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ACTIVIDADE-2

Formando: José Boaventura Machava

I. PLANEAMENTO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM (PEA)

O processo de ensino e aprendizagem é uma actividade intencional e, como tal, requer


planeamento, começando pelo nível central, pela escola e pela sala de aula. Nesse sentido, o
planejamento de ensino-aprendizagem assume o carácter de uma obrigação para o professor: o
plano de ensino determina os objectivos a serem alcançados e os conteúdos a serem mediados e,
além disso, algumas características fundamentais da estruturação e organização didático-
metodológica do ensino. Trata-se, essencialmente, de uma conceção da direção didática do
ensino. É, portanto, devido à importância do planeamento do PAA que nos iremos debruçar
sobre ele, focando-nos nos seguintes aspectos:

Conceito e importância do planeamento SAP


Níveis de planeamento do PEA
Componentes de planeamento do SAP
Fases de planeamento do PAA

1.O planeamento é uma prática comum em todas as actividades humanas, especificamente


naquelas que são realizadas intencionalmente. É por isso que terá sido fácil para si concluir que o
plano de aula (ou seja, o planeamento da PEA) é a previsão mais objectiva possível de todas as
actividades escolares para a eficácia do processo de ensino e aprendizagem que leva o aluno a
atingir os objectivos planeados; E, nesse sentido, o planeamento pedagógico é uma actividade
que consiste em traduzir em termos mais concretos e operacionais o que o professor e os alunos
farão em sala de aula para levar os alunos a atingir os objectivos educativos propostos.

O planeamento da PEA é uma tarefa de ensino que inclui tanto a previsão das actividades
didácticas em termos da sua organização e coordenação face aos objectivos propostos, como a
sua revisão e adaptação durante o processo de ensino. O planeamento é um meio de programação
das acções de ensino, mas é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à
avaliação.
O planejamento não é uma panaceia para todos os problemas da educação, mais especificamente
do ensino: o planejamento, como ilustra a figura abaixo, é apenas uma parte do que
costumamos chamar de ciclo de ensino, pois além dele temos realização e avaliação, razão pela
qual mesmo que o professor tenha o planejamento mais correto possível, Se a implementação e
avaliação do processo de ensino-aprendizagem tiver problemas, não conseguirá atingir
facilmente os objetivos que deseja. No entanto, se for feito com rigor e ao mesmo tempo com a
flexibilidade e abertura necessárias, assume uma importância vital na prática profissional de
todos aqueles que se esforçam por construir uma escola comprometida com uma comunicação
clara entre os elementos envolvidos na ação educativa, uma escola mais lúcida e mais humana
que atue com base na realidade dos seus alunos. Uma escola mais eficiente no aproveitamento do
tempo e do espaço de que dispõe para ajudar os seus alunos a "crescer". Em suma, uma escola
que quer ter consciência da forma como se dão as situações que desencadeia e/ou enfrenta
diariamente, situações em que quer agir para, se necessário, modificá-las.
2. O planejamento do processo de ensino-aprendizagem se dá em dois níveis
fundamentais: central e professor, passando por um nível intermediário, o de planejamento pela
escola.
Ao nível central, o planeamento curricular é feito para todos os níveis e graus de ensino-
aprendizagem (a nível nacional) e, com base nisso, define-se o perfil de saída do nível/grau,
curso, disciplina, ano, etc., a partir do qual é feito:

 A definição de objectivos, conteúdos e métodos gerais;


 A distribuição destes pelos anos (semestres, trimestres, etc.) e pelas unidades do PAA;
 A elaboração de programas detalhados por disciplina;
 Com base nos programas detalhados, são preparados o livro do aluno, o manual do
professor e outros meios de ensino-aprendizagem.

