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Índice

1.Introdução................................................................................................................................1
1.1.Delimitação dos Objectivos..................................................................................................2
1.1.1. Geral..................................................................................................................................2
1.1.2.Específicos.........................................................................................................................2
1.2.Metodologias........................................................................................................................2
2.PLANO DE AULA..................................................................................................................3
2.1.As características do plano de aula.......................................................................................4
2.1.2.Exemplo do plano de aula..................................................................................................6
3.Conclusão.................................................................................................................................8
Bibliografia.................................................................................................................................9
1.Introdução

O maior desafio da educação nos dias de hoje é fazer com que nossos alunos aprendam o que
realmente queremos que eles aprendam em nossas aulas. Tantas são as nuanças externa que
lhes despertam a atenção, que a aula parece não ser o melhor lugar do mundo para eles. No
entanto, há que se levar em conta que muitas dessas aulas realmente são desestimulastes e não
correspondem às expectativas de aprendizagem. Nesse sentido, se faz necessário reflectir
sobre a aula, mais especificamente, como ela vem sendo preparada e planejada para oferecer
um ensino de qualidade e garantir um aprendizado efectivo.

Neste contesto, o presente trabalho foi desenvolvido com base no tema: PLANO DE AULA:
Características.

Acreditamos que uma boa aula é aquela que é muito bem planejada, que tem objectivos claros
e precisos e uma avaliação que revele a aprendizagem pretendida naquele exacto momento.
Se assim se caracteriza uma boa aula, podemos conjecturar que a planificação do professor se
tornará um instrumento de garantia de aprendizagem dos alunos na medida em que revelar
uma relação entre objectivo de aula e avaliação da aprendizagem correspondente,
considerando actividades que levem o aluno a desenvolver habilidades pretendidas naquela
aula.

Apresentamos no decorrer desse texto o caminho de nosso trabalho. Iniciamos trazendo a


fundamentação teórica que norteou todo fazer investigativo da pesquisa, nela apresentamos os
trabalhos já existentes frente ao nosso objecto de estudo, bem como, o diálogo teórico e
epistemológico da pesquisa com autores.

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1.1.Delimitação dos Objectivos

Segundo Andrade (1997, p.26), “toda pesquisa deve ter objectivos claros e definidos, pois
assim torna mais fácil conduzir a investigação”. Os objectivos podem ser gerais e específicos
(particulares). Assim, o estudo resultante deste trabalho vai ser guiado pelos seguintes
objectivos:

1.1.1. Geral

Conhecer um plano de Aulas.

1.1.2.Específicos

Identificar o elemento que compõe um plano de aulas.


Descrever as características de plano de aulas;
Apresentar um plano de aulas.

1.2.Metodologias

Segundo Gil (1999:26) “metodologia é a linha de raciocínio adoptada no processo de


pesquisa, um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos para que seus objectivos
sejam atingidos.” Aqui olha-se para metodologia como sendo uma forma de pensar sobre
como desenvolver uma actividade.

Assim, para a materialização deste trabalho foi imprescindível o uso da pesquisa bibliográfica
que consistiu na leitura das literaturas que tratam desta temática e o uso da internet.

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2.PLANO DE AULA

A actividade docente, assim como toda actividade humana, necessita ser planejada a fim de
atingir seus objectivos específicos. O planeamento como um conjunto de acções intencionais
do professor vem sendo fonte de pesquisa para muitos pesquisadores da educação. No
caminhar de nossa pesquisa encontramos algumas delas que trazemos para um diálogo.

De acordo com Araújo, (2008, p.36):

Um plano de aula é o guia detalhado de um professor que descreve o que os alunos


precisam aprender, a forma como o assunto seria apresentado e a consecução dos
objectivos de classe medida. Não importa qual assunto seja ensinado, ter um plano de
aula guia o processo de aprendizado, fornecendo um esboço claro a seguir durante o
ensino. Ter as aulas planejadas garante todo o tempo gasto na aula se torna
significativo. O professor e os alunos definitivamente saberiam o que fazer na sala de
aula.

Os detalhes de um plano de aula podem variar ligeiramente dependendo do assunto ensinado,


da preferência do professor e das necessidades dos alunos. Nem todos os detalhes devem estar
em um plano de aula. Deve ser uma estrutura bem ajustada que se baseia em cada período e
oferece uma transição perfeita de uma lição para a outra.

