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Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

PJe - Processo Judicial Eletrônico

23/10/2023

Número: 0708309-45.2020.8.07.0018
Classe: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL
Órgão julgador: 2ª Vara da Fazenda Pública do DF
Última distribuição : 18/12/2020

SO
Valor da causa: R$ 100,00
Assuntos: Atos Administrativos
Nível de Sigilo: 1 (Segredo de Justiça)
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Advogados
MATHEUS MAIA CURVELO 02205058533 (IMPETRANTE)
PEDRO HENRIQUE ARAZINE DE CARVALHO
COSTANDRADE (ADVOGADO)
LO
DISTRITO FEDERAL (IMPETRADO)
Presidente da Comissão de Cadastramento Emergencial da
SECRETARIA DE CULTURA DO DF (IMPETRADO)
SECRETÁRIO DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA DO
DISTRITO FEDERAL) (IMPETRADO)

Outros participantes
MINISTERIO PUBLICO DO DISTRITO FEDERAL E DOS
TERRITORIOS (FISCAL DA LEI)
GI

MINISTERIO PUBLICO DO DISTRITO FEDERAL E DOS


TERRITORIOS (INTERESSADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
168952474 17/08/2023 Decisão Decisão
17:23
SI
Poder Judiciário da União
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

2VAFAZPUB
2ª Vara da Fazenda Pública do DF

Número do processo: 0708309-45.2020.8.07.0018

Classe judicial: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120)

IMPETRANTE: MATHEUS MAIA CURVELO 02205058533

SO
IMPETRADO: DISTRITO FEDERAL

DECISÃO

Trata-se de pedido de reconsideração realizado por MM PRODUÇÕES –


LO
ME (ID 168802736) em face do despacho de ID 168789548 que deixou de aplicar

multa diária, uma vez não comprovado o descumprimento da sentença por parte do
réu.

Afirma o impetrante que o DF deu continuidade ao processo administrativo,


GI

mas que continua a afirmar que a empresa seria uma promotora de eventos, e não,
microempresa promotora de eventos culturais, o que descumpre o acórdão

prolatado pela 7ª Câmara cível que concedeu a segurança ao seu favor (ID
158931246).
SI

Alega, ainda, que a PGDF nega seu acesso ao processo administrativo (ID
168806790).

Assiste razão o impetrante. Explico.

No dispositivo do acórdão que concedeu a segurança consta:

Com tais fundamentos, DOU PROVIMENTO ao recurso e


CONCEDO a ordem de segurança para anular o ato que inabilitou

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Número do documento: 23081717233704900000155106781
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a impetrante do processo de cadastro emergencial – linha 2 – Lei
Aldir Blanc, determinando a continuidade do processo de

avaliação e pagamento em conformidade com a Portaria


183/2020, editada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa
do Distrito Federal com o objetivo de fazer cumprir as obrigações

decorrentes da Lei Federal n. 14.017/20.

SO
Assim, foi decidido que o impetrante reveste da condição de microempresa

de diversão e produção de espetáculos e, partindo dessa premissa, foi concedida a


segurança para que o réu desse prosseguimento ao processo administrativo de
cadastro emergencial da Lei Aldir Blanc.
LO
No entanto, embora se tenha dado prosseguimento ao processo
administrativo, percebe-se que o réu continua a partir da premissa de que o

impetrante não é empresa de diversão e produção de espetáculos, o que viola a


coisa julgada e a decisão prolatada nos autos. Vejamos (ID 168727963, p.14):
GI

Considerando o voto do Desembargador Relator do acórdão


proferido no Mandado de Segurança, de que a decisão que a
inabilitou foi cassada, para que o seu pedido administrativo de

concessão do bene7cio seja processado - dessa vez,


SI

"considerando-a microempresa promotora de eventos culturais" -


e, acaso sua documentação esteja completa e a mesma se

enquadre na alínea pleiteada, que seja feito o pagamento,


corrobora que a MM Produções não é um espaço cultural (...),
mas um agente/trabalhador "promotora de eventos", o que

não cabe no referido inciso II". Vimos informar, que esta


comissão (119561523) procedeu integralmente ao requerido pelo

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deferimento da cautelar, ao passo que promoveu a continuidade
do processo de avaliação no tempo determinado.

A parte destacada denota que o Secretário de Estado de Cultura e


Economia Criativa parte de premissa equivocada, uma vez que é inquestionável,

ante a coisa julgada, que o impetrante é microempresa de diversão e produção de

SO
espetáculos.

Assim, para cumprimento integral da respectiva decisão judicial, não basta


dar prosseguimento ao processo administrativo, mas dar prosseguimento a partir da
premissa de que o impetrante é microempresa de diversão e produção de

espetáculos.
LO
Pelas razões expostas, concluo que o DF não cumpriu a decisão que

concedeu a segurança ao autor.

Quanto ao pedido de acesso ao processo administrativo SEI nº 00020-

00044713/2020-62 é cediço que, em regra, os atos e processos administrativos são


GI

públicos.

Ainda que, excepcionalmente, revestidos de sigilo, cabe ao advogado,


quando constituído nos autos, ter acesso aos documentos produzidos, sob pena de
SI

violação a Súmula Vinculante 14 do STF.

Assim, reconsidero o despacho de ID 168789548 e defiro os pedidos


realizados pelo impetrante para intimar o réu, no prazo de 10 dias, para que:

1) Dê continuidade ao processo administrativo (SEI nº 00020-


00044713/2020-62), na forma como determinada pelo acórdão de ID 158931246,
sob pena de aplicação de multa diária no valor de R$1.000,00 e,

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2) Libere o acesso do impetrante aos autos do processo administrativo

(SEI nº 00020-00044713/2020-62).

AO CJU:

Intime-se o impetrante no prazo 5 dias.

SO
Intime-se o impetrado no prazo de 20 dias (já inclusa a dobra legal).

LO
BRASÍLIA-DF, assinado eletronicamente.

DANIEL EDUARDO BRANCO CARNACCHIONI


GI

Juiz de Direito
SI

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