Planeamento ao nível do professor


Como podemos ver através da experiência da educação em Moçambique, por exemplo, o
planejamento do professor inicia-se, juntamente com outros colegas, com a elaboração do plano
anual da disciplina, geralmente chamado de "dosificação", em que o grupo de disciplinas
distribui as unidades de ensino em semanas, prevendo momentos de aula, avaliações, além de
outros que merecem destaque no planejamento anual ou semestral. E, depois disso, o professor
individualmente (principalmente) ou em grupo faz o(s) plano(s) de aula, ou seja, a previsão do
desenvolvimento do conteúdo para uma aula ou conjunto de aulas, tendo em conta um carácter
muito específico em termos do tema (conteúdo), métodos e técnicas de ensino, objectivos, meios,
ou seja, as condições concretas em que o ensino-aprendizagem se realizará.
3. Componentes de planeamento do PEA
Ao longo do planeamento do PAA, aos vários níveis, definem-se objectivos, seleccionam-se
conteúdos prioritários, identificam-se estratégias, estabelecem-se prazos de execução e planeiam-
se actividades de avaliação. E no caso do planeamento ao nível do professor, tudo acontece de
forma mais detalhada, com muito mais peso na preocupação de adaptar as propostas às
características do contexto.
3.1.O ambiente que rodeia a escola
Só artificialmente a escola pode ser considerada separada do ambiente. As paredes da sala de
aula são apenas barreiras físicas, totalmente permeáveis aos problemas, interesses e hábitos
culturais da área em que está inserida. Se estes factores, aparentemente estranhos à turma, não
forem considerados nas propostas de aprendizagem, corre-se o risco de não serem de interesse ou
inacessíveis aos alunos. Os exemplos que são dados, os exercícios que vão ser propostos, as
motivações que são usadas, a linguagem que é usada, tudo têm de ser adequado ao ambiente. E,
claro, essa adequação tem muito a ver com as limitações e os recursos materiais e humanos que a
escola e o ambiente oferecem.
3.2.Recursos/meios de ensino existentes
É importante utilizar da melhor forma os recursos existentes. Do quadro negro à árvore no pátio
da escola, à mão do professor que repousa amigavelmente sobre o ombro do aluno, as
experiências vividas podem contribuir para que a aprendizagem se torne mais rica e gratificante.
Se a escola tem ou não uma máquina de projecção, filmes, slides, retroprojetor, se tem ou não
laboratórios bem equipados ou mal equipados, se a região tem ou não indústrias, minas, etc.,
abertas à colaboração com a escola, ou mesmo mercados ou feiras, artesanato característico que
pode ser explorado, será decisivo na escolha das estratégias.

3.3.O estudante
Qualquer criança, adolescente ou jovem é portador de uma experiência de vida, de
conhecimento, cuja utilização é um recurso económico e eficaz (a compreensão de uma
determinada matéria é muitas vezes mais fácil se essa matéria for tratada por um colega em vez
do professor), e o facto de permitir ao aluno trazer o contributo do seu próprio mundo para a
PEA permite-lhe sentir que é um dos protagonistas deste processo e vai fazê-lo sentir credível,
confiante em si mesmo e nos outros.
Por outro lado, uma componente importante no planeamento da PEA é a sua adequação ao aluno.
De facto, para além de compreender as características do nível etário do aluno e as características
médias da população escolar, certamente tidas em conta na concessão dos programas, é essencial
que o professor conheça as características pessoais do aluno.

II. DEFINA A PSICOLOGIA DE APRENDIZAGEM


A Psicologia da aprendizagem é uma área de estudo da Psicologia que se debruça sobre a
compreensão dos factores que influenciam os processos de aprendizagem. Neste âmbito,
destacam-se assim o estudo das temáticas da motivação/desmotivação escolar, a aprendizagem
autorregulada, a perceção de autoeficácia e o locus de controlo no aprender.
1.Implicações das teorias de aprendizagem na formação baseada em competências
a. Implicações da teoria Behaviorista no PEA
A teoria behaviorista por John Broadus Watson, Ivan Pavlov (1878-1958) and Skinner defende a
teoria que a aprendizagem é uma modificação do comportamento provocado por um estímulo
proveniente do meio envolvente.
Implicação
A tecnologia realizada por Skinner foi baseada de que as pessoas aprendem melhor quando
percebem que estão progredindo nos estudos ou melhor a sensação do sucesso motiva o
estudante.
O programa de Skinner para a programação de máquina para ensinar era para conhecimentos
fechados. Ela não era tecnologia que promovia a aprendizagem baseada em discussões, em
experimentações e não fomentava diferentes pontos de vista sobre o mesmo assunto.
Cada estudante aprendia sozinho num conjunto de conhecimento fechado.
Por que o behaviorismo é objectivista, logo sua preocupação pedagógica é de ensinar o
conhecimento certo e diferenciar do conhecimento errado. Para skinner errar é uma experiência
desagradável. A teoria procurava ajudar o aluno a acertar quase sempre, mas acontece que
também aprendemos com o erro.

