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PLANEJAMENTO

E
AVALIAÇÃO
“ Planejamento é elaborar - decidir
que tipo de sociedade e de homem
se quer e que tipo de ação
educacional é necessária para isso
(...) é propor uma série de ações (...)
é revisar sempre “
Danilo Gandin
O PLANEJAMENTO EDUCACIONAL NO ÂMBITO DA
ESCOLA: DIMENSÕES DE UM PROCESSO

O planejamento educacional pode ser entendido,


em termos amplos, como um exercício de
simplificação da realidade em que são tomadas
decisões antecipadas sobre um futuro desejável,
passível de acontecer. Está característica
antecipatória confere ao planejamento
educacional um componente de criação que
deve ser realçado antes de qualquer outro.
Base legal do planejamento escolar:
 Lei de Diretrizes e Bases da educação Brasileira -
LDB 9394/96:
“Art. 13. os docentes incumbir-se-ão de:
I – participar da elaboração da proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino;
II – elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a
proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
V – ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos,
além de participar integralmente dos períodos
dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional;”
• “Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as
normas da gestão democrática do ensino público
na educação básica, de acordo com as suas
peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I – participação dos profissionais da educação na


elaboração do projeto pedagógico da escola.”
PLANEJAR

É mais do que fazer previsões. Planejar,


pois, é criar, é tomar decisões, é
determinar, é induzir a cooperação entre
pessoas e dispositivos tecnológicos,
materiais, espaciais e temporais em
direção a um alvo desejado. Planejar é
viabilizar soluções, mudanças, é
potencializar uma realidade, e agir
criticamente sobre um cotidiano coletivo, e
“acordar” uma realidade possível mais
perfeita (utopia).
Planejar requer...

􀂄Opção dos pressupostos teóricos


epistemológicos que embasam uma prática

􀂄Abordagem processual : contrato didático.


Planejar é uma atividade que está dentro da
educação, visto que esta tem como
características básicas:

evitar a improvisação;
prever o futuro;
 estabelecer caminhos que possam nortear mais
apropriadamente a execução da ação educativa;
prever o acompanhamento e a avaliação da
própria ação.
Tipos de Planejamento:

1- Planejamento Educacional: é processo


contínuo que se preocupa com o “para onde ir” e
quais as maneiras adequadas para chegar lá.
* Nacional, estadual ou municipal.

Tem em vista a situação presente e possibilidades


futuras, para que o desenvolvimento da
educação atenda tanto as necessidades da
sociedade, quanto as do indivíduo.
2- Planejamento Curricular: é o processo de
tomada de decisões sobre a dinâmica da
ação escolar. É previsão sistemática e
ordenada de toda a vida escolar do aluno.
(VASCONCELLOS, 1995, p. 56).
• Constitui um instrumento que orienta a
ação educativa na escola, pois a
preocupação é com a proposta geral das
experiências de aprendizagem que a escola
deve oferecer ao estudante, através dos
diversos componentes curriculares.
3- Planejamento de Ensino: é o processo de
decisão sobre atuação concreta dos
professores, no cotidiano de seu trabalho
pedagógico, envolvendo as ações e
situações, em constante interações entre
professor e alunos e entre os próprios
alunos (PADILHA, 2001, p. 33)
• processo de tomada de decisões bem
informadas que visem à racionalização das
atividades do professor e do aluno, na
situação de ensino-aprendizagem.
4- Planejamento Escolar: é o planejamento
global da escola, envolvendo o processo de
reflexão, de decisões sobre a organização,
o funcionamento e a proposta pedagógica
da instituição.
*Previsão da ação a ser realizada atendendo
aos objetivos.

• "É um processo de racionalização, organização e


coordenação da ação docente, articulando a
atividade escolar e a problemática do contexto
social" (LIBÂNEO, 1992, p. 221).
5- Planejamento Político-Social: tem como
preocupação fundamental responder as
questões "para quê", "para quem" e
também com "o quê“.

• A preocupação central é definir fins,


conceber visões globalizantes e de eficácia;
serve para situações de crise e em que a
proposta é de transformação, em médio
prazo e/ou longo prazo.
6- Planejamento Operacional: a preocupação
é responder as perguntas "o quê", "como"
e "com quê", tratando prioritariamente dos
meios.

