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1. INTRODUÇÃO
1.1. A Administração
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O propósito neste estudo, é compartilhar alguns rudimentos da administração
eclesiástica com os irmãos que já atuam nesta área ou que têm a pretensão de
administrar uma Igreja. Assim, pretendemos proporcionar-lhes uma visão geral
e ampla de como administrar bem, utilizando as ferramentas desta disciplina: a
administração.
2. ADMINISTRAÇÃO SECULAR
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1.800 a.C Hamurabi Uso de controle escrito e testemunhal; estabelecimento
do salário mínimo.
(Babilônia)
(Babilônia)
1767 d.C Sir James Sturat Teoria da fonte de autoridade; Impacto da automação;
diferenciação entre gerente e operários; especialização
(Inglaterra)
1799 d.C Eli Ehitney (EUA) Método Científico; contabilidade de custos e controle de
qualidade; amplitude administrativa
1810 d.C Robert Owen Práticas de pessoal; treinamento dos operários; plano
(Inglaterra) de casas para os operários.
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1886 d.C Henry Metcalfe (EUA) Arte da administração; ciência da administração
3. ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA
“O sogro de Moisés, porém, lhe disse: Não é bom o que fazes. Totalmente
desfalecerás, assim tu como este povo que está contigo; porque este negócio é
mui difícil para ti; tu só não o podes fazer. Ouve agora minha voz, eu te
aconselharei, e Deus será contigo. Sê tu pelo povo diante de Deus, e leva tu as
causas a Deus; e declara-lhes os estatutos e as leis, e faze-lhes saber o
caminho em que devem andar, e a obra que devem fazer. E tu dentre todo o
povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que
odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem,
maiorais de cinqüenta, e maiorais de dez; para que julguem este povo em todo
o tempo; e seja que todo o negócio grave tragam a ti, mas todo o negócio
pequeno eles o julguem; assim a ti mesmo te aliviarás da carga, e eles a
levarão contigo. Se isto fizeres, e Deus to mandar, poderás então subsistir;
assim também todo este povo em paz irá ao seu lugar.”
“E Moisés deu ouvidos à voz de seu sogro, e fez tudo quanto tinha dito; e
escolheu Moisés homens capazes, de todo o Israel, e os pôs por cabeças
sobre o povo; maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta e
maiorais de dez. E eles julgaram o povo em todo o tempo; o negócio árduo
trouxeram a Moisés, e todo o negócio pequeno julgaram eles.
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Então despediu Moisés o seu sogro, o qual se foi à sua terra” (18.13-27).
Dando continuidade ao nosso estudo, nos prenderemos um pouco mais nos
conceitos administrativos básicos, uma vez que esses conceitos se constituem
ferramentas indispensáveis, tanto para o bom desenvolvimento da
administração eclesiástica quanto para a administração secular. Obviamente, a
administração das coisas que envolvem a obra de Deus é digna de duplicada
responsabilidade. Entretanto, os princípios administrativos são os mesmos.
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Esta habilidade permite que o administrador se comporte totalmente de acordo
com os objetivos dá organização, e não apenas de acordo com os objetivos e
as necessidades de seu grupo.
Finalizando, ainda é importante que aquele que vai dirigir uma organização
conheça os equipamentos produtivos e administrativos. Máquinas de produção
modernas, ferramentas, instalações, computadores, máquinas de calcular,
entre outros, são componentes vitais na área de produção e administração. A
habilidade técnica consiste no domínio e manuseio destes elementos, sendo
também muito importante, já que está diretamente ligada à produtividade.
4.3.1. Planejar
4.3.2. Organizar
4.3.3. Dirigir
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4.3.4. Controlar
Suponhamos que você está com a idéia de montar o seu próprio negócio. Uma
livraria, por exemplo. Você imagina um grande volume de livros,
Digamos que você já tem o básico para dar início à abertura da livraria.
Todavia, percebe que é necessário correr atrás de uma série de coisas para
montar seu negócio: espaço físico, alguns móveis e utensílios, além de fazer
contato com fornecedores de livros e contratar pessoas para trabalhar. Você
toma uma caneta e papel e faz uma lista de tudo o que é preciso e a forma de
adquirir cada elemento. Neste momento, você está realizando uma função
administrativa chamada planejamento. Você visualizou um estado futuro (sua
livraria) e anotou tudo aquilo que é necessário para montar o seu negócio, sem,
inclusive, esquecer a forma de adquirir cada elemento. Você traçou um plano
de ação. O próximo passo é adquirir cada item. Com o tempo e aos poucos,
você vai adquirindo cada coisa necessária, uma a uma, procurando sempre
boa qualidade e menor preço. Todo esse processo é chamado de organização.
