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DISCIPLINA.
METODOLOGIA DA
PESQUISA TEOLÓGICA
(Organizado pelo Setor Acadêmico do ITL)
BRASIL, MA
Versão 2021
SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 7
2 - PRELIMINARES .................................................................................................................. 14
2.1. LEVANTAMENTO DA HIPÓTESE DE TRABALHO ................................................................................ 14
2.2. PLANO DE TRABALHO ............................................................................................................... 14
2.3. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO ................................................................................................ 15
3 - A PRÁTICA DA PESQUISA .................................................................................................. 18
3.1. SELECIONANDO AS REFERÊNCIAS ................................................................................................ 18
3.2. METODOLOGIA DE LEITURA ....................................................................................................... 19
3.3. REUNINDO AS ANOTAÇÕES: UM ESBOÇO PRELIMINAR.................................................................... 19
3.4. REDAÇÃO CIENTÍFICA ............................................................................................................... 20
4 - APRESENTAÇÃO FORMAL.................................................................................................. 22
4.1. DIAGRAMAÇÃO ....................................................................................................................... 22
4.2. FORMATO .............................................................................................................................. 22
5 - ESTRUTURA ...................................................................................................................... 25
5.1. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS ....................................................................................................... 26
5.2. ELEMENTOS TEXTUAIS .............................................................................................................. 27
5.3. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS ....................................................................................................... 28
6 - MODELOS PRÉ-TEXTUAIS .................................................................................................. 31
6.1. FORMATOS E MARGENS ........................................................................................................... 31
6.2. FORMAS DE RESUMO ............................................................................................................... 38
6.3. PAPER ................................................................................................................................... 39
6.4. COMUNICAÇÃO ....................................................................................................................... 39
6.5. FICHAMENTO.......................................................................................................................... 39
7 - MODELO DE PROJETO DE PESQUISA.................................................................................. 41
7.1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 41
7.2. JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................... 41
7.3. METODOLOGIA ....................................................................................................................... 41
7.4. CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 41
7.5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................................... 42
7.6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA COMENTADA .................................................................................... 42
8 - NOTAS E REFLEXÕES SOBRE REDAÇÃO CIENTÍFICA ............................................................ 44
8.1. ÊNFASE ................................................................................................................................. 47
8.2. LÍNGUAS ORIGINAIS ................................................................................................................. 48
8.3. PRONOMES REFERENTES A DEUS ................................................................................................ 48
8.4. LINGUAGEM SUBJETIVA ............................................................................................................ 48
8.5. REFERÊNCIAS BÍBLICAS ............................................................................................................. 48
APRESENTAÇÃO
AULA
01
1- INTRODUÇÃO
A prática da pesquisa, a habilidade em escrever e a apresentação formal de um
trabalho são elementos que apontam para um trabalho árduo por parte daquele que se
envolve em projetos dissertativos em qualquer nível. Os tópicos abordados pretendem
propiciar uma orientação inicial.
Bem, como veremos, a palavra inicial é PLANEJAMENTO. Mas, antes de iniciar o
planejamento é preciso entender que distinções existem entre as diversas nomenclaturas
para o trabalho científico. Deseja-se planejar, mas planejar que forma de conhecimento?
Dentre um universo muito rico de formas, pode-se ressaltar o conhecimento empírico, e
filosófico, o artístico, o religioso e o científico. Cada uma das formas de conhecimento
possui uma base de trabalho.
relacionados. Este fenômeno é possível porque uma teoria pode ser aplicada de diversas
maneiras e é passível de leituras diferenciadas dependendo do objetivo que se tem em
mente e do pesquisador que a está utilizando. Para Kuhn, “uma parte (embora pequena)
do trabalho teórico normal consiste simplesmente em usar a teoria existente para prever
informações fatuais dotadas de valor intrínseco”.
É importante o reconhecimento do papel desempenhado na pesquisa científica por
aquilo que chamo de paradigmas. Considero paradigmas as realizações científicas
universalmente reconhecidas que durante algum tempo, fornecem problemas e soluções
moderadas para uma comunidade de praticantes de ciências.