• Abarca cada aspecto isoladamente e enfatiza a


técnica, os instrumentos, centralizando-se na
eficiência e na busca da manutenção do
funcionamento. Tem sua expressão nos
programas e, mais especificamente, nos projetos,
sendo sobretudo tarefa de administradores, onde
a ênfase é o presente, momento de execução para
solucionar problemas.
PLANO DE CURSO
(PROGRAMA DE DISCIPLINA NUMA SÉRIE OU NÍVEL ESPECÍFICO /PREVISÃO
INTERDISCIPLINAR)

PLANO DE UNIDADE
(DESMEMBRAMENTO DO PLANO ANTERIOR EM UNIDADES TEMÁTICAS / PODE
ARTICULAR-SE COM O TRABALHO POR PROJETOS)

PLANO DE AULA
“ Avançaremos mais se aprendermos a
equilibrar planejamento e criatividade,
organização e adaptação a cada situação,
a aceitar os imprevistos, a gerenciar o
que podemos prever e a incorporar o
novo, o inesperado. Planejamento aberto,
que prevê, que está pronto para
mudanças, sugestões, adaptações”
José Manuel Moran
PLANO DE AULA

Proposta de trabalho do professor para


uma determinada aula ou conjunto de aulas.
Nível maior de detalhamento e
objetividade do processo de planejamento
didático.
Deve ser feito como uma necessidade do
professor e não uma exigência da
coordenação ou direção.
PLANO DE AULA

 linguagem simples;
roteiro de trabalho para o professor;
 deve expressar as intenções com o trabalho
pedagógico escolar : objetivos claros;
revela a concepção que se tem do processo
ensino-aprendizagem.
Dimensão Elemento

Analise da realidade Assuntos


Necessidades

Projeção de finalidades Objetivos

Metodologia
Tempo
Formas de mediação Recursos
Avaliação
Tarefas e observação
Assunto Necessidade Objetivos

• Indicação da • Explicitação • Explicitação


temática a das do objetivo
ser necessidades especifico do
trabalhada percebidas ensino
em sala de no grupo e daquele
aula. que justificam assunto.
a proposta de
ensino.
Conteúdo Metodologia Tempo

• Explicitação do • Explicitação dos • Previsão do


conteúdo a ser procedimentos tempo a ser
trabalhado. de ensino, empregado com
• Pode ser mais ou técnicas, o assunto.
menos estratégias a Revela a
detalhado. serem utilizadas prioridade dada a
no cada etapa.
desenvolvimento
do assunto
Avaliação Tarefa Observação

• Explicitação de • Indicação de • Registro do


como o trabalho atividades a professor sobre o
será avaliado. serem feitas fora andamento
• Estratégias que se de sala de aula e cotidiano do
utilizará em sala devem está trabalho.
de aula para relacionadas aos • Reflexão e
acompanhar o objetivos avaliação sobre a
processo de trabalhados ou caminhada.
desenvolvimento aos que serão
e de construção trabalhados.
de conhecimentos • Aprofundamento e
pelos alunos. síntese do que
está sendo visto
em sala.
DIAGNÓSTICO
• Da sociedade/comunidade
• Do aluno e sua família
• Da escola

OBJETIVOS/
CONTEÚDOS

METODOLOGIA
/RECURSOS

AVALIAÇÃO
O que deve conter num plano de aula
1- Nível de Ensino
Educação Infantil
Ensino fundamental
Ensino Médio
Ensino Superior
2- Série
3- Tempo Previsto
4- Tema da aula
5- Objetivos a serem alcançados:
Conhecimento – Conhecer, apontar, criar, identificar, descrever, classificar, definir, reconhecer e
relatar.
Compreensão – Compreender, concluir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir, deduzir,
localizar.
Aplicação – Aplicar, desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar, selecionar,
traçar.
Análise – Analisar, comparar, criticar, debater, diferenciar, discriminar, investigar, provar.
Síntese – Sintetizar, compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular, propor,
reunir, voltar.
Avaliação – Avaliar, argumentar, contratar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir, selecionar.
6- Conteúdo ministrado:

7- Metodologia
8- Recursos didáticos:
9- Método de avaliação:

* Forma com que o aluno será avaliado pelo professor

10- Referência Bibliográfica


REGISTRAR O TRABALHO DESENVOLVIDO

􀂄o que foi planejado / executado


􀂄a participação dos alunos durante a aula
􀂄as estratégias/técnicas didáticas foram adequadas
para que os alunos atingissem os objetivos
􀂄quais aspectos poderiam ser melhorados
􀂄a organização do espaço físico facilitou o trabalho em
sala de aula
PROFESSOR X PLANO DE AULA: INIMIGOS OU ALIADOS?

