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Em alguns casos, quando o falante não tem argumentos adequados, a argumentação pode acabar
em “bate-boca”, em insulto, ironia e sarcasmo. Por isso uma boa argumentação deve se basear em
dois elementos principais: a consistência do raciocínio e a evidência das provas. São cinco os
tipos mais comuns de evidência: os fatos propriamente ditos, os exemplos, as ilustrações, os
dados estatísticos (tabelas, números, mapas, etc.) e o testemunho.
Quase toda conversa é essencialmente argumentativa, exceto quando as pessoas só sabem
conversar, “contando, narrando, descrevendo, inventando incidentes do cotidiano”. Por isso a
argumentação informal está presente em quase tudo o que dizemos ou escrevemos por força das
contingências do cotidiano. E toda argumentação informal consiste, em essência, numa declaração
seguida de prova.
De acordo com GARCIA (1996), “a argumentação passa por quatro estágios: a argumentação, a
concordância ou concordância parcial, a contestação ou refutação e a conclusão”, sem a qual não
existe argumentação, (p. 374).
O conhecimento dessa estrutura pode ajudar o estudante a argumentar com segurança, coerência e
objectividade.
A argumentação formal pouco difere, em essência, da informal: até sua estrutura e
desenvolvimento podem ser em parte, os mesmos. Mas a formal exige outros cuidados. A
proposição (uma declaração, uma tese, uma opinião) deve ser clara, definida, quanto ao que afirma
ou nega e deve ser suficientemente específica para permitir uma tomada de posição contra ou a
favor.
O padrão de argumentação formal, usado principalmente na escrita, de acordo com Garcia (1996,
p.381), é o seguinte:
1. Proposição (afirmativa, suficientemente definida e limitada; não deve
conter em si mesma nenhum argumento, isto é, prova ou razão).
2. Análise da proposição
3. Formulação dos argumentos (evidências)
a) fatos
b) exemplos
c) ilustrações
d) dados estatísticos
e) testemunho
4. Conclusão (GARCIA, 1996, p.381).