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METODOLOGIA DA PESQUISA TEOLÓGICA

INSTITUTO DE TEOLOGIA LOGOS


PREPARANDO CRISTÃOS PARA A DEFESA DA FÉ
CURSOS DE TEOLOGIA 100% Á DISTÂNCIA

DISCIPLINA.

METODOLOGIA DA
PESQUISA TEOLÓGICA
(Organizado pelo Setor Acadêmico do ITL)

BRASIL, MA
Versão 2021

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Pesquisa e Organização do Conteúdo:


Instituto de Teologia Logos, EA
Gráficos, Edição e Finalização:
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DADOS DE CATALOGAÇÃO INTERNA DA PUBLICAÇÃO – DCIP


CÓDIGO DCIP: 001-028-2021-1
CÓDIGO DISCIPLINA: ITLON28

LOGOS, Instituto de Teologia (ORG). METODOLOGIA DA PESQUISA TEOLÓGICA.


MARANHÃO: PUBLICAÇÕES ITL, 2021. 49 pgs.

Instituto de Teologia Logos – Diretoria de Ensino


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METODOLOGIA DA PESQUISA TEOLÓGICA

SUMÁRIO
1 - INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 7
2 - PRELIMINARES .................................................................................................................. 14
2.1. LEVANTAMENTO DA HIPÓTESE DE TRABALHO ................................................................................ 14
2.2. PLANO DE TRABALHO ............................................................................................................... 14
2.3. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO ................................................................................................ 15
3 - A PRÁTICA DA PESQUISA .................................................................................................. 18
3.1. SELECIONANDO AS REFERÊNCIAS ................................................................................................ 18
3.2. METODOLOGIA DE LEITURA ....................................................................................................... 19
3.3. REUNINDO AS ANOTAÇÕES: UM ESBOÇO PRELIMINAR.................................................................... 19
3.4. REDAÇÃO CIENTÍFICA ............................................................................................................... 20
4 - APRESENTAÇÃO FORMAL.................................................................................................. 22
4.1. DIAGRAMAÇÃO ....................................................................................................................... 22
4.2. FORMATO .............................................................................................................................. 22
5 - ESTRUTURA ...................................................................................................................... 25
5.1. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS ....................................................................................................... 26
5.2. ELEMENTOS TEXTUAIS .............................................................................................................. 27
5.3. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS ....................................................................................................... 28
6 - MODELOS PRÉ-TEXTUAIS .................................................................................................. 31
6.1. FORMATOS E MARGENS ........................................................................................................... 31
6.2. FORMAS DE RESUMO ............................................................................................................... 38
6.3. PAPER ................................................................................................................................... 39
6.4. COMUNICAÇÃO ....................................................................................................................... 39
6.5. FICHAMENTO.......................................................................................................................... 39
7 - MODELO DE PROJETO DE PESQUISA.................................................................................. 41
7.1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 41
7.2. JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................... 41
7.3. METODOLOGIA ....................................................................................................................... 41
7.4. CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 41
7.5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................................... 42
7.6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA COMENTADA .................................................................................... 42
8 - NOTAS E REFLEXÕES SOBRE REDAÇÃO CIENTÍFICA ............................................................ 44
8.1. ÊNFASE ................................................................................................................................. 47
8.2. LÍNGUAS ORIGINAIS ................................................................................................................. 48
8.3. PRONOMES REFERENTES A DEUS ................................................................................................ 48
8.4. LINGUAGEM SUBJETIVA ............................................................................................................ 48
8.5. REFERÊNCIAS BÍBLICAS ............................................................................................................. 48

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APRESENTAÇÃO

Seja bem-vindo(a), caro(a) aluno(a)!


Parabéns pela sua decisão de transformação, pois isso também
mostra o quanto você está compromissado em contribuir com a
transformação da igreja e da sociedade onde você está inserido.
O Instituto de Teologia Logos estará acompanhando você durante
todo este processo, pois “os homens se educam juntos, na transformação
do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem simples, completa e de
rápida assimilação, contribuindo para o seu desenvolvimento bíblico,
teológico e ministerial, para desenvolver competências e habilidades e
aplicar os conceitos, fundamentos e prática na sua área ministerial,
possibilitando você atuar em favor do Reino de Deus com mais excelência.
Nosso objetivo com este material é levar você a aprofundar-se no
conteúdo, possibilitar o desenvolvimento da sua autonomia em busca de
outros conhecimentos necessários para a sua formação bíblica, teológica
e ministerial.
Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento e
construção do conhecimento deve ser apenas geográfica. Utilize todos os
materiais didáticos e recursos pedagógicos que disponibilizamos para
você. Acesse regularmente a Área do Aluno, participe no grupo online
com o tutor online que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e
auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar
com tranquilidade e segurança sua trajetória acadêmica.

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AULA
01

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1- INTRODUÇÃO
A prática da pesquisa, a habilidade em escrever e a apresentação formal de um
trabalho são elementos que apontam para um trabalho árduo por parte daquele que se
envolve em projetos dissertativos em qualquer nível. Os tópicos abordados pretendem
propiciar uma orientação inicial.
Bem, como veremos, a palavra inicial é PLANEJAMENTO. Mas, antes de iniciar o
planejamento é preciso entender que distinções existem entre as diversas nomenclaturas
para o trabalho científico. Deseja-se planejar, mas planejar que forma de conhecimento?
Dentre um universo muito rico de formas, pode-se ressaltar o conhecimento empírico, e
filosófico, o artístico, o religioso e o científico. Cada uma das formas de conhecimento
possui uma base de trabalho.

Para o conhecimento empírico, a vivência é a base de trabalho;

Para o conhecimento filosófico, o discurso lógico é a base de trabalho;

Para o conhecimento artístico, a intuição é a base de trabalho;

Para o conhecimento religioso, o dogma é a base de trabalho;

Para o conhecimento científico, a experiência laboratorial (comprovação com fatos) é


a base de trabalho.

O método científico utilizado em larga escala atualmente é o hipotético-dedutivo, ou


seja, parte-se de uma hipótese de trabalho do geral para o particular. Até bem pouco
tempo atrás havia uma forte distinção entre as formas de trabalho: monografia,
dissertação e tese. Entretanto, contemporaneamente não há qualquer distinção entre elas.
O que se tem hoje, do ponto de visto metodológico, é a inclusão de corpus maior de
trabalho à medida que a graduação acadêmica é galgada e também um maior rigor ao
tratar os diversos níveis.
Isso implica que qualquer trabalho exigido em uma disciplina, tanto quanto uma
monografia de bacharelado, uma dissertação de mestrado ou uma tese de doutorado,
seguem o mesmo método hipotético-dedutivo.
A leitura de livros diferenciados sempre teve a capacidade de provocar mudanças
significativas e importantes. Após a leitura do livro A estrutura das revoluções científicas
de Thomas S. Kuhn (1989), começou-se a linear uma nova perspectiva do verdadeiro papel
que desempenhamos na nossa vida profissional e como cientistas pesquisadores.
Entendeu-se, então, o significado de uma pesquisa na vida de um pesquisador que, dentre

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outras coisas, está fazendo ciências, está pensando cientificamente e, portanto,


