Você está na página 1de 17

ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA

INTRODUÇÃO
Administração Eclesiástica é o estudo do comportamento de
assuntos relacionados ao ofício do pastor no que diz respeito à sua função
como líder ou administrador principal da Igreja na qual ele serve.
Não se deve esquecer que a Igreja é um organismo vivo, mas, é
também uma organização. A organização da igreja, é apresentada, em
sentido figurado, na descrição que o apóstolo Paulo Faz de Cristo. “,,,de
quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado, pelo auxílio de toda junta,
segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento
para a edificação de si mesmo em amor” Ef. 4.16 e 2.21). trata-se
simplesmente da integração de cada junta e parte formando uma unidade, a
fim de que, como conjunto completo, tudo funcione com vida, eficiência e
harmonia.

OS OBJETIVOS DA ORGANIZAÇÃO ECLESIÁSTICA

O propósito da organização da igreja é tríplice. Em primeiro


lugar, tem de amoldar-se à natureza de Deus. O Senhor Deus é muito
ordeiro. Seu grande universo celestial movimenta-se com tal precisão que
possibilita aos astrônomos preverem o momento exato dos eclipses, o
aparecimento dos cometas e outros fenômenos celestes. Deus instruiu os
filhos de Israel a se locomoverem em determinadas formações, atendendo a
condições de precedência, estabelecendo a posição exata de cada tribo no
acampamento, em relação ao tabernáculo que ficava no centro. Quando
Cristo multiplicou os pães para os cinco mil homens, ordenou que todos se
assentassem em grupos de cem e de cinquenta Mc. 6:39,40. O próprio
corpo humano é obra de Suas mãos, sendo uma maravilha de precisão e
organização. A sincronização das batidas cardíacas com a função
respiratória dos pulmões; o processo digestivo e sua relação com sistema
nervoso e com todas as partes do corpo, se ajustam na mais perfeita ordem
e cooperação, funcionando automática e involuntariamente, tudo posto em
movimento pela mão do habilidoso Criador. Poderia alguém duvidar da
sabedoria de Deus em tão bem organizar e correlacionar a Igreja, que é o
corpo de Seu próprio Filho, com a mais exata precisão? Certamente está em
perfeita harmonia com o plano e os métodos de Deus, que a Sua Igreja, a
mais selecionada de toda a criação, tenha pelo menos o mesmo grau de
harmonia e unidade, no seu modo de ser, como qualquer outra obra.
Em segundo lugar, o propósito de organização da igreja local
visa prover o máximo de eficiência. Uma turba de dez mil pessoas poderia
ser derrotada por soldados, mediante ordem e formação técnica de ação. Do

1
mesmo modo, a igreja lugar Mc. 3.34, pode realizar muito mais para Deus
do que uma grande e desorganizada massa de crentes.
Há muito trabalho a ser feito por este mundo afora. Obviamente
faz parte do bom senso alguém se preparar para a realização dessa tarefa da
maneira mais eficiente possível.
Em terceiro lugar, o fim colimado por essa organização da
igreja local é assegurar a probidade em sua administração, já que um
pequeno grupo poderá monopolizar a posse e os privilégios legais, se a
igreja local não for devidamente organizada. Pode ocorrer alguma
parcialidade na distribuição das tarefas do ministério e das atividades da
assembléia. Não havendo registros nem qualquer sistema de controle,
poderá ocorrer injustiça no atendimento aos membros, como por exemplo
nos casos de visitação.

Espiritual
Social
Econômico
Administrar é ao mesmo tempo:
Prever;
Organizar;
Comandar;
Coordenar;
Controlar;
Prever;
É predeterminar um curso de ação; é preparar-se para o futuro
com antecedência através de programas de ação.
Organizar;
É fazer utilizar-se de todos os recursos e meios materiais e
humanos distribuídos de forma racional e harmônica, para que funcione
como “um todo”, sem que a “Solução de Continuidade” seja uma
constante.
Comandar;
É criar as providências necessárias, para que toda a organização
cumpra o seu papel para a qual fora designada dentro das formas
preestabelecidas.
Coordenar;
É manter o organismo em funcionamento homogêneo e não
desintegrado das atividades, pôr mais diversas que sejam. È procurar
manter o equilíbrio do sistema operacional, fazendo com que cada órgão se
desenvolva na sua área de ação, evitando assim, atritos, perda de tempo e
algumas possíveis complicações.
Controlar;
Avaliar e regular o trabalho em andamento e acabado.
2
O próprio Deus estabeleceu regras fixas para o universo;
Lembre-se que o universo foi planejado: Pv. 8.22.
Existem na Bíblia vários exemplos de grandes administradores;
tanto no que diz respeito à obra de Deus, quanto na sobrevivência do seu
povo; Jetro, José no Egito, Daniel e muitos outros.
Já que falamos um pouco sobre Administração Eclesiástica, onde
aplicaremos esta tão importante matéria? Lógico, só poderia ser na Igreja
de Jesus, “Coluna e Firmeza da verdade”. Vamos então falar um pouco
sobre este tão importante e abençoado organismo.
Na linguagem mais simples, o vocábulo “Igreja”, tem um
significado muito abrangente. É o prédio onde se realiza o culto cristão; um
estabelecimento religioso; congregação dos Santos e outros mais. Existe
uma palavra grega “EKKLESIA” traduzido por Igreja, que se deriva de
uma outra palavra que significa “Chamados para fora”.
Em conformidade com o conceito do Novo Testamento, a igreja
cristã é um grupo de pessoas divinamente chamadas e separadas do mundo;
batizadas sob profissão de sua fé em Cristo, unidas sob o pacto e o culto e o
serviço cristão, debaixo da suprema e doce autoridade de Cristo.
A Igreja tem uma missão tríplice, razão pela qual ela está no
mundo. A missão da Igreja é: adoração, edificação e evangelização.
Para que a Administração Eclesiástica cumpra o seu papel para a
qual fora criada, óbvio é que a Igreja esteja com suas bases e linhas
administração, sujeita a um organograma. Senão, vejamos:

DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
Serviços Gerais:
Alimentação;
Manutenção;
Conservação e Limpeza;
Serviço Telefônico.
Material:
Compras;
Almoxarifados.
Pessoal:
*Economia e finanças
Contabilidade;
Tesouraria.
*Trasnportes:
Segurança;
Obras;
Hospedagem;
Livraria;
Secretaria.
3
ADMINISTRAÇÃO E DIRETORIA

O administrador é um especialista na arte de trabalhar com


pessoas. Quando ajuda outros a fazer bem o seu trabalho, obviamente ele
sente-se vitorioso.
A Diretoria só pode desenvolver o seu trabalho, se na sua linha
diretriz tiver um administrador, que seja um “líder” que tenha maturidade,
coragem, amor, propósito.
O líder nunca deve ser ditatorial ou maquiavélico, ou até mesmo
vaidoso e instável.
Em nossas Igrejas, a Diretoria obedece com algumas variantes, o
dispositivo:
Presidente;
1º Vice-Presidente;
2º Vice-Presidente;
1º Tesoureiro (a);
2º Tesoureiro (a);
1º Secretário (a);
2º Secretário (a);
Comissão de contas, que na maioria das vezes, é composta de
três elementos.
Cabe ao Administrador, que nem sempre é o Pastor Presidente à
gestão operacional e administrativa do organismo (Igreja), em comum
acordo com todos os membros da Diretoria, respeitando as linhas de ação e
os limites hierárquicos. Até no Céu há hierarquia; (estude um pouco sobre
Angiologia).
O tesoureiro não pode tomar atribuições que não lhe compete,
bem como o vice-presidente, deferir nada sem aprovação ou consentimento
do presidente.
Da mesma maneira, o 2º vice-presidente deve colocar-se em seu
devido lugar, substituindo o 1º vice-presidente na eventual falta, ou
impedimento legais, os quais sejam: doenças, viagens, ou até mesmo, uma
incompatibilidade, auxiliando o pastor presidente em todos os os trabalhos
da Igreja.
É da competência do 1º secretário (a) da igreja, proceder a
lavratura das atas das Assembléias Gerais e reuniões da Diretoria, redigir
todos os demais documentos, organizar arquivos, fichários, cartões de
membros, enfim, tudo que diz respeito ao secretário. Quando ao 2º
secretário (a) e ao º tesoureiro (a), cabe-lhes a substituição em caso de
impedimento ao 1º secretário (a) e ao 1º tesoureiro (a) respectivamente.
No que tange à comissão de contas ou conselho fiscal, compete-
lhes exarar pareceres à respeito a tesouraria, secretária e patrimônio da
igreja.
4
Lembre-se: “Onde termina os meus direitos, começa os meus
deveres”.
Como administrador, no que tange ao organismo (igreja), nunca
tome decisões isoladas ou precipitadas, porque isso pode caracterizar uma
falta de companheirismo e irreverência aos demais membros da Diretoria.
Não se esqueça: você não é Diretoria, é, apenas o Administrador.
A administração é a mola propulsora para o crescimento e o
aprimoramento de qualquer que seja o seguimento, e, principalmente em
nosso caso, a Igreja. Mas essa administração só se desenvolverá se estiver
afinada coma Diretoria.
O administrador nunca deve dar-se ao luxo de pensar que ele é o
maioral e dizer algumas expressões que podem ter um sonido agressivo e
irritadiço, tais como: “Eu fiz”, “Eu comprei”, “Eu construi”.
De outra forma: “Nós fizemos, nós compramos nós
construímos”, etc. Existe administração porque antes existiu Diretoria, e a
administração precisa caminhar em acordo com a Diretoria. Se houver
alguns pontos de vista que não concluem, é bom que se faça uma ou mais
reuniões, e cheguem a um denominador comum.
Existe uma interdependência entre a administração e a diretoria.
A administração e a diretoria não são dois órgãos isolados, e sim, ambos
formam um complexo que gera e agrupa condições para o crescimento
organizacional e espiritual deste organismo Santo que é a Igreja de Nosso
Senhor Jesus Cristo, com suas bases consolidadas na vontade e graça do
nosso Deus.

ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIAL EFICIENTE

O cuidado administrativo ao patrimônio da Igreja é algo de muita


responsabilidade, pelo fato de que o patrimônio não é nosso, mas sim de
Deus.
Administrar o patrimônio com eficiência é algo que exige do
Administrador (no caso o Pastor), alguns predicados bem acentuados, os
quais sejam: Amor à causa, Fidelidade, Honestidade, Pureza, Lisura,
Equilíbrio, que não seja crente e salvo.
Administrar não é fazer um “milhão de coisas”. È a ciência de
gerar um organismo retirando-o do estado de inércia, e fazendo com que
este tenha uma melhor funcionalidade para o qual fora gerado, com o
menor gasto, sem haver comprometimento com o futuro.
Administrar é fazer uma sábia e coerente distribuição das
responsabilidades, fazendo com que todos aqueles que são capazes
participem das tarefas, sem explorar a quem quer que seja.
Jesus deu-nos este exemplo quando ressuscitou a Lázaro
dizendo: “Tirai a pedra” Lc. 11.39, e também, quando alimentou as cinco
5
mil pessoas, pediu aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobejaram” Jo.
6.12.
O sucesso ou o fracasso administrativo do obreiro têm estado
inseparavelmente ligado à forma como ele administra com sucesso a Igreja
que Deus a ele confiou. Por isso para administrar com sucesso a Igreja do
Senhor, o obreiro necessita pelo menos do seguinte:
a) saber que o patrimônio da Igreja é propriedade exclusiva de
Deus.
b) reconhecer sua fragilidade, e buscar de Deus a graça
necessária. Veja o que diz a Bíblia em 1 Pe. 5.2,3.
Na administração patrimonial eficiente, sem que às vezes
queiramos, entra a figura do zelador (a). O zelador do templo é tão antigo
quanto o próprio templo. Hoje, com as características modernas, tais como
a própria estrutura arquitetônica, o zelador (a) é aquele que tem as chaves
como uma espécie de guardião ou mordomo, com a responsabilidade de
cuidar, arrumar, preparar o ambiente, permitindo seu uso. Quando Jesus
institui a celebração da Ceia, enviou antes seus discípulos para fazerem a
trabalho de zelador. Preparando adequadamente o ambiente, e que
providenciassem os elementos que seriam usados na Santa Ceia.
Em uma Administração patrimonial Eficiente, é bom lembrarmos
também da figura da (o) telefonista, que em respectivo período está neste
alto posto, cuidando da distribuição das informações que necessário se
fizer. Não poderíamos deixar de falar sobre o oficial de serviço gerais, os
quais sejam: pregar um prego no banco, trocar uma lâmpada, substituir o
recarregamento de gás na cantina, consertar o portão frontal, desobstruir a
bacia sanitária, tirar o vazamento na telha, etc.
Não podemos esquecer da (o) oficial que está durante o dia, na
cantina da igreja, sempre à disposição da administração; cozinhando,
assando, lavando louças, etc.
Seria também demais o cuidado a este patrimônio? A
administração eficiente preciso cuidar deste esquecido patrimônio
(humano), lembrando de suas datas natalícias, providenciando-se possível,
o seu registro em carteira, carga horária de serviço, exigindo o legítimo
cumprimento dos deveres e concedendo os privilégios que lhe é devido.
A Administração patrimonial Eficiente deve observar a quitação
de tributos das igrejas; tributos estes, federais, estaduais e até mesmo,
municipais. Observar ainda, a segurança da igreja: gás, eletricidade,
infiltração nas paredes, conservação dos bens móveis e imóveis, cuidar
ainda do nome da igreja junto aos bancos, cartórios, SPC, DPC, Fisco
(Declaração de Renda).
A Administração Patrimonial Eficiente deve estender-se à casa
pastoral, cuidado e provendo com eficiência necessidade patrimoniais.

6
Seria de bom alvitre que a administração patrimonial eficiente,
elaborasse um arquivo para os bens móveis e imóveis da igreja gerando
inclusive, uma listagem patrimonial dos bens, se possível, etiquetando de
forma racional os bens móveis (utensílios, máquinas, microcomputadores,
mesas, cadeiras, objetos da cantina, etc.), facilitando com este mecanismo a
administração e o cuidado dos referidos. No caso de uma transferência de
administração, tornar-se-á mais fácil a consolidação da mesma, gerando
com isto um indiscutível “ar de organização e responsabilidade” por parte
daquele que está passando a administração (antecessor).
Há alguns casos inéditos em que na substituição de
administradores (pastores), todo patrimônio da igreja está à deriva criando
uma situação desconfortante tanto para a administração antecessora quando
para a sucessora; as vezes, por imperícia e descuido do ex-administrador.

