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Disciplina: MIC I
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Índice
Capítulo I ................................................................................................................................... 3
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Capítulo I
1.1 Introdução
1.2 Objectivos
1.2.1 Geral: Conhecer os tipos de conhecimento e tipos de pesquisa/Métodos e técnicas.
1.2.2 Específicos:
❖ Mencionar tipos de conhecimento;
❖ Explicar a evolução da ciência;
❖ Diferenciar os tipos de pesquisa científica;
❖ Referir métodos e técnicas de pesquisa científica.
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Capítulo II – Desenvolvimento
Segundo BELLO (2004) o conhecimento empírico é obtido ao acaso, após inúmeras tentativas,
ou seja, é o conhecimento adquirido através de ações não planejadas.
É aquele adquirido pela própria pessoa na sua relação com o meio ambiente ou com o meio
social, obtido por meio da interação contínua na forma de ensaios e tentativas que resultam em
erros e em acertos (CERVO; BERVIAN & SILVA, 2007).
Do ponto de vista da utilização de métodos e técnicas científicas, esse tipo de conhecimento,
mesmo quando consolidado como convicção, como cultura ou como tradição, é ametódico e
assistemático. A característica de assistemático baseia-se na organização particular das
experiências próprias do sujeito cognoscente, e não em uma sistematização das ideias, na
procura de uma formulação geral que explique os fenômenos observados, aspecto que dificulta
a transmissão de pessoa a pessoa, desse modo de conhecer.
É valorativo por excelência, pois se fundamenta numa seleção operada com base em estados
de ânimo e emoções: como o conhecimento implica uma dualidade de realidades, isto é, de um
lado o sujeito cognoscente e, de outro lado, o objecto conhecido e este é possuído, de certa
forma, pelo cognoscente, os valores do sujeito impregnam o objecto conhecido.
É reflexivo, mas estando limitado pela familiaridade com o objecto, não pode ser reduzido a
uma formulação geral.
É verificável, visto que está limitado ao âmbito da vida diária e diz respeito ao que se pode
perceber no dia-a-dia.
É falível e inexato, pois se conforma com a aparência e com o que se ouviu dizer a respeito do
objeto, ou seja, não permite formular hipóteses sobre a existência de fenômenos situados além
das percepções objetivas (LAKATOS & MARCONI, 2004).
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2.1.2 O conhecimento teológico
O conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses, que
não poderão ser submetidas à observação:
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É racional em virtude de consistir num conjunto de enunciados logicamente correlacionados.
Outra característica do conhecimento filosófico é ser sistemático, pois suas hipóteses e
enunciados visam a uma representação coerente da realidade estudada, numa tentativa de
apreendê-la em sua totalidade.
Para tanto, procura responder às grandes indagações do espírito humano e até busca as leis
mais universais que englobem e harmonizem as conclusões da ciência (LAKATOS &
MARCONI, 2004).
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Há nas ciências, um movimento circular, que parte da observação da realidade para a abstração
teórica, retorna à realidade, direciona- se novamente à abstração, num fluxo constante entre a
experiência e a teoria.
Como diz NEVILLE (2001):
a investigação nunca começa no início. Não existe problema puro, mas
sim algo problemático surgindo de inúmeras convicções relativamente
estabelecidas; a investigação encontra-se sempre no meio, corrigindo
assunções e inferências prévias, harmonizando hábitos de pensamento
ao engajar a realidade com as hipóteses testadas.
LAKATOS e MARCONI (2004), inferem que apesar da separação metodológica entre os tipos
de conhecimentos popular, filosófico, religioso e científico, no processo de apreensão da
realidade do objecto, o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas áreas:
❖ Ao estudar o homem, por exemplo, pode-se tirar uma série de conclusões sobre sua
atuação na sociedade, baseada no senso comum ou na experiência cotidiana;
❖ Pode-se analisá-lo como um ser biológico, verificando, com base na investigação
experimental, as relações existentes entre determinados órgãos e suas funções;
❖ Pode-se questioná-los quanto a sua origem e destino; assim como quanto a sua
liberdade; finalmente,
❖ Pode-se observá-lo como ser criado pela divindade, a sua imagem e semelhança, e
meditar sobre o que dele dizem os textos sagrados.
