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PASSEI EQT – NBC TGS

PROF. GABRIEL RABELO

SUMÁRIO
1 ATIVO IMOBILIZADO ............................................................................................................................. 1
2 ATIVO NÃO CIRCULANTE IMOBILIZADO..................................................................................................... 2
2.1 CONCEITO DE IMOBILIZADO SEGUNDO A LEI 6.404/76 E CPC 27 ........................................................ 2
3 CUSTO DE UM ATIVO IMOBILIZADO ........................................................................................................ 3
3.1 RECONHECIMENTO INICIAL ............................................................................................................. 3
3.2 MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE ......................................................................................................... 7
3.3 GASTOS DE CAPITAL X GASTOS DO PERÍODO .................................................................................... 8
4 ATIVO CONSTRUÍDO PELA EMPRESA ...................................................................................................... 10
5 ATIVO QUALIFICÁVEL .......................................................................................................................... 11
5.1 CONTABILIZAÇÃO DA CAPITALIZAÇÃO DOS CUSTOS DOS EMPRÉSTIMOS ................................................ 12
6 CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO .................................................................................... 13
6.1 DEPRECIAÇÃO ............................................................................................................................ 13
6.1.1 ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO X DEPRECIAÇÃO ACUMULADA ........................................................ 13
6.2 INÍCIO DA DEPRECIAÇÃO .............................................................................................................. 14
7 ESTIMATIVA CONTÁBIL VERSUS CRITÉRIO FISCAL ...................................................................................... 15
8 DEPRECIAÇÃO ACELERADA ................................................................................................................... 16
9 DEPRECIAÇÃO NO PRONUNCIAMENTO CPC 27 – ATIVO IMOBILIZADO ......................................................... 16
10 ALTERAÇÃO DA VIDA ÚTIL E VALOR RESIDUAL DO IMOBILIZADO ............................................................. 17
11 VALOR RESIDUAL > VALOR CONTÁBIL................................................................................................. 18
12 RESUMO DOS PONTOS COMENTADOS NESTA AULA .............................................................................. 23
13 OUTRAS QUESTÕES COMENTADAS .................................................................................................... 24
14 QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA .............................................................................................. 27
15 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ......................................................................... 31

1 Ativo Imobilizado
Olá, pessoal! Tudo bem com vocês?
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso.
Na aula de hoje falaremos sobre o ativo imobilizado. O assunto é essencial e tem grandes chances
de ser cobrado nos próximos Exames.

Novamente, a leitura desta aula é indispensável.

Um abraço.

Prof. Gabriel Rabelo.


@contabilidadefacilitada

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2 Ativo Não Circulante Imobilizado


O ativo imobilizado tem definição básica em dois diplomas. O primeiro e principal é a lei 6.404/76.
O segundo é o CPC 27 – Ativo Imobilizado.

2.1 Conceito De Imobilizado Segundo A Lei 6.404/76 E CPC 27


Segundo a Lei 6.404/76:
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos


destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou
exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação
dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Segundo o CPC 27:


Ativo imobilizado é o item tangível que:

(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou


serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e
(b) se espera utilizar por mais de um período.

Mercadorias
Mantido para uso na
produção ou fornecimento
Prestação de serviços
Mantido para aluguel a
Item tangível outros (quando aluguel não
é o fim)
Ativo Imobilizado
Mantido para fins
administrativos

Espera-se utilizar por mais


de 1 período

Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das
atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que
transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens.

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Assim, classificam-se no imobilizado direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia como, por exemplo, os terrenos, edificações, máquinas
e equipamentos, móveis e utensílios, veículos. Os bens incorpóreos passam a ficar no intangível.
A regra é a classificação de bens de propriedade da companhia. Bens locados não satisfazem, em
regra, o critério para serem classificados como ativo.

Classificação dos bens de propriedade


Regra
da companhia

Sobre o trecho “inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios,


riscos e controle desses bens(...)”
Trata-se esta última parte de bens que não são de propriedade da empresa juridicamente, como os
bens objetos de arrendamento.
Com as alterações do CPC 06, tanto o arrendamento operacional como o financeiro passam a ficar
contabilizados no ativo do arrendatário pelo valor presente. Essa mudança se tornou válida a partir
de 2019. A exceção se faz para arrendamento de curto prazo e pequeno valor. Esses podem
continuar sendo contabilizados como despesa.

3 Custo De Um Ativo Imobilizado


3.1 Reconhecimento Inicial
Conforme a lei 6404/76:
Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os
seguintes critérios:

V - Os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido


do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão;

Portanto, o imobilizado é avaliado inicialmente ao custo!

Os itens do ativo imobilizado são mensurados inicialmente pelo seu


custo, o qual inclui todos os custos necessários para colocá-lo em
condições de uso.
Conforme o Pronunciamento CPC 27 – Ativo Imobilizado:
16. O custo de um item do ativo imobilizado compreende:

(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não


recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;

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(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição
necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração;
(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do
local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a
entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante
determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse
período.

17. Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:

(a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no Pronunciamento Técnico CPC
33 – Benefícios a Empregados) decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item
do ativo imobilizado;
(b) custos de preparação do local;
(c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação);
(d) custos de instalação e montagem;
(e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após dedução
das receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca
o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas quando se testa o
equipamento); e
(f) honorários profissionais.

19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:

(a) custos de abertura de nova instalação;


(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e
atividades promocionais);
(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes
(incluindo custos de treinamento); e
(d) custos administrativos e outros custos indiretos.

Custo do ativo imobilizado (CPC 27)


Inclui Não inclui
Preço de aquisição + Imposto Importação Descontos comerciais e abatimentos
+ Impostos não recuperáveis
Preparação do local Custos de abertura de nova instalação
Frete e manuseio por conta do comprador Frete por conta do vendedor
Instalação e montagem Propaganda e atividades promocionais
Testes Custos de treinamento
Honorários profissionais Transferência posterior (novo local)
(engenheiros, arquitetos, por exemplo)
Custos de desmontagem Custos administrativos
(futuro, traz a valor presente)
Custo de remoção (futuro, traz a valor presente) Outros custos indiretos
Outros custos diretamente atribuíveis Remoção, desmontagem de máquinas antigas

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O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo imobilizado


cessa quando o item está no local e nas condições operacionais pretendidas pela
administração.
1. (CFC/EQT Auditor/2019)
De acordo com a norma sobre contabilização de itens do ativo imobilizado, relacionam-se abaixo
exemplos de itens que compõem o custo do ativo imobilizado. Analise os itens e assinale a
alternativa CORRETA.
(a) Custos de instalação e montagem.
(b) Custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades
promocionais).
(c) Custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes,
incluindo treinamento.
(d) Custos administrativos e outros custos indiretos.
Comentários:
Como já vimos, o gabarito é a letra a.
Os gastos com instalação e montagem entram no custo do ativo imobilizado.
As demais alternativas são exemplos de gastos que não devem ser somadas ao custo do
imobilizado.
Gabarito  A.

