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4º ano
Curso: Ensino de Psicologia
Sala: 18
Período: Manhã
Elaboração do plano: A partir dos dados fornecidos pela sondagem e interpretados pelo
fornecidos pelo diagnóstico, temos condições de estabelecer o que é possível alcançar, como
fazer para alcançar o que julgamos possível e como avaliar os resultados.
Por isso, passamos a elaborar o plano através dos seguintes passos:
- Determinação dos objectivos.
- Selecção e organização dos conteúdos.
- Selecção e organização dos procedimentos de ensino.
- Selecção de recursos.
- Selecção de procedimento de avaliação.
- Estruturação do plano de ensino.
Execução do plano: Ao elaborarmos o plano de ensino, antecipamos de forma organizada,
todas etapas do trabalho escolar. A execução do plano consiste no desenvolvimento das
actividades previstas.
Avaliação e aperfeiçoamento do plano: Ao término da execução do que foi planeado,
passamos a avaliação o próprio plano com vistas ao planeamento.
Nessa etapa, a avaliação adquire um sentido diferente da avaliação do ensino
aprendizagem e um significado mais amplo. Isso porque, além de avaliar os resultados do ensino
– aprendizagem procuramos avaliar a qualidade do nosso plano, a nossa eficiência como
professor e eficiência do sistema escolar.
Os objectivos, tipos de objectivos segundo Benjamin Bloom
Benjamin Bloom foi o criador da taxonomia de Bloom. Essa taxonomia classifica e
ordena o aprendizado das pessoas, levando a uma melhor acção de planeamento dos profissionais
docentes. Neste sentido, é uma ferramenta fundamental para o processo de ensino e
aprendizagem, razão pela qual a maioria dos docentes a utilizam para estabelecer metas e
objetivos de aprendizagem. Para conhecer e aprofundar mais sobre a criação de Benjamin
Bloom,
O que é a taxonomia de Bloom:
Como já mencionamos, Benjamin Bloom, doutor em Educação pela Universidade de
Chicago, foi o criador da taxonomia de Bloom. Trata-se de uma taxonomia que classifica os
domínios da aprendizagem, ou seja, uma lista que classifica as habilidades e os processos que
podem aparecer nas tarefas educacionais escolares e, portanto, ficam sujeitos à avaliação. Assim,
de acordo com essa taxonomia, entende-se que, depois de realizar um processo de ensino-
aprendizagem, os alunos devem ter adquirido novas habilidades e novos conhecimentos.
Especificamente, Benjamin Bloom desenvolveu uma hierarquia dos objetivos
educacionais que se pretende alcançar com os alunos. Deste modo, os alunos não podem alcançar
os objetivos superiores sem antes ter alcançado os objetivos inferiores classificados na
hierarquia. Dentro dessa hierarquia, três domínios são identificados: o cognitivo, o afetivo e o
psicomotor, sobre os quais aprofundaremos a seguir
Taxonomia de Bloom: objetivos
Os táxons ou grupos classificados (domínios) são estruturados hierarquicamente. Cada
um desses grupos abrange diferentes subgrupos ou subáreas e, ao mesmo tempo, esses grandes
grupos são condicionados e subordinados à grupos maiores. De modo que os grupos mais altos
podem ser alcançados ou atingidos sem terem atingidos os grupos inferiores anteriormente.
Assim, como mencionamos, distinguem-se três objetivos educacionais ou domínios
classificados hierarquicamente: o domínio cognitivo, o domínio afetivo e o domínio psicomotor.
Taxonomia de Bloom: níveis
1. Domínio cognitivo de Bloom
Esse domínio da taxonomia de Bloom refere-se à área intelectual dos alunos. Além disso,
o domínio cognitivo compreende seis níveis ou subáreas que devem ser levados em
consideração: conhecimento, compreensão, aplicação, análise, síntese e avaliação.
Conhecimento: esse nível refere-se ao conhecimento que os alunos devem ter sobre dados
específicos e às formas e meios de tratar esses dados. Geralmente trata-se de elementos que
devem ser memorizados.
Compreensão: para os alunos, esse nível consiste em capturar o sentido direto de uma
comunicação, de um fenômeno ou da apreciação de um fato que aconteceu. Também cabe
destacar que esse nível é subdividido em outros três níveis: transferência (trocar uma forma de
informação por outra), interpretação (explicar o conceito de maneira personalizada) e
extrapolação (determinar possíveis resultados ou consequências).
Aplicação: esse nível se refere à capacidade de aplicar as informações aprendidas em um
caso ou problema real ou levantado hipoteticamente.
Análise: Nesse ponto, é quando as diferentes partes de um mesmo problema devem ser
divididas para serem analisadas minuciosamente. Assim, compreendemos três tipos de análise:
análise de elementos (identificar os elementos que compõem um todo), análise de
relacionamentos (capturar os relacionamentos existentes no mesmo evento) e análise de
princípios organizacionais (identificar linhas mestres que sustentam a estrutura do problema).
Síntese: refere-se à verificação dos elementos que compõem um todo, ou seja, a
verificação das diferentes partes que compõem o problema ou situação a ser avaliada.
Avaliação: esse último nível inclui a atitude crítica que os alunos devem ter diante dos
fatos que compõem o problema.
