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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS


CURSO: ENGENHARIA AGRO-PECUÁRIA
DISCIPLINA: TÉCNICAS DE EXPRESSÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA
Tema: Discurso argumentativo (Texto Argumentativo)
Discentes: Docente:
António Júlio António Alberto Sousa Bartolomeu
António Salvador António
António Samo
Atija Mucussete
Avis Inocencio
Cleiton De Selio
Clesio João Lonardo
Leonilde Francisco
Ilda Maria Virgina

Ulóngué, Maio de 2023

Índice
1.0 Introdução....................................................................................................................1

1
2.0 Objectivos....................................................................................................................2

2.1 Objectivo Geral...........................................................................................................2

2.2 Objectivos Específicos................................................................................................2

3.0 Metodologia.................................................................................................................2

3.1. Materiais.....................................................................................................................2

3.2. Métodos......................................................................................................................2

4.0 Revisão Bibliográfica..................................................................................................3

4.1. Conceito de argumentação.........................................................................................3

4.2. Conceito do texto argumentativo................................................................................4

4.3. Organização retórica do texto.....................................................................................4

4.4. Organização discursiva do texto.................................................................................6

4.5. Organização linguística..............................................................................................7

4.6. Vias de Argumentação...............................................................................................8

4.7. Tecnicas de argumentação........................................................................................10

4.8 Actos de fala argumentativos....................................................................................11

5.0 Conclusão.............................................................................................................12

6.0 Referências Bibliográficas.........................................................................................13

1.0

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2.0 Introdução

O texto argumentativo é um texto que visa convencer, persuadir ou influenciar o


ouvinte/leitor através da apresentação de uma tese (ponto de vista), cuja veracidade deve ser
demonstrada e provada através de argumentos adequados. Segundo Aristóteles a
argumentação vem como arte de falar de modo de convencer.

Considera-se que o argumento é um raciocínio destinado a provar ou refutar uma


informação, ou seja, é uma afirmação destinada a fazer admitir outra. A argumentação é
uma operação cognitivo-discursiva que consiste em apresentar razões para uma
determinada conclusão (tese), (ESCOLA VIRTUAL, 2020)

O texto argumentativo tem um pendor persuasivo que decorre dos argumentos


adiantados e do recurso a uma exemplificação convincente, fundamentada, quando
possível acompanhada de citações pertinentes. O texto argumentativo tem como base
uma tese, os argumentos que a sustentam e estratégias de persuasão (ESCOLA
VIRTUAL, 2020)

O presente trabalho tem como objectivo abordar sobre discurso argumentativo.

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1.0 Objectivos

2.1 Objectivo Geral

 Estudar sobre o discurso argumentativo (texto argumentativo).

2.2 Objectivos Específicos

 Conceituar a argumentação e o texto argumentativo.


 Descrever a organização retórica
 Descrever a organização retórica
 Caracterizar a linguística de um texto argumentativo.
 Mencionar as técnicas de argumentação

3.0 Metodologia

3.1. Materiais

Para elaboração do presente trabalho de modo que os objectivos específicos descrito


acima sejam concretizados usou ̵ se os seguintes materiais:

 Folhas A4;
 Caneta;
 Modem
 Computador;
 Manuais em formato electrónico.

3.2. Métodos

De modo a concretização do presente trabalho de acordo com os objectivos


recorreu se algumas referências bibliográficas encontradas em formato electrónico, que
serviu como fonte de informações param compilação e conclusão do próprio trabalho
que foi compilado por meio de um computador, o método de pesquisa utilizado foi
qualitativo.

O trabalho foi realizado em três divisões, em que a primeira, foi de baixar


informações, a segunda, foi de compilação de informações necessárias para a realização
do trabalho. Uso de folhas A4 para descrição de informações importantes adquirida. Na
terceira fase foi de digitação das informações compiladas recolhidas, e no fim fez-se a
impressão do mesmo em formato físico.

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4.0 Revisão Bibliográfica

4.1. Conceito de argumentação

A argumentação pode ser definida como uma organização discursiva com


características próprias que a diferenciam de outros modos de organização de discurso,
como a narração, a descrição e a explicação (WIKIPEDIA, 2020).

