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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Tipos de conhecimento e Tipos de pesquisa/Métodos e técnicas.

Nome do estudante: Tiago José Francísco. Código: 708236245.

Docente: Odete Domingos Almeida.

Curso: Licenciatura em Ensino de Matemática

Disciplina: MIC I

Ano de frequência: 1º Ano

Tete, Maio de 2023

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Índice

Capítulo I ................................................................................................................................... 3

1.1 Introdução ............................................................................................................................ 3

1.2 Objectivos ............................................................................................................................ 3

1.3 Metodologias de pesquisa .................................................................................................... 3

1.2 Estrutura do trabalho: ...................................................................................................... 3

Capítulo II – Desenvolvimento .................................................................................................. 4

2.1 Tipos de conhecimento ........................................................................................................ 4

2.1.5 O que é ciência? ................................................................................................................ 7

2.1.6 A Classificação da ciência ................................................................................................ 9

2.2 Tipos de Pesquisa científica ............................................................................................... 10

2.3 Métodos científicos ............................................................................................................ 13

2.4 Técnicas de pesquisa científica .......................................................................................... 13

Capítulo III ............................................................................................................................... 14

3.2 Bibliografica ...................................................................................................................... 14

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Capítulo I

1.1 Introdução

A ciência se apresenta como um processo de investigação que procura atingir conhecimentos


sistematizados e seguros. Para alcançar este objectivo é necessárioque se planeje o processo de
investigação, isto é, traçar o curso de acção a ser seguido no processo da investigação científica.
Não é, porém, necessários que se sigam normas rígidas. A flexibilidade deve ser a característica
principal neste planejamento de pesquisa, para que as estratégias previstas não bloqueiem a
criatividade e a imaginação crítica do investigador. Afirma-se que não existe método científico
estabelecido previamente. Existem critérios gerais orientadores que facilitam o processo de
investigação.“Tipos de conhecimento e Tipos de pesquisa/Métodos e técnica” é o tema
proposto neste trabalho. Com o qual, falaremos em torno da evolução e classificação da ciência,
tipos de pesquisa, métodos científicos, técnicas de pesquisa científica, além dos tipos de
conhecimento.

1.2 Objectivos
1.2.1 Geral: Conhecer os tipos de conhecimento e tipos de pesquisa/Métodos e técnicas.
1.2.2 Específicos:
❖ Mencionar tipos de conhecimento;
❖ Explicar a evolução da ciência;
❖ Diferenciar os tipos de pesquisa científica;
❖ Referir métodos e técnicas de pesquisa científica.

1.3 Metodologias de pesquisa


Para fazer fácila a este trabalho, recorreu-se a pesquisa bibliográfica e exploratória baseada na
consulta dos manuais, por meio dos quais, exploramos o que foi da relevância conforme o
trabalho.

1.2 Estrutura do trabalho:


❖ Introdução;
❖ Desenvolvimento;
❖ Conclusão e;
❖ Bibliografia.

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Capítulo II – Desenvolvimento

2.1 Tipos de conhecimento


Para LAKATOS e MARCONI (2004), os tipos de conhecimento são:
❖ Empírico;
❖ Teológico;
❖ Filosófico e;
❖ Científico.

2.1.1 O conhecimento empírico

Segundo BELLO (2004) o conhecimento empírico é obtido ao acaso, após inúmeras tentativas,
ou seja, é o conhecimento adquirido através de ações não planejadas.

É aquele adquirido pela própria pessoa na sua relação com o meio ambiente ou com o meio
social, obtido por meio da interação contínua na forma de ensaios e tentativas que resultam em
erros e em acertos (CERVO; BERVIAN & SILVA, 2007).
Do ponto de vista da utilização de métodos e técnicas científicas, esse tipo de conhecimento,
mesmo quando consolidado como convicção, como cultura ou como tradição, é ametódico e
assistemático. A característica de assistemático baseia-se na organização particular das
experiências próprias do sujeito cognoscente, e não em uma sistematização das ideias, na
procura de uma formulação geral que explique os fenômenos observados, aspecto que dificulta
a transmissão de pessoa a pessoa, desse modo de conhecer.
É valorativo por excelência, pois se fundamenta numa seleção operada com base em estados
de ânimo e emoções: como o conhecimento implica uma dualidade de realidades, isto é, de um
lado o sujeito cognoscente e, de outro lado, o objecto conhecido e este é possuído, de certa
forma, pelo cognoscente, os valores do sujeito impregnam o objecto conhecido.
É reflexivo, mas estando limitado pela familiaridade com o objecto, não pode ser reduzido a
uma formulação geral.
É verificável, visto que está limitado ao âmbito da vida diária e diz respeito ao que se pode
perceber no dia-a-dia.
É falível e inexato, pois se conforma com a aparência e com o que se ouviu dizer a respeito do
objeto, ou seja, não permite formular hipóteses sobre a existência de fenômenos situados além
das percepções objetivas (LAKATOS & MARCONI, 2004).