“A educação, a escola e o ensino são os grandes meios que o homem busca


para poder realizar o seu projeto de vida. Portanto,cabe à escola e aos
professores o dever de planejar a sua ação educativa para construir o seu bem
viver.” (MENEGOLLA & SANT’ANNA, 2001, p.11)
A PERGUNTA MAIS IMPORTANTE:

Como ORGANIZAR o ensino para garantir a


aprendizagem?

PLANEJAMENTO
Planeje-se para conhecer seus alunos!
A IMPORTÂNCIA DO PLANO
Partindo do princípio de que o professor
deve ensinar os conteúdos e também
formar o aluno para que ele se torne
atuante na sociedade, ele deve organizar
seu plano de aula de modo que o aluno
possa perceber a importância do que está
sendo ensinado, seja num contexto
histórico, para o seu dia-a-dia ou para seu
futuro.
“Uma previsão bem-feita do que será realizado em
classe melhora muito o aprendizado dos alunos e
aprimora a sua prática pedagógica”
(Márcio Ferrari)
PROJETO

Segundo Gadotti:

Todo projeto supõe ruptura com o presente e promessas


para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado
confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade
e buscar uma estabilidade em função de promessa que cada
projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto
educativo pode ser tomado como promessa frente determinadas
rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação
possível, comprometendo seus atores e autores. (Gadotti, apud
Veiga, 2001, p. 18)
Na LDB, TÍTULO IV (Art. 8 ao Art. 20)
Da Organização da Educação Nacional são utilizadas as expressões projeto e proposta
com o mesmo significado. De acordo com o vernáculo elas, de fato, são
sinônimas. Projeto vem do latim: projectu, idéia de lançar-se para frente, no futuro,
plano, intento, desígnio, empreendimento. Proposta é o ato ou efeito de propor, é
uma determinação, resolução.

O Projeto da Escola envolve o que os educadores se propõem, a intenção, a


visualização desse desejo no contexto do trabalho, da sociedade, dos limites
impostos pela legislação, pelos recursos materiais, humanos, e também dos
elementos facilitadores de sua realização
Segundo Veiga, o PPP deve conter as seguintes características:

a) "ser processo participativo de decisões;


b) preocupar-se em instaurar uma forma de organização de trabalho
pedagógico que desvele os conflitos e as contradições;
c) explicitar princípios baseados na autonomia da escola, na
solidariedade entre os agentes educativos e no estímulo à participação de todos
no projeto comum e coletivo;
d) conter opções explícitas na direção de superar problemas no decorrer do
trabalho educativo voltado para uma realidade específica;
e) explicitar o compromisso com a formação do cidadão.
f) nascer da própria realidade , tendo como suporte a explicitação das causas
dos problemas e das situações nas quais tais problemas aparecem;
g) ser exeqüível e prever as condições necessárias ao desenvolvimento
e à avaliação;
h) ser uma ação articulada de todos os envolvidos com a realidade da
escola;
i) ser construído continuamente, pois como produto, é também processo. (
Veiga, 2001, p. 11)
Algumas questões sobre o Projeto Político
Pedagógico (PPP)
1- Em que contexto surgiu o PPP?

Na década de 1980, o Brasil vivia o movimento de


democratização, após um longo período de ditadura. A centralização e a
planificação típicas do governo militar passaram a ser criticadas e, na
elaboração da Constituição de 1988, o Fórum Nacional em Defesa da Escola
Pública (que congregava entidades sindicais, acadêmicas e da sociedade
civil) foi um dos grandes batalhadores pela "gestão democrática do ensino
público", um conceito que pretendia oferecer uma alternativa ao
planejamento centralizador estatal. Outro aspecto importante é que nessa
mesma época a escola brasileira passou a incluir em seus bancos
populações antes excluídas do sistema público de ensino. Ela ficou, assim,
mais diversa e teve de adequar suas práticas à nova realidade. A instituição
de um projeto pedagógico surgiu como um importante instrumento para fazer
isso.
2- Quem deve elaborá-lo e como deve ser conduzido o processo?