De acordo com Veiga, (2008, p. 267):

A aula, lugar privilegiado da vida pedagógica, refere-se às dimensões do processo


didáctico – ensinar, aprender, pesquisar e avaliar – preparado e organizado pelo
professor e seus alunos”. Nas palavras da autora se define o que é uma aula: lugar do
fazer pedagógico, do acontecer da aprendizagem, da pesquisa e da avaliação, que
precisar ser bem planejada.

A didáctica geral nos ensina que para planejarmos uma aula é necessário pensarmos o que
queremos que nosso aluno aprenda, ou seja, pensar em nossos objectivos, nos conteúdos que
pretendemos ensinar, nos meios pelos quais desenvolveremos tais conteúdos e na avaliação de
nossa aula.

No entanto, Zanon e Althaus, (2010) aponta uma fragilidade da acção docente, segundo ele,
parece mais fácil para alguns professores planejar e apresentar actividades que julgam ser

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interessante para os alunos, do que reflectir a respeito das finalidades e dos objectivos que
estão por trás dessas actividades.

Se não planificarmos nossa acção docente conscientemente não teremos condições de


gerenciar a aprendizagem, por isso cada item do planeamento da aula tem suas
especificidades que precisamos considerar, vamos ver cada um em particular.

2.1.As características do plano de aula

Os objectivos são caracterizados por verbos no infinitivo e designam o produto final da nossa
aula, aquilo que queremos que seja aprendido; precisam expressar a habilidade que será
desenvolvida naquela aula e a razão pela qual ela deve ser desenvolvida.

Na perspectiva de Libâneo (2013, p. 19):

Classifica os objectivos em três níveis de abrangência: do sistema de ensino, da


escola e do professor. O primeiro nível determina as finalidades educativas em
consonância com a sociedade em que está inserido; o segundo estabelece as directrizes
e princípios do trabalho na escola; o terceiro nível é o que concretiza tudo em acções
práticas na sala de aula.

Desta forma, os objectivos educacionais são uma exigência indispensável para o trabalho
docente, requerendo um posicionamento activo do professor em sua explicitação, seja no
planeamento escolar, seja no desenvolvimento das aulas. Na citação acima, o autor traz os
objectivos como foco da actividade pedagógica, que irá nortear toda prática docente e que
sem ele essa prática não existe.

Por sua vez, Zabala (1998) também traz essa característica, segundo ele os objectivos são os
pontos de partida da prática educativa, por meio deles o professor pode encaminhar o ensino
tendo em vista a aprendizagem dos alunos.

Outro item essencial ao planeamento da aula é o conteúdo a ser ensinado. Segundo Libâneo
(2013), os conteúdos são um conjunto de conhecimentos, habilidades, hábitos, modos
valorativos e atitudinais de actuação histórico-social, organizados pedagogicamente e
didacticamente em matérias de ensino, tendo em vista o processo de construção do
conhecimento pelos alunos e suas relações com o contexto vivido. O autor caracteriza os
conteúdos como saberes que emergem da prática social e histórica da humanidade, traduzidos

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em matérias de ensino se transformam em conhecimentos sistematizados, que convergem em
capacidade cognoscitivas colaborando no desenvolvimento de habilidades.

Para que essa aprendizagem ocorra o ensino precisa encontrar alguns caminhos, ou seja, os
modos pelos quais os conteúdos serão desenvolvidos, os métodos de ensino. Araújo (2008,
p.60-62) diz que:

Ela [a aula] é feita de prévias e planejadas escolhas de caminhos, que são diversos do
ponto de vista dos métodos e técnicas de ensino; [...] também se constrói, em sua
operacionalização, por percalços, que implicam correcções de rota na ordem didáctica,
bem como mudanças de rumo; [...] está sujeita a improvisos, porque não foram
previstos, mas não pode constituir-se por improvisações.

Para o autor os métodos e as técnicas dão ao planeamento uma característica activa,


direccionando o ensino em busca da aprendizagem, por isso precisam ser planejados,
atendendo às necessidades dos alunos. Desse modo o professor precisa conhecer o maior
número de meios e estratégias para atender as diferentes demandas que aparecerão no
transcurso do processo de ensino/aprendizagem.

