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Missal Romano

Primeira Parte
MISSAL ROMANO
Reformado por decreto do Concílio
Ecumênico Vaticano II
e promulgado por autoridade
de S. S. o Papa Paulo VI
e revisto por S. S. o Papa João Paulo II
A liturgia é «viva» em
virtude da presença
viva daquele que
«morrendo destruiu a
morte e
ressuscitando nos
restituiu a vida».
Sem a presença real do mistério de Cristo,
não há qualquer vitalidade litúrgica. [...]

Com efeito, o que define a liturgia


é a concretização, nos santos sinais,
do sacerdócio de Jesus Cristo, ou seja,
a oferta da sua vida até estender os braços na cruz,
sacerdócio tornado presente de maneira constante
por meio dos ritos e das orações.
Francisco. Discursos, 2017
Liturgia,
memorial do
Senhor.
A humanidade do
Filho de Deus
se tornou o
instrumento de
nossa salvação.
SC 5
A obra da salvação,
realizada em Cristo,
continua na Igreja,
pela sua Liturgia.

SC 1-10
Desde os inícios, a Igreja, iluminada pelo Espírito Santo,
compreendeu que a sua Liturgia
não era uma representação da salvação.

 Pelo contrário, o que era visível em Jesus Cristo,


o que se podia ver com os olhos e tocar com as mãos,
as suas palavras e os seus gestos,
a concretude do Verbo encarnado,
tudo dele passou para a celebração dos sacramentos.

DD 9
Para continuar realizando
a sua obra salvadora,
Cristo está sempre presente
no seu Corpo, a Igreja,
especialmente nas ações litúrgicas

SC 7
Cristo está sempre presente:
1. no sacrifício da missa, tanto na pessoa do ministro
que preside a assembleia quanto, sobretudo, sob as
espécies eucarísticas.
2. nos sacramentos, de tal modo que, quando alguém
batiza, é o próprio Cristo quem batiza.
3. na sua Palavra, pois é Ele que fala quando na Igreja
são lidas as Sagradas Escrituras.
4. na Igreja reunida a rezar e cantar, ele que prometeu:
“Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome,
eu estou no meio deles” (Mt 18,20).
“Agora e em todos os tempos,
ele vem ao nosso encontro,
presente em cada pessoa humana,
para que o acolhamos na fé
e o testemunhemos na caridade,
enquanto esperamos a feliz
realização do seu Reino”

Prefácio do Advento IA
Cristo, Senhor e Juiz da História
Liturgia,
lugar do encontro
com Cristo vivo.
A Liturgia: lugar do encontro com Cristo – DD 10-12

Na Eucaristia e em todos os sacramentos nos é garantida


a possibilidade de encontrar o Senhor Jesus e de sermos
alcançados pela potência da sua Páscoa.

O poder salvífico do sacrifício de Cristo,


de cada uma de suas palavras, de todos os seus gestos,
do seu olhar e dos seus sentimentos
nos alcança na celebração dos sacramentos.
Eu sou
Nicodemos e a Samaritana,
o endemoniado de Cafarnaum e o paralítico na casa de Pedro,
a pecadora perdoada e a hemorroíssa,
a filha de Jairo e o cego de Jericó,
Zaqueu e Lázaro,
Pedro e o ladrão perdoados.

 O Senhor Jesus – imolado, já não morre; e, morto, agora vive


eternamente – continua a nos perdoar, curar e salvar pelo
poder dos sacramentos (isto é, de modo encarnado,
segundo a necessidade de nossa humanidade).
Após a Páscoa e o Pentecostes,
o verdadeiro encontro com Jesus
acontece na comunidade que celebra.