Organizar significa adquirir tudo o que é preciso para atingir os resultados
desejados utilizando um mínimo de recursos.
A próxima etapa, uma vez que já tenha organizado tudo (espaço físico, móveis
e utensílios, livros e funcionários), é iniciar o trabalho. Neste ponto é que o
administrador (no caso você) dessa empresa de venda de livros precisará pôr
em prática todas as habilidades necessárias, principalmente a humana, pois
estará lidando (comunicando-se) com os funcionários, distribuindo-lhes tarefas.
Chegamos ao processo de direção.
Dirigir é buscar a realização do que foi planejado por meio das pessoas. Você,
o diretor da empresa vendedora de livros, almeja o sucesso de seu
empreendimento. Sucesso significa obtenção de bons lucros, os quais
dependem da qualidade dos produtos. Para que a venda seja satisfatória e de
excelente qualidade, tudo depende do trabalho realizado pelos funcionários da
livraria, seres humanos que devem estar com todas as suas necessidades
muito bem supridas. Todo ser humano necessita de boa alimentação, bom lar,
bom repouso, boa saúde e, principalmente, de ser estimado por aqueles que
estão à sua volta, seja no trabalho, seja no lar. Assim, no processo de direção,
a maneira como você trata os funcionários é fundamental para o bom
andamento do seu negócio. Cada tarefa deve ser delegada, e não ordenada.
Dar ordens significa comandar com arrogância. Delegar significa comunicar o
que se deseja.
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É de extrema importância manter um clima de amizade dentro da organização.
O líder deve representar a figura de um amigo, e não a de um ditador. Um líder
mal-humorado, carrancudo, orgulhoso, tende a provocar uma reação
psicológica negativa em seus liderados, o que, no dia-a-dia, acaba causando
insatisfação nos empregados e, conseqüentemente, uma queda na
produtividade, pois eles, com o passar dos meses, sofrem um desgaste
emocional ao trabalharem sob pressão. Ocorrem estresse, cansaço físico e
outros males. Logo, dirigir implica em cuidado extremo no campo das relações
pessoais, na “realização dos planos por meio das pessoas”. É preciso alta
gama de habilidade humana para se delegar tarefas e obter bons resultados.
Finalmente, após todo esse processo de direção, em que todas as tarefas
foram distribuídas e o trabalho foi iniciado, cabe a você (o administrador da
livraria) acompanhar tudo o que acontece no dia-a-dia da empresa, verificar se
está tudo de acordo com o que foi previsto e observar as falhas e os acertos, a
fim de constatar o que pode ser melhorado. Neste ponto, você chegou à última
função administrativa que se chama controlar. O controle é, praticamente, uma
fiscalização que busca observar se todos os objetivos estão sendo atingidos. O
que acontece após o controle?
Muitas falhas e erros podem ser detectados e, uma vez constatados, faz-se
necessário traçar novos planos, criar novas metas. Ou seja, retorna-se ao
planejamento. Neste ponto, o administrador volta à primeira fase administrativa
que, desta vez, recebe o nome de replanejamento. Para que as falhas e os
erros sejam solucionados, o administrador deve repetir todo o ciclo de funções
administrativas. Com o replanejamento, é preciso reorganizar, dirigir e controlar
todos os procedimentos de acordo com os novos planos. É desta forma que o
administrador vai obtendo seus sucessos. A cada final de um ciclo
administrativo, novos objetivos, novas metas, vão surgindo, conforme o
desenrolar das atividades. Para tanto, o administrador não pode esquecer de
sempre seguir a seqüência das funções: planejar, organizar, dirigir e controlar.
Por outro lado, o sucesso da empresa depende também de uma série de
fatores internos (produção alcançada, qualidade dos produtos, comercialização
etc.) e externos (concorrência, preço competitivo, exigências do mercado etc).
