Você está na página 1de 18

INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS DE EDUCACAO A DISTÂNCIA

Faculdade de ciências de educação


Licenciatura em ensino de português

Impacto de plano de aulas no processo de ensino e aprendizagem

Dulce Américo Guilundo Niquice: Codigo 41210713


Maxixe, Julho 2022
INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS DE EDUCAÇÃO DISTANCIA

Faculdade de ciências de educação

Licenciatura em ensino de português

Trabalho do campo a ser submetido


na coordenação do curso de
licenciatura em ensino de português
de INSCED Tutor: Eugénio
Saimone

Dulce Américo Guilundo Niquice: Codigo 41210713


Maxix, Maio 2022
Índice
1. Introdução......................................................................................................................................4

1.1. Objectivos..................................................................................................................................4

1.2. Geral..........................................................................................................................................4

1.3. Específicos.................................................................................................................................4

1.4. Metodologia de pesquisa............................................................................................................4

2. Impacto do plano de processo de ensino e aprendizagem..........................................................5

3. Etapas do planeamento de aulas no processo de ensino e aprendizagem...................................6

4. Plano de aula, sua importância para a aprendizagem do aluno...................................................6

5. Dimensões do planeamento das aulas........................................................................................7

6. A planificação do processo de ensino e aprendizagem...............................................................9

7. Elementos que compõem um plano de aula.............................................................................10

8. Tipos de Planeamento Escolar.................................................................................................11

8.1. Planeamento Educacional....................................................................................................11

8.2. Planeamento Curricular........................................................................................................11

8.3. Planeamento de Ensino........................................................................................................12

9. Tipos de planeamento didáctico ou de ensino..........................................................................12

9.3. Plano de Aula.......................................................................................................................13

10. Conclusão................................................................................................................................15

11. Referências bibliográficas........................................................................................................16


4
1. Introdução

A presente pesquisa de cadeira Seminário de Orientação de Estagio Docente, tem como


objectivo analisar o impacto do plano de aula no processo de ensino e aprendizagem onde o
A planificação é uma prática corrente em todas as actividades humanas, especificamente as que
são realizadas intencionalmente. Por isso terá sido fácil para você concluir que o plano de aula
(ou seja, a planificação do processo de ensino e aprendizagem) é a previsão mais objectiva
possível de todas as actividades escolares para a efectivação do processo de ensino e
aprendizagem que conduz o aluno a alcançar os objectivos previstos; e, neste sentido, a
planificação do ensino é uma actividade que consiste em traduzir em termos mais concretos e
operacionais o que o professor e os alunos farão na aula para conduzir os alunos a alcançar os
objectivos educacionais propostos. De salientar que a planificação do processo de ensino e
aprendizagem é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das actividades didácticas em
termos da sua organização e coordenação em face dos objectivos propostos, quanto a sua
revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. A planificação é um meio para se
programar as acções docentes, mas é também um momento de pesquisa e reflexão intimamente
ligado a avaliação.

1.1. Objectivos
1.2. Geral

 Aperfeiçoar o impacto de aulas no processo de ensino e aprendizagem.

1.3. Específicos

 Falar impacto de aulas no processo de ensino e aprendizagem;


 Falar das dimensões impacto de aulas no processo de ensino e aprendizagem.
 Falar das Etapas do planeamento de aulas no processo de ensino e aprendizagem

1.4. Metodologia de pesquisa


Para elaboração do presente trabalho de pesquisa foram usadas a metodologia de consultas
bibliográficas assim como o uso da internet e foram listadas nas referências bibliográficas do
mesmo. O trabalho está estruturado por uma parte introdutória contendo objetivos,
metodologias usadas, um desenvolvimento contendo o tema em questão, em fim a conclusão
contendo um resumo acerca do Impacto de plano de aulas no processo de ensino e
aprendizagem.

4
2. Impacto do plano de processo de ensino e aprendizagem

A partir da pesquisa, percebemos que para o professor desenvolver bem suas aulas, para que a
aprendizagem aconteça e que o processo de avaliação seja eficaz é necessário que haja um
planeamento condizente com aquilo que ele deseja trabalhar. 