Esses são apenas alguns aspectos desse livro denso e importante na vida de um
verdadeiro cientista e, portanto, devemos recorrer a ele sempre, seja em busca de
respostas para as muitas perguntas que afligem a mente de um pesquisador, seja para a
simples conferência da veracidade de teorias por nós levantadas. Por outro lado, é de
extrema importância que tenhamos sempre uma postura crítica sobre as teorias propostas
pelos teóricos para que possamos extrair das mesmas o melhor que elas têm a oferecer.
É importante ressaltarmos que um dos objetivos fundamentais de um pesquisador é
instar uma mudança na percepção e avaliação de dados familiares, ainda, que cada
revolução científica altere a perspectiva histórica da comunidade que a experimenta,
então, esta mudança de perspectiva deverá afetar a estrutura das publicações de pesquisa
e dos manuais do período pós-revolucionário.
Os cientistas, em vez de procurar as contribuições permanentes de uma ciência mais
antiga para nossa perspectiva privilegiada, procuram apresentar a integridade histórica
daquela ciência, a partir de sua própria época.
Observe que uma pesquisa eficaz raramente começa antes que uma comunidade
científica pense ter adquirido respostas seguras para perguntas como:
procuravam provas da pressão exercida pelas partículas de luz ao colidir com os corpos
sólidos, algo que não foi feito pelos primeiros teóricos da concepção ondulatória.
Na ausência de um paradigma ou de algum candidato a paradigma, todos os fatos
que possivelmente são pertinentes ao desenvolvimento de determinada ciência têm a
probabilidade de parecerem igualmente relevantes. Como conseqüência disso, as
primeiras coletas de fatos se aproximam muito mais de uma atividade ao acaso do que
daquelas que o desenvolvimento subseqüente da ciência torna familiar. Além disso, na
ausência de uma razão para procurar alguma forma de informação mais recôndita, a coleta
inicial de fatos é usualmente restrita à riqueza de dados que estão prontamente à nossa
disposição.
Nos primeiros estágios do desenvolvimento de qualquer ciência, homens diferentes
confrontados com a mesma gama de fenômenos – mas em geral não com os mesmos
fenômenos particulares – os descrevem e interpretam de maneiras diversas. É
surpreendente (e talvez também único, dada a proporção em que ocorrem) que tais
divergências iniciais possam em grande parte desaparecer nas áreas que chamamos
ciências.
As divergências realmente desaparecem em grau considerável e então,
aparentemente, de uma vez por todas. Além disso, em geral seu desaparecimento é
causado pelo triunfo de uma das escolas pré-paradigmáticas, a qual, devido a suas próprias
crenças e preconceitos característicos, enfatizam apenas alguma parte especial do
conjunto de informações demasiado numeroso e incoativo.
Quando um cientista pode considerar um paradigma como certo, não tem mais
necessidade, nos seus trabalhos mais importantes, de tentar construir seu campo de
estudos começando pelos primeiros princípios e justificando o uso de cada conceito
introduzido. Isso pode ser deixado para os autores de manuais. Mas, dado o manual, o
cientista criador pode começar suas pesquisas onde o manual a interrompe e desse modo
concentrar-se exclusivamente nos aspectos mais sutis e esotéricos dos fenômenos naturais
que preocupam o grupo.
A ciência normal não tem como objetivo trazer à tona novas espécies de fenômenos;
na verdade, aqueles que não se ajustam aos limites do paradigma freqüentemente nem
são vistos. Os cientistas também não estão constantemente procurando inventar novas
teorias; freqüentemente mostram-se intolerantes com aquelas inventadas por outros. Em
vez disso, a pesquisa científica normal está dirigida para a articulação daqueles fenômenos
e teorias fornecidas pelo paradigma.
Alguns cientistas adquiriram grandes reputações, não por causa da novidade de suas
descobertas, mas pela precisão, segurança e alcance dos métodos que desenvolveram
visando à predeterminação de categoria de fatos anteriormente conhecida.
AULA
02
2- PRELIMINARES
A elaboração de um trabalho acadêmico deve ser precedida de um planejamento, o
mais detalhado possível, compreendendo as seguintes etapas:
AULA
03
3- A PRÁTICA DA PESQUISA
Uma vez que você se inscreveu em uma das linhas de pesquisa específica da Teologia
(exegética, sistemática, histórica ou pastoral – o seu CAMPO), em sua linha de pesquisa
específica (o seu CAMPO ESPECÍFICO, se quiser), logo perceberá a necessidade de
selecionar e estreitar um tópico viável de investigação (o seu CORPUS). De modo
simplificado, o aspecto mais importante para selecionar e estreitar um corpus de estudo é
a sua motivação. É ela que definirá sua pergunta-problema orientadora (PROBLEMA). Esse
ponto de partida deve ser levado em consideração em todo o seu processo de estudos.
