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NOVO ENSINO MÉDIO – FORMAÇÃO GERAL BÁSICA
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
EIXO 2 – Planejamento
AULA 1 - A Taxonomia de Bloom para o desenvolvimento de habilidades
em Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Olá, docente de Natureza!
O planejamento é um processo essencial para
alcançar objetivos em qualquer atividade, pois possibilita
estipular prazos, definir os recursos disponíveis e todos
os outros fatores necessários para a execução do que foi
idealizado. No ambiente escolar, o planejamento também
é fundamental para o desenvolvimento de competências
e habilidades na etapa do Ensino Médio.
Nesta unidade do curso serão apresentadas
estratégias para a construção de planejamentos em Ciências da Natureza e suas
Tecnologias de acordo com as premissas do CRMG.
O desenvolvimento das habilidades presentes no CRMG está relacionado à elaboração
de um planejamento que permita apresentar aos estudantes os conceitos de forma
progressiva, visando o aprofundamento gradual e interdisciplinar dos componentes
curriculares de Química, Física e Biologia. Adicionalmente, os estudantes também devem
compreender a integração das Ciências da Natureza e suas Tecnologias com outras áreas
do conhecimento. A elaboração do planejamento deve ser um momento de definição dos
objetivos de aprendizagem e reflexão das práticas pedagógicas, de forma que o professor
tenha em mente o porquê ensinar, o que ensinar e como ensinar.
O desenvolvimento de competências e
habilidades presentes no CRMG caracteriza o
porquê ensinar, que deve ser feito por meio
dos objetos do conhecimento. Essa
concepção substitui a visão conteudista e de
mera memorização de conceitos, pois permite
que as aulas sejam apresentadas
considerando sempre a prática, as demandas
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da sociedade, o pleno exercício da cidadania e o projeto de vida dos estudantes, garantindo
uma aprendizagem significativa.
Os objetos do conhecimento de Biologia, Química e Física configuram o que ensinar e se
apresentam no CRMG associados com cada uma das trinta e três habilidades presentes na
área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. A relação entre as habilidades e possíveis
objetos do conhecimento foram comentadas na unidade de introdução deste curso. Cabe ao
professor fazer a seleção dos conceitos que serão abordados, sempre priorizando a
abordagem interdisciplinar dentro da própria área e com as demais áreas do conhecimento.
Uma sugestão para estruturar o planejamento a partir dos conceitos e habilidades que
serão desenvolvidas nas aulas é a Taxonomia de Bloom, uma forma de classificação que
permite organizar e controlar os objetivos da aprendizagem. Essa classificação é feita a partir
de categorias do domínio cognitivo que são apresentadas de forma hierárquica no processo
de ensino e aprendizagem, que são: lembrar, entender, aplicar, analisar, sintetizar e criar
(FERRAZ, 2010).
Cada uma dessas categorias está associada a verbos que podem ser usados na
elaboração do planejamento. Essa classificação é importante para direcionar as estratégias
de ensino, pensar nos recursos didáticos que atenderão as necessidades dos estudantes e
definir instrumentos de avaliação diversificados que verificarão o processo de aprendizagem
de forma integral. Essas competências devem ser desenvolvidas ao longo de todas as
etapas da Educação Básica por meio de todos os componentes curriculares. Portanto,
apresentaremos algumas considerações sobre o desenvolvimento das dez Competências
Gerais na área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias para a etapa do Ensino Médio.
O CRMG sugere metodologias ativas centradas no protagonismo e autonomia dos
estudantes, tais como:
A sala de aula invertida é uma metodologia que reflete sobre os processos de ensino e
aprendizagem e os espaços onde ocorrem, pois propõe a inversão das tarefas feitas em sala
de aula e em casa. As atividades práticas devem ser realizadas pelo estudante em sala de
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aula com a orientação do professor, ao passo que a abordagem teórica deve ser
disponibilizada com antecedência para que seja estudada fora da sala de aula.
No ensino híbrido, o professor usa tecnologias diversas aliadas a aulas on-line próprias
do ensino à distância como ferramenta para ampliar o aprendizado. Nessa metodologia, as
ferramentas tecnológicas são complementares ao ensino presencial. O professor pode fazer
uso de textos em sites e blogs, usar as redes sociais, simuladores, aplicativos, programas
de computador e aulas feitas por ele ou outros vídeos disponíveis em plataformas livres para
essa finalidade.