Podemos afirmar que o planeamento é de extrema importância para que o professor possa
pensar na avaliação, promover o desenvolvimento do aluno, haja vista que, esse processo
significa que todo trabalho deve ser planejado, com qualidade, de forma que o planeamento e a
avaliação estejam directamente direccionados para a construção do conhecimento do educando.

Entretanto, sabemos que é necessário o professor ter conhecimento daquilo que vai ensinar,
como vai ensinar, para quem vai ensinar  e buscar  acções para que as metas  sejam
desenvolvidas, no intuito de atingir os objectivos estabelecidos sempre que se buscam
determinados fins, relacionam-se alguns meios necessários para atingi-los. Isto de certa forma é
planeamento (DALMÁS, 1994, P. 23).

Dessa forma, planejar é o ato de organizar acções a fim de que estas sejam bem elaboradas e
aplicadas com eficiência, se possível, nos momentos relacionados da ação ou com quem se age.
Por isso, para planejar bem é necessário conhecer para quem se está planejando, no caso, o
professor deve conhecer a turma com que trabalha e mais, o aluno com quem trabalha. Quanto
mais se conhece, melhor se planeja e se obtêm melhores resultados. Para Luckesi, (2011,
p. 125), “Planejar significa traçar objectivos, e buscar meios para atingi-los”.

Logo, entendemos que, para que haja planeamento são necessárias acções  organizadas entre si,
às quais correspondem ao desejo de alcançar resultados satisfatórios em relação aos objectivos
traçados.

Em relação a isso, HOLANDA apud Luckesi (2011, p.19) afirma que:  Podemos definir o
planeamento como a aplicação sistemática do conhecimento humano para prever e avaliar
cursos de acção alternativos, com vista a tomada de decisões adequadas e racionais, que sirvam
de base para a acção futura. Planejar é decidir  antecipadamente o que deve ser feito, ou seja,
um plano é uma linha de acção pré -estabelecida.

Nesse caso, podemos afirmar que uma aprendizagem significativa resulta de uma educação de
qualidade que vem de acordo com as necessidades do aluno  e afirmamos também que a 

5
educação de qualidade só se faz com a construção do conhecimento, a partir de acções voltadas
para o desenvolvimento cultural do aluno. 

3. Etapas do planeamento de aulas no processo de ensino e aprendizagem

De acordo com a autora  SANT’ANA, (1986. p 26)   o planeamento é dividido em três etapas:

A primeira é a preparação ou estruturação do plano de Trabalho Docente.  Esta etapa é onde o


professor prevê como será desenvolvido o seu trabalho durante certo período. O professor
relaciona os conteúdos que serão trabalhados e como serão trabalhados, ou seja, busca uma
metodologia adequada, recursos didácticos e tecnológicos que contribuam para melhor
desenvolvimento dos conteúdos. Na sequência é determinado os objectivos a serem alcançados,
viabilizando estratégias para que  no decorrer do trabalho os objectivos sejam atingidos.

A  segunda etapa é  o desenvolvimento do plano de trabalho, neste momento as acções que


foram organizadas durante a elaboração do planeamento são colocadas em prática, para que o
processo ensino aprendizagem sejam efectivados. O trabalho é direccionado e constante por
parte do professor, para que o aluno construa seu conhecimento ou transforme o conhecimento
existente passando do senso comum, em um conhecimento organizado e sistematizado.

A terceira etapa é a do aperfeiçoamento. Esta etapa envolve a verificação para perceber até que
ponto os objectivos traçados foram alcançados. Neste momento de avaliação é que se fazem os
ajustes na aprendizagem de acordo com os acertos dos alunos e as necessidades dos mesmos.

4. Plano de aula, sua importância para a aprendizagem do aluno

Um plano de aula deve conter, ainda que de maneira resumida, as decisões pedagógicas do
professor a respeito do que ensinar, como ensinar e como avaliar o que ensinou.