AS FINANÇAS DA IGREJA

As finanças da Igreja ou a “situação financeira”, é tão sério


quanto a nossa Salvação.
A administração da Igreja não tem como se desenvolver, se a
mesma não estiver sendo apoiada pelo tesoureiro da igreja. Ora, tudo o que
efetuamos administrativamente falando, dependemos das finanças, quer
seja evangelizando, ou construindo, etc.
O administrador nunca deve pensar que tem poder para usufruir
da finanças da Igreja sem critérios ou normas só pelo fato de ser ele o
administrador. As melhorias no patrimônio, a aquisição de imóveis,
equipamentos, utensílios e veículos, ou quaisquer que sejam necessidades,
devem ser consolidadas. Se possível, através de licitações ou orçamento, e
sempre na presença de dois ou mais membros da Diretoria.
Não é ético e nem aconselhável que o administrador venha gerir
os seus interesses financeiros, fazendo uso das finanças da Igreja; se ele
recebe um pró-labore (ajuda), tem que ser repassado por vias legais
9tesouraria) ao beneficiário.
As finanças da Igreja não são para atender as necessidades
familiares ou particulares do administrador (cunhados, irmãos, sobrinhos,
etc.).
O administrador das finanças tem a obrigação de exigir da
tesouraria ou a quem competir, a apresentação e leitura, se não diário, pelo
menos mensal do relatório financeiro, bem como assinatura do mesmo e, se
necessário, a fixação deste em lugar devido para o conhecimento a quem
interessar.
O administrador deve sempre ter em mente que a situação
financeira da Igreja é gerida com ofertas voluntárias, ofertas alçadas e
dízimos dos irmãos que compõe o corpo de Cristo e estes recursos são
7
consagrados para a causa do Mestre, cujo administrador precisa ter o maior
critério e lisura para administrá-lo, e que o faça com temor, sabendo que
tudo pertence a Deus e tem que ser usado para o engrandecimento do seu
nome.
Nenhum administrador (obreiro) deve ao menos pensar em fazer
uma apropriação indecorosa das finanças da Igreja, porque cedo serão
ceifados. Oxalá todo administrador (obreiro) das Finanças da Igreja
pudesse estar afinado com o sumo Pastor (Jesus) e em todo exército da
administração financeira, estivesse em sintonia com Sl. 101.6.
Assim procedendo, teremos o beneplácito de Deus, e em
compensação Ele será benévolo para conosco. Leiamos: Jr. 48.10a.
As finanças da Igreja devem ser geridas com documentos e
instrumentos hábeis, fazendo efetivamente os lançamentos de caixas e
equilibrando receita/despesa.
O administrador nunca deve ser otimista em exagero, atrelando
os projetos financeiros um ao outro, de forma a não dar fôlego para a
gerência dos recursos. Colocando, ás vezes, a Igreja em funil
desesperadouro, fazendo com que cesse alguns projetos da igreja, correndo
o risco de induzir a igreja e a uma má situação junto às entidades que dão
proteção ao crédito.
Para evitar episódios desta natureza, seria aconselhável que o
administrador fizesse uso do orçamento que nada mais é do que uma peça
de previsão financeira e que serve também, para disciplinar a ação
administrativa no que diz respeito às finanças da igreja. Não confundir
orçamento com balanço contábil. O orçamento representa uma previsão
daquilo que deverá ocorrer em exércitos futuros como resultado do plano d
ação do administrador financeiro: I Cor. 10.31.

A GESTÃO DE OBREIROS

A gerência de obreiros à nível de administração eclesiástica, tem


que ocorrer respeitando os limites e hemisférios de ação, escudado em
Jesus, o supremo administrador observando inclusive, a chamada específica
de cada obreiro e o seu potencial, se, mais aguçado ou mais tênue.
O administrador deve levar em conta que ás vezes, para ele um
obreiro não tem grande relevância, mas para Deus, é altamente importante.
Podemos observar na distribuição dos talentos em Mt. 25.14 à
30, que não foi dado o mesmo número de talentos a todos, mas a um, cinco,
a outro, dois e a outro, 1. Subentende-se que os envolvidos não eram todos
da mesma capacidade. Ora, o gerenciamento de obreiros a nível
administrativo deve seguir à mesma maneira. Existe dois tipos de obreiros
não pode obedecer a mesma norma, generalizando o tratamento e, até
mesmo, as tarefas que serão impostas.
8
No gerenciamento de obreiros é preciso haver reciprocidade de
respeito e consideração. É bom também que o administrador (líder) saiba
que estas qualidades citadas não se exige, mas sim, adquire.
Se o administrador estiver mal-humorado não é bom que o
mesmo “despeje” em cima dos comandado (obreiro), o seu mau humor.
Também não se esqueça que as dificuldades do administrador pode ser as
mesmas do seu comandado. É tão nobre comandar quanto obedecer. Jesus
não exige que façamos nada da nossa capacidade, antes Ele nos ensina
dizendo: “Portanto, tudo que vós quereis que os homens vos façam, fazei-
lho também vós primeiro”. Mt. 7.12.
É preciso que o gerenciamento de obreiros seja acontecido com
eficácia. Por que um indivíduo aceita responsabilidades na igreja? Esta
resposta é encontrada na “motivação humana”.
A motivação é a energia e a direção da nossa vida. Ela determina
tanto o caminho que iremos tomar, quanto o ímpeto colocado em seguí-lo.
A eficácia do indivíduo (obreiro) em realizar em trabalho irá depender
principalmente de 3 fatores pessoais: capacidade, espiritualidade e
motivação.
A motivação opera como uma ciclo contínuo de atividade. Este
ciclo pode ser representado nos termos seguinte modelo:
NECESSIDADE – IMPULSO – ALVO – SATISFAÇÃO
O gerenciamento de obreiros deve ser realizado no mais alto
nível de respeito e profundo reconhecimento das nossas capacidades e
aptidões, as quais Deus nos credenciou, obedecendo os critérios bíblicos.
Lembremo-nos que mesmo levando em conta a hierarquia, todos nós somos
sevos e não senhores: Fp. 2.6 a 11.

