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Código: 708210675
Língua Portuguesa
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Índice
1.Introdução…………………………………………………………………………………....3
1.1 Objectivos……….............................................................................................................…3
1.2 Metodologias…………..................................................................................................…..3
3. Conclusão………………………………………………………………………………….12
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1. Introdução
1.1 Objectivos
Geral:
❖ Perceber que o processo de ensino-aprendizagem é baseado na planificação de ensino.
Específicos:
❖ Referir os elementos que condicionam a planificação de ensino;
❖ Apontar as fases da planificação de ensino;
❖ Identificar as tipologias da planificação de ensino.
1.2 Metodologias
Para efectivar este trabalho, recorremos as pesquisas exploratórias e bibliográficas e como
aponta Gil (1996), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado,
constituído de livros e artigos científicos”, (p.48).
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A planificação apresenta-se como determinante para o sucesso educativo, uma vez que abarca
a reflexão de todos os aspetos da acção (Zabalza, 2003).
Segundo este autor, é importante refletir sobre algumas questões, como “o que se pretende
planificar?”, “o que se deve ter em conta quando se planifica?”, “o que se faz quando se
planifica?”, ou “o que pode influenciar a planificação?”. Todas estas questões são cruciais na
planificação, visto que definem o quê, porquê, como e quando esta deve ocorrer.
Nas palavras de Zabalza (2003), planificar consiste em converter uma ideia ou um propósito
num curso de acção.
Para Clark e Lampert (1986, citado por Arends, 2008), a planificação do professor é “a
principal determinante daquilo que é ensinado nas escolas.
O currículo, tal como é publicado, é transformado e adaptado pelo processo de planificação
através de acrescentos, supressões e interpretações e pelas decisões do professor sobre o ritmo,
sequência e ênfase” (Arends, 2008, p.44).
Neste contexto, os autores especificam que:
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decisões, são estabelecidos os objetivos, as atividades, os tempos para realizar as mesmas, os
modos de avaliação para verificar se os objetivos foram atingidos, os materiais que serão
necessários, os modos de trabalho dos alunos ema abordagem das áreas (individualmente ou
interdisciplinar), são pensados os imprevistos, entre outras coisas.
Para além de servir de guia para as interações com os alunos e de ferramenta de organização,
no que concerne a objetivos, atividades, materiais e à distribuição do tempo, a planificação,
transmite ao professor uma maior segurança na sua ação pedagógica.
São várias as componentes dos planos curriculares, designadas pelos autores de forma similar.
Ribeiro (1998) refere “as finalidades e objectivos, matérias e conteúdos, estratégias e atividades
e avaliação” (p.39).
Damião (1996), por sua vez, subdivide as componentes em: “os pré-requisitos; os objectivos;
os conteúdos; as estratégias de trabalho; as estratégias de avaliação; a gestão do espaço e do
tempo; os recursos; o/s grupo/s interveniente/s; e o espaço para anotações” (p.68).
A planificação é uma tarefa fundamental e constitui um desafio para o professor. Desde que
iniciámos a nossa formação, fomos ao encontro deste conceito, sem termos presente a sua
definição; no decurso do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino
Básico, confrontámonos, na prática, com a necessidade de realizar planificações para os
contextos de estágio. Foi aí que percebemos melhor o significado deste conceito e todas as
derivações do mesmo e surgiu a motivação para abordar a questão central desta investigação:
“Qual é a perceção dos professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico relativamente à planificação
no processo de ensino-aprendizagem?”.
Planificar é identificar o problema para modificá-lo e alcançar melhores resultados num futuro
próximo, avaliar o contexto no qual actua, avaliar os recursos de que dispõe e decidir sobre as
melhores alternativas de como mobilizar e direcionar estes recursos, para que instituições
consigam alcançar os seus objectivos, de forma racional. É um meio para, não é um fim em si
mesmo. A planificação emerge assim como uma prática sistematizada, que confere maior
eficácia às actividades educacionais para que seja possível alcançar as metas propostas, bem
como, repensar sobre os objectivos não atingidos. Reconhecemos a pertinência e a relevância
da planificação na melhoria da qualidade de todo o processo educativo, pelo que julgamos
oportuno que esta temática constituísse o nosso objecto de estudo nesta investigação.