contribuindo de alguma forma para uma mudança na sociedade.
Nesse sentido, compreende-se que Kuhn, em seu livro, procura discutir com
profundidade o real significado do que seja ciência, as suas implicações, os seus
pressupostos e suas eventuais interferências no mundo. Ao discutir temas controversos,
rompe com concepções, para não dizer mitos, arraigadas em nossa memória. Por exemplo,
quando discute sobre o fato da não necessidade de um tema de pesquisa ser inédito
podendo ser um “braço”, uma nova vertente de uma pesquisa existente. Ou mesmo, uma
reflexão atualizada sobre pesquisas já existentes procurando redimensioná-la à luz de
novas teorias atualizadas.
Por outro lado, ainda segundo Kuhn, uma nova teoria, por mais restrita que seja o
seu campo de atuação, nunca é apenas um mero incremento do que já é conhecido. Seu
real desvelamento requer uma revisão da teoria já existente e uma nova reflexão sobre os
fatos anteriores envolvidos no processo. Uma pesquisa científica procura promover uma
articulação entre os fenômenos e teorias já fornecidas pelo paradigma buscando extrair
dos mesmos novas perspectivas e possibilidades. É importante ressaltar que, muitas vezes,
um cientista adquire grande reputação não por causa da novidade de suas descobertas,
mas pela precisão, segurança e alcance dos métodos que desenvolveram visando à
predeterminação de categorias de fatos anteriormente conhecidas.
Um outro aspecto discutido no referido livro é sobre a necessidade do pesquisador,
ao empreender-se em um novo desafio, já possuir algumas respostas e muitos outros
questionamentos sobre a ciência que está produzindo tais como: “Quais são as entidades
fundamentais que compõem o universo? Como interagem estas entidades umas com as
outras e com os sentidos? Que questões podem ser legitimamente feitas a respeito de tais
entidades e que técnicas podem ser empregadas na busca de soluções?”.
Kuhn discute ainda um fato interessante que é a questão de um pesquisador, ao se
envolver em uma nova pesquisa, enfrentar resistências, tanto da comunidade científica à
qual pertence como também da sociedade como um todo. Por isso, ao iniciar uma
pesquisa, todo pesquisador deve, a priori, considerar todos os paradigmas ou candidatos a
paradigmas que eventualmente se apresentarem como sendo relevantes para o seu
trabalho, mesmo porque, ao iniciar uma coleta de dados todos os fatos que estão à
disposição do pesquisador são relevantes e devem ser considerados. Sobre o paradigma é
importante ressaltar o que escreve Kuhn: “Para ser aceita como paradigma, uma teoria
deve parecer melhor que suas competidoras, mas não precisa (e de fato isso nunca
acontece) explicar todos os fatos com os quais pode ser confrontada”.
Não é raro observarmos alguns paradigmas que foram desenvolvidos com
determinada finalidade serem utilizados em outros fenômenos estreitamente

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relacionados. Este fenômeno é possível porque uma teoria pode ser aplicada de diversas
maneiras e é passível de leituras diferenciadas dependendo do objetivo que se tem em
mente e do pesquisador que a está utilizando. Para Kuhn, “uma parte (embora pequena)
do trabalho teórico normal consiste simplesmente em usar a teoria existente para prever
informações fatuais dotadas de valor intrínseco”.
É importante o reconhecimento do papel desempenhado na pesquisa científica por
aquilo que chamo de paradigmas. Considero paradigmas as realizações científicas
universalmente reconhecidas que durante algum tempo, fornecem problemas e soluções
moderadas para uma comunidade de praticantes de ciências.
Esses são apenas alguns aspectos desse livro denso e importante na vida de um
verdadeiro cientista e, portanto, devemos recorrer a ele sempre, seja em busca de
respostas para as muitas perguntas que afligem a mente de um pesquisador, seja para a
simples conferência da veracidade de teorias por nós levantadas. Por outro lado, é de
extrema importância que tenhamos sempre uma postura crítica sobre as teorias propostas
pelos teóricos para que possamos extrair das mesmas o melhor que elas têm a oferecer.
É importante ressaltarmos que um dos objetivos fundamentais de um pesquisador é
instar uma mudança na percepção e avaliação de dados familiares, ainda, que cada
revolução científica altere a perspectiva histórica da comunidade que a experimenta,
então, esta mudança de perspectiva deverá afetar a estrutura das publicações de pesquisa
e dos manuais do período pós-revolucionário.
Os cientistas, em vez de procurar as contribuições permanentes de uma ciência mais
antiga para nossa perspectiva privilegiada, procuram apresentar a integridade histórica
daquela ciência, a partir de sua própria época.
Observe que uma pesquisa eficaz raramente começa antes que uma comunidade
científica pense ter adquirido respostas seguras para perguntas como:

 Quais são as entidades fundamentais que compõem o universo?


 Como interagem essas entidades umas com as outras e com os sentidos?
 Que questões podem ser legitimamente feitas a respeito de tais entidades e
que técnicas podem ser empregadas na busca de soluções?
Ao menos nas ciências plenamente desenvolvidas, respostas (ou substitutos integrais
para as respostas) a questões como essas estão firmemente engastadas na iniciação
profissional que prepara e autoriza o estudante para a prática científica. O fato de as
respostas poderem ter esse papel auxilia-nos a dar conta tanto da eficiência peculiar da
atividade de pesquisa normal, como da direção na qual essa prossegue em qualquer
momento considerado.

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Os momentos decisivos associados ao desenvolvimento científico, ligados aos nomes


de Copérnico, Newton, Lavoisier e Einstein, exibem aquilo que constitui todas as
revoluções científicas, pelo menos no que concerne à história das ciências físicas. Cada um
deles forçou a comunidade a rejeitar a teoria científica anteriormente aceita em favor de
uma outra incompatível com aquela. Como conseqüência, cada um desses episódios
produziu uma alteração nos problemas à disposição do escrutínio científico e nos padrões
pelos quais a profissão determina o que deveria ser considerado como um problema ou
como uma solução de problema legítimo.
As equações de Maxwell, que afetaram um grupo profissional bem mais reduzido do
que as de Einstein foram consideradas tão revolucionária como estas e como tal
encontraram resistência. Regularmente, e de maneira apropriada, a invenção de novas
teorias evoca a mesma resposta por parte de alguns especialistas que vêem sua área de
competência infringida por essas teorias. Para esses homens, a nova teoria implica uma
mudança nas regras que governam a prática anterior da ciência normal. Por isso, a nova
teoria repercute inevitavelmente sobre muitos trabalhos científicos já concluídos com
sucesso.
É por isso que uma nova teoria, por mais particular que seja seu âmbito de aplicação,
nunca, ou quase nunca, é um mero incremento ao que já é conhecido. Sua assimilação
requer a reconstrução da teoria precedente e a reavaliação dos fatos anteriores. Esse
processo intrinsecamente revolucionário raramente é completado por um único homem e
nunca de um dia para outro.
O estudo dos paradigmas é o que prepara basicamente o estudante para ser membro
da comunidade científica determinada na qual atuará mais tarde. Uma vez que ali o
estudante reúne-se a homens que aprenderam as bases de seu campo de estudo a partir
dos mesmos modelos concretos, sua prática subseqüente raramente irá provocar
desacordo declarado sobre pontos fundamentais.
Observemos a História da Óptica Física: os manuais atuais de Física ensinam ao
estudante que a luz é composta de fótons, isto é, entidades quânticas-mecânicas que
exibem algumas características de ondas e outras de partículas. A pesquisa é realizada de
acordo com este ensinamento, ou melhor, de acordo com as características matemáticas
mais elaboradas a partir das quais é derivada esta verbalização usual. Contudo, esta
caracterização da luz mal tem meio século. Antes de ter sido desenvolvida por Planck,
Einstein e outros no começo deste século, os estudos de Física ensinavam que a luz era um
movimento ondulatório transversal. Além disso, a teoria ondulatória não foi a primeira das
concepções a ser aceita pelos praticantes da ciência óptica. Durante o século XVIII, o
paradigma para este campo de estudos foi proporcionado pela Óptica de Newton, a qual
ensina que a luz era composta de corpúsculos de matéria. Naquela época, os físicos

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procuravam provas da pressão exercida pelas partículas de luz ao colidir com os corpos
sólidos, algo que não foi feito pelos primeiros teóricos da concepção ondulatória.
Na ausência de um paradigma ou de algum candidato a paradigma, todos os fatos
que possivelmente são pertinentes ao desenvolvimento de determinada ciência têm a
probabilidade de parecerem igualmente relevantes. Como conseqüência disso, as
primeiras coletas de fatos se aproximam muito mais de uma atividade ao acaso do que
daquelas que o desenvolvimento subseqüente da ciência torna familiar. Além disso, na
ausência de uma razão para procurar alguma forma de informação mais recôndita, a coleta
inicial de fatos é usualmente restrita à riqueza de dados que estão prontamente à nossa
disposição.
Nos primeiros estágios do desenvolvimento de qualquer ciência, homens diferentes
confrontados com a mesma gama de fenômenos – mas em geral não com os mesmos
fenômenos particulares – os descrevem e interpretam de maneiras diversas. É
surpreendente (e talvez também único, dada a proporção em que ocorrem) que tais
divergências iniciais possam em grande parte desaparecer nas áreas que chamamos
ciências.
As divergências realmente desaparecem em grau considerável e então,
aparentemente, de uma vez por todas. Além disso, em geral seu desaparecimento é
causado pelo triunfo de uma das escolas pré-paradigmáticas, a qual, devido a suas próprias
crenças e preconceitos característicos, enfatizam apenas alguma parte especial do
conjunto de informações demasiado numeroso e incoativo.
Quando um cientista pode considerar um paradigma como certo, não tem mais
necessidade, nos seus trabalhos mais importantes, de tentar construir seu campo de
estudos começando pelos primeiros princípios e justificando o uso de cada conceito
introduzido. Isso pode ser deixado para os autores de manuais. Mas, dado o manual, o
cientista criador pode começar suas pesquisas onde o manual a interrompe e desse modo
concentrar-se exclusivamente nos aspectos mais sutis e esotéricos dos fenômenos naturais
que preocupam o grupo.
A ciência normal não tem como objetivo trazer à tona novas espécies de fenômenos;
na verdade, aqueles que não se ajustam aos limites do paradigma freqüentemente nem
são vistos. Os cientistas também não estão constantemente procurando inventar novas
teorias; freqüentemente mostram-se intolerantes com aquelas inventadas por outros. Em
vez disso, a pesquisa científica normal está dirigida para a articulação daqueles fenômenos
e teorias fornecidas pelo paradigma.
Alguns cientistas adquiriram grandes reputações, não por causa da novidade de suas
descobertas, mas pela precisão, segurança e alcance dos métodos que desenvolveram
visando à predeterminação de categoria de fatos anteriormente conhecida.