“A Igreja, desde Pentecostes,


jamais deixou de reunir-se
para celebrar o «mistério pascal»:
lendo as Escrituras (Lc 24,27)
e celebrando a eucaristia (1Cor 11,26).
SC 6
DD 8
Na Missa,
o Povo de Deus é convocado e reunido,
para celebrar o “MEMORIAL DO SENHOR”
ou sacrifício eucarístico,
sob a presidência do ministro ordenado,
que faz as vezes de Cristo.
IGMR 27
UM NOVO MISSAL ROMANO?
“Inaugura-se hoje a nova forma da liturgia...
É um grande evento que deve ser recordado como
princípio de jubilosa vida espiritual”
(Paulo VI. Homilias, 7/03/1965)
Não é um “novo” Missal Romano. Acompanhemos:
1. O Concílio de Trento mandou confeccionar um Missal Romano
para toda a Igreja, e São Pio V o promulgou em 1570.
2. Esse Missal Romano foi “reformado” conforme os decretos
do Concílio Vaticano II, e São Paulo VI promulgou a sua 1ª edição
em 1970 e uma 2ª edição em 1975.
4. No Jubileu do Ano 2000, São João Paulo II promulgou a 3ª
edição revisada.
5. Portanto, a partir do Primeiro Domingo do Advento de 2023
usaremos a tradução da 3ª edição típica latina do Missal Romano,
“nascido” em Trento e reformado pelo Vaticano II.
Missal: percurso histórico de Trento ao Vaticano II.
1. 1570 – Pio V: um missal único para toda a Igreja, fruto do
Concílio de Trento, exceto em relação aos missais que
superavam 200 anos (Milão, Leão, Toledo e Braga).
– 1571 – impresso, com mudanças
– 1604 – Clemente VIII
– 1634 – Urbano VIII
– 1884 – Leão XIII
– 1911 – Pio X
– 1920 – Bento XV, após o CDC de 1917
– 1955 – Pio XII: Vigília Pascal e Ordinário da Semana Santa
– 1962 – João XXIII
2. 1970 – Paulo VI: 1ª edição do Missal Romano,
reformado pelo Concílio Vaticano II.
3. 1975 – Paulo VI: 2ª edição do Missal Romano
4. 2000 – João Paulo II: 3ª edição do Missal Romano
(publicada em 2002, revisada em 2008).

Finalidade: incorporar as disposições litúrgicas e canônicas


desde a sua 2ª edição típica (1975).
São Paulo VI, na Const. Apostólica “Missale Romanum”,
recordou que São Pio V, “promulgando a edição-príncipe do
Missal Romano, apresentou-o ao povo cristão como fator da
unidade litúrgica e sinal da pureza do culto da Igreja”.
Em relação ao Missal Romano reformado pelo Vaticano II,
o Papa desejou que fosse “recebido pelos fiéis como
um meio de testemunhar e afirmar a unidade de todos,
pois, entre tamanha diversidade de línguas,
uma só e mesma oração, mais fragrante que o incenso,
subirá ao Pai celeste por nosso Sumo Sacerdote Jesus Cristo,
no Espírito Santo”.
Participação
litúrgica
1. A participação litúrgica é exigência
da “própria natureza da Liturgia”
e direito e dever do povo cristão
“por força do batismo”:
– plena, consciente e ativa (SC 14)
– frutuosa, interna e externa (SC 11 e 19).
2. Requer formação, a começar dos pastores.

Dessa forma, a Liturgia se torna o que ela é:


fonte da vida espiritual para todos os fiéis.
“Nossa participação no corpo e no sangue de Cristo
não tende a outra coisa senão a que
nos convertamos no que comemos”
(São Leão Magno – DD 41).

“Recebe a oferenda do povo


para apresenta-la a Deus.
Toma consciência do que vais fazer,
e põe em prática o que vais celebrar,
conformando tua vida ao mistério da cruz do Senhor”
(Pontifical Romano. Ordenação de Presbítero – DD 36).
A frutuosa participação
requer de todos nós
esforço por corresponder
pessoalmente
ao mistério celebrado,
e profunda concordância
das disposições interiores
com os gestos e palavras.
Sem isso “as nossas celebrações,
por muito animadas que fossem,
arriscar-se-iam a cair no ritualismo”
(SCa 64).
Questão fundamental:
“como recuperar
a capacidade
de viver
plenamente
a ação litúrgica?”