O administrador deve observar dois fatores simples, mas importantes para o
desempenho de suas funções:
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O envio de material pelos correios não foi uma estratégia bem-sucedida. Mas
por que, se o diretor, no momento em que elaborou as cartas e os prospectos,
fez um excelente trabalho? Houve clareza na comunicação. As ilustrações e as
fotos expositivas que complementavam as informações saíram a contento. Foi
utilizado papel metalizado, com impressões em fotolito. Todo o trabalho tinha
boa qualidade, porém, a idéia não atingiu o objetivo almejado.
Diante disso, poderíamos dizer que o diretor foi eficiente, mas não eficaz. Ao
montar as cartas e os prospectos, ele, de fato, realizou uma boa tarefa, ‘fez
tudo certo”. Embora todo o material apresentasse boa qualidade, a idéia não
conseguiu atrair o número desejado de novos associados. O plano de envio de
correspondência não foi “a coisa cena”. Talvez, a propaganda em anúncios de
revistas, jornais e TV tivesse sido mais eficiente. Eficiência significa fazer um
trabalho correto, sem erros, de boa qualidade. É realizar um trabalho que atinja
totalmente um resultado esperado. Um administrador, no decorrer de suas
atividades, deve ser, ao mesmo tempo, eficiente e eficaz. Ou seja, deve
alcançar o que se espera, os objetivos almejados. Não deve cometer erros em
demasia.
Se o administrador é eficaz, mas não é eficiente (ou seja, faz o trabalho certo
para alcançar uma meta, mas esse trabalho apresenta diversos erros), seus
objetivos têm, ainda que remotas, chances de ser alcançados. Se o
administrador é eficiente, mas não é eficaz (ou seja, não realiza um trabalho
que o levará a alcançar suas metas, e faz isso sem cometer muitos erros), seus
objetivos jamais serão alcançados. A eficácia é primordial, imprescindível, ao
administrador; a eficiência é desejável. Se o administrador é eficiente, mas não
é eficaz, jamais irá alcançar os resultados desejados. Por outro lado, se ele é
eficaz, mas não é eficiente, possui, ainda que remotas (repito), algumas
chances de atingir bons resultados. Por fim, o administrador que, ao mesmo
tempo, é eficiente e eficaz, dificilmente deixará de obter resultados positivos em
seus empreendimentos. Eficiência e eficácia, uma depende da outra!
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Sem a produção, o setor comercial e de contas a pagar ficaria paralisado, pois,
sem produtos, não há vendas e, sem vendas, não existem recursos para sanar
as dívidas com terceiros e muito menos com os funcionários.
4.4.1. Contabilidade
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Entende-se por patrimônio um conjunto de bens, direitos e obrigações per-
tencentes à pessoa física ou jurídica. Entende-se por bens toda coisa passível
de avaliação em moeda e que tenha a propriedade de satisfazer uma
necessidade humana. Quem se utiliza das informações geradas pela
contabilidade?
5) As pessoas físicas.
Lucro: Quando a soma de bens e direitos for maior que a soma de obrigações.
Prejuízo: Quando a soma de bens e direitos for menor que a soma das
obrigações.
Situação nula: Quando a soma de bens e direitos for igual à soma das
obrigações.
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5. UMA ADMINISTRAÇÃO DE SUCESSO
Para que o administrador obtenha sucesso, motivação, e possa levar a
organização para frente, é necessário que ele possua algumas características.
A forma de trabalho e o perfil do administrador são muito discutidos e
estudados.
• Capacidade para aceitar (e aprender com) seus erros e os erros dos outros;
• Independência dos outros para agir, mas com sabedoria para atuar em
conjunto (grupo);
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• Saber utilizar a própria intuição, e também a intuição de outras pessoas,
para escolher os melhores meios, corrigir sua atuação, descobrir caminhos que
devem ser preenchidos em suas atividades (a fim de avaliar a tendência dos
negócios) e escolher pessoas, sejam sócios, parcerias ou funcionários;
• apresentar alternativas;
• fazer anotações;
• Ser tão bom nos negócios quanto alguém que ele admire;
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O administrador que conseguir somar ao seu perfil alguma dessas motivações,
terá muita mais chance de fazer que sua organização cresça e se desenvolva.
O administrador tem a visão do futuro. E faz de tudo para transformar o
presente em um futuro de sucesso!