Por sua vez, essas formas de conhecimento podem coexistir na mesma pessoa: um cientista,
voltado, por exemplo, ao estudo da física, pode ser crente praticante de determinada religião,
estar filiado a um sistema filosófico e, em muitos aspectos de sua vida cotidiana, agir segundo
conhecimentos provenientes do senso comum.
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Sendo assim são definidos três níveis de desenvolvimento da inteligência dos seres humanos
desde o surgimento dos primeiros hominídeos: o medo, o misticismo e a ciência.
a) O medo: os seres humanos pré-históricos não conseguiam entender os fenômenos da
natureza. Por este motivo, suas reações eram sempre de medo: tinham medo das tempestades
e do desconhecido. Como não conseguiam compreender o que se passava diante deles, não lhes
restava outra alternativa senão o medo e o espanto daquilo que presenciavam.
O ser humano é o único animal na natureza com capacidade de pensar. Esta característica
permite que nós, os seres humanos, sejamos capazes de reflectir sobre o significado de nossas
próprias experiências. Assim sendo, somos capazes de novas descobertas e de transmití-las aos
nossos descendentes.
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CERVO, BERVIAN e SILVA (2007), ressaltam que a ciência, em sua condição actual, é o
resultado de descobertas ocasionais, nas primeiras etapas, e de pesquisas cada vez mais
metódicas, nas etapas posteriores.
É uma das poucas realidades que podem ser legadas às gerações seguintes e os homens de
cada período histórico assimilam os resultados científicos das gerações anteriores,
desenvolvendo e ampliando aspectos novos, (CERVO, BERVIAN & SILVA (2007).
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Mesmo não havendo muito consenso entre as classificações, a diferença fundamental é ser
formal ou factual, ou seja, a ciência formal estuda as ideias e a ciência factual estuda os factos.
Nas primeiras (ciências formais) encontramos a lógica e a
matemática, que não tendo relação com algo encontrado na realidade,
não podem valer-se dos contatos com essa realidade para convalidar
suas fórmulas. Por outro lado, a física e a sociologia, sendo ciências
factuais, referem-se a fatos que supostamente ocorrem no mundo e, em
consequência, recorrem à observação e à experimentação para
comprovar (ou refutar) suas fórmulas (hipóteses) (LAKATOS &
MARCONI, 2004).
A lógica e a matemática tratam de entes ideais, tanto abstratos quanto interpretados, existentes
apenas na mente humana e, mesmo nela, em âmbito conceitual e não fisiológico. Em outras
palavras, constroem seus próprios objetos de estudo, mesmo que, muitas vezes, o faça, por
abstração de objetos reais (naturais ou sociais).
A finalidade da pesquisa explicativa é de criar uma teoria que seja aceitável a respeito de um
facto ou fenómeno.
4. Pesquisa Prospectiva – que tem em vista acompanhar acontecimentos, fenómenos ou
eventos por um período determinado de tempo no futuro.
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5. Pesquisa retrospectiva – que busca informações sobre eventos, fenómenos, acontecimentos
passados.
Isso significa que a escolha do tipo de abordagem nas pesquisas não é feita em vão, mas a partir
dos objectivos que o pesquisador pretende alcançar com a sua investigação.
Segundo TEIXEIRA (2000), as pesquisas quantitativas são aplicáveis em situações nas quais
se exige um estudo exploratório, buscando-se um conhecimento mais profundo do problema
ou objecto de estudo.
Por exemplo, na análise de desempenho, relação de causa e efeito, incidências e índices.
Nas pesquisas quantitativas “as informações são de natureza numérica e o pesquisador busca
classificar, ordenar ou medir as variávies para aprensentar estatítisticas, comparar grupos ou
estabelecer associações” (VIEIRA, 2009, p. 4).
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Diferentemente, da pesquisa quantitativa, a pesquisa qualitativa não generaliza as suas
conclusões, elas servem apenas explicar situações referentes àquele grupo social.