DD 27
A meditação contínua
(uma “leitura orante”)
dos textos e dos gestos do missal
(“per ritus et preces”)
poderão torná-los novos e
fonte viva de nossa vida espiritual.
Algumas atitudes fundamentais

MARAVILHAR-SE FORMAÇÃO SILÊNCIO


(ESTUPOR)
Estudar a Gesto ritual
Encantar-se com Liturgia. de toda a
a grandeza do assembleia,
mistério pascal, Participar da
símbolo do
celebrado nos Liturgia.
Espírito Santo.
santos sinais.
DD 38-41
DD 24-26 DD 52
FORMAÇÃO LITÚRGICA AUTÊNTICA:
estudar a Liturgia e ser formado pela Liturgia.
Cada qual, segundo a sua vocação,
ser formado pela participação na celebração litúrgica.
Sem a ação formadora da Liturgia,
o estudo da ciência litúrgica permanece apenas “racionalismo”.
Assim, o Presbítero e toda a assembleia celebrante são
formados pelas palavras e gestos da Liturgia.
(DD 40 e 60)
O conhecimento do mistério de Cristo
– questão decisiva para a nossa vida –
não consiste em uma assimilação mental de uma ideia,
mas em um verdadeiro envolvimento existencial com a sua
pessoa. Dóceis ao Espírito Santo, por meio da Liturgia, Cristo
vai sendo formado em nós (Gl 4,16).

 A plenitude da formação litúrgica é a nossa configuração a


Cristo. Não se trata de um processo mental, abstrato, mas
existencial, que nos “cristifica”.
Missal Romano
Segunda Parte
Tradução portuguesa da terceira edição típica
realizada e publicada pela
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
com acréscimos aprovados pela Sé Apostólica
Fruto dos trabalhos da CETEL e da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil, desde 2002.
59ª AG-CNBB, 2022
Aprovação do Missal Romano, 3ª edição típica.
14 de dezembro 2022 - Audiência geral
15 de dezembro 2022 – entrega do missal
17 de março 2023 – Aprovação da tradução
19 de abril 2023 – Usou-se pela 1ª vez
a 3ª edição do Missal Romano – AG-CNBB
SENTIDO DO MISSAL
1. MISSAL, fruto da Leitura orante da Palavra de Deus.

“Se desde o início, não tivesse havido


por parte da Igreja a escuta da Palavra de Deus
contida nas Escrituras,
hoje nós não teríamos entre as mãos o missal.
Sem a escuta da Palavra de Deus na Igreja,
não há texto litúrgico, não há missal.
Os textos litúrgicos do missal
são o fruto mais maduro da escuta eclesial das Escrituras,
são a essência mais pura da ruminação da
Palavra de Deus pela Igreja.”
Goffredo Boselli. O sentido espiritual da Liturgia, p. 57
2. MISSAL, Livro da “lex orandi – lex credendi.”

Entre fé eucarística e celebração


existe uma relação inseparável, que evidencia
a ligação entre a norma da oração e a norma de fé.
A primazia pertence “à ação litúrgica” (SCa 34).

 Catecismo da Igreja Católica, n. 1124:


a Igreja crê conforme reza.
A lei da oração é a lei da fé, ou seja,
“a lei da fé é determinada pela lei da oração”
(Próspero de Aquitânia, séc. V).
3. MISSAL: regra do bem celebrar
(“ars celebrandi”).

A fidelidade ao Missal Romano


garante a arte do bem celebrar e,
consequentemente, a participação
plena, ativa e frutuosa de todos os fiéis (SCa 38).
Bento XVI
“O primeiro modo de favorecer a participação
do povo de Deus no rito sagrado é a condigna
celebração do mesmo; a arte da celebração é a
melhor condição para a participação ativa”.

Sca 38
Francisco
“A arte de bem celebrar não pode ser reduzida
à mera observância de um aparato rubrical
e nem mesmo à fantasiosa e, às vezes,
selvagem criatividade sem regras.
Isto porque o rito não tem finalidade em si mesmo,
ele é mediação da realidade salvífica
que ele simboliza e realiza”.
DD 48
É preciso cuidar de todos os
aspectos da celebração
(espaço, tempo, gestos,
palavras, objetos, vestes,
cantos, música, ...) e observar
todas as rubricas: esta atenção
seria suficiente para não
roubar da assembleia o que é
seu por direito, o mistério
pascal celebrado no modo
ritual que a Igreja estabelece.
DD 23
4. MISSAL: compreender o mistério
eucarístico “per ritus et preces”.

