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AUTOR: BELINHA FRANCÍSCO ALÍ
ÁREA DE TETE
TETE
MAIO DE 2023
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Índice
Capítulo I ........................................................................................................................................ 4
Geral:............................................................................................................................................... 4
Específicos: ..................................................................................................................................... 4
Capitulo II ....................................................................................................................................... 5
2.1.1. Conceitos............................................................................................................................... 5
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Capítulo I
1.1 Introdução
O trabalho é referente à cadeira da Didáctica Geral intitulado “Planificação do Processo ensino-
aprendizagem”, com objectivo de avaliar o contributo da planificação no processo de ensino-
aprendizagem.
Dizer que o conceito de planificação, inclui-se em discursos axiológicos muito diferenciados, o
que confere a esta questão intenções, significações e operacionalizações também muito diversas.
Construir uma proposta pedagógica que contemple o educar, o cuidar e o brincar significa planear
acções pedagógicas que auxiliem as crianças. Estas considerações originaram a investigação sobre
a planificação e sobretudo pretendendo levantar uma discussão sobre a planificação didáctica por
intermédio de uma análise que permita aos/às Educadores/as um repensar crítico e significativo
sobre a organização, execução e reflexão desta prática. Para este estudo e para a compreensão dos
fenómenos que se pretendiam aprofundar, tornava-se imprescindível conhecer as perspetivas dos
actores sobre as situações vivenciadas e tomar em consideração os significados dos indivíduos
sobre os seus próprios actos, pelo que foi assumida uma abordagem qualitativa de cariz
interpretativo. O trabalho está estruturado em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão
e por fim, a bibliografia.
1.2 Objectivos
Geral:
❖ Avaliar o contributo da planificação no processo de ensino-aprendizagem.
Específicos:
❖ Conceitualizar o termo “planificação”;
❖ Descrever as modalidades de planificação de ensino;
❖ Apresentar um plano de aula.
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Capitulo II
2.1.1. Conceitos
No nosso dia-a-dia, passamos por situações que precisam de ser planeadas, mas nem sempre as
delineamos em etapas concretas da acção, uma vez que já fazem parte da nossa rotina. No entanto,
quando realizamos actividades que não estão inscritas no nosso dia-a-dia, utilizamos, por vezes,
métodos racionais para obtermos o que desejamos.
De acordo com BRAGA (2004), “O processo de ensino-aprendizagem é uma actividade
intencional e, nesta condição, requer uma planificação, a começar pelo nível central, da escola e
da aula”, (p.27).
Planificar é identificar o problema para modificá-lo e alcançar melhores resultados num futuro
próximo, avaliar o contexto no qual actua, avaliar os recursos de que dispõe e decidir sobre as
melhores alternativas de como mobilizar e direcionar estes recursos, para que instituições
consigam alcançar os seus objectivos, de forma racional. É um meio para, não é um fim em si
mesmo.
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A planificação do PEA é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das actividades didácticas
em termos da sua organização e coordenação em face dos objectivos propostos, quanto a sua
revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. A planificação é um meio para se
programar as acções docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente
ligado a avaliação. Sempre que se inicia um empreendimento complexo, tendo em vista alcançar
determinadas metas, torna-se importante fazer uma previsão básica da acção a ser realizada,
previsão essa que funcione como um fio condutor susceptível de orientar a acção. Com efeito, na
medida em que a acção educativa põe em causa o presente e o futuro da criança, do adolescente e
do jovem, pondo consequentemente em causa a própria comunidade, não se pode permitir que ela
se desenrole ao sabor dos acasos da improvisação.
❖ A distribuição destes pelos anos (semestres, trimestres, etc.) e pelas unidades do PEA;
❖ Com base nos programas detalhados, elabora-se o livro do aluno, o manual do professor e
outros meios de ensino-aprendizagem.
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Em termos de modelos para a planificação das aulas, convém realçar que existem muitos, em
função do autor que os propõe. Por isso, nos parece marginal a discussão sobre qual é o melhor
modelo, desde que se chegue ao ponto de incluir os elementos que simbolizam a dinâmica do
processo de ensino-aprendizagem. Assim, por uma questão meramente elucidativa, incluiremos a
seguir alguns modelos de plano de aula, deixando ao critério do professor, em grupo de disciplina
ou nível da escola, e em função da disciplina que lecciona adoptar este ou aquele modelo, ou ainda
a combinação entre eles.
