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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de História


1º Ano

Texto exposetivo argumentativo

Escarna Isaquiel Álvaro


Código: 71231705

Quelimane
2023
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de História


1º Ano

Texto exposetivo argumentativo

Trabalho de campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de História .
Tutor:

Escarna Isaquiel Álvaro


Código: 71231705

Quelimane
2023

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Índice

1. Introdução ..................................................................................................................... 3
1.1. Objectivos .............................................................................................................. 3
1.2. Objectivo Geral: ........................................................................................................ 3
1.3. Objectivos Específicos: ............................................................................................. 3
1.4. Metodologias ............................................................................................................. 3
2. Texto exposetivo argumentativo .................................................................................. 4
2.1. Argumentos e Provas ................................................................................................. 4
2.2. Ordens das Provas ..................................................................................................... 5
2.3. Estrutura do Texto Argumentativo ............................................................................ 6
2.4. Vias de Argumentação............................................................................................... 7
2.4.1. Via Lógica .............................................................................................................. 7
2.4.2. Via Explicativa ....................................................................................................... 8
3. Conclusão ..................................................................................................................... 9
4. Referencias Bibliográficas .......................................................................................... 10

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1. Introdução

O texto exposetivo argumentativo é um dos textos pertencentes à tipologia de


textos expositivos, no qual o autor apresenta as suas ideias ou opiniões acerca do que vê,
pensa ou sente, ao contrário do que acontece com o explicativo – texto que apresenta
factos sobre uma realidade.

O presente trabalho irei falar do texto exposetivo argumentativo

1.1.Objectivos

1.2. Objectivo Geral:


 Compreender o texto exposetivo argumentativo

1.3. Objectivos Específicos:


 Compreender no seu todo acerca do texto exposetivo argumentativo
 Saber como elaborar o texto exposetivo argumentativo
 Conhecer a estrutura do texto exposetivo argumentativo

1.4. Metodologias
Para a elaboração do trabalho, recorreu-se a conhecimentos e informações tendo
como fontes, de acordo com o critério de origem de dados e informações, destacam-se:
consultas bibliográficas, consultas de websites e informações disponíveis na internet.

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2. Texto exposetivo argumentativo

A argumentação visa persuadir o leitor acerca de uma posição. Quanto mais


polémico for o assunto em questão, mais dará margem à abordagem argumentativa. Pode
ocorrer desde o início quando se defende uma tese ou também apresentar os aspectos
favoráveis e desfavoráveis posicionando-se apenas na conclusão. Argumentar é um
processo que apresenta dois aspectos: o primeiro ligado à razão, supõe ordenar ideias,
justificá-las e relacioná-las; o segundo, referente à paixão, busca capturar o ouvinte,
seduzi-lo e persuadi-lo.

Os argumentos devem promover credibilidade. Com a busca de argumentos por


autoridade e provas concretas, o texto começa a caminhar para uma direcção coerente,
precisa e persuasiva. Somente o facto pode fortalecer o texto argumentativo. Não
podemos confundir facto e opinião. O facto é único e a opinião é variável. Por isso,
quando ocorre generalização dizemos que houve um “erro de percurso”. Segundo Rei
(1990:88) “Um argumento é um raciocínio destinado a provar ou refutar uma afirmação
destinada a fazer admitir outra.” Ainda de acordo com o mesmo autor, a teoria da
argumentação estuda as técnicas discursivas que permitem provocar ou aumentar a
adesão dos espíritos às teses que apresentamos ao seu consentimento. Sem se afastar da
dialéctica, da lógica e da retórica.

A argumentação investiu no campo da psicologia, da sociologia e da teoria geral


da informação, indo nestes campos procurar alguma luz sobre como reage o homem,
quando exposto às mensagens persuasivas, como altera as suas convicções e o seu
comportamento.

2.1. Argumentos e Provas

Argumento como um raciocínio destinado a provar ou refutar uma afirmação ou,


ainda, uma afirmação destinada a fazer admitir outra. Os argumentos são, portanto,
elementos abstractos, cuja disposição no discurso dependerá da sua força argumentativa,
aparecendo, assim, no texto, numa disposição crescente, decrescente ou dispersa.