2. (CFC/EQT Auditor/2018)
Quando a entidade receber de um cliente a transferência de um item de ativo imobilizado, a sua
administração deverá verificar, por meio de julgamento, se esse item se enquadra no conceito de
ativo à luz da “Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações
Contábeis”. Acerca das características para enquadramento como elemento do ativo, julgue os
itens abaixo.
I. É um bem controlado pela entidade.
II. É um bem resultado de eventos passados.
III. Do bem se espera que resultem benefícios econômicos futuros para a entidade.
IV. Do bem se espera que resultem desembolsos de caixa.
Está(ão) CERTO(S) o(s) item(ns):
a) I, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) II, apenas.
Comentários:

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O imobilizado será reconhecido se o custo puder ser mensurado com confiabilidade, se gerar
benefícios para a entidade.
Além disso, ele é controlado pela entidade e resultado de um evento passado (neste caso, a
transferência).
Portanto, os itens I, II e III estão corretos.
O item IV está errado, posto que você não espera desembolso de caixa.
Gabarito  B.

3. (FBC/Exame de Suficiência/2015/1)
De acordo com a NBC TG 27 (R2) – Ativo Imobilizado, assinale a opção que apresenta os custos
diretamente atribuíveis a um ativo imobilizado.
a) Custos administrativos e custos de abertura de nova instalação.
b) Custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes.
c) Custos de instalação e montagem e custos de preparação do local.
d) Custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço.
Comentários:
Segundo o item 19 do CPC 27.
19. Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:
(a) custos de abertura de nova instalação;
(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades
promocionais);
(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes
(incluindo custos de treinamento); e
(d) custos administrativos e outros custos indiretos.
Os custos que a empresa tem para instalar e montar, além de preparar o local são diretamente
atribuíveis e por isso são somadas ao ativo imobilizado.
Gabarito  C.

4. (FBC/Exame de Suficiência/2012/1)
Não integram o custo de aquisição dos bens do Ativo Imobilizado:
a) Os custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente e os custos com
honorários profissionais.
b) Os custos de abertura de novas instalações, os custos incorridos na introdução de novo produto
ou serviço e os custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de
clientes.

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c) Os custos de benefícios aos empregados decorrentes diretamente da construção ou aquisição de


item do ativo imobilizado e os custos de preparação do local.
d) Os custos de frete e de manuseio e os custos necessários para instalação e montagem.
Comentários:
Vamos lá! Respondendo:
a) Os custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente e os custos com
honorários profissionais.
Entram no custo do imobilizado.
b) Os custos de abertura de novas instalações, os custos incorridos na introdução de novo
produto ou serviço e os custos da transferência das atividades para novo local ou para nova
categoria de clientes.
Errado. Uma vez que o ativo esteja no local e condições pretendidas, novos gastos são considerados
como despesas.
c) Os custos de benefícios aos empregados decorrentes diretamente da construção ou aquisição
de item do ativo imobilizado e os custos de preparação do local.
Correto. Salário de empregados que estejam diretamente ligados à construção do ativo e custos
com preparação do local são atribuíveis e devem ser somados ao custo.
d) Os custos de frete e de manuseio e os custos necessários para instalação e montagem.
Correto também. Frete, manuseio e os custos para instalar e montar são somados no custo do
ativo.
Gabarito  B.

3.2 Mensuração Subsequente


Assim como os outros ativos, o ativo imobilizado pode mudar de valor. Ele pode se desgastar, pode
sofrer perda no seu valor de mercado ou perder também o valor que se espera em relação à
capacidade de gerar produtos.
Depois de integrado, ele fica sujeito à depreciação, amortização e exaustão e ao
teste de recuperabilidade.
A previsão para estes institutos encontra-se na Lei 6.404 do seguinte modo:
Art. 183. § 2º A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e
intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela
Lei nº 11.941, de 2009)

a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por
objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da
natureza ou obsolescência;
b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na
aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros

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com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de


utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;
c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua
exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou
bens aplicados nessa exploração.

§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a


recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de
que sejam: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de


interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou
quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para
recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil
econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.
(Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Avaliação do Imobilizado
Custo - Depreciação/Amortização/Exaustão – Redução Valor Recuperável
Diminuição Perda do valor aplicado:
Por desgaste
Por uso
Depreciação
Por ação da natureza
Por obsolescência
Por aquisição de direitos de propriedade industrial ou comercial com
existência ou exercício de duração limitada
Amortização
Por aquisição de direitos cujo objeto sejam bens de utilização por prazo
legal ou contratualmente limitado
Exaustão Recursos minerais ou florestais ou bens aplicados nessa exploração.

3.3 Gastos De Capital X Gastos Do Período


Conforme o livro “Contabilidade Societária”, da equipe de professores da USP, os gastos
subsequentes podem ser de duas espécies:
Gastos de capital: são os que irão beneficiar mais de um exercício social e devem ser adicionados
ao valor do ativo imobilizado, desde que atendam às condições de reconhecimento de um ativo.
Exemplo: custo de aquisição do bem, custo de instalação e montagem, etc.
Gastos do período (despesas): são os que devem ser agregados às contas de despesas do período,
pois só beneficiam um exercício e são necessários para manter o imobilizado em condições de
operar, não lhe aumentando o valor. Não é provável que esses gastos tenham o potencial de gerar
benefícios econômicos futuros para a entidade. Logo, não podem ser reconhecidos como ativo, mas
sim como despesa. Exemplo: manutenção e reparos, etc.

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Os gastos subsequentes podem ser divididos em manutenção periódica (que vai para despesa) e as
paradas programadas (que são gastos de capital e são ativadas, isto é, o valor gasto é contabilizado
no custo do ativo, e passa a ser depreciado).

Manutenção Só beneficiam um
Gastos do período Despesa na DRE
periódica exercício social

Paradas Beneficiam mais de


Gastos de capital Ativo Imobilizado
programadas um exercício social

A prática anterior era a de provisionar o valor da parada programada. Mas este procedimento foi
alterado, pois não há base para o reconhecimento de um passivo neste caso. Não há obrigação
presente.
O método atual é de dar baixa no valor contábil do item substituído e capitalizar (contabilizar como
ativo) o novo item.
Segundo o CPC 27:
12. Segundo o princípio de reconhecimento do item 7, a entidade não
reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado os custos da
manutenção periódica do item. Pelo contrário, esses custos são reconhecidos
no resultado quando incorridos. Os custos da manutenção periódica são
principalmente os custos de mão-de-obra e de produtos consumíveis, e podem
incluir o custo de pequenas peças. A finalidade desses gastos é muitas vezes
descrita como sendo para “reparo e manutenção” de item do ativo imobilizado.