São 12 as disciplinas que você cursará. Cada monografia de disciplina terá de 4 a 5 mil
palavras (contado somente o conteúdo), além de outras exigências que podem incluir
leituras supervisionadas, seminários, resenha crítica e prova. Uma vez que devem ser
apresentada diversas monografias de disciplina, será muito importante que você
concentre seus esforços em direção ao seu alvo de pesquisa. Assim, ao envolver-se na
tarefa de escrever cada monografia das diversas disciplinas, considere como cada uma
delas vai auxiliá-lo no desenvolvimento posterior de sua dissertação. Lembre-se de
associar o seu interesse pelo tema com a necessária imparcialidade e objetividade.
A importância de procurar realizar a pesquisa com foco cada vez mais estreito
justifica-se porque não se está apenas aprendendo a metodologia da pesquisa em cada
disciplina; nessa prática o aluno está desenvolvendo o seu sendo crítico e investigativo,
habilidade de comparação, equilíbrio e senso de proporção. Essas qualidades somente
podem ser adquiridas com muita leitura e reflexão.
Cada pessoa adota um procedimento para tomar notas de leitura. Entretanto, certas
recomendações ainda se fazem necessárias. A regra de ouro é registrar os apontamentos
sempre da mesma forma. Por outro lado, é importante que você conheça várias técnicas
de leitura (sublinhar, métodos hermenêuticos indutivos, etc). Uma leitura apenas não é
suficiente para um estudo mais aprofundado; pelo menos, não da bibliografia primária.
Alguns escrevem em folhas soltas, outros utilizam fichas e há ainda os que anotam
diretamente no computador. O mais importante é que as notas sejam consistentes e
registradas com cuidado. Lembre-se de que suas anotações devem permitir ser
estruturada posteriormente em um esboço coerente com o assunto de seu interesse na
pesquisa. Nas anotações bibliográficas, procure estabelecer pelo menos uma frase
explicativa que permita o uso dessa nota posteriormente. Procure escrever um ou, no
máximo, dois parágrafos em cada ficha ou folha, e em apenas um dos lados. Isto
certamente o obrigará a trabalhar de modo conciso e objetivo. Se você fizer o fichamento,
ou seja, autor, título, lugar da publicação, editora e data, procure fazê-lo já no formato
bibliográfico padronizado pela ABNT, conforme indicado posteriormente neste trabalho.
Isso lhe poupará muito trabalho.
É importante considerar neste tópico a importância da citação. Algumas perguntas
devem nortear seu raciocínio no processo de tomar notas.
Devo citar esta nota ou não? O que é melhor para o meu trabalho? Uma citação
indireta ou paráfrase, uma análise, ou ambos? Em que medida estou utilizando a
fraseologia da fonte consultada?
Estas são questões importantes, pois em poucos meses, se a anotação não tiver sido
tomada apropriadamente, você não saberá se são suas as palavras ou se pertencem a
outras fontes. Você pode criar uma legenda para a distinção. Na maioria dos casos, as
notas em seu trabalho são de fontes primárias. As notas de fontes secundárias, em geral,
são em menor número. O processo da pesquisa envolve a habilidade de interagir analítica,
crítica e sabiamente com um documento em lugar de apenas reproduzi-lo. Lembre-se que
os autores citados são testemunhas de autoridade, e o testemunho de autoridade ocorre
somente após a análise da obra.
versão mais recente. Outra é a reflexão e consideração inicial dos limites do tópico. Outra
condição é que o esboço surja do próprio material pesquisado, considerando sua
orientação cronológica ou fluxo lógico. De qualquer forma, a pergunta “como esse material
pode ser mais bem organizado?” deve ser outra constante nas considerações pessoais.
O esboço preliminar é de extrema importância para dar direção ao andamento do
trabalho. Pode-se perceber, antes de chegar ao final, a necessidade de promover algum
tipo de alteração de rota, ou até mesmo a supressão ou a mudança completa de
abordagens, desde a pergunta-PROBLEMA. O esboço é uma espécie de declaração
sintética de uma hipótese que ainda está sendo analisada. Esse trabalho inicial será
importante para o relacionamento harmonioso com seu orientador, pois tornará mais
simples discutir e amadurecer o trabalho.