Essas pesquisas são mais adequadas nas ciências naturais e mais complicadas nas ciências
humanas, pela dificuldade de se fazer a manipulação das pessoas.
2. Pesquisas quase-experimentais
TEIXEIRA (2000) classifica a pesquisa quase-experimental como sendo as que o pesquisador
pode intervir de forma activa na colecta dos dados, todavia não controla as variáveis, podendo
a amostra não ser aleatória.
Praticamente, é o meio termo entre a pesquisa experimental e não experimental. Seu grau de
utilização tanto nas ciências sociais como nas ciências naturais é baixo.
3. Pesquisas não-experimental
A pesquisa não experimental estuda as relações entre duas ou mais variáveis de um dado
fenómeno ou evento sem manipulá-las.
Partindo do exemplo anterior, o da avaliação da semente de tripo que apresenta maior
produtividade para Niassa, na perspectiva da pesquisa não-experimental deveria se investigar
as amostras de agricultores que cultivam trigo, e a partir de instrumentos próprios poderia ser
realizada o registo de tipo e quantidade de semente, o solo, a irrigação, níveis de chuva,
adubação e outras variávis que interferem na produção.
E finalmente através de análise dos dados poderia ser avaliada a relação entre semente e
produtividade (KÖCHE, 1997).
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2.3 Métodos científicos
De preferência temos quatro (4) métodos científicos a saber:
❖ Método indutivo;
❖ Método dedutivo;
❖ Método hipotético-dedutivo;
❖ Método dialético.
a) Dedutivo: Parte de teorias e leis mais gerais para a ocorrência de fenômenos particulares.
b) Indutivo: O estudo ou abordagem dos fenômenos caminha para planos cada vez mais
abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e teorias mais gerais.
c) Hipotético-dedutivo: que se inicia pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos acerca
da qual formula hipóteses e, pelo processo dedutivo, testa a ocorrência de fenômenos
abrangidos pela hipótese.
d) Dialético: que penetra o mundo dos fenômenos através de sua ação recíproca, da contradição
inerente ao fenômeno e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade.
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Capítulo III
Este é o capítulo que pomos ponto final a todas actividades decorrentes nesta pesquisa que nos
referenciou acerca de tipos de conhecimento e tipos de pesquisa, onde por meio do qual, seria
imprescindível passar por este caminho sem ter que pousar na ciência e sua evolção, tanto como
nos métodos científicos e técnicas de pesquisa científica conforme a natureza da temática.
Portanto, inporta nos referir que a humanidade buscou ao decorrer da história, através de
diferentes tipos de conhecimento responder questionamentos sobre o seu lugar no mundo, a
realidade que está inserida e a natureza que a circunda. As perguntas podem ser de carácter
filosófico, científico, religioso, divino ou senso comum, mas buscam oferecer compreensão
sobre determinado assunto, desde a reflexão sobre si mesmo até a funcionamento de
mecanismos essencialmente científicos.
3.2 Bibliografica
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Bello, J. L. de P. (2004). Metodologia Científica. Disponível em:
<http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met01.htm> Acesso em: 05 jun. 2010.
Cervo, A. L.; et al. (2007). Metodologia científica. 6 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall.
Ferreira, A. B. de H. (2004). Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 3 ed. Positivo.
[CD-ROM].
Köche, J. C. (1997). Fundamentos de Metodologia Científica: Teoria ciência e iniciação à
pesquisa. 21 ed. Petrópolis: Vozes.
Lakatos, E. M. & Marconi, M. de A. (2004). Metodologia Científica. 4 ed. São Paulo: Atlas.
Neville, R. (2001). As contribuições de Charles S Pierce para a filosofia da religião
contemporânea. Cognitio: revista de filosofia do Centro de Estudos do Pragmatismo da
PUC SP, São Paulo, ano 2.
Severino, A. J. (2007). Metodologia do Trabalho Científico. 23 ed. São Paulo: Cortez.
Teixeira, E. (2000). As Três Metodologias: Acadêmica, da ciência e da pesquisa. 5 ed. Belém:
UNAMA.
Vieira, S. (2009). Como elaborar questionários. São Paulo: Atlas.
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