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Apostila de

FILOSOFIA CRISTÃ

Pr. Dr. Cl esi l vi o d e Castro S ou sa


Ministro Evangélico - Professor e Doutor em Teologia -
Diretor Geral – ITEF / CNPTEC
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Tema: Palavra do Diretor

Antes de começar nossos estudos, quero agradecer por ter se


matriculado no nosso Seminário Maior de Estudos Teológicos, quero dar-te as
boas vindas e te desejar bons estudos. Quero que saiba que estarei aqui pra te
auxiliar no que for necessário, contudo, quero que se esforce com toda dedicação
pra obter um bom estudo.
Fazer um estudo teológico não é algo difícil, mas também não é tão fácil,
contudo, quando buscamos a direção do Espírito Santo, com toda dedicação e
devoção, somos levados a ter toda revelação que necessitamos.
Tenho total confiança em você, querido aluno, confiança essa que me
leva a saber que no futuro próximo, será um grande defensor da fé, e quem sabe
um grande obreiro capaz de pregar o evangelho com toda excelência e amor.
Quero aqui fazer uma aliança com você, uma aliança a qual
primeiramente será feita com o Senhor JESUS CRISTO, filho de Deus. A aliança
é que irá estudar com desejo de aprender mais de Deus, com intenção de ser
edificado, com amor e alegria, e quando possível, poder falar e compartilhar tudo
quanto tem aprendido a outros para a glória de Deus.
Busquem estudar a Bíblia todos os dias com a intenção de conhecer
intimamente seu autor, o Espírito Santo, que a Palavra de Deus seja seu
alimento constante, isso fará que venhas a ter um conhecimento e crescimento
espiritual.
Não estude e não leia a Bíblia somente com um objeto de estudo, mas
estude com os olhos espirituais pedindo sempre a revelação de Deus e aplicando
tudo que aprender e ler em sua vida, tudo que ler, veja como um espelho pra você
e não como algo que somente serve pra outras pessoas, e o mais importante, leia
crendo sem duvidar. (Hebreus 11.1)
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INTRODUÇÃO

O que é necessário para alguém ser um bom filósofo? Esta pergunta introduz a obra literária, ora
resumida, os autores iniciam seus argumentos afirmando que cada indivíduo pratica diariamente a filosofia,
muitas vezes sem perceber. Mas, para ser um bom filósofo há algumas premissas, alguns requisitos
básicos, os quais são apresentados no conteúdo da obra. Já de início apresentam uma característica
marcante de um bom filósofo: “O ingrediente indispensável que o bom filósofo possui é uma mente
inquiridora ou que faz perguntas” (p. 12). O conteúdo do livro está distribuído em cinco partes, a saber:
Parte 1. Introdução à Filosofia; Parte 2. O que é o Conhecimento; Parte 3. O que é a realidade?; Parte 4. O
que é a realidade ulterior?; Parte 5. O que é o bom ou o certo?

