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SUMÁRIO
1 ATIVO IMOBILIZADO ............................................................................................................................. 1
2 ATIVO NÃO CIRCULANTE IMOBILIZADO..................................................................................................... 2
2.1 CONCEITO DE IMOBILIZADO SEGUNDO A LEI 6.404/76 E CPC 27 ........................................................ 2
3 CUSTO DE UM ATIVO IMOBILIZADO ........................................................................................................ 3
3.1 RECONHECIMENTO INICIAL ............................................................................................................. 3
3.2 MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE ......................................................................................................... 7
3.3 GASTOS DE CAPITAL X GASTOS DO PERÍODO .................................................................................... 8
4 ATIVO CONSTRUÍDO PELA EMPRESA ...................................................................................................... 10
5 ATIVO QUALIFICÁVEL .......................................................................................................................... 11
5.1 CONTABILIZAÇÃO DA CAPITALIZAÇÃO DOS CUSTOS DOS EMPRÉSTIMOS ................................................ 12
6 CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO .................................................................................... 13
6.1 DEPRECIAÇÃO ............................................................................................................................ 13
6.1.1 ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO X DEPRECIAÇÃO ACUMULADA ........................................................ 13
6.2 INÍCIO DA DEPRECIAÇÃO .............................................................................................................. 14
7 ESTIMATIVA CONTÁBIL VERSUS CRITÉRIO FISCAL ...................................................................................... 15
8 DEPRECIAÇÃO ACELERADA ................................................................................................................... 16
9 DEPRECIAÇÃO NO PRONUNCIAMENTO CPC 27 – ATIVO IMOBILIZADO ......................................................... 16
10 ALTERAÇÃO DA VIDA ÚTIL E VALOR RESIDUAL DO IMOBILIZADO ............................................................. 17
11 VALOR RESIDUAL > VALOR CONTÁBIL................................................................................................. 18
12 RESUMO DOS PONTOS COMENTADOS NESTA AULA .............................................................................. 23
13 OUTRAS QUESTÕES COMENTADAS .................................................................................................... 24
14 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA .............................................................................................. 27
15 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ......................................................................... 31
1 Ativo Imobilizado
Olá, pessoal! Tudo bem com vocês?
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso.
Na aula de hoje falaremos sobre o ativo imobilizado. O assunto é essencial e tem grandes chances
de ser cobrado nos próximos Exames.
Um abraço.
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Mercadorias
Mantido para uso na
produção ou fornecimento
Prestação de serviços
Mantido para aluguel a
Item tangível outros (quando aluguel não
é o fim)
Ativo Imobilizado
Mantido para fins
administrativos
Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das
atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que
transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens.
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Assim, classificam-se no imobilizado direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia como, por exemplo, os terrenos, edificações, máquinas
e equipamentos, móveis e utensílios, veículos. Os bens incorpóreos passam a ficar no intangível.
A regra é a classificação de bens de propriedade da companhia. Bens locados não satisfazem, em
regra, o critério para serem classificados como ativo.
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(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição
necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração;
(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do
local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a
entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante
determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse
período.
(a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no Pronunciamento Técnico CPC
33 – Benefícios a Empregados) decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item
do ativo imobilizado;
(b) custos de preparação do local;
(c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação);
(d) custos de instalação e montagem;
(e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após dedução
das receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca
o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas quando se testa o
equipamento); e
(f) honorários profissionais.
19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:
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2. (CFC/EQT Auditor/2018)
Quando a entidade receber de um cliente a transferência de um item de ativo imobilizado, a sua
administração deverá verificar, por meio de julgamento, se esse item se enquadra no conceito de
ativo à luz da “Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações
Contábeis”. Acerca das características para enquadramento como elemento do ativo, julgue os
itens abaixo.
I. É um bem controlado pela entidade.
II. É um bem resultado de eventos passados.
III. Do bem se espera que resultem benefícios econômicos futuros para a entidade.
IV. Do bem se espera que resultem desembolsos de caixa.
Está(ão) CERTO(S) o(s) item(ns):
a) I, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) II, apenas.