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- Ciclos do ano lectivo: toda comunidade educativa deve saber que a escola funciona em torno de
uma abertura e de um enceramento lectivo que se compreende nomeadamente, os períodos de
aulas, dias da semana, feriados, períodos de férias, entre outros acontecimentos escolares
importantes. Assim, é importante planificar, tanto quanto possível, os ciclos escolares.
CORTESÃO (1994), realça que para a realização de uma planificação a longo prazo deve- se
reunir documentos, tais como, programa planificações de anos anteriores, livros, e outras matérias
didácticos”, mas também os professores devem procurar:
Neste tipo de planificação seria desejável que os vários professores se reunissem, incluindo
também pais e outros representantes da comunidade, contudo apesar de ainda existirem
resistências às práticas colaborativas a pouco e pouco estas práticas têm vindo a enraizar-se. Há
no entanto, muitos professores que encaram esta tarefa como um “requisito burocrático que pouco
afetará aquilo que, posteriormente, fará nas suas aulas”, (ZABALZA, 1992, p.56).
De cordo com VILAR (1998), a planificação curricular de escola é “o palco de decisões sobre
relações [sistémicas] de conflitualidade” e que “pressupõe um espirito colaborativo e participativo,
no sentido de garantir a coerência e a justeza das propostas educativas concretas”, (P.33).
É necessário então que se promova uma cultura de participação para que a planificação seja o
produto de toda a comunidade escolar.
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A elaboração de um plano a médio prazo, na perspectiva de CORTESÃO (1994),corresponde à
planificação de uma unidade de ensino.
Segundo ARENDS (1999), dizque “uma unidade corresponde a um grupo de conteúdos e de
competências associadas que são percebidas como um conjunto lógico”, (pp. 59-60).
O mesmo salienta que para planificar uma unidade é necessário interligar conteúdos, objectivos,
estratégias/actividades, materiais, métodos, avaliação, durante dias, semanas, ou meses (ibidem).
CORTESÃO (1994), refere que ao planificar uma unidade de ensino, é importante que se
considerem as seguintes etapas:
1- Identificação das ideias base e conteúdos tendo em conta os esquemas
conceptuais e os temas organizador/es;
2- Clarificação dos objectivos gerais que constam do plano a longo prazo
e que são relativos àquela unidade de ensino;
3- Identificação dos “pré- requisitos” necessários para conseguir realizar
as aprendizagens a que o plano é relativo;
4- Ordenação e distribuição de conteúdos por lições;
5- Estabelecimento de estratégias mais pormenorizadas e mais adequadas
ao contexto;
6- Identificação e listagem de materiais a utilizar;
7- Elaboração de materiais de avaliação formativa e sumativa;
8- Estabelecimento de atividades de remediação e enriquecimento;
9- Indicação da bibliografia;
10- Levantamento das medidas prévias necessárias para levar a cabo as
actividades previstas na unidade (CORTESÃO, 1944, p.120).
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os professores geralmente planificam as suas aulas em função do programa
e de uma progressão. Antecipadamente reúnem a documentação, definem
objectivos, escolhem um método, optam por determinadas estratégias e
determinado material e, antecipadamente, constroem um cenário que
determina as interacções que irão desenrolar na aula, (ALTET, 2000,
p.113).
PILETTI (2001), refere que o plano de aula “é a sequência de tudo o que vai ser desenvolvido em
um dia letivo. (...) É a sistematização de todas as actividades que se desenvolvem no período de
tempo em que o professor e o aluno interagem, numa dinâmica de ensino-aprendizagem” (p. 73).
Concordando com o autor, considerando a aula em si, é aqui que o professor exercita e define
todos os elementos fundamentais para a elaboração de um plano, nomeadamente, o sumário, os
novos conceitos a lecionar, os objectivos a atingir e competências a adquirir pelos alunos, as
estratégias, actividades específicas, o tipo de exercícios, materiais, a linguagem específica a
utilizar, observações pertinentes. É também importante que existam momentos de avaliação sobre
o que cada professor planifica, porque no decorrer de qualquer processo deve-se reflectir e avaliar.
GANDIN (2005), afirma que o processo de planificação é um processo de acção reflexão, o que
possibilita ao professor autorregular-se, analisar o que está a correr bem ou mal e, a partir daí
introduzir melhorias no próprio processo de ensino/aprendizagem .
Independentemente das planificações serem a longo, médio ou a curto prazo, antes de mais temos
de considerar quem e para quem se planifica. Há tarefas que se repetem ao longo do tempo, mas
como é compreensível, em cada tempo são desenvolvidas em diferentes graus de profundidade.
Os planos a longo prazo constituem o suporte organizador dos planos a médio prazo.
