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Definição
O que é argumentar?
Apresentação do texto
Uma argumentação é feita tendo como base uma proposição ou tese. Sendo assim, o
texto argumentativo apresenta uma ou mais teses, os dados, e as observações que
podem ser para convencer o receptor da sua validade. Este tipo de texto é mais
complexo que o expositivo/explicativo ou o narrativo.
Quando se tem muitos argumentos para suportar uma afirmação usam-se em primeiro
lugar os mais fortes.
O que é argumento?
Organização do textual
Fórmulas introdutivas
Comecemos por …
O primeiro aspecto dirá respeito a …
É necessário primeiro lembrar que …
Transições
Passemos a presença de …
Consideremos o caso de …
Antes de passar a … é preciso notar que …
Fórmulas conclusivas
Por consequência …
Por isso …
Em suma
Pode-se concluir dizendo que …
Enumeração
Todavia
Mas
Contudo
No entanto
Fórmulas de insistência
Inserção de um exemplo
Consideremos o caso de …
O exemplo de … confirma que…
O caso seguinte pode ilustrar …
Tal é o caso de …
Processos da argumentação
Género Acto
Judiciário acusar/defender
Deliberativo aconselhar/desaconselhar
Epidíctico louvar/desfazer
Saber justificar uma ideia, opinião, ponto de vista e saber formular ideia,
opinião ou ponto de vista;
Defender algo um livro, um filme, etc ou acusá-lo;
Formular uma hipótese, pondo-a depois em dúvida para propor outra;
Relatar criticando as teses do adversário.
Nos exemplos citados, um dado emissor (ou locutor) apresenta a um receptor (ou
destinatário) uma razão suficiente, um argumento, para lhe fazer admitir uma
conclusão- uma tese (ou um dado princípio).
O citado emissor parte do princípio de que todos concordam que não se deve poluir ao
ambiente, que não se deve faltar injustificadamente às aulas, que não se deve fumar.
Além disso, apresenta argumento que julga serem facilmente aceites: o planeta já está
suficientemente poluído; quem falta injustificadamente pode reprovar; quem fuma,
prejudica a saúde.
Vamos admitir, no entanto, que o receptor se recusa a aceitar os princípios e os
argumentos invocados pelo emissor. O que é que deve fazer?
Relativamente aos exemplos anteriores, o bom senso não aconselha grande contra-
argumentação! O lixo polui efectivamente, as faltas às aulas trazem consequências que
qualquer estudante conhece e o fumar faz mal … só não vê quem não quer.
Uma argumentação será tanto mais forte quanto mais apertada e pertinente for a relação
entre o argumento e a tese.
Em argumento como:
Os sofistas eram mestres da fala, embora não se preocupassem com o que o conteúdo
da argumentação tinha de justo. Sócrates ouvia e apresentava objecção aos argumentos
dos outros, perguntava, destruindo as respostas dos seus interlocutores. Aristóteles dizia
que se conhecer era formar proposições (afirmações) tornava-se necessário examinar os
modos como elas eram construídas; através de "silogismos" (raciocínios) procurava
encadear as proposições (premissa maior e premissa menor) até formar o conhecimento
(conclusão). Na época medieval, a argumentação partia de uma disputa que exigia a
formulação e, por fim, respostas às objecções encontradas ou supostas.
Nos nossos dias, a argumentação ainda utiliza algumas regras desta arte filosófica:
encontrar o problema, seleccionar os elementos de prova, formular raciocínios
argumentativos, procurar possíveis contra-argumentos, organizá-los de forma coerente e
A arte de falar em público diz-se oratória. Constitui uma das variantes do discurso
argumentativo. Na organização do texto, é necessário encontrar argumentos e ordená-
los com o objectivo de informar, demonstrar, convencer e manipular. Mas porque a
oratória veio tomar o lugar da antiga retórica, que se definia como arte de bem falar e
persuadir, não pode esquecer o embelezamento do discurso com processos estéticos-
estilísticos e os códigos para-linguísticos (voz, dicção, entoação, …) e gestuais. Quase
sempre na sua estruturação há um exórdio ou introdução a que se segue o discurso
propriamente dito com a exposição do tema, a confirmação ou argumentação,
terminando com a peroração.
Estes esquemas de raciocínio dedutivo foram estruturados pela primeira vez por
Aristóteles (Séc. IV a.C. Grécia); recentemente, remodelados, estão generalizados
pelos novos cálculos da lógica matemática.