Comentários:
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O imobilizado será reconhecido se o custo puder ser mensurado com confiabilidade, se gerar
benefícios para a entidade.
Além disso, ele é controlado pela entidade e resultado de um evento passado (neste caso, a
transferência).
Portanto, os itens I, II e III estão corretos.
O item IV está errado, posto que você não espera desembolso de caixa.
Gabarito B.
3. (FBC/Exame de Suficiência/2015/1)
De acordo com a NBC TG 27 (R2) – Ativo Imobilizado, assinale a opção que apresenta os custos
diretamente atribuíveis a um ativo imobilizado.
a) Custos administrativos e custos de abertura de nova instalação.
b) Custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes.
c) Custos de instalação e montagem e custos de preparação do local.
d) Custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço.
Comentários:
Segundo o item 19 do CPC 27.
19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:
(a) custos de abertura de nova instalação;
(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades
promocionais);
(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes
(incluindo custos de treinamento); e
(d) custos administrativos e outros custos indiretos.
Os custos que a empresa tem para instalar e montar, além de preparar o local são diretamente
atribuíveis e por isso são somadas ao ativo imobilizado.
Gabarito C.
4. (FBC/Exame de Suficiência/2012/1)
Não integram o custo de aquisição dos bens do Ativo Imobilizado:
a) Os custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente e os custos com
honorários profissionais.
b) Os custos de abertura de novas instalações, os custos incorridos na introdução de novo produto
ou serviço e os custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de
clientes.
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a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por
objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da
natureza ou obsolescência;
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na
aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros
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Avaliação do Imobilizado
Custo - Depreciação/Amortização/Exaustão – Redução Valor Recuperável
Diminuição Perda do valor aplicado:
Por desgaste
Por uso
Depreciação
Por ação da natureza
Por obsolescência
Por aquisição de direitos de propriedade industrial ou comercial com
existência ou exercício de duração limitada
Amortização
Por aquisição de direitos cujo objeto sejam bens de utilização por prazo
legal ou contratualmente limitado
Exaustão Recursos minerais ou florestais ou bens aplicados nessa exploração.
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Os gastos subsequentes podem ser divididos em manutenção periódica (que vai para despesa) e as
paradas programadas (que são gastos de capital e são ativadas, isto é, o valor gasto é contabilizado
no custo do ativo, e passa a ser depreciado).
Manutenção Só beneficiam um
Gastos do período Despesa na DRE
periódica exercício social
A prática anterior era a de provisionar o valor da parada programada. Mas este procedimento foi
alterado, pois não há base para o reconhecimento de um passivo neste caso. Não há obrigação
presente.
O método atual é de dar baixa no valor contábil do item substituído e capitalizar (contabilizar como
ativo) o novo item.
Segundo o CPC 27:
12. Segundo o princípio de reconhecimento do item 7, a entidade não
reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado os custos da
manutenção periódica do item. Pelo contrário, esses custos são reconhecidos
no resultado quando incorridos. Os custos da manutenção periódica são
principalmente os custos de mão-de-obra e de produtos consumíveis, e podem
incluir o custo de pequenas peças. A finalidade desses gastos é muitas vezes
descrita como sendo para “reparo e manutenção” de item do ativo imobilizado.
14. Uma condição para continuar a operar um item do ativo imobilizado (por
exemplo, uma aeronave) pode ser a realização regular de inspeções
importantes em busca de falhas, independentemente das peças desse item
serem ou não substituídas. Quando cada inspeção importante for efetuada, o
seu custo é reconhecido no valor contábil do item do ativo imobilizado como
uma substituição se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos. Qualquer
valor contábil remanescente do custo da inspeção anterior (distinta das peças
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5 Ativo Qualificável
O Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos de Empréstimos estabelece critérios para o
reconhecimento dos juros como componente do valor contábil de um item do ativo imobilizado
construído pela própria empresa.
Os juros de empréstimos contratados para a construção ou aquisição de ativo qualificável (ativo
que demanda um tempo substancial para ficar pronto para o seu uso ou venda pretendidos) devem
ser capitalizados, ou seja, são contabilizados como custo do ativo qualificado.