A Igreja procura, solícita e cuidadosa, que os cristãos


não assistam ao mistério da fé – o mistério eucarístico –
como estranhos ou mudos expectadores, senão que,
compreendendo-o bem por meio dos ritos e orações,
participem consciente, piedosa e ativamente da ação
sagrada (SC 48).
5. MISSAL, fonte da nossa vida espiritual
(“lex vivendi”)

A Liturgia impele os fiéis, saciados pelos “mistérios pascais”,


a viverem em união perfeita e pede que sejam fiéis na vida a
quanto receberam pela fé.
Assim, da Liturgia e, particularmente da Eucaristia, corre
sobre nós a graça como de uma fonte (SC 10).
A “plena e ativa participação” possibilita que a Liturgia
seja, de fato, “a primeira e necessária fonte onde os fiéis
hão de beber o espírito genuinamente cristão” (SC 14).
6. MISSAL:
modelo, critério e norma da oração cristã

“O missal ensina a gramática da oração:


o que é a oração do cristão,
a quem dirigir a oração,
como ela se formula,
o que pedir.”
A Oração Eucarística, sozinha, “é a síntese
mais alta e expressiva da oração cristã.”
G. Boselli. O sentido espiritual da liturgia, pp. 136-137
7. MISSAL e Ano Litúrgico

“O caminho privilegiado
para ser introduzido
no mistério da salvação,
que se torna presente
nos sinais sagrados,
continua a ser o de
seguir com fidelidade
o desenrolar do Ano Litúrgico”.

Mane Nobiscum Domine, 17


Ano
Litúrgico
Portanto, o Missal Romano é fruto daquele desejo
da Igreja de realizar uma acurada reforma geral da Liturgia
para “permitir ao povo cristão um acesso mais seguro à
abundância de graça que a Liturgia contém” (SC 21).
Ele garante a intrínseca relação entre lex orandi – lex
credendi, pois a Igreja crê o que celebra.

Por isso, no processo de tradução, houve um cuidado


meticuloso para buscar as expressões mais adequadas que
assegurassem fidelidade ao texto oficial latino, à língua
portuguesa e à mentalidade cultural brasileira.
Missal Romano
Terceira Parte
PASSAR DO LIVRO À CELEBRAÇÃO
Educação litúrgica.
“Não é suficiente reformar os livros litúrgicos
para renovar a mentalidade.
Os livros reformados nos termos dos decretos do Vaticano II
desencadearam um processo que requer tempo,
recepção fiel, obediência prática,
atuação celebrativa sábia por parte, primeiro, dos ministros
ordenados, mas também dos outros ministros, dos cantores e
de todos os que participam na liturgia”.
Francisco. Discursos, 24 de agosto de 2017.
É necessário
compreender sempre
mais profundamente o
sentido autêntico dos
ritos e dos textos
litúrgicos e, assim,
celebrar ativa e frutuosa
a Eucaristia.
– IGMR 22
Próprio do Tempo: Ordinário Próprio dos Santos:
Ciclo Cristológico. Ciclo Eclesiológico, com o
da santoral e outras celebrações
Manifestações de Cristo Missa da Igreja.
nos ciclos
do Natal, - Santoral
da Páscoa e - Formulários comuns
do Tempo Comum. - Missas Rituais
- Missas e Orações para
Celebração dos diversas circunstâncias
mistérios da salvação, - Missas votivas
que têm por cume o - Missas pelos defuntos
Tríduo Pascal. - Apêndice
Cristo é o centro. A Cristo se unem Maria, os
Mártires e todos os Santos
“Em primeiro lugar,
merece destaque,
a Instrução Geral
que expõe as novas normas
para a celebração do
Sacrifício Eucarístico,
tanto em relação aos ritos e
funções de cada participante,
como às alfaias e lugares
sagrados”.

Paulo VI. Missale Romanum


O conhecimento da Instrução Geral e
do próprio Missal revela,
afirma Bento XVI,
as “riquezas que guardam e exprimem
a fé e o caminho do povo de Deus ao longo
dos dois milênios da sua história.”