O que é Planificação do Ensino?
Para respondermos esta pergunta, chamemos Mattos (1968), que diz que a planificação do
ensino “é a previsão inteligente e bem calculada de todas as etapas do trabalho escolar que
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envolvem actividades docentes e discentes de modo a tornar o ensino seguro, económico e
eficiente”, (p.140).
A planificação do ensino é o que cada docente elabora e esta refere-se ao currículo de uma
determina matéria em determinado espaço e lugar. É o conjunto de actividades pelas quais cada
docente prevê, seleciona e organiza os elementos para cada situação de aprendizagem, com a
finalidade de criar as melhores condições para alcançar as competências propostas.
Na perspectiva de Clark e Yinger, (1987) a planificação “é um processo psicológico básico
pelo qual uma pessoa visualiza o futuro, inventaria meios e fins, e constrói um esquema que
guia sua ação futura” (p. 86).
Planificar possibilita uma reflexão prévia sobre as várias possibilidades para o desenrolar do
ensino.
Neste sentido, Lewy (1979), afirma que “ a planificação tem por objectivo prever, definir e
criar as condições necessárias a uma correta execução do processo”, (p.26).
O acto de planificar evita a rotina, as improvisações e as dúvidas, permitindo ainda agir com
segurança tendo em conta o que se tinha previsto.
Na mesma linha de pensamento, Bento (2003), defende que “a planificação é o elo de ligação
entre as pretensões, imanentes ao sistema de ensino e aos programas das respectivas disciplinas,
e a sua realização prática”, (p.15).
É uma actividade prospectiva, directamente situada e empenhada na realização do ensino que
se consuma na sequência:
“Elaboração do plano → realização do plano → controlo do plano → confirmação ou alteração
do plano, etc.”, (Bento, 2003, pp. 15-16).
Constatamos que planificar é essencialmente reflectir, debater e tomar decisões fundamentadas
sobre o que se pretende ensinar.
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2.3 Fases da Planificação do Ensino
Convidemos o manual da cadeira da Didáctica do Português II da UCM, o qual nos propõe que
ao definirmos a planificação como sequência de actividades a serem desenvolvidas na sala de
aula, remete-nos a ideia de uma sequencialidade dessas acções didácticas/pedagógicas. Nesta
unidade vamos analisar as diferentes etapas que orientam o processo de Planificação.
Portanto, as fases que ocorrem na planificação de ensino são:
❖ a sondagem;
❖ a elaboração;
❖ a execução do plano e;
❖ a avaliação do mesmo.
2.3.1 Sondagem
Essa etapa é crucial, para começar qualquer tipo de planeamento, trata-se do conhecimento da
realidade, realidade em que esse plano vai ser realizado; sobre a pertinência desta etapa,
Schmitz (1993), observa que “conhecendo o aluno em seu ambiente, com seus elementos
integrantes, com suas aspirações, frustrações, necessidades e possibilidades pode-se planificar
para ele”, (p. 105).
2.3.2 Elaboração
Comecemos a distinguir o plano da planificação. A planificação refere-se ao processo em que
o professor ou os profissionais da educação, senta para esse exercício em que prevém o que
deverá acontecer na prática, no terreno pensando nas condições físicas, sociais e mentais dos
alunos, nas condições da sala de aula ou da escola, condições da comunidade, no conteúdo que
será trabalhado, nos objectivos a atingir, nos procedimentos a empregar, na forma de avaliação,
isso tudo faz parte da planificação. Essas actividades serão colocadas a disposição sob forma
de um documento escrito, a esse documento é que se chama de plano. Quer dizer, um é processo
(planificação) e o outro é produto deste processo (plano). Penso que o nosso estudante, já
compreendeu a diferença, agora vamos explicar em que consite a elaboração do plano.
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2.3.3 Execução
Essa etapa faz a trasposição da teoria para a prática, isto é, das idealizações para a concretização
das acções previstas, é colocar em prática as ideias esboçadas nas etapas anteriores. Aqui a
semelhança da elaboração há sempre um elemento não previsto desde que não coloque em
causa os objectivos planificados daí que se refere que a planificação exige flexibilidade, uma
das características do plano. Ao longo deste processo é sempre importante ter em conta a
avliação dessas actividades.