2. Domínio afetivo de Bloom
Nesse domínio da taxonomia de Bloom, os objetivos educacionais são baseados na
consciência e no crescimento dos alunos quanto a atitudes, emoções e sentimentos (próprios e
dos outros). Dentro do domínio afetivo, podem ser identificadas cinco subáreas, ordenadas
hierarquicamente, do nível mais baixo ao mais alto, os quais devem ser alcançados de maneira
ordenada: recepção, resposta, avaliação, organização e caracterização.
Recepção: nesse nível, os alunos devem ser capazes de prestar atenção e observar
passivamente as emoções e atitudes próprias e das pessoas ao seu redor. Em outras palavras,
trata-se de uma tomada de consciência de emoções e atitudes.
Resposta: os alunos devem participar ativamente de seu processo de aprendizagem,
atendendo à estímulos (recepção) e reagindo a eles de uma maneira ou de outra.
Avaliação: os alunos devem atribuir valores aos objetos, fenômenos e/ou informações.
Trata-se de um comportamento internalizado e consciente.
Organização: nesse nível, os alunos podem agrupar os diferentes valores atribuídos, as
diferentes informações e ideias e acomodar todo esse conjunto dentro do seu próprio esquema
mental. Deste modo, os alunos podem comparar, relacionar e elaborar todas essas informações
aprendidas.
Caracterização: nesse nível, os alunos já forjaram um valor ou crença particular que
influência no seu comportamento, tornando-se uma característica pessoal.
3. Domínio psicomotor de Bloom
Os objetivos educacionais do domínio psicomotor referem-se à mudança desenvolvida no
comportamento, na destreza e/ou nas habilidades psicomotoras dos alunos, como por exemplo, a
manipulação de objetos com as mãos. Esse domínio da taxonomia de Bloom compreende cinco
subáreas a serem consideradas: percepção, predisposição, resposta guiada, resposta mecânica e
resposta completa e clara.
Percepção: esse é o primeiro dos níveis e consiste em que os alunos tomem consciência
do mundo exterior que os rodeia através dos sentidos.
Predisposição: os alunos devem demonstrar estar preparados fisicamente, mentalmente e
emocionalmente para poder realizar as atividades determinadas.
Resposta guiada: nesse nível, os alunos são orientados pelo professor ou por instruções
que os acompanham para realizar determinadas ações, ou seja, se trata de realizar ações por meio
de auxílios que posteriormente serão retirados no devido momento.
Resposta mecânica: quando os alunos realizaram as ações guiadas várias vezes, gerando
uma resposta mecânica para tais ações. Portanto, esse nível representa o momento prévio ou
anterior da resposta se tornar uma resposta automatizada habitual.
Resposta completa e clara: esse nível refere-se ao momento no qual os alunos são capazes
de realizar tais ações de maneira eficaz e eficiente, sem a necessidade de qualquer ajuda.
Para que serve a taxonomia de Bloom
A taxonomia de Bloom é muito fácil e eficaz para estabelecer objetivos de aprendizagem
para os alunos e, assim, planejar o processo de ensino-aprendizagem. No entanto, cabe destacar
que para realizar um bom planejamento do processo de aprendizagem dos alunos, é essencial
esclarecer uma série de aspectos. Mais especificamente, a área de aprendizagem, os objetivos
propostos, os instrumentos e ferramentas de avaliação e as atividades a serem realizadas devem
ser claras.
Taxonomia de Bloom: verbos
Depois de realizar as atualizações e revisões relevantes da taxonomia de Bloom,
considerou-se necessário realizar uma modificação específica: alterar o uso de substantivos pelo
uso de verbos. Os verbos da taxonomia de Bloom atualizada referem-se ao fato de usar verbos, e
não substantivos, para descrever os objetivos educacionais ou níveis que encontramos dentro do
processo de ensino-aprendizagem. Por exemplo, alguns desses verbos são aplicar (aplicação),
avaliar (avaliação), definir (definição), interpretar (interpretação), entre outros.
O fato de classificar os objetivos educacionais da taxonomia de Bloom atualizada por
meio de verbos, permite que os profissionais obtenham uma maior clareza sobre as ações que
seus alunos devem colocar em prática. No entanto, cabe destacar que esses verbos são
empregados apenas no domínio cognitivo e em suas subáreas ou níveis.
Os verbos utilizados não são a base da classificação taxonômica ou taxonomia de Bloom,
mas correspondem ao nível lógico, psicológico e pedagógico que inclui o objetivo esperado do
aluno.
Taxonomia de Bloom: tabela
A tabela utilizada na taxonomia de Bloom refere-se a uma tabela de verbos relacionados
com a descrição ou definição de cada um dos objetivos educacionais determinados, geralmente
no caso do domínio cognitivo e suas subáreas.
Neste sentido, trata-se de confeccionar uma tabela em que os objetivos educacionais a
serem cumpridos pelos alunos apareçam ordenadamente e classificada sequencialmente. Cada
um desses objetivos corresponde, em uma coluna contígua, a sua descrição e, na coluna seguinte,
aos verbos relacionados, como você pode consultar na imagem seguinte.
Como exemplo, encontramos o primeiro objetivo “Conhecimento”, que é definido como
reconhecimento de informações aprendidas anteriormente e ao qual os verbos são atribuídos,
como: escrever, descrever, identificar, numerar, listar, definir, entre outros. Assim, é uma maneira
mais esclarecedora de organizar os objetivos educacionais estabelecidos pelos profissionais
docentes.
Seleção e Organização de Conteúdos
Conclusão