A elaboração do projeto pedagógico deve ser pautada em


estratégias que dêem voz a todos os atores da comunidade escolar:
funcionários, pais, professores e alunos. Essa mobilização é tarefa, por
excelência, do diretor. Mas não existe uma única forma de orientar esse
processo. Ele pode se dar no âmbito do Conselho Escolar, em que os diferentes
segmentos da comunidade estão representados, e também pode ser conduzido
de outras maneiras - como a participação individual, grupal ou plenária. A
finalização do documento também pode ocorrer de forma democrática - mas é
fundamental que um grupo especialista nas questões pedagógicas se
responsabilize pela redação final para oferecer um padrão de qualidade às
propostas. É importante garantir que o projeto tenha objetivos pontuais e
estabeleça metas permanentes para médio e longo prazos (esses itens devem
ser decididos com muito cuidado, já que precisam ser válidos por mais tempo).
3- O PPP deve ser revisado? Em que momento?

Sim, ele deve ser revisto anualmente ou mesmo antes


desse período, se a comunidade escolar sentir tal necessidade. É importante
fazer uma avaliação periódica das metas e dos prazos para ajustá-los
conforme o resultado obtido pelos estudantes — que pode ficar além ou aquém
do previsto. As estratégias utilizadas para promover a aprendizagem
fracassaram? Os tempos foram curtos ou inadequados à realidade local? É
possível ser mais ambicioso no que diz respeito às metas de aprendizagem? A
revisão é importante também para fazer um diagnóstico de como a instituição
está avançando no processo de transformação da realidade. Além disso, o
plano deve passar a incluir os conhecimentos adquiridos nas formações
permanentes, revendo as concepções anteriores e, quando for o caso,
modificando-as.
4- Como atuar ao longo sua elaboração e prática?

O diretor deve garantir que o processo de criação do projeto


pedagógico seja democrático, da elaboração à implementação, prevendo espaço
para seu questionamento por parte da comunidade escolar. O gestor é quem deve
antecipar os recursos a serem mobilizados para alcançar o objetivo comum. Para
sua implantação, ele também cuida para que projetos institucionais que se
estendam a toda a comunidade escolar - como incentivo à leitura ou à proteção
ambiental - não se percam com a chegada de novos planos, mantendo o foco nos
objetivos mais amplos previstos anteriormente
5- O PPP precisa conter questões atitudinais?

Sim, há uma função socializadora inerente à escola e ela é


difusora de valores e atitudes, quer tenhamos consciência disso, quer não. As
instituições de ensino não são entidades alheias às dinâmicas sociais e é
importante que tenham propostas em relação aos temas relevantes também do
lado de fora de seus muros - já que eles se reproduzem, em maior ou menor
escala, em seu interior. O que não se pode determinar no projeto pedagógico são
respostas a essas perguntas, que a própria sociedade se coloca. Como resolver
a questão da violência, da gravidez precoce, do consumismo, das drogas, do
preconceito? Diferentemente do que propunha o modelo do Estado centralizador,
não há uma só resposta para cada uma dessas perguntas. O maior valor a
trabalhar nas escolas talvez seja o de desenvolver uma postura atenta e crítica.
AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO EDUCACIONAL: UMA REFLEXÃO

Atualmente, muito se tem discutido sobre a avaliação no


contexto escolar. Busca-se uma verdadeira definição para o seu
significado, justamente porque esse tem sido um dos aspectos mais
problemáticos na prática pedagógica. Apesar de ser a avaliação
uma prática social ampla, pela própria capacidade que o ser
humano tem de observar, refletir e julgar, na escola sua dimensão
não tem sido muito clara. Ela vem sendo utilizada ao longo das
décadas como atribuição de notas, visando a promoção ou
reprovação do aluno.
O QUE É AVALIAR?