PARTE UM
Resumo, Por Ernandes Noronha

O primeiro esforço dos autores é dar uma definição plausível à pergunta: “O que é a Filosofia?”,
destarte neste particular há um latente e visível desacordo entre os filósofos, sobre isto os autores afirmam
que “as definições e as exposições da filosofia têm sido radicalmente diferentes entre si, até mesmo entre
filósofos praticantes” (p.12). Portanto ante à amplitude do assunto se concentram em analisar as duas
correntes filosóficas que procuram dar uma definição adequada: a Filosofia Analítica (crença de que a
preocupação central da filosofia é o estudo analítico de conceitos) e a Filosofia Especulativa (crença de
que a filosofia está ocupada na sintetização dos resultados da pesquisa conceitual, a fim de tornar um
conceito compreensivo e integrado da realidade. GEISER e FEINBERG entendem que as perguntas da
filosofia especulativa são “as grandes perguntas”, ou seja, aquelas que são importantes a todos nós,
Exemplo: Qual o padrão de moralidade? Perguntas desta natureza afetam a todos, por isto após
avaliarem os dois conceitos, com base no princípio da verificação (vide p. 40), endossam a filosofia
especulativa, e impõem objeções à filosófica analítica considerando que “dentre todas as suas
declarações, inclusive as éticas, teológicas e metafísicas, (as declarações levantadas com base na filosofia
analítica) não fazem sentido” (p. 14). Feitas as análises dos conceitos sobre o que é filosofia e da própria
controvérsia sobre qual seja a definição correta, os autores apresentam uma definição própria e imparcial
desvinculada dos pressupostos e paradigmas já estabelecidos, seguem um meio termo, reconhecendo que
há filósofos que são ou mais analíticos ou mais especulativos, então assim os autores definem o que é a
filosofia: “É a análise crítica dos conceitos fundamentais da pesquisa humana, a discussão normativa de
como o pensamento e a ação humanos devem funcionar, e a descrição da natureza da realidade” (p. 16).
Outras perguntas norteiam o pensamento dos autores: “Para quê estudar a Filosofia? Que bem me fará?”
(p. 18). Ao arremessarem estas perguntas ao leitor, os próprios autores a explicam e apresentam alguns
motivos para se buscar as respostas que elas requerem: “para compreender a sociedade, para libertação
dos preconceitos e do bairrismo, por causa do valor prático” (p. 18). Em seguida se referem ao desafio
cristão ante ao estudo da filosofia, enfatizando que para o cristão, “a filosofia tanto será um desafio a sua
fé quanto uma contribuição ao seu entendimento da fé”... “o cristianismo pode enfrentar o desafio
intelectual levantado contra ele. O resultado de tal desafio não deveria ser a perda da fé, mas sim, a
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possessão, de valor inestimável, de uma fé bem arrazoada e madura. Além disto, há conseqüências sérias
de uma falta de consciência de padrões contemporâneos de pensamento.” (...) “Visto que toda a verdade é
verdade de Deus, e visto que a filosofia é uma busca da verdade, então, a filosofia demonstra que
argumentos e conceitos filosóficos têm desempenhado um papel importante no desenvolvimento da
teologia cristã”. (...) “Embora nem todos os teólogos concordem quanto ao valor ou caráter apropriado
destes argumentos, todos reconhecem que algum conhecimento das raízes filosóficas é necessário para o
entendimento da teologia cristã.” (p. 19). Na primeira parte da obra, além de definirem e apresentarem uma
definição mais apropriada para a Filosofia, os autores ainda discorrem sobre as Disciplinas da Filosofia, a
Metodologia da Filosofia, As ferramentas da Filosofia e finalmente o Desafio da Filosofia. Referente às
disciplinas da filosofia, os autores elencam as teorias mais destacadas na atualidade: a ética, a filosofia da
religião, a filosofia da ciência, a lógica, a epistemologia e a metafísica, expondo resumidamente suas
funções: “Ética – estuda a natureza da obrigação e as regras que governam a ação certa, é considerada a