De acordo com Abreu (2002), argumentar é reflectir, pesar os prós e os contras


de uma decisão; defender uma tese, uma ideia, um ponto de vista, apresentando as
razões, refutar algo contrapondo argumentos.
Por sua vez, Figueiredo & Bizarro (1996) consideram que argumentar é
expressar uma convicção e uma explicação para persuadir o interlocutor a modificar o
seu comportamento.
Com estas ideias, percebe-se que a argumentação visa persuadir o leitor acerca
de uma posição. Quanto mais polémico for o assunto em questão, mais dará margem à
abordagem argumentativa. Pode ocorrer desde o início quando se defende uma tese ou
também apresentar os aspectos favoráveis e desfavoráveis posicionando-se apenas na
conclusão.
Argumentar é um processo que apresenta dois aspectos: o primeiro ligado à
razão, supõe ordenar ideias, justificá-las e relacioná-las; o segundo, referente à paixão,
busca capturar o ouvinte, seduzi-lo e persuadi-lo, (UNIVERSIDADE VIRTUAL, 2020).

Os argumentos devem promover credibilidade. Com a busca de argumentos por


autoridade e provas concretas, o texto começa a caminhar para uma direcção coerente,
precisa e persuasiva. Somente o facto pode fortalecer o texto argumentativo. Não
podemos confundir facto e opinião. O facto é único e a opinião é variável. Por isso,
quando ocorre generalização dizemos que houve um “erro de percurso”
(UNIVERSIDADE VIRTUAL, 2020).

Segundo Rei (1990) “Um argumento é um raciocínio destinado a provar ou


refutar uma afirmação destinada a fazer admitir outra.”

Ainda de acordo com o mesmo autor, a teoria da argumentação estuda as


técnicas discursivas que permitem provocar ou aumentar a adesão dos espíritos às teses
que apresentamos ao seu consentimento. Sem se afastar da dialéctica, da lógica e da
retórica. A argumentação investiu no campo da psicologia, da sociologia e da teoria

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geral da informação, indo nestes campos procurar alguma luz sobre como reage o
homem, quando exposto às mensagens persuasivas, como altera as suas convicções e o
seu comportamento (UNIVERSIDADE VIRTUAL, 2020).

4.2. Conceito do texto argumentativo

Segundo Wikipedia (2020) “o texto argumentativo é um texto


argumentativo tem como objectivo convencer alguém das nossas ideias. Deve ser claro
e ter riqueza lexical, podendo tratar qualquer tema ou assunto”.

Para Diana (2020), “texto argumentativo é um tipo textual que consiste na defesa
de uma ideia por meio de argumentos, opinião e explicações fundamentadas”. A autora
refere que este tipo de texto tem como objetivo central a formação de opinião do leitor.
Assim, ele é caracterizado por tentar convencer ou persuadir o interlocutor da
mensagem através da argumentação.

Texto argumentativo é aquele que apresenta uma tese, ou seja, uma opinião


sobre algo, junto a um conjunto de fundamentos utilizados para embasa esse ponto de
vista, (MUNIZ, 2020).

O texto argumentativo é geralmente feito em terceira pessoa e seu objectivo é


mostrar ao leitor um ponto de vista a respeito de algum assunto. Para que esse ponto de
vista seja exposto de forma convincente e honesta, o autor usa argumentos válidos,
geralmente citando dados, pesquisas, falas de pessoas com autoridade sobre o tema
(MELO, 2021).

Conforme Pinheiro (2018), “Texto argumentativo é aquele que tem como


principais características defender uma ideia, hipótese, teoria ou opinião e o objectivo
de convencer o leitor para que acredite nela”.

4.3. Organização retórica do texto

A retórica é uma arte no sentido em que consiste num conjunto de técnicas, que
implicam conhecimentos teóricos e práticas, para atingir um objectivo preciso. Aqueles
que estudam retórica dominam técnicas que permitem persuadir ou convencer através
do discurso e  persuadir através do discurso é convencer alguém unicamente através do
uso da palavra e do discurso.

