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I.

A cidade de Colossos
A fim de ter uma boa compreensão acerca da
igreja para a qual Paulo escreveu a carta, vamos
considerar como era a cidade de Colossos no
primeiro século.
I. A cidade de Colossos
1. A localização da cidade
Colossos estava situada próximo a duas outras
cidades citadas na epístola: Hierápolis e
Laodiceia (Cl 4.13). Localizavam-se no vale entre
os rios Lico e Meânder, na Ásia Menor. Uma
ativa rota comercial cortava a região. A uns 160
km a oeste de Colossos, estava Éfeso.
I. A cidade de Colossos
2. A decadência da cidade
No século V a.C., Colossos era uma grande
cidade. Mas, no tempo de Paulo, as cidades mais
jovens, Hierápolis e Laodiceia, haviam-na
ultrapassado. Quando o apóstolo escreveu a
carta, a cidade não passava de uma aldeia.
12

Cristo acima de tudo


12
• Texto básico: Colossenses 1.13-19
• Versículo-chave: Colossenses 1.17

“Ele é antes de todas as coisas.


Nele, tudo subsiste.”
Alvo da lição

Saber relembrar que acima de tudo, visível e


invisível, está Cristo, o Senhor;

Sentir perceber cada dia mais que Cristo está acima


do universo e da igreja;
Agir testemunhar a fé em Cristo por onde passar.
Introdução

Logo depois de escrever acerca da herança dos


santos, Paulo ensinou que a razão da conquista
e da garantia dessa herança está na obra de
redenção realizada por Jesus Cristo. A seguir,
ensina os seus leitores (incluindo nós) sobre as
características e prerrogativas de Jesus, que O
tornam o Ser sobremodo excelente.
Introdução
Nisto, o principal objetivo do apóstolo é
demonstrar que Cristo está acima de qualquer
ser espiritual apresentado pelos falsos mestres
de Colossos como o meio de chegar a Deus.
I. A obra da redenção (Cl 1.13-14)
Ele nos libertou do império das trevas e nos
transportou para o reino do Filho do seu
amor,no qual temos a redenção, a remissão
dos pecados.
Em texto mais adiante, o apóstolo ensinou sobre o
caráter de Cristo. Mas nesses dois versículos, em
poucas palavras, esboçou a obra que Jesus realizou,
mediante a qual nos tornamos participantes da
herança dos santos na luz.
I. A obra da redenção (Cl 1.13-14)
1. Libertou (Cl 1.13)
A palavra “libertou” era usada, no tempo do
apóstolo, em relação ao resgate de uma terrível
situação. O “império das trevas”, que ameaça as
pessoas, são os poderes malignos (cf. Lc 22.53),
sobre os quais a autoridade de Satanás é
exercida (cf. At 26.18).
I. A obra da redenção (Cl 1.13-14)
1. Libertou (Cl 1.13)
“Trevas” é o estado de separação e ignorância
entre o homem e Deus. Uma força irresistível
nos arrastava para esse abismo. Foi desse tipo
de império que fomos libertados (resgatados) de
uma vez.
I. A obra da redenção (Cl 1.13-14)
2. Transportou (Cl 1.13)
Este é o outro lado da libertação. Os cristãos não
somente foram libertos do domínio do pecado,
mas foram transportados ou transladados para
outro tipo de domínio. Deus nos tirou de um
lugar e nos colocou noutro.
I. A obra da redenção (Cl 1.13-14)
3. Redimiu (Cl 1.14)
Em Cristo, “temos a redenção”. A escravidão era
comum no tempo de Paulo. Quando os escravos
eram libertados, a isso se chamava “redenção”,
daí o apóstolo comparar a salvação com a
situação de um escravo que está debaixo do
domínio de um amo duro e cruel, e sem condições
para negociar a sua própria libertação.
I. A obra da redenção (Cl 1.13-14)
• Redimiu 1 Pedro 1:18-21 - sabendo que não foi
mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro,
que fostes resgatados do vosso fútil procedimento
que vossos pais vos legaram,
mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem
defeito e sem mácula, o sangue de Cristo,
conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo,
porém manifestado no fim dos tempos, por amor de
vós que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o
ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de
sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus.
I. A obra da redenção (Cl 1.14)
• Redimiu Efésios 1:7 - sabendo no qual temos a redenção,
pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a
riqueza da sua graça,
• . Hebreus 7:27 que não tem necessidade, como os
sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios,
primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do
povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si
mesmo se ofereceu.
• não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas
pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos,
uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.
Hebreus 9:12
I. A obra da redenção (Cl 1.14)
• Redimiu Colossenses 2:14,15 - sabendo no qual temos a
• tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra
nós e que constava de ordenanças, o qual nos era
prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o
na cruz;
e, despojando os principados e as potestades,
publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles
na cruz.
• Salmos 103:12 Quanto dista o Oriente do Ocidente,
assim afasta de nós as nossas transgressões.
II. A preeminência do Redentor
(Cl 1.15-18)
Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;
pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as
visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer
principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para
ele.
Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.
Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de
entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, Colossenses
1:15-18
Nesse trecho, Paulo convida os seus leitores a fixarem o olhar
naquele por meio de Quem todas as bênçãos da salvação
provêm – o Filho do amor de Deus – a fim de notarem a Sua
preeminência.
II. A preeminência do Redentor
(Cl 1.15-18)
1. Em relação ao Pai (Cl 1.15)
Cristo deve ser visto, em primeiro lugar, quanto ao
Seu relacionamento com Deus. Nele, o “Deus
invisível” torna-se visível. Cristo é a manifestação e
a revelação do Pai aos olhos dos homens (Jo 14.9).
Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou
convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê
a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
João 14:9
II. A preeminência do Redentor
(Cl 1.15-18) Em relação ao universo (Cl 1.15-17)