Um ativo qualificável (tradução de “qualifying assets”) é um ativo que,
necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto
para seu uso ou venda pretendidos.
Os custos de empréstimos diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de ativo
qualificável devem ser capitalizados, ou seja, contabilizados como custo do estoque.
Os outros custos de empréstimos (que não são para ativos qualificáveis) devem ser reconhecidos
como despesas no período em que incorrerem.
Custos de empréstimos - hoje:
Ativos qualificáveis - Parte do custo dos ativos
Outros custos de empréstimos - Despesa na DRE
Ativo qualificável demora um tempo substancial para ficar pronto. E qual seria esse “tempo
substancial”? Um ano? Seis meses?
Não há uma definição ou determinação sobre esse prazo. A empresa deve usar o seu melhor
julgamento técnico, para enquadrar um ativo como qualificável ou não. As normas falam sempre
em “tempo substancial”, mas não definem quanto é esse tempo. Assim, eventuais questões sobre
esse assunto devem mencionar que a construção do ativo demorou um “tempo substancial” ou
algum sinônimo (“demorou muito tempo”, “demorou um tempo excessivamente longo”, e por aí
vai.)
Estudamos a inclusão dos juros no ativo. Agora vejamos a exclusão dos juros.
Conforme o Pronunciamento CPC 27 – Imobilizado:
23. O custo de um item de ativo imobilizado é equivalente ao preço à vista
na data do reconhecimento. Se o prazo de pagamento excede os prazos
normais de crédito, a diferença entre o preço equivalente à vista e o total dos
pagamentos deve ser reconhecida como despesa com juros durante o período
(...), a menos que seja passível de capitalização de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos de Empréstimos. (g.n.)
Vamos supor que uma empresa possa comprar um ativo à vista, por 100.000,00, ou a prazo, por
110.000,00. Nesse caso, o total a prazo excede o preço à vista, e tal diferença deve ser reconhecida
(contabilizada) como despesa com juros.
Digamos que o prazo seja de um mês. A contabilização seria a seguinte:
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Compra à vista:
D – Imobilizado (ativo) 100.000
C – Caixa/bancos (ativo) 100.000
Imobilizado Caixa
100.000,00 100.000,00
Na compra a prazo:
Ao invés de contabilizar o ativo pelo valor total, como é o procedimento normal, o correto é o
seguinte:
D – Imobilizado (Ativo) 100.000
D – Juros a apropriar (ret. Passivo) 10.000
C – Fornecedores (Passivo) 110.000
Imobilizado (A) Juros a apropriar (Ret. P) Fornecedores (P)
100.000,00 10.000,00 110.000,00
Resumindo:
1 – Na construção de ativo qualificado devemos incluir os encargos financeiros no custo do Ativo.
2 – Na compra a prazo de ativos, devemos excluir os encargos financeiros, os quais serão
apropriados como Despesa Financeira por competência.
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6.1 Depreciação
6.1.1 Encargos de Depreciação X Depreciação Acumulada
Pessoal, é muito importante que tenhamos em mente a diferença entre encargos de depreciação e
depreciação acumulada.
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Por exemplo, móvel adquirido em 01.01.X1, por R$ 1.000,00 que deprecia 10% ao ano, sem valor
residual.
Qual o encargo de depreciação e qual a depreciação acumulada no encerramento do exercício em
31.12.X2?
Bom, nesta hipótese, a depreciação anual é de R$ 100,00 (10% de 1.000,00).
O encargo de depreciação representa a conta do exercício, refere-se à depreciação deste período,
conta esta que é zerada no encerramento do exercício social. Portanto, no exercício de X2 será R$
100,00. É uma conta de despesa, fica no resultado do exercício.
A depreciação acumulada, por sua vez, é uma conta retificadora do ativo. Como o próprio nome
sugere, ela computa a soma da depreciação acumulada. Esta conta só é baixada, zerada, com o fim
da vida útil do bem, e sua baixa ou alienação.
Então, a depreciação acumulada em 31.12.X2 será 200,00 (100,00 de X1 + 100,00 de X2).
Agora, vamos falar um pouco sobre os métodos de depreciação.