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Segundo Heinrich Lausberg (1997), a retórica distingue cinco fases para a elaboração de
um discurso:

a) Invenção: procura de argumentos que se possam adequar ao tema a


desenvolver;
b) Disposição: organização e distribuição das ideias e argumentos. Esta fase esta
dividida em três partes que são:
 Parte inicial - o exórdio que deve atrair a atenção, pois é a primeira parte
de um discurso, preâmbulo, a introdução do discurso que consiste em:
a. Exposição do tema;
b. Exposição das ideias defendidas (pode recorrer-se à explicitação de
determinados termos, à apresentação de esquemas da exposição, à
referência de outras opiniões,
 Parte central - a proposição, a narração e a argumentação - que
pretende apresentar provas através das quais se tenta
persuadir/convencer;
 Parte final, a peroração, que é a conclusão;
c) Elocução: onde se procura encontrar a forma mais eficaz para construir e/ou
redigir o discurso, através da selecção de palavras, frases ou recursos
expressivos;
d) Memória: conjunto de métodos e técnicas que permitem ao orador memorizar;
e) Pronunciação: arte de pronunciar o discurso (dicção; expressividade, colocação
de voz…)

Segundo Fernão (2010), o texto argumentativo é constituído por uma tese geral e
vários argumentos.

 A tese é a ideia que o autor do texto pretende defender.


 Os argumentos são as razões, as provas a que se recorre para a defesa de um
pensamento.

Por vezes, o texto argumentativo faz uso de argumentos contrários à tese


defendida. A refutação dos contra-argumentos apresentados contribui para reforçar a
tese que o autor pretende defender. A coexistência de argumentos favoráveis e

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contrários a uma mesma tese origina um paradoxo, uma contradição ou confusão, que
depois é resolvida (FERNÃO, 2010).

Para Fernão (2010), o texto argumentativo apresenta-se em três fases principais:

 Fase da exposição da tese;


 Fase da argumentação  (é a mais longa; apresenta um conjunto de
argumentos);
 Fase da conclusão (é a síntese dos argumentos apresentados; faz-se a
confirmação da tese).

Conforme Fernão (2010), o texto argumentativo segue, geralmente, um dos seguintes


planos:

a. Plano por agrupamento: reúne argumentos da mesma natureza, como, por


exemplo, argumentos técnicos, psicológicos, históricos, económicos ou outros, e
organiza-os em função do seu destinatário, pois, para certo grupo-alvo, os
argumentos económicos ou psicológicos poderão ser mais relevantes do que os
históricos.
b. Plano por oposição: organiza-se a partir da refutação sistemática de uma ideia
básica, para se deduzirem as vantagens de uma outra ideia; por outras palavras,
nega-se uma ideia para elevar outra contrária. Também se pode elevar uma ideia em
detrimento de outra oposta.
c. Plano moderado: O ponto de vista não é imposto. Um jogo de raciocínios leva, de
forma natural, posição do autor. Os argumentos são moderados, desprovidos de um
ataque directo ou de uma exigência severa. Contudo, exigem grande elaboração. É
um processo de argumentação ténue, indirecta, delicada, mas muito poderosa. Os
argumentos não devem ser ambíguos. Neste modelo, contrariamente aos outros, as
marcas pessoais do sujeito enunciador ficam, normalmente, ausentes.

4.4. Organização discursiva do texto

Conforme Neves & Oliveira (2001), desenvolver um texto argumentativo, e


depois expressá-lo oralmente, é uma tarefa que exige o cumprimento de alguns
requisitos fundamentais. Qualquer discurso argumentativo possui uma estrutura própria.
Para Aristóteles, a ordem para a organização das partes de um discurso argumentativo,
e que deveriam ser seguidas de um modo rígido, são as seguintes:
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O discurso argumentativo, pressupõe atitudes antitéticas (posições contra ou a
favor) explícitas ou implícitas, a partir das quais pode-se estruturar o discurso
argumentativo da seguinte forma:

 Afirmação seguida de uma análise que se contrapõe a uma outra posição sobre o
fenómeno.
 Posicionamento: posição que pode demonstrar uma concordância, parcial ou
total, com uma tese já existente, ou uma discordância, parcial ou total com a
mesma. Posicionamento com base numa avaliação a partir de cinco domínios:
verdade (verdadeiro ou falso), ética (bem ou mal), pragmática (útil ou inútil)
estética (belo ou feio) e hedónico (prazer agradável/desagradável)
 Quadro de problematização: estratégia de perspectivação que depende do
auditório ao qual a argumentação (económica, social, política, ideológica,
religiosa, científica, moral...) é dirigida.
 Formulação de argumentos: relativo aos tipos de provas, à lógica nos raciocínios
e princípios de explicação e justificação que fundamentam a tese ou afirmação.
 Conclusão: dedução ou inferência

4.5. Organização linguística

O texto argumentativo apresenta as seguintes características linguísticas:

 Emprego de frases declarativas e interrogativas (nunca imperativas)


 Uso de verbos no presente genérico
 Presença de verbos declarativos (afirmar, considerar, alegar, declarar, garantir,
afiançar, defender …)
 Recurso a verbos indicadores da relação causa efeito (causar, motivar, originar,
provocar, ocasionar, gerar…)
 Uso de marcadores e conectores discursivos
 Recurso a pronomes para evitar repetição do nome
 Vocabulário variado e preciso, dai o recurso a sinónimos, antónimos
hiperónimos e hipónimos.

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4.6. Vias de Argumentação

Segundo a Universidade Virtual (2020), as vias de argumentação são:

4.6.1. Via Lógica

Trata-se, neste primeiro percurso, de modelos de raciocínios herdados das


disciplinas ligadas ao pensamento: a indução, a dedução, o raciocínio causal.

I. A Indução – é a forma habitual de pensar do singular ao plural, do particular ao


geral. Pode tomar duas formas: totalizante, quando se estabelece a partir do
recenseamento de um todo, adquirindo o estatuto de prova - como quando,
depois da chamada, afirmamos "os alunos estão todos"; generalizante, quando o
recenseamento completo não é possível e o raciocínio indutivo nos leva de uma
parte ao todo, por generalização - por exemplo quando se afirma: "Os
portugueses são hospitaleiros". Este é o procedimento mais usual, mas o menos
rigoroso, pois a generalização implica simplificação, e com ele vem o engano, o
idealismo e a teorização.
II. A Dedução - dois princípios estão na sua base: o da não contradição - quando
duas afirmações se contradizem uma delas é falsa - e o da progressão do geral
para a particular - através de articulação lógica expressa por "assim", "portanto"
ou "logo".

Por exemplo, o silogismo - constituído por três proposições ou afirmações - chamadas


premissas as duas primeiras (apelidada uma de "major" e outra de "menor", confome o
termo que contém, e conclusão, a terceira - deve possuir três termos e combiná-Ios dois
a dois. Veja:
Os Homens são mortais
Sócrates é um homem
Sócrates é mortal.

III. O raciocínio causal - "Asseguremo-nos bem do facto, antes de nos


inquietarmos com a causa" aconselhava Fontenelle (L. Bellenger, 1988: 27), o
papel preponderante do raciocínio causal, na argumentação, assenta em duas
transposiões constantes: da causa para o efeito e do efeito para a causa,
conduzindo ao pressuposto de que "o conhecimento das causas permitirá

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remediar o facto constatado" (ibid. 27), quer dizer, suprimamos as causas e o
problema estará resolvido, o que leva as pessoas a preocuparem-se mais com as
razões do presente do que com o modo de melhorar o futuro.

4.6.2. Via Explicativa

A Via Explicativa à semelhança da anterior procura fazer compreender e tornar


inteligível a informação da argumentação. Para Bellenger (ibid.: 36-45), via explicativa
usa as definições, as comparações, a analogia, a descrição e a narração. O explicar
pretende convencer com o máximo de objectividade.

