.

Dourados/MS, 27 de novembro de 2015.

RAFAEL WEBER LANDIM MARQUES


Procurador Federal

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P oder JudiciáriodoEstadodeM atoG rossodoS ul
ComarcadeEldorado
VaraÚnica

Autos nº 0800587-55.2015.8.12.0033
Ação: Procedimento Comum
Requerente: Lais Fernanda da Silva
Requerido: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS

Visto, etc.

Intime-se a parte contrária para contrarrazoar o


recurso no prazo de 15 (quinze) dias.

A seguir, com ou sem resposta, remetam-se os autos


ao egrégio Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

Cumpra-se.

Eldorado-MS, 07 de outubro de 2016

Roberto Hipólito da Silva Junior


Juiz de Direito
(assinado por certificação digital)

_________________________________________________________________________________________________
Página 1/1
Rua Assis Chateaubriand, nº 1.555, Fax: (67) 3473-1343, Jardim das Palmeiras - CEP 79970-000, Fone: (67) 3473-1121,
Eldorado-MS - E-mail: eld-1v@tjms.jus.br EW S

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA
COMARCA DE ELDORADO/MS.

Processo n. 0800587-55.2015.8.12.0033

LAÍS FERNANDA DA SILVA, representada por sua avó paterna


MARIA INEZ MARTINS BATISTA DA SILVA, ambas já devidamente
qualificadas nos autos de Ação Ordinária que move em face do Instituto Nacional
do Seguro Social – INSS, vem apresentar, respeitosamente, e por meio de seu
advogado legalmente constituído, apresentar suas CONTRARRAZÕES ao
recurso de APELAÇÃO interposto, consoante os motivos fáticos e jurídicos
expostos a seguir.

Requer, por oportuno, a remessa dos presentes autos ao Egrégio


TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO, após o cumprimento das
formalidades de estilo.

Nestes termos,
Pede Deferimento.

Eldorado/MS, 17 de outubro de 2016.

FABIO ADRIANO ROMBALDO


OAB/MS 19434

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EXCELENTÍSSIMOS SENHORES DESEMBARGADORES DO TRIBUNAL
REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO.

CONTRARRAZÕES DO APELADO

Apelado: LAÍS FERNANDA DA SILVA

Apelante: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

Origem: 0800587-55.2015.8.12.0033 – Vara Única da Comarca de Eldorado/MS

EMÉRITO RELATOR:

I- SÍNTESE DA APELAÇÃO

O Apelante alega que a concessão do benefício previdenciário


reconhecido na sentença invectivada não poderia ser acolhido porquanto
requerido apenas após a efetiva soltura do instituidor-segurado.
Ademais, pugnou que os correlatos honorários sucumbenciais fossem
reduzidos para patamar inferior a dez por cento com supedâneo na hipotética
baixa complexidade do feito em causa.

II- DO MÉRITO RECURSAL

A pretendida reforma da r. sentença, entretanto, não merece


acolhida uma vez que o teor exarado na decisão conforta consolidada
jurisprudência sobre o tema bem como encontra-se fundamentada nos
enriquecedores elementos de convicção a ela carreados.

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III- DO REQUERIMENTO DO BENEFÍCIO DE AUXÍLIO-RECLUSÃO APÓS
A SOLTURA DO SEGURADO – MENOR ABSOLUTAMENTE INCAPAZ.

O singelo argumento de que o requerimento administrativo, por


ter sido dirigido à apreciação somente em momento posterior à soltura do
instituidor, constituir-se-ia óbice ao acolhimento do pleito, não há de ser
contemplado.
A autora, recorda-se, é menor absolutamente incapaz uma vez
que menor de dezesseis anos: é cediço que, nestes acasos, não correrá
nenhuma modalidade de prescrição. Senão vejamos:

PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO. AUXÍLIO-RECLUSÃO.


SEGURADO DE BAIXA RENDA. DESEMPREGADO.
IMPLEMENTAÇÃO DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS. TERMO
INICIAL DO BENEFÍCIO NA DATA DA RECLUSÃO. NÃO
CORRE PRESCRIÇÃO CONTRA MENORES DE 16 ANOS.
PROCEDÊNCIA DA AÇÃO. I. O inciso IV do artigo 201 da
Constituição Federal restringiu a concessão do benefício de auxílio-
reclusão aos dependentes dos segurados de baixa renda, e a EC nº
20/98, em seu artigo 13, veio complementar a referida limitação,
considerando segurados de baixa renda aqueles cuja renda bruta
mensal seja igual ou inferior a R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais),
sendo este valor atualizado periodicamente. II. O segurado não estava
auferindo renda à época de sua reclusão, encontrando-se
desempregado, sendo assim, os seus dependentes fazem jus ao
benefício com fundamento no art. 116, § 1º, do Decreto nº 3.048/99. III.
A prescrição quinquenal não ocorre contra os menores de 16
(dezesseis) anos, a teor do disposto no artigo 169, inciso I do Código
Civil de 1916 (artigo 198, inciso I do Código Civil de 2003). O
resguardo do direito dos menores à obtenção das parcelas pretéritas,
possivelmente abrangidas pela prescrição, também foi matéria
tratada na Lei n.º 8.213/91, em seu artigo 103, parágrafo único. IV.
Agravo a que se nega provimento. (TRF-3 - AC: 10352 SP 0010352-
03.2011.4.03.6114, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL
WALTER DO AMARAL, Data de Julgamento: 28/01/2014, DÉCIMA
TURMA).