b. Implicações da teoria Cognitivista no PEA

A teoria cognitivista foi criada por Jean Piaget. Robert Gagné acredita que toda habilidade de
alto nível está sentada em outras habilidades cognitivas de nível mais baixo. Exemple;
capacidade de interpretar um texto estaria em varias outras habilidades mais simples e para se
chegar em habilidade de alto nível seria necessário desenvolver essas outras habilidades mais
simples. Com essa concepção de que existe uma concepção hierárquica de habilidades deu
origem o método conhecido como Analise de tarefa hierárquica muito popular nos anos de 1960
que consistia no seguinte: uma vez que o professor estabelecesse a habilidade cognitiva mais alta
a ser desenvolvida pelos alunos, ele deveria diagnosticar quais as habilidades de baixo nível seus
estudantes já tinham e quais as habilidades do nível intermediário eles precisavam para
desenvolver.

A partir desse diagnostico o professor deveria propor tarefas que auxiliassem aos seus estudantes
a irem desenvolver essas habilidades intermediarias que serviriam de bases para habilidade de
mais alto nível.

c. Implicações da teoria Humanista no PEA

Esta abordagem considera o aluno como pessoa e o ensino deve facilitar a sua auto-realização,
visando à aprendizagem "pela pessoa inteira", que transcende e engloba as aprendizagens afetiva,
cognitiva e psicomotora.

Implicações

O facto do ser humano ser capaz de pensar, intuir, questionar, reflectir, sentir, decidir, avaliar
(…) contraria a ideia de que a pessoa é o resultado de um conjunto de estímulos e reacções
automáticas como defendem outras teorias. Assim, fenómenos complexos como a resolução de
problemas que não foram previamente vivenciados, a tomada de decisão perante os obstáculos, a
aquisição de conceitos, a compreensão de princípios, só são possíveis através de processos
internos (cognitivos e heurísticos) não mensuráveis, que esta teoria humanista considera.

Contudo, está educação de tipo humanista também tem os seus perigos, dado que pode incitar
uma liberdade sem limites por parte do aluno e, consequentemente, indisciplina, individualismo,
concepção deturpada do papel do indivíduo na democracia e preparação académica insuficiente
ou incorreta. Rogers, também, entendia a pessoa com demasiada condescendência, não
considerando impulsos inatos para a competição ou a autodestruição. Outro aspecto a considerar,
é que este tipo de aprendizagem pode não ser tão adequada à educação de crianças e adolescentes
em situações de ensino escolar pela falta de maturidade, para além de requerer professores
excepcionais, condições curriculares e instituições adaptadas a um ensino flexível, do tipo
individual e grupal.

d. Implicações da teoria Socio-interacionista no PEA

A teoria foi criada por Vygotsky com interessado em estudar como a interacção social interfere
no desenvolvimento da aprendizagem. A pessoa não aprende sozinho. A pessoa aprende com os
outros através da interacção social. Enquanto que o construtivismo considera que a interacção
social torna o aluno capazes de raciocinar cada vez mais complexa.

As implicações que o conceito de zona de desenvolvimento proximal traz para a prática docente
são inúmeras, uma vez que explorar essa “região” leva o professor a enfrentar novos desafios,
que exigem dele maior atenção para com o processo educativo.

