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Nova

tradução da 3ª
edição do
Missal
Romano para
o Brasil
Algumas observações de
mudanças
CETEL – Comissão Episcopal para Tradução dos textos Litúrgicos

“É um trabalho minucioso, delicado, exigente, difícil e pede


muita paciência, muita calma, discussão entre nós para
encontrarmos as palavras que na fidelidade ao texto original
alcancem uma expressividade, uma compreensão digna da
linguagem litúrgica. [...] O trabalho pede que examinemos o
texto para que possamos encontrar a expressão que mais diga
o conteúdo da oração, mas o diga de uma forma bela e
expressiva para quem participa da oração litúrgica.”
Dom Armando Bucciol (02/03