área mais conhecida da filosofia, pois trata de perguntas práticas, problemas que tocam na vida de todos
os dias”, a firmam que “A ética está preocupada em fazer mais do que simplesmente descrever como as
pessoas agem. Quer preceituar. Ou seja: está interessada em atribuir modos de ação que devem ser
seguidos e louvados”. (p. 22); A filosofia social e política – está interessada nas ações de um grupo ou
sociedade; A estética – vislumbra a análise de idéias tais como beleza, gosto, arte, e como empregamos
estes termos; A lógica - expõe sistematicamente as leis do pensamento e do argumento; A filosofia da
religião e a filosofia da ciência - procuram avaliar criticamente os conceitos e as metodologias das suas
respectivas disciplinas, no aspecto religioso, o filósofo da religião lida com idéias relativas à natureza da
religião, avalia criticamente os argumentos em prol da existência de Deus, os atributos de Deus e
linguagem religiosa (questões sobre a conversa acerca de Deus, se ela faz sentido) e ainda se preocupa
com idéias sobre a existência e origem do mal; A Lógica – trata das regras corretas da argumentação;
Epistemologia – é a teoria do conhecimento, e portanto busca respostas sobre o conhecer: Como
conhecemos alguma coisa? É possível o conhecimento certo sobre qualquer coisa? A percepção sensorial
dá informações fidedignas acerca de um mundo de objetos físicos? Já a Metafísica - é o estudo da
realidade ou do ser e trata da existência e da natureza daquilo que já é sabido, as perguntas da metafísica
buscam a realidade dos fatos: Qual é a natureza do espaço e do tempo? Todo evento deve ter uma
causa?. Nesse contexto GEISER e FEINBERG procuram evidenciar a relevância da filosofia, devido a
amplitude do seu emprego na vida diária do ser humano e em todas as fases da história. Em seguida
argumentam sobre Metodologia da Filosofia, relacionam alguns métodos filosóficos do mundo antigo
referindo-se aos métodos de Sócrates, Zenão e Aristóteles. Os autores também elencam alguns métodos
filosóficos modernos: Os métodos indutivo, científico, existencial, fenomenológico e analítico. Dando
seqüência à sua obra literária, também se detêm a analisar As Ferramentas da Filosofia, e afirmam ser
fácil asseverar uma crença ou opinião, porém defender a mesma crença ou opinião é bastante difícil, daí a
necessidade que o filósofo tem de fazer uso das ferramentas filosóficas, que de certa forma não são
expressas literalmente, os autores não as declara, mas afirmam que se encontram dentro do campo da
lógica, na sua definição mais ampla. Consideram ainda que a primeira providência do filósofo, seria
considerar sobre a natureza de um argumento, que pode ser argumento indutivo (que alega dar alguma
evidência para a conclusão) ou argumento dedutivo (no qual as premissas garante a conclusão). Os
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argumentos são avaliados ou medidos com base na solidez da idéia, que os pode tornar conclusivos e
fidedignos, características essenciais para que sejam verídicos. Quanto a determinar se uma proposição é
verdadeira ou falsa, é necessário entender seu significado, o que só é possível se houver outro elemento
presente na idéia: a clareza. Finalmente, no último tópico da primeira parte do livro, os autores discorrem
sobre o Desafio da Filosofia, que segundo uma visão ulterior de Sócrates e Aristóteles, é descobrir os
propósitos da vida. A filosofia nasceu das perguntas: “Porque estou aqui? Para onde estou indo?” e
sustentada nelas se depara com o seu maior desafio, debater sobre as pressuposições da vida num
processo contínuo de elucidação do pensamento, argumentando sobre o mesmo pensamento, com o
objetivo de produzir uma sistematização do conhecimento, tudo isto com vistas a responder as perguntas
procedentes do ser. Em face desta perspectiva de desvendar a vida, os autores passam a enfocar o