SCa 40
Instrução Geral do Missal Romano, 3ª edição típica:
1. A ordem dos capítulos permaneceu inalterada, mas foi
incluído o capítulo 9º: “Adaptações que competem aos
Bispos e às suas Conferências”;
2. O Proêmio foi integrado à numeração dos 399 parágrafos;
3. Foram incluídos novos parágrafos e feitas mudanças na
maioria dos demais, unindo ou inserido textos, ou apenas
esclarecendo o conteúdo com alguma interpolação (IGMR
23-26);
4. O texto foi enriquecido com novas notas de pé de rodapé.
IGMR 22: parágrafo novo
“De máxima importância é a celebração da Eucaristia na Igreja
particular”, presidida pelo Bispo, da qual participam o
presbitério, os diáconos e o povo; nela “manifesta-se o
mistério da Igreja.
Por isso, tais celebrações devem ser tidas como modelares
para toda a diocese”.
É, pois, dever do Bispo “esforçar-se para que os presbíteros,
os diáconos e os féis cristãos leigos compreendam sempre
mais profundamente o sentido autêntico dos ritos e dos
textos litúrgicos e assim sejam levados a uma celebração ativa
e frutuosa da Eucaristia”.
IGMR 56: parágrafo novo
“A Liturgia da Palavra deve ser celebrada de tal modo que
favoreça a meditação; por isso deve ser de todo evitada
qualquer pressa que impeça o recolhimento.
Integram-na também breves momentos de silêncio, de acordo
com a assembleia reunida, pelos quais, sob a ação do Espírito
Santo, se acolhe no coração a Palavra de Deus e se prepara a
resposta pela oração.
Convém que tais momentos de silêncio sejam observados, por
exemplo, antes de se iniciar a própria liturgia da palavra, após
a primeira e a segunda leitura, como também após o término
da homilia”.
IGMR 138: parágrafo refeito

“Terminado o símbolo, o sacerdote, de pé junto à cadeira e de


mãos unidas, com breve exortação convida os fiéis à oração
universal. A seguir, o cantor, o leitor ou outra pessoa, do
ambão ou de outro lugar apropriado e voltado para o povo
propõe as intenções, às quais o povo, por sua vez, responde
suplicante. Por fim, o sacerdote, de mãos estendidas, conclui
a prece por uma oração”.
“99. Em seguida, com a participação do povo no que lhe
cabe, faz-se a oração universal ou dos fiéis, que o sacerdote
dirige da cadeira ou do ambão (cf. n. 45-47).”
IGMR 131 e 133: parágrafos modificados

131. Depois, todos se põem de pé e canta-se o Aleluia ou outro


canto, conforme as exigências do tempo litúrgico (cf. n. 62-64).
“92. Segue-se o aleluia ou outro canto, conforme as
exigências do tempo litúrgico (cf. n. 37-39)”.

133 [94]. Toma, então, o Evangeliário, se estiver no altar e,


precedido dos ministros leigos, que podem levar o turíbulo e
os castiçais, dirige-se para o ambão, conduzindo o Evangeliário
um pouco elevado. Os presentes voltam-se para o ambão,
manifestando uma especial reverência ao Evangelho de Cristo.
Próprio
do Tempo
Irmãos caríssimos,
a glória do Senhor manifestou-se,
e sempre há de manifestar-se no meio de nós
até a sua vinda no fim dos tempos.
Nos ritmos e nas vicissitudes do tempo,
recordamos e vivemos os mistérios da salvação.

O centro de todo o ano litúrgico


é o Tríduo do Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado,
que culminará no Domingo de Páscoa [...]
Missal Romano
Anúncio da Páscoa e das Festas móveis
Próprio do Tempo – Ciclo Cristológico: elementos incorporados

Ciclo do Natal – Tempo do Advento


Missas dos dias da semana:
formulário completo a cada dia
Ciclo do Natal – Tempo do Natal
Epifania do Senhor: Missa da Vigília
Ciclo da Páscoa – Tempo da Quaresma
Oração sobre o povo: desde a Quarta-feira de Cinzas até a
missa da quarta-feira da Semana Santa.
Ciclo da Páscoa – Tríduo Pascal
Lava-pés: “as pessoas escolhidas”