A CASA PASTORAL

Há algumas décadas atrás, era comum construir o templo, nos


fundos ou nos lados, eregia a Casa Pastoral. Hoje, esta prática é
desaconselhável por alguns fatores:
a) O pastor precisa ter sua privacidade respeitada;
b) O pastor e sua família precisam ter seu momento de descanso;
c) O pastor e sua família têm que realizar suas confraternizações;
d) O pastor precisa ter liberdade para cultivar a sua saúde física,
exercendo a mordomia do seu corpo;
e) O pastor deve ter como prática contínua, o culto familiar;
f) O pastor precisa, às vezes, corrigir alguns dos filhos.
É da competência daquele que ocupa a Casa Pastoral zelar
propriedade, evitar alguma coisa que venha gerar mal conservação do
imóvel, (quer seja propriedade da igreja, ou alugada), economizando, se
possível, o gasto excessivo de água e luz, não permitindo poluição sonora
9
pelos filhos acima do que é permitindo. Os ocupantes de uma Casa
Pastoral, devem ter postura e gestos condizentes com a palavra de Deus I
Tm. 3.5.
O pastor (morador) deve orientar a esposa ou o responsável pelo
ornamento, a não furar as paredes sem necessidade, lembrando sempre a
Casa Pastoral é um complemento da igreja, e, vice-versa.
Não é da atribuição dos pastores auxiliares, nem Diretoria e,
muito menos, da Igreja e até do Super Santo, a interferência na Casa
Pastoral questionando os móveis e utensílios do pastor e família. Devemos
lembrar que o pastor é homem como nós somos e todos nós temos direitos
e deveres.
A atribuição diaconal estende-se também à Casa Pastoral;
convém ao diácono, se possível, ir à Casa Pastoral e observar (não
interferir!), se está precisando de algum trabalho, os quais sejam: carpir os
fundos ou frente, troca de alguma lâmpada ou coisa semelhante.
A Casa Pastoral não deve ser vedada aos crentes; deve ser
localizada em lugar de fácil acesso, mas os crentes devem lembrar que a
Casa é pastoral e não igreja, querendo com isto, marcar na casa do pastor,
festas, reuniões, churrascos, etc. Se o fazer, faça com prévio consentimento
do pastor e da esposa. A administração da igreja deve prover à Casa
Pastoral de toda segurança possível (muros e portões, grades etc.) e um
terminal telefônico (se possível!). Lembre-se: lá reside o “Anjo da Igreja” e
sua família. Se necessário, prover também, com equipamentos de
incêndios, enfim, tudo que diz respeito aos primeiros socorros. “Quem
sabe, até uma parabólica”!

O SALÁRIO DO PASTOR

“Não atarás a boca do boi que debulha, e: digno é o obreiro do


seu salário” I Tm. 5.18.
O exercício do ministério pastoral não se dá em troca de salário,
é por divina chamada; só que o pastor precisa gerir suas despesas, as quais
sejam:
Despesas com mercado;
Compra de vestes e calçados para ele e para sua família;
Compra de uniformes e material escolar para os filhos;
Tratamento odontológico;
Atualização do seu material bíblico e consultas;
Gastos com correspondências;
Mesada para a esposa e filhos;
Pagamento de diarista e babá, se necessário;
Atualização ou aquisição do meio de transporte para a família;

