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Curso Básico de Educação Teológica a Distância – CBETED
ÍNDICE
Introdução 09
A Grande Comissão 12
Desperte o Interesse Dos Alunos 13
Ensine a Bíblia com toda a responsabilidade 14
Principio da Escola Dominical e Primordios 15
A Escola Dominical foi pensada para as crianças 15
Ética na Escola Dominical 17
Princípios básicos e elementares 18
Escola Dominical metodos de ensino N.1 20
Passo 1 - Capacitar docentes 22
Passo 2 - Identificar o problema, assumir e liderar 27
Passo 3 - Avaliar causas, planejar e preparar a operação 28
Passo 4 - Lançar uma campanha (Divulgar) 28
Passo 5 - Estar pronto a “Colocar a mão na massa” 29
Passo 6 - Promover uma festa de reinício 30
Passo 7- Restabelecer a equipe 32
Escola Dominical crescer no conhecimento 32
Escola Dominical incentivo a ler 36
A Familia e e Escola Dominical 38
Escola Dominical Superintendentes 43
O comportamento do crente que ama Escola Dominical 45
O comportamento do líder que aqma a Escola Dominical 47
O Professor e o aluno 49
O adulto precisa ser incentivado 52
A interação Professores e Alunos 53
A Pedagogia de Jesus 57
Fundamentos da Pedagogia de Jesus 57
Conclusão 62
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INTRODUÇÃO
Por isso, não é errado dizer que Kalley é o pai da escola dominical no Brasil,
porque essa instituição de ensino que hoje reúne milhões de crentes todos
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os domingos para aprender a Palavra de Deus teve origem, de fato, no
trabalho do missionário escocês. Só não é correto dizer que foi a primeira.
A Igreja Metodista detém ainda outro pioneirismo na mesma área: a
confecção de revistas para escola dominical. O reverendo John James
Ransom produziu a primeira revista bíblica infantil, A Nossa Gente Pequena,
publicada entre de 1884 a 1886. Ele produziu também A Escola Dominical,
que era uma revista para adultos. Fonte - judsoncanto.wordpress.com
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proposta deste artigo é o de encontrar respostas para estas perguntas e
tentar apontar princípios que ajudem a EBD a retomar uma força perdida ao
longo do tempo. História da EBD Nos tempos do antigo Testamento cabia
aos sacerdotes, profetas e reis o ensino da Lei de Deus. Isto fica claro
quando analisamos a Bíblia e encontramos passagens como a do rei Josafá
que enviou levitas e sacerdotes por toda a terra de Judá para ensinar ao
povo a Lei do Senhor. [1] No livro de Neemias encontramos outros registros
de aulas dadas ao povo de manhã ao meio dia, povo ao qual chorava ao
ouvir as palavras da Lei [2]. Aulas religiosas eram também comuns nas
sinagogas sempre ministradas sobre a orientação dos doutores da lei. No
Novo Testamento encontramos Jesus como um grande professor do
Evangelho em sinagogas, casas, templos e ao ar livre. A igreja primitiva dava
também muita importância a o ensino das Escrituras. Paulo e Barnabé, por
exemplo, dedicaram suas vidas ao ensino da Palavra de Deus. Professores
que passaram um ano ensinando na igreja de Antioquia, um ano e meio na
igreja de Corinto e três anos na de Éfeso de acordo com o livro de Atos. [3]
Com a Reforma Protestante, no século 16, o estudo da Bíblia voltou a ser
algo primordial o que trouxe luz a escuridão espiritual que a igreja vivia na
Idade Média. Séculos mais tarde surge na Inglaterra a EBD com contornos
semelhantes aos que existem hoje em nossas igrejas. O responsável por esta
escola foi o jornalista Robert Raikes que iniciou aulas para crianças pobres
aos domingos. Nestas aulas eram ensinados vários materiais como
aritmética, ensino de textos bíblicos e princípios cristãos. Este modelo foi
muito criticado na época pelas igrejas que consideravam o seu projeto como
“profanador dos domingos”.
A Grande Comissão
Jesus tem o ensinamento das escrituras como algo fundamental para os
seguidores de ontem e de hoje também. Quando Jesus apareceu para os
seus discípulos, após a sua ressurreição, ele deixou uma ordem para que
conforme os discípulos fossem fazendo discípulos de todas as nações e
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batizando-os, deveriam também ensiná-los a guardar todas as coisas que
Jesus já havia ensinado (Mateus 28.19-20).
Por isso é impossível existir uma igreja verdadeira que não ensine a palavra
de Deus. Digo verdadeira, pois Jesus não nos deixou uma opção ou uma
sugestão, mas sim uma ordem. Deixar de realizar o estudo da Bíblia é
desobediência. É isso que nos difere daqueles que o seguiam, mas logo o
abandonaram por tomar conhecimento de que: “Quem não toma a sua cruz
e não me segue, não é digno de mim. ” (Mateus 10.38).
Muitas igrejas, não completam o ciclo da grande comissão. Igrejas que estão
cheias de pessoas que param no estágio do batismo e de lá não saem mais.
Pessoas que não se aprofundam no conhecimento das escrituras e assim se
acomodam e não se preparam para serem enviadas. Não é de se assustar
como alguns ministérios cressem numa velocidade assustadora e outras não.
Igrejas que não prezam a Palavra de Deus, não pregam a verdade, e que
ignoram o arrependimento.
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Ensine a Bíblia com toda a responsabilidade
O professor é um privilegiado por exercer o ministério do ensino da Palavra
de Deus obedecendo e executando a missão dada por Jesus a nós. Ele nunca
se esquece de preparar as suas aulas, contextualizar os assuntos que serão
abordados em sala, dedicar tempo com Deus em oração, ser pontual e dar
todo o louvor a Deus. O resultado disso é que os alunos terão zelo no estudo
da palavra e na aplicação do que aprenderam.