Ciclo da Páscoa – Tempo Pascal


Missas dos dias da semana: formulário completo a cada dia
Adequação: II Domingo da Páscoa ou da Divina Misericórdia
Ascensão: Missa da Vigília
Pentecostes: Missa da Vigília em forma prolongada
Ordinário
da Missa
O Ordinário da Missa revela a modalidade ritual
que a Igreja estabeleceu para a celebração do
mistério pascal – DD 23

“Todos os aspectos do celebrar devem ser cuidados


(espaço, tempo, gestos, palavras, objetos, vestes, canto,
música, …) e todas as rubricas devem ser observadas:
bastaria esta atenção para evitar subtrair à assembleia
aquilo que lhe é devido, isto é, o mistério pascal
celebrado na modalidade ritual que a Igreja estabelece.”
Ritos Iniciais
– A primeira forma de realizar o Ato Penitencial
sofreu mudança, respeitando o original latino:
“Confesso a Deus todo-poderoso
e a vós, irmãos e irmãs,
que pequei muitas vezes
por pensamentos e palavras,
atos e omissões,
por minha culpa, minha culpa,
minha tão grande culpa.”
Liturgia Eucarística – Preparação das Oferendas

Orai, irmãos e irmãs, para que o meu e vosso


sacrifício seja aceito por Deus Pai todo-poderoso.

Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício,


para glória do seu nome,
para nosso bem e de toda a santa Igreja.
Prefácios – foram mantidos os dez prefácios acrescentados à
2ª edição típica e, além disso, incluídos outros doze:
- Depois da Ascensão do SenhorB;
- Domingos do Tempo Comum XB;
- MatrimônioB;
- Bem-aventurada Virgem Maria III, IV e VB;
- Mártires II;
- Santos Pastores IIB;
- Doutores da Igreja I e IIB;
- Comum VII, VIII e IX)B.

Os prefácios de São José e dos Santos Anjos foram colocados


nas respectivas comemorações, pela edição latina.
Orações Eucarísticas:

a) sua tradução foi inteira e minuciosamente revisada;


b) iniciam marcadas graficamente pelo Diálogo;
c) o nome de “São José” foi inserido nas Orações 2, 3 e 4;
d) há novas formas de suscitar a aclamação memorial;
e) as pequenas aclamações foram ratificadas, porém
harmonizadas com o texto e as demais Orações; B
f) permanecem as três Orações Eucarísticas para missas
com Crianças. B
Aclamação memorial B

Mistério da fé!
Anunciamos, Senhor, a vossa morte...

Mistério da fé e do amor!
Todas as vezes que comemos deste pão...

Mistério da fé para a salvação do mundo!


Salvador do mundo, salvai-nos,...
Ritos da comunhão
– a sétima forma de introduzir o Pai-nosso foi tomada da
rica tradição do rito ambrosiano:
“Guiados pelo Espírito Santo, que ora em nós e por
nós, elevemos as mãos ao Pai e rezemos juntos a
oração que o próprio Jesus nos ensinou: B

– o embolismo foi modificado:


“... e protegidos de todos os perigos,
enquanto aguardamos a feliz esperança
e a vinda do nosso salvador, Jesus Cristo.”
Oração Eucarística 2
Primeira epíclese: sobre as oferendas

Na verdade, ó Pai, vós sois Santo,


fonte de toda santidade.
santificai, pois, estes dons,
derramando sobre eles o vosso Espírito,
a fim de que se tornem para nós
o Corpo e + o Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo.

Enviai o vosso Espírito Santo!


Oração Eucarística 2
Segunda epíclese: sobre a Igreja

Suplicantes, vos pedimos


que, participando do Corpo e Sangue de Cristo,
sejamos reunidos pelo Espírito Santo
num só corpo.

O Espírito Santo nos una num só corpo!


Próprio
dos Santos
Também nas festas da Santa Mãe de Deus,
dos Apóstolos, dos Santos
e na Comemoração dos Fiéis Defuntos,
a Igreja peregrina sobre a terra
proclama a Páscoa do Senhor.
A Cristo, que era, que é e que há de vir,
Senhor do tempo e da história,
louvor e glória pelos séculos dos séculos.
Amém.

