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INTRODUÇÃO
· Será que as pesquisas em filosofia são como as das outras ciências como:
Educação, Psicologia, Estatística, Sociologia?
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Não queremos atribuir créditos falsos a este trabalho. A nossa contribuição
consistiu, na sua maior parte, em coleccionar e organizar sugestões das outras
pessoas. Boa parte dos conselhos que apresentamos aqui fora tomadas de
empréstimo dos apontamentos dos nossos professores e colegas de escritório. Não
podemos esconder que também tenhamos encontrado alguns destes conselhos ao
ler alguns guias deste género na Internet, foi inevitável mas o trabalho foi assaz
laborioso. Lamentamos de não ter registrado os endereços onde nos longínquos
anos coleccionamos essas notas nos nossos dispositivo de informação. Um conselho
metodológico pode ser encontrado e consultado também nos estudos da Prof.
Catarina Cuambe (2012) com o título: Indicações Metodológicas para Trabalhos de
Tese em Filosofia e Ética, assim como os estudos da prof. Olívia Matusse (2013)
Metodologia de Investigação científica.
Exemplo 1:
Exemplo 2:
Exemplo 3:
3
A tarefa do pesquisador será daqui em diante buscar os pilares principais em que os
autores se pautam, e como eles constroem os seus conceitos buscando demonstrar
os caminhos em que formulam suas polémicas teorias e soluções dos seus
problemas. Regra geral não existe uma fórmula específica de formular um problema
de pesquisa.
Objectivos
Um ensaio de filosofia como qualquer outro trabalho pode ter vários objectivos.
Geralmente começamos por apresentar algumas teses ou argumentos para
consideração do leitor, passando de seguida a fazer uma ou duas das coisas
seguintes:
Argumentar que certos filósofos estão comprometidos com a tese por causa dos
seus pontos de vista, apesar de não a terem explicitamente afirmado ou endossado.
Justificativa:
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Metodologia:
b) Tipo de pesquisa
c) Métodos de pesquisa
Uma vez que a natureza destas investigações são teórica, analítica, pura ou
filosófica, os método adequados para estas são:
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1. Análise do conteúdo do pensamento do autor: aqui recorre-se ao conteúdo do
pensamento, a obras originais ou pelo menos as traduções das originais,
correlacionando com as interpretações que este teve no pensamento filosófico. Faz
o esforço de apresentá-lo sem manipulá-los evitando no máximo comentários de
manuais, recorrendo a estes quando as circunstâncias assim o exigirem. Aqui o
pesquisador/estudante tem a possibilidade de pensar sobre os problemas
cotidianos a luz da perspectiva do pensador em estudo.
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no lugar de métodos preferimos referir que processos mentais; além de mais a
expressão processos mentais é mais adequada e clara. Mais do que isso, podemos
dizer que esses métodos não são o únicos existem uma vasta gama de métodos que
nos podem facilitar o estudo de textos filosóficos, o que referenciamos são apenas
exemplos. E muitas vezes é difícil usar um único método sem se valer dos outros.
d) Processo Mental
Tanto para o filósofo como para qualquer pesquisador se vale da indução quando,
após examinar através de várias técnicas a ocorrência sistemática de factos
singulares, percebe a regularidades desses factos, o que lhe permite fazer
generalizações. Ou seja, que nós como pesquisadores concluímos a partir da
regularidade de certos factos singulares, a sua constância; da constatação de certos
factos, a existência de outros ligados aos primeiros na experiência anterior. Então, a
indução nada mais é senão um raciocínio ou forma de conhecimento pela qual
passamos do particular ao universal, do específico ao geral, dos factos constantes as
leis ou teorias gerais.
Por Exemplo:
Se ponho três vezes minha mão dentro de um saco de feijão e todas as vezes tiro
um feijão preto. A frequência dos feijões pretos (constante K) me levará a concluir
que o saco é de feijões pretos!
Mas também o pesquisador pode se valer da dedução que lhe garante a verdade de
suas conclusões. Parte-se de afirmações comprovadamente correctas e verdadeiras,
aceites universalmente; o resultado obtido será também verdadeiro e correcto, ou
seja, aqui o pesquisador tira de uma ou varias proposições uma conclusão que delas
decorre logicamente, normalmente os processo mentais dedutivos não trazem nada
de novos e as margens de erro e novidade são quase que inexistentes.