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A tentativa de demonstrar um acordo entre a natureza e a teoria representa um


segundo tipo de trabalho experimental normal que depende do paradigma de uma
maneira ainda mais óbvia do que o primeiro tipo mencionado. A existência de um
paradigma coloca o problema a ser resolvido. Freqüentemente a teoria do paradigma está
diretamente implicada no trabalho de concepção de aparelhagem capaz de resolver o
problema.
Freqüentemente um paradigma que foi desenvolvido para um determinado conjunto
de problemas é ambíguo na sua aplicação a outros fenômenos estreitamente relacionados.
Nesse caso experiências são necessárias para permitir uma escolha entre modos
alternativos de aplicação do paradigma à nova área de interesse.
Coulomb, antes de poder construir seu equipamento e utilizá-lo em medições, teve
que empregar a teoria elétrica para determinar como seu equipamento deveria ser
construído. Suas medições tiveram como conseqüência um refinamento daquela teoria.
Dito de outra maneira: os homens que conceberam as experiências para distinguir entre as
várias teorias do aquecimento por compressão foram geralmente os mesmos que haviam
elaborado as versões a serem comparadas. Estavam trabalhando tanto com fatos como
com teorias e seus trabalhos produziram não apenas novas informações, mas um
paradigma mais preciso, obtido com a eliminação das ambigüidades que haviam sido
retidas na versão original que utilizam. Em muitas ciências, a maior parte do trabalho
normal é desse tipo.
Talvez a característica mais impressionante dos problemas normais da pesquisa seja
seu reduzido interesse em produzir grandes novidades, seja no domínio dos conceitos, seja
no dos fenômenos. Algumas vezes, como no caso da medição de um comprimento de
onda, tudo é conhecido de antemão, exceto o detalhe mais esotérico.
Estas são algumas considerações gerais sobre o relevante papel de um pesquisador
para a sociedade e para a sua vida profissional, além de uma breve discussão sobre a
cientificidade da pesquisa e seu papel fundamental na vida de um estudante, seja ele de
graduação ou de pós-graduação. Passaremos agora a discutir as etapas metodológicas de
um projeto de pesquisa e em seguida os passos fundamentais para a realização de uma
pesquisa e sua conseqüente monografia.

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2- PRELIMINARES
A elaboração de um trabalho acadêmico deve ser precedida de um planejamento, o
mais detalhado possível, compreendendo as seguintes etapas:

2.1. Levantamento da Hipótese de Trabalho

A hipótese de trabalho se dá, em geral, pela intuição, pela inquirição, pelo


desconforto de que tem sido sempre assim, pela curiosidade de “se fosse de outra forma”
etc. Entretanto, essa intuição não se dá ao vácuo. Para levantar uma hipótese de trabalho
é preciso ter estudado, ter lido o suficiente. O surgimento de uma hipótese não ocorre em
“sonhos” sem que haja envolvimento com a matéria, e nem em heurísticas mirabolantes
como se alguém fosse dotado de um “gênio” singular. A hipótese de trabalho, resultado de
boas leituras, será resposta provisória que se deseje dar a um problema.
A. Exemplo de hipótese de trabalho:
Depois de estar envolvido com textos e mais textos acerca de missões, além de ter se
envolvido pessoalmente no assunto, alguém sugere a seguinte hipótese de trabalho: “O
envio de missionários para campos estrangeiros reflete mais o modelo de “embaixadas de
países” (o institucional é mais importante) do que a abertura de novos campos mediante a
pregação do Evangelho” (o Reino é mais importante). A própria hipótese de trabalho
conduzirá a uma seleção de corpus de pesquisa.

2.2. Plano de Trabalho


Depois de intuir uma hipótese, depois de muita leitura, questiona-se de que natureza
é o fato com que se está trabalhando? Fatos discursivos, lingüísticos, etc? Para auxiliar
neste processo, propõe-se que sejam tomadas notas pessoais que dêem conta de algumas
atividades: campo de trabalho, tema sugerido, problema levantado, hipótese proposta,
corpus de pesquisa e variáveis prováveis do trabalho. Lembrando que o método é
hipotético-DEDUTIVO, o modelo proposto pretende partir do mais amplo para o mais
particular.
Por exemplo:
 O CAMPO poderia ser: Teologia Histórica;
 O TEMA poderia ser: A influência de Calvino nas missões ao Brasil;
 O PROBLEMA poderia ser: Será que Calvino se preocupou com a questão
missionária? Será que foi apenas um teórico da teologia? Será que houve

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METODOLOGIA DA PESQUISA TEOLÓGICA

qualquer ligação entre Calvino e o envio de missionários franceses à antiga


Guanabara?
 A HIPÓTESE poderia ser: Calvino não somente se preocupou com o assunto
missionário como enviou alguns para o Brasil.
 O CORPUS poderia ser: Cartas de Calvino, artigos etc.
 As VARIÁVEIS poderiam ser: Missões e Calvino, o Brasil e Calvino. Com essas
variáveis haveria um trabalho com introdução, dois capítulos e conclusão.
À medida que essa tarefa de reescrever o problema, a hipótese e o tema ocorrerem,
trará diversos benefícios. Dentre eles será o de ter o tema do trabalho escolhido e
delimitado com muita clareza, precisão e concretude (não deve ser obscuro nem amplo
demais). O tema deve trazer uma contribuição, ainda que não totalmente original, para a
respectiva área de conhecimento. Perceba que o aspecto do PROBLEMA lida com diversas
indagações (e não de dados que pareçam meramente interessantes ou da moda) e a
HIPÓTESE destina-se a uma solução temporária (a sua solução) para resolver a questão ou
questões levantadas.

2.3. Levantamento Bibliográfico


Para que se tenha uma hipótese de trabalho, para definir bem o tema e preparar o
Projeto de Pesquisa (veja Anexo D: Modelo de Projeto de Pesquisa), é necessário verificar a
disponibilidade de fontes e fazer algumas leituras básicas e introdutórias, começando pela
consulta a um bom dicionário ou enciclopédia do ramo e, em seguida, livros e artigos mais
específicos sobre o tema. Desta forma, o estudante estará preparando o seu referencial
teórico, ou revisão de literatura, ou bibliografia básica visando um domínio amplo do
assunto.
Alguns questionamentos simples podem servir para avaliar a qualidade de uma
HIPÓTESE:
 É relevante? (não estaria o tema demasiadamente desgastado, enviesado ou
massificado? Qual a sua real contribuição?
 É verificável? (há bibliografia suficiente disponível na área? Há redundância?
O campo está bem delimitado?).
 È refutável? (os pressupostos estão bem explicitados? Há viés na pergunta?
Ela admite a negação, crítica e discordância?).

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 Alcançou os objetivos propostos? (além dos itens anteriores, é preciso dar


destaque na redação final aos objetivos, permitindo à banca aferir, por meio
das considerações finais, se os objetivos foram alcançados).

