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Líderes que servem aos santos

INTRODUÇÃO

ATOS 6.1-7. Apresentação de 2 modos de


servir a Igreja:

a) Oração e Palavra – Ensino e devoção, todas


as ações da Igreja direcionadas pela Escritura.

b) Servir as Mesas – Atividades na área social,


exercício da Misericórdia.
INTRODUÇÃO

Oração e Palavra de DEUS – Serviço prestado


à Igreja pelos apóstolos, inicialmente.

Servir as Mesas – Inicialmente um serviço


prestado pelos apóstolos (Atos 4.37). Mas à luz
de 6.1 houve um sério problema, e foi
necessária uma solução, a escolha dos Diáconos.
INTRODUÇÃO
É de grande importância que a Igreja seja
instruída quanto a este assunto:
Art. 111, Parágrafo único. O pastor, com
antecedência de ao menos trinta dias, instruirá
a igreja a respeito das qualidades que deve
possuir o escolhido para desempenhar o ofício.
* O não cumprimento do Parágrafo único, do art. 111 da CI/IPB
constitui falta passível de censura, porém não invalida o resultado de
uma assembleia que tenha funcionado regularmente – SC – 1962 –
Doc. XXXV.
TÓPICOS DO ESTUDO:

1. O OFÍCIO DO PRESBÍTERO

1.1. A Definição do Termo Presbítero.

1.2. A Origem do Ofício do Presbítero.

1.3. A Função do Oficial eleito Presbítero.


2. O OFÍCIO DO DIÁCONO

2.1. A Definição do Termo Diácono.

2.2. A Origem do Ofício do Diácono.

2.3. A Função do oficial eleito Diácono.


1. O OFÍCIO DO PRESBÍTERO
1.1. DEFINIÇÃO DO TERMO
A palavra "presbítero" é uma transliteração do
grego presbyterós, que significa literalmente
"ancião“, “avançado em idade”.

No sentido do NT, quando se refere à liderança


da Igreja Cristã, indica uma pessoa que possui
um ofício de autoridade, mas, noutros contextos
do grego coinê, pode-se referir a uma pessoa
idosa (1Tm 5.1,2; 1Pe 5.5).
A palavra presbyterion encontrado em Lc
22.66; At 22.5 e 1Tm 4.14 significa "concílio
de anciãos“.

O uso que Paulo faz do termo indica não


maturidade biológica, mas espiritual, ou seja,
não diz respeito especificamente à idade, mas a
transformação e experiência que o discípulo de
Cristo alcançou, de modo a não ser considerado
neófito, ou seja, recém convertido (1Tm 3:6).
1.2. A ORIGEM DO OFÍCIO
O Ofício do Presbítero tem suas raízes no AT:

a) Moisés transmitia a Mensagem aos Anciãos


do povo – Êx 3.16.

b) Os Ancião tinham responsabilidades


Administrativas quanto a nação – Js 20.4; Jz
8.14; 1Sm 4.3; 8.4.
“Desde o Antigo Testamento o sistema de
governo é exercido através de anciãos
(presbíteros). Tanto Moisés, como os
sacerdotes e levitas, os juízes e os reis de
Israel, eram auxiliados pelos "anciãos de Israel"
(Êx 3:16-18; 4:39; 17:5-6; 18:13-17; 19:7; 24:1,
9-11; Lv 4:15; 9:1-2; Nm 11:14-25; Dt 5:23;
22:15-17; 27:1; Js 7:6; 8:33; Jz 21:16; 1 Rs 8:1-
3; 1 Cr 21:16; Sl 107:32; Ez 8:1). Este era o
exercício comum de governo do povo de Deus na
antiga Aliança”. Rev. Ewerton Barcelos Tokashiki
1.2.1. Uma Liderança Adaptada. Ó ofício do
Presbítero não foi uma inovação na Igreja
Cristã, nem sua forma de Governo uma invenção,
mas uma adaptação do que já era conhecido.