6. (CFC/EQT Auditor/2017)
A depreciação de um bem do imobilizado se inicia quando:
a) ele está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração.
b) ele foi entregue pelo fornecedor e considerado recebido pela empresa.
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a) três anos, por ser o período de tempo admitido pela legislação tributária vigente, sem
revisão anual.
b) cinco anos, por ser o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo, sujeito
a revisão anual.
c) doze anos, por ser a durabilidade média apurada pelas publicações técnicas especializadas,
sujeito a revisão anual.
d) quinze anos, por ser o prazo médio de vida útil informado pelo fabricante, sem revisão anual.
Comentários:
Segundo a NBC TG 27 (R3), o valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma
sistemática ao longo da sua vida útil estimada, que no caso da questão é de 5 anos.
De acordo com a mesma norma, o valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos
ao final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança
deve ser contabilizada como mudança de estimativa contábil, segundo a NBC TG 23 – Políticas
Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.
Assim, a vida útil da máquina a ser adotada é de cinco anos, por ser o período de tempo durante o
qual a entidade espera utilizar o ativo, sujeito a revisão anual.
Vale destacar que algumas questões recentes fornecem o critério fiscal como forma de confundir o
candidato, pois o critério que deve prevalecer é o critério contábil – melhor estimativa.
Gabarito B
8 Depreciação Acelerada
Para o caso em que os ativos sejam utilizados em dois ou mais turnos de 8 horas de trabalho, o
Fisco admite que a depreciação seja acelerada:
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Normalmente, as diversas partes e itens que compõe um ativo são depreciados conjuntamente.
Todavia:
De acordo com o pronunciamento, um item do ativo imobilizado com custo
significativo em relação ao custo total do item deve ser depreciado separadamente.
Assim, a empresa pode, por exemplo, como disse o próprio CPC, depreciar uma aeronave em 12
anos e depreciar os motores da aeronave em 5 anos.
51. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final
de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a
mudança deve ser contabilizada como mudança de estimativa contábil,
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Antes da edição do CPC 27, o valor residual e a vida útil eram definidos (geralmente, as empresas
usavam o critério fiscal) e não mais se alteravam, durante a vida útil do ativo.
Todavia, com as mudanças, o valor residual e a vida útil de um ativo devem ser revisados pelo
menos ao final de cada ano. Se houver diferença, deve ser realizada e tratada como mudança de
estimativa contábil, como reza o artigo 51 do CPC 27.
A vida útil e valor residual agora podem aumentar e diminuir.
A mudança na depreciação deve ser considerada mudança de estimativa contábil, isto implica
produzir efeitos prospectivos – no ano corrente e nos anos futuros. Não deve ser feita nenhuma
alteração nos valores já contabilizados como depreciação.
Quem quiser entender melhor estes pontos pode assistir a esta revisão de 40
minutos que fizemos em nosso canal do YouTube.
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=6sEJj4HoeaY&t=734s
Vamos lá! Vamos explicar.
Nós reconhecemos inicialmente o ativo pelo seu valor de aquisição. Correto? Subtraímos o valor
residual e encontramos o valor depreciável.
Quando retiramos a depreciação anualmente, encontramos o que chamamos de valor contábil.
Pode acontecer muitas vezes de o valor justo (valor de mercado) ser superior ao valor contábil. A
depreciação é reconhecida mesmo se o valor justo exceder o valor contábil. Não há problemas
nesta hipótese.
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Por exemplo, você tem um valor contábil de uma edificação de R$ 15.000,00 e seu valor de
mercado de R$ 25.000,00. Você deve continuar a depreciar normalmente.
Todavia, como o valor residual pode aumentar, se ele exceder o valor contábil, então devemos
suspender a depreciação até que essa situação se inverta. O valor da depreciação será zero.
54. O valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de depreciação será
zero enquanto o valor residual subsequente for igual ou superior ao seu valor
contábil.
