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Faculdade de Direito
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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED
Faculdade de Direito
TUTOUR:
Código: 51220038
Conteúdo Pág.
Introdução ....................................................................................................................................... 4
Objetivos ......................................................................................................................................... 5
Estrutura da Argumentação............................................................................................................. 9
Via Explicativa.............................................................................................................................. 10
Conclusão...................................................................................................................................... 12
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Introdução
Neste presente trabalho, argumentar é um processo que apresenta dois aspectos, o primeiro ligado
à razão, supõe ordenar ideias, justificá-las e relacioná-las; o segundo, referente à paixão, busca
capturar o ouvinte, seduzi-lo e persuadi-lo. Os argumentos devem promover credibilidade. Com a
busca de argumentos por autoridade e provas concretas, o texto começa a caminhar para uma
direcção coerente, precisa e persuasiva. Somente o facto pode fortalecer o texto argumentativo.
Durante o processo de elaboração de trabalho, usou-se como metodologia a consulta bibliográfica.
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Objetivos
Geral:
Específicos:
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Conceito da Argumentação
A argumentação visa persuadir o leitor acerca de uma posição. Quanto mais polémico for o assunto
em questão, mais dará margem à abordagem argumentativa. Pode ocorrer desde o início quando
se defende uma tese ou também apresentar os aspectos favoráveis e desfavoráveis posicionando-
se apenas na conclusão.
Argumentar é um processo que apresenta dois aspectos: o primeiro ligado à razão, supõe ordenar
ideias, justificá-las e relacioná-las; o segundo, referente à paixão, busca capturar o ouvinte, seduzi-
lo e persuadi-lo.
Segundo Rei (1990:88) “Um argumento é um raciocínio destinado a provar ou refutar uma
afirmação destinada a fazer admitir outra.”
Ainda de acordo com o mesmo autor, a teoria da argumentação estuda as técnicas discursivas que
permitem provocar ou aumentar a adesão dos espíritos às teses que apresentamos ao seu
consentimento. Sem se afastar da dialéctica, da lógica e da retórica. A argumentação investiu no
campo da psicologia, da sociologia e da teoria geral da informação, indo nestes campos procurar
alguma luz sobre como reage o homem, quando exposto às mensagens persuasivas, como altera as
suas convicções e o seu comportamento.
Argumentos e Provas
O argumento é um raciocínio destinado a provar ou refutar uma afirmação ou, ainda, uma
afirmação destinada a fazer admitir outra. Os argumentos são, portanto, elementos abstractos, cuja
disposição no discurso dependerá da sua força argumentativa, aparecendo, assim, no texto, numa
disposição crescente, decrescente ou dispersa.
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Ordens das Provas
As provas têm a função de sustentar os argumentos e são de três ordens (Jules Verest, 1939: 468-
471):
• Naturais - incluem os textos das leis, o testemunho das autoridades, as afirmações das
testemunhas e os documentos de qualquer espécie;
• Verdades e princípios universais - são reconhecidos, deste modo, por todos e apresentados
sob a forma de raciocínio reduzido.
• O Exemplo – é um caso particular, real ou fictício, que tem uma analogia verdadeira com
o caso que nos ocupa. A intenção é, a partir dele, inculcar uma verdade geral da qual
deduzimos uma proposição que queremos estabelecer.
Percurso da Argumentação
Segundo Rei (1990:90), são caminhos do pensamento para "justificar uma opinião, desenvolver
um ponto de vista, reflectir para chegar a uma decisão". Bellenger (1988: 16) define que “são
processos de organização das ideias, segundo a natureza dos laços que unem os elementos ou as
etapas do edifício persuasivo: onde operam os argumentos, escolhidos e dispostos, tendo em vista
uma argumentação concreta”.
• Adversidade: (oposição, contraste): mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, que.
• Alternância: ou; e as locuções ou... ou, ora...ora, já...já, quer...quer...
• Conclusão: logo, portanto, pois.
• Explicação: que, porque, porquanto...
• Causa: que, como, pois, porque, porquanto; e as locuções: por isso que, pois que, já que,
visto que...
• Comparação: que, do que (depois de mais, maior, melhor ou menos, menor, pior), como;
e as locuções: tão... como, tanto... como, mais...do que, menos...do que, assim como, bem
como, que nem...
• Concessão: que, embora, conquanto. Também as locuções: ainda que, mesmo que, bem
que, se bem que, nem que, apesar de que, por mais que, por menos que...
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• Condição: se, caso. Também as locuções: contanto que, desde que, dado que, a menos que,
a não ser que, exceto se...