É uma tarefa complexa que não se resume à


realização de provas e atribuição de notas;

A avaliação é uma operação descritiva e


informativa nos meios que emprega, formativa
na intenção que lhe preside e independente face
à classificação.
“Avaliar é, basicamente, comprovar
se os resultados foram alcançados,
ou, melhor dizendo, verificar até que
ponto as metas previstas foram
atingidas.”
(Haydt, 1997)
Avaliação segundo a LDB 9394/96:

Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e


médio, será organizada de acordo com as seguintes
regras comuns:
V – a verificação do rendimento escolar observará os
seguintes critérios:
a) avaliação continua e cumulativa do desempenho do
aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do
período sobre os de eventuais provas finais;”
“ Importa estarmos cientes de que a
avaliação educacional, em geral, e a
avaliação da aprendizagem escolar, em
particular, são meios e não fins em si
mesmas, estando assim delimitadas pela
teoria e prática que as circunstancializam.
Desse modo, entendemos que a avaliação
não se dá nem se dará num vazio
conceitual, mas sim dimensionada por um
modelo teórico de mundo e de educação,
traduzido em prática pedagógica”.
(Luckesi, (2000, p. 28)
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Habilidade;
 Domínio da linguagem;
 Valores culturais;
 Capacidade de administrar emoções;
 Potencial de aprendizagem;
 Domínio de conteúdos didáticos;
 Conteúdos mínimos.
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA AVALIAÇÃO

 Processo Contínuo e sistemático;


 Funcional;
 Orientadora;
 Integral.
Tipos de avaliação:

Avaliação diagnóstica:é a que proporciona


informações acerca das capacidades do aluno
antes de iniciar um processo de
ensino/aprendizagem, ou ainda, segundo
Bloom, Hastings e Madaus (1975), busca a
determinação da presença ou ausência de
habilidades e pré-requisitos, bem como a
identificação das causas de repetidas
dificuldades na aprendizagem.
Avaliação formativa: permite constatar se os
alunos estão, de fato, atingindo os objetivos
pretendidos, verificando a compatibilidade entre
tais objetivos e os resultados efetivamente
alcançados durante o desenvolvimento das
atividades propostas. Representa o principal
meio através do qual o estudante passa a
conhecer seus erros e acertos, assim, maior
estímulo para um estudo sistemático dos
conteúdos.
Avaliação somativa: Tem como objetivo, segundo
Miras e Solé (1996, p. 378) determinar o grau de
domínio do aluno em uma área de
aprendizagem, o que permite outorgar uma
qualificação que, por sua vez, pode ser utilizada
como um sinal de credibilidade da
aprendizagem realizada. Pode ser chamada
também de função creditativa. Também tem o
propósito de classificar os alunos ao final de um
período de aprendizagem, de acordo com os
níveis de aproveitamento.
FUNÇÕES, MODALIDADES E
PROPÓSITOS DA AVALIAÇÃO

Avaliação diagnóstica

É o momento em que o professor irá


realizar uma sondagem, ou seja,
detectar qual os conhecimentos
prévios de seus alunos sobre os
conteúdos a serem abordados.
Avaliação formativa

Tem por finalidade proporcionar o


FEEDBACK (retroalimentação), para
ambos. Proporciona ao docente
subsídios para o desenvolvimento de
estratégias.
Avaliação somativa

Tem como finalidade formalizar o


registro, ou seja, uma medida
expressa por meio de notas ou
conceitos sobre o desempenho do
aluno.
As funções da avaliação são potencialmente duas:

O diagnóstico e a classificação. Da primeira,


supõe-se que permita ao professor e ao aluno
detectar os pontos fracos deste e extrair as
conseqüências pertinentes sobre onde colocar
posteriormente a ênfase no ensino e na
aprendizagem. A segunda tem por efeito
hierarquizar e classificar os alunos. A escola
prega em parte a avaliação com base na
primeira função, mas a emprega
fundamentalmente para a segunda.”
Avaliação de Suas Dificuldades
O fracasso escolar é visto como uma questão individual,
próprio de cada aluno e seus problemas. No entanto, não
podemos responsabilizar somente à ele, nem tão pouco ao
professor, que muitas vezes não é preparado para esta
outra função - a de avaliador. Precisamos sobretudo, rever
os paradigmas da avaliação do desempenho escolar, bem
como da educação como um todo, para que a
aprendizagem do aluno possa ir para além da sala de aula.
Segundo pesquisas o ato de avaliar deve estar fundamentado nos seguintes
pontos:

1. Continuidade: a avaliação deve estar presente durante todo o processo


educacional e não somente em períodos específicos;

2. Compatibilidade com o objetivo proposto: a avaliação deve estar em


conformidade com os objetivos definidos como norteadores do processo
educacional para que venha realmente cumprir a função de diagnóstico.