E estes constituem o suporte dos programas a curto prazo, no entanto torna-se imprescindível em
que VILAR (1998), frisa que “um corpo docente capaz de corporizar a planificação estratégica da
própria escola … [para que haja] coerência pedagógica das ações concretas que, dentro e fora da
aula, o professor propõe aos seus alunos”, (pp. 74-75).
Escola Primária de Chioco – Changara Classe: 6ª Nome do professor (a):Belinha Francíco Alí
Data: 03 de Maio de 2023; Turma: Única;
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Disciplina: Ciências Naturais; Turno: 1º Objectivos da aula:
Tema: Agentes contaminantes da ág Período: 1º trimestre;
Tempo: 2º - explicar as diferentes formas de contaminação da água;
Duração: 45’
- identificar alguns agentes contaminantes da água.
Tipo de aula: nova
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1. Identifica 3 agentes - passa TPC no - passa-o no Meios
C/A 3’ contaminantes da água. quadro e orienta o caderno, levando- E/C Básicos
aluno para passá-lo. o para casa e fará. e de
T/I Ensino.
Capítulo III
3.1 Conclusão
A elaboração e verificação das conclusões constituem a terceira fase da actividade analítica.
Consiste na procura de regularidades, de padrões explicativos, de configurações possíveis, sem
deixar, todavia, de manter o espírito aberto a novas possibilidades e explicações e sem deixar de
questionar criticamente as conexões que vão sendo encontradas. Sabe-se que estabelecer
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conclusões não é suficiente, é essencial também verificá-las durante todo o trabalho de análise.
Este trabalho de verificação das conclusões consiste na validação dos dados, que devem ser
testados quanto à sua plausibilidade e fiabilidade.
Temos, no entanto, consciência das limitações que podem ser atribuídas à presente investigação,
nomeadamente ao facto de ser um trabalho exploratório que incide sobre o número limitado de
sujeitos. Tentámos, por isso, manter uma atitude flexível e aberta, admitindo que outras
interpretações possam ser sugeridas, discutidas e igualmente aceites.
No termo deste capítulo, e reiterando a ausência de qualquer pretensão a generalizações, dado o
carácter do estudo, realizado num tempo e num contexto específico, a nossa intenção limita-se a
um modesto contributo para o conhecimento das diversas realidades e práticas que povoam o nosso
Sistema Educativo, promovendo assim a expansão de mais e melhores formas de actuação. A
escola como sistema organizado que é, criadora de um sistema de influência entre elementos que
se misturam, nem sempre é fácil perceber onde começa e onde acaba a dimensão de uma análise,
pelo que tentaremos de uma forma ordenada seguir os padrões delimitados na análise empírica
para transmitir o que de mais significativo recolhemos deste contexto educativo.
Assim, relativamente aos aspetos pedagógicos, consideramos que as práticas de planificação se
encontram implementadas. Revela-nos o nosso estudo que as docentes, consideram importante o
acto de planificar e assumem-no como uma responsabilidade do docente.
Planificar constitui um pilar decisivo do sucesso educativo porque se fundamenta na reflexão e
antecipação da ação de todo o processo educativo. No entanto, quando se planifica uma aula, o
mais determinante é escolher os objetivos ou resultados de aprendizagem que os alunos hão de
alcançar, após o processo de ensino em que estão envolvidos.
3.2. Bibliografias
ALTET, M. (2000). Análise das práticas dos professores e das situações pedagógicas. Porto:
Porto Editora
ARENDS, R. I. (1999). Aprender e Ensinar. Lisboa: McGraw Hill.
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BRAGA, F.; VILAS-Boas, FLORIPEs M.; Alves, M. E. M.; FREITAS, M. J. de; Leite, C. (2004).
Planificações: novos papéis, novos modelos. Porto: Edições Asa.
CORTESÃO, L. & TORRES, M. A. (1994). Avaliação pedagógica II, mudança na escola
mudança na avaliação. Porto: Porto Editora.COSTA, J. A. (1991). Gestão escolar:
Participação, Autonomia, Projeto Educativo da Escola. Lisboa, Texto Editora.
ESCUDERO, J. M. (1982). La planificación en la enseñanza. Universidade de Santiago de
Compostela.
GANDIN, D. (2005). Planejamento como prática educativa. São Paulo: Edições Loyola.
PILETTI, C. (2001). Didática geral. São Paulo: Editora Ática.
VILAR, A. de M. (1998). O professor Planificador. Porto: Edições Asa.
ZABALZA, M. (1992). Planificação e desenvolvimento curricular na escola. Porto: Edições
ASA
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