• Finalidade: As locuções para que, a fim de que, por que...
• Consequência: que (precedido de tão, tanto, tal) e também as locuções: de modo que, de
forma que, de sorte que, de maneira que...
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Estrutura da Argumentação
a) Exposição do tema;
b) Exposição das ideias defendidas (pode recorrer-se à explicitação de determinados termos,
à apresentação de esquemas da exposição, à referência de outras opiniões, etc.
Vias de Argumentação
Via Lógica
Trata-se, neste primeiro percurso, de modelos de raciocínios herdados das disciplinas ligadas ao
pensamento: a indução, a dedução, o raciocínio causal.
II. A Dedução - dois princípios estão na sua base: o da não contradição - quando duas afirmações
se contradizem uma delas é falsa - e o da progressão do geral para a particular - através de
articulação lógica expressa por "assim", "portanto" ou "logo".
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Por exemplo, o silogismo - constituído por três proposições ou afirmações - chamadas premissas
as duas primeiras (apelidada uma de "major" e outra de "menor", confome o termo que contém, e
conclusão, a terceira - deve possuir três termos e combiná-Ios dois a dois.
Exemplo:
Os Homens são mortais
Sócrates é um homem
Sócrates é mortal.
III. O raciocínio causal - "Asseguremo-nos bem do facto, antes de nos inquietarmos com a causa"
aconselhava Fontenelle (L. Bellenger, 1988: 27), o papel preponderante do raciocínio causal, na
argumentação, assenta em duas transposiões constantes: da causa para o efeito e do efeito para a
causa, conduzindo ao pressuposto de que "o conhecimento das causas permitirá remediar o facto
constatado" (ibid. 27), quer dizer, suprimamos as causas e o problema estará resolvido, o que leva
as pessoas a preocuparem-se mais com as razões do presente do que com o modo de melhorar o
futuro.
Via Explicativa
II. A comparação – usa-se a comparação para provar a utilidade, a bondade, o valor de uma coisa,
um resultado, uma opinião. A técnica comparativa é simples, fácil de compreender, inscrita nos
nossos hábitos, levando-nos a usá-la, activa e passivamente, de forma natural e sem disso nos
darmos conta. A comparação procura fazer passar identidades entre factos, pessoas ou opiniões
diferentes e transpor valores de sistemas independentes e autónomos: estas passagens e
transposições são manipuladoras e pretendem chocar, colocar problemas de consciência,
questionar os modelos culturais e as normas vigentes.
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pensamentos, factos, pessoas. Simboliza a vontade de bem se exprimir e bem se fazer entender.
Simplifica a caricatura, prestando-se, assim, a uma fácil fixação e a uma compreensão imediata,
daí o seu uso frequente na publicidade. Os antigos olhavam-na com alguma reserva, aconselhando,
por isso, a introduzi-la com expressões como: de certo modo, quase como, uma espécie de…
IV. Descrição e narração – para convencer alguém, podemos descrever ou narrar uma situação
ou um acontecimento. São o ponto de partida da indução socrática: narra uma história, uma
experiência, uma anedota, desencadeia um processo de inferência que a partir de um facto nos
conduz ao princípio ou à regra. É o peso do concreto, do vivido e do testemunho que passa através
delas. Ambos os processos criam a ausência, a falta de um complemento, de um remate, de um "E
depois?" - ouvido sempre que alguém, ao narrar algo, aparenta parar ou desviar-se do enredo.
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Conclusão
Chegado a esta etapa do trabalho, concluiu-se que o argumento é um raciocínio destinado a provar
ou refutar uma afirmação ou, ainda, uma afirmação destinada a fazer admitir outra. Os argumentos
são, portanto, elementos abstractos, cuja disposição no discurso dependerá da sua força
argumentativa, aparecendo, assim, no texto, numa disposição crescente, decrescente ou dispersa.
A Via Explicativa à semelhança da anterior procura fazer compreender e tornar inteligível a
informação da argumentação, a via explicativa usa as definições, as comparações, a analogia, a
descrição e a narração. O explicar pretende convencer com o máximo de objectividade.
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Referencias Bibliográficas
1. ABREU, A. S. Breves considerações sobre a arte de Argumentar. In: FIGUEIREDO, M.
F.; MENDONÇA, M. C.; ABRIATA, V. L. R. (Orgs.). Sentidos em movimento: identidade
e argumentação. Franca: UNIFRAN, 2008. p. 63-90. (Coleção Mestrado, 3) 2.
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