13. Partes de alguns itens do ativo imobilizado podem requerer substituição


em intervalos regulares. Por exemplo, um forno pode requerer novo
revestimento após um número específico de horas de uso; ou o interior dos
aviões, como bancos e equipamentos internos, pode exigir substituição
diversas vezes durante a vida da estrutura. Itens do ativo imobilizado também
podem ser adquiridos para efetuar substituição recorrente menos frequente,
tal como a substituição das paredes interiores de edifício, ou para efetuar
substituição não recorrente. Segundo o princípio de reconhecimento do item 7,
a entidade reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado o custo
da peça reposta desse item quando o custo é incorrido se os critérios de
reconhecimento forem atendidos. O valor contábil das peças que são
substituídas é baixado de acordo com as disposições de baixa deste
Pronunciamento (ver itens 67 a 72).

14. Uma condição para continuar a operar um item do ativo imobilizado (por
exemplo, uma aeronave) pode ser a realização regular de inspeções
importantes em busca de falhas, independentemente das peças desse item
serem ou não substituídas. Quando cada inspeção importante for efetuada, o
seu custo é reconhecido no valor contábil do item do ativo imobilizado como
uma substituição se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos. Qualquer
valor contábil remanescente do custo da inspeção anterior (distinta das peças

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físicas) é baixado. Isso ocorre independentemente do custo da inspeção


anterior ter sido identificado na transação em que o item foi adquirido ou
construído. Se necessário, o custo estimado de futura inspeção semelhante
pode ser usado como indicador de qual é o custo do componente de inspeção
existente, quando o item foi adquirido ou construído.

4 Ativo Construído Pela Empresa


O custo de ativo construído pela própria empresa determina-se utilizando os mesmos princípios
de ativo adquirido. Se a entidade produz ativos idênticos para venda no curso normal de suas
operações, o custo do ativo é geralmente o mesmo que o custo de construir o ativo para venda. Por
isso, quaisquer lucros gerados internamente, são eliminados para determinar tais custos.
Basicamente, se a empresa produz ativos para vender, mas resolve utilizar um ou alguns como
imobilizado, a mensuração deve ser feita pelos mesmos princípios do ativo adquirido, isto é, você
irá capitalizar a mão de obra, gastos com seguro, materiais, honorários de engenheiros, entre
outros.
Se o ativo construído pela empresa custou R$ 300.000,00, e é vendido por R$ 500.000,00, ele ficará
contabilizado por R$ 300.000,00, pois não devemos reconhecer lucros gerados internamente.
De forma semelhante, o custo de valores anormais de materiais, de mão-de-obra ou de outros
recursos desperdiçados incorridos na construção de um ativo não é incluído no custo do ativo.
5. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1)
Uma Sociedade Empresária que atua no ramo de construção civil está construindo um prédio onde
será instalada uma de suas filiais.
Para essa construção, a Sociedade Empresária está utilizando materiais provenientes de seu
estoque, bem como usando a mão de obra de seus empregados.
Considerando-se o estabelecido nas Normas Brasileiras de Contabilidade, os gastos com a
construção do referido prédio deverão ser reconhecidos em uma conta de:
a) Estoque.
b) Imobilizado.
c) Intangível.
d) Investimentos.
Comentários:
Como explicamos, o prédio onde será instalada uma das filiais da empresa será classificado como
Ativo Imobilizado e os gastos com a construção do referido prédio deverão ser reconhecidos no seu
custo, isto é, no Imobilizado.
Gabarito B.

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5 Ativo Qualificável
O Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos de Empréstimos estabelece critérios para o
reconhecimento dos juros como componente do valor contábil de um item do ativo imobilizado
construído pela própria empresa.
Os juros de empréstimos contratados para a construção ou aquisição de ativo qualificável (ativo
que demanda um tempo substancial para ficar pronto para o seu uso ou venda pretendidos) devem
ser capitalizados, ou seja, são contabilizados como custo do ativo qualificado.
Um ativo qualificável (tradução de “qualifying assets”) é um ativo que,
necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto
para seu uso ou venda pretendidos.
Os custos de empréstimos diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de ativo
qualificável devem ser capitalizados, ou seja, contabilizados como custo do estoque.
Os outros custos de empréstimos (que não são para ativos qualificáveis) devem ser reconhecidos
como despesas no período em que incorrerem.
Custos de empréstimos - hoje:
Ativos qualificáveis - Parte do custo dos ativos
Outros custos de empréstimos - Despesa na DRE

Ativo qualificável demora um tempo substancial para ficar pronto. E qual seria esse “tempo
substancial”? Um ano? Seis meses?
Não há uma definição ou determinação sobre esse prazo. A empresa deve usar o seu melhor
julgamento técnico, para enquadrar um ativo como qualificável ou não. As normas falam sempre
em “tempo substancial”, mas não definem quanto é esse tempo. Assim, eventuais questões sobre
esse assunto devem mencionar que a construção do ativo demorou um “tempo substancial” ou
algum sinônimo (“demorou muito tempo”, “demorou um tempo excessivamente longo”, e por aí
vai.)
Estudamos a inclusão dos juros no ativo. Agora vejamos a exclusão dos juros.
Conforme o Pronunciamento CPC 27 – Imobilizado:
23. O custo de um item de ativo imobilizado é equivalente ao preço à vista
na data do reconhecimento. Se o prazo de pagamento excede os prazos
normais de crédito, a diferença entre o preço equivalente à vista e o total dos
pagamentos deve ser reconhecida como despesa com juros durante o período
(...), a menos que seja passível de capitalização de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos de Empréstimos. (g.n.)

Vamos supor que uma empresa possa comprar um ativo à vista, por 100.000,00, ou a prazo, por
110.000,00. Nesse caso, o total a prazo excede o preço à vista, e tal diferença deve ser reconhecida
(contabilizada) como despesa com juros.
Digamos que o prazo seja de um mês. A contabilização seria a seguinte:

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Compra à vista:
D – Imobilizado (ativo) 100.000
C – Caixa/bancos (ativo) 100.000
Imobilizado Caixa
100.000,00 100.000,00

Na compra a prazo:
Ao invés de contabilizar o ativo pelo valor total, como é o procedimento normal, o correto é o
seguinte:
D – Imobilizado (Ativo) 100.000
D – Juros a apropriar (ret. Passivo) 10.000
C – Fornecedores (Passivo) 110.000
Imobilizado (A) Juros a apropriar (Ret. P) Fornecedores (P)
100.000,00 10.000,00 110.000,00

Passado um mês, teríamos:


D – Despesa financeira (resultado) 10.000
D – Fornecedores (Passivo) 110.000
C - Juros a apropriar (ret. Passivo) 10.000
C – Caixa/bancos (ativo) 110.000
Imobilizado (A) Juros a apropriar (Ret. P) Fornecedores (P)
100.000,00 10.000,00 10.000,00 110.000,00 110.000,00

Despesa finan. Caixa


10.000,00 110.000,00

Resumindo:
1 – Na construção de ativo qualificado devemos incluir os encargos financeiros no custo do Ativo.
2 – Na compra a prazo de ativos, devemos excluir os encargos financeiros, os quais serão
apropriados como Despesa Financeira por competência.