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2.2. Ordens das Provas

As provas têm a função de sustentar os argumentos e são de três ordens (Jules


Verest, 1939: 468-471):

 Naturais - incluem os textos das leis, o testemunho das autoridades, as afirmações


das testemunhas e os documentos de qualquer espécie;
 Verdades e princípios universais - são reconhecidos, deste modo, por todos e
apresentados sob a forma de raciocínio reduzido.
 O Exemplo – é um caso particular, real ou fictício, que tem uma analogia
verdadeira com o caso que nos ocupa.

A intenção é, a partir dele, inculcar uma verdade geral da qual deduzimos uma
proposição que queremos estabelecer. Percurso da Argumentação Segundo Rei
(1990:90), são caminhos do pensamento para "justificar uma opinião, desenvolver um
ponto de vista, reflectir para chegar a uma decisão". Bellenger (1988: 16) define que “são
processos de organização das ideias, segundo a natureza dos laços que unem os elementos
ou as etapas do edifício persuasivo: onde operam os argumentos, escolhidos e dispostos,
tendo em vista uma argumentação concreta”.

No processo de argumentação, usam-se com frequência os seguintes termos, de


acordo com o contexto, como a seguir se apresentam:

 Adversidade: (oposição, contraste): mas, porém, todavia, contudo, entretanto,


senão, que.
 Alternância: ou; e as locuções ou... ou, ora...ora, já...já, quer...quer...  Conclusão:
logo, portanto, pois.
 Explicação: que, porque, porquanto...
 Causa: que, como, pois, porque, porquanto; e as locuções: por isso que, pois que,
já que, visto que...
 Comparação: que, do que (depois de mais, maior, melhor ou menos,menor, pior),
como; e as locuções: tão... como, tanto... como,mais...do que, menos...do que,
assim como, bem como, que nem...
 Concessão: que, embora, conquanto. Também as locuções: ainda que,mesmo que,
bem que, se bem que, nem que, apesar de que, por maisque, por menos que...
 Condição: se, caso. Também as locuções: contanto que, desde que,dado que, a
menos que, a não ser que, exceto se...
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 Finalidade: As locuções para que, a fim de que, por que...
 Conseqüência: que (precedido de tão, tanto, tal) e também as locuções:de modo
que, de forma que, de sorte que, de maneira que...

Para Dr. Francisco Fernando Lopes (www.esffl.pt), na argumentação é necessário


ter-se sempre em atenção os seguintes aspectos:

 a correcta estruturação e ordenação das frases


 o uso correcto dos conectores de discurso.
 o respeito pelas regras da concordância
 o uso adequado dos pronomes, que evitam as repetições do nome.
 a utilização de um vocabulário variado, com recurso a sinónimos, antónimos,
hiperónimos e hipónimos.

A progressão e a articulação do texto é conseguida sobretudo através do uso dos


conectores ou articuladores do discurso, que vão fazendo progredir o texto de uma forma
permanente e articulada.

2.3. Estrutura do Texto Argumentativo

O texto argumentativo, oral ou escrito, estrutura-se basicamente num plano


tripartido:

I. Exórdio – é a primeira parte de um discurso, preâmbulo, a introdução do discurso


que consiste em:
 Exposição do tema;
 Exposição das ideias defendidas (pode recorrer-se à explicitação de
determinados termos, à apresentação de esquemas da exposição, à
referência de outras opiniões, etc.
II. Narração /confirmação – é a parte do discurso em que o orador desenvolve as
provas, consiste na utilização de argumentos (citação de factos, de dados
estatísticos, de outros exemplos, de narração de acontecimentos, etc.).
III. Peroração/epílogo – é a parte final de um discurso, a sua conclusão, o remate,
síntese, recapitulação.

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2.4. Vias de Argumentação

2.4.1. Via Lógica

Trata-se, neste primeiro percurso, de modelos de raciocínios herdados das disciplinas


ligadas ao pensamento: a indução, a dedução, o raciocínio causal.

 A Indução – é a forma habitual de pensar do singular ao plural, do particular ao


geral. Pode tomar duas formas: totalizante, quando se estabelece a partir do
recenseamento de um todo, adquirindo o estatuto de prova - como quando, depois
da chamada, afirmamos "os alunos estão todos"; generalizante, quando o
recenseamento completo não é possível e o raciocínio indutivo nos leva de uma
parte ao todo, por generalização - por exemplo quando se afirma: "Os portugueses
são hospitaleiros". Este é o procedimento mais usual, mas o menos rigoroso, pois
a generalização implica simplificação, e com ele vem o engano, o idealismo e a
teorização.
 A Dedução - dois princípios estão na sua base: o da não contradição - quando duas
afirmações se contradizem uma delas é falsa - e o da progressão do geral para a
particular - através de articulação lógica expressa por "assim", "portanto" ou
"logo".