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2.1.2 O conhecimento teológico

O conhecimento teológico ou religioso apoia-se em doutrinas que contém proposições sagradas


(valorativas), por terem sido reveladas pelo sobrenatural (inspiracional) e, por esse motivo,
tais verdades são consideradas infalíveis e indiscutíveis (exatas). É um conhecimento
sistemático do mundo (origem, significado, finalidade e destino) como obra de um criador
divino; suas evidências não são verificadas: está sempre implícita uma atitude de fé perante
um conhecimento revelado.
Assim, o conhecimento religioso ou teológico parte do princípio de que as verdades tratadas
são infalíveis e indiscutíveis, por consistirem em revelações da divindidade (LAKATOS &
MARCONI, 2004).
Para BELLO (2004) é o conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa.
Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado. Depende da formação moral e das
crenças de cada indivíduo. Ou seja, é um conhecimento ao qual as pessoas chegaram não com
o auxílio de sua inteligência, mas mediante a aceitação dos dados da revelação divina. Vale-se
de modo especial do argumento de autoridade.
São os conhecimentos adquiridos nos livros sagrados e aceitos racionalmente pelas pessoas,
depois de terem passado pela crítica histórica mais exigente (LAKATOS & MARCONI, 2004).
Dentre os exemplos do conhecimento teológico temos: o acreditar em reencarnação, acreditar
que foi curado de uma doença por milagre, acreditar em espíritos.

2.1.3 O conhecimento filosófico

O conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses, que
não poderão ser submetidas à observação:

as hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência, portanto, este


conhecimento emerge da experiência e não da experimentação, e por
este motivo, o conhecimento filosófico é não verificável, já que os
enunciados das hipóteses filosóficas, ao contrário do que ocorre no
campo da ciência, não podem ser confirmadas nem refutadas
(LAKATOS & MARCONI, 2004).

É fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento especulativo sobre fenômenos,


gerando conceitos subjetivos.
Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da
ciência (BELLO, 2004).

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É racional em virtude de consistir num conjunto de enunciados logicamente correlacionados.
Outra característica do conhecimento filosófico é ser sistemático, pois suas hipóteses e
enunciados visam a uma representação coerente da realidade estudada, numa tentativa de
apreendê-la em sua totalidade.

É também infalível e exacto, já que, quer na busca da realidade capaz


de abranger todas as outras, quer na definição do instrumento capaz de
apreender a realidade, seus postulados, assim como suas hipóteses, não
são submetidos ao decisivo teste da observação (experimentação)
(LAKATOS & MARCONI, 2004).

O procedimento científico leva a circunscrever, delimitar, fragmentar e analisar o que se


constitui o objecto de pesquisa, atingindo segmentos da realidade, ao passo que a filosofia
encontra-se sempre à procura do que é mais geral, interessando-se pela formulação de uma
concepção unificada e unificante do universo.

Para tanto, procura responder às grandes indagações do espírito humano e até busca as leis
mais universais que englobem e harmonizem as conclusões da ciência (LAKATOS &
MARCONI, 2004).

2.1.4 O conhecimento científico


O conhecimento científico vai além do empírico, assim como o filosófico, é racional,
pretendendo ser sistemático e revelar aspectos da realidade.
É real porque lida com ocorrências ou fatos, isto é, com toda forma de existência que se
manifesta de algum modo. É contingente, pois suas proposições ou hipóteses têm sua
veracidade ou falsidade conhecida por meio de experimentação e não apenas pela razão, como
ocorre no conhecimento filosófico. É sistemático porque trata de um saber ordenado
logicamente, formando um sistema de ideias (teorias) e não conhecimentos dispersos e
desconexos.
Apresenta a característica de verificabilidade: as afirmações ou hipóteses que não podem ser
comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência.
É um conhecimento falível, em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final e por esse
motivo, é aproximadamente exato, ou seja, novas proposições e o desenvolvimento de
técnicas podem reformular o acervo de teoria existente.
O ciclo do conhecimento científico (inclusive o das ciências empíricas) inclui a observação, a
produção de teorias para explicar essa observação, o teste dessas teorias e seu aperfeiçoamento.