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3- A PRÁTICA DA PESQUISA
Uma vez que você se inscreveu em uma das linhas de pesquisa específica da Teologia
(exegética, sistemática, histórica ou pastoral – o seu CAMPO), em sua linha de pesquisa
específica (o seu CAMPO ESPECÍFICO, se quiser), logo perceberá a necessidade de
selecionar e estreitar um tópico viável de investigação (o seu CORPUS). De modo
simplificado, o aspecto mais importante para selecionar e estreitar um corpus de estudo é
a sua motivação. É ela que definirá sua pergunta-problema orientadora (PROBLEMA). Esse
ponto de partida deve ser levado em consideração em todo o seu processo de estudos.
São 12 as disciplinas que você cursará. Cada monografia de disciplina terá de 4 a 5 mil
palavras (contado somente o conteúdo), além de outras exigências que podem incluir
leituras supervisionadas, seminários, resenha crítica e prova. Uma vez que devem ser
apresentada diversas monografias de disciplina, será muito importante que você
concentre seus esforços em direção ao seu alvo de pesquisa. Assim, ao envolver-se na
tarefa de escrever cada monografia das diversas disciplinas, considere como cada uma
delas vai auxiliá-lo no desenvolvimento posterior de sua dissertação. Lembre-se de
associar o seu interesse pelo tema com a necessária imparcialidade e objetividade.
A importância de procurar realizar a pesquisa com foco cada vez mais estreito
justifica-se porque não se está apenas aprendendo a metodologia da pesquisa em cada
disciplina; nessa prática o aluno está desenvolvendo o seu sendo crítico e investigativo,
habilidade de comparação, equilíbrio e senso de proporção. Essas qualidades somente
podem ser adquiridas com muita leitura e reflexão.

3.1. Selecionando as Referências

É necessário que o estudante cultive a habilidade de identificar os livros e artigos


importantes em um dado assunto e saiba distinguí-lo dos demais. Depois que a bibliografia
(REFERÊNCIA) for anotada, é preciso peneirar mais. É o momento de retirar da lista os
livros de caráter popular, os que não estejam bem documentados ou ainda os que não
dizem respeito à sua pesquisa. Para isso, uma vez formulada a pergunta PROBLEMA e o
surgimento do TEMA, recomenda-se consultar um bom dicionário, enciclopédia ou banco
de dados de alguma biblioteca teológica presencial ou virtual.
Os artigos mais recentes sobre o assunto de seu interesse trarão, em geral, matéria
bibliográfica que propiciará orientação à sua pesquisa. Isso significa que muitas vezes
trabalha-se do mais recente para trás. E lembre-se de continuamente consultar as fontes
primárias no original.

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3.2. Metodologia de Leitura

Cada pessoa adota um procedimento para tomar notas de leitura. Entretanto, certas
recomendações ainda se fazem necessárias. A regra de ouro é registrar os apontamentos
sempre da mesma forma. Por outro lado, é importante que você conheça várias técnicas
de leitura (sublinhar, métodos hermenêuticos indutivos, etc). Uma leitura apenas não é
suficiente para um estudo mais aprofundado; pelo menos, não da bibliografia primária.
Alguns escrevem em folhas soltas, outros utilizam fichas e há ainda os que anotam
diretamente no computador. O mais importante é que as notas sejam consistentes e
registradas com cuidado. Lembre-se de que suas anotações devem permitir ser
estruturada posteriormente em um esboço coerente com o assunto de seu interesse na
pesquisa. Nas anotações bibliográficas, procure estabelecer pelo menos uma frase
explicativa que permita o uso dessa nota posteriormente. Procure escrever um ou, no
máximo, dois parágrafos em cada ficha ou folha, e em apenas um dos lados. Isto
certamente o obrigará a trabalhar de modo conciso e objetivo. Se você fizer o fichamento,
ou seja, autor, título, lugar da publicação, editora e data, procure fazê-lo já no formato
bibliográfico padronizado pela ABNT, conforme indicado posteriormente neste trabalho.
Isso lhe poupará muito trabalho.
É importante considerar neste tópico a importância da citação. Algumas perguntas
devem nortear seu raciocínio no processo de tomar notas.
Devo citar esta nota ou não? O que é melhor para o meu trabalho? Uma citação
indireta ou paráfrase, uma análise, ou ambos? Em que medida estou utilizando a
fraseologia da fonte consultada?
Estas são questões importantes, pois em poucos meses, se a anotação não tiver sido
tomada apropriadamente, você não saberá se são suas as palavras ou se pertencem a
outras fontes. Você pode criar uma legenda para a distinção. Na maioria dos casos, as
notas em seu trabalho são de fontes primárias. As notas de fontes secundárias, em geral,
são em menor número. O processo da pesquisa envolve a habilidade de interagir analítica,
crítica e sabiamente com um documento em lugar de apenas reproduzi-lo. Lembre-se que
os autores citados são testemunhas de autoridade, e o testemunho de autoridade ocorre
somente após a análise da obra.

3.3. Reunindo as Anotações: Um Esboço Preliminar

Em todo o processo de pesquisa, reunidas as anotações (e não deixe de lado os


insights), uma pergunta deve estar sempre presente: “Como isso se articula com o
restante?”. O esboço preliminar de cada capítulo e de toda a dissertação depende de
algumas medidas simples. Uma delas é ter em vista sempre a pergunta-PROBLEMA na sua

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versão mais recente. Outra é a reflexão e consideração inicial dos limites do tópico. Outra
condição é que o esboço surja do próprio material pesquisado, considerando sua
orientação cronológica ou fluxo lógico. De qualquer forma, a pergunta “como esse material
pode ser mais bem organizado?” deve ser outra constante nas considerações pessoais.
O esboço preliminar é de extrema importância para dar direção ao andamento do
trabalho. Pode-se perceber, antes de chegar ao final, a necessidade de promover algum
tipo de alteração de rota, ou até mesmo a supressão ou a mudança completa de
abordagens, desde a pergunta-PROBLEMA. O esboço é uma espécie de declaração
sintética de uma hipótese que ainda está sendo analisada. Esse trabalho inicial será
importante para o relacionamento harmonioso com seu orientador, pois tornará mais
simples discutir e amadurecer o trabalho.
Não se esqueça de encaminha um pedido oficial à Coordenação de Cursos da
Academia, solicitando um orientador (após obter aprovação em 2/3 dos créditos). À
medida que o esboço se expande, as notas reunidas vão sendo naturalmente articuladas e
postas em seu devido lugar ou capítulo.

3.4. Redação Científica


Escrever bem é uma tarefa difícil que exige raciocínio, capacidade de organizar os
pensamentos e muita concentração, tanto quanto leitura. O texto, na verdade, exerce a
função de expressar as suas idéias na sua ausência. No momento de escrever, a habilidade
adquirida com a prática é o fator mais importante. Isto significa que não adianta, de um dia
para o outro, ou à véspera do vencimento dos prazos, querer produzir textos brilhantes. A
habilidade em escrever bem é obtida através da prática e da leitura cuidadosa.
A melhor forma de escrever o primeiro parágrafo é iniciar a discussão envolvendo-se
com outros escritores naquele campo específico. Assim, é preciso que se esteja preparado
para observar, conceber, desenvolver e exprimir idéias com desenvolturas e
conhecimento. Submeta sempre a redação definitiva a um ou mais revisores. Poucos
dominam o português ou outra língua estrangeira perfeitamente. Sobre esse assunto de
“boa revisão” recomendo o texto do professor Rogério Lacaz-Ruiz, Notas e Reflexões sobre
Redação Científica, disponível no APÊNDICE 5.

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4- APRESENTAÇÃO FORMAL
A apresentação formal tem como base as últimas considerações feitas pelas normas
da ABNT para trabalhos científicos (http://www.abnt.org.br).

4.1. Diagramação

Alinhamento justificado e fontes Times New Roman ou Arial tamanho 12


(recomendadas). Itálicos somente para palavras estrangeiras ou para ênfases. Evita-se o
negrito, exceto para título de obras nas referências bibliográficas e palavras em
maiúsculas.

4.2. Formato

Papel A4;
Margens: esquerda e superior: 3 cm; direita e inferior: 2 cm;
Fontes: Arial ou Times New Roman;
Numeração das páginas, corpo 10;
Cor da fonte: preta;
Tamanho de corpo de texto: 12;
Espaçamento do texto: 1.5.
Tamanho de corpo das notas de rodapé: 10;
O entrelinha das notas quando forem de rodapé é simples e não há espaçamento
entre as notas;
Títulos com indicativo numérico são alinhados à esquerda;
Somente títulos e subtítulos da parte do desenvolvimento são numerados;
Os títulos sem indicativo numérico (agradecimentos, lista de ilustrações, resumos,
sumários, referências, glossários, apêndices, anexos e índices), devem ser centralizados;
Todas as folhas do trabalho devem ser contadas seqüencialmente, a partir da página
de rosto. No entanto, serão numeradas a partir da primeira folha da parte textual, em
algarismos arábicos, no canto superior direito da folha (2 cm do topo e 2 cm da direita),
sem traços, pontos ou parênteses. Havendo anexos, suas páginas devem ser numeradas de
maneira contínua e sua paginação deve dar seguimento à do texto principal. A numeração
alfabética ou romana deve ser evitada;

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Antes de cada título novo (não subtítulo), inserir uma quebra de página;
Os títulos das subseções devem ser separados do texto que os precede ou que os
sucede por dois espaços duplos;
As citações de mais de três linhas no corpo do texto, as notas de rodapé, as legendas
das tabelas, ilustrações etc e as referências ao final do trabalho devem ser digitadas com
espaço simples;
As referências ao final devem ser separadas com espaço duplo.