10
E outros gastos, que chamaríamos de imprevisto. Como pode o
pastor ficar sem ajuda financeira (pastor com tempo integral).
Se ele está produzindo e vive unicamente do evangelho, nada
mais justo do que a Diretoria da igreja reunir-se, e, tratar deste tão
abençoado assunto, e decidir de conformidade com a posse financeira da
igreja e conceder mensalmente a ajuda pastoral para que o pastor
animosamente possa cumprir com suas obrigações. A tesouraria não deve
atrasar o repasse da ajuda ao pastor no dia estabelecido Gl. 6.9.
Não é bom que o pastor tenha uma ajuda financeira inferior ao
gerenciamento da sua vida, porque se assim for, ele contrairá problemas e
alguns traumas financeiros, o que redundará num desgaste para ele e sua
família, podendo inclusive, afetar a condução do rebanho que está a seus
cuidados. Lembramo-nos, “Melhor coisa é dar do que pedir”.
O pastor precisa gozar das suas merecidas férias, seu 13º salário,
um bom convênio médico para ele e sua família, ter à sua disposição uma
conta bancária. Por que tudo isso? Para que não venha ocorrer um acidente
de percurso, causando desvio moral e espiritual dos filhos e esposa. Deus
chamou foi o marido; a chamada é específica; a esposa e filhos só fazem
parte da chamada.
Cabe ao pastor, que recebe ajuda (salário) da igreja, fazer junto
com sua esposa um planejamento financeiro para sua família. O pastor
deve ter em mente que ele não é o dono da igreja e sim, o pastor da igreja.
A igreja não tem nenhum dever de acudir as loucuras financeiras
do pastor, e muito menos, o “status” elevadíssimo que o pastor queira levar.
Não é obrigação da igreja gerir financeiramente os deslizes absurdos dos
filhos do pastor, só porque são filhos do pastor, colocando às vezes
patrimônios e o nome da igreja em jogo.
O pastor deve trazer em dia os seus compromissos, contentar,
caber e viver com o salário que ele percebe. O pastor tem que ter em mente
que ele deve ser o exemplo ao rebanho, em tudo Hb. 13.7.

DISCIPLINA COM AMOR

Quando àqueles que se desviam ou deixam de viver segundo o


padrão bíblico, devem merecer uma atenção particular. As instruções que
nosso Senhor dá em Mt. 18.15-17 devem ser seguidas à risca. Gl. 6.1 é
outra passagem bíblica que precisa ser observada: “Irmãos, se alguém for
surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-lo, com o
espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado”. Faz
parte da incumbência do servo do Senhor instruir, humildemente, àqueles
que se opõem: “...disciplinando com mansidão os que se opõem, na
expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para
reconhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez,
11
livrando-se eles laços do diabo, tendo sido feito cativos por ele, para
cumprirem a sua vontade” II Tm. 2;25,26. Após uma persistência séria,
amorosa, com oração, semelhante à longanimidade de Deus, podemos obter
resultados positivos; caso contrário, será necessário tomar medidas
disciplinares, retirando seus nomes do rol de membros II Tes. 3.6,14,15; I
Cor. 5.2,13. Essa ação não deve ser tomada pessoalmente por quem quer
que seja, mas em consulta a presbíteros e diáconos. Entretanto, não deve
haver negligência nem fraqueza nesses casos, pois Deus é santo, e Ele
repreendeu severamente a igreja de Pérgamo, por permitir que
continuassem em seu meio os que adotavam a doutrina de Balão; e em
Tiatira, por tolerar o ensino daquela mulher, Jezabel Ap. 2.14,20. O Senhor
não deixa passar os pecados nas igrejas. E ainda apoiou a igreja de Éfeso
por não poder tolerar os iníquos Ap. 2.2.

O DESCANSO

Que nenhum ministro se dê ao luxo de dormir mais que o normal,


para que fique em coerência com os homens da sua igreja. Não seria justo
esperar que os crentes demorassem nas reuniões até altas horas da noite,
com o compromisso de se levantarem cedo pela manhã, quando o pastor
dorme até tarde. O pastor deve considerar-se como um trabalhador tanto
quanto os outros, e deveria dormir apenas o tempo comum aos homens.
Que se levante e inicie os deveres diários tão cedo e tão regularmente como
os demais de sua igreja Pv. 6.9-11.