6. A ADMINISTRAÇÃO DA IGREJA
A Igreja deve ser administrada e organizada de acordo com o seu
desenvolvimento e crescimento. Para que haja um bom funcionamento, é
preciso distribuir as atividades materiais e espirituais por departamentos, tais
como: administração geral, evangelização, missões, treinamento e
desenvolvimento de professores, assistência social, musical, entre outros,
dependendo da necessidade da Igreja.
6.1.1. Secretaria
Para que ocorra um bom funcionamento de suas atividades, a igreja deve ter
um local próprio para a secretaria e de fácil acesso a todos os membros. A sala
deve ser agradável, para que cause boa impressão. O ambiente deve ser bem
iluminado e ventilado, para que os funcionários não tenham problemas de
saúde.
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O secretário ou secretária da diretoria deve lavrar as atas das assembléias em
livro próprio, assiná-las e apresentá-las para aprovação nas assembléias
seguintes, assinar os documentos oficiais da igreja, manter atualizados o
fichário de membros e os serviços ligados à secretaria, elaborar e enviar todas
as correspondências de sua responsabilidade, atualizar todos os dados
estatísticos da igreja e apresentar relatórios de suas atividades, tratar com
cortesia e amor cristão todas as pessoas. Em suma, o secretário ou secretária
da diretoria deve atender às necessidades da direção da igreja.
Número do cadastramento;
Documento de identificação;
CPF;
Nacionalidade;
Naturalidade;
Data de nascimento;
Estado civil;
Filiação;
Endereço completo;
Grau de instrução;
Profissão;
Cargo na Igreja;
Data de batismo;
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6.1.5. Ata
5º Finalidade da reunião;
6º Nome e qualificação;
Cada denominação tem o seu próprio modelo de cartão de membro, mas todos
devem possuir algumas informações imprescindíveis, tais como: timbre da
Igreja, número do registro, local para foto, nome do membro, filiação, data de
nascimento, naturalidade e nacionalidade, data de batismo, cargo e assinaturas
do membro e do responsável pela Igreja.
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6.1.8. Tesouraria
Funções do tesoureiro:
6.1.9. Escrituração
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Relatório: é o documento regularmente expedido pelo tesoureiro contendo a
soma de cada conta (dívidas, pagamentos) no período de janeiro a dezembro.
6.1.10. A Biblioteca
6.2. APÊNDICE
O novo Código Civil Brasileiro, está em vigor desde janeiro de 2003, aponta
muitas mudanças em seus artigos, alterando, consideravelmente, a
constituição jurídica e o sistema governamental das Igrejas. Com a nova
legislação, os membros das igrejas só podem ser excluídos mediante justa
causa, prevista no estatuto, podendo, posteriormente, entrar com um recurso
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contra a exclusão.
Uma das mudanças que mais têm gerado polêmica no meio evangélico está
relacionada à exclusão dos membros, que agora passam a ser chamados de
associados. De acordo com o artigo 57 da lei, “a exclusão do associado só é
admissível havendo justa causa”. Isso quer dizer que deverão constar no
estatuto as causas e, caso não estejam descritas, o membro poderá, mais
tarde, entrar com um recurso. Advogados especialistas em Direito Processual
Civil explicam que, a partir deste artigo, as igrejas não poderão mais excluir um
membro usando motivos gerais, não podendo aduzir, por exemplo, que a
exclusão foi feita porque houve pecado ou porque não houve concordância
com as doutrinas da igreja. As igrejas adotavam um critério muito amplo em
seus estatutos e normalmente escreviam no artigo de exclusão que “os
membros da igreja que praticarem condutas consideradas imorais ou não
compatíveis com a doutrina Bíblica serão passíveis de exclusão”. Nesse tipo de
explicação não estão discriminados os motivos, mas agora é preciso dizer, por
uma questão de segurança jurídica, visto a diversidade de denominações,
todas as causas, como adultério, furto de patrimônio, regras doutrinárias,
dentre outras. Se isso não constar no estatuto, a pessoa não pode ser
excluída, ou, se for, poderá interpor recurso mais tarde.
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6.2.2 Trechos do Novo Código Civil
Das Associações
I - eleger os administradores;
II - destituir os administradores;
IV - alterar o estatuto.
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QUESTIONÁRIO
15-) Cite três mudanças importantes inseridas no novo código civil brasileiro.
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