Não se esqueça de encaminha um pedido oficial à Coordenação de Cursos da
Academia, solicitando um orientador (após obter aprovação em 2/3 dos créditos). À
medida que o esboço se expande, as notas reunidas vão sendo naturalmente articuladas e
postas em seu devido lugar ou capítulo.
AULA
04
4- APRESENTAÇÃO FORMAL
A apresentação formal tem como base as últimas considerações feitas pelas normas
da ABNT para trabalhos científicos (http://www.abnt.org.br).
4.1. Diagramação
4.2. Formato
Papel A4;
Margens: esquerda e superior: 3 cm; direita e inferior: 2 cm;
Fontes: Arial ou Times New Roman;
Numeração das páginas, corpo 10;
Cor da fonte: preta;
Tamanho de corpo de texto: 12;
Espaçamento do texto: 1.5.
Tamanho de corpo das notas de rodapé: 10;
O entrelinha das notas quando forem de rodapé é simples e não há espaçamento
entre as notas;
Títulos com indicativo numérico são alinhados à esquerda;
Somente títulos e subtítulos da parte do desenvolvimento são numerados;
Os títulos sem indicativo numérico (agradecimentos, lista de ilustrações, resumos,
sumários, referências, glossários, apêndices, anexos e índices), devem ser centralizados;
Todas as folhas do trabalho devem ser contadas seqüencialmente, a partir da página
de rosto. No entanto, serão numeradas a partir da primeira folha da parte textual, em
algarismos arábicos, no canto superior direito da folha (2 cm do topo e 2 cm da direita),
sem traços, pontos ou parênteses. Havendo anexos, suas páginas devem ser numeradas de
maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal. A numeração
alfabética ou romana deve ser evitada;
Antes de cada título novo (não subtítulo), inserir uma quebra de página;
Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede ou que os
sucede por dois espaços duplos;
As citações de mais de três linhas no corpo do texto, as notas de rodapé, as legendas
das tabelas, ilustrações etc e as referências ao final do trabalho devem ser digitadas com
espaço simples;
As referências ao final devem ser separadas com espaço duplo.
AULA
05
5- ESTRUTURA
A estrutura do trabalho científico (monografia, dissertação ou tese) deve apresentar
as seguintes etapas:
Elementos Dispositivos
Capa (obrigatório)
Folha de rosto – No verso constar a Ficha Catalográfica
conforme código de catalogação anglo-americano (obrigatório)
Folha de aprovação (obrigatório)
Dedicatória (opcional)
Agradecimentos (opcional)
Resumo na língua vernácula (obrigatório)
Introdução
| Revisão de Literatura
Textuais Desenvolvimento | Material e Método
| Resultados
Conclusão
Referências (obrigatório)
Glossário (opcional)
Pós Textuais Apêndice(s) (opcional)
Anexo(s) (opcional)
Índice (opcional)
Lembre-se de que deve ficar claro aqui qual é o PROBLEMA, bem como a sua
HIPÓTESE. O texto da introdução deve refletir fielmente os capítulos do desenvolvimento.
Esta é a parte mais difícil de se escrever. Sugere-se que deva ser apenas esboçada no
início; preferencialmente sua redação deve ser elaborada depois de todo o restante do
trabalho estar redigido.
B. Desenvolvimento. Esta é a parte principal do trabalho. Aqui está contida a
exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que
variam em função da abordagem do tema e do método.
Nessa etapa o autor se envolve com a argumentação. A revisão da literatura
apontada na introdução é trabalhada aqui onde o autor do trabalho demonstra que tem
conhecimento da discussão de seu assunto – os prós e contras -, e pode então confirmar a
utilidade de sua pesquisa. O trabalho apresentado ou preencherá lacunas existentes ou
ampliará a pesquisa desenvolvida até aqui sobre o assunto tratado. Todos os autores
citados na revisão de literatura ou em qualquer das partes do trabalho deverão constar da
listagem final das Referências Bibliográficas.