1.2.2. Uma Liderança Sucessiva. Os presbíteros


da Igreja receberam destaque no Livro dos
Atos dos Apóstolos como emissários (11.30) e
sua eleição é mencionada (14.23). E os
presbíteros viriam a suceder os apóstolos:
a) Exercendo a Supervisão ao lado dos apóstolos
– At 11.30.
b) Tomando parte nas decisões do 1º Concílio da
Igreja – At 15.6-29

c) Receberam instruções quanto ao cuidado com a


Igreja (At 20.17-35).

Não se vê no NT, especialmente nas cartas,


nenhuma instrução para a eleição de apóstolos,
mas somente para Presbíteros e Diáconos.
1.2.3. Uma Liderança Reconhecida. Em algumas
epístolas do NT vê-se o reconhecimento dos
apóstolos da Liderança dos Presbíteros:

a) Pedro se identificou como Presbítero (1Pe


5.1).

b) João em 2 cartas fez o mesmo que Pedro


(2Jo 1.1; 3Jo 1.1)
1.3. A FUNÇÃO DO PRESBÍTERO.
Os apóstolos eram os responsáveis pela
Pregação e Instrução da Igreja no NT, mas
legaram esta responsabilidade aos Presbíteros.

1.3.1. Presbíteros são Pastores. Como servos da


Palavra, os presbíteros são antes de tudo
pastores da Igreja chamados para:
a) Ser exemplo de Maturidade espiritual para a
Igreja. O uso da palavra Presbítero traz esta
indicação.

b) Supervisionar a Igreja. Em 1Tm 3.1 Paulo


fala de Episcopado <episkope> e em Fp 1.1 de
Bispos <episkopos>, termos que podem ser
traduzidos por: Supervisor. A ideia é a de que o
Presbítero é um guardião, um cuidador. Ele vigia
a Igreja.
c) Pastorear a Igreja. Há ainda o termo Pastor
<poimen> (At 20.28; Ef 4.11), que enfatiza a
necessidade de se ter um caráter moldado
segundo o de Cristo, o Supremo Pastor (1Pe
5.4), para assim, conduzir, guiar o Rebanho, a
Igreja que foi comprada com sangue (At
20.28).
1.3.2. O Exercício do Presbiterato. A CI/IPB
faz uma considerável distinção nos Artigos:

Art. 25. A igreja exerce as suas funções na


esfera da doutrina, governo e beneficência,
mediante oficiais que se classificam em: a)
ministros do Evangelho ou presbíteros
docentes; b) presbíteros regentes; c) diáconos.
Art. 30. O Ministro do Evangelho é o oficial
consagrado pela igreja, representada no
Presbitério, para dedicar-se especialmente à
pregação da Palavra de Deus, administrar os
sacramentos, edificar os crentes e participar,
com os presbíteros regentes, do governo e
disciplina da comunidade.
Art. 50. O Presbítero Regente é o
representante imediato do povo, por este eleito
e ordenado pelo Conselho, para, juntamente com
o pastor, exercer o governo e a disciplina
e zelar pelos interesses da igreja a que
pertencer, bem como pelos de toda a
comunidade, quando para isso eleito ou
designado.
A distinção entre Presbítero Docente e
Regente, nos termos da Escritura tem como
ponto principal de distinção o nível de dedicação
ao Ensino:

Devem ser considerados merecedores de


dobrados honorários os presbíteros que
presidem bem, com especialidade os que se
afadigam na palavra e no ensino. 1Tm 5.17.
Ao tratar das qualificações para quem almeja o
Episcopado (1Tm 3.1), ou seja, ocupar a posição
de Presbítero ou Bispo (Tt 1.5,7), Paulo declara
que este deve:

a) Ser apto para o Ensino (1Tm 3.2).

