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O planeamento da PEA é uma tarefa de ensino que inclui tanto a previsão das actividades
didácticas em termos da sua organização e coordenação face aos objectivos propostos, como a
sua revisão e adaptação durante o processo de ensino. O planeamento é um meio de programação
das acções de ensino, mas é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à
avaliação.
O planejamento não é uma panaceia para todos os problemas da educação, mais especificamente
do ensino: o planejamento, como ilustra a figura abaixo, é apenas uma parte do que
costumamos chamar de ciclo de ensino, pois além dele temos realização e avaliação, razão pela
qual mesmo que o professor tenha o planejamento mais correto possível, Se a implementação e
avaliação do processo de ensino-aprendizagem tiver problemas, não conseguirá atingir
facilmente os objetivos que deseja. No entanto, se for feito com rigor e ao mesmo tempo com a
flexibilidade e abertura necessárias, assume uma importância vital na prática profissional de
todos aqueles que se esforçam por construir uma escola comprometida com uma comunicação
clara entre os elementos envolvidos na ação educativa, uma escola mais lúcida e mais humana
que atue com base na realidade dos seus alunos. Uma escola mais eficiente no aproveitamento do
tempo e do espaço de que dispõe para ajudar os seus alunos a "crescer". Em suma, uma escola
que quer ter consciência da forma como se dão as situações que desencadeia e/ou enfrenta
diariamente, situações em que quer agir para, se necessário, modificá-las.
2. O planejamento do processo de ensino-aprendizagem se dá em dois níveis
fundamentais: central e professor, passando por um nível intermediário, o de planejamento pela
escola.
Ao nível central, o planeamento curricular é feito para todos os níveis e graus de ensino-
aprendizagem (a nível nacional) e, com base nisso, define-se o perfil de saída do nível/grau,
curso, disciplina, ano, etc., a partir do qual é feito:
3.3.O estudante
Qualquer criança, adolescente ou jovem é portador de uma experiência de vida, de
conhecimento, cuja utilização é um recurso económico e eficaz (a compreensão de uma
determinada matéria é muitas vezes mais fácil se essa matéria for tratada por um colega em vez
do professor), e o facto de permitir ao aluno trazer o contributo do seu próprio mundo para a
PEA permite-lhe sentir que é um dos protagonistas deste processo e vai fazê-lo sentir credível,
confiante em si mesmo e nos outros.
Por outro lado, uma componente importante no planeamento da PEA é a sua adequação ao aluno.
De facto, para além de compreender as características do nível etário do aluno e as características
médias da população escolar, certamente tidas em conta na concessão dos programas, é essencial
que o professor conheça as características pessoais do aluno.
A teoria cognitivista foi criada por Jean Piaget. Robert Gagné acredita que toda habilidade de
alto nível está sentada em outras habilidades cognitivas de nível mais baixo. Exemple;
capacidade de interpretar um texto estaria em varias outras habilidades mais simples e para se
chegar em habilidade de alto nível seria necessário desenvolver essas outras habilidades mais
simples. Com essa concepção de que existe uma concepção hierárquica de habilidades deu
origem o método conhecido como Analise de tarefa hierárquica muito popular nos anos de 1960
que consistia no seguinte: uma vez que o professor estabelecesse a habilidade cognitiva mais alta
a ser desenvolvida pelos alunos, ele deveria diagnosticar quais as habilidades de baixo nível seus
estudantes já tinham e quais as habilidades do nível intermediário eles precisavam para
desenvolver.
A partir desse diagnostico o professor deveria propor tarefas que auxiliassem aos seus estudantes
a irem desenvolver essas habilidades intermediarias que serviriam de bases para habilidade de
mais alto nível.
Esta abordagem considera o aluno como pessoa e o ensino deve facilitar a sua auto-realização,
visando à aprendizagem "pela pessoa inteira", que transcende e engloba as aprendizagens afetiva,
cognitiva e psicomotora.
Implicações
O facto do ser humano ser capaz de pensar, intuir, questionar, reflectir, sentir, decidir, avaliar
(…) contraria a ideia de que a pessoa é o resultado de um conjunto de estímulos e reacções
automáticas como defendem outras teorias. Assim, fenómenos complexos como a resolução de
problemas que não foram previamente vivenciados, a tomada de decisão perante os obstáculos, a
aquisição de conceitos, a compreensão de princípios, só são possíveis através de processos
internos (cognitivos e heurísticos) não mensuráveis, que esta teoria humanista considera.