desafio da filosofia para um cristão, pois as perguntas existenciais sobre as pressuposições da vida,
geralmente conduzem o homem a filosofar sobre Deus, Jesus e Cristianismo. GEISER e FEINBERG
afirmam o seguinte: “Sem um conhecimento eficiente da filosofia, o cristão está á mercê do não-cristão na
arena intelectual. O desafio, portanto, é para o cristão “”superar”” o pensamento não-cristão tanto na
edificação da igreja quanto em derrubar sistemas do erro”. (p.60). Com base nessas premissas, reforçam a
idéia da importância do cristão buscar o conhecimento filosófico, apresentando outros argumentos: “Um
cristão deve reconhecer antes de poder ir contra ele, assim como um médico deve estudar a doença antes
de poder tratá-la com o devido conhecimento. A igreja cristã tem sido ocasionalmente penetrada por falsos
ensinos exatamente porque os cristãos não foram adequadamente treinados a detectar a enfermidade do
erro. Uma boa falsificação ficará tão perto da verdade quanto possível. É por isto que as filosofias falsas,
não-cristãs que estão vestidas de roupagem cristã são especialmente perigosas. Realmente, o cristão que
mais provavelmente se tornará presa da filosofia falsa é o cristão ignorante”. Ao apresentar argumentos
convincentes sobre a necessidade do cristão adquirir conhecimento filosófico-cristão, os autores
apresentam a base bíblica para isto mencionado a postura dos crentes de Beréia (Atos 17:11) que
examinavam nas escrituras tudo o que lhes era dito, para saber se estavam ouvindo a verdade, de igual
modo o cristão deve filosofar, questionar ensinamentos que lhes são transmitidos para constatar se
realmente constituem a verdade bíblica. Outro texto bíblico que empregam são as afirmações de Pedro:
“...para responder a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1 Pe. 3:15), bem
como as palavras do apóstolo Paulo, quando diz que estamos ocupados “na defesa e confirmação do
evangelho” (Fp. 1:7). Por conseguinte, fecham o conteúdo de apresentação da base bíblica (para que o
cristãos conheçam filosofia) com as palavras de C. S. Lewis: “Sermos ignorantes e simples agora – não
podemos enfrentar os inimigos no próprio terreno deles – seria ensarilhar as armas, e trair nossos irmãos
incultos que não têm, dentro da providência de Deus, defesa alguma senão nós contra os ataques
intelectuais dos pagãos. A boa filosofia deve existir, se não for por qualquer outra razão, (seja) porque é
necessário dar uma resposta à má filosofia.” (p. 61). GEISER e FEINBERG fecham a PARTE UM do livro
apresentando os papéis da filosofia para um cristão, reforçando a idéia existente de que a filosofia é uma
ciência considerada “serva da Teologia”, pois ela se presta a ser uma defesa contra a heresia e é o ponto
crucial da apologética. Portanto, definem a função da filosofia na teologia e na apologética e na polêmica
(um novo ramo da filosofia). Segundo afirmam, não se pode praticar a teologia sistemática sem a ajuda da
filosofia, pois a bíblia fornece os dados básicos para a teologia cristã, mas a teologia não é sistemática até
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que tenha sido sistematizada. Na visão dos autores, a filosofia empresta à teologia o seu papel positivo de
“construir” a doutrina. A apologética cristã, por sua vez também depende da filosofia, pois segundo os
autores: “as heresias freqüentemente surgem ou pressuposições falsas ou de conclusões errôneas de
premissas verdadeiras”. Relativamente ao desafio da filosofia para o cristão, afirmam que é duplo:
“primeiramente há o desafio geral de pensar de modo crítico, claro, correto, e abrangente acerca do
mundo. Esta é a tarefa de qualquer pensador, seja cristão, seja não-cristão. Além disto, por causa das
suas crenças bíblicas básicas, o cristão tem um dever filosófico especial. Emprega a filosofia na
sistematização destas crenças, e na argumentação filosófica em defesa do cristianismo. ...A filosofia é a
ferramenta mediante a qual o cristão mostra, ou dá o sentido da sua fé” (p. 64).