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Há nas ciências, um movimento circular, que parte da observação da realidade para a abstração
teórica, retorna à realidade, direciona- se novamente à abstração, num fluxo constante entre a
experiência e a teoria.
Como diz NEVILLE (2001):
a investigação nunca começa no início. Não existe problema puro, mas
sim algo problemático surgindo de inúmeras convicções relativamente
estabelecidas; a investigação encontra-se sempre no meio, corrigindo
assunções e inferências prévias, harmonizando hábitos de pensamento
ao engajar a realidade com as hipóteses testadas.

LAKATOS e MARCONI (2004), inferem que apesar da separação metodológica entre os tipos
de conhecimentos popular, filosófico, religioso e científico, no processo de apreensão da
realidade do objecto, o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas áreas:
❖ Ao estudar o homem, por exemplo, pode-se tirar uma série de conclusões sobre sua
atuação na sociedade, baseada no senso comum ou na experiência cotidiana;
❖ Pode-se analisá-lo como um ser biológico, verificando, com base na investigação
experimental, as relações existentes entre determinados órgãos e suas funções;
❖ Pode-se questioná-los quanto a sua origem e destino; assim como quanto a sua
liberdade; finalmente,
❖ Pode-se observá-lo como ser criado pela divindade, a sua imagem e semelhança, e
meditar sobre o que dele dizem os textos sagrados.

Por sua vez, essas formas de conhecimento podem coexistir na mesma pessoa: um cientista,
voltado, por exemplo, ao estudo da física, pode ser crente praticante de determinada religião,
estar filiado a um sistema filosófico e, em muitos aspectos de sua vida cotidiana, agir segundo
conhecimentos provenientes do senso comum.

2.1.5 O que é ciência?


Etimologicamente a palavra ciência vem do latim scientia, que quer dizer por definição ampla,
conhecimento ou reconhecimento. Podemos inferir também que ela origina do verbo scire =
saber. Num sentido mais restrito a palavra ciência nos leva a um modo de adquirir
conhecimento baseado no método científico, ou seja, é o esforço que o ser humano faz para
descobrir e aumentar o seu conhecimento de como funciona a realidade.
Segundo BELLO (2004), a evolução humana corresponde ao desenvolvimento de sua
inteligência.

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Sendo assim são definidos três níveis de desenvolvimento da inteligência dos seres humanos
desde o surgimento dos primeiros hominídeos: o medo, o misticismo e a ciência.
a) O medo: os seres humanos pré-históricos não conseguiam entender os fenômenos da
natureza. Por este motivo, suas reações eram sempre de medo: tinham medo das tempestades
e do desconhecido. Como não conseguiam compreender o que se passava diante deles, não lhes
restava outra alternativa senão o medo e o espanto daquilo que presenciavam.

b) O misticismo: num segundo momento, a inteligência humana evoluiu do medo para a


tentativa de explicação dos fenômenos através do pensamento mágico, das crenças e das
superstições. Era, sem dúvida, uma evolução já que tentavam explicar o que viam. Assim, as
tempestades podiam ser fruto de uma ira divina, a boa colheita da benevolência dos mitos, as
desgraças ou as fortunas do casamento do humano com o mágico.

c) A ciência: como as explicações mágicas não bastavam para compreender os fenômenos os


seres humanos finalmente evoluíram para a busca de respostas através de caminhos que
pudessem ser comprovados. Desta forma, nasceu a ciência metódica, que procura sempre uma
aproximação com a lógica.

O ser humano é o único animal na natureza com capacidade de pensar. Esta característica
permite que nós, os seres humanos, sejamos capazes de reflectir sobre o significado de nossas
próprias experiências. Assim sendo, somos capazes de novas descobertas e de transmití-las aos
nossos descendentes.