5.1 Contabilização Da Capitalização Dos Custos Dos Empréstimos


Normalmente, a contabilização dos custos de empréstimos (no caso de ativos não qualificáveis) é
feita a débito de despesa financeira e crédito do passivo:
D – Despesa financeira (resultado)
C – Empréstimos a pagar (Passivo)

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Desp. Finan. (Resul) Emp. a pagar


XX,XX XX,XX

Observação: a contabilização acima refere-se à situação em que o custo do empréstimo é tratado


como despesa financeira. Ou seja, quando não estamos diante de um ativo qualificável.
No caso dos ativos qualificáveis, para capitalizar os custos dos empréstimos, debitamos o Ativo
que está sendo adquirido ou construído:
D – Ativo qualificado em construção
C – Empréstimo a pagar (passivo)
Ativo qual. em constru. Emp. a pagar
XX,XX XX,XX

Pelo término da construção do ativo:


D – Ativo (Estoque ou imobilizado ou intangível, etc,)
C – Ativo qualificado em construção.
Normalmente, durante a construção, é usada uma conta transitória, denominada “Ativo em
Construção”, que recebe todos os valores que compõe o custo do ativo.
Depois de concluído, a conta transitória é zerada e seu saldo transferido para ativo imobilizado, ou
ativo intangível, enfim, para a conta definitiva.

6 Critério De Avaliação Do Ativo Imobilizado


Dissemos que o ativo imobilizado é classificado pelo custo de aquisição, subtraído da depreciação,
amortização, exaustão, e/ou, ainda, ajuste por redução ao valor recuperável.
Ativo Imobilizado
Custo de aquisição
(-) Depreciação, amortização, exaustão
(-) Ajuste ao valor recuperável
Valor contábil líquido

6.1 Depreciação
6.1.1 Encargos de Depreciação X Depreciação Acumulada
Pessoal, é muito importante que tenhamos em mente a diferença entre encargos de depreciação e
depreciação acumulada.

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Por exemplo, móvel adquirido em 01.01.X1, por R$ 1.000,00 que deprecia 10% ao ano, sem valor
residual.
Qual o encargo de depreciação e qual a depreciação acumulada no encerramento do exercício em
31.12.X2?
Bom, nesta hipótese, a depreciação anual é de R$ 100,00 (10% de 1.000,00).
O encargo de depreciação representa a conta do exercício, refere-se à depreciação deste período,
conta esta que é zerada no encerramento do exercício social. Portanto, no exercício de X2 será R$
100,00. É uma conta de despesa, fica no resultado do exercício.
A depreciação acumulada, por sua vez, é uma conta retificadora do ativo. Como o próprio nome
sugere, ela computa a soma da depreciação acumulada. Esta conta só é baixada, zerada, com o fim
da vida útil do bem, e sua baixa ou alienação.
Então, a depreciação acumulada em 31.12.X2 será 200,00 (100,00 de X1 + 100,00 de X2).
Agora, vamos falar um pouco sobre os métodos de depreciação.

6.2 Início Da Depreciação


A depreciação se inicia quando o ativo está pronto para uso, no local e
na condição pretendida pela administração.
Então, em regra, o mês de aquisição vai entrar no cálculo. Você deve procurar, nas questões, a data
em que o ativo está pronto para ser utilizado.
O mais correto tecnicamente é adotar a data em que o ativo está pronto para uso. Por exemplo, se
estiver pronto no dia 20, deprecia a partir desta data. Todavia, para facilitar os cálculos, em provas,
pode aparecer da seguinte maneira:
- Se o imobilizado está pronto para uso até o dia 15: deprecia o mês todo.
- Se o imobilizado está pronto para uso após o dia 15: deprecia a partir do mês seguinte.
Como saber? Somente testando os números.

6. (CFC/EQT Auditor/2017)
A depreciação de um bem do imobilizado se inicia quando:
a) ele está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração.
b) ele foi entregue pelo fornecedor e considerado recebido pela empresa.

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c) está gerando receita de alguma forma.


d) os riscos e benefícios são transferidos para a entidade.
Comentários:
A depreciação de um ativo imobilizado se inicia quando está pronto para uso, no local e nas
condições pretendidas pela administração.
Gabarito  A.

7 Estimativa Contábil Versus Critério Fiscal


Contabilmente, a depreciação deve ser calculada conforme a melhor estimativa técnica disponível.
Exemplificando. Se a Empresa ALFA adquire dois veículos idênticos e estima que um terá vida útil
de 10 anos e o outro terá vida útil de 7 anos, deve depreciá-los conforme esta estimativa.
Ocorre que a RFB aceita apenas determinados prazos para cálculo da depreciação. As diferenças
deveriam ser ajustadas, para efeito de Imposto de Renda. Com isso, as empresas passaram a usar o
critério fiscal.
Todavia, contabilmente, deve ser usada a melhor estimativa técnica, ainda que diferente do critério
fiscal.
Para concursos, devemos usar o que informa a questão. Se não mencionar vida útil, usamos o que o
fisco determina:
Caso a questão seja silente!
Depreciação: Taxas permitidas pelo fisco para efeito de IR:
Veículos: 5 anos ou 20% ao ano
Máquinas e equipamentos: 10 anos ou 10% ao ano
Móveis e utensílios: 10 anos ou 10 % ao ano
Imóveis: 25 anos ou 4 % ao ano.
Tratores: 4 anos ou 25%.
7. (FBC/Exame Suficiência/CFC/2016.2)
Uma Sociedade Empresária tem por política substituir cada máquina utilizada na produção após 5
anos de uso. Para uma determinada máquina adquirida em julho de 2016, foram apuradas as
seguintes informações de vida útil:
- Vida útil média informada pelo fabricante: 15 anos
- Durabilidade média apurada pelas publicações técnicas especializadas: 12 anos.
Existe, na legislação tributária vigente, a possibilidade de se utilizar um período de 3 anos para
depreciação, independentemente do real tempo de uso da máquina pela Sociedade Empresária.
Considerando-se os dados informados, e de acordo com a NBC TG 27 (R3) – ATIVO IMOBILIZADO, a
vida útil da máquina a ser adotada, para fins de registro contábil da depreciação, será de:

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a) três anos, por ser o período de tempo admitido pela legislação tributária vigente, sem
revisão anual.
b) cinco anos, por ser o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo, sujeito
a revisão anual.
c) doze anos, por ser a durabilidade média apurada pelas publicações técnicas especializadas,
sujeito a revisão anual.
d) quinze anos, por ser o prazo médio de vida útil informado pelo fabricante, sem revisão anual.
Comentários:
Segundo a NBC TG 27 (R3), o valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma
sistemática ao longo da sua vida útil estimada, que no caso da questão é de 5 anos.
De acordo com a mesma norma, o valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos
ao final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança
deve ser contabilizada como mudança de estimativa contábil, segundo a NBC TG 23 – Políticas
Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.
Assim, a vida útil da máquina a ser adotada é de cinco anos, por ser o período de tempo durante o
qual a entidade espera utilizar o ativo, sujeito a revisão anual.
Vale destacar que algumas questões recentes fornecem o critério fiscal como forma de confundir o
candidato, pois o critério que deve prevalecer é o critério contábil – melhor estimativa.
Gabarito  B

8 Depreciação Acelerada
Para o caso em que os ativos sejam utilizados em dois ou mais turnos de 8 horas de trabalho, o
Fisco admite que a depreciação seja acelerada:

Utilização da depreciação acelerada


1 turno de 8 horas: fator 1,0
2 turnos de 8 horas: fator 1,5
3 turnos de 8 horas: fator 2,0

9 Depreciação No Pronunciamento CPC 27 – Ativo


Imobilizado
Falemos agora sobre as novidades contábeis trazidas com o CPC 27, que trata sobre o ativo
imobilizado.
De acordo com o texto do pronunciamento CPC 27:
43. Cada componente de um item do ativo imobilizado com custo significativo em relação ao custo
total do item deve ser depreciado separadamente.
44. A entidade aloca o valor inicialmente reconhecido de um item do ativo
imobilizado aos componentes significativos desse item e os deprecia

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separadamente. Por exemplo, pode ser adequado depreciar separadamente a


estrutura e os motores de aeronave, seja ela de propriedade da entidade ou
obtida por meio de operação de arrendamento mercantil financeiro. De forma
similar, se o arrendador adquire um ativo imobilizado que esteja sujeito a
arrendamento mercantil operacional, pode ser adequado depreciar
separadamente os montantes relativos ao custo daquele item que sejam
atribuíveis a condições do contrato de arrendamento mercantil favoráveis ou
desfavoráveis em relação a condições de mercado.

45. Um componente significativo de um item do ativo imobilizado pode ter a


vida útil e o método de depreciação que sejam os mesmos que a vida útil e o
método de depreciação de outro componente significativo do mesmo item.
Esses componentes podem ser agrupados no cálculo da despesa de
depreciação.

46. Conforme a entidade deprecia separadamente alguns componentes de um


item do ativo imobilizado, também deprecia separadamente o remanescente
do item. Esse remanescente consiste em componentes de um item que não são
individualmente significativos. Se a entidade possui expectativas diferentes
para essas partes, técnicas de aproximação podem ser necessárias para
depreciar o remanescente de forma que represente fidedignamente o padrão
de consumo e/ou a vida útil desses componentes.

47. A entidade pode escolher depreciar separadamente os componentes de um


item que não tenham custo significativo em relação ao custo total do item.

Normalmente, as diversas partes e itens que compõe um ativo são depreciados conjuntamente.
Todavia:
De acordo com o pronunciamento, um item do ativo imobilizado com custo
significativo em relação ao custo total do item deve ser depreciado separadamente.
Assim, a empresa pode, por exemplo, como disse o próprio CPC, depreciar uma aeronave em 12
anos e depreciar os motores da aeronave em 5 anos.

10 Alteração Da Vida Útil E Valor Residual Do


Imobilizado
Nos termos do CPC 27:
50. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática
ao longo da sua vida útil estimada.

51. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final
de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a
mudança deve ser contabilizada como mudança de estimativa contábil,

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segundo o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de


Estimativa e Retificação de Erro.

Antes da edição do CPC 27, o valor residual e a vida útil eram definidos (geralmente, as empresas
usavam o critério fiscal) e não mais se alteravam, durante a vida útil do ativo.
Todavia, com as mudanças, o valor residual e a vida útil de um ativo devem ser revisados pelo
menos ao final de cada ano. Se houver diferença, deve ser realizada e tratada como mudança de
estimativa contábil, como reza o artigo 51 do CPC 27.
A vida útil e valor residual agora podem aumentar e diminuir.
A mudança na depreciação deve ser considerada mudança de estimativa contábil, isto implica
produzir efeitos prospectivos – no ano corrente e nos anos futuros. Não deve ser feita nenhuma
alteração nos valores já contabilizados como depreciação.

Vida útil e Valor residual  Revisados a cada período

11 Valor Residual > Valor Contábil


Segundo o CPC 27:
52. A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o
seu valor contábil, desde que o valor residual do ativo não exceda o seu valor
contábil. A reparação e a manutenção de um ativo não evitam a necessidade de
depreciá-lo.

53. O valor depreciável de um ativo é determinado após a dedução de seu valor


residual. Na prática, o valor residual de um ativo frequentemente não é
significativo e por isso imaterial para o cálculo do valor depreciável.

54. O valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de depreciação será


zero enquanto o valor residual subsequente for igual ou superior ao seu valor
contábil.

Quem quiser entender melhor estes pontos pode assistir a esta revisão de 40
minutos que fizemos em nosso canal do YouTube.
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=6sEJj4HoeaY&t=734s
Vamos lá! Vamos explicar.
Nós reconhecemos inicialmente o ativo pelo seu valor de aquisição. Correto? Subtraímos o valor
residual e encontramos o valor depreciável.
Quando retiramos a depreciação anualmente, encontramos o que chamamos de valor contábil.
Pode acontecer muitas vezes de o valor justo (valor de mercado) ser superior ao valor contábil. A
depreciação é reconhecida mesmo se o valor justo exceder o valor contábil. Não há problemas
nesta hipótese.

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Por exemplo, você tem um valor contábil de uma edificação de R$ 15.000,00 e seu valor de
mercado de R$ 25.000,00. Você deve continuar a depreciar normalmente.
Todavia, como o valor residual pode aumentar, se ele exceder o valor contábil, então devemos
suspender a depreciação até que essa situação se inverta. O valor da depreciação será zero.
54. O valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de depreciação será
zero enquanto o valor residual subsequente for igual ou superior ao seu valor
contábil.

Há que se salientar ainda que se o valor justo for menor do que o valor contábil estamos diante de
uma hipótese de ajuste ao valor recuperável de ativos. Fica assim:
Valor justo > Valor contábil
Deprecia normalmente
Valor residual > Valor contábil
Depreciação = Zero
Valor justo < Valor contábil
Teste de Recuperabilidade

Falta um último aspecto.


53. O valor depreciável de um ativo é determinado após a dedução de seu valor
residual. Na prática, o valor residual de um ativo frequentemente não é
significativo e por isso imaterial para o cálculo do valor depreciável.

Em tese, o valor depreciável é encontrado quando pegamos o valor de aquisição e subtraímos o


valor residual.