3. Amplitude: a avaliação deve estar presente em todas as perspectivas do


processo educacional, avaliando assim todos os comportamentos do domínio
(cognitivo, afetivo e psicomotor);

4. Diversidade de forma: para avaliar devemos utilizar as várias técnicas


possíveis visando também todos os comportamentos do domínio.
Avaliação do Rendimento Escolar

A avaliação da aprendizagem está interligada com a avaliação


do desempenho e com a avaliação do currículo, dentro do contexto
escolar. Enfatiza o aprender que é o ato que o sujeito exerce sobre si mesmo, e
não registrar, obter informações e reproduzi-las. Consiste em resolver situações,
criar e reinventar soluções. O aluno aprende quando consegue ultrapassar
conflitos.
O professor como mediador, deve criar uma situação provocante para causar
desequilíbrio em relação ao assunto proposto, favorecendo com isto a tomada de
consciência do aluno e a percepção de que ele tem o poder de mudanças e
transformação.
Avaliação por parte da rede de ensino:

Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica -


SAEB (1990) e Prova Brasil (2005):

Ocorrem a cada dois anos e são complementares;

•SAEB: avalia os alunos do 5º e do 9º ano do


ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio da
rede pública e privada;

•Prova Brasil: avalia os alunos do 5º e do 9º ano do


ensino fundamental.
•Provinha Brasil (2007):
Avaliação diagnóstica aplicada duas vezes ao ano;
Avalia os alunos do 2º ano do ensino fundamental.

•Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM (1990):

É aplicado anualmente aos estudantes egressos


do ensino médio;
Substitui o vestibular em algumas instituições de
Educação Superior;
É adotado como requisito parcial para ingresso no
PROUNI.
Para concluir: O educador autêntico...

“ é humilde e confiante. Mostra o que sabe e, ao


mesmo tempo, está atento ao que não sabe.
Mostra para o aluno a complexidade do
aprender, a nossa ignorância, as nossas
dificuldades. Ensina, aprendendo a relativizar, a
valorizar a diferença, a aceitar o provisório.
Aprender é passar da incerteza a uma certeza
provisória que dá lugar a novas descobertas e a
novas sínteses ”
Moran.
“…Somente um professor que
sabe aprender consegue fazer
seu aluno aprender…”
(PedroDemo)
Sugestões de leituras complementares sobre
o
tema Planejamento
Xavier, M. Planejamento em destaque: análises menos convencionais.
Mediação:2003.

Penteado, H. Comunicação escolar: uma metodologia de ensino. Salesiana, 2002


(capítulo III - sobre planejamento)

Anastasiou, L. Processos de ensinagem na Universidade. Unniville, 2004 (capítulo


2)
Masetto, M. Competência pedagógica do professor universitário. Summus, 2003
(capítulo 11)

________. Didática: a aula como centro (capítulo sobre planejamento)


Althaus, M, Rosso, A., Mendes, A. O planejamento de ciências/biologia: das
observações dos licenciandos às vozes das professoras na escola pública. XII
ENDIPE. Curitiba, 2004. (Painel).
Sugestões de leituras complementares sobre o
tema Avaliacao.

HAYDT, Regina Célia Cazaux. Avaliação do processo ensino-aprendizagem. São


Paulo. Ática, 1997.

􀂄
HADJI, C. A avaliação Desmistificada. Trad. Patrícia C. Ramos. - Porto alegre:
Artmed Editora. 2001.

HOFMANN, J. M. L. Avaliação Mediadora:uma prática em construção da pré-


escola à Universidade. Porto Alegre: educação & Realidade, 1993.

HOFMANN, J. M. L. Avaliação: Mito & desafio: uma perspectiva construtivista.


31. ed. Porto Alegre:Mediação, 2002.

LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições. 10


ed. São Paulo: Cortez, 2000.
AGORA, MÃO NA MASSA!

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