O desenvolvimento do conhecimento humano está intrinsecamente ligado à sua característica


de viver em grupo, ou seja, o saber de um indivíduo é transmitido a outro, que, por sua vez,
aproveita-se deste saber para somar outro. Assim evolui a ciência.
Uma boa definição está no Novo Dicionário da Língua Portuguesa.
FERREIRA (2004), define ciência como:

um conjunto de conhecimentos socialmente adquiridos ou produzidos,


historicamente acumulados, dotados de universalidade e objetividade
que permitem sua transmissão, e estruturados com métodos, teorias e
linguagens próprias, que visam compreender e orientar a natureza e as
atividades humanas. Popularmente é entendida como sabedoria ou
habilidade intuitiva.

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CERVO, BERVIAN e SILVA (2007), ressaltam que a ciência, em sua condição actual, é o
resultado de descobertas ocasionais, nas primeiras etapas, e de pesquisas cada vez mais
metódicas, nas etapas posteriores.
É uma das poucas realidades que podem ser legadas às gerações seguintes e os homens de
cada período histórico assimilam os resultados científicos das gerações anteriores,
desenvolvendo e ampliando aspectos novos, (CERVO, BERVIAN & SILVA (2007).

2.1.6 A Classificação da ciência


Devido à complexidade do universo e da diversidade dos fenômenos que acontecem nele, foi
preciso haver uma divisão da ciência em vários ramos para que o homem estudasse e
entendesse esses fenômenos. Essa divisão ou classificação obedece várias características: ou
pelo conteúdo, pela diferença dos enunciados ou pela metodologia empregada.
A primeira classificação foi proposta por AUGUSTO COMTE que obedeceu uma ordem
crescente de complexidade: Matemática, Astronomia, Física, Química, Biologia, Sociologia
e Moral. Outros autores aliaram a complexidade crescente com o conteúdo.
Em relação ao conteúdo, a classificação primeira foi feita por RUDOLF CARNAP, que dividiu
as ciências em formais (contendo apenas enunciados analíticos, isto é, cuja verdade depende
unicamente do significado de seus termos ou de sua estrutura lógica) e factuais (além dos
enunciados analíticos, contém, sobretudo os sintéticos, aqueles cuja verdade depende não só
do significado de seus termos, mas, igualmente, dos fatos a que se referem).
BUNGE (1976, p. 41 apud LAKATOS e MARCONI, 2004, p. 27) apresenta a seguinte
classificação:
❖ Formal (lógica e matemática);
❖ Factual:
- natural (física, química, biologia e psicologia individual);
- cultural (psicologia social, sociologia, economia, ciência política, história material
e história das ideias).
Na classificação de WUNDt (1952 apud LAKATOS e MARCONI, 2004, p. 27) temos:
❖ Formais (matemática);
❖ Reais:
- ciências da natureza
- ciências do espírito

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Mesmo não havendo muito consenso entre as classificações, a diferença fundamental é ser
formal ou factual, ou seja, a ciência formal estuda as ideias e a ciência factual estuda os factos.
Nas primeiras (ciências formais) encontramos a lógica e a
matemática, que não tendo relação com algo encontrado na realidade,
não podem valer-se dos contatos com essa realidade para convalidar
suas fórmulas. Por outro lado, a física e a sociologia, sendo ciências
factuais, referem-se a fatos que supostamente ocorrem no mundo e, em
consequência, recorrem à observação e à experimentação para
comprovar (ou refutar) suas fórmulas (hipóteses) (LAKATOS &
MARCONI, 2004).

A lógica e a matemática tratam de entes ideais, tanto abstratos quanto interpretados, existentes
apenas na mente humana e, mesmo nela, em âmbito conceitual e não fisiológico. Em outras
palavras, constroem seus próprios objetos de estudo, mesmo que, muitas vezes, o faça, por
abstração de objetos reais (naturais ou sociais).

2.2 Tipos de Pesquisa científica quanto aos objectivos


Quanto aos objectivos as pesquisas podem ser:
1. Pesquisa exploratória – que, segundo SEVERINO (2007), “busca apenas levantar
informações sobre um determinado objecto, delimitando assim um campo de trabalho,
mapeando as condições de manifestação desse objecto”, (p. 123)..