a. “O primogênito de toda a criação”


b. O Senhor do universo
• “Nele”
• “por meio dele”
• “para ele”
c. A subsistência de todas as coisas (v.17)
2.A -Em relação ao universo (Cl 1.15-17) “O
primogênito de toda a criação”
• "O primogênito de toda a criação"- O Filho tem os direitos
pertencentes a um primogênito, por causa da Sua posição
preeminente sobre toda a criação.
• A expressão não significa como alguns supõem, que Cristo
é parte da criação, o primeiro ser que Deus criou. O
apóstolo mostra que Ele é o Criador (v.16), e assim se opõe
aos falsos mestres que apontavam Jesus como um dos
muitos intermediários entre
Deus e o homem.
• O título "primogênito" não significa somente aquele que
nasceu primeiro, mas também o herdeiro, a quem
pertence toda a autoridade.
2.b- O Senhor do Universo -
pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a
terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam
soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi
criado por meio dele e para ele.Colossenses 1:16
"Todas as coisas" ou "quer dizer que não há
exceção. Quaisquer coistudo" as que há "nos
céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis", até
mesmo os poderes sobrenaturais, que
os gnósticos pensavam poder fazer a ponte entre
Deus e os homens, estão incluídos.
Mas qual é a relação de Jesus com "todas as coisas"?
2.b- O Senhor do Universo -
• No v.16 há três expressões que nos dão a
resposta:
• "Nele" - Cristo foi o meio ambiente para a
criação (cf. Jo 1.1-5);
• • "por meio dele" - Cristo é o agente pelo qual
todas as coisas vieram a existir
(cf. Jo 1.3);
• "para ele" - A totalidade do universo encontra
em Cristo a sua finalidade ou o seu último
sentido (cf. Ef 1.10).
2.c- A subsistência de todas as coisas (v.17) -
Cristo não é apenas o Criador, mas também Aquele
por quem "todas as coisas subsistem". Não deixou
o mundo entregue a si mesmo, depois de o criar: é
ainda o responsável pelo seu funcionamento.

Hebreus 1:3 - Ele, que é o resplendor da glória e a


expressão exata do seu Ser, sustentando todas as
coisas pela palavra do seu poder, depois de ter
feito a purificação dos pecados, assentou-se à
direita da Majestade, nas alturas,
2.c- A subsistência de todas as coisas (v.17) -

Mesmo que, por permissão concedida por Deus,


Satanás detenha poder usurpado, Jesus Cristo
permanece no controle dos acontecimentos.

Por isso, não se pode explicar o futuro nem o


passado, o princípio e o fim do universo e do
homem, à parte de Jesus Cristo. Ele é o propósito
final no qual os poderes do universo e todos os
acontecimentos da história vão se fundir.
Colossenses para hoje

Muitos cristãos dos nossos dias pensam em Cristo


como o Senhor da própria vida, sem compreender
que Ele é o Senhor do universo. Essa compreensão
limitada acerca de Cristo também reduz o
testemunho sobre o Seu poder e caráter. Reflita
sobre o uso desse conhecimento para falar a
respeito da glória do Filho de Deus.
II. A preeminência do Redentor
(Cl 1.15-18)
3. Em relação à igreja (Cl 1.18-20)
Quem é Cristo em relação à igreja?
a. Ele é a cabeça do corpo, da igreja (v.18)
b. Ele é o princípio e o primogênito dos mortos
(v.18)
c. Em todas as coisas, Ele tem a primazia (v.18)
d. Nele reside toda a plenitude da divindade (v.19)
II. A preeminência do Redentor em
relação à igreja (Cl 1.15-18)
Quem é Cristo em relação à igreja?
a.Ele é a cabeça do corpo, da igreja (v.18)
•O corpo físico funciona de acordo com a direção que lhe dá a
cabeça. Do mesmo modo, a igreja deve seguir a direção indicada por
sua cabeça, Cristo. O termo "cabeça" tem o sentido de soberano.  