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5- ESTRUTURA
A estrutura do trabalho científico (monografia, dissertação ou tese) deve apresentar
as seguintes etapas:
Elementos Dispositivos

Capa (obrigatório)
Folha de rosto – No verso constar a Ficha Catalográfica
conforme código de catalogação anglo-americano (obrigatório)
Folha de aprovação (obrigatório)
Dedicatória (opcional)
Agradecimentos (opcional)
Resumo na língua vernácula (obrigatório)

Pré-Textuais Resumo em língua estrangeira (obrigatório)


Lista de ilustrações (opcional)
Lista de tabelas (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional)
Lista de símbolos (opcional)
Sumário

Introdução
| Revisão de Literatura
Textuais Desenvolvimento | Material e Método
| Resultados
Conclusão

Referências (obrigatório)
Glossário (opcional)
Pós Textuais Apêndice(s) (opcional)
Anexo(s) (opcional)
Índice (opcional)

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5.1. Elementos Pré-Textuais

São os elementos de abertura de um trabalho, apresentados anteriormente ao texto,


que auxiliam na identificação e utilização do mesmo. Alguns deles são obrigatórios, outros
opcionais. A seguir são apresentadas as descrições de cada dispositivo.
A. Capa. A capa é o que protege. É a proteção externa do trabalho e onde se
estabelece a primeira redação auto/leitor, especificamente quanto à sua identificação. A
capa inclui o nome da instituição, o campo (por exemplo, teologia pastoral), o nome do
autor, o título do trabalho, o local da instituição onde deve ser apresentado e o ano da sua
entrega.
B. Folha de Rosto. A folha de rosto contém os elementos essenciais para a
identificação do trabalho: o nome do autor, o título do trabalho (lembrar-se de que um
bom título permite a fácil recuperação de informações), a finalidade do trabalho (incluir a
área de concentração), o nome do orientador, o local da instituição onde deve ser
apresentado e o ano da sua entrega. No verso da página de rosto deve constar a ficha
catalográfica do trabalho. Busque a ajuda do profissional bibliotecário da Biblioteca da
Academia para que ela seja feita. Há elementos como a codificação da Tabela Cutter e o
número de classificação do assunto que demandam a intervenção de profissional da área.
C. Folha de Aprovação. Nesta página encontram-se as mesmas informações da folha
de rosto e inclui-se o espaço para a data de aprovação e os componentes da banca
examinadora. (Descritas as instituições a que pertencem) com o lugar para a assinatura
dos mesmos.
D. Dedicatória. Dispositivo opcional reservado para a dedicação a uma pessoa ou
instituição ou para prestar uma homenagem.
E. Agradecimentos. Dispositivo opcional reservado para a expressão de
reconhecimento as pessoas ou instituições que contribuíram de modo relevante com o
autor na realização do trabalho.
F. Epígrafe. Dispositivo opcional reservado para uma inscrição, um moto, uma frase
ou um pensamento, em geral condizente com o trabalho. A inscrição, o moto, a frase ou o
pensamento devem ser seguidas de indicação de autoria.
G. Resumo na Língua Vernácula. O resumo é a condensação do trabalho, enfatizando-
se seus pontos mais relevantes. Deve ser desenvolvido e apresentado de forma clara,
concisa e direta. Deve ressaltar, numa visão rápida, o conteúdo e as conclusões do
trabalho. O título RESUMO deve estar centralizado, letras maiúsculas, fonte 14, em
negrito. O texto será apresentado três abaixo do título, em espaço simples de entrelinhas,
sem parágrafo. O resumo deverá conter até 500 palavras e é um elemento obrigatório.

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H. Resumo em Língua Estrangeira. O resumo em língua estrangeira: em inglês –


Abstract, em francês – Résumé; em espanhos – Resumen vem logo após o resumo em
língua vernácula (português) e segue as mesmas regras para sua confecção. O resumo em
língua estrangeira é apenas uma versão do resumo para algum idioma de divulgação
internacional.
I. Lista de Ilustrações, Tabelas, Abreviaturas, Siglas e Símbolos. Estes são itens
opcionais. Cada um deles deverá existir em uma página nova com a lista de ilustrações,
tabelas... (quando houver mais de cinco ilustrações ou mais de cinco tabelas, etc.) para que
o leitor possa orientar-se quando necessitar de um desses dados. A formatação deverá ser
a mesma do Sumário, apenas mudando o título e o conteúdo.
As ilustrações referem-se a desenhos, gravuras ou imagens que acompanham um
texto. As tabelas são elementos que pretendem demonstrar uma síntese. As abreviaturas
são as representações de uma palavra por meio de algumas de suas silabas ou letras. As
siglas são as junções das letras iniciais dos vocabulários básicos de uma denominação ou
título. Os símbolos são os sinais que substituem o nome de uma coisa ou de uma ação.
J. Sumário. Este dispositivo obrigatório precede imediatamente a parte TEXTUAL, do
trabalho. Ele enumera as principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma
ordem e grafia aos utilizados no corpo do texto. Inclui todos os títulos e páginas, a partir da
Introdução. Usar, se possível, o “inserir índice” do Word, pois este poderá ser atualizado
automaticamente se houver mudança na paginação.

5.2. Elementos Textuais

A. Introdução. Nessa parte inicial o autor deve incluir:


 Apresentação geral do assunto do trabalho;
 Definição sucinta e objetiva do tema abordado;
 Justificativa sobre a escolha do tema e métodos empregados;
 Delimitação precisa das fronteiras da pesquisa em relação ao campo e
períodos abrangidos;
 Esclarecimento sobre o ponto de vista sob o qual o assunto será tratado;
 Relacionamento do trabalho com outros da mesma área;
 Objetivos e finalidades da pesquisa, com especificação dos aspectos que
serão ou não abordados.

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Lembre-se de que deve ficar claro aqui qual é o PROBLEMA, bem como a sua
HIPÓTESE. O texto da introdução deve refletir fielmente os capítulos do desenvolvimento.
Esta é a parte mais difícil de se escrever. Sugere-se que deva ser apenas esboçada no
início; preferencialmente sua redação deve ser elaborada depois de todo o restante do
trabalho estar redigido.
B. Desenvolvimento. Esta é a parte principal do trabalho. Aqui está contida a
exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que
variam em função da abordagem do tema e do método.
Nessa etapa o autor se envolve com a argumentação. A revisão da literatura
apontada na introdução é trabalhada aqui onde o autor do trabalho demonstra que tem
conhecimento da discussão de seu assunto – os prós e contras -, e pode então confirmar a
utilidade de sua pesquisa. O trabalho apresentado ou preencherá lacunas existentes ou
ampliará a pesquisa desenvolvida até aqui sobre o assunto tratado. Todos os autores
citados na revisão de literatura ou em qualquer das partes do trabalho deverão constar da
listagem final das Referências Bibliográficas.
Ainda nessa etapa de desenvolvimento o autor procurará fazer uma descrição precisa
dos métodos de abordagem e como o material pesquisado será utilizado, de modo a
permitir a avaliação metodológica por outros pesquisadores. Novas técnicas devem ser
descritas com detalhe, entretanto, se os métodos empregados já forem conhecidos, será
suficiente a citação de seu autor. A especificação e origem do material utilizado poderá ser
dada através de notas de texto ou notas de rodapé.
Cada capítulo poderá apresentar ao seu final uma avaliação de resultados,
preparando a transição para o próximo capítulo. Espera-se que haja uma concatenação
lógica de um capítulo para o outro. Desta forma, as frases de transição na avaliação de
resultados ao final de cada capítulo desempenham um papel importante para o próprio
autor avaliar se há alguma ligação ou coerência em seu trabalho.
C. Conclusão. Deve ser fundamentada nos resultados e na discussão, contendo
deduções lógicas e correspondentes, em número igual ou superior aos objetivos
propostos. Vincula-se à introdução, trazendo resposta às questões que ficaram abertas
nela. Apresenta considerações finais que retornam objetivos, pergunta central e
subperguntas, avaliando até que ponto foram respondidas e que outras pesquisas
poderiam dar continuidade a esta.