Já a aprendizagem baseada em problemas, de uma
forma geral, é uma metodologia que usa a observação da
realidade associada a um tema de estudo para propor
uma solução. Trata-se de um processo em que os
estudantes determinam o problema a partir da
observação da realidade; determinam as possíveis
causas; realizam a investigação por meio de organização
técnica para buscar informações que podem solucionar o
problema; levantam hipóteses de forma crítica e criativa
para possíveis soluções e aplicam à realidade por meio da execução das ideias (BERNEl,
1998).
Para os componentes curriculares em Ciências da Natureza e suas Tecnologias, a
aprendizagem baseada em problemas pode ser feita por meio da metodologia CTSA
(Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente), pois aborda “os aspectos relacionados aos
desdobramentos tecnológicos e aos impactos na sociedade e no ambiente do
desenvolvimento da ciência”. Nesse sentido, o estudante pode despertar seu interesse por
meio da experimentação, que contribui “para a formação de diversas capacidades e
habilidades, ajudando-o a compreender melhor os fenômenos da natureza” (TEIXEIRA,
2017).
Na aprendizagem baseada em projetos, os estudantes são protagonistas na construção
de seus próprios conhecimentos, desenvolvendo diversas habilidades por se tratar de um
processo ativo e cooperativo por meio da interação com grupos de estudantes, além de
apresentar caráter interdisciplinar. Nessa metodologia, o professor precisa refletir sobre suas
práticas pedagógicas de forma que os estudantes possam assumir maior responsabilidade
por sua própria aprendizagem (MASSON, 2012).
A metodologia de gamificação permite utilizar elementos e técnicas dos jogos para
promover a aprendizagem, pois trata-se de um momento de prazer e oferece situações
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desafiantes e envolventes aos jogadores. Os jogos apresentam regras, resultados e
indicadores de desempenho dos jogadores, além de conseguir manter a atenção e o
interesse por meio de situações desafiadoras que podem ser superadas. O professor pode
utilizar jogos prontos, criar um próprio jogo ou pedir para que os estudantes criem jogos que
atendam aos critérios dessa metodologia.
A aprendizagem por pares é uma metodologia que estimula o debate e a reflexão entre
os estudantes, que são divididos em grupos ou pares para discutir sobre um determinado
tema gerador. Esse processo estimula o desenvolvimento de diversas habilidades, como o
senso crítico e o poder de argumentação.
Durante o planejamento, também cabe ao professor decidir de que forma os estudantes
serão avaliados, tendo em mente que os resultados obtidos são especialmente importantes
para direcionar e regular suas práticas pedagógicas quando comparados aos objetivos
iniciais determinados nessa etapa. A avaliação deve ser feita durante todos os processos de
ensino-aprendizagem por meio de avaliação diagnóstica, formativa e somativa.
A avaliação diagnóstica permite conhecer o que os estudantes já sabem e os resultados
podem mostrar a necessidade de adaptações no planejamento inicial. A avaliação formativa
deve ser contínua e permitir a aprendizagem a partir dos erros, com o objetivo de
desenvolver as habilidades por meio dos conceitos presentes nos componentes curriculares
de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. A avaliação somativa permite ao professor
saber o que os estudantes aprenderam ao longo de todo o processo de aprendizagem.
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AULA 2 - Integração entre objetos de conhecimento dos componentes
curriculares de Biologia, Química e Física
Olá, docente!
O planejamento é um processo fundamental para
que o professor possa elaborar uma sequência didática
que vise o desenvolvimento das competências e
habilidades presentes no CRMG que estão associados
a diferentes objetos do conhecimento de Ciências da
Natureza e suas Tecnologias.
Na aula anterior, foram apresentadas algumas
possibilidades de elaboração do planejamento, como
considerar o uso da Taxonomia de Bloom para organizar os objetivos de aprendizagem,
metodologias ativas citadas no CRMG e como pensar na avaliação durante toda a sequência
didática. Nesta aula, apresentaremos um exemplo de utilização dessas ferramentas para o
desenvolvimento de uma habilidade.
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o componente curricular de Biologia, o CRMG associa o efeito estufa e o aquecimento global
como objetos do conhecimento relacionados a essa habilidade. Alguns exemplos de
objetivos de aula para “identificar” esses conceitos podem ser: definir efeito estufa; descrever
os processos relacionados ao efeito estufa; definir aquecimento global e distinguir efeito
estufa de aquecimento global. Para “interpretar” esses conceitos, outros exemplos podem
ser: reconhecer a importância do efeito estufa para a manutenção da temperatura média da
Terra e relacionar os fatores que contribuem para o aquecimento global.