Deste modo, a qualquer tempo, desde que anterior à referido


aniversário e atendidas as demais exigências à espécie, poderá a dependente
ora nominada no polo autoral propugnar o direito ao benefício a que faz jus, sem
lhe importar nenhum prejuízo.

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IV- DA VERBA HONORÁRIA

Na r. sentença prolatada, o d. Juízo a quo, considerando os


requisitos do art. 85 §2 do CPC, arbitrou em 10% os honorários sucumbenciais.

A alegação de menor complexidade do caso não poderá,


também aqui, subsistir: dito patamar condenatório ressoa o melhor e mais
abalizado entendimento jurisprudencial aplicável e não se constitui valor
exorbitante, passível de revisão.

Para além desse fato, a interposição da presente insurgência


permite, ao contrário, que este percentual de honorários seja robustecido, à
exegese do novel código instrumental, precisamente colhido da redação do
artigo 85, §11, da lei 13.105/15:

Parágrafo:11º, artigo 85 da Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015.

Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao


advogado do vencedor.

§ 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados


anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado em
grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos §§ 2o a
6o, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de
honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os
respectivos limites estabelecidos nos §§ 2o e 3o para a fase de
conhecimento.

Deste modo, levando em conta o trabalho adicional, o zelo, o


tempo extra gasto em fase recursal, bem como a complexidade da causa,
requer-se a elevação/majoração dos honorários advocatícios sucumbenciais ao
patamar de 20%, nos termos da lei.

V- DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, requer o conhecimento e desprovimento do


Apelo Recursal interposto, manutenindo-se, por seus próprios fundamentos, a
sentença exarada;

Como consectário, pugna-se pela majoração dos honorários


sucumbenciais originalmente arbitrados, para o patamar de vinte por cento sobre
o valor da condenação.

Nestes termos,
Pede Deferimento

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Número do documento: 17050219125569000000000566450
Eldorado/MS, 17 de outubro de 2015

FABIO ADRIANO ROMBALDO


OAB/MS 19434

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TJ/MS - COMARCA DE ELDORADO Emitido em: 18/10/2016 08:45
Certidão - Processo 0800587-55.2015.8.12.0033 Página: 1

CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO

Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0115/2016, encaminhada para publicação.

Advogado Forma
Fabio Adriano Rombaldo (OAB 19434/MS) D.J

Teor do ato: "Intimação da parte requerente, através de seu Advogado, para que no prazo de 15 dias,
apresente as contrarrazões do recurso."

Do que dou fé.


Eldorado, 18 de outubro de 2016.

Escrivã(o) Judicial

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TJ/MS - COMARCA DE ELDORADO Emitido em: 18/10/2016 20:34
Certidão - Processo 0800587-55.2015.8.12.0033 Página: 1

CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE RELAÇÃO

Certifico que o ato abaixo, constante da relação nº 0115/2016, foi publicada no Diário da Justiça nº 3678, do
dia 19/10/2016, com início do prazo em 20/10/2016, conforme disposto no Código de Normas da Corregedoria
Geral da Justiça.

Certifico, ainda, que para efeito de contagem do prazo foram consideradas as seguintes datas.
28/10/2016 - Dia do Servidor Público - Prorrogação
02/11/2016 - Dia de Finados - Prorrogação

Advogado Prazo em dias Término do prazo


Fabio Adriano Rombaldo (OAB 19434/MS) 15 11/11/2016

Teor do ato: "Intimação da parte requerente, através de seu Advogado, para que no prazo de 15 dias,
apresente as contrarrazões do recurso."

Eldorado, 18 de outubro de 2016.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DA
COMARCA DE ELDORADO/MS.

(Processo nº: 0800587-55.2015.8.12.0033)

LAÍS FERNANDA DA SILVA, já devidamente qualificada,


vem, por meio do patrono ora signatário, RATIFICAR as CONTRARRAZÕES de
fls. 71/75 apresentadas no dia 17/10/2016, anterior à data da publicação (18/10/2016),
em seu inteiro teor.

Eldorado/MS, 31 de outubro de 2016.

FABIO ADRIANO ROMBALDO.


OAB/MS 19.434

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http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=17050219125569000000000566450
Número do documento: 17050219125569000000000566450
.

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