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Todavia, na prática, o valor residual pode ser imaterial, ou seja, irrelevante para o cálculo da
depreciação. Por exemplo, um veículo geralmente tem valor residual. Contudo, máquinas de
produção não. A empresa usa e depois desmancha, para não criar ou não fortalecer a concorrência.
Imagine que determinada empresa tenha máquinas para produzir sabão em pó. No fim da vida útil,
as máquinas ainda estão em bom estado e ela aliena para um pequeno concorrente no interior.
Nesta hipótese, você vai vender máquinas para um concorrente? Para que ele possa se fortalecer?
Não!
A maioria das empresas não alienam, por isso o valor residual pode ser considerado imaterial.
8. (CFC/EQT Auditor/2018)
De acordo com a norma sobre “Ativo imobilizado“, a entidade deve divulgar a natureza e o efeito
de uma mudança de estimativa contábil que tenha impacto no período corrente ou em períodos
subsequentes. Relativamente aos ativos imobilizados, julgue os itens abaixo como VERDADEIROS
(V) ou FALSOS (F).
I. A divulgação pode resultar de mudança de estimativa contábil relativa a valores residuais.
II. A divulgação resultará na mudança de estimativa contábil relativa a custos estimados de
desmontagem, remoção ou restauração de itens do ativo.
III. A divulgação pode resultar de mudança de estimativa contábil relativa ao imobilizado.
IV. A divulgação pode resultar de mudança de estimativa contábil relativa a vidas úteis e métodos
de depreciação.
A sequência CORRETA é:
a) V, V, F, F.
b) V, V, V, F.
c) V, F, V, V.
d) F, F, F, F.
Comentários:
Vejamos item a item...
I. A divulgação pode resultar de mudança de estimativa contábil relativa a valores residuais.
Correto. Como dissemos, ao final do exercício o valor residual deve ser reavaliado e eventual
alteração deve ser contabilizada como mudança de estimativa.
II. A divulgação resultará na mudança de estimativa contábil relativa a custos estimados de
desmontagem, remoção ou restauração de itens do ativo.
Falso. Esses custos podem sim ser alterados. Todavia a questão disse que resultará, quando, na
verdade, deveria dizer poderá.
III. A divulgação pode resultar de mudança de estimativa contábil relativa ao imobilizado.
IV. A divulgação pode resultar de mudança de estimativa contábil relativa a vidas úteis e métodos
de depreciação.

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Correto. Ao final do exercício, esses itens devem ser reavaliados para ver se o imobilizado reproduz
de forma fidedigna o que está contabilizado.
Portanto, temos V, F, V, V.
Gabarito  C.

9. (FBC/Exame de Suficiência/2014/1)
De acordo com a NBC TG 27 (R1) – Imobilizado, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou
Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
I. A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil, desde
que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil.
II. A reparação e a manutenção de um ativo evitam a necessidade de depreciá-lo.
III. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida
útil estimada.
IV. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e,
se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como
retificação de erro de período anterior.
A sequência correta é:
a) F, F, V, V. b) F, V, F, V. c) V, F, V, F. d) V, V, F, F.
Comentários:
Analisaremos item a item...
I. A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil,
desde que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil.
O item está correto! Mesmo que o valor de mercado do ativo seja maior do que o seu valor
contábil, a depreciação deve ser reconhecida. Todavia, se em alguma hipótese, o valor residual
deste ativo superar o seu valor contábil, então a depreciação não será mais reconhecida até que se
reestabeleça.
II. A reparação e a manutenção de um ativo evitam a necessidade de depreciá-lo.
O item está incorreto. Por mais que um ativo seja reparado e tenha manutenção, isso não implica a
desnecessidade de depreciação.
III. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua
vida útil estimada.
Item correto. A depreciação é apropriada ao longo da vida útil, de forma sistemática. Vejam que
sistemático não significa necessariamente o mesmo valor, mas sim de modo contínuo, calculado,
exato, de acordo com a melhor estimativa da vida útil.
IV. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e,
se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como
retificação de erro de período anterior.
Item incorreto. A vida útil e o valor residual devem ser sim revisados. Todavia, eventual mudança
deve ser tratada como mudança de estimativa e não como retificação de erro.

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Gabarito  C

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12 Resumo Dos Pontos Comentados Nesta Aula


Classificam-se no imobilizado direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à
manutenção das atividades da companhia como, por exemplo, os terrenos, edificações, máquinas e
equipamentos, móveis e utensílios, veículos. Os bens incorpóreos passam a ficar no intangível.
Os itens do ativo imobilizado são mensurados inicialmente pelo seu custo, o qual inclui todos os
custos necessários para colocá-lo em condições de uso.
Custo do ativo imobilizado (CPC 27)
Inclui Não inclui
Preço de aquisição + Imposto Importação Descontos comerciais e abatimentos
+ Impostos não recuperáveis
Preparação do local Custos de abertura de nova instalação
Frete e manuseio por conta do comprador Frete por conta do vendedor
Instalação e montagem Propaganda e atividades promocionais
Testes Custos de treinamento
Honorários profissionais Transferência posterior (novo local)
(engenheiros, arquitetos, por exemplo)
Custos de desmontagem Custos administrativos
(futuro, traz a valor presente)
Custo de remoção (futuro, traz a valor Outros custos indiretos
presente)
Outros custos diretamente atribuíveis Remoção, desmontagem de máquinas antigas

Gastos de capital: são os que irão beneficiar mais de um exercício social e devem ser adicionados ao
valor do ativo imobilizado, desde que atendam às condições de reconhecimento de um ativo.
Exemplo: custo de aquisição do bem, custo de instalação e montagem, etc.
Gastos do período (despesas): são os que devem ser agregados às contas de despesas do período,
pois só beneficiam um exercício e são necessários para manter o imobilizado em condições de
operar, não lhe aumentando o valor. Não é provável que esses gastos tenham o potencial de gerar
benefícios econômicos futuros para a entidade. Logo, não podem ser reconhecidos como ativo, mas
sim como despesa. Exemplo: manutenção e reparos, etc.
Os gastos subsequentes podem ser divididos em manutenção periódica (que vai para despesa) e as
paradas programadas (que são gastos de capital e são ativadas, isto é, o valor gasto é contabilizado
no custo do ativo, e passa a ser depreciado).
1 – Na construção de ativo qualificado devemos incluir os encargos financeiros no custo do Ativo.
2 – Na compra a prazo de ativos, devemos excluir os encargos financeiros, os quais serão
apropriados como Despesa Financeira por competência.
Antes da edição do CPC 27, o valor residual e a vida útil eram definidos (geralmente, as empresas
usavam o critério fiscal) e não mais se alteravam, durante a vida útil do ativo.
Todavia, com as mudanças, o valor residual e a vida útil de um ativo devem ser revisados pelo
menos ao final de cada ano. Se houver diferença, deve ser realizada e tratada como mudança de
estimativa contábil, como reza o artigo 51 do CPC 27.