5.3. Elementos Pós-Textuais

A. Referências. As referências são um conjunto padronizado de elementos descritivos


retirados de um documento, que permite sua identificação individual. As referências

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podem aparecer no rodapé (notas de rodapé), no fim do texto ou do capítulo (notas de fim
de texto), em lista de referências ou em resenhas e resumos.
A regra geral para as referências é que sejam alinhadas somente à esquerda do texto
e de forma a se identificar individualmente cada documento. Elas deverão ter
espaçamento simples e serem separadas entre si por um espaço duplo. Quando as
referências aparecerem em notas de rodapé elas deverão ser alinhadas, a partir da
segunda linha da mesma referência, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma
a destacar o expoente (em geral o número da nota). O entrelinhamento neste caso é
simples e não deve haver espaçamento entre as notas.
O recurso utilizado para destacar o título (negrito, grifo, ou itálico) deve ser uniforme
em todas as referências de um mesmo documento. Os elementos essenciais são autor(es),
título, edição (a partir da 2ª), local, editora e data da publicação. Quando se fizer
necessário acrescenta-se elementos complementares à referência para uma melhor
identificação do documento. Veja os exemplos em NBR 6023;2002. Informação e
documentação – referências – elaboração. Pp.3-21. Nestes exemplos observe
especialmente nas páginas 20-21 a possibilidade da utilização de referências pelo sistema
alfabético (notas de texto e referências alfabética ao final do trabalho) ou numérico (notas
de rodapé ou referências numéricas ao final do trabalho). Associada a NBR 6023;2002, veja
ainda o documento NBR 10520. Informação e documentação – citações em documentos –
apresentação acerca de diversos exemplos de citações.
B. Glossário. O glossário é opcional. Ele é uma redação de palavras ou expressões
técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas de suas
definições.
C. Apêndice. O Apêndice é opcional. É um texto ou documento elaborado pelo autor
a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo do corpo do trabalho.
D. Anexo. O Anexo é opcional. É um texto ou documento não elaborado pelo autor,
que serve de fundamentação, comprovação e ilustração.
E. Índice. O Índice é opcional. É uma lista de palavras ou frases, ordenadas segundo
determinado critério, que localiza e remete para as informações contidas no texto.

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6- MODELOS PRÉ-TEXTUAIS
Modelos de capa, folha de rosto, verso da folha de rosto, folha de aprovação, folha
de dedicatória, epígrafe, agradecimento, folha de resumo em vernáculo, folha de resumo
em língua estrangeira e folha de sumário.

6.1. Formatos e Margens

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Margem Superior 3 cm

Margem Esquerda 3 cm Margem Direita 2 cm

Margem Inferior 2 cm

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INSTITUTO DE TEOLOGIA LOGOS

Nome da instituição que


receberá o trabalho, Letras
maiúsculas, fonte 14, negrito,
centralizado.

Título (maiúsculas) e
subtítulo (minúsculas), fonte
14, negrito, centralizado,
espaço 1,5.

INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS NA OPINIÃO DE ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA


PÚBLICA NA CIDADE DE UBERLÂNDIA EM 2005: influência familiar

Nome completo do autor Letras


maiúsculas/minúsculas, fonte 12,
negrito, recuo de 3cm e centralizado
com o espaço restante

Lílian Portela Figueiredo

Cidade e ano de entrega, fonte


12, negrito, centralizado, espaço
simples

Uberlândia
2007

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LÍLIAN PORTELA FIGUEIREDO

Nome completo do autor


Letras maiúsculas, fonte 14
negrito, centralizado

Título (maiúsculas) e subtítulo


(minúsculas), fonte 14, negrito,
centralizado

INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS NA OPINIÃO DE ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA


PÚBLICA NA CIDADE DE UBERLÂNDIA EM 2005: influência familiar

Monografia apresentada à Banca


Examinadora do Instituto de Teologia
Natureza do trabalho,
instituição, objetivo, nome e Logos, como exigência parcial para
título do orientador, fonte 12,
sem negrito, justificado, com
conclusão do Bacharelado em Teologia
recuo de 8 cm (metade da (“LIVRE”).
folha útil), espaço simples

Orientador: Nome do Professor.

Cidade e ano de entrega,


fonte 12, negrito,
centralizado, espaço simples

Uberlândia
2007

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METODOLOGIA DA PESQUISA TEOLÓGICA

SILVA, L.F. Instituições religiosas na opinião de adolescentes de uma escola pública


na cidade de Uberlândia em 2005: influência familiar. 2007. 45 f. Monografia
(Graduação em Teologia) – Faculdade de Teologia e Educação de Minas Gerais,
Universidade Real de Brasília, Uberlândia. 2007.

Referência bibliográfica
completa da monografia. Letra
12, espaço simples, alinhado à
esquerda.

Banca Examinadora

_______________________________________

_______________________________________

_______________________________________

Aprovada em ____ de ____________ de _____

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METODOLOGIA DA PESQUISA TEOLÓGICA

RESUMO

Quem são os pais da igreja e quais as implicações da sua cosmovisão para a


educação? Este primeiro artigo de uma futura série dedicada à filosofia da educação dos
pais da igreja concentra-se na importância destes documentos para a construção da
identidade dos cristãos através da compreensão ampliada da história e da cosmovisão
cristã. O artigo procura evidenciar o fato de que a contribuição destes autores não se limita
absolutamente ao cristianismo, mas diz respeito à educação de todo o mundo ocidental
cristão.
Pretende-se assim ainda resgatar a forte associação que os Pais da Igreja
estabeleciam entre a educação e ética. Procuramos demonstrar neste e nos próximos
artigos que embora a filosofia da educação usualmente não seja explicita nos documentos
do cristianismo primitivo, ela se encontra subjacente a praticamente todos. A modo de
conclusão, sumarizam-se os princípios educacionais comuns ao legado dos Pais da Igreja e
que podem ser considerados importantes para o educador cristão da atualidade.

Palavras-chave: Filosofia da educação, Teologia da educação, patrística, ética,


cosmovisão.

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6.2. Formas de Resumo

O resumo consiste na redação de um texto, demonstrando de forma concisa a


mensagem e as informações fundamentais nele contidas. Resumir um texto representa
sintetizá-lo. Há vários tipos de resumo, de acordo com seu objetivo:
A. Resumo Indicativo. Esta forma de resumo indica apenas os pontos principais do
texto, não apresentando dados qualitativos,quantitativos, etc. É uma forma adequada à
literatura de prospectos (Catálogos de editoras, livrarias, indicações de filmes e peças de
teatro em jornais e revistas).
B. Resumo Informativo. Esta forma de resumo informa suficiente o leitor para que
este possa decidir sobre a conveniência da leitura do texto inteiro. Expõe finalidades,
metodologia, resultados e conclusões.
C. Resumo Crítico.
 Referência Bibliográfica. Escrever a referência bibliográfica completa da obra
resenhada.

ROBERTSON, O.Palmer. Terra de Deus; o significado das terras bíblicas para os planos
e propósitos de Deus. 1ª ed. São Paulo. Editora Cultura Cristã. 1998. 175pp

 Apresentação do Autor da Obra. Em alguns casos é importante situar o local e


ocasião de nascimento. Em todos os outros será importante comentar a formação
acadêmica, pessoas que exerceram influência teórica (ou escolas de pensamento)
sobre sua obra e fatos que teriam marcado sua vida e forma de pensar.
 Perspectiva Teórica da Obra. Toda obra escrita se insere em uma determinada
perspectiva teórica. É importante saber a que tradição/escola teórica pertence o
autor da obra que se está analisando, pois isso permite compreender a forma
como está organizada, bem como a lógica da argumentação utilizada.
 Breve Síntese da Obra. Antes de começar a análise de uma obra é muito
importante procurar ter uma visão panorâmica dela, isso pode ajudar a visualizar o
começo, o meio e o fim da obra, permitindo saber de onde parte e para onde vai o
autor na sua argumentação, esta parte da resenha (e somente esta) pode ser feita
na forma de um esquema.
 Principais Teses Desenvolvidas na Obra. Depois de tudo preparado é hora de
analisar o conteúdo da obra, o objetivo é traçar as principais teses do autor, e não
resumir a sua obra (resenha não é resumo), é preciso ler com muita atenção para
se apreender o que é fundamental no pensamento do autor.

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 Apreciação Crítica da Obra. Depois de apresentar e compreender o autor e sua


obra pode-se traçar alguns comentários pessoais sobre o assunto, embora os
comentários sejam pessoais, não devem ser de exagerada subjetividade ( achei a
obra legal...), mas uma opinião pessoal ancorada em um argumento
fundamentado academicamente.