Um elemento-chave do ensino eficaz reside no planeamento das actividades de ensino e de


aprendizagem realizadas na escola, particularmente na sala de aula. Esse planeamento deve ser
feito para cada dia de aula e é parte das responsabilidades profissionais do professor. Sem ele,
os objectivos de aprendizagem perdem o sentido.

Não se deve esperar que um plano de aula sirva, da mesma maneira, para professores
diferentes. Ele é um instrumento individual de trabalho e deve ser desenvolvido para atingir os
objectivos de cada turma, em separado.

6
Entretanto, seja o professor experiente ou iniciante, seu plano de aula deve conter uma
estrutura básica, que é a mesma para todos os casos. O que pode variar é o nível de detalhe e a
forma de Registro, que alteram de acordo com a experiência e o estilo de cada professor.

Sua adequação depende de dois critérios: utilidade para o professor e eficácia para que os
alunos aprendam. Se o professor não tem qualquer ideia a respeito do que pretende com uma
aula, dificilmente saberá se atingiu seus objectivos.

5. Dimensões do planeamento das aulas

 Primeira dimensão

O plano de aula tem como fundo a aula e a sala de aula. Essa aula é parte integrante de um
curso, que, por sua vez, integra a proposta pedagógica da escola. Ou seja, a aula nunca é um
evento isolado. Os objectivos de longo prazo previstos na proposta materializam-se a cada dia,
em cada aula.

 Segunda dimensão

A sala de aula é um lugar físico onde os conteúdos previstos serão ensinados à turma. Mas não
significa estar entre quatro paredes. A aula também pode ocorrer em outros ambientes, internos
e externos da escola. O planeamento do professor pode incluir, por exemplo, projectos a serem
realizados em casa ou no horário extra aula.

 Terceira dimensão

Cada aula deve ser cuidadosamente planejada, ministrada, avaliada e revista para permitir o
replaneamento da aula seguinte. Sem isso, o professor pode chegar ao final do semestre, ou do
ano, sem ter cumprido o seu plano, e sem condições ou tempo de promover a recuperação dos
alunos que não acompanharam o andamento do programa.

Não existe uma forma única ou ideal para elaborar um plano de aula. O formato do plano
depende da escola, da disciplina, do professor, de sua experiência com a matéria e com os
alunos. O que importa é sua utilidade para ajudar as decisões do professor e seu impacto na
aprendizagem dos alunos. Ou é útil para estes, ou não tem qualquer utilidade.

Abaixo, detalhamos sete aspectos que o educador precisa considerar em seu planeamento para
ser eficaz. Os tópicos foram retirados do livro Aprender e Ensinar, publicação do Instituto Alfa

7
e Beto que traz s conceitos e ferramentas necessárias para planejar, ministrar e avaliar aulas
com sucesso. Confira:

 Objectivos gerais e objectivos específicos

Os objectivos da educação são sempre de longo prazo – o que o aluno aprende na escola deve
servir sempre ou para aprender mais ou para aplicar em situações novas, no futuro próximo ou
remoto. Cada aula é um passo para atingir os objectivos de longo prazo e o que ocorre em cada
aula deve ser consistente com isso.

 Pré-requisitos 

Pré-requisito refere-se a algo aprendido anteriormente e que integra uma nova aprendizagem.
Essa nova aprendizagem não pode ocorrer sem que o pré-requisito tenha sido apreendido e
esteja disponível na memória activa do aluno. Por exemplo, para compreender um conteúdo
sobre a história do continente americano, o aluno deve ter como pré-requisitos os conceitos de
Terra, conceitos de sociedade, os nove dos continentes, leituras de mapas etc.

 O que deverá ser revisto na aula

Toda aprendizagem repousa em aprendizagens anteriores. Recordar assuntos, conceitos e


operações já aprendidas facilita novas aprendizagens e permite aplicar o conhecido a novas
situações. Cada plano de aula deve ser concluído com orientações sobre a aula seguinte,
ressaltando para os alunos a relação com os objectivos gerais do curso.

 Considerações sobre motivação e aplicações práticas

A motivação numa aula é algo muito concreta e tem duas implicações que também são muito
concretas. Uma delas é a de energizar, mobilizar a atenção, o esforço e a energia do aluno. A
outra é a de conectar o aluno com o tema e objectivo da aula. A mobilização, portanto, tem que
ser permanente e duradoura – não pode se tratar de qualquer estímulo, apenas para chamar a
atenção inicial dos alunos.

 Actividades a serem desenvolvidas no plano de aula

As actividades não devem ser vistas como uma tarefa mecânica, mas sim como uma
oportunidade de alcançar os objectivos previstos para a aula. Para cada actividade, o plano de
aula deve identificar o formato, o conteúdo, as questões a serem respondidas pelo aluno, as
formas de trabalho, o material e o tempo necessário.

8
 Materiais necessários

A possibilidade de materiais é quase infinita – tudo o que existe no mundo, a rigor, pode
tornar-se objecto de aprendizagem. No entanto, é preciso considerar alguns aspectos sobre esse
ponto: os materiais devem estar disponíveis no momento da aula; devem ser compatíveis com
as formas de apresentar o conteúdo; e as instruções de uso devem ser claras para que o tempo
da actividade seja proveitoso.

 Como avaliar

Ao final do plano de aula, o professor deve ter consciência de como, a partir de todos os
tópicos citados acima, vai avaliar se os objectivos foram atingidos. A única forma de saber se o
aluno aprendeu é oferecendo oportunidades para que ele demonstre o aprendizado, seja por
meio de provas, trabalhos de campo, exposições ou outras formas de avaliação.

6. A planificação do processo de ensino e aprendizagem

A planificação é uma prática corrente em todas as actividades humanas, especificamente as que


são realizadas intencionalmente. Por isso terá sido fácil para você concluir que o plano de aula
(ou seja, a planificação do processo de ensino e aprendizagem) é a previsão mais objectiva
possível de todas as actividades escolares para a efectivação do processo de ensino e
aprendizagem que conduz o aluno a alcançar os objectivos previstos; e, neste sentido, a
planificação do ensino é uma actividade que consiste em traduzir em termos mais concretos e
operacionais o que o professor e os alunos farão na aula para conduzir os alunos a alcançar os
objectivos educacionais propostos.

A planificação do processo de ensino e aprendizagem é uma tarefa docente que inclui tanto a
previsão das actividades didácticas em termos da sua organização e coordenação em face dos
objectivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. A
planificação é um meio para se programar as acções docentes, mas é também um momento de
pesquisa e reflexão intimamente ligado a avaliação.

Segundo Alves (2007, a aprendizagem pode ser definida como uma modificação do
comportamento do indivíduo em função da experiência. E pode ser caracterizada pelo estilo
sistemático e intencional e pela organização das actividades que a desencadeiam, actividades
que se implantam em um quadro de finalidades e exigências determinadas pela instituição
escolar.

9
Na visão de Barros, Pereira e Goes (2008), a aprendizagem é um mecanismo de aquisição de
conhecimentos que são incorporados aos esquemas e estruturas intelectuais que o indivíduo
dispõe em um determinado momento. Trata se de um processo contínuo que começa pela
convivência familiar, pelas culturas, tradições e vai aperfeiçoando-se no ambiente escolar e na
vida social de um indivíduo, sendo assim um processo que valoriza as competências,
habilidades, conhecimentos, comportamento e tem como objectivo a elevação da experiência,
formação, raciocínio e observação. Essa acção pode ser analisada a partir de diferentes pontos
de vista, de forma que há diferentes teorias de aprendizagem.

O planeamento está presente em quase todas as nossas acções, pois ele norteia a realização das
actividades. Portanto, o mesmo é essencial em diferentes sectores da vida social, tornando-se
imprescindível também na actividade docente.

O planeamento de aula é de fundamental importância para que se atinja êxito no processo de


ensino-aprendizagem. A sua ausência pode ter como consequência, aulas monótonas e
desorganizadas, desencadeando o desinteresse dos alunos pelo conteúdo e tornando as aulas
desestimulantes.

De acordo com Libâneo “o planeamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a
previsão das actividades didácticas em termos de organização e coordenação em face dos
objectivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”.
Portanto, o planeamento de aula é um instrumento essencial para o professor elaborar sua
metodologia conforme o objectivo a ser alcançado, tendo que ser criteriosamente adequado
para as diferentes turmas, havendo flexibilidade caso necessite de alterações.

Porém, apesar da grande importância do planeamento de aula, muitos professores optam por
aulas improvisadas, o que é extremamente prejudicial no ambiente de sala de aula, pois muitas
vezes as actividades são desenvolvidas de forma desorganizada, não havendo assim,
compatibilidade com o tempo disponível.

7. Elementos que compõem um plano de aula

Entre os elementos que devem compor um plano de aula estão:

 Clareza e objectividade;
 Actualização do plano periodicamente;
 Conhecimento dos recursos disponíveis da escola;

10
 Noção do conhecimento que os alunos já possuem sobre o conteúdo abordado;
 Articulação entre a teoria e a prática;
 Utilização de metodologias diversificadas, inovadoras e que auxiliem no processo de
ensino-aprendizagem;
 Sistematização das actividades com o tempo;
 Elaboração de aulas de acordo com a realidade sociocultural dos estudantes.

Portanto, o bom planeamento das aulas aliado à utilização de novas metodologias (filmes,
mapas, poesias, músicas, computador, jogos, aulas práticas, actividades dinâmicas, etc.)
contribui para a realização de aulas satisfatórias em que os estudantes e professores se sintam
estimulados, tornando o conteúdo mais agradável com vistas a facilitar a compreensão.

8. Tipos de Planeamento Escolar

8.1. Planeamento Educacional

O Planeamento de um Sistema Educacional consiste na tomada de decisões sobre a educação


no conjunto do desenvolvimento geral do país. A elaboração desse tipo de planeamento requer
a proposição de objectivos em longo prazo que definam uma política da educação. É realizado
pelo Governo Federal, através do Plano Nacional de Educação e da legislação vigente. Através
daí é que conseguimos estabelecer formas de actuação e calcular os custos necessários à
realização dos objectivos a fim de aperfeiçoá-lo ao sistema educacional.

O planeamento é um meio para se programar as acções docentes, mas é também um momento


de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação.

Segundo Saviani A palavra reflexão vem do verbo latino „refectire‟ que significa „voltar
atrás‟. É, pois um (re) pensar, ou seja, um pensamento em segundo grau. (...) Reflectir é o ato
de retomar, reconsiderar os dados disponíveis, revisar, vasculhar numa busca constante de
significado. É examinar detidamente, prestar atenção, analisar com cuidado. E isto é filosofar.
(1997, p. 23).

8.2. Planeamento Curricular

O problema central do planeamento curricular é formular objectivos educacionais a partir


daqueles expressos nos guias curriculares oficiais. Nesse sentido, a escola não deve

11
simplesmente executar o que é prescrito pelos órgãos oficiais. Embora o currículo seja mais ou
menos determinado em linhas gerais, cabe à escola interpretar e realizar estes currículos.

De acordo com Castro, de qualquer modo, o que o professor deverá distinguir, ao elaborar um
currículo, são os conteúdos significativos, funcionais, dos conteúdos carentes de significado e
de funcionalidade e de mera informação sem outro objectivo que é o de ser memorizado por
tanto tempo quanto possível. (1987, p.53).

A escola deve procurar adaptar os conteúdos às situações concretas, seleccionando aquelas


experiências que mais poderão contribuir para alcançar os objectivos dos alunos, das suas
famílias e da comunidade.

8.3. Planeamento de Ensino

O planeamento de ensino configura-se como um roteiro organizado de unidades didácticas para


um ano ou semestre composto dos seguintes elementos: justificativa da disciplina; conteúdos;
objectivos gerais e específicos; metodologia e avaliação, todos ligados à concepção que a
escola e os professores têm como princípio básico a função da educação, da escola, das
especificidades das disciplinas e sobre seus objectivos sociais e pedagógicos. Tais elementos
visam a assegurar a racionalização, a organização e a coordenação do trabalho docente, de
modo que a previsão das acções docentes possibilite ao professor a realização de um ensino de
qualidade e evite a improvisação e a rotina. Sobre esses elementos materializam-se os
referenciais político-pedagógicos da prática pedagógica dos professores.

9. Tipos de planeamento didáctico ou de ensino

9.1. Plano de Curso

O planeamento de curso é necessariamente uma breve amostra do que será desenvolvido e das
actividades que serão realizadas em uma classe, por certo período de tempo, normalmente
durante o ano ou semestre lectivo.

O plano de curso tem por objectivo levantar dados sobre as condições dos alunos, fazendo uma
sondagem inicial; propor objectivos gerais e definir os objectivos específicos a serem atingidos
durante o período lectivo estipulado; indicar os conteúdos a serem desenvolvidos durante o
período; estabelecer as actividades e procedimentos de ensino e aprendizagem adequados aos
objectivos e conteúdos propostos; seleccionar e indicar os recursos a serem utilizados; escolher

12
e determinar as formas de avaliação mais coerentes com os objectivos definidos e os conteúdos
a serem desenvolvidos.

9.2. Plano de Unidade

O plano de unidade refere-se aos assuntos da disciplina que forma um todo completo e que são
desenvolvidos no espaço correspondente a uma ou algumas aulas. Importante notar que a
elaboração de planos de unidade não impede que o professor proceda também ao planeamento
de cada aula.

9.3. Plano de Aula

Na elaboração do plano de aula, deve-se levar em consideração, em primeiro lugar, que a aula
é um período de tempo variável, as características dos alunos, suas possibilidades, necessidade
e interesses. Por isso é importante que o professor faça uma sondagem do que os alunos já
sabem sobre os conhecimentos a serem abordados.

Dificilmente completam numa só aula o desenvolvimento de uma unidade didáctica ou tópico


de unidade, pois o processo de ensino e aprendizagem se compõe de uma sequência articulada
de fases: Preparação e apresentação dos objectivos, conteúdos e tarefas; Desenvolvimento da
matéria nova; Consolidação (fixação, exercícios, recapitulação, sistematização); Síntese
integradora e aplicação e Avaliação. Isto significa que não devemos preparar uma aula, mas um
conjunto de aulas e em geral, o plano de aula do professor assume a forma de um diário ou de
um seminário.

O conteúdo refere-se à organização do conhecimento em si, porém, com base nas suas próprias
regras, ele é um instrumento básico para poder atingir os objectivos. Torna-se necessário um
bom critério de selecção na escolha dos conteúdos mais centrados, mais importantes e mais
atuais. O conteúdo seleccionado precisa estar relacionado com os objectivos definidos. O mais
importante é o fato do professor estar apto a levantar a ideia central do conhecimento deve
trabalhar em sala de aula.

O plano didáctico, sendo a culminância desse total processo, não deve ser estático e rígido, em
contacto directo com os planos, novas ideias nos podem ocorrer, e com certeza novos enfoques
nos parecerão mais oportunos.  Dessa forma enfatizamos que os procedimentos existem e cabe
utilizá-los da melhor forma possível, para que ao final os bons resultados sejam obtidos, para
isso basta comparar a grande diferença que existe entre um professor bem preparado, que faz

13
seu planeamento de acordo com todos os aspectos que compõem a sala de aula, e um
profissional que não dá atenção as mudanças que ocorrem no processo educativo.

14
10. Conclusão

Findo o presente trabalho, concluiu-se que a partir da pesquisa, percebemos que para o
professor desenvolver bem suas aulas, para que a aprendizagem aconteça e que o processo de
avaliação seja eficaz é necessário que haja um planeamento condizente com aquilo que ele
deseja trabalhar. Podemos afirmar que o planeamento é de extrema importância para que o
professor possa pensar na avaliação, promover o desenvolvimento do aluno, haja vista que,
esse processo significa que todo trabalho deve ser planejado, com qualidade, de forma que o
planeamento e a avaliação estejam directamente direccionados para a construção do
conhecimento do educando. Entretanto, sabemos que é necessário o professor ter conhecimento
daquilo que vai ensinar, como vai ensinar, para quem vai ensinar  e buscar  acções para que as
metas  sejam desenvolvidas, no intuito de atingir os objectivos estabelecidos sempre que se
buscam determinados fins, relacionam-se alguns meios necessários para atingi-los. Isto de certa
forma é planeamento (DALMÁS, 1994, P. 23).

Concluiu-se também que planejar é o ato de organizar acções a fim de que estas sejam bem
elaboradas e aplicadas com eficiência, se possível, nos momentos relacionados da ação ou com
quem se age. Por isso, para planejar bem é necessário conhecer para quem se está planejando,
no caso, o professor deve conhecer a turma com que trabalha e mais, o aluno com quem
trabalha. Quanto mais se conhece, melhor se planeja e se obtêm melhores resultados. Para
Luckesi, (2011, p. 125), “Planejar significa traçar objectivos, e buscar meios para atingi-los”.
Logo, entendemos que, para que haja planeamento são necessárias acções  organizadas entre si,
às quais correspondem ao desejo de alcançar resultados satisfatórios em relação aos objectivos
traçados. Sendo assim a minha abordagem sobre o tema termina por aqui, restando apenas
agradecer ao Docente pelo tema pois, o mesmo serviu de ajuda para o aperfeiçoamento dos
meus conhecimentos sobre o mpacto de plano de aulas no processo de ensino e aprendizagem.

15
11. Referências bibliográficas

 DALMAS, Ângelo. Planeamento participativo na escola. 1ª ed. Rio de Janeiro: Editora


Vozes, 2003.
 DEL PRETTE, Z, A; DEL PRETTE, A. Desenvolvimento interpessoal e educação escolar:
o enfoque das habilidades sociais. Sociedade brasileira de psicologia. Temas em psicologia,
v.6, n.3, p. 205-215 Ribeirão Preto, 1998.
 ESCORIZA NIETO, J. Dificultardes en el processo de composición del discurso escrito.
Madrid: Editorial Sínteses, 1998.
 FERNÁNDEZ, A. A inteligência aprisionada; abordagem psicopedagógica clínica da
criança e sua família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
 FIORENTINI, D.; SOUZA JR. A & MELO, G. A. Saberes docentes: um desafio para
académicos e práticos. In GERALDI, C.M.G.; FIORENTINI, D & PEREIRA, E.M.(Orgs).
Cartografias do Trabalho Docente: professor(a)-pesquisador(a). Campinas: ALB e Mercado
de Letras, 1998, p.307-335.
 Fonte: www.alfaebeto.org.br
 GANDIN, Danilo. Planejamento como prática educativa. 13ª ed. São Paulo: Editora
Loyola, 1983.
 GARCIA, J.N. Manual de dificuldades de aprendizagem, leitura, escrita e matemática.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
 Https://m.educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/a-importancia-plano-
aula.htm
 JACOB, A.V; LOUREIRO, S.R. Desenvolvimento afetivo – o processo de aprendizagem e
o atraso escolar, paipédia, FFCLRP-USP, Ribeirão Preto, Fev / Ago. 1996.
 LIBÂNEO, J. C. Organização e gestão escolar: teoria e prática. 4. ed. Goiânia: Editora
alternativa, 2001. PARRA, Nelson. Planejamento de currículo. Revista Nova Escola. nº 5.
1972.
 MAJOR, S. Crianças com dificuldades de aprendizado. São Paulo: Manoele, 1997.
 MINAYO, M. C. de S. [et al.] (Org.) Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 2. ed.
Rio de Janeiro: Vozes,1994.
 MYKLEBUST, Helmer; JOHNSON, Doris J, e R

16

Você também pode gostar