ORAÇÃO E ESTUDO E LEITURA

É de grande conveniência que o ministro do evangelho devote


sua manhã à oração e estudo. Esse é o período do dia em que as visitas são
menos aconselháveis. Do mesmo modo, é a hora em que a mente do
indivíduo está mais viva e aberta para estudar e orar. Pedro disse em At.
6.4, que o ministro deve dedicar-se continuamente à oração e ao ministério
da Palavra. Deveria haver, antes de tudo, o período devocional diário,
composto de leitura das escrituras como alimento, e da oração particular
buscando o poder espiritual. Isso é vital para a saúde do espírito, tanto
quanto o alimento material o é para o bem-estar físico. Que grande tolice
de ministros que pensam poder sobreviver apenas buscando o alimento
espiritual mais para servir aos outros, ou observando a tenção dos crentes
enquanto eles servem à mesa de Deus. Quem serve a mesa deve também
compartilhar dos alimentos que manuseia diariamente. Do mesmo modo
todo pregador deve alimentar-se cada dia para seu crescimento espiritual,
assim como servir aos outros crentes como o mesmo propósito. É um
perigo sutil pensar que o pastor pode viver exclusivamente da atmosfera
12
espiritual. É fácil perder a graça, caso negligencie as orações e as devoções
particulares! O trabalho pastoral tem testemunhado muito naufrágios
espirituais por essa mesma razão.
Sugerimos que os ministros tracem um plano sistemático de
leitura para suas devoções particulares, ao invés de lerem apenas
juntamente com todos os outros. Se não seguirmos uma determinada regra
em nossas leituras bíblicas, buscaremos inconscientemente aquelas
passagens que já serviram de bênção no passado, e que já nos atraíram com
suas verdades espirituais. Isso resulta em que grandes áreas da Palavra de
Deus fiquem inteiramente inexplorada. Somos informados, em II Tm. 3.16,
que toda Escritura inspirada por Deus é proveitosa. Por que nos
limitaríamos a determinadas porções ou a certos tipos de alimento, quando
podemos usufruir de uma agradável variedade que a Palavra de Deus nos
oferece? Assim como a dieta bem equilibrada, com suas proporções certas
de proteínas, amido, gorduras, vitaminas e glicoses, contribui para nossa
saúde física, do mesmo modo a leitura variada e diversificada do que Deus
proveu em Sua palavra será de grande bênção espiritual para todos nós.
A leitura de toda a Bíblia anualmente, é o mínimo que o pregador
deveria fazer ou ter como alvo. Se os membros em geral das igreja
fizessem assim (como também é do dever deles), seria ótimo. E quanto
mais deveriam praticá-lo os ministros, que necessitam de constante
reabastecimento espiritual em suas vidas. A oração deve preceder ou seguir
a leitura da Palavra de Deus, ou ainda intercalada com a leitura , conforme
a direção de cada um. Que bem-aventurança estarmos conscientes da
presença do Senhor durante todo o período devocional. Mediante a Sua
Palavra Ele nos fala, e através de nossas palavras, em oração, falamos a
Ele. Maravilhosa e bendita é essa comunhão com Aquele que nos ama!
Após esse período devocional, pode haver o estudo da Bíblia ou
de livros a ela relacionados. Esse tópico será abordado com maiores
detalhes noutro capítulo. Interrompa-se a intensidade do estudo matutino,
se necessário, para um breve repouso; mas, de modo geral, as manhãs do
ministro devem ser reservadas à oração e ao estudo.

A IGREJA COMO ESCOLA

Essa concepção não é comum. Geralmente nos inclinamos mais a


considerar a igreja como templo do que como escola. Na verdade, a igreja é
um Templo de adoração, mas, na mesma proporção, deve ser um lugar
onde são ensinadas as verdades divinas, como se fora uma sala de aula.

13
O PROGRAMA DE DEUS É EMINENTEMENTE EDUCATIVO

Abraão nos deixou um belo exemplo no A.T, ao ordenar que seus


filhos e toda a sua casa o seguissem Gn. 18.19. Quando os filhos de Israel
foram convidados a que somente os homens fossem adorar a Deus,
insistiram eles perante Faraó: “Havemos de ir com os nossos jovens, e com
os nossos velhos, com os filhos e com as filhas....” Ex. 10.9. No fim das
jornadas dos filhos de Israel pelo deserto, ao anteciparem a morada
permanente na terra de Canaã, Moisés repetiu os mandamentos de Deus
juntamente com esta instrução: “...tu as inculcarás a teus filhos, e delas
falarás assentado em tua cama, e andando pelo caminho, e ao deitar-te e ao
levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão e te serão por frontal
entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas
portas” Dt. 6.7-9. “Ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentados em
vossa cama, e andando pelo caminho, e deitando-vos, e levantando-vos.
Escrevei-as nos umbrais de vossa casa, e nas vossas portas”.
Quando Esdras pleiteava perante os filhos de Israel Esdras 10.11,
que se separassem dos costumes pagãos, reuni-se a ele uma numerosíssima
congregação, dentre o povo, e composta tanto de homens como de
mulheres e crianças. Todos se postavam juntos, enquanto Esdras os
exortava a que retornassem à total obediência à ordem do Senhor Esdras.
10.11. O Sl. 78.1-8 é uma passagem que enfatiza a necessidade da
transmissão da mensagem divina dos mais velhos para os jovens. “...a fim
de nascer, se levantassem e por sua vez os referissem aos seus
descendentes....” E Salomão também lembra-nos em Pv. 22.6: “Ensina a
criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se
desviará dele.” Aqui temos no A.T. as razões da inclusão de crianças na
ministração do evangelho.

A IMPORTÂNCIA DO ENSINO

A importância do ensino, como parte de ministério da igreja


local, é enfatizada fortemente pelo precedente deixado por nosso grande
Mestre quanto a esse particular. Jesus era conhecido pelo título de Rabi ou
Mestre mais de que por qualquer outro. Nicodemos disse: “Rabi, sabemos
que és Mestre vindo da parte de Deus...” O chamado “Sermão da
Montanha”, na realidade, foi um dos marcantes exemplos do ensino de
Cristo. Lemos em Mt. 5.1 e 2: “Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte,
e como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos ; ele passou a
ensiná-los, dizendo...” E na passagem de Mt. 9.35 notamos que Jesus ia por
todas as cidades e aldeias ensinado nas suas sinagogas, pregando o
evangelho do reino, e curando toda forma de enfermidade e doença entre o
povo.
14
O ministério do ensino tem lugar destacado na Grande Comissão,
enquanto Marcos registra: “Ide por todo o mundo e regai o evangelho a
toda a criatura” Mc. 16.15, Mateus diz: Ide portanto, fazei discípulos de
todas as nações... ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho
ordenado” Mt. 28.19,20. A idéia de “ensinar”, pois, ocorre por duas vezes
na versão de Mateus. Consequentemente, podemos ver que pelo menos é
ordem do Mestre que saiamos a ensinar o podo do mundo, na mesma
medida em que pregamos o evangelho. Segundo diz Mateus, fazemo-los
discípulos quando os levamos a depositar fé em Cristo. Depois os
batizamos, e continuamos a ensinar-lhes todas as coisas que Jesus ensinou
aos primeiros discípulos. Isso faz parte da Grande Comissão. Ousaríamos
negligencias na obediência à mesma?