Howard Hendricks em seu livro, Ensinado para transformar vidas, diz que:
Há muitos professores que vão para a sala de aula totalmente despreparados
ou preparados apenas em parte. São como mensageiros sem mensagem.
Falta-lhes a energia e o entusiasmo necessários para produzirem os
resultados que, centralizado por direito, devemos esperar de seu trabalho.
Faça com que a igreja transmita os ensinos como testemunhas vivas. Todo
discípulo deve ser um conhecedor da palavra de Deus para que poça pregar
com convicção e autoridade a outros. A divulgação do evangelho, só deve
acontecer se os alunos realmente acreditarem nos ensinamentos da Bíblia.
“Se alguém promove o que faz, crê na sua eficácia”, diz Dornas em seu livro.
Uma pessoa convicta de que a Bíblia é poder para a salvação prega sem
mesmo abir a boca, só por meio de ações. Jesus, Paulo e outros discípulos
pregavam com autoridade por conhecerem a palavra de Deus e colocar todo
ensino em prática.
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Isto quer dizer que os educadores devem estar prontos para atender as
necessidades daqueles que por algum motivo não podem frequentar a EBD
no domingo pela manhã, mas que pode assistir a aulas em dias e horários
diferentes dos tradicionais. Isto pode ser realizado pelos professores,
evangelistas ou pastores da igreja. Conduza os alunos a um culto verdadeiro.
Em entrevista para a revista Vinde, edição 46, a jornalista Mirian Leitão disse
que o estudo da Bíblia influenciou muito a sua conduta profissional e ética e
que a EBD foi fundamental para a formação de seu caráter. Esta é na
verdade o resultado de uma EDB verdadeira que tem como objetivo educar
discípulos para serem semelhantes ao nosso mestre Jesus Cristo.A EBD tem
como um de seus mais sublimados objetivos justamente a educação do
homem. Prestemos atenção a estas palavras de Paulo: “Toda Escritura é
devidamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para
corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito,
e perfeitamente preparado para toda boa obra” (2 Tm 3.16,17).A Escola
Bíblica Dominical é o local onde a liderança fiel a escritura deve deixar claro
as suas posições sobre todos os assuntos que envolvem a igreja como:
homossexualismo, aborto, liturgia, louvor e adoração, estilo de música,
pecados entre outros. Igrejas com problemas doutrinários e que estão se
dividindo são em grande parte igrejas que não tem a EBD e seus ensinos
como um dos focos principais. Membros que não sabem ao certo a posição
de suas igrejas para determinados assuntos, acabam se chocando com
opiniões divergentes. Conclusão:
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seus pobres. Numa época em que as regulamentações trabalhistas não
favoreciam de modo algum a classe trabalhadora, pais e filhos de qualquer
idade trabalhavam juntos nas fábricas em jornadas desumanas e se
amontoavam em habitações insalubres e imundas nas poucas horas de
descanso. O trabalho duro, como se vê, não garantia aos trabalhadores um
mínimo de dignidade. Escolas até existiam, mas as crianças exploradas pelas
fábricas em longos expedientes não tinham ânimo ou tempo para frequentá-
las. Aos domingos, os pais descansavam, enquanto a sua prole era deixada
por conta própria. As crianças, sem supervisão, infestavam as ruas e praças
dos bairros pobres, promovendo toda sorte de distúrbios. Era o caminho
aberto para a delinquência e para o vício. Mesmo nos outros dias da semana,
ainda que em número bem menor, a algazarra e os atos de vandalismo eram
constantes, praticados pelas crianças e jovens que não trabalhavam ou não
frequentavam a escola.
No site da CPAD, um texto de Ruth Doris Lemos diz que Robert Raikes teve
a atenção despertada para os pequenos vândalos enquanto estava sentado
à sua mesa de trabalho e se sentiu perturbado com a baderna que faziam.
Não sei de que fonte ela extraiu essa história ou se a imaginou, mas nas
obras que consultei (por exemplo, FirstFiftyYearsofSundaySchool, de H. W.
Watson, secretário da União da Escola Dominical, e Robert Raikes: His
SundaySchoolsand His Friends, de Joseph Belcher) encontrei uma história
diferente.
Esses autores contam que Robert Raikes certo dia visitou o subúrbio de
Gloucester em busca de um jardineiro. Era um dia semana, e mesmo assim
ele ficou impressionado com a algazarra que as crianças do bairro
promoviam na rua.
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assistência material e espiritual, e a reintegrá-los à sociedade depois de
soltos, mas os resultados foram desanimadores.
Então lhe veio o pensamento de que a maioria dos presidiários que ele
tentara em vão ajudar haviam sido crianças malcomportadas como aquelas
que conhecera naquele dia. E teve, ali mesmo, a ideia de fazer um trabalho
de base: dar àqueles meninos e meninas uma orientação que os levasse a
outro caminho que não o da marginalidade ou o da prisão.
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ou parcial, omitindo a verdade bíblica para satisfazer suas ideologias.
Infelizmente existem pseudo-educadores que não se pautam por esses
princípios. Antes, narcotizados e saturados por falsa dialética e filosofia vil
adquirida por uma cátedra e suposta formação superior, desvirtuam as
pessoas com seus próprios ensinamentos (Rm 1.22).
Jesus cumpriu a Lei (Mt 5.17,18), sendo submisso à vontade de Deus. Por
isso serve-nos como referencial perpétuo. Ele poderia dizer: “Eu sou Deus.