PARTE DOIS

O que é o Conhecimento?

1. Podemos Conhecer?

2. Como podemos conhecer?

3. A certeza é possível?

4. Como percebemos o mundo exterior?

5. Como são justificadas as crenças?

Os Autores na sua obra afirmam que o ceticismo mitigado é caracterizado pela rejeição de alegações
de conhecimento que vão além da experiência imediata. Mesmo assim, admite certos tipos limitados de
conhecimentos. Eles através da obra, citam o Bispo John Wilkins e Joseph Glanvill, que eram membros da
Sociedade Real, a Organização Científica Britânica. Que faziam distinção entre conhecimento
infalivelmente certo e indubitavelmente certo. Afirmam que Wilkins e Glanvill alegavam que o
conhecimento infalivelmente certo não pode ser atingido pelo homem, porque as capacidades deste
podem ser defeituosas ou corrompidas e que o conhecimento indubitavelmente certo, do outro lado, é
possível? Segundo Wilkins e Glanvill, existem muitas crenças das quais o homem não tem motivos para
duvidar. Citam que ao ler os debates filosóficos entre David Hume e seus oponentes, Emanuel Kant
percebeu que os argumentos de Hume, que questionavam o conhecimento metafísico, eram fortes. No
entanto, Kant reconheceu que a pergunta "É possível o conhecimento?" precisava ser reexaminada.
Sendo assim, Kant adota um ceticismo metafísico ao passo que assevera a existência de conhecimento
universal e necessário acerca das condições da experiência possível. Declaram que qualquer
reivindicação de conhecimento seja baseada em evidências adequadas, e esteja livre da contradição ou do
absurdo. Relatam que a tarefa de epistemologista é confrontar a necessidade de prestar contas sobre
como realmente sabemos, como podemos conhecer? Que a fé ou o autoritarismo é a fonte mais comum,
de longe de nossas crenças, é o testemunho de outras pessoas. E que começamos nossa aprendizagem
ao aceitar as crenças da nossa família quando, vamos para a escola, aceitamos o que é dito por nossos
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professores e nossos colegas de estudo. E mesmo depois da formatura, dependemos do testemunho de
livros, jornais, do rádio e da televisão para uma porção extremamente grande do nosso conhecimento.
Esclarecem através da obra sobre cinco fontes e métodos da justificativa das nossas crenças: a fé, o
subjetivismo, o racionalismo, o empirismo e o pragmatismo. Explicam que cada método é mais apropriado
para a aplicação a um tipo específico de conhecimento e que a fé ou testemunho de outras pessoas é
nossa fonte primária do nosso conhecimento do passado. Explicam que a instituição é a razão do nosso
senso de beleza, ou de gosto (nosso senso estético), bem como a ética e a metafísica para alguns. A
razão funciona num papel tanto negativo quanto positivo, ensina que as crenças que são contraditórias
entre si não tem possibilidade de serem justificadas. A razão também é fonte é a fonte das nossas crenças
acerca da matemática, da lógica e dos universais. A experiência também acrescenta à razão o
conhecimento do mundo externo, pois a experiência é a fonte do nosso conhecimento factual e,
finalmente, o pragmatismo regula nossa conduta social e individual onde normas morais não se aplicam. A
certeza é possível? De acordo com a obra, a busca da certeza desempenhou um importante papel na
história da epistemologia, e a natureza dessa certeza tem variado de filósofo para filósofo. Os autores
classificam diferentes tipos de certeza da seguinte maneira: a certeza apodictica, psicológica,
convencional, a certeza pragmática e a probabilidade. Deve ser notado que, ao passo que os filósofos
discordam entre si a cerca da possibilidade e da natureza da certeza para qualquer tipo específico do
conhecimento, isto não subverte nossa alegação de que conhecemos a não ser que se faça da certeza
apodíctica, uma condição prévia necessária para todo o conhecimento. O conhecimento humano é, pelo
menos em alguns aspectos, falível ou provável. Somente Deus pode saber tudo de modo necessário e
incorrigível. Isto não significa que como seres humanos, não tenhamos nenhum conhecimento indubitável.
Embora bons filósofos discordem entre si quanto a sua natureza e extensão. A certeza tem sido um dos
assuntos desta obra, e é impossível em princípios quando se está tratando de matéria de experiência,
parte da qual a ressurreição e a graça salvífica. A razão, no entanto, por que Deus exige uma entrega total
e incondicional e que o crente se apega com tanta tenacidade a sua crença. Em Deus, é que o crente tem
segurança acerca destas crenças. A segurança é aquela garantia adicional dada ao crente pelo
testemunho interno do Espírito Santo, o Espírito de Deus da testemunho com nosso espírito quanto à
veracidade das questões espirituais. De acordo com abra há três pontos de vista sobre a natureza e a
independência do mundo material e daquele que conhece o realismo postula que os homens estão em
contato direto com um mundo independente, material e externo. O dualismo assevera a existência de dois
âmbitos: um das idéias, impressões ou dados dos sentidos e outro dos objetos materiais. A existência do
mundo material é inferida como sendo a causa de nossas idéias ou dados dos sentidos. O idealismo
reduz a totalidade do "mundo" ao âmbito do sujeito ou da subjetividade. Na sua forma mais extrema até
mesmo o próprio eu é atribuído a este âmbito. Os autores através da obra esclarecem que, o idealismo,
por causa da sua natureza fortemente contra-intuitiva, nunca teve muitos seguidores. O dualismo, do outro
lado, tem sido amplamente defendido principalmente no século XX. Eles afirmam que alguns filósofos
chegaram a acreditar que o dualismo não é realmente uma teoria empírica passível de prova ou de
refutação. O ceticismo seria segundo eles, a conclusão lógica se não poder garantir relacionamento entre
o âmbito das idéias. Como são justificadas as crenças? Conforme expõe os autores, há epistemologistas
cristãos em ambos os lados da questão da justificativa epistemológica em algum ponto, a fundamentação
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e o coerentismo se aproxima entre si. Se um fundamentacionalista admitir crenças básicas que não são
logicamente conclusivas, e se um coerentista aceitar o ponto de vista de que as crenças nas bordas
externas da teia estão mais longe da experiência então, os dois pontos de vista terão algumas
semelhanças importantes. Eles mencionam por meio da obra que há duas conseqüências de que qual
ponto de vista que um epistemologista cristão não pode aceitar são o relativismo ou o agnosticismo acerca
do mundo real. Pontos de vista que segundo eles, devem ser rejeitados.