Contudo, está educação de tipo humanista também tem os seus perigos, dado que pode incitar
uma liberdade sem limites por parte do aluno e, consequentemente, indisciplina, individualismo,
concepção deturpada do papel do indivíduo na democracia e preparação académica insuficiente
ou incorreta. Rogers, também, entendia a pessoa com demasiada condescendência, não
considerando impulsos inatos para a competição ou a autodestruição. Outro aspecto a considerar,
é que este tipo de aprendizagem pode não ser tão adequada à educação de crianças e adolescentes
em situações de ensino escolar pela falta de maturidade, para além de requerer professores
excepcionais, condições curriculares e instituições adaptadas a um ensino flexível, do tipo
individual e grupal.
A teoria foi criada por Vygotsky com interessado em estudar como a interacção social interfere
no desenvolvimento da aprendizagem. A pessoa não aprende sozinho. A pessoa aprende com os
outros através da interacção social. Enquanto que o construtivismo considera que a interacção
social torna o aluno capazes de raciocinar cada vez mais complexa.
As implicações que o conceito de zona de desenvolvimento proximal traz para a prática docente
são inúmeras, uma vez que explorar essa “região” leva o professor a enfrentar novos desafios,
que exigem dele maior atenção para com o processo educativo.
Mutas das vezes certos alunos sofrem de ansiedade, assim como a angústia, impede a
aprendizagem. Isso ocorre porque uma região do cérebro, responsável pelo processamento das
emoções, chamada amígdala, responde às ameaças percebidas bloqueando o fluxo de
informações para os centros de aprendizagem do cérebro, embaralhando os circuitos neurais,
impedindo assim a concentração.
No entanto o educador (formador), como bom observador das características individuais dos seus
alunos, pode proporcionar uma aprendizagem mais dinâmica e motivadora para a sua turma,
através da criação de ambientes de aprendizagem favoráveis. Actividades de liderança e
engajamento da comunidade podem ser eficazes no controle de ansiedades, pois estimulam a
concentração na tomada de decisões, o trabalho em equipe por meio de acções conjuntas e a
comunicação por meio do contacto com outras pessoas.
Uma aprendizagem só pode ser considerada positiva e eficaz quando a aula faz sentido para o
aluno, uma vez que todo o conhecimento passa por uma experiência ao longo da vida. Essa
experiência muda a cada novo aprendizado.
Na sala de aula, quando o professor (formador) dá uma actividade que impulsiona o aluno a
aplicar seus conhecimentos, ele deixa o conceito de memória e ganha vida, tornando-se parte da
vida (ou experiência) do aluno. É nesse processo que a aprendizagem se consolida (positiva).
Para verificar o grau de aprendizagem dos alunos, a avaliação é uma ferramenta importante para
obter feedback. No entanto, o principal numa prova ou numa prova não está no número de erros
e acertos deste aluno, mas sim na compreensão de onde e como chegou a um determinado
resultado, isso irá ajudá-lo a ajustar o seu pensamento para que possa melhorar (isto significa que
o aluno precisa de saber mais do que se as suas respostas foram certas ou erradas).
Uma criança não inicia necessariamente o seu processo de aprendizagem apenas quando entra no
jardim de infância. É possível estimulá-la, nos primeiros meses de vida, com estímulos, cores,
sensações e muito carinho.
Quando nos deparamos com novos conhecimentos, o cérebro detecta imediatamente essa
informação, verificando na nossa memória se a informação é nova ou se já faz parte do nosso
repertório de aprendizagem. Se for novo, o cérebro irá desenvolvê-lo através do fluxo de
conexões que temos na área cerebral, contextualizando-as às nossas emoções, experiências e
pensamentos. Na sala de aula, isso significa que mudar rotinas, pedir aos alunos que considerem
semelhanças e diferenças, levar a turma em passeios, apresentar ao grupo novos jogos e
actividades, são exemplos de acções e estímulos para continuar aprendendo.