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13 Outras Questões Comentadas


10. (FBC/Exame de Suficiência/2012/2)
Em relação ao valor depreciável e ao período de depreciação, conforme a NBC TG 27 – Ativo
Imobilizado, é incorreto afirmar que:
a) a depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil, desde
que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. A reparação e a manutenção de um
ativo não evitam a necessidade de depreciá-lo.
b) a obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou as melhorias na produção, ou
a mudança na demanda do mercado para o produto ou o serviço derivado do ativo não são
considerados na determinação de vida útil de um ativo.
c) o desgaste físico normal esperado, que depende de fatores, como o número de turnos durante
os quais o ativo será usado e o programa de reparos e manutenção, são considerados na
determinação de vida útil de um ativo.
d) o valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de depreciação será zero enquanto o
valor residual subsequente for igual ou superior ao seu valor contábil.
Comentários:
a) a depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil,
desde que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. A reparação e a manutenção
de um ativo não evitam a necessidade de depreciá-lo.
Item correto. Mesmo que o valor de mercado do ativo seja maior do que o seu valor contábil, a
depreciação deve ser reconhecida. Todavia, se em alguma hipótese, o valor residual deste ativo
superar o seu valor contábil, então a depreciação não será mais reconhecida até que se
reestabeleça.
b) a obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou as melhorias na produção,
ou a mudança na demanda do mercado para o produto ou o serviço derivado do ativo não são
considerados na determinação de vida útil de um ativo.
O item está incorreto. A obsolescência é sim considerada na determinação da vida útil.
c) o desgaste físico normal esperado, que depende de fatores, como o número de turnos durante
os quais o ativo será usado e o programa de reparos e manutenção, são considerados na
determinação de vida útil de um ativo.
Item correto. O desgaste físico é um fator essencial na determinação da vida útil do ativo.
d) o valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de depreciação será zero enquanto o
valor residual subsequente for igual ou superior ao seu valor contábil.
Item correto. O valor residual e a vida útil devem ser revisados anualmente. Se o valor residual for
superior ou igual ao valor contábil, a despesa de depreciação então será zero para os períodos
subsequentes.
Gabarito  B.

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11. (FBC/Técnico em Contabilidade/2012)


Uma indústria, constituída na forma de sociedade de capital aberto, adquiriu um terreno com o
objetivo de construir no futuro uma nova unidade fabril.
Assinale a opção que apresenta a norma que é aplicável ao terreno descrito.
a) NBC TG 04 – Ativo Intangível.
b) NBC TG 16 – Estoques.
c) NBC TG 27 – Ativo Imobilizado.
d) NBC TG 28 – Propriedade para Investimento
Comentários:
Dissemos que:
Ativo imobilizado é o item tangível que:
(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a
outros, ou para fins administrativos; e
(b) se espera utilizar por mais de um período.
A propriedade para investimento é utilizada para aluguel ou valorização, o que não é o caso. Ela
comprou o terreno para construir. Portanto, a classificação correta é no ativo imobilizado.
Gabarito  C.

12. (FBC/Exame de Suficiência/2012/1)


Com relação à determinação da vida útil de um ativo imobilizado, analise os fatores descritos nos
itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
I. Uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou produção física esperadas do
ativo.
II. Desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais, tais como o número de
turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparos e manutenção, bem como, o
cuidado e a manutenção do ativo enquanto estiver ocioso.
III. Prazos de vida útil divulgados pela Receita Federal do Brasil.
IV. Obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na produção, ou de
mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço derivado do ativo.
V. Limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término dos contratos de
arrendamento mercantil relativos ao ativo.
De acordo com a NBC TG 27 – Ativo Imobilizado, são fatores a serem considerados na
determinação da vida útil de um ativo imobilizado para fins de apuração do montante da
depreciação aqueles apresentados nos itens:
a) I, II e III, apenas.
b) I, II, e IV, apenas.
c) I, II, III, IV e V.

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d) I, II, IV e V, apenas.
Comentários:
Segundo o CPC 27 – Ativo Imobilizado:
56. Os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são consumidos pela entidade,
principalmente por meio do seu uso. Porém, outros fatores, tais como obsolescência técnica ou
comercial e desgaste normal enquanto o ativo permanece ocioso, muitas vezes dão origem à
diminuição dos benefícios econômicos que poderiam ter sido obtidos do ativo. Consequentemente,
todos os seguintes fatores são considerados na determinação da vida útil de um ativo:
(a) uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou produção física esperadas do
ativo;
(b) desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais, tais como o número de
turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparos e manutenção e o cuidado e a
manutenção do ativo enquanto estiver ocioso;
(c) obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na produção, ou de
mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço derivado do ativo;
(d) limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término dos contratos de
arrendamento mercantil relativos ao ativo.
I. Uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou produção física esperadas do
ativo.
Correto. Portanto, um dos fatores para se determinar a vida útil do ativo é sua capacidade ou a
produção que se esperar deste ativo.
II. Desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais, tais como o número de
turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparos e manutenção, bem como, o
cuidado e a manutenção do ativo enquanto estiver ocioso.
Correto. O desgaste físico é um dos principais fatores para a determinação da vida útil de um ativo.
III. Prazos de vida útil divulgados pela Receita Federal do Brasil.
Este item está incorreto. O prazo fiscal deve ser considerado para fins tributários. A contabilidade
deve se pautar nas normas contábeis. Segundo o CPC 27, devemos utilizar a melhor estimativa
contábil.
IV. Obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na produção, ou
de mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço derivado do ativo.
Item correto. Corresponde ao item 56, c, do CPC 27.
V. Limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término dos contratos de
arrendamento mercantil relativos ao ativo.
Item correto. Corresponde ao item 56, d, do CPC 27. O prazo, por exemplo, pelo qual perdura um
arrendamento mercantil pode ser fator determinante para sabermos a sua vida útil.
Gabarito  D.

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14 Questões Comentadas Nesta Aula


1. (CFC/EQT Auditor/2019)
De acordo com a norma sobre contabilização de itens do ativo imobilizado, relacionam-se abaixo
exemplos de itens que compõem o custo do ativo imobilizado. Analise os itens e assinale a
alternativa CORRETA.
(a) Custos de instalação e montagem.
(b) Custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades
promocionais).
(c) Custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes,
incluindo treinamento.
(d) Custos administrativos e outros custos indiretos.
2. (CFC/EQT Auditor/2018)
Quando a entidade receber de um cliente a transferência de um item de ativo imobilizado, a sua
administração deverá verificar, por meio de julgamento, se esse item se enquadra no conceito de
ativo à luz da “Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações
Contábeis”. Acerca das características para enquadramento como elemento do ativo, julgue os
itens abaixo.
I. É um bem controlado pela entidade.
II. É um bem resultado de eventos passados.
III. Do bem se espera que resultem benefícios econômicos futuros para a entidade.
IV. Do bem se espera que resultem desembolsos de caixa.
Está(ão) CERTO(S) o(s) item(ns):
a) I, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) II, apenas.
3. (FBC/Exame de Suficiência/2015/1)
De acordo com a NBC TG 27 (R2) – Ativo Imobilizado, assinale a opção que apresenta os custos
diretamente atribuíveis a um ativo imobilizado.
a) Custos administrativos e custos de abertura de nova instalação.
b) Custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes.
c) Custos de instalação e montagem e custos de preparação do local.
d) Custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço.
4. (FBC/Exame de Suficiência/2012/1)
Não integram o custo de aquisição dos bens do Ativo Imobilizado:

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a) Os custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente e os custos com
honorários profissionais.
b) Os custos de abertura de novas instalações, os custos incorridos na introdução de novo produto
ou serviço e os custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de
clientes.
c) Os custos de benefícios aos empregados decorrentes diretamente da construção ou aquisição de
item do ativo imobilizado e os custos de preparação do local.
d) Os custos de frete e de manuseio e os custos necessários para instalação e montagem.
5. (FBC/Exame de Suficiência/2017.1)
Uma Sociedade Empresária que atua no ramo de construção civil está construindo um prédio onde
será instalada uma de suas filiais.
Para essa construção, a Sociedade Empresária está utilizando materiais provenientes de seu
estoque, bem como usando a mão de obra de seus empregados.
Considerando-se o estabelecido nas Normas Brasileiras de Contabilidade, os gastos com a
construção do referido prédio deverão ser reconhecidos em uma conta de:
a) Estoque.
b) Imobilizado.
c) Intangível.
d) Investimentos.
6. (CFC/EQT Auditor/2017)
A depreciação de um bem do imobilizado se inicia quando:
a) ele está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração.
b) ele foi entregue pelo fornecedor e considerado recebido pela empresa.
c) está gerando receita de alguma forma.
d) os riscos e benefícios são transferidos para a entidade.
7. (FBC/Exame Suficiência/CFC/2016.2)
Uma Sociedade Empresária tem por política substituir cada máquina utilizada na produção após 5
anos de uso. Para uma determinada máquina adquirida em julho de 2016, foram apuradas as
seguintes informações de vida útil:
- Vida útil média informada pelo fabricante: 15 anos
- Durabilidade média apurada pelas publicações técnicas especializadas: 12 anos.
Existe, na legislação tributária vigente, a possibilidade de se utilizar um período de 3 anos para
depreciação, independentemente do real tempo de uso da máquina pela Sociedade Empresária.
Considerando-se os dados informados, e de acordo com a NBC TG 27 (R3) – ATIVO IMOBILIZADO, a
vida útil da máquina a ser adotada, para fins de registro contábil da depreciação, será de:
a) três anos, por ser o período de tempo admitido pela legislação tributária vigente, sem
revisão anual.

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b) cinco anos, por ser o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo, sujeito
a revisão anual.
c) doze anos, por ser a durabilidade média apurada pelas publicações técnicas especializadas,
sujeito a revisão anual.
d) quinze anos, por ser o prazo médio de vida útil informado pelo fabricante, sem revisão anual.
8. (CFC/EQT Auditor/2018)
De acordo com a norma sobre “Ativo imobilizado“, a entidade deve divulgar a natureza e o efeito
de uma mudança de estimativa contábil que tenha impacto no período corrente ou em períodos
subsequentes. Relativamente aos ativos imobilizados, julgue os itens abaixo como VERDADEIROS
(V) ou FALSOS (F).
I. A divulgação pode resultar de mudança de estimativa contábil relativa a valores residuais.
II. A divulgação resultará na mudança de estimativa contábil relativa a custos estimados de
desmontagem, remoção ou restauração de itens do ativo.
III. A divulgação pode resultar de mudança de estimativa contábil relativa ao imobilizado.
IV. A divulgação pode resultar de mudança de estimativa contábil relativa a vidas úteis e métodos
de depreciação.
A sequência CORRETA é:
a) V, V, F, F. b) V, V, V, F. c) V, F, V, V. d) F, F, F, F.
9. (FBC/Exame de Suficiência/2014/1)
De acordo com a NBC TG 27 (R1) – Imobilizado, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou
Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
I. A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil, desde
que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil.
II. A reparação e a manutenção de um ativo evitam a necessidade de depreciá-lo.
III. O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida
útil estimada.
IV. O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e,
se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como
retificação de erro de período anterior.
A sequência correta é:
a) F, F, V, V. b) F, V, F, V. c) V, F, V, F. d) V, V, F, F.
10. (FBC/Exame de Suficiência/2012/2)
Em relação ao valor depreciável e ao período de depreciação, conforme a NBC TG 27 – Ativo
Imobilizado, é incorreto afirmar que:
a) a depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil, desde
que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. A reparação e a manutenção de um
ativo não evitam a necessidade de depreciá-lo.

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b) a obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou as melhorias na produção, ou


a mudança na demanda do mercado para o produto ou o serviço derivado do ativo não são
considerados na determinação de vida útil de um ativo.
c) o desgaste físico normal esperado, que depende de fatores, como o número de turnos durante
os quais o ativo será usado e o programa de reparos e manutenção, são considerados na
determinação de vida útil de um ativo.
d) o valor residual de um ativo pode aumentar. A despesa de depreciação será zero enquanto o
valor residual subsequente for igual ou superior ao seu valor contábil.
11. (FBC/Técnico em Contabilidade/2012)
Uma indústria, constituída na forma de sociedade de capital aberto, adquiriu um terreno com o
objetivo de construir no futuro uma nova unidade fabril.
Assinale a opção que apresenta a norma que é aplicável ao terreno descrito.
a) NBC TG 04 – Ativo Intangível.
b) NBC TG 16 – Estoques.
c) NBC TG 27 – Ativo Imobilizado.
d) NBC TG 28 – Propriedade para Investimento
12. (FBC/Exame de Suficiência/2012/1)
Com relação à determinação da vida útil de um ativo imobilizado, analise os fatores descritos nos
itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
I. Uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou produção física esperadas do
ativo.
II. Desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais, tais como o número de
turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparos e manutenção, bem como, o
cuidado e a manutenção do ativo enquanto estiver ocioso.
III. Prazos de vida útil divulgados pela Receita Federal do Brasil.
IV. Obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na produção, ou de
mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço derivado do ativo.
V. Limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término dos contratos de
arrendamento mercantil relativos ao ativo.
De acordo com a NBC TG 27 – Ativo Imobilizado, são fatores a serem considerados na
determinação da vida útil de um ativo imobilizado para fins de apuração do montante da
depreciação aqueles apresentados nos itens:
a) I, II e III, apenas.
b) I, II, e IV, apenas.
c) I, II, III, IV e V.
d) I, II, IV e V, apenas.

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15 Gabarito Das Questões Comentadas Nesta Aula

QUESTÃO GABARITO
1 A
2 B
3 C
4 B
5 B
6 A
7 B
8 C
9 C
10 B
11 C
12 D

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