PARTE TRÊS

Neste capítulo os autores expuseram sua obra, um assunto com o seguinte tema: O que é realidade?
Que se delimita em: A realidade é uma ou múltipla? O relacionamento entre a mente e o corpo. O homem
é livre? O homem sobrevive à morte? Existem outras mentes? O que é a verdade? Então eles escreveram
sobre Parmênides, filosofo grego antigo e representante clássico do monímo no mundo ocidental.
(conceito metafísico de que toda a realidade é uma só). Conforme os autores, a filosofia de Parmênides é
que toda realidade é uma só. Logo após escreveram também sobre Zenão, famoso discípulo Parmênides,
que procurava comprovar o monismo do seu mestre mediante paradoxos. Ex: Se damos por certo que a
realidade é múltipla, seguem-se, então, conseqüências absurdas ou impossíveis. O absurdo é um sinal da
falsidade. Logo, é falso que a realidade é múltipla. Daí, a realidade deve ser una. Mas por outro lado os
filósofos contemporâneos de Zenão rejeitaram a sua filosofia. Conforme os literatos, após a morte de
Parmênides, em resposta ao seu argumento os filósofos assumiram uma de quatro posições básicas. Dois
grupos disseram que a realidade difere pelo “não ser” (os atomistas e os platonistas) e dois insistiram que
a realidade difere no “ser” (os aristotelianos e os tomistas) os atomistas, afirmavam que as coisas diferem
pelo absoluto não-ser. Os platonistas, afirmavam que as coisas diferem entre si pelo não ser relativo. Os
aristotelianos, afirmavam que as coisas diferem entre si pelo seu ser. E os tomistas afirmavam que as
coisas diferem entre si no seu ser. Os autores escreveram também sobre a filosofia de plotino, que
pregava a unidade alem do ser. Para o panteísta plotino, Deus é aquele que vai além de todo ser,
conhecimento e consciência. Eles expuseram em sua obra, a filosofia da trindade cristã, alguns cristãos
têm sugerido que a solução para o problema que é tão velho quanto à história, é a crença cristã, de que há
três pessoas em um só Deus. (Nesta idéia a tanto a pluralidade quanto a unidade). Os literatos escreveram
também sobre o relacionamento entre a mente e o corpo, e citaram as filosofias do materialismo extremo e
teoria da identidade mostrando os pontos de vista de cada filosofia e citando as criticas. Escreveram ainda
sobre o idealismo expondo também as suas filosofias e citando as suas criticas. Agora os escritores
questionam em sua obra. O homem é livre? E transcreveram a filosofia do livre arbítrio, baseada no poder
de decisão do homem, e por outro lado escreveram o determinismo, baseando-se na crença de que todos
os eventos no universo são controlados por condições prévias. Eles questionaram também, o homem
sobrevive à morte? E escreveram sobre as filosofias dos que acreditam na vida após a morte e dos que
não acreditam, e chegaram à conclusão de que não há razões puramente filosóficas, para rejeitar a
imortalidade. Os literatos questionaram ainda se existem outras mentes? Conforme os autores esta
questão tem sido largamente estudada na filosofia contemporânea por filósofos de fala inglesa e pelos
filósofos do continente europeu. Fizeram argumentos e críticas sobre a analogia e expuseram algumas
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idéias dos filósofos que acreditam e desacreditam na analogia. E por ultimo questionaram, o que é a
verdade? Em relação a este item os autores discutiram sobre as quatro teorias da verdade, (a teoria da
coerência, a teoria pragmática, a teoria da realização, e a teoria da correspondência). E chegaram à
conclusão que somente a teoria da correspondência é verdadeira.