Há que se salientar ainda que se o valor justo for menor do que o valor contábil estamos diante de
uma hipótese de ajuste ao valor recuperável de ativos. Fica assim:
Valor justo > Valor contábil
Deprecia normalmente
Valor residual > Valor contábil
Depreciação = Zero
Valor justo < Valor contábil
Teste de Recuperabilidade
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Todavia, na prática, o valor residual pode ser imaterial, ou seja, irrelevante para o cálculo da
depreciação. Por exemplo, um veículo geralmente tem valor residual. Contudo, máquinas de
produção não. A empresa usa e depois desmancha, para não criar ou não fortalecer a concorrência.
Imagine que determinada empresa tenha máquinas para produzir sabão em pó. No fim da vida útil,
as máquinas ainda estão em bom estado e ela aliena para um pequeno concorrente no interior.
Nesta hipótese, você vai vender máquinas para um concorrente? Para que ele possa se fortalecer?
Não!
A maioria das empresas não alienam, por isso o valor residual pode ser considerado imaterial.
8. (CFC/EQT Auditor/2018)
De acordo com a norma sobre “Ativo imobilizado“, a entidade deve divulgar a natureza e o efeito
de uma mudança de estimativa contábil que tenha impacto no período corrente ou em períodos
subsequentes. Relativamente aos ativos imobilizados, julgue os itens abaixo como VERDADEIROS
(V) ou FALSOS (F).
I. A divulgação pode resultar de mudança de estimativa contábil relativa a valores residuais.
II. A divulgação resultará na mudança de estimativa contábil relativa a custos estimados de
desmontagem, remoção ou restauração de itens do ativo.
III. A divulgação pode resultar de mudança de estimativa contábil relativa ao imobilizado.
IV. A divulgação pode resultar de mudança de estimativa contábil relativa a vidas úteis e métodos
de depreciação.
A sequência CORRETA é:
a) V, V, F, F.
b) V, V, V, F.
c) V, F, V, V.
d) F, F, F, F.
Comentários:
Vejamos item a item...
I. A divulgação pode resultar de mudança de estimativa contábil relativa a valores residuais.
Correto. Como dissemos, ao final do exercício o valor residual deve ser reavaliado e eventual
alteração deve ser contabilizada como mudança de estimativa.
II. A divulgação resultará na mudança de estimativa contábil relativa a custos estimados de
desmontagem, remoção ou restauração de itens do ativo.
Falso. Esses custos podem sim ser alterados. Todavia a questão disse que resultará, quando, na
verdade, deveria dizer poderá.
III. A divulgação pode resultar de mudança de estimativa contábil relativa ao imobilizado.
IV. A divulgação pode resultar de mudança de estimativa contábil relativa a vidas úteis e métodos
de depreciação.
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Correto. Ao final do exercício, esses itens devem ser reavaliados para ver se o imobilizado reproduz
de forma fidedigna o que está contabilizado.
Portanto, temos V, F, V, V.
Gabarito C.
9. (FBC/Exame de Suficiência/2014/1)
De acordo com a NBC TG 27 (R1) – Imobilizado, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou
Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
I. A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil, desde
que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil.
II. A reparação e a manutenção de um ativo evitam a necessidade de depreciá-lo.
III. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida
útil estimada.
IV. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e,
se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como
retificação de erro de período anterior.
A sequência correta é:
a) F, F, V, V. b) F, V, F, V. c) V, F, V, F. d) V, V, F, F.
Comentários:
Analisaremos item a item...
I. A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil,
desde que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil.
O item está correto! Mesmo que o valor de mercado do ativo seja maior do que o seu valor
contábil, a depreciação deve ser reconhecida. Todavia, se em alguma hipótese, o valor residual
deste ativo superar o seu valor contábil, então a depreciação não será mais reconhecida até que se
reestabeleça.
II. A reparação e a manutenção de um ativo evitam a necessidade de depreciá-lo.
O item está incorreto. Por mais que um ativo seja reparado e tenha manutenção, isso não implica a
desnecessidade de depreciação.
III. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua
vida útil estimada.
Item correto. A depreciação é apropriada ao longo da vida útil, de forma sistemática. Vejam que
sistemático não significa necessariamente o mesmo valor, mas sim de modo contínuo, calculado,
exato, de acordo com a melhor estimativa da vida útil.