b) Apegado à Palavra Fiel, segundo a Sã


Doutrina para exortar e convencer (Tt 1.9).
2. O OFÍCIO DO DIÁCONO
2.1. A Definição do Termo Diácono.
O termo “Diácono” vem do grego (diáconos), que
significa: “servo”, “serviço”, “servir”, “servir à
mesa”. Os substantivos “Diaconia” e “Diáconos”
e o verbo “Diaconar” são usados para expressar
a ideia de serviço, ministério, socorro e
assistência.
O substantivo diaconia é usado para tratar de
ajuda financeira (2Co 8.4; 11.8; Rm 15.25,
26); na beneficência (Atos 6.1) e assistência
pessoal atendendo às necessidades temporais.
Mas também tem seu uso com referência a
esforços evangelísticos e missionários (At
19.22; 1Co 6.15; 2Tm 4.11; Ap 2.19).
A questão fundamental é compreender que o
termo indica serviço, servir, ministrar. Tendo
aplicação em contextos relacionados ao Ofício
do Diaconato, mas também fora dele (Jo 2.9).

“O papel bíblico dos Diáconos é cuidar das


necessidades físicas e logísticas da igreja, de
modo que os presbíteros possam se concentrar
no seu chamado primário”. Benjamin L. Merkle
2.2. A Origem do Ofício do Diácono.
Embora já cientes de que Atos 6.1-7 apresente
a origem deste ofício, são necessárias algumas
considerações:

a) Foi uma eleição oficial com a participação da


Igreja.

b) A Função a ser exercida estava investida de


Autoridade.
c) Os servos eleitos foram investidos com
imposição de mãos dos apóstolos.

d) Este evento funciona como base para as


demais textos neotestamentários que tratam do
ofício do Diácono.

Este evento é portanto, um exemplo de


organização porquanto houve: Convocação (2);
Orientação (3); Eleição (5) e Ordenação e
Instalação (6) dos eleitos.
2.3. A Função do oficial eleito Diácono.
Os sete homens foram eleitos para servir as
mesas, ou seja, prestar assistência aos irmãos
necessitados da Igreja.

a) Foram eleitos para que não ficassem os


necessitados sem o auxílio necessário. O texto
mostra que um grupo realmente necessitado, as
viúvas, ficou esquecido.
b) Foram eleitos para preservar a Unidade da
Igreja, haja visto que um princípio de
murmuração se iniciou.

c) Foram eleitos para que o Evangelho


continuasse seu Progresso com o bom
testemunho, mas acima de tudo com a dedicação
exclusiva dos apóstolos à Oração e Pregação do
Evangelho.
b) Foram eleitos para preservar a Unidade da
Igreja, haja visto que um princípio de
murmuração se iniciou.

c) Foram eleitos para que o Evangelho


continuasse seu Progresso com o bom
testemunho, mas acima de tudo com a dedicação
exclusiva dos apóstolos à Oração e Pregação do
Evangelho.
“Embora o ofício de diácono seja frequentemente
negligenciado na igreja, sua importância dificilmente
pode ser superestimada: os diáconos servem
fielmente à congregação, permitem que os
presbíteros se concentrem em seu chamado principal
e, quando necessário, lidem com situações delicadas
de crise. Talvez seja por isso que o apóstolo Paulo
escreve: “Pois os que desempenharem bem o
diaconato alcançam para si mesmos justa
preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo
Jesus” (1Tm 3.13).” Benjamin L. Merkle
A CI/IPB no Art. 53 declara: O diácono é o
oficial eleito pela igreja e ordenado pelo
Conselho, para, sob a supervisão deste, dedicar-
se especialmente:

a) à arrecadação de ofertas para fins piedosos;

b) ao cuidado dos pobres, doentes e inválidos;


c) à manutenção da ordem e reverência nos
lugares reservados ao serviço divino;

d) exercer a fiscalização para que haja boa


ordem na Casa de Deus e suas dependências.

A atuação dos diáconos pode ser ajustada a


realidade de cada Igreja, porém, o essencial no
ofício é o serviço de auxílio e cuidado físico.

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