PARTE QUATRO

Na quarta parte os autores utilizam seis capítulos para responder uma pergunta: O que é realidade
ulterior? Sendo que, no capitulo dezessete mostram o relacionamento entre fé e razão, dividem em cinco
categorias a solução para qual método é fonte da verdade: A revelação somente, a razão somente, a
revelação sobre a razão, A razão sobre a revelação e A revelação e a razão, apresentam argumentos e
filósofos que defendem cada categoria, concluem que é impossível separar fé e razão, que existe uma
confusão básica entre “a crença em” e “a crença que” e que há diferença entre epistemologia e ontologia.
No capitulo dezoito declaram cinco maneiras de considerar Deus: Ateísmo, Deismo, Panteísmo,
Paneteismo e Deismo finito, em cada uma mostram o conceito de Deus e uma avaliação, concluem que
existem várias maneiras de conhecer Deus e que a bíblia confirma a razão humana. No capitulo dezenove
enfatizam cinco pontos de vista sobre a existência de Deus: Sabemos com certeza que Deus existe,
Podemos saber com certeza que Deus não existe, Não podemos saber se Deus existe, Devemos
suspender o julgamento, Temos razão suficiente para crer em Deus; em cada um dos pontos citados
apresentam filósofos e argumentos, mas defendem o ponto de vista do Deus teísta cristão. No capitulo
vinte mostra três tópicos a respeito da linguagem para se falar acerca de Deus: A conversa sobre Deus é
Equivoca, Conversa Unívoca acerca de Deus e Conversa Análoga acerca de Deus; em cada um existem
sub-tópicos e ao final os autores trazem uma resposta teísta a todos os argumentos. No capitulo vinte e
um definem três maneiras do relacionamento entre Deus e o Mal: O Iluminismo: A negação da realidade
do mal; O Ateísmo: A negação da realidade de Deus e Conceitos que afirmam tanto Deus quanto o Mal;
sendo que a ultima existem quatro subdivisões: O Dualismo, O Finitismo, O Nessecitarismo e O
Impossibilismo. No capitulo vinte e dois fazem um questionamento: Podemos ter experiência com Deus? A
partir deste apontam outros cincos: O que é uma experiência religiosa? Quais são as demissões da
transcendência? Como a experiência religiosa difere de outras experiências? Como podemos saber se a
experiência religiosa é real? Onde trazem argumentos para responder a cada questionamento e concluem
que a experiência religiosa não pode seta separada do raciocínio filosófico.

PARTE CINCO

“O QUE É CERTO?”