6.3. Paper

È a síntese de uma comunicação oral prevista em um evento científico (seminário,


simpósio, encontro, etc.), apresentando resultados de uma pesquisa, que é enviada
previamente aos organizadores. Ao final do evento, o texto completo (comunicação) é
entregue para posterior publicação nos anais do evento. A metodologia seguida para a
realização de um paper é a mesma do método hipotético-dedutivo.

6.4. Comunicação
É o relatório do que foi efetivamente dito no evento e anunciado no paper,
geralmente destinado à publicação posterior nos anais.

6.5. Fichamento
Resumo informativo de uma publicação escrita numa ficha, com o intuito de facilitar
a consulta e o levantamento bibliográfico a respeito de determinado assunto ou para
organização de biblioteca pessoal.

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7- MODELO DE PROJETO DE PESQUISA


Considera-se dissertação de mestrado o trabalho supervisionado que demonstre
capacidade de sistematização da literatura existente sobre o tema tratado e capacidade de
utilização dos métodos e técnicas de investigação científica.
As informações necessárias para o Projeto de Pesquisa já foram discutidas no corpo
deste trabalho, sendo apenas transcritas para maior clareza. Espera-se que esse projeto de
pesquisa tenha entre 8 e 12 páginas, incluindo todas as partes:

7.1. Introdução

Na introdução deve ocorrer a apresentação geral do assunto do trabalho e uma


definição sucinta do objetivo do tema abordado. É importante esclarecer o ponto de vista
sob o qual o assunto será tratado. Lembre-se de que deve ficar clara qual é a pergunta
central.

7.2. Justificativa

Qual o relacionamento do trabalho com outros da mesma área? Quais os objetivos e


finalidades da pesquisa, com a especificação dos aspectos que serão ou não abordados.
Discutir suas possíveis implicações, significados e razões para concordância ou discordância
com outros autores. Qual a contribuição acadêmica e/ou prática pretendida com esse
trabalho?

7.3. Metodologia
É a descrição precisa dos métodos de abordagem e materiais utilizados, de modo a
permitir a avaliação por outros pesquisadores. A especificação e origem do material
utilizado poderá ser feita no próprio texto ou em nota de rodapé.

7.4. Conclusão

Devem ser fundamentadas nos resultados e na discussão, contendo deduções lógicas


e correspondentes. Refere-se à introdução, fechando-se sobre o início do trabalho.
Considerações finais que retomam objetivos, pergunta central e subperguntas, avaliando
até que ponto foram respondidas e que outras pesquisas poderiam dar continuidade a
esta.

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7.5. Referência Bibliográfica

Listar de acordo com a NBR 6023;2002 e NBR 10520 os livros, os artigos, as obras de
referência, os jornais e revistas, os documentos não publicados, os artigos em Internet, as
entrevistas e outros.

7.6. Referência Bibliográfica Comentada

Listar cerca de 10 obras que considere fundamentais para o seu trabalho, fazendo
uma breve descrição de seu conteúdo, como se fosse um fichamento – um resumo
informativo com o intuito de facilitar a consulta e o levantamento bibliográfico a respeito
de determinado assunto. Veja alguns exemplos a seguir:
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1983. (Col.
Estudos XVI). 188.
Obra do renomado filósofo, ensaísta e comunicólogo italiano que soube traduzir em
linguagem didática e agradável sua experiência de pesquisador e sua perícia de professor.
São de grande valia para os pós-graduandos não só suas considerações sobre o ofício de se
escrever uma tese como também suas sugestões técnicas e práticas para a redação da
mesma.
CARVALHO, M.C.M (org.). Construindo o saber: técnicas de metodologia
científica. Campinas: Papirus, 1988.
Escrito sob forma de antologia com as partes produzidas por diferentes autores, o
texto aborda os seguintes tópicos: a problemática do conhecimento; as relações mito,
metafísica, ciência e as perspectivas antropológicas de hoje; o estudo como forma de
estudo; o estudo de textos teóricos; técnicas de dinâmicas de grupo; e o trabalho
monográfico como iniciação à pesquisa científica.
FRAGATA, Júlio. Noções de metodologia: para a elaboração de um trabalho
científico.Porto: Tavares Martins, 1967. (Col. Meridiano universitário, 3). 136 p.
Após definir ciência, trabalho científico e método, o autor fala das qualidades da
escrita, da escolha do assunto para o trabalho, da heurística, da escrita dos documentos,
da tomada de apontamentos, da ordenação do material, da redação e da apresentação
dos trabalhos, de sua estrutura externa, de seus aspectos gráficos, da publicação, da
catalogação, da documentação e das recensões bibliográficas. Bastante completo e
acessível.

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AULA
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8- NOTAS E REFLEXÕES SOBRE REDAÇÃO


CIENTÍFICA
Quando foi diagnosticada uma doença grave em um amigo, recorremos a um manual
médico para saber mais sobre a doença. Da leitura do tratado, em inglês, pudemos extrair
todas as informações necessárias, sem praticamente recorrer ao dicionário. O texto estava
completo e sua leitura agradável. O médico que nos emprestou o livro fez um comentário
interessante. Disse que o organizador convidava especialistas para que escrevessem os
capítulos de sua área e antes de fazer a arte final seguia dois protocolos obrigatórios, a
saber: i) enviava todo material a um romancista para tornar a linguagem mais fácil e ii)
devolvia o aterial aos autores, para verificarem se as alterações não comprometiam as
informações técnicas.
Este fato, confirma a tese de Peter Drucker: o verdadeiro comunicador é o receptor.
Ao escrever é preciso perguntar-se: quem irá ler este texto? Em que condições? Um aluno
universitário, em geral, precisa ler muito e se o texto for técnico, provavelmente o
rendimento será menor. Um capítulo adaptado por um romancista facilita a leitura e a
apreensão do conhecimento; e este é o objetivo.
As vezes a imaginação nos leva por caminhos estranhos e, por este motivo, não
queremos fornecer uma resposta definitiva ao problema da escrita.
Enumeraremos, a seguir, algumas notas que podem ajudar a quem precisa escrever.
Cada um poderia descobrir naturalmente soluções de como aprimorar a escrita,desde que
se propusesse a isto. Leitura de boas obras e observar como os outros escrevem, facilitam
o aprendizado. Com o passar do tempo, se exercitamos a escrita, poderemos dar passos
seguros e significativos.
Lee Iacocca, o conhecido mega-empresário da indústria automobilística norte
americana, tem uma capacidade de comunicação acima da média. Ele mesmo conta, em
sua autobiografia, o que aprendeu de Robert McNamara: “... ele me ensinou a pôr todas as
minhas idéias no papel. – Você é muito eficiente cara a cara, ele costumava me dizer. –
Você conseguiria vender qualquer coisa a qualquer um. Mas estamos para gastar cem
milhões de dólares aqui. Vá para casa hoje à noite e ponha sua grande idéia no papel. Se
você não conseguir fazer isso é porque não trabalhou a idéia direito. Esta foi uma lição
valiosa e a partir daí passei a seguir sua orientação. Sempre que um dos meus homens tem
uma idéia, eu lhe peço para colocá-la no papel. Não quero que ninguém me venda um
plano por causa do tom da sua voz ou da força de sua personalidade. Seria inadmissível.”
(in Iacocca, L.; Novak, W. Iacocca, uma autobiografia. São Paulo: Livraria Cultura, 1985,
p.66). Em outro parágrafo, complementa a idéia de outra forma: “A cada três meses, cada