Normalmente a pesquisa exploratória tem a finalidade de aumentar a experiência em torno de


um determinado problema.
2. Pesquisa descritiva – que visa, conforme TEIXEIRA (2000), descrever as características
conhecidas ou componentes no facto, fenómeno ou representação”, (p. 118).

3. Pesquisa Explicativa – é aquela que “além de registrar e analisar os fenómenos estudados,


busca identificar suas causas, seja através da aplicação do método experimental/matemático,
seja através da intepretação possibilitadas pelos métodos quantitativos” (SEVERINO, 2007, p.
123).

A finalidade da pesquisa explicativa é de criar uma teoria que seja aceitável a respeito de um
facto ou fenómeno.
4. Pesquisa Prospectiva – que tem em vista acompanhar acontecimentos, fenómenos ou
eventos por um período determinado de tempo no futuro.

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5. Pesquisa retrospectiva – que busca informações sobre eventos, fenómenos, acontecimentos
passados.

2.2.1 Tipos de pesquisa quanto a abordagem.


Normalmente, as pesquisas podem ser classificadas de qualitativas e quantitativas. Cada uma
destas abordagens tem suas peculiaridades.

2.2.1.1 Pesquisa quantitativa


Há que ter em conta, em primeiro lugar, que a opção pelo tipos, método
ou técnica de pesquisa, depende muitas vezes, “da natureza do
problema que preocupa o investigador, ou do objecto que se deseja
conhecer ou estudar (...) também, do domínio que o pesquisador tem
no emprego destas técnicas” (SANTOS & CLOS, 1998, apud
TEIXEIRA: 2000, p. 120).

Isso significa que a escolha do tipo de abordagem nas pesquisas não é feita em vão, mas a partir
dos objectivos que o pesquisador pretende alcançar com a sua investigação.
Segundo TEIXEIRA (2000), as pesquisas quantitativas são aplicáveis em situações nas quais
se exige um estudo exploratório, buscando-se um conhecimento mais profundo do problema
ou objecto de estudo.
Por exemplo, na análise de desempenho, relação de causa e efeito, incidências e índices.
Nas pesquisas quantitativas “as informações são de natureza numérica e o pesquisador busca
classificar, ordenar ou medir as variávies para aprensentar estatítisticas, comparar grupos ou
estabelecer associações” (VIEIRA, 2009, p. 4).

2.2.1.2 Pesquisa Qualitativa


Diferentemente das primeira abordagem, a pesquisa qualitativa “o pesquisador procura reduzir
a distância entre a teoria e dos dados, entre o contexto e a acção, usando a lógica da análise
fenomenológica, isto é, da compreensão dos fenómenos pela sua descrição e interpretação”
(TEIXEIRA, 2000, p. 124).
Essas pesquisas são também denominadas de pesquisas interpretativa e elas privilegiam as
experiências dos pesquisadores.
O que está em jogo, na pesquisa qualitativa é a busca ou o levantamento, por parte do
pesquisador, de “opiniões, as crenças, o significado das coisas nas palavras dos participantes
da pesquisa (...) ela mostra as atitudes e os hábitos de pequenos grupos, selecionados de acordo
com perfis determinados” (VEIRA, 2009, p. 7).

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Diferentemente, da pesquisa quantitativa, a pesquisa qualitativa não generaliza as suas
conclusões, elas servem apenas explicar situações referentes àquele grupo social.

2.2.1.3 pesquisa quanto oas procedimentos de colecta de dados


1. Pesquisas experimentais
As pesquisas experimentais são aquelas nas quais o pesquisador:

intervém de maneira activa para obter dados, controla as variáveis em


uma amostra aleatória, introduz um tratamento, ou seja, um fenómeno
da realidade é produzido de forma controlada, com objectivo de
descobrir os fatores que o produzem, ou seja, que por eles são
produzidos (TEIXEIRA, 2000, p. 118).

Essas pesquisas são mais adequadas nas ciências naturais e mais complicadas nas ciências
humanas, pela dificuldade de se fazer a manipulação das pessoas.

2. Pesquisas quase-experimentais
TEIXEIRA (2000) classifica a pesquisa quase-experimental como sendo as que o pesquisador
pode intervir de forma activa na colecta dos dados, todavia não controla as variáveis, podendo
a amostra não ser aleatória.
Praticamente, é o meio termo entre a pesquisa experimental e não experimental. Seu grau de
utilização tanto nas ciências sociais como nas ciências naturais é baixo.