Porém tanto num quanto noutros há limites excesso e perigos: a filosofia como as
outras ciências não é infalível. A ciência vive disso: da sua falibilidade, no dizer do
Prof. Brazão Mazula é este o pilar que lhe ajuda a manter-se e a degradar-se, é
contraditório porém interessante.
Cronograma:
O tempo previsto para cada etapa de pesquisa depende do tipo da sua finalidade.
ATIVIDADES / PERÍODOS Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abri Mai jun jul
1 Levantamento de literatura X X
2 Montagem do Projecto X
3 Colecta de dados X X X X
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4 Tratamento dos dados X X X
6 Revisão do texto X
7 Entrega do trabalho X
Orçamento
(Opcional)
Referências Bibliográficas:
Todos os livros e textos que foram utilizados para a elaboração do projeto, digitados
em ordem alfabética.
Glossário:
Estrutura do trabalho
PRELIMINARES
a) Capa
b) Folha de aprovação
c) Declaração de Honra
d) Dedicatória
e) Agradecimentos
f) Lista de Abreviaturas
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g) Índice
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
Nota: As definições não podem ser feitas em geral, mas alicerçadas nas obras do
autor que se pretende analisar, ou mesmo para facilitar a compressão melhor seria
comparar do autores em estudo e seus contemporâneos ou outros autores
posteriores a ele.
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directamente da fonte (das obras próprias do autor, demonstrando o
desenvolvimento de um debate particular à volta do seu pensamento).
CONCLUSÃO
É uma das partes mais importante dum trabalho científico. Nela, o estudante deve
revisitar o seu trabalho e extrair dele os aspectos fundamentais ou as principais
conclusões (as ideias/argumentos chaves) para depois indicar novas pistas de
reflexão e aprofundamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Nota: Num trabalho filosófico não se coloca a bibliografia geral. Nas referências
bibliográficas só se indicam obras, artigos ou fontes que constam no texto, a nível de
citações directas ou indirectas
ANEXOS
O estudante pode colocar o material que faz referência à vida e obras do autor
analisado ou em estudo, dado que esta parte não deve constar dentro do
desenvolvimento do trabalho.
Penso isto porque… pelas suas investigações e pelo retorno as fontes gregas, tornou
o Ser numa linguagem dizível que não seja metafísica e, portanto, mais
compreensível e real, para ele o ser não se encontrava na esfera superior como
queriam os escolásticos, o ser estava diante de nos, somos nos mesmos em cada
caso, o ser é physis no seu permanecer e desaparecimento.
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ou:
“Os gregos definiam o ser como vigência do que está presente. A noção de vigência
lembra a de actualidade, a actualidade é um momento do tempo, a definição do ser
como vigência refere-se, pois, ao tempo.
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[1] Martin Heidegger, .Entrevista concedida por Martin Heidegger ao Professor Richard Wisser., in: O que
nos faz pensar. Homenagem a Martin Heidegger por ocasião do vigésimo aniversário de sua morte,
Cadernos do Departamento de Filosofia da PUC-RIO, out. 1996, n. 10, vol. 1, p. 15-16)
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Ao invés disso, terá de dizer algo como o seguinte:
Ou:
b) De que antes de os objectos vir a existência existe uma ideia (forma) sobre ela
como sustenta a metafísica de Aristóteles;
d) E, por fim, para nos separar dos restantes seres vivos do reino animal.
Originalidade
Isto não significa que o estudante tem de apresentar a sua própria teoria, ou que
tenha de dar uma contribuição completamente original para o pensamento
humano. Haverá muito tempo para isso no futuro. Um ensaio bem escrito é claro e
directo, rigoroso ao atribuir opiniões a outros filósofos, e contém respostas
ponderadas e críticas aos textos que lemos. Não é necessário inovar sempre.
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Mas, o estudante deve tentar trabalhar com os seus próprios argumentos, ou a sua
maneira de elaborar, criticar ou defender algum argumento que viu nas aulas. Não
basta simplesmente resumir o que os outros disseram.
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