Ainda nessa etapa de desenvolvimento o autor procurará fazer uma descrição precisa
dos métodos de abordagem e como o material pesquisado será utilizado, de modo a
permitir a avaliação metodológica por outros pesquisadores. Novas técnicas devem ser
descritas com detalhe, entretanto, se os métodos empregados já forem conhecidos, será
suficiente a citação de seu autor. A especificação e origem do material utilizado poderá ser
dada através de notas de texto ou notas de rodapé.
Cada capítulo poderá apresentar ao seu final uma avaliação de resultados,
preparando a transição para o próximo capítulo. Espera-se que haja uma concatenação
lógica de um capítulo para o outro. Desta forma, as frases de transição na avaliação de
resultados ao final de cada capítulo desempenham um papel importante para o próprio
autor avaliar se há alguma ligação ou coerência em seu trabalho.
C. Conclusão. Deve ser fundamentada nos resultados e na discussão, contendo
deduções lógicas e correspondentes, em número igual ou superior aos objetivos
propostos. Vincula-se à introdução, trazendo resposta às questões que ficaram abertas
nela. Apresenta considerações finais que retornam objetivos, pergunta central e
subperguntas, avaliando até que ponto foram respondidas e que outras pesquisas
poderiam dar continuidade a esta.
podem aparecer no rodapé (notas de rodapé), no fim do texto ou do capítulo (notas de fim
de texto), em lista de referências ou em resenhas e resumos.
A regra geral para as referências é que sejam alinhadas somente à esquerda do texto
e de forma a se identificar individualmente cada documento. Elas deverão ter
espaçamento simples e serem separadas entre si por um espaço duplo. Quando as
referências aparecerem em notas de rodapé elas deverão ser alinhadas, a partir da
segunda linha da mesma referência, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma
a destacar o expoente (em geral o número da nota). O entrelinhamento neste caso é
simples e não deve haver espaçamento entre as notas.
O recurso utilizado para destacar o título (negrito, grifo, ou itálico) deve ser uniforme
em todas as referências de um mesmo documento. Os elementos essenciais são autor(es),
título, edição (a partir da 2ª), local, editora e data da publicação. Quando se fizer
necessário acrescenta-se elementos complementares à referência para uma melhor
identificação do documento. Veja os exemplos em NBR 6023;2002. Informação e
documentação – referências – elaboração. Pp.3-21. Nestes exemplos observe
especialmente nas páginas 20-21 a possibilidade da utilização de referências pelo sistema
alfabético (notas de texto e referências alfabética ao final do trabalho) ou numérico (notas
de rodapé ou referências numéricas ao final do trabalho). Associada a NBR 6023;2002, veja
ainda o documento NBR 10520. Informação e documentação – citações em documentos –
apresentação acerca de diversos exemplos de citações.
B. Glossário. O glossário é opcional. Ele é uma redação de palavras ou expressões
técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas de suas
definições.
C. Apêndice. O Apêndice é opcional. É um texto ou documento elaborado pelo autor
a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo do corpo do trabalho.
D. Anexo. O Anexo é opcional. É um texto ou documento não elaborado pelo autor,
que serve de fundamentação, comprovação e ilustração.
E. Índice. O Índice é opcional. É uma lista de palavras ou frases, ordenadas segundo
determinado critério, que localiza e remete para as informações contidas no texto.
AULA
06
6- MODELOS PRÉ-TEXTUAIS
Modelos de capa, folha de rosto, verso da folha de rosto, folha de aprovação, folha
de dedicatória, epígrafe, agradecimento, folha de resumo em vernáculo, folha de resumo
em língua estrangeira e folha de sumário.
Margem Superior 3 cm
Margem Inferior 2 cm
Título (maiúsculas) e
subtítulo (minúsculas), fonte
14, negrito, centralizado,
espaço 1,5.
Uberlândia
2007
Uberlândia
2007
Referência bibliográfica
completa da monografia. Letra
12, espaço simples, alinhado à
esquerda.
Banca Examinadora
_______________________________________
_______________________________________
_______________________________________
RESUMO
ROBERTSON, O.Palmer. Terra de Deus; o significado das terras bíblicas para os planos
e propósitos de Deus. 1ª ed. São Paulo. Editora Cultura Cristã. 1998. 175pp
6.3. Paper
6.4. Comunicação
É o relatório do que foi efetivamente dito no evento e anunciado no paper,
geralmente destinado à publicação posterior nos anais.