E para finalizar as características do bom planeamento, temos a avaliação da aula. Segundo


Libâneo (2013) a avaliação está directamente ligada aos objectivos de aprendizagem, é por
meio dela que se tem maior clareza do que se quer atingir, permitindo inclusive um
replaneamento das acções. Concordamos com o autor que a avaliação está directamente
relacionada aos objectivos da aula, sem ela não podemos verificar se o que pretendíamos
fazer, realmente se efectivou.

De acordo Gandin (1994 p.115):

Ressalta uma articulação da avaliação e do planeamento, segundo ele “o processo de


planeamento inclui o processo de avaliação, sem exagero pode-se afirmar que o
planeamento é um processo de avaliação que se junta a acção para mudar o que não
esteja de acordo com o ideal”

Olhando pelo prisma do autor, vemos a avaliação responsável pela reorganização da prática
pedagógica afim de direcciona-la a seu objectivo. O plano de aula precisa atender a todas as
especificidades dos itens que o compõem. Trazer o objectivo da aula bem especificado, uma
avaliação que revele se a intencionalidade foi atingida e as actividades relacionadas aos
conteúdos que desenvolverão as habilidades necessárias para que ocorra a aprendizagem. Para
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tanto, ele precisa apontar uma avaliação que esteja alinhada aos objectivos de aprendizagem e
que retracte se estes foram ou não alcançados.

2.1.2.Exemplo do plano de aula

PLANO DE AULA

Escola Secundária Geral de Socone

Nome do Professor:

Tipo de Aula: Inicial

Disciplina: História: Turma: “____ ” 10ª Classe

Data: ____ /____ /2022

Unidade temática I: As contradições imperialistas dos finais do Séc. XIX até ao final da
1ª Guerra Mundial

Tema da aula: Consequências da Ocupação Efectiva

 Consequências da ocupação efectiva para Europa, África e Moçambique


Meios didácticos: Quadro preto, giz, apagador, livro do aluno.
Curso diurno, Nr. de alunos____

Objectivos

 Distinguir as consequências da ocupação efectiva para Europa, África e Moçambique


 Descrever as consequências da ocupação efectiva para Moçambique.

Desenvolvimento

Temp Funções Conteúdo Actividades Métodos básicos


o didácticas Professor Aluno
5min Introdução Saúda, controla as Respondem, e Elaboração
e Recapitular a condições da sala e passam o tema nos conjunta
Motivação aula passada escreve o tema. seus cadernos.
20min Consequências -apresenta e explica de Escutam caso existam Elaboração
Mediação forma detalhada a questões, fazem e conjunta.
e da ocupação
temática em estudo. tomam nota.
Assimilação efectiva para -Orienta para tomada
de nota.
Europa, África

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e Moçambique

15min -Chama a atenção para Escutam o professor Trabalho em


Domínio Recapitulação a consolidação da e registam as conjunto e
e da matéria em matéria; actividades nos actividade
Consolidação estudo -Questiona sobre a aula cadernos e independente. (Tc
dada. respondem as e Aid).
perguntas .
5min Controlo Aula prática Orienta algumas Registam Trabalho
e tarefas( T.P.C) independente
Avaliação (Aid)

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3.Conclusão

Quando o planeamento não se consolida, na prática docente, como um instrumento de


garantia de aprendizagem, o convertemos em um objecto de activismo pedagógico,
insuficiente para o aprender. Ou seja, quando o professor se preocupa em escolher actividades
que considera interessante para aplicar em sala de aula, que esteja relacionada ao conteúdo a
ser trabalhado, sem pensar no objectivo de aprendizagem e muito menos em como avaliar se
ela realmente se efectivou ao final da aula, torna o ensino desvinculado da aprendizagem.

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Bibliografia

Araújo, J.C.S. (2008) Aula: génese, dimensões, princípios e práticas. Campinas: Papirus.

Gandin, D. (1994). A prática do planeamento participativo. Petrópolis: Vozes.

Libâneo, J.C. (2013). Didáctica. 2ª ed. São Paulo: Cortez.

Veiga, I. P. A. (2008). Organização didáctica da aula: um projecto colaborativo de acção


imediata. Campinas: Papirus.

Zabala, A. (1998). A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: ARTMED.

Zanon, D.P. (2010). Athaus, M.T.M. Didácticas. Ponta Grossa: UEPG/NUEAD.

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