2.3.4 Avaliação
Igualmente importante na planificação, pois é a garantia dos resultados Schmitz (1993),
importa referir, que a avaliação dos resultados da planificação exige também estabelecimento
de critérios claros para não correr o risco de pensarmos que tudo anda bem quando na verdade
estamos longe de cumprir com os objectivos previstos.
Essa etapa envolve todo o processo de planificação. As etapas aqui descritas não podem ser
consideradas de forma separada porque sendo um processo, elas são dinâmicas e interligadas,
quer dizer o processo não pára na avaliação, pois a avaliação vai permitir a replanificação,
tornando um ciclo vicioso.
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mas só através de determinadas vivências ao longo do ano, que devem ser previstas pelos
professores.
- Matéria a dar: são inúmeros os temas a tratar e várias actividades a realizar, por outro lado,
o tempo não chega para tudo, cabe ao professor ter a capacidade de saber selecionar o mais
essencial.
- Ciclos do ano lectivo: toda comunidade educativa deve saber que a escola funciona em torno
de uma abertura e de um enceramento lectivo que se compreende nomeadamente, os períodos
de aulas, dias da semana, feriados, períodos de férias, entre outros acontecimentos escolares
importantes.
Neste tipo de planificação seria desejável que os vários professores se reunissem, incluindo
também pais e outros representantes da comunidade, contudo apesar de ainda existirem
resistências às práticas colaborativas a pouco e pouco estas práticas têm vindo a enraizar-se.
Há no entanto, muitos professores que encaram esta tarefa como um “requisito burocrático que
pouco afectará aquilo que, posteriormente, fará nas suas aulas” (Zabalza, 1992, p.56).
Segundo Vilar, (1998) a planificação curricular de escola é “o palco de decisões sobre relações
[sistémicas] de conflitualidade” e que “pressupõe um espirito colaborativo e participativo, no
sentido de garantir a coerência e a justeza das propostas educativas concretas”, (p.33).
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6- Identificação e listagem de materiais a utilizar;
7- Elaboração de materiais de avaliação formativa e sumativa;
8- Estabelecimento de actividades de remediação e enriquecimento;
9- Indicação da bibliografia;
10- Levantamento das medidas prévias necessárias para levar a cabo
as actividades previstas na unidade (p.120).
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3. Conclusão
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3.1 Referências Bibliográficas
Altet, M. (2000). Análise das práticas dos professores e das situações pedagógicas. Porto:
Porto Editora
Arends, R. I. (1999). Aprender e Ensinar. Lisboa: McGraw Hill.
Arends, R. (2008). Aprender a ensinar (7.ª ed.). Lisboa: Editora McGraw-Hill de Portugal,
Lda.
Bento, J. O. (2003). Planeamento e avaliação em Educação Física. Lisboa: Livros Horizonte.
Clark, C., & Yinger, R. (1987). Teacher planning. In J. Calderhead (Ed.), Exploring teacher's
thinking (84-103). London: Cassell.
Cortesão, L. & Torres, M. A. (1994). Avaliação pedagógica II, mudança na escola mudança
na avaliação. Porto: Porto Editora.COSTA, Jorge Adelino (1991). Gestão escolar:
Participação, Autonomia, Projeto Educativo da Escola. Lisboa, Texto Editora
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Damião, M. (1996). Pré, inter e pós acção. Planificação e avaliação em pedagogia. Coimbra:
Minerva.
Gandin, D. (2005). Planejamento como prática educativa. São Paulo: Edições Loyola.
Gil, A. C. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa (6ª Ed.). Brasil: São Paulo.
Lewy, A. (1979). Avaliação de currículo. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo
(EDUSP).
Mattos, L. A. De. (1968). Sumário de Didática Geral. Rio de Janeiro, Aurora.
Piletti, C. (2001). Didática geral. São Paulo: Editora Ática.
Vilar, A. de M. (1998)., O professor Planificador. Porto: Edições Asa.
Zabalza, M. (1992). Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola. Porto: ASA.
Zabalza, M. (2003). Competencias docentes del profesorado universitario: calidad y
desarrollo profesional. Madrid : Narcea.
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