Missal Romano
Anúncio da Páscoa e das Festas móveis
Na Liturgia da terra nós participamos, saboreando-a já,
da Liturgia celeste celebrada na cidade santa de Jerusalém,
para a qual nos encaminhamos como peregrinos,
onde Cristo está sentado à direita de Deus;
por meio dela, com todos os coros angélicos,
cantamos um hino de glória ao Senhor e,
venerando a memória dos Santos,
esperamos ter parte e comunhão com eles,
e aguardamos o Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo,
até que Ele, nossa vida, se manifeste,
e nós apareceremos com ele na glória (SC 8).
Próprio dos Santos – Ciclo Eclesiológico:
ampliação do Calendário Universal e outras
celebrações referentes à Igreja e à sua
missão.
O Próprio dos Santos (parte mais
especificamente eclesiológica do Missal),
apresenta as testemunhas do Cordeiro de
maneira ainda mais católica, ou seja, universal.
Em relação ao Calendário Litúrgico Universal, nossa tradução
incorporou as disposições realizadas pelo Papa Francisco:
1) instituiu a festividade da Bem-aventurada Virgem Maria,
Mãe da Igreja, na segunda-feira depois de Pentecostes, e a
dos Santos Marta, Maria e Lázaro, em substituição à
memória de Santa Marta;
2) elevou a memória de Santa Maria Madalena ao grau de
festa, conferindo-lhe um prefácio próprio: “Apóstola dos
Apóstolos”;
3) determinou que fossem incluídas as memórias da Bem-
aventurada Virgem Maria de Loreto, de São Gregório de
Narek, São João de Ávila e Santa Hildegarda de Bingen,
doutores da Igreja, dos Papas São João XXIII, São Paulo VI
e São João Paulo II, e de Santa Faustina Kowalska.
Próprio dos Santos: calendário mais universal.
1. Santa Josefina Bakhita (08/02, Sudão, Itália)
2. São Gregório de Narek* (27/02, Armênia)
3. Santo Adalberto, bispo e mártir (23/04, República Tcheca)
4. São Cristóvão Magalhães, presbítero, e 24 companheiros,
mártires (21/05, México)
5. Santos Agostinho Zhao Rong, presbítero, e 119
companheiros, mártires (08/07, China) B
6. São Charbel Makhluf (24/07, Líbano)
7. São Pedro Claver (09/09, Espanha, Colômbia)
8. Santos André Kim Tae-gon, presbítero, Paulo Chóng Hasang e
101 companheiros, mártires (20/09, Coreia)
Próprio dos Santos: festividades marianas.

1. Bem-aventurada Virgem Maria de Fátima (13/05)


2. Bem-aventurada Virgem Maria do Carmo (16/07, festa) B
3. Santíssimo Nome de Maria (12/09)
4. Bem-aventurada Virgem Maria de Loreto* (10/12)
5. Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja*
(festividade móvel; segunda-feira após Pentecostes)
Próprio dos Santos: Calendário Próprio do Brasil - 1

1. São José de Anchieta (09/06)


2. Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus (09/07)
3. Bem-aventurada Virgem Maria do Carmo (16/07, festa)
4. Santa Dulce Lopes Pontes (13 de agosto)
5. Santos André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro,
presbíteros, Mateus Moreira e 27 companheiros, mártires (03/10)
6. São Benedito, o Negro, religioso (05/10)
7. Bem-aventurada Virgem Maria da Conceição Aparecida (12/10)
8. São Pedro de Alcântara (19/10)
9. Santo Antônio de Sant’Ana Galvão (25/10)
Próprio dos Santos: Calendário Próprio do Brasil - 2

1. Santo Efrém (08/06, antecipado de 09/06)


2. Santos Agostinho Zhao Rong, presbítero, e 119 companheiros,
mártires (08/07, China, antecipado de 09/07)
3. Bem-aventurado Inácio de Azevedo, presbítero, e 39
companheiros mártires (17 de julho – 1ª)
4. Santos Ponciano, papa, e Hipólito, presbítero (12/08, antecipado
de 13/08)
5. São Benedito, o Negro, religioso (05/10)
6. Santa Faustina Kowalska (06/10, transferida de 05/10)
7. Santos Roque González, Afonso Rodríguez e João del Castillo,
presbíteros e mártires (19 de novembro – 1ª)
“Que a Eucaristia se torne na vida
o que significa
na celebração”
(SCa 89).

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