Para atingir esses objetivos, uma sugestão de metodologia que pode ser utilizada é a
aprendizagem por pares, a fim de considerar os efeitos da poluição antrópica relacionadas
ao aquecimento global. Discussões dirigidas por perguntas sugeridas pelo professor a
pequenos grupos ou pares contribuem para que os estudantes desenvolvam o
posicionamento crítico, pensem em atitudes éticas e ações sustentáveis sobre essa questão.
Durante toda a discussão, o professor deve estar
atento às questões levantadas pelos estudantes,
sugerindo outras perguntas instigantes ao debate e
solicitar que entreguem um resumo do que foi discutido,
seja de forma oral ou escrita. Todo esse processo pode
ser utilizado como parte da avaliação dos estudantes,
assim como possibilita ao professor ter um resultado da
metodologia aplicada e, se necessário, redirecionar o
planejamento para alcançar a habilidade desejada.
O professor também pode recorrer ao ensino híbrido para ampliar a discussão por meio
de textos jornalísticos presentes em sites e blogs, postagens nas redes sociais ou vídeos
que forneçam aos estudantes um maior repertório para construir seus próprios argumentos.
Para intensificar a autonomia e o protagonismo do processo de aprendizagem, os
estudantes também podem elaborar materiais autorais no formato on-line sobre o assunto,
em forma de textos, imagens, portfólios, vídeos, fóruns, entre outros recursos. Esses
materiais criados pelos estudantes também proporcionam ferramentas de avaliação do
processo de ensino-aprendizagem.
Para o componente curricular de Química, o CRMG associa a essa habilidade os
seguintes objetos do conhecimento: Termoquímica - entalpia das reações químicas,
composição, variáveis que influenciam, cálculo e balanço energético, variação de energia;
Efeito estufa e aquecimento global. Alguns exemplos de objetivos de aula a partir da
Taxonomia de Bloom relacionados a “identificar” os conceitos podem ser: descrever o
processo de entalpia das reações químicas e listar os fatores que alteram a entalpia de uma
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reação. Para “interpretar” os conceitos, podemos citar: calcular a variação da entalpia,
avaliar os resultados da variação da entalpia e averiguar a influência dos fatores que alteram
a entalpia de uma reação.
Sobre as metodologias que podem ser utilizadas, uma sugestão é a sala de aula invertida.
O professor pode disponibilizar antecipadamente materiais teóricos sobre os conceitos de
entalpia e outros materiais que mostrem aos estudantes a relação e aplicação desses
conceitos nas diversas esferas da sociedade. Na sala de aula, pode sugerir situações-
problema em exercícios para que os estudantes resolvam sob sua supervisão, estimulando
sua autonomia e protagonismo.
Outra sugestão é a aprendizagem baseada em problemas, preferencialmente pela
metodologia CTSA. O professor pode propor temas atuais relacionados à tecnologia,
sociedade e meio ambiente para que os estudantes determinem qual é o problema em
questão e sua relação com os conceitos estudados. A busca por informações que tentem
solucionar o problema deve ter caráter investigativo pela execução de experimentos para
testar suas hipóteses e que possibilitem compreender melhor os fenômenos da natureza, de
forma que os resultados sejam analisados de maneira crítica e resultem em uma solução
responsável e sustentável.
Para o componente curricular de Física, o CRMG associa a essa habilidade os seguintes
objetos do conhecimento: pressão em fluidos; termofísica; escalas de temperatura;
termômetros; dilatações linear, superficial e volumétrica; calores específico e latente;
mudanças de estado físico; termodinâmica; leis da termodinâmica; transformações gasosas;
transformações cíclicas e o ciclo de carnot; máquinas térmicas e frigoríficas. Algumas
sugestões de objetivos de aula a partir da Taxonomia de Bloom para “identificar” conceitos
podem ser: diferenciar calor específico de latente, descrever as mudanças de estado físico,
explicar as Leis da termodinâmica. Para “interpretar” os conceitos,
podemos citar: demonstrar as transformações gasosas, calcular a
quantidade de calor necessária para mudança de estado físico e
analisar os resultados e construir protótipos de funcionamento de
máquinas térmicas ou frigoríficas.
Sobre as metodologias que podem ser utilizadas, a gamificação
pode se encaixar com o uso de jogos prontos ou criados pelos
estudantes que envolvam os conceitos que serão estudados, de
forma que a teoria seja apresentada de uma forma prazerosa e que
cative a atenção. Outra sugestão é o desenvolvimento de projetos
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que utilize os conceitos estudados para propor uma intervenção que seja útil para a
comunidade escolar ou outras instituições da sociedade.