Por exemplo, o silogismo - constituído por três proposições ou afirmações -


chamadas premissas as duas primeiras (apelidada uma de "major" e outra de "menor",
confome o termo que contém, e conclusão, a terceira - deve possuir três termos e combiná-
Ios dois a dois.

 O raciocínio causal - "Asseguremo-nos bem do facto, antes de nos inquietarmos


com a causa" aconselhava Fontenelle (L. Bellenger, 1988: 27), o papel
preponderante do raciocínio causal, na argumentação, assenta em duas
transposiões constantes: da causa para o efeito e do efeito para a causa,
conduzindo ao pressuposto de que "o conhecimento das causas permitirá remediar
o facto constatado" (ibid. 27), quer dizer, suprimamos as causas e o problema
estará resolvido, o que leva as pessoas a preocuparem-se mais com as razões do
presente do que com o modo de melhorar o futuro.

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2.4.2. Via Explicativa

A Via Explicativa à semelhança da anterior procura fazer compreender e tornar inteligível


a informação da argumentação. Para Bellenger (ibid.: 36-45), via explicativa usa as
definições, as comparações, a analogia, a descrição e a narração.

 A definição - definir é dizer a verdade e responde à necessidade de compreender.


A necessidade de definir aumenta a credibilidade de quem quer convencer.
 A comparação - usa-se a comparação para provar a utilidade, a bondade, o valor
de uma coisa, um resultado, uma opinião. A técnica comparativa é simples, fácil
de compreender, inscrita nos nossos hábitos, levando-nos a usá-la, activa e
passivamente, de forma natural e sem disso nos darmos conta. A comparação
procura fazer passar identidades entre factos, pessoas ou opiniões diferentes e
transpor valores de sistemas independentes e autónomos: estas passagens e
transposições são manipuladoras e pretendem chocar, colocar problemas de
consciência, questionar os modelos culturais e as normas vigentes.
 A analogia – “é a imaginação em auxílio da vontade de se explicar e de
convencer.” (L. Belllenger, 1988: 41). Trata-se de uma semelhança estabelecida
pela imaginação entre pensamentos, factos, pessoas. Simboliza a vontade de bem
se exprimir e bem se fazer entender. Simplifica a caricatura, prestando-se, assim,
a uma fácil fixação e a uma compreensão imediata, daí o seu uso frequente na
publicidade. Os antigos olhavam-na com alguma reserva, aconselhando, por isso,
a introduzi-la com expressões como: de certo modo, quase como, uma espécie
de…
 Descrição e narração - para convencer alguém, podemos descrever ou narrar uma
situação ou um acontecimento. São o ponto de partida da indução socrática: narra
uma história, uma experiência, uma anedota, desencadeia um processo de
inferência que a partir de um facto nos conduz ao princípio ou à regra. É o peso
do concreto, do vivido e do testemunho que passa através delas. Ambos os
processos criam a ausência, a falta de um complemento, de um remate, de um "E
depois?" - ouvido sempre que alguém, ao narrar algo, aparenta parar ou desviar-
se do enredo.

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3. Conclusão

Chegando a esse ponto é de concluir que argumentar é um processo que apresenta


dois aspectos: o primeiro ligado à razão, supõe ordenar ideias, justificá-las e relacioná-
las; o segundo, referente à paixão, busca capturar o ouvinte, seduzi-lo e persuadi-lo.

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4. Referencias Bibliográficas

Briggs, S. P. (2007). Accountants for the 21st Century, where are you? A
five-year study of accounting students’ personality preferences, Critical Perspectives on
Accounting.

Campos, A. C. (2011). Introdução ao Linux.

CAPRON, H. L., & JOHNSON, J. A. (2004). Introdução à informática 4a Edicao.


Pearson Prentice Hall.

COMER, D. E. (2007). Redes de computadores e internet, 4a Edicao. Porto Alegre:


Bookman.

Curtis, G. e. (2008). Business Information Systems: Analysis, Design and Pratice,


6th Edition. Pearson Education Limited, England.

Foundation, E. (2007). Word Processing.

João H. M. Simões, M. d. (s.d.). SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E SISTEMA


CONTABILÍSTICO.

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