I. A definição – definir é dizer a verdade e responde à necessidade de compreender. A


necessidade de definir aumenta a credibilidade de quem quer convencer.
II. A comparação – usa-se a comparação para provar a utilidade, a bondade, o valor de
uma coisa, um resultado, uma opinião. A técnica comparativa é simples, fácil de
compreender, inscrita nos nossos hábitos, levando-nos a usá-la, activa e
passivamente, de forma natural e sem disso nos darmos conta. A comparação
procura fazer passar identidades entre factos, pessoas ou opiniões diferentes e
transpor valores de sistemas independentes e autónomos: estas passagens e
transposições são manipuladoras e pretendem chocar, colocar problemas de
consciência, questionar os modelos culturais e as normas vigentes.
III. A analogia – “é a imaginação em auxílio da vontade de se explicar e de convencer.”
(L. Belllenger, 1988: 41). Trata-se de uma semelhança estabelecida pela imaginação
entre pensamentos, factos, pessoas. Simboliza a vontade de bem se exprimir e bem
se fazer entender. Simplifica a caricatura, prestando-se, assim, a uma fácil fixação e
a uma compreensão imediata, daí o seu uso frequente na publicidade. Os antigos
olhavam-na com alguma reserva, aconselhando, por isso, a introduzi-la com
expressões como: de certo modo, quase como, uma espécie de…
IV. Descrição e narração – para convencer alguém, podemos descrever ou narrar uma
situação ou um acontecimento. São o ponto de partida da indução socrática: narra
uma história, uma experiência, uma anedota, desencadeia um processo de inferência
que a partir de um facto nos conduz ao princípio ou à regra. É o peso do concreto,
do vivido e do testemunho que passa através delas. Ambos os processos criam a

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ausência, a falta de um complemento, de um remate, de um "E depois?" - ouvido
sempre que alguém, ao narrar algo, aparenta parar ou desviar-se do enredo.

4.7. Tecnicas de argumentação

Conforme Oliveira (2021), há várias formas de se argumentar em um texto, os


diferentes tipos de argumentação utilizados:

a) Argumento de autoridade: é quando o autor do texto utiliza alguma frase, citação


ou ideia de outra pessoa ou instituição de pesquisa, que ajude a embasar e
fundamentar a opinião defendida;

Exemplo: Segundo pesquisa do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das


Desigualdades da Universidade de São Paulo (Made/USP), 1% dos homens brancos
ricos recebe mais do que todas as mulheres negras do Brasil.

b) Argumento de comprovação: é o tipo de argumento que utiliza dados, estatística e


notícias que ajudem a comprovar a veracidade da opinião defendida no texto;
c) Argumento de exemplificação: pode apresentar, por exemplo, narrativas
quotidianas para evidenciar um problema e, assim, ajudar na fundamentação do
ponto de vista."

Exemplo: A violência contra a mulher pode ser percebida, em termos práticos, por
exemplo, nas sucessivas agressões sofridas por Maria da Penha durante o seu
casamento; hoje, além de ela ser uma activista pela causa, tem seu nome designando a
lei de protecção às mulheres."

d) Argumento por raciocínio lógico: é quando o autor do texto encontra um ponto


lógico, que deixa óbvio e claro o porquê de defender aquele ponto de vista.

"Exemplo: O aumento da pena e da lógica punitiva no sistema penal em outras regiões


do globo não resultou em uma diminuição da violência, logo, o aumento da pena e a
maior rigidez no sistema brasileiro devem gerar as mesmas consequências."

e) Argumento de comparação: faz um comparativo entre ideias distintas a fim de


construir um ponto de vista apontando semelhanças ou diferenças entre as noções
comparadas.

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Exemplo: Na Finlândia, as melhorias na educação passaram, nos últimos 20 anos, pelo
menos, por uma sucessão de políticas voltadas para a valorização do professor e
capacitação profissional. Já no Brasil, o piso nacional continua muito abaixo da média
nacional e há um deficit na formação de  boa parte dos profissionais.

f) Argumento histórico: utiliza como forma de comprovação uma série de


acontecimentos e fatos históricos que remetem ao tema em discussão.

Exemplo: Os problemas de desigualdade social no país nos remetem às práticas racistas


herdadas pelas instituições e pela população desde o período escravista, com início no
século XVI."