•Isso implica não ser a autoridade da igreja conferida a um pontífice,


uma hierarquia, um sínodo, um pastor, anciãos ou membros em
geral. Jesus é a cabeça, não apenas na teoria, mas de fato.
II. A preeminência do Redentor em
relação à igreja (Cl 1.15-18)
B- Ele é o princípio e o primogênito dos
mortos (v.18)
• Essas são as razões da sua autoridade suprema.
A igreja tem origem em Jesus, como a nova
criação espiritual
•  assim como nos escolheu, nele, antes da
fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis perante ele; e em amor
Efésios 1:4
II. A preeminência do Redentor em
relação à igreja (Cl 1.15-18)
B- Ele é o princípio e o primogênito dos mortos (v.18)
É Ele quem dá vida à igreja. "Primogênito de entre os
mortos“ é uma referência à ressurreição de Cristo (cf. 1Co
15.20-23), por meio da qual Ele demonstrou poder e
domínio sobre a morte.
Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as
primícias dos que dormem. Visto que a morte veio por um homem,
também por um homem veio a ressurreição dos mortos.
Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos
serão vivificados em Cristo. Cada um, porém, por sua própria
ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua
vinda.1 Coríntios 15:20-23
II. A preeminência do Redentor em
relação à igreja (Cl 1.15-18)
c. Em todas as coisas, Ele tem a primazia v.18
• Jesus Cristo ocupa o primeiro lugar
na criação e também na igreja. Deus decretou que
em todas as coisas Ele tivesse a primazia.

Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o


primogênito de entre os mortos, para em todas as
coisas ter a primazia, Colossenses 1:18
II. A preeminência do Redentor em relação à igreja (Cl 1.15-
18)
d. Nele reside toda a plenitude da divindade (v.19)
porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude
Colossenses 1:19

"Aprouve a Deus" significa que na


eternidade foi desejo do Pai que residisse no Filho toda a plenitude.
Isto é, toda
a perfeição e a totalidade dos atributos divinos pertencem a Cristo,
eternamente.

Em outras palavras, a plena essência da divindade habita em Cristo


(cf. 2.9). Por isso, Ele é absolutamente tudo que o cristão necessita.
II. A preeminência do Redentor em relação à igreja (Cl 1.15-
18)
d. Nele reside toda a plenitude da divindade (v.19)
porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a
plenitude Colossenses 1:19

Ao afirmar que, em Cristo, reside "toda a plenitude",


o apóstolo quis mostrar aos
crentes de Colossos que Jesus não é imperfeito ou
incompleto.
Assim, impediria eles caíssem no erro ensinado pelos
falsos mestres.
Colossenses para hoje

Se em todas as coisas Jesus Cristo tem a


primazia, será que Ele tem a primazia em nós?
O que devo fazer para que essa seja uma
realidade em mim mesmo?
Conclusão
À luz do estudo feito, podemos concluir que há
quatro verdades que nunca devemos esquecer.

1. A obra da nossa redenção foi completa


Deus, por meio de Cristo, libertou-nos da
escravidão das trevas, transportou-nos para o Reino
do Filho amado “e redimiu-nos de uma vez”.
Conclusão
2. Jesus Cristo é o Senhor do universo
Essa compreensão nos fortalecerá nas duras
tormentas da vida, quando parecer que o mal e
a tragédia governam a nossa existência.
Conclusão
3. Jesus Cristo é o Senhor da igreja
Recordar isso ajuda a compreender que a meta
da igreja é fazer a obra de Jesus Cristo no
mundo. É submeter a igreja ao Seu senhorio e
dependência, dando-Lhe a liberdade para agir,
intervir e corrigir quando a Ele convier.
Conclusão
4. Jesus Cristo é o Senhor de cada um de nós
Essa verdade nos convida a renovar a
consagração e a lealdade a Cristo. Por meio
dessa compreensão, tornamo-nos conscientes
do nosso próprio valor e poder. Se o Senhor do
universo quis morrer para salvar uma pessoa,
essa pessoa tem valor!

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