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gerente se reúne com seu superior imediato para rever seu próprio desempenho e para
estabelecer seus objetivos para o período seguinte. Havendo acordo quanto a esses
objetivos, o gerente os põe no papel e o supervisor assina. Como aprende com McNamara,
o hábito de escrever as coisas é o primeiro passo no sentido de realizá-las efetivamente.
Na conversa, você pode se desviar para todos os tipos de imprecisões e absurdos, muitas
vezes sem perceber. Mas, ao colocar suas idéias no papel, você se força a ir direto ao que
interessa. É mais difícil enganar a si mesmo ou enganar aos outros”.(ibidem p.71-72).
“Todo pesquisador deve escrever de acordo com os padrões exigidos pela ciência, no
entanto, muitos não dominam a linguagem científica. Alguns editores apontam a falta de
estilo como principal defeito dos artigos enviados para publicação por cientistas dos países
em desenvolvimento. Isto indica que há uma deficiência importante na formação destes
investigadores”.
O ensino médio (de primeiro e segundo graus) enfoca a forma literária de escrever.
Esta admite frases longas, complexas e retóricas, para passar imagens e sensações ao
leitor. Ao contrário, a linguagem científica deve ser clara, objetiva, escrita em ordem direta
e com frases curtas. Portanto, os indivíduos precisarão adequar sua redação quando se
iniciam na carreira científica. Esse assunto tem sido negligenciado pelos cursos de Pós-
Graduação no Brasil, originando a formação de Mestres e Doutores inabilitados para
escrever artigos científicos. Geralmente esses jovens pesquisadores não têm consciência
disso e passarão suas deficiências aos futuros orientados.
Para corrigir esta falha na formação é necessário muito esforço, paciência e
disposição para ocupar quanto tempo for necessário. Acima de tudo, é preciso ter
humildade para reconhecer as próprias limitações e trabalhar continuamente para eliminá-
las. Produzir um texto adequado é tarefa árdua e demorada mesmo para aqueles que
dominam a linguagem científica” (Valenti, W.C, Guia de Estilo para a Redação Científica).
A seguir, serão apresentadas algumas regras práticas sugeridas pelo professor
Valenti, adaptadas para este artigo. Evidentemente, elas são de mero caráter típico-
indicativo e admitem exceções, mas podem auxiliar na hora de escrever ou revisar um
texto acadêmico.
 Antes de iniciar, organize um roteiro com as idéias e a ordem em que elas serão
apresentadas. Estabeleça um plano lógico para o texto. Só escreve com clareza
quem tem as idéias claras na mente.
 Trabalhe com um dicionário e uma gramática ao seu lado e não hesite em
consultá-los sempre que surgirem dúvidas.
 Escreva sempre na ordem direta: sujeito + verbo + complemento.
 Escreva sempre frases curtas e simples. Abuse dos pontos.

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 Prefira colocar ponto e iniciar nova frase a usar vírgulas. Uma frase repleta de
virgulas está pedindo pontos. Na dúvida, use o ponto. Se a informação não merece
nova frase não é importante e pode ser eliminada.
 Evite orações intercaladas, parêntesis e travessões. Algumas revistas
internacionais aceitam o uso de parêntesis para reduzir o período.
 Corte todas as palavras inúteis ou que acrescentam pouco ao conteúdo.
 Evite as partículas de subordinação, tais como que, embora, onde, quando. Estas
palavras alongam as frases de forma confusa e cansativa. Use uma por frase, no
máximo.
 Use apenas os adjetivos e advérbios extremamente necessários.
 Só use palavras precisas e específicas. Dentre elas, prefira as mais simples, usuais e
curta.
 Evite repetições. Procure não usar verbos, substantivos aumentativos, diminutivos
e superlativos mais de uma vez num mesmo parágrafo.
 Evite ecos (e.g. “avaliação da produção”) e cacófatos (e.g. “uma por cada
tratamento... uma porcada...”).
 Prefira frases afirmativas.
 Frases escritas em voz passiva são muito utilizadas em relatórios e trabalhos
científicos, mas devem ser evitadas.
 Evite: regionalismos, jargões, modismos, lugar comum, abreviaturas sem a devida
explicação, palavras e frases longas.
 Um parágrafo é uma unidade de pensamento. Sua primeira frase deve ser curta,
enfática e, preferencialmente, conter a informação principal. As demais devem
corroborar o conteúdo apresentado na primeira. A última frase deve seguir de
ligação com o parágrafo seguinte. Pode conter a idéia principal se esta for uma
conclusão das informações apresesentadas nos períodos anteriores.
 Os parágrafos devem interligar-se de forma lógica.
 Um parágrafo só ficará bom após cinco leituras e correções:
o na primeira, cheque se está tudo em forma direta e modifique se necessário;
o na segunda, procure repetições, ecos, cacófatos. Orações intercaladas e
partículas de subordinação; elimine-os;
o na terceira, corte todas as palavras desnecessárias; elimine todos os
adjetivos e advérbios que puder;

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o na quarta, procure erros de grafia, digitação e erros gramaticais, tais como de


regência e concordância;
o na quinta. Cheque se as informações estão corretas e se realmente está
escrito o que você pretendia escrever. Veja se você ainda está adivinhando,
pelo contexto, o sentido de uma frase mal redigida.
 Após a correção de cada parágrafo, em separado, leia todo o texto três vezes e
faça as correções necessárias.
o Na primeira leitura, observe se o texto está organizado segundo um plano
lógico de apresentação do conteúdo. Veja se a divisão em itens e subitens
está bem estruturada; se os intertítulos (título de cada tópico) são concisos e
refletem o conteúdo das informações que os seguem. Se for necessário, faça
uma nova divisão do texto ou troque parágrafos entre os itens. Analise se a
mensagem principal que você desejava transmitir está de forma clara a ser
entendida pelo leitor.
o Na segunda, observe se os parágrafos se interligam entre si. Veja se não há
repetições da mesma informação em pontos diferentes do texto, em
períodos escritos de forma diversa, mas com significado semelhante. Elimine
todos os parágrafos que contenham informações irrelevantes ou fora do
assunto do texto.
o Na terceira leitura, cheque todas as informações, sobretudo valores
numéricos, datas, equações, símbolos, citações de tabelas e figuras, e as
referências bibliográficas.
Lembre-se que textos longos e complexos, com frases retóricas e palavras incomuns
não demonstram erudição. Ao contrário, indicam que o autor precisa melhorar seu modo
de escrever.

SOBRE OS ESTILOS APLICADOS À ESCRITA DO TEXTO

8.1. Ênfase

Para dar ênfase, deve-se utilizar itálicos e não sublinhado ou negrito. Palavras
estrangeiras e títulos de publicações também devem ser italicizadas. Numa citação ao dar
uma ênfase que não se encontra no original, acrescentar na nota bibliográfica “grifo
nosso”.

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8.2. Línguas Originais

Citações do grego, hebraico e aramaico devem ser feitas nos alfabetos originais (sem
transliteração), digitadas ou à mão. Os termos e citações em língua estrangeira devem ser
preferencialmente traduzidos. Se não o forem (por serem amplamente conhecidos ou
intraduzíveis), deve-se italicizá-los.

8.3. Pronomes Referentes a Deus

Os pronomes “ele”, “seu”, “sua”, etc., não devem ter inicial maiúscula, em
consonância com as normas da gramática portuguesa.

8.4. Linguagem Subjetiva

A linguagem subjetiva (primeira pessoa do singular), coloquial (informal), ou


devocional (própria de um sermão, estudo bíblico ou oração) deve ser evitada.

8.5. Referências Bíblicas


Devem ser colocadas no texto principal e não em notas de rodapé. Quando a
referência for somente ao livro, colocar o nome completo. Se houver capítulo e versículo,
utilizar as abreviaturas de duas letras, apresentadas no índice da versão da Bíblia Almeida
Revista e Atualizada (ver anexo). Por exemplo: Gn 20.5; 2 Cr 1.7; 1 Ts 2.10; Ap 10.1; Jd 5.

SOBRE A ENCADERNAÇÃO DO TRABALHO TEOLÓGICO


Após a defesa da dissertação perante a banca, e após as correções implementadas
por sugestão da banca, o trabalho, mediante aprovação do orientador, deverá ser
encadernado para ser entregue aos membros da banca e à biblioteca da Faculdade.
A encadernação deverá ser como segue (capa):
O nome da Instituição (corpo 14, caixa alta, negrito, centralizado);
Nome do autor
Título do trabalho (corpo 14, caixa alta, negrito, centralizado);
Local e ano da apresentação (corpo 12, caixa alta e baixa, negrito, centralizado).
A capa deverá ser dura e de cor preta com letras douradas;
Os elementos que deverão compor a lombada são os seguintes:

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Nome do autor (corpo 14, caixa alta e baixa, negrito), impresso longitudinalmente do
alto para o pé da lombada;
Título do trabalho, impresso da mesma forma que o nome do autor, logo depois
deste (corpo 14, caixa alta, negrito);
Elementos alfanuméricos de identificação (indicação de volume). Se não houver mais
que um volume essa informação é desnecessária;
A sigla da Faculdade;
Ano da apresentação.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

VIEIRA, José Guilherme Silva. Metodologia de Pesquisa Científica na Prática. Curitiba:


Editora Fael, 2010.

ALVES, Cesar Andrade. Método Teológico e Ciência: A Teologia Entre as Disciplinas


Acadêmicas. São Paulo: LOYOLA, 2019.

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