4.8 Actos de fala argumentativos

De acordo com Fernão (2010), os actos de fala argumentativos

 Introdução: comecemos por…, analisemos primeiro…, recordemo-nos de...


 Transição: a seguir vejamos..., agora vejamos…, consideremos o caso de...
 Enumeração/exemplo: em primeiro lugar..., em segundo lugar…, tais como...,a
saber..., tal é o caso de…, como acontece com/em..., por exemplo..., como o
exemplo de...
 Conclusão: portanto..., por isso, acreditamos/dizemos/estamos convictos de
que...

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5.0 Conclusão

Podemos concluir que texto argumentativo é o conteúdo de uma escritura cuja


principal característica se baseia na análise de ideias, ou seja, em um raciocínio. De
modo geral, qualquer texto desta natureza apresenta três aspectos: uma tese ou ideia
principal, uma série de razões ou argumentos que avaliam a tese, uma conclusão ou
síntese que reafirma a tese inicial.
Geralmente apresenta uma estrutura organizada em três partes: a introdução, na
qual é apresentada a ideia principal ou tese; o desenvolvimento, que fundamenta ou
desenvolve a ideia principal; e a conclusão. Os argumentos utilizados para fundamentar
a tese podem ser de diferentes tipos: exemplos, comparação, dados históricos, dados
estatísticos, pesquisas, causas socioeconómicas ou culturais, depoimentos – enfim, tudo
que possa demonstrar o ponto de vista defendido pelo autor tem consistência,
a linguagem utilizada normalmente é impessoal e objectiva.

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6.0 Referências Bibliográficas

1. ABREU, Antônio Suárez. A arte de argumentar – gerenciando razão e


emoção. 4.ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2002.
2. DIANA, Daniela. Texto Dissertativo-Argumentativo. Toda Matéria, [s.d.].
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/texto-dissertativo-
argumentativo/. Acesso em: 28 abr. 2023
3. Ensino a Distancia-MINED. (s.d). Carasteristicas do texto argumentativo.
Disponível em: http://ead.mined.gov.mz/manuais/Lingua%20Portuguesa/aula6-
3.html. Acesso em 28/04/2023.
4. FERNÃO, Isabel Arnaldo. MANJATE, Nélio José. Português 12ª Classe –
Pré-universitário. 1ª Edição. Longman Moçambique. Maputo. 2010.
5. FIGUEIREDO, O. M. & BIZARRO, R. Da Palavra ao Texto-Gramatica de
Língua Portuguesa. Porto: ASA. 1999.
6. HEINRICH, Lausberg. Elementos da Retórica Literária. 3ed. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian. 1967.
7. LEITÃO, Selma. O lugar da argumentação na construção do conhecimento
em sala de aula. Campinas, SP: Pontes Editores. 2011.
8. MUNIZ, Carla. Argumentaçao. 2020. Disponível em:
https://www.significados.com.br/argumentacao/. Acesso em: 28 abr. 2023
9. MELO. https://concursosnobrasil.com/escola/redacao/texto-argumentativo.html
10. NEVES, Dulce Raquel e OLIVEIRA, Vítor Manuel. Sobre o texto:
Contribuições teóricas para práticas textuais. Porto: Edições Asa. 2001
11. OLIVEIRA, Rafael Camargo de. Argumentação. Brasil Escola. 2021.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/a-argumentacao.htm.
Acesso em 28/04/2023.
12. PINHEIRO, Paula. Textos Argumentativos: quais são as características
essenciais para uma redação perfeita?. 2018. Disponível em:
https://rockcontent.com/br/talent-blog/textos-argumentativos/. Acesso em: 28
abr. 2023

13. REI, J., Esteves. Curso de Redacção II - O Texto. Porto editora. 1995

13
14. UNIVERSIDADE VIRTUAL. Texto Expositivo-Argumentativo. 2020.
Disponível em: https://www.universidademz.com/2020/07/texto-expositivo-
argumentativo.html. Acesso em: 28 abr. 2023
15. WIKIPEDIA. Texto_argumentativo. 2020. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Texto_argumentativo. Acesso em: 28 abr. 2023

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