TREINAMENTOS PARA PROFESSORES

O pastor não deve pensar que todos os problemas do ensino


estejam resolvidos apenas por escolher e nomear os professores para as
diversas classes. Deve haver um treinamento cuidadoso e sistemático para
professores ou candidatos. O conhecimento da Bíblia é a preparação
fundamental. Algo das doutrinas das Escrituras deve ser-lhes ensinado. A
distinção de tratamento entre crianças e jovens, nos diversos níveis de
idade, é de grande valor para o futuro ensinador. O pastor sábio planejará o
desenvolvimento de sua escola e a eventual necessidade de novos
professores, à proporção que a escola for crescendo. Professores substitutos
são necessários em todos os departamentos. A classe de treinamento de
professores proverá os substitutos, como também os professores efetivos
para as novas classes a se formarem.

O “COMO” E O “QUANDO” DO ENSINO

Há uma passagem, em Isaías 28.9-13, que é extremamente


esclarecedora ao considerarmos o como e o quando do ensino. Existem
aqueles que adiam a instrução e o treinamento e da responsabilidade
pessoal, talvez com cinco ou seis anos de idade. Afirmam que as
criancinhas são por demais pequenas para saber o que fazem, e assim não
devem ser corrigidas nem instruídas. Que tolice, e que tragédia! Por outro
lado, diz-se que a Igreja Católica Romana se jacta que se lhe derem uma
criança até aos de idade, poderão mais tarde doutriná-la de modo diferente
que será sempre um bom católico, apesar das influências subsequentes. E
tem realmente demonstrado essa tese. Convém não adiarmos a
importantíssima questão de ensinar a Palavra de Deus aos nossos filhos.
Em Isaías 28.9 lemos: “A quem, pois, se ensinaria o conhecimento? E a
quem se daria entender o que se ouviu? Acaso aos desmamados, e aos que
15
foram afastados dos seios maternos?” essa é a declaração de Deus, de que
assim que as crianças são desmamadas, deveria ter início seu ensino. Que
os pais observem e pratiquem particularmente essa instrução do Senhor. É
nos joelhos da mamãe que as crianças prendem a conhecer a Deus. Que os
bebês sejam inscritos no rol de berço, logo que possível. Através do rol de
berço, da classe dos principiantes, as crianças são introduzidas nos canais
regulares do ensino da igreja local.
O como do ensino é aqui clara e simplesmente definido. “Porque
é preciso sobre preceito, preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e
mais regra; um pouco aqui, um pouco ali” Is. 28.10. Isso equivale a dizer
que a repetição até mesmo monótona de pequenas porções da verdade
bíblica, deveria ser continuada, incessante, até que a Palavra lance raízes
nos corações infantis. Preceito sobre preceito, preceito e mais preceito –
quatro camadas de profundidade. Um pouco aqui, um pouco lai. E assim,
pelo bem conhecido e mais eficaz método de ensino –a da repetição – a
Palavra de Deus será implantada no coração dos pequeninos e dos demais.
Deve ser considerado significativo que esses versículos sobre a
instrução precedem e seguem uma das profecias do A.T. acerca da
visitação pentecostal dos últimos dias. “Pelos que por lábios gaguejantes e
por língua estranha falará o Senhor a este povo, ao qual disse: Este é o
descanso, daí descanso ao cansado; e este é o refrigério; mas não quiseram
ouvir” Is.28.11,12. Os pentecostais têm o direito de concluir que a eles em
particular é dirigido esse conselho sobre quando as crianças devem ser
ensinados no conhecimento e como ensinar-lhes.

16
BIBLIOGRAFIA

Administração Eclesiástica
(Kessler, Nemel – Câmara, Samuel)

Pequena Enciclopédia Bíblica


(Boyer, Oralndo)

Organização e liderança na Igreja Local


(Kilinski, Kenneth K. – Wofford, Jerry C.)

Bíblia Thompson – Editora Vida

Relações Públicas – Líderes Cristãos


(Gaby, Wagner – Edição 1990)

A prática do pastorado
(Imprensa Batista Regular – Edição 1983)

Teologia do Obreiro
(EETAD)

Mini-dicionário Aurélio
(Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda)

Dicionário Bíblico Universal


Buckland – Editora Vida).

Revista Administração Eclesiástica


(Faculdade Teológica de Brasília – Jan/Fev/Mar. 1993).

17

Você também pode gostar