Cabe ressaltar que essas são apenas sugestões de organização dos objetivos de aula e
de metodologias ativas que podem ser utilizadas, havendo outras possibilidades que
atendam às necessidades dos estudantes a depender de seus interesses, projeto de vida e
demandas na comunidade em que a escola está inserida. Todas as metodologias podem
ser utilizadas pelo professor como parte do processo de avaliação tanto do aluno quanto das
práticas pedagógicas escolhidas, possibilitando a reorganização do planejamento se assim
for necessário. Portanto, a elaboração do planejamento que considere variar as
metodologias e formas de avaliação são indispensáveis para o desenvolvimento de
habilidades.
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AULA 3 – Relacionando diferentes habilidades de Ciências da Natureza e
suas Tecnologias com outras áreas do conhecimento
Olá, docente!
Os objetos do conhecimento dos componentes
curriculares de Ciências da Natureza e suas Tecnologias
apresentam familiaridade com outras áreas do
conhecimento. Fazer a relação com esses outros saberes,
por meio de uma abordagem interdisciplinar, permite aos
estudantes uma visão integral de diversos conceitos. Uma
possibilidade de fazer isso é integrar as habilidades de
Ciências da Natureza com outras áreas do conhecimento, permitindo que os estudantes
percebam a relação entre o seu aprendizado com sua vida cotidiana ou seu projeto de vida.
Apresentaremos a seguir algumas sugestões de integração das habilidades de Ciências
da Natureza com áreas distintas do conhecimento. Nesta aula, relacionaremos as
habilidades da temática de Matéria e Energia e Vida,Terra e Cosmos.
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filósofos na antiguidade se torna importante para que o estudante reflita sobre o pensamento
e interpretação do mundo em diferentes situações e épocas.
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O planejamento de aula é de suma importância para que o professor diversifique as
abordagens pedagógicas em sala de aula. Para que haja integração entre as áreas do
conhecimento, é fundamental que o professor verifique temas que possam proporcionar uma
aprendizagem interdisciplinar.
Na aula anterior foram apresentados alguns conceitos de outras áreas do conhecimento
que estão relacionados com Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Nesta aula,
apresentaremos possibilidades de relação com a temática de Tecnologia e Linguagens.
As habilidades inerentes da temática Tecnologia e Linguagens pretendem desenvolver no
estudante a apropriação dos recursos tecnológicos para a resolução de situações-problema,
sendo necessário para essa finalidade o conhecimento das notações e nomenclaturas
específicas deste tema. Dentre as habilidades específicas, existem aquelas em que se pode
trabalhar objetos do conhecimento que muito se aproximam da área de Matemática e suas
Tecnologias. Podemos exemplificar isso por meio da habilidade a seguir.
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da natureza da Ciência. Já nos objetos de conhecimento na área de Ciências Humanas, a
abordagem é mais ampla, pois os estudantes são estimulados a conhecer e debater os
processos de discriminação historicamente comprovados na construção do conhecimento
científico, sendo possível citar o estudo do Renascimento e do Iluminismo.
A ligação do componente curricular de Física e Sociologia fica evidenciado no estudo da
Gravitação e Leis de Kepler, em que o debate sobre Religião e Ciência atinge seu ápice
quando Nicolau Copérnico afirmou que o sistema heliocêntrico seria o correto, refutando a
ideia do geocentrismo defendido pela Igreja na época. Além de simplesmente definir e
estudar as Leis de Kepler, torna-se enriquecedor para o estudante o debate acerca da
aceitação social que tais ideias tiveram na época.
Vale ressaltar que as habilidades,
componentes curriculares e objetos do
conhecimento citados constituem apenas
alguns dos exemplos de interdisciplinaridade.
Cabe ao professor, durante o planejamento,
buscar conceitos que podem ser abordados
dependendo do contexto sociocultural que a
escola está inserida e do interesse dos
estudantes
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AULA 4 - Possibilidades de aprofundamento das habilidades por meio dos
componentes curriculares de Física, Química e Biologia
Olá, docente!
O CRMG apresenta as três competências específicas
da área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias
associadas as seguintes temáticas: Matéria e Energia;
Vida, Terra e Cosmos e Tecnologia e Linguagens. Todas
essas temáticas apresentam habilidades que já foram
abordadas de forma individual na etapa de introdução
deste curso.
Nesta aula serão apresentados alguns exemplos para
elaborar o planejamento visando a integração das habilidades relacionadas a diferentes
temáticas para os componentes curriculares de Química, Biologia e Física.