Os autores questionam na sua obra a ética, que é o estudo daquilo que é certo ou errado. Dando-nos
os conceitos diferenciados as teorias dos significados do certo. Afirmam os autores “O direito é do mais
forte”, ou seja, o certo é definido em termos de poder, as maiorias dos homens vêem uma diferença entre
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o poder e a bondade. É possível ser bom sem poder, e o poderoso sem bondade. E argumentam que todo
o poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente. A moralidade é costume. O certo é
determinado pelo grupo ao qual a pessoa pertence, implica em uma relatividade cultural da moralidade.
Este ponto de vista tem vários problemas, porque alguma coisa é praxe não significa que deve ser assim,
se toda comunidade está com a razão, então não há maneira de solucionar conflitos entre comunidade.
Esquadrinham os autores o homem é a medida, o certo é aquilo que é certo para mim, pode estar errado
para outro e vice-versa. A raça tem razão; a raça inteira determina a que é certo para os membros
individuais. Estas declarações não fazem sentidas a não ser que haja algum padrão fora da raça. O certo é
a moderação, a temperança é o meio termo entre a tolerância e a insensibilidade. Tudo depende quão
extrema é a situação. Finalmente, a moderação parece ser, na melhor hipótese, apenas um guia geral
para a prática, e não uma definição universal do certo. O conceito cristão da ética tem uma fonte superior
(Deus), uma manifestação superior (Jesus Cristo), bem como uma declaração superior (a Bíblia) e uma
motivação superior (o amor de Cristo). Como sabemos indagam os autores, o que é certo? O acerto ou o
erro das ações é julgado, não pelas suas raízes, mas, sim, pelos frutos. Todos aqueles procuraram
justificar o certo pragmáticos fracassaram, por serem maus na essência. Os cristãos podem usar e tem
usado para justificar sua declaração de que a Bíblia é a palavra de Deus, a autoridade final sobre aquilo
que é certo e errado. Os relacionamentos entre regras e resultados afirmam os autores, tem sido
sustentado por muitos grandes filósofos e pode ser entendidos em contrastes. Não se pode determinar o
que é certo pelos resultados. Guardar os mandamentos éticos trará melhor conseqüência. Descobriu-se
que o direito é baseado nalgum bem intrínseco. Os Deontologiastas sustentam que o dever é centralizado
na regra (mandamento), não no resultado (conseqüência). A sua justificativa apoiar-se em intuição de
algum princípio elementar. Em contraste os utilitaristas argumentam que as conseqüências em longo prazo
que é certo. Visto que guardar certas regras traz bons resultados, mas nunca alguém é justificado em fazer
exceções a regras que trazem bons resultados. Questionam os autores sobre o certo ser universal. A
pergunta que fazem é o certo é relativo? O relativismo no mundo Antigo se deu em três movimentos: o
processismo - “ninguém pisa no mesmo lugar duas vezes”. Hedonismo – “Aquilo que é bom é relativo ao
tempo, lugar e gostos de pessoas específicas”. Os gostos são coisas que as pessoas têm, e estes variam
de acordo com as circunstancia. Mas os valores são algo que as pessoas são, logo, nem todos os valores
são totalmente relativos. O ceticismo – “Suspende o julgamento acerca de tudo”. Recusa-se a chegar a
quaisquer conclusões específicas. O relativismo no mundo moderno segue três tendências éticas. O
utilitarismo sustenta que alguns princípios são universalmente verídicos. Além disso, o utilitarismo dá a
entender que o fim pode justificar quaisquer meios. O existencialismo em Sorem Kierkegaard afirma que a
dever mais alto do homem às vezes transcende todos os limites éticos. E o evolucionismo, de acordo com
Darwin afirma, o certo é aquilo que ajuda o desenvolvimento evolucionário da raça humana; o errado é
aquilo que o impede. Indagam os autores que um dever (certo) universal significa que é obrigatório para
todos os homens em todos os lugares e tempo. Para os cristãos, as normas éticas universais estão
ancoradas no caráter imutável de Deus. Os direitos morais conflitam entre si às vezes? Questionam os
autores. Existem três posições que abordam estas questões, conforme os autores relatam; O conceito da
terceira alternativa. Sempre há uma saída moral de cada dilema ético. Os conflitos nunca são realmente
inevitáveis. Sempre há uma terceira alternativa. O conceito do Mal Menor, aonde a pessoa é simplesmente
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obrigada a cometer o menor dos males, e então confessar seu pecado. O conceito do Bem Maior significa
obedecer à lei superior sempre que há um conflito inevitável entre dois mandamentos divinos. Nenhuma
culpa pessoal é envolvida, posto que a pessoa observe o mandamento mais alto de Deus. Para o cristão, a
Bíblia revela quais são os mandamentos superiores.

BIBLIOGRAFIA:
GEISER, Norman L. e FEINBERG, Paul D. INTRODUÇÃO À FILOSOFIA, Uma Perspectiva Cristã.
Segunda edição, São Paulo – SP; Editora Vida Nova, Belo Horizonte (Venda Nova – MG); Editora Betânia,
1996, 346p.

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