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Conteúdo

1.1. Introdução........................................................................................................................4

Objectivos:...................................................................................................................................4

Geral............................................................................................................................................4

Metodologia do trabalho..............................................................................................................4

1.1.1. Planificação do Processo de Ensino Aprendizagem.....................................................5

Planificação..................................................................................................................................5

1.1.2. Tipos de planificação no processo de ensino e aprendizagem......................................5

1.1.3. Plano semestral/a longo prazo......................................................................................6

1.1.4. Elementos do Plano semestral/a Longo Prazo..............................................................6

1.2.1. Importância da planificação no processo de ensino e aprendizagem............................8

1.2.3. Avaliação......................................................................................................................9

1.2.4. Aspectos a ter em conta numa planificação..................................................................9

1.2.5. Características duma boa planificação........................................................................10

1.2.6. Etapas ou niveis de planificação do Ensino................................................................10

1.2.7. Conlusão.....................................................................................................................12

1.2.8. Bibliografia.................................................................................................................13

1.1. Introdução
Uma das formas que identifica a qualidade do trabalho do corpo docente é programa do
do ensino, planos tematicos, dosificação e planificação da aula assim como os
objectivos a alcançar em cada aula. Portanto, nessa abordagem, falaremos da
planificação no processo de ensino e aprendizagem no seu todo a apartir dos tipos de
planificação, aspectos a ter em conta numa planificacao no PEA, as características de
uma boa planificação e a importância da planificação.
Porem, vale esclarecer que, no nosso entender, o processo de ensino e aprendizagem é
composto de duas partes: ensinar, que exprime uma atividade, e aprender, que envolve
certo grau de realização de uma determinada tarefa com êxito.
Portanto, na planificação, serão desenvolvidos aspectos relacionados aos critérios de
selecção e organização dos conteúdos, dado que, quanto melhor a selecção dos
conteúdos, melhor será a boa planificação assim como o nível de ensino e
aprendizagem. O processo de ensino e aprendizagem tem sido estudado segundo
diferentes enfoques. Condensamos neste estudo uma análise comparativa tanto dos
pressupostos comuns como dos diferentes, pertinentes às diversas abordagens teóricas
que procuram explicar o processo de ensino e aprendizagem atraves duma planificação.
Essa reflexão auxilia no entendimento do papel da didática para a formação do educador
e sua importância nas atividades de ensinar e aprender mediante a planificação da aula.

Objectivos:

Geral
 Conhecer planificação no Processo de Ensino e Aprendizagem.
Específico
 Identificar diferentes tipos de planificação e a sua importância no PEA;
 Descrever elementos fundamentais duma boa planificação.
 Mencionar aspectos que devem ter em conta numa boa planificação.

Metodologia do trabalho
Este trabalho foi feito através do método bibliográfico e manuais virtuais no (uso de
internet). O trabalho, foi feito obedecendo-se as regras (APA) da 6a Edição de produção
de trabalhos científicos mediante orientação da Universidade Católica de Moçambique.

1.1.1. Planificação do Processo de Ensino Aprendizagem

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Planificação
Segundo Libâneo, (2006) Planificação do Processo de Ensino Aprendizagem é um
processo de racionalização, organização e coordenação da acção docente, articulando
a acção escolar e a problemática do contexto social para garantir a eficácia e
eficiência do ensino.” (P.222)

Para Bento (2003) “a planificação no Processo de Ensino e Aprendizagem é o elo de


ligação entre as pretensões, imanentes ao sistema de ensino e aos programas das
respectivas disciplinas, e a sua realização prática”. É uma actividade prospectiva,
diretamente situada e empenhada na realização do ensino que se consuma na sequência:
“Elaboração do plano → realização do plano → controlo do plano → confirmação ou
alteração do plano, etc.” (p.15-16)
Este autor refere ainda que a planificação, “é também ligar a própria qualificação e
formação permanente do professor ao processo de ensino, a procura de melhores
resultados no ensino como resultante do confronto diário com problemas teóricos e
práticos” (BENTO 2003, p.16)
Ao passo que o Zabalza, (1997) diz que Planificação “é uma actividade mental e
interna do professor, o conjunto de processos psicológicos básicos, através dos quais a
pessoa visualiza o futuro, faz um inventário de fins e meios e constrói um marco de
referência que guia as acções.” (P. 47).

Portanto, a planificação, como coisa inerte, não só pode corresponder a uma


complexidade das interacções que se vão estabelecendo durante o decorrer das aulas
(PEA), como também não deixa de ter o valor de um fio condutor que vai delineando o
caminho a percorrer-se rumo aos objectivos educacionais previamente traçados.

1.1.2. Tipos de planificação no processo de ensino e aprendizagem


 Planificação do curso/semestral/a Longo Prazo;
 Planificação de uma Unidade Didáctica/a Médio Prazo;
 Planificação de uma Aula/a Curto Prazo.

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1.1.3. Plano semestral/a longo prazo
É a previsão dos conhecimentos a serem desenvolvidos e das actividades a serem
realizadas numa determinada disciplina, durante um determinado período de tempo,
geralmente durante um ano ou um semestre lectivo.

Em geral, a planificação Semestral/a longo prazo segue a seguinte sistemática:

 Levantar dados sobre as condições dos alunos fazendo uma sondagem inicial;

 Propor objectivos gerais e definir objectivos comportamentais a serem atingindo


durante o período lectivo estipulado;

 Seleccionar e indicar os recursos e materiais didácticos e a fonte (se houver) a


serem utilizados durante o período lectivo;

 Indicar os conteúdos a serem desenvolvidos durante o período.

1.1.4. Elementos do Plano semestral/a Longo Prazo


De acordo com NÉRICE (1989), os principais elementos do plano a longo prazo são os
seguintes:

Tempo Disponível: sendo como o primeiro elemento, uma vez que as necessidades
poderão diminuir ou aumentar em função das horas – aulas de que o professor possa
dispor;

Objectivos comportamentais: procura caracterizar as expectativas do comportamento


amplo no sector da informação, formação e automatização;

Conteúdo – é o programa a ser desenvolvido visando a efectivação dos objectivos


estabelecidos. Este precisa obedecer a alguns parâmetros tais como:

 Articulação com experiência anterior do educando;


 Apresentação dos seus aspectos teóricos e práticos básicos;
 Funcionalidade;
 Atendimento as condições e necessidades do meio envolvente;
 Atendimento aos interesses revelados pelos educandos.

Possibilidade da escola: refere-se as salas, material didáctico, recursos humanos e


disponibilidade económica;

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Trabalho de pesquisa a ser realizado durante o período lectivo. (P. 228).

1.1.5. Planificação a médio prazo- Unidade Didática


A planificação a médio prazo realiza-se ao longo do ano letivo, por unidade de ensino,
sendo assim designada de plano de unidade didática. Estes planos têm por objetivo uma
visão mais detalhada do trabalho a desenvolver, nomeadamente ao nível dos conteúdos
que compõem os temas ou unidades didáticas. É um tipo de planificação que se articula
com o plano anual e pretende ordenar e sequenciar todo o processo educativo,
organizando e relacionando entre si competências, conteúdos (atitudinais,
procedimentais e temáticos), atividades e avaliação, explicitando quais as intenções
educativas do professor. Por outras palavras, utiliza-se a expressão plano de unidade
didática para definir um instrumento de trabalho que permite ao professor organizar a
sua prática educativa e articular o processo ensino-aprendizagem de forma ajustado aos
seus alunos. O plano de unidade didática poderá ser assim ser entendida como a
programação e a prática das sequências de ensino-aprendizagem articuladas e
completas. (Arends, 2008,p. 118).
Para isso, de acordo com esta autora, a planificação a médio prazo deve contemplar as
seguintes etapas de trabalho:
 - “Linha conceptual explicativa da unidade
 - Pré- requisitos. Os pré-requisitos, como o próprio nome indica, são os
conceitos
 e conhecimentos que o aluno já deve dominar;
 - Objetivos gerais e a sua operacionalização em objetivos específicos;
 - Conteúdos Organizados;
 - Estratégias de Ensino e Avaliação;
- Tempo – deve definir o número total de tempos letivos previstos para a unidade
e marcar a matéria de cada aula.” (p.120)
1.1.6. Planificação a curto prazo - Plano de aula
Ainda de acordo com Arends (2008), diz que no âmbito da planificação de curto prazo
do ensino-aprendizagem, o plano de aula constitui a última etapa da planificação do
professor. Este tipo de planificação organiza sobretudo períodos de ensino de pequena
duração como por exemplo um plano de aula. Os planos de aula situam-se
imediatamente antes da operacionalização e devem ser estruturados a partir dos planos a
médio prazo. A planificação de aula é aquela que permite a adequação à realidade e ao
contexto escolar do grupo de alunos a que se destina. Ao contrário das planificações
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anteriores que podem e devem ser elaboradas em conjunto pelos docentes da mesma
disciplina, esta é individual e da responsabilidade de cada professor. Este tipo de plano é
mais específico e descritivo e representa uma reflexão sobre o trabalho a ser realizado
na turma, uma vez que o professor reflete com antecedência sobre o que será feito,
como será feito e o que os alunos deverão fazer.

1.2.1. Importância da planificação no processo de ensino e aprendizagem


Para LIBÂNEO (1994), refere que a planificação tem a importância de:

 Prever objectivos, conteúdos e métodos a partir da consideração das exigências


impostas pela realidade social, do nível de preparo, e das condições sócio-
culturais e individuais dos alunos;
 Facilitar a preparação das aulas e, seleccionar o material didáctico em tempo
hábil, saber que tarefas o professor e o aluno devem executar, replanear o
trabalho frente às novas situações que aparecem no decorrer das aulas;
 Assegurar a coesão e coerência do trabalho docente, uma vez que torna possível
interrelacionar os elementos que compõem os planos de ensino: os objectivos,
(para que ensinar), os conteúdos (o que ensinar), os alunos e suas
possibilidades (a quem ensinar), os métodos e técnicas (como ensinar) e a
avaliação.
1.2.2. Objectivos de planificação no PEA

Libaneo, (1997) diz que na abordagem sociocultural, os objectivos educacionais são


definidos a partir das necessidades concretas do contexto histórico-social no qual se
encontram os sujeitos. Nesse contexto, busca uma consciência crítica dando como
principais objectivos da planificação do PEA seguintes:
 Visualizar, de forma global e detalhada, o ensino a ser realizado numa
actividade, numa área de estudo ou numa disciplina;
 Proporcionar sequências e progressividade nos trabalhos/actividades
escolares;
 Prestar mais atenção ao tempo e aos aspectos essenciais do conteúdo a ser
leccionado;
 Estabelecer o tipo e forma de avaliação dos trabalhos/actividades escolares.

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Segundo Grigull (2008), objetivo é o que se espera que a turma aprenda em
determinadas condições de ensino. O autor denota que é a partir do objetivo que são
definidos e orientados os conteúdos que devem ser trabalhados e os processos didáticos
que são necessários para que o objetivo seja atingido. (p.109).

1.2.3. Avaliação
Para Luckesi (2000, cit. Frias e Takahashi, 2002) a avaliação é "um juízo de qualidade
sobre dados relevantes, tendo em vista uma tomada de decisão".
Segundo afirma Stefanello (2010), é através da avaliação que se torna possível analisar
os resultados obtidos pelos alunos. (p.43,44)
Na opinião de Libâneo (1994, cit. Frias e Takahashi), “a avaliação é tida como um
componente do processo de ensino que visa, através da verificação e qualificação dos
resultados obtidos, determinar a correspondência destes com os objetivos propostos e,
daí, orientar a tomada de decisões em relação às atividades didáticas seguintes” (p. 157).
O mesmo autor (ibid. 1994, cit. Frias e Takahashi, 2002) acrescenta que a avaliação da
aprendizagem como processo deve procurar a inclusão dos educandos. Neste sentido, o
professor, ao avaliar o aluno, deve levantar dados, analisá-los e sintetizá-los de forma
objetiva, possibilitando, desta forma, o diagnóstico dos fatores que interferem no
resultado da aprendizagem.

1.2.4. Aspectos a ter em conta numa planificação


PILETTI, Claudino (1995) fala que “A planificação na escola deve partir do
conhecimento do plano currucular programas de ensino (planos temáticos) apartir
desses conhecimentos, cabe aos professores de forma individual, sobretudo em equipa
prepararem os planos analíticos e os planos de aula das respectivas disciplinas como
parte de operacionalização dos planos precedentes tendo em conta o calendário escolar,
diversos tipos de regulamentos e as orientações e tarefas escolares obrigatórias. Um dos
aspectos importantes na planificação é a escola e os professores devem elaborar os seus
próprios planos, selecionar os conteúdos, os metodos e os meios de organização do
ensino em face das particularidades e as condições de aproveitamento escolar dos
alunos, inclusive alunos de necessidades educativas especiais da realidade de cada
região.” (p.187)

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O professsor deve ser ser dinamico e actualizado na seleccao do material didático, deve
levar e fazer o uso do material actualizado, nisso, tendo em conta com os objectivos que
quer alcançar na planificação duma certa aula.

Sempre deve espelhar-se nos programas do ensino, planos temáticos e dosificações para
garantir a eficiência de processo de ensino e aprendizagem.

1.2.5. Características duma boa planificação


Uma planificacao deve ter sempre em conta os elementos como é o caso da unidade,
continuidade e degradação, objectividade e realismo, precisão e clareza, flexibilidade.

Guião de orientação onde são estabelecidas as diretrizes e meios para realização do


trabalho docente com função de orientar a prática partinda das exigências da própria
práctica não podendo ser um documento regido.

Segue uma ordem sequencial atraves de passos lógicos embora na prática os passos
podem ser invertidos;

Objectividade existência de correspondência do plano com a realidade;

Gerência entre os objectivos gerais, específicos, conteúdos, métodos e avaliação assim


como relação entre as ideias e a práctica;

Flexibilidade na qual o professor esta sempre organizando o seu trabalho e sujeito


sempre a alterações.

1.2.6. Etapas ou niveis de planificação do Ensino


As etapas ou níveis de planificação segundo o Pillett (2004, pag 662)

A nível central a planificação curricular é feita a todos os níveis e graus de ensino-


aprendizagem (a nivel da nação), e na base disso procede-se a definição do perfil de
saída de nivel/grau, curso, disciplina, ano etc, apartir do qual se faz:

Definição de objectivos e conteúdos métodos gerais;

A distribuição destes pelos anos (semestres, trimestres, etc) e pelas unidades PEA.

A elaboração dos programas detalhados por disciplina;

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com base nos programas detalhados elabora-se livro do aluno, o manual do professor
com respectivas unidades e outros meios de ensino.

Planificação do professor começa juntamente com outros colegas com a elaboração do


plano anual, trimestral ou semestral da disciplina geralmente denominada de dosificação
na qual o grupo da disciplina faz a distribuicao das unidades de ensino em semanas
prevendo momemtos de aulas, de avaliacoes para alem das outras que mereçam
destaque na planificacao anual ou semanal. E a seguir a isso, o professor
individualmente (principalmente) ou em grupo faz o plano de aulas, ou seja, a previsão
do desenvolvimentodo conteudo para uma aula ou conjunto de auals tendo em conta um
carácter bastante especcifico em termos do tema ou conteúdo, metodo, técnicas de
ensino, objectivos, meios isto é, das condicoes concretas em que se realiza o ensino-
aprendizagem.

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1.2.7. Conlusão
Podemos então situar a planificação como uma das decisões pré interactivas do
professor, e surge com a necessidade dos docentes adequarem os programas escolares às
características do meio social, da escola e dos alunos. Pela análise dos resultados de
estudos realizados, é de referir que a realização de uma planificação adequada permite
mais oportunidades educativas aos alunos, permite uma classe organizada e também um
maior numero de actividades durante a aula, melhorando assim a qualidade do processo
ensino/aprendizagem e o desempenho do seu agente activo (o professor). As decisões
tomadas no acto de planificação podem ser de curto, médio e longo prazo.
As decisões relativas à avaliação à reorganização e reestruturação do processo de
ensino. Na elaboração de uma avaliação, os professores ou educadores devem ter em
conta os níveis de raciocínio dos seus alunos, a maneira de elaboração dos objectivos
tem que ser de forma abrangente como o nível de informação, compreensão, aplicação,
análise, comparação, sintetizar, avaliar ou julgar.

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1.2.8. Bibliografia
LIBÂNIO, José Carlos. Didáctica. Dina livro, São Paulo – SP, 1990.
BLOOM B. etal.Taxonomia de Objectivos Educacionais. Domínio Cognitivos. Globo,
Porto Alegre, 1974.
INDE/MINED – Moçambique. Plano Curricular do Ensino Básico. INDE/MINED –
Moçambique, Maputo, Outubro, 2003.
PILETTI, Claudino. Didatica geral.2ªedicao. São Paulo. 1995
Bento, J. O. Planeamento e avaliação em educação física. Lisboa, 2003.
Bogdan, Biclen, S Investigação qualitativa em educação Porto, Porto
Editora. Porto, 1994. amas, J. E De Ketele, J.M. Observar para avaliar. Coimbra, 1985.
Zabalza, (M. H. Pré, inter e pós acção. Planificação e avaliação em pedagogia.
Coimbra, (1996).
Pacheco, J. Planificação didáctica: uma abordagem prática. Universidade do Minho.
Braga, 1990.

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