A integração das temáticas é importante para oportunizar aos estudantes o
desenvolvimento de diferentes habilidades em uma mesma sequência didática. Como as
habilidades estão associadas aos objetos do conhecimento da área de Ciências da Natureza
e suas Tecnologias, ao elaborar o planejamento, o professor pode consultar o CRMG e
verificar quais são as habilidades que poderão ser desenvolvidas ao trabalhar diferentes
conceitos.
A seguir serão apresentadas algumas sugestões de como o professor pode relacionar
diferentes habilidades para objetos do conhecimento próprios de cada componente
curricular.
Pensando na integração das temáticas para o componente curricular de Química,
podemos citar as seguintes habilidades pertencentes às temáticas de Matéria e Energia e
Tecnologia e Linguagens, respectivamente:
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Essas habilidades podem ser trabalhadas de forma integrada por meio dos objetos do
conhecimento sobre termoquímica, como a entalpia de reações químicas, especialmente a
entalpia de combustão para associar à eficiência energética. Pode-se comparar a eficiência
da queima de diferentes combustíveis, como gasolina e diesel que são não renováveis, com
os renováveis, como biodiesel, biogás e etanol. O professor pode comentar sobre os
impactos ambientais do uso desses combustíveis e sobre a necessidade de soluções
sustentáveis como parte de novas tecnologias.
Pensando na integração das temáticas para o componente curricular de Biologia, podemos
citar as seguintes habilidades pertencentes às temáticas de Vida, Terra e Cosmos e
Tecnologia e Linguagens, respectivamente:
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O professor pode desenvolver essas duas habilidades ao tratar sobre os problemas
ambientais mundiais e políticas ambientais para a sustentabilidade. Pode abordar também
os biomas e sua biodiversidade e os impactos ambientais gerados pelo uso inadequado
desses biomas. Para considerar os parâmetros qualitativos e quantitativos, informações
presentes em textos de divulgação científica podem ser usadas, incentivando a interpretação
dos dados em gráficos, tabelas e por tratamento matemático.
Pensando na integração das temáticas para o componente curricular de Física, podemos
citar as seguintes habilidades pertencentes às temáticas de Matéria e Energia e Tecnologia
e Linguagens, respectivamente:
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Essas habilidades podem ser desenvolvidas por meio de conceitos como potencial
elétrico, diferença de potencial elétrico e tensão elétrica, energia potencial elétrica, circuitos
elétricos, instrumentos de medidas elétricas, associação de resistores e capacitores,
resistência elétrica, Lei de Ohm, eletromagnetismo e eletroímã. Esses objetos do
conhecimento podem ser usados para analisar os processos de geração, transporte,
distribuição e consumo de energia elétrica, assim como analisar e avaliar a adequação de
diferentes materiais para soluções seguras e sustentáveis nas diversas esferas da
sociedade.
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Podemos concluir que durante o planejamento, o
professor pode associar habilidades de diferentes
temáticas para ampliar as oportunidades de
desenvolvimento dos estudantes ao trabalhar objetos do
conhecimento de um determinado componente
curricular.
Ao elaborar o planejamento, é importante que o
professor reflita em possibilidades de integração com
diferentes componentes curriculares dentro da área de Ciências da Natureza e suas
Tecnologias. A interdisciplinaridade proporciona a integração e o diálogo entre diferentes
saberes, evitando uma visão fragmentada e desarticulada do currículo. Dessa forma, durante
a elaboração dos planejamentos, os professores de Química, Física e Biologia podem trocar
ideias e definir objetivos de aprendizagem em conjunto, pensando em como integrar
diferentes habilidades e objetos do conhecimento presentes no CRMG em suas aulas.
A seguir será apresentada uma sugestão de integração de diferentes habilidades para
unir conceitos de Biologia e Química por meio das temáticas de Matéria, Energia e Vida,
Terra e Cosmos, respectivamente:
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Por meio dessas habilidades, os professores de Biologia e Química podem fazer uma
abordagem interdisciplinar sobre radiação. Podem citar os tipos de radiações e as
consequências biológicas das radiações ionizantes, especialmente as mutações celulares.
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Dessa forma, podem promover o debate sobre o uso consciente de fontes radioativas. Outra
possibilidade apresentada a seguir é unir conceitos de Biologia e Física por meio da
integração de diferentes habilidades relacionadas às temáticas de Matéria, Energia e Vida,
Terra e Cosmos, respectivamente:
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