3. Pesquisas não-experimental
A pesquisa não experimental estuda as relações entre duas ou mais variáveis de um dado
fenómeno ou evento sem manipulá-las.
Partindo do exemplo anterior, o da avaliação da semente de tripo que apresenta maior
produtividade para Niassa, na perspectiva da pesquisa não-experimental deveria se investigar
as amostras de agricultores que cultivam trigo, e a partir de instrumentos próprios poderia ser
realizada o registo de tipo e quantidade de semente, o solo, a irrigação, níveis de chuva,
adubação e outras variávis que interferem na produção.
E finalmente através de análise dos dados poderia ser avaliada a relação entre semente e
produtividade (KÖCHE, 1997).

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2.3 Métodos científicos
De preferência temos quatro (4) métodos científicos a saber:
❖ Método indutivo;
❖ Método dedutivo;
❖ Método hipotético-dedutivo;
❖ Método dialético.
a) Dedutivo: Parte de teorias e leis mais gerais para a ocorrência de fenômenos particulares.
b) Indutivo: O estudo ou abordagem dos fenômenos caminha para planos cada vez mais
abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e teorias mais gerais.
c) Hipotético-dedutivo: que se inicia pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos acerca
da qual formula hipóteses e, pelo processo dedutivo, testa a ocorrência de fenômenos
abrangidos pela hipótese.
d) Dialético: que penetra o mundo dos fenômenos através de sua ação recíproca, da contradição
inerente ao fenômeno e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade.

2.4 Técnicas de pesquisa científica


Técnica é um “conjunto de processos ou preceitos de que se serve uma ciência ou arte”
(LAKATOS, 2001, p. 174).
❖ Documentação Indireta: é baseada na leitura e análise de materiais feito por outros
(podem ser textos, jornais, artefactos, etc.), que podem ser Pesquisa Documental e
Pesquisa bibliográfica.
❖ Documentação Direta: levantamento de dados no próprio local (pesquisa de campo
ou de laboratório).
Outras técnicas:
❖ Observação;
❖ Entrevista;
❖ Entrevista nãoestruturada;
❖ Entrevista-Preparação;
❖ Questionário-Formulário.

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Capítulo III

Este é o capítulo que pomos ponto final a todas actividades decorrentes nesta pesquisa que nos
referenciou acerca de tipos de conhecimento e tipos de pesquisa, onde por meio do qual, seria
imprescindível passar por este caminho sem ter que pousar na ciência e sua evolção, tanto como
nos métodos científicos e técnicas de pesquisa científica conforme a natureza da temática.
Portanto, inporta nos referir que a humanidade buscou ao decorrer da história, através de
diferentes tipos de conhecimento responder questionamentos sobre o seu lugar no mundo, a
realidade que está inserida e a natureza que a circunda. As perguntas podem ser de carácter
filosófico, científico, religioso, divino ou senso comum, mas buscam oferecer compreensão
sobre determinado assunto, desde a reflexão sobre si mesmo até a funcionamento de
mecanismos essencialmente científicos.

3.2 Bibliografica

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Bello, J. L. de P. (2004). Metodologia Científica. Disponível em:
<http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met01.htm> Acesso em: 05 jun. 2010.
Cervo, A. L.; et al. (2007). Metodologia científica. 6 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall.
Ferreira, A. B. de H. (2004). Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 3 ed. Positivo.
[CD-ROM].
Köche, J. C. (1997). Fundamentos de Metodologia Científica: Teoria ciência e iniciação à
pesquisa. 21 ed. Petrópolis: Vozes.
Lakatos, E. M. & Marconi, M. de A. (2004). Metodologia Científica. 4 ed. São Paulo: Atlas.
Neville, R. (2001). As contribuições de Charles S Pierce para a filosofia da religião
contemporânea. Cognitio: revista de filosofia do Centro de Estudos do Pragmatismo da
PUC SP, São Paulo, ano 2.
Severino, A. J. (2007). Metodologia do Trabalho Científico. 23 ed. São Paulo: Cortez.
Teixeira, E. (2000). As Três Metodologias: Acadêmica, da ciência e da pesquisa. 5 ed. Belém:
UNAMA.
Vieira, S. (2009). Como elaborar questionários. São Paulo: Atlas.

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