6.5. Fichamento
Resumo informativo de uma publicação escrita numa ficha, com o intuito de facilitar
a consulta e o levantamento bibliográfico a respeito de determinado assunto ou para
organização de biblioteca pessoal.
AULA
07
7.1. Introdução
7.2. Justificativa
7.3. Metodologia
É a descrição precisa dos métodos de abordagem e materiais utilizados, de modo a
permitir a avaliação por outros pesquisadores. A especificação e origem do material
utilizado poderá ser feita no próprio texto ou em nota de rodapé.
7.4. Conclusão
Listar de acordo com a NBR 6023;2002 e NBR 10520 os livros, os artigos, as obras de
referência, os jornais e revistas, os documentos não publicados, os artigos em Internet, as
entrevistas e outros.
Listar cerca de 10 obras que considere fundamentais para o seu trabalho, fazendo
uma breve descrição de seu conteúdo, como se fosse um fichamento – um resumo
informativo com o intuito de facilitar a consulta e o levantamento bibliográfico a respeito
de determinado assunto. Veja alguns exemplos a seguir:
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1983. (Col.
Estudos XVI). 188.
Obra do renomado filósofo, ensaísta e comunicólogo italiano que soube traduzir em
linguagem didática e agradável sua experiência de pesquisador e sua perícia de professor.
São de grande valia para os pós-graduandos não só suas considerações sobre o ofício de se
escrever uma tese como também suas sugestões técnicas e práticas para a redação da
mesma.
CARVALHO, M.C.M (org.). Construindo o saber: técnicas de metodologia
científica. Campinas: Papirus, 1988.
Escrito sob forma de antologia com as partes produzidas por diferentes autores, o
texto aborda os seguintes tópicos: a problemática do conhecimento; as relações mito,
metafísica, ciência e as perspectivas antropológicas de hoje; o estudo como forma de
estudo; o estudo de textos teóricos; técnicas de dinâmicas de grupo; e o trabalho
monográfico como iniciação à pesquisa científica.
FRAGATA, Júlio. Noções de metodologia: para a elaboração de um trabalho
científico.Porto: Tavares Martins, 1967. (Col. Meridiano universitário, 3). 136 p.
Após definir ciência, trabalho científico e método, o autor fala das qualidades da
escrita, da escolha do assunto para o trabalho, da heurística, da escrita dos documentos,
da tomada de apontamentos, da ordenação do material, da redação e da apresentação
dos trabalhos, de sua estrutura externa, de seus aspectos gráficos, da publicação, da
catalogação, da documentação e das recensões bibliográficas. Bastante completo e
acessível.
AULA
08
gerente se reúne com seu superior imediato para rever seu próprio desempenho e para
estabelecer seus objetivos para o período seguinte. Havendo acordo quanto a esses
objetivos, o gerente os põe no papel e o supervisor assina. Como aprende com McNamara,
o hábito de escrever as coisas é o primeiro passo no sentido de realizá-las efetivamente.
Na conversa, você pode se desviar para todos os tipos de imprecisões e absurdos, muitas
vezes sem perceber. Mas, ao colocar suas idéias no papel, você se força a ir direto ao que
interessa. É mais difícil enganar a si mesmo ou enganar aos outros”.(ibidem p.71-72).
“Todo pesquisador deve escrever de acordo com os padrões exigidos pela ciência, no
entanto, muitos não dominam a linguagem científica. Alguns editores apontam a falta de
estilo como principal defeito dos artigos enviados para publicação por cientistas dos países
em desenvolvimento. Isto indica que há uma deficiência importante na formação destes
investigadores”.
O ensino médio (de primeiro e segundo graus) enfoca a forma literária de escrever.
Esta admite frases longas, complexas e retóricas, para passar imagens e sensações ao
leitor. Ao contrário, a linguagem científica deve ser clara, objetiva, escrita em ordem direta
e com frases curtas. Portanto, os indivíduos precisarão adequar sua redação quando se
iniciam na carreira científica. Esse assunto tem sido negligenciado pelos cursos de Pós-
Graduação no Brasil, originando a formação de Mestres e Doutores inabilitados para
escrever artigos científicos. Geralmente esses jovens pesquisadores não têm consciência
disso e passarão suas deficiências aos futuros orientados.