IV. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e,
se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como
retificação de erro de período anterior.
Item incorreto. A vida útil e o valor residual devem ser sim revisados. Todavia, eventual mudança
deve ser tratada como mudança de estimativa e não como retificação de erro.
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Gabarito C
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Gastos de capital: são os que irão beneficiar mais de um exercício social e devem ser adicionados ao
valor do ativo imobilizado, desde que atendam às condições de reconhecimento de um ativo.
Exemplo: custo de aquisição do bem, custo de instalação e montagem, etc.
Gastos do período (despesas): são os que devem ser agregados às contas de despesas do período,
pois só beneficiam um exercício e são necessários para manter o imobilizado em condições de
operar, não lhe aumentando o valor. Não é provável que esses gastos tenham o potencial de gerar
benefícios econômicos futuros para a entidade. Logo, não podem ser reconhecidos como ativo, mas
sim como despesa. Exemplo: manutenção e reparos, etc.
Os gastos subsequentes podem ser divididos em manutenção periódica (que vai para despesa) e as
paradas programadas (que são gastos de capital e são ativadas, isto é, o valor gasto é contabilizado
no custo do ativo, e passa a ser depreciado).
1 – Na construção de ativo qualificado devemos incluir os encargos financeiros no custo do Ativo.
2 – Na compra a prazo de ativos, devemos excluir os encargos financeiros, os quais serão
apropriados como Despesa Financeira por competência.
Antes da edição do CPC 27, o valor residual e a vida útil eram definidos (geralmente, as empresas
usavam o critério fiscal) e não mais se alteravam, durante a vida útil do ativo.
Todavia, com as mudanças, o valor residual e a vida útil de um ativo devem ser revisados pelo
menos ao final de cada ano. Se houver diferença, deve ser realizada e tratada como mudança de
estimativa contábil, como reza o artigo 51 do CPC 27.
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d) I, II, IV e V, apenas.
Comentários:
Segundo o CPC 27 – Ativo Imobilizado:
56. Os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são consumidos pela entidade,
principalmente por meio do seu uso. Porém, outros fatores, tais como obsolescência técnica ou
comercial e desgaste normal enquanto o ativo permanece ocioso, muitas vezes dão origem à
diminuição dos benefícios econômicos que poderiam ter sido obtidos do ativo. Consequentemente,
todos os seguintes fatores são considerados na determinação da vida útil de um ativo:
(a) uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou produção física esperadas do
ativo;
(b) desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais, tais como o número de
turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparos e manutenção e o cuidado e a
manutenção do ativo enquanto estiver ocioso;
(c) obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na produção, ou de
mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço derivado do ativo;
(d) limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término dos contratos de
arrendamento mercantil relativos ao ativo.
I. Uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou produção física esperadas do
ativo.
Correto. Portanto, um dos fatores para se determinar a vida útil do ativo é sua capacidade ou a
produção que se esperar deste ativo.
II. Desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais, tais como o número de
turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparos e manutenção, bem como, o
cuidado e a manutenção do ativo enquanto estiver ocioso.
Correto. O desgaste físico é um dos principais fatores para a determinação da vida útil de um ativo.
III. Prazos de vida útil divulgados pela Receita Federal do Brasil.
Este item está incorreto. O prazo fiscal deve ser considerado para fins tributários. A contabilidade
deve se pautar nas normas contábeis. Segundo o CPC 27, devemos utilizar a melhor estimativa
contábil.
IV. Obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na produção, ou
de mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço derivado do ativo.
Item correto. Corresponde ao item 56, c, do CPC 27.
V. Limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término dos contratos de
arrendamento mercantil relativos ao ativo.
Item correto. Corresponde ao item 56, d, do CPC 27. O prazo, por exemplo, pelo qual perdura um
arrendamento mercantil pode ser fator determinante para sabermos a sua vida útil.
Gabarito D.
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a) Os custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente e os custos com
honorários profissionais.
b) Os custos de abertura de novas instalações, os custos incorridos na introdução de novo produto
ou serviço e os custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de
clientes.
c) Os custos de benefícios aos empregados decorrentes diretamente da construção ou aquisição de
item do ativo imobilizado e os custos de preparação do local.
d) Os custos de frete e de manuseio e os custos necessários para instalação e montagem.
5. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1)
Uma Sociedade Empresária que atua no ramo de construção civil está construindo um prédio onde
será instalada uma de suas filiais.
Para essa construção, a Sociedade Empresária está utilizando materiais provenientes de seu
estoque, bem como usando a mão de obra de seus empregados.
Considerando-se o estabelecido nas Normas Brasileiras de Contabilidade, os gastos com a
construção do referido prédio deverão ser reconhecidos em uma conta de:
a) Estoque.
b) Imobilizado.
c) Intangível.
d) Investimentos.
6. (CFC/EQT Auditor/2017)
A depreciação de um bem do imobilizado se inicia quando:
a) ele está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração.
b) ele foi entregue pelo fornecedor e considerado recebido pela empresa.
c) está gerando receita de alguma forma.
d) os riscos e benefícios são transferidos para a entidade.
7. (FBC/Exame Suficiência/CFC/2016.2)
Uma Sociedade Empresária tem por política substituir cada máquina utilizada na produção após 5
anos de uso. Para uma determinada máquina adquirida em julho de 2016, foram apuradas as
seguintes informações de vida útil:
- Vida útil média informada pelo fabricante: 15 anos
- Durabilidade média apurada pelas publicações técnicas especializadas: 12 anos.
Existe, na legislação tributária vigente, a possibilidade de se utilizar um período de 3 anos para
depreciação, independentemente do real tempo de uso da máquina pela Sociedade Empresária.
Considerando-se os dados informados, e de acordo com a NBC TG 27 (R3) – ATIVO IMOBILIZADO, a
vida útil da máquina a ser adotada, para fins de registro contábil da depreciação, será de:
a) três anos, por ser o período de tempo admitido pela legislação tributária vigente, sem
revisão anual.
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b) cinco anos, por ser o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo, sujeito
a revisão anual.
c) doze anos, por ser a durabilidade média apurada pelas publicações técnicas especializadas,
sujeito a revisão anual.
d) quinze anos, por ser o prazo médio de vida útil informado pelo fabricante, sem revisão anual.
8. (CFC/EQT Auditor/2018)
De acordo com a norma sobre “Ativo imobilizado“, a entidade deve divulgar a natureza e o efeito
de uma mudança de estimativa contábil que tenha impacto no período corrente ou em períodos
subsequentes. Relativamente aos ativos imobilizados, julgue os itens abaixo como VERDADEIROS
(V) ou FALSOS (F).
I. A divulgação pode resultar de mudança de estimativa contábil relativa a valores residuais.
II. A divulgação resultará na mudança de estimativa contábil relativa a custos estimados de
desmontagem, remoção ou restauração de itens do ativo.
III. A divulgação pode resultar de mudança de estimativa contábil relativa ao imobilizado.
IV. A divulgação pode resultar de mudança de estimativa contábil relativa a vidas úteis e métodos
de depreciação.
A sequência CORRETA é:
a) V, V, F, F. b) V, V, V, F. c) V, F, V, V. d) F, F, F, F.
9. (FBC/Exame de Suficiência/2014/1)
De acordo com a NBC TG 27 (R1) – Imobilizado, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou
Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
I. A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil, desde
que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil.
II. A reparação e a manutenção de um ativo evitam a necessidade de depreciá-lo.
III. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida
útil estimada.
IV. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e,
se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como
retificação de erro de período anterior.
A sequência correta é:
a) F, F, V, V. b) F, V, F, V. c) V, F, V, F. d) V, V, F, F.
10. (FBC/Exame de Suficiência/2012/2)
Em relação ao valor depreciável e ao período de depreciação, conforme a NBC TG 27 – Ativo
Imobilizado, é incorreto afirmar que:
a) a depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil, desde
que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. A reparação e a manutenção de um
ativo não evitam a necessidade de depreciá-lo.
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QUESTÃO GABARITO
1 A
2 B
3 C
4 B
5 B
6 A
7 B
8 C
9 C
10 B
11 C
12 D
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