A aprendizagem ou aprendizado é o processo no qual o indivíduo se apropria de informações e


conhecimentos que são apresentados a ele por meio da sua interação com o meio. Ela se dá a
partir do momento em que signos e sistemas simbólicos são internalizados pelo sujeito,
contribuindo para o desenvolvimento das funções mentais superiores do mesmo.

De acordo com Vygotsky (1987, p. 101), “O aprendizado adequadamente organizado resulta em


desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de
outra forma, seriam impossíveis de acontecer”
III. ESTRATÉGIAS QUE PODEM SER ADOTADAS NO PEA QUE PODEM
PROMOVER UM AMBIENTE APRENDIZAGEM PSICOLOGICAMENTE
POSITIVA

Mutas das vezes certos alunos sofrem de ansiedade, assim como a angústia, impede a
aprendizagem. Isso ocorre porque uma região do cérebro, responsável pelo processamento das
emoções, chamada amígdala, responde às ameaças percebidas bloqueando o fluxo de
informações para os centros de aprendizagem do cérebro, embaralhando os circuitos neurais,
impedindo assim a concentração.

No entanto o educador (formador), como bom observador das características individuais dos seus
alunos, pode proporcionar uma aprendizagem mais dinâmica e motivadora para a sua turma,
através da criação de ambientes de aprendizagem favoráveis. Actividades de liderança e
engajamento da comunidade podem ser eficazes no controle de ansiedades, pois estimulam a
concentração na tomada de decisões, o trabalho em equipe por meio de acções conjuntas e a
comunicação por meio do contacto com outras pessoas.

A inteligência desenvolve-se a partir do momento em que a estimulamos, quando criamos


condições para que os nossos conhecimentos e competências possam ser melhorados. Para isso, é
papel do professor promover actividades desafiadoras, que incentivem o aluno a enfrentar seus
obstáculos, aprender com os erros e encarar o feedback como uma atitude construtiva e não
derrotista ou pessoal.

Uma aprendizagem só pode ser considerada positiva e eficaz quando a aula faz sentido para o
aluno, uma vez que todo o conhecimento passa por uma experiência ao longo da vida. Essa
experiência muda a cada novo aprendizado.

Na sala de aula, quando o professor (formador) dá uma actividade que impulsiona o aluno a
aplicar seus conhecimentos, ele deixa o conceito de memória e ganha vida, tornando-se parte da
vida (ou experiência) do aluno. É nesse processo que a aprendizagem se consolida (positiva).

Para verificar o grau de aprendizagem dos alunos, a avaliação é uma ferramenta importante para
obter feedback. No entanto, o principal numa prova ou numa prova não está no número de erros
e acertos deste aluno, mas sim na compreensão de onde e como chegou a um determinado
resultado, isso irá ajudá-lo a ajustar o seu pensamento para que possa melhorar (isto significa que
o aluno precisa de saber mais do que se as suas respostas foram certas ou erradas).

A prática de exercícios físicos ajuda na capacidade de concentração, além de fortalecer a


memória, uma vez que o exercício aumenta o fluxo de sangue, rico em oxigênio para o cérebro,
melhorando assim a capacidade de concentração dos alunos.

Uma criança não inicia necessariamente o seu processo de aprendizagem apenas quando entra no
jardim de infância. É possível estimulá-la, nos primeiros meses de vida, com estímulos, cores,
sensações e muito carinho.

Quando nos deparamos com novos conhecimentos, o cérebro detecta imediatamente essa
informação, verificando na nossa memória se a informação é nova ou se já faz parte do nosso
repertório de aprendizagem. Se for novo, o cérebro irá desenvolvê-lo através do fluxo de
conexões que temos na área cerebral, contextualizando-as às nossas emoções, experiências e
pensamentos. Na sala de aula, isso significa que mudar rotinas, pedir aos alunos que considerem
semelhanças e diferenças, levar a turma em passeios, apresentar ao grupo novos jogos e
actividades, são exemplos de acções e estímulos para continuar aprendendo.

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