Para corrigir esta falha na formação é necessário muito esforço, paciência e
disposição para ocupar quanto tempo for necessário. Acima de tudo, é preciso ter
humildade para reconhecer as próprias limitações e trabalhar continuamente para eliminá-
las. Produzir um texto adequado é tarefa árdua e demorada mesmo para aqueles que
dominam a linguagem científica” (Valenti, W.C, Guia de Estilo para a Redação Científica).
A seguir, serão apresentadas algumas regras práticas sugeridas pelo professor
Valenti, adaptadas para este artigo. Evidentemente, elas são de mero caráter típico-
indicativo e admitem exceções, mas podem auxiliar na hora de escrever ou revisar um
texto acadêmico.
Antes de iniciar, organize um roteiro com as idéias e a ordem em que elas serão
apresentadas. Estabeleça um plano lógico para o texto. Só escreve com clareza
quem tem as idéias claras na mente.
Trabalhe com um dicionário e uma gramática ao seu lado e não hesite em
consultá-los sempre que surgirem dúvidas.
Escreva sempre na ordem direta: sujeito + verbo + complemento.
Escreva sempre frases curtas e simples. Abuse dos pontos.
Prefira colocar ponto e iniciar nova frase a usar vírgulas. Uma frase repleta de
virgulas está pedindo pontos. Na dúvida, use o ponto. Se a informação não merece
nova frase não é importante e pode ser eliminada.
Evite orações intercaladas, parêntesis e travessões. Algumas revistas
internacionais aceitam o uso de parêntesis para reduzir o período.
Corte todas as palavras inúteis ou que acrescentam pouco ao conteúdo.
Evite as partículas de subordinação, tais como que, embora, onde, quando. Estas
palavras alongam as frases de forma confusa e cansativa. Use uma por frase, no
máximo.
Use apenas os adjetivos e advérbios extremamente necessários.
Só use palavras precisas e específicas. Dentre elas, prefira as mais simples, usuais e
curta.
Evite repetições. Procure não usar verbos, substantivos aumentativos, diminutivos
e superlativos mais de uma vez num mesmo parágrafo.
Evite ecos (e.g. “avaliação da produção”) e cacófatos (e.g. “uma por cada
tratamento... uma porcada...”).
Prefira frases afirmativas.
Frases escritas em voz passiva são muito utilizadas em relatórios e trabalhos
científicos, mas devem ser evitadas.
Evite: regionalismos, jargões, modismos, lugar comum, abreviaturas sem a devida
explicação, palavras e frases longas.
Um parágrafo é uma unidade de pensamento. Sua primeira frase deve ser curta,
enfática e, preferencialmente, conter a informação principal. As demais devem
corroborar o conteúdo apresentado na primeira. A última frase deve seguir de
ligação com o parágrafo seguinte. Pode conter a idéia principal se esta for uma
conclusão das informações apresesentadas nos períodos anteriores.
Os parágrafos devem interligar-se de forma lógica.
Um parágrafo só ficará bom após cinco leituras e correções:
o na primeira, cheque se está tudo em forma direta e modifique se necessário;
o na segunda, procure repetições, ecos, cacófatos. Orações intercaladas e
partículas de subordinação; elimine-os;
o na terceira, corte todas as palavras desnecessárias; elimine todos os
adjetivos e advérbios que puder;
8.1. Ênfase
Para dar ênfase, deve-se utilizar itálicos e não sublinhado ou negrito. Palavras
estrangeiras e títulos de publicações também devem ser italicizadas. Numa citação ao dar
uma ênfase que não se encontra no original, acrescentar na nota bibliográfica “grifo
nosso”.
Citações do grego, hebraico e aramaico devem ser feitas nos alfabetos originais (sem
transliteração), digitadas ou à mão. Os termos e citações em língua estrangeira devem ser
preferencialmente traduzidos. Se não o forem (por serem amplamente conhecidos ou
intraduzíveis), deve-se italicizá-los.
Os pronomes “ele”, “seu”, “sua”, etc., não devem ter inicial maiúscula, em
consonância com as normas da gramática portuguesa.
Nome do autor (corpo 14, caixa alta e baixa, negrito), impresso longitudinalmente do
alto para o pé da lombada;
Título do trabalho, impresso da mesma forma que o nome do autor, logo depois
deste (corpo 14, caixa alta, negrito);
Elementos alfanuméricos de identificação (indicação de volume). Se não houver mais
que um volume essa informação é desnecessária;
A sigla da Faculdade;
Ano da apresentação.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
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