Não preciso de ritual algum”, contudo foi fiel até a morte e morte de cruz
(Fp 2.8). Apóstolo Paulo possuía a ética cristã ordenada por Jesus. Em
virtude disso, várias vezes disse: “Sede meus imitadores” (1Co 4.16; 11.1;
Ef 5.1; Fp 3.17 e 1Ts 1.6).
Para sermos exemplo não podemos usar ética situacional, nos portarmos de
um modo no seminário, faculdade ou sala de Escola Dominical; e, no
cotidiano agir de maneira contrária (Rm 2.20-24 e Tg 2.12). Ser dúbio na
relação discurso/ação é anti-ético e, em outras palavras, hipocrisia. Pior do
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que isso é a formação de cristãos de vida espiritual dividida, pois,
infelizmente, o mau exemplo é sempre o mais fácil de assimilar por causa da
nossa natureza humana (Rm 7.19).
Ao expressar-se, o educador deve ser claro naquilo que está querendo dizer,
para não ser mal-entendido e provocar ambigüidades. Se o intuito é
comunicar, então não podemos esquecer o fato de que toda mensagem
(falada ou não) que se quer transmitir possui dois aspectos, o denotativo e
o conotativo.
Agindo dessa maneira, saiba ouvir, pois o aluno, outrora calado, mudará sua
conduta, sentirá mais liberdade de expressão para expor suas idéias e
sentimentos. Você provocou uma reação e um posicionamento por parte do
educando. A partir de então, ficou estabelecido um clima de confiança e uma
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relação autêntica entre vocês. Não se contente com isso, preocupe-se com
uma transformação contínua na vida do aluno (santificação), resultado da
ação do Espírito Santo e do estudo da Palavra de Deus (Pv 4.18; Jo 17.17 e
2Tm 3.14-17), sendo você, o sujeito principal deste processo.
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Finalmente, a igreja necessita de uma ED com qualidade mais do que nunca.
São muitas as congregações que divagam sem visão e estratégia. É uma
fórmula para o desastre. Deus dará a visão e a EBD oferece a estratégia.
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do Cristianismo Deus usava professores humanos (Mt 28.19; At 5.42; 15.35;
18.11,25; 28.31; 2Tm 2.2), e o Senhor concedeu o dom de ensinar paras
alguns crentes (Rm 12.6,7; 1Co 12.28; Ef 4.11). Professores humanos, como
instrumentos do Espírito Santo, podem estimular e desafiar os alunos,
guiando-os em uma adequada compreensão e aplicação da Palavra de Deus.
Ressaltar o papel do Espírito Santo no processo pedagógico não sugere que
os professores não precisem estudar e preparar-se. Longe disso! “Só o
professor que está bem preparado pode cumprir a tarefa com mais
eficiência, enquanto que, ao mesmo tempo, confia no Espírito Santo para
agir por meio dele e de seus alunos”. Visto que ensinar na Igreja é um
processo divino-humano, um ministério que conjuntamente envolve o
Espírito Santo e os professores, o preparo torna o professor um instrumento
melhor, uma ferramenta mais afiada nas mãos de Deus. Depender do
Espírito Santo no ensino que o crente transmite não significa estar
despreparado e “deixar que o Espírito Santo fale por mim”, como se a
preparação competisse com a espiritualidade. Justamente o oposto é
verdade. O despreparo não é sinal de ser “mais espiritual”. Às vezes, porém,
o Espírito Santo pareceu usar esforços pedagógicos parcamente preparados
e manifestamente realizou muito. Como explicar este fato? Porquanto seja
verdade que o Espírito Santo anule e realmente reduza a nada o serviço
malfeito de um professor, a falta de preparação não é encorajada em
nenhuma parte da Bíblia.
As palavras de Paulo em 1 Coríntios 3.6: “Eu plantei, Apolo regou; mas Deus
deu o crescimento”, deixam claro que o esforço humano é acompanhado,
não substituído, pela obra divina do próprio Deus. Em vez de ser desculpa
para a preguiça ou ignorância, o papel do Espírito no processo educacional
proporciona um desafio para a excelência.
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universo de Deus nessa parte é infinito, de modo que quem ensina precisa
estar aberto para aprender mais”.
Insistimos neste ponto sobre capacitação docente, por saber que “o principal
responsável pelo atendimento de necessidades discentes é o professor da
ED, pois as aulas podem ser elementos satisfatórios na busca de respostas
espirituais”. E, como dissemos em nosso mais recente artigo? Educar
adolescentes cristãos na pós-modernidade: desafio e necessidade?
Publicado na Revista Ensinador Cristão (CPAD), “ser atualmente um
educador cristão é algo que demanda muito mais que conhecimento e boa
didática, é uma posição que reclama equilíbrio emocional e um bom
relacionamento intra e interpessoal. Isso exige docentes que sejam éticos,
instigadores, criativos, dedicados e profundamente interessados com as
demandas educacionais do Reino”.
Nada menos que isso é suficiente para este tempo, pois é preciso que os
educadores sejam como o sacerdote Esdras, do qual a Bíblia afirma que “era
escriba hábil na Lei de Moisés, dada pelo SENHOR, Deus de Israel” (Ed 7.6b).
Bem, podemos até pensar que não temos nenhuma novidade na informação
de que Esdras “era escriba hábil na Lei de Moisés”, pois, sabemos que o
“cargo de escriba, de acordo com o que se lê no Antigo e no Novo
Testamento, era ocupado somente por homens hábeis e capazes,
Competentes e instruídos, homens que soubessem descrever todos os
acontecimentos históricos de sua época”. Portanto, a “habilidade” de Esdras
tinha uma origem: sua dedicação.
Mas, o que levou Esdras a fazer a diferença? Ele não se limitou a ser apenas
mais um sacerdote nem mais um escriba, pois já havia muitos em Israel. O
que o destaca dos demais está registrado em três momentos do mesmo
capítulo 7: a “mão do Senhor estava sobre ele” (vv. 6,9,28). Por ter um
compromisso sério com Deus e com a Palavra, Esdras percebeu que se
quisesse fazer alguma coisa para mudar a situação e buscar uma renovação
espiritual, não poderia limitar-se a fazer apenas o que era sua obrigação.
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2. Secretário do governo para correspondência oficial e registro dos dinheiros
públicos, 2 Rs 12.10; Ed 4.8. Os levitas serviam de escribas para tomar conta
dos negócios com a reparação do templo, 2 Cr 34.13.
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O método que os escribas usavam para a interpretação das Escrituras era
analítico, levando em conta que cada palavra ou frase da “Tõrãh” tinha um
significado especial. Assim, davam uma interpretação plena e
pormenorizada. Os escribas incutiram a idéia de que as formas práticas de
solução estavam implícitas no Pentateuco. Essas atividades interpretativas
abriram o caminho para novos estudos e maior desejo de conhecer a Lei.
Depois de Esdras, o escriba foi classificado como tal e era versado na Torá,
chamado também de doutor da lei, mestre ou rabino (Mt 22.35; Lc 5.17).
Desde que em Israel cessaram os profetas, os sábios se ocuparam
profissionalmente da interpretação das Sagradas Escrituras; assim foi
formado um grupo de doutores da lei, os escribas, que logo chegaram à
categoria de condutores do povo.
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pela informação de que, além de os muros fendidos e as portas queimadas,
o povo da cidade estava em grande miséria (Ne 1.1-3).
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amem o projeto, pois elas desenvolvem o senso de pertencimento. Foi o que
fez Neemias (2.17,18). Envolver a todos no projeto de reformulação da
Escola Dominical é uma das melhores formas de incentivar o crescimento da
Escola Dominical.
Organização da equipe
A equipe incumbida de determinada missão pode ou não levá-la a efeito.
Tudo depende de sua organização, visão de trabalho, política de qualidade
e acima de tudo coesão. Jesus Cristo expressou essa grande verdade ao
dizer que um “país que se divide em grupos que lutam entre si certamente
será destruído; a família que se divide em grupos que lutam entre si também
será destruída” (Lc 11.17; NTLH).
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d) Quantidade de pessoas à Altura da Demanda na ED: O crescimento do
corpo discente determinará o crescimento do corpo docente e da equipe da
Nova Escola Dominical. É importante que esse “detalhe” seja observado.
Nada de sobrecarregar uma só pessoa com a desculpa que não existe outras
pessoas de confiança e competência. Lembremo-nos do conselho de Jetro
(Êx 18.14-24). É bom atentar para as qualidades que os escolhidos deveriam
ter (Êx 18. 21).
e) Qualidade na Prestação dos Serviços: Até pouco tempo atrás era comum
ouvirmos pessoas dizerem ao serem convidadas para cantar: “Olhem irmãos,
eu não ensaiei, mas é para louvar a Jesus mesmo, por isso, se houver alguma
falha peço perdão”. Ora, usava-se esse argumento como se isso fosse
humildade. Para louvarmos a Deus devemos estar o mais preparado possível.
A Nova Escola Dominical exige a certificação qualitativa de todos que nela
trabalham. Não há como prestar um bom serviço na Obra de Deus, se não
houver qualificação para tal. A Obra de Deus pode ser glorificada ou
banalizada segundo o nosso desempenho.
E os levitas fizeram calar todo o povo, dizendo: Calai-vos, porque este dia é
santo; por isso, não vos entristeçais.
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uma boa Escola Dominical precisa preencher para que seu número de alunos
cresça e a cada dia ela se torne mais popularizada.
A equipe possuía...
- Apoio do líder majoritário (Neemias; representando o pastor);
- Orientação do líder departamental (Esdras; representando o
superintendente da ED);
- Auxiliares instruídos e capacitados (seis homens à direita de Esdras e sete
à sua esquerda; representando os porteiros e introdutores da ED);
- Professores qualificados e entendidos (Os Levitas; representando os
professores da EBD) .... Funcionava sincronicamente...
- O líder majoritário convocou o povo (Ne 8.1);
- O líder departamental “prendeu” a atenção de todos com a leitura do Livro
(Ne 8.3);
- Os auxiliares estavam “em pé”, ou seja, prontos para orientar o povo (Ne
8.4);
- Os professores (re)liam, explicavam e interpretavam* a lição (Lei), para
que os alunos (povo) entendessem (Ne 8.7).
"Este dia é consagrado ao Senhor, vosso Deus, pelo que não lamenteis, nem
choreis.
Então todo o povo saiu para comer, beber, repartir com os que nada tinham
preparado e para celebrar com grande alegria, pois agora compreendiam as
palavras que lhes foram explicadas" (Ne 8.12; Nova Versão Internacional,
grifo do autor).
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Curso Básico de Educação Teológica a Distância – CBETED
Tudo o que aconteceu aqui, na verdade nada mais foi do que a
conscientização do povo acerca de sua real necessidade (Buscai primeiro o
Reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas, ou seja, as outras
necessidades serão supridas, contidas ou dirigidas). Com essa atitude eles
conseguiram fazer uma convergência entre o sentimento e o pensamento do
povo, o que conseqüentemente resultou em uma ação. E essa ação era o
objetivo que Neemias e toda a sua equipe havia vislumbrado previamente,
por isso conseguiram atingi-lo.
O texto bíblico que abre este artigo mostra-nos que na vida espiritual, do
crente mais simples ao líder cristão mais destacado, o elemento basilar é a
fé em Cristo, priorizada, mantida, fortalecida, purificada, renovada e, ao
mesmo tempo, seguida do conhecimento de Deus.
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elemento da natureza divina, como atributo de Deus (Atos 16: “...a fé que é
por Ele...”; Gálatas 5.5: “...pelo Espírito da fé...”).
“Antes crescei” – A vida cristã normal deve ser um crescer constante para a
maturidade espiritual, como mostra 2 Coríntios 3.18: “Somos transformados
de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor. ” Esse
crescimento transformador deve ser homogêneo, uniforme, simétrico; caso
contrário virão as anormalidades com suas consequências. Lembremo-nos
do testemunho do apóstolo Paulo sobre si mesmo em 1 Coríntios 13.11, e o
comparemos com o depoimento bíblico de Atos 9.19-30 e 11.25-30. Um
crente sempre imaturo na graça e conhecimento de Deus é também um
problema contínuo para ele mesmo, para outros à sua volta e para a sua
congregação como um todo. E pior ainda é quando o cristão desavisado
cuida apenas de seu conhecimento secular, terreno, humano, social, e
também quando cuido do conhecimento bíblico e teológico sem antes e ao
mesmo tempo renovar-se no poder do Alto, o poder do Espírito Santo, que
nos vem pela imensurável graça de Deus em suas riquezas (Ef 2.7). Tudo
mediante Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
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Curso Básico de Educação Teológica a Distância – CBETED
(Ef. 1.17, 18; Cl 1.9; 1Co 12.8). Cristo é a fonte e manancial da graça de
Deus (Jo. 1.16, 17) e também o alvo do nosso conhecimento (Fp. 1.8,10).
O conhecimento de Deus nos vem também pela comunhão com Ele, é óbvio,
sendo um meio de usufruirmos mais de Sua graça (2Pe 1.2). Quem está
crescendo na graça e no conhecimento de Deus ainda tem muito a crescer.
Afirma o texto de João 1.17 “...e graça por graça...”. Se alguém estacionar
no desenvolvimento de seu andar com Deus, virá o colapso. É como alguém
sabiamente disse: “A verdadeira vida cristã é como andar de bicicleta; se
você parar de avançar, você cai! ”.
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de doces (Ler Provérbios 25.16,27 e Levítico 2.11). Doces engordam, mas
engordar não é crescer, e nem sempre é sinal de saúde.
A criança é muito sentimentalista. Ela vive pelo que sente. Por coisa mínima,
a criança chora, amua-se e some da cena. A criança é muito crédula. Ela não
discute nem questiona as coisas da vida em geral. Ela crê em tudo, sem
argumentar. Ela aceita praticamente tudo sem averiguar, sem filtrar, sem
discutir.
Essas verdades e realidades devem ser aplicadas à nossa vida cristã para
vermos se estamos crescendo para a maturidade ou se ainda permanecemos
quais criancinhas incipientes e crédulas. O procedimento correto para o
crente evitar um colapso na sua vida espiritual é “crescer na graça e no
conhecimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”.
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Curso Básico de Educação Teológica a Distância – CBETED
• Jesus ao morrer por todos na cruz, levou sobre si os nossos pecados, para
que agora possamos ser salvos, e um dia irmos morar com Ele no Céu. Entre
as referências inerentes a esse particular estão João 14.6, Romanos 5.8 e
1Pedro 2.24.
Certo axioma atribuído a Albert Einstein diz que “a leitura após certa idade
distrai excessivamente o espírito humano das suas reflexões criadoras. Todo
o homem que lê de mais e usa o cérebro de menos adquire a preguiça de
pensar. ”
A crítica de Einstein não é contra a leitura, mas contra aqueles que usam a
leitura como alienação e fuga. Talvez, Mario Quintana desejasse afirmar a
mesma coisa quando escreveu que “os verdadeiros analfabetos são os que
aprenderam a ler e não leem”. Analfabeto não é aquele que não sabe ler,
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Curso Básico de Educação Teológica a Distância – CBETED
mas o que nunca se apropriou da função social e política da leitura e da
escrita.
Mas para que isto seja potencialmente possível, é necessário, como afirma
Solé (1988), de estratégias de leituras. Estratégias de leituras, segundo Solé,
“são capacidades cognitivas ligadas à metacognição, que permitem uma
atuação inteligente e planejada da atividade de leitura” (FERREIRA & DIAS,
2002, p.46).
Da parte da Família
1. Propiciar um ambiente doméstico que valorize a leitura, a cultura e os
livros;
2. Estimular os filhos a montar uma pequena biblioteca que atenda
exclusivamente o interesse da criança;
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3. Ler e contar histórias para os filhos;
4. Levar as crianças, adolescentes, jovens e adultos às livrarias e bibliotecas;
5. Participar de feiras de livros;
6. Dar certa quantia em dinheiro para que o leitor compre o seu próprio livro;
7. Os pais devem ser os primeiros a ler;
8. Criar “cantinhos” de leitura para as crianças;
9. Instruir as crianças a reservarem um “tempinho” para a leitura;
10. Controlar o tempo gastos na televisão e dedicar mais tempo à leitura
1-A família
A família não foi criada para recreação ou por engano, a família é uma
instituição divina, é a base da sociedade ela exerce uma influência decisiva
na formação do indivíduo. Os ataques à família têm como objetivo único
destruir o ser humano. A Família é a célula mater da sociedade. O núcleo
familiar é o primeiro grupo social do qual participamos e recebemos, não
somente herança genética ou material, mas principalmente moral. Nossa
formação de caráter depende, fundamentalmente, do exemplo ou modelo
familiar que temos na formação de nossa personalidade.
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Curso Básico de Educação Teológica a Distância – CBETED
Diante deste retrato uma afirmação pode ser feita: É na família que a igreja
deve investir cada vez mais para garantir que as novas gerações possam ter
um relacionamento saudável e genuíno com Jesus Cristo.
A palavra família aparece 90 vezes na bíblia (68 no AT e 22 no NT). Logo
depois de ter criado todas as coisas, Deus criou o homem (Gn 1.26), e logo
em seguida lhe deu uma mulher (Gn 2.18), com a qual, “em pouco tempo”,
ele teve filhos (Gn 4.1,2), constituindo assim, a primeira família. A família é
tão importante para Deus que quando Ele da face da terra decidiu mandar
um dilúvio para destruir todo o povo da terra devido aos seus grandes
pecados, Ele fez questão de preservar uma família, a família de Noé, que era
um homem fiel (Gn 6.6-22). O segredo para se ter uma família saudável é,
simplesmente, dar aos seus filhos uma boa educação espiritual (Pv 22.6). Os
que são ensinados a guardar o caminho do Senhor aprendem a agir com
justiça e juízo.
Por que então a família tem sido bombardeada pela mídia, onde se diz que
o casamento é uma instituição falida e que a família é uma prisão para o
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indivíduo moderno. Lembremos o que JESUS disse em Lc 17.28 a respeito
dos últimos dias, "Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de
Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam", não é
mencionado o casamento onde se forma uma família. A cada situação
alarmante que os noticiários anunciam, sobre mortes violentas, sequestros,
roubos, latrocínios, e toda sorte de agressão ao ser humano, entendemos
que a raiz do problema está na falta da criação de laços familiares, morais,
éticos e bíblicos.
2- A finalidade da EBD.
-Ganhar almas para cristo: O meio certo é usar a Palavra e confiar na
operação do Espírito Santo (Jo 16.8; 1Pe 1.23). Através da "EBD" pessoas
podem ser salvas.
-Auxiliar no ensino das escrituras: A responsabilidade do ensino bíblico
é dos pais (Dt 6.6-9), mas a igreja através de seu principal departamento de
ensino auxilia a família nesta tarefa (Dt 31.12).
-Auxilia na evangelização: A EBD ensina enquanto evangeliza e
evangeliza enquanto ensina.
-Auxilia no discipulado: O futuro do novo convertido (infante ou adulto)
depende do que for ensinado agora.
A finalidade da EBD deve ser de ajudar o aluno novo convertido a viver uma
vida verdadeiramente cristã em inteira consagração a DEUS e cheio do
Espírito Santo. Mas acima de tudo, não nos esqueçamos de que, como
discípulos de CRISTO, a nossa vida é um permanente discipulado (2 Co
3.18).
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Por causa dos pais: As crianças deixam de frequentar a EBD, pois são
dependentes. Não acompanham as lições, não aprendem, não crescem
espiritualmente, não se habituam ao ambiente, não se introduzem no grupo
e por isso não fazem amigos na igreja. Não conhecem a Bíblia, e
consequentemente desconhecem a vontade de Deus para as suas vidas,
ficando sem referências morais e espirituais. Com o tempo, ficam tão
desmotivadas que não deseja participar de coisa alguma na igreja.
Acompanhe seus filhos à EBD.
A EBD tem como objetivo fazer que os alunos sejam sempre cumpridores da
palavra e não somente ouvintes enganando-vos com falsos discursos (Tg
1.22).
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Além de aproximar pais e filhos na comunhão do corpo de CRISTO, a EBD
introduz crianças, adolescentes, jovens e adultos no conhecimento bíblico,
afastando-os da ociosidade e das más companhias.
Considerações finais
Nenhuma instituição de ensino tem efeito tão benéfico sobre a família como
a EBD. Nos países onde a EBD é valorizada, sempre há testemunha de
pessoas que se tornaram úteis à sociedade e ao mundo. Portanto, a igreja
precisa valorizar a EBD que é a maior escola de formação cristã do mundo.
Os que são assíduos na EBD absorvem o ensino da bíblia, e passam a ter
uma conduta pautada nos princípios elevados da palavra de DEUS se
assemelhando em palavras e obras ao ideal apresentado por JESUS. “A
conversão de uma alma é o milagre de um momento; a formação de um
santo é a tarefa de uma vida inteira”(AlanRedpath).
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nomenclatura envolve também uma alteração de rumo ou mudança política
e administrativa dos antigos paradigmas ou modelos de organização escolar.
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As Habilidades do Superintendente Eficaz:
1. Habilidade de planejamento;
2. Habilidade de manejo e controle do orçamento;
3. Habilidade de organização;
4. Habilidade de resolver problemas criativamente;
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Essa é uma das razões que a bíblia diz que os filhos das trevas são mais
prudentes que os filhos da luz. É difícil fazer o povo entender que a principal
coisa na vida do crente é obter o conhecimento da palavra e aquele que
recusa a fazê-lo despreza a si mesmo e negligencia os seus melhores
interesses. Todo crente lúcido espiritualmente sempre dará ouvidos às
instruções da palavra de Deus para assim caminhar com entendimento pelo
caminho da justiça divina. O crente que é consciente e temente a Deus
desenvolve coração sensível às instruções divinas.
Ele não mede esforços em ser instruído na palavra - Neemias 8.3 E leu no
livro diante da praça, que está diante da porta das águas, desde a alva até
ao meio dia, perante homens e mulheres, e os que podiam entender; e os
ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei. = 2 Timóteo 3.17
Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para
toda a boa obra
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organizaram, não reclamaram do tempo da instrução e não ficaram
conversando quando a palavra era ministrada. É preciso entender que a
escritura é uma regra perfeita de fé e sua prática foi designada para o
homem de Deus, porque é proveitosa para ensinar. Se seguirmos suas
orientações visto que foi dada pela inspiração divina alcançaremos uma
proveitosa evolução espiritual. A escritura satisfaz a todos esses fins e
propósitos. Por isso devemos amar a instrução e valorizar aqueles que se
dedicam a esse ministério de ensino.
Essa é uma realidade que vivenciamos nos dias de hoje onde qualquer um
está abrindo igreja e se intitulando pastor. Pastor que não passou por uma
faculdade teológica, está muito longe de ser um pastor. Todo pastor que se
preza deve ser capaz de ensinar outros e ser apto para isso.
Quem ensina tem grandes responsabilidades diante de Deus, pois vai dar
conta a Ele de tudo o que ensinou. A palavra de Deus deve ser transmitida
de maneira pura e incorrupta a outros.
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quer alguém ensinando a palavra com sabedoria com medo do povo se
inclinar para o lado deste, ou de ter que ralar em buscar conhecimento para
não ficar para trás.
Ele procura levar a reunião de ensino com louvor e adoração - Neemias 8.6
E Esdras louvou ao Senhor, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém,
Amém! Levantando as suas mãos; e inclinaram suas cabeças, e adoraram
ao Senhor, com os rostos em terra. = 2 Pedro 3.18 Antes crescei na graça e
conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a
glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém.
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estaremos afastados do caminho da verdadeira benção, e aí estamos no
caminho que conduz a destruição. Precisamos nos aplicar no conhecimento
do Senhor e nos esforçar com mais amplitude em conhecê-lo cada vez mais,
pois isso nos fará mais semelhantes a Ele.
Ele procura organizar a didática com o melhor para o povo - Neemias 8.7 E
Jesuá, Bani, Serebias, Jamim, Acube, Sabetai, Hodias, Maaséias, Quelita,
Azarias, Jozabade, Hanã, Pelaías, e os levitas ensinavam o povo na lei; e o
povo estava no seu lugar. = Romanos 12.7 Se é ministério, seja em
ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino.
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aprender [...]. Nas crianças, o amor pelo estudo deve ser suscitado e avivado
pelos pais, pelos professores, pela escola, pelas próprias coisas, pelo
método, pelas autoridades”. O problema é que os professores concentram a
maior parte do tempo no conteúdo, acreditando que as habilidades
cognitivas serão algo decorrente. Mas de acordo com Crawford W. Lindsey
Jr, “se ensinarmos habilidades cognitivas, o conteúdo emergirá como um
efeito colateral desejável e necessário”. Aí se sentirá o tal desejo de
aprender;
Assim se fazia nos tempos em que não existia a imprensa e em que a posse
de manuscritos era um privilégio reservado a poucos. Portanto, o que
caracteriza o estudo não é um grande esforço mental ou concentração
atentiva na captação dos materiais a ser aprendido, mas a aptidão para
vencer as dificuldades de compreensão, de um modo perseverante e
sistemático, seja qual for o modo de consegui-lo.
II. Condições para o estudo. Reiterando, estudar não é apenas ler trechos
de um bom livro, copiar artigos da internet, ou compendiar conhecimentos
prontos. Estudar requer muita concentração, tempo, ambiente apropriado,
força de vontade e abnegação. Para que o professor de Escola Dominical
estude com boas possibilidades de sucesso é preciso que algumas condições
sejam atendidas, satisfatoriamente. Essas condições podem ser classificadas
em extrínsecas e intrínsecas. Vejamos:1. Condições extrínsecas. As
condições extrínsecas de estudos são aquelas que não se relacionam com a
pessoa de quem estuda. Referem-se àquelas circunstâncias materiais e de
ambiente, quais sejam: local, conforto, material de estudo, ordem,
interrupções, períodos de estudo e horas de estudo.
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a) Local. É importante que se estabeleça um local de estudo isolado do
burburinho da rua ou da própria casa. É aconselhável que o local de estudo
não seja utilizado para outros fins, tendo em vista estabelecer
condicionamento propício às atitudes de estudo. Assim, o local de estudo
não se deve prestar para outras práticas que não sejam com as relacionadas
com o estudo. O local deve ser suficientemente iluminado, devendo vir à luz,
tanto natural como artificial, da esquerda para a direita, com relação à
posição do estudante. Sempre que possível, dar preferência a luz natural. É
conveniente afastar da vista do estudante, coisas que lhe posam desviar a
atenção, como fotos, revistas, televisão e mesmo evitar a permanência no
local, de pessoas que, entretidas em outras atividades, possam roubar a
atenção de quem deseja estudar. Não há dúvida, no entanto, que, segundo
certas circunstâncias, música suave pode até ser estimulante para os
estudos.
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fontes de estudos, resumos e todo tipo de notas, a fim de não sobrecarregar
a memória.
Importante é que o material de estudo, seja de que natureza for, volte para
seus respectivos lugares, a fim de ser evitada aquela perda de tempo com
enervantes buscas à mínima consulta a ser feita ou à mínima necessidade
de uso de instrumentos a ser levada a efeito. Importante, também, anotar
as dúvidas, conceitos, comentários ou informações, logo que forem
surgindo, não deixando para depois, quando poderá ser tarde, devido a
possíveis falhas de memória. Quando estiver lendo e encontrar uma palavra
que não conheça, sublinhe imediatamente e consulte o dicionário assim que
puder.
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professor de adultos pode dispor para vivificar o ensino e a aprendizagem,
mediante sua aproximação com a realidade e com a atualidade.
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aos poucos e com os próprios esforços, formularem conceitos e noções da
matéria de estudo.
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o tempo todo e, às vezes, responde algumas poucas perguntas. Dentre as
desvantagens do uso exclusivo deste método, destacam-se duas: 1) A
preleção “centraliza o ensino na figura do professor, exigindo pouco ou
nenhum preparo da lição por parte dos alunos”. 2) Este método, “não
permite que o professor dê atenção especial a todos os alunos, obrigando-
o, em alguns casos, a nivelar a aula, por mera suposição. ” (Como tornar o
ensino eficaz, CPAD)
Precisamos diversificar nossos métodos e adequá-los eficientemente às
novas circunstâncias. Ou seja, mudar a maneira de comunicar uma verdade
sem alterá-la.
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Chamada para o ensino e o desafio da globalização atualmente, os que
almejam cumprir o chamamento do Senhor para o ensino eclesiástico, hão
de encarar desafios bem diferentes daqueles enfrentados por mestres do
passado. Um mundo, que apesar de ultra-moderno, informatizado e
globalizado, encontra-se cada vez mais distante, alienado de Deus.
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É urgente a necessidade de reconstruirmos novos alicerces, princípios e
objetivos, tanto para a família quanto para a sociedade, fundamentados na
Palavra de Deus.
A PEDAGOGIA DE JESUS
Processos educacionais superiores, resulta da reflexão sobre os problemas
da educação. Jesus não era um educador no sentido comum da palavra. Não
possuía, como homem, nenhuma experiência educativa. Sua profissão era a
do pai, segundo a tradição familiar: carpinteiro. Deixando de lado os
problemas referentes à sua origem e natureza divinas e encarando
humanamente os fatos poderíamos falar numa Pedagogia de Jesus?
I.1- A prática
Jesus fez uma clara opção pela prática em relação ao discurso e à fala. Este
dado tem enorme relevância para os obreiros cristãos que costumam eleger
a fala como principal instrumento de ensino.
Com a prática das curas Jesus devolve a dignidade aos pobres, aos
marginalizados (mulher adúltera, leprosos) e outras categorias oprimidas
pelo sistema social daquela época.
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Com a prática das curas Ele restaura a saúde física, mental e espiritual do
povo: deficientes (cego, mudo, surdo, paralítico), enfermos (febre,
hemorragia, mão ressequida, lepra, etc.) e endemoninhados.
I.2 - Os resultados
O segredo para se obter bons resultados é praticar as palavras de Jesus,
pois seu ensino não é para experiência do coração, nem para a edificação
da razão. Seu ensino exige, em primeira instância, uma prática que seja
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anúncio das bem-aventuranças do Reino e que se organiza dentro de sua
lógica.
Mt. 5:14-16........ A luz igualmente deve produzir o efeito para o qual ela foi
criada, ou seja, iluminar.
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(Mt.8:1-3) e com seu gesto repudiava o abandono a que eram condenados.
A cura dos endemoninhados gadarenos (Mt. 8:28-34) tem o mesmo sentido.
Não só a pessoa recebe nova valorização, mas também a vida cotidiana
ganha nova dignidade:
Mt. 6:11....... O pão está entre os direitos da vida, pois ele é pedido ao Pai,
na oração que Cristo ensinou, A dignidade da vida inclui, para Jesus, a
simples amizade-fraternidade que cresce em torno do pão.
Mt. 8:11; 26:29........ A plenitude do Reino é, repetidas vezes, comparada a
uma ceia. Estes traços históricos indicam que a prática de Jesus valorizava
a comunhão fraterna que se desenvolve em volta da mesa. Pela amizade,
pela fraternidade da mesa e pelo partir diário do pão, no contexto maior do
Reino, o convívio humano passa a ser um bem em si, sem outro objetivo
além do prazer da fraternidade. Comer à mesa e cultivar a amizade cotidiana
é expressão de pura compaixão humana.
I.4 - A simplicidade
Se queremos adotar a pedagogia do Mestre em nossas igrejas e instituições
paralelas devemos estudar as lições de Cristo, Seu caráter e Suas práticas.
Precisamos nos libertar do formalismo e da tradição e apreciar a
originalidade, a autoridade, a espiritualidade, a bondade, a humildade, a
benevolência e o poder do Seu ensino.
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Jesus não tinha um púlpito, ou uma escola. Ele ensinava, pregava e curava
junto ao mar (Mt. 4:18); nas sinagogas (Mt. 4:23); no monte (Mt. 5:1);
nas casas (Mt. 8:14); cidades e povoados (Mt. 9:35); no campo (Mt. 14:13
e19); no caminho (Mt. 20:17 e 29-30); no templo (Mt. 21:12,14), etc.
Seu ensino é ancorado em situações comuns do dia-a-dia das pessoas: o sal,
a luz, o relacionamento senhor X servo, as aves do céu, os lírios do campo,
o comer, o vestir, a porta estreita e a porta espaçosa, a seara, o trabalho, a
semeadura, o pastoreio, a árvore e seus frutos, etc...
Ele não escolheu sábios, nobres ou ricos para seus discípulos, mas convidou
rudes pescadores, consertadores de redes, um coletor de impostos, etc.
(Mt.4:18-22; 9:9); sentou-se à mesa com publicanos e pecadores (Mt.9:10).
Jesus estabelece um contato muito próximo e íntimo com as pessoas, estava
sempre no meio do povo, multidões o acompanhavam, Ele tocava as
pessoas, fez questão de impor as mãos sobre as crianças, etc. (Mt. 5:1;
19:13-15).
CONCLUSÃO
Precisamos considerar seriamente a Pedagogia de Jesus, porque nós como
Igreja temos uma vocação divina: lutar pelo estabelecimento do Reino de
Deus e anunciar a mensagem de salvação para o homem, que é o próprio
Cristo. Esta é a razão primária da existência da. Igreja e por isto mesmo toda
a sua atividade de pregação e ensino, tem que perseguir este objetivo com
obstinação.
Afinal, foi Ele mesmo que disse: "Aprendei de mim." (Mt.11:29) e "Sede vós
perfeitos, como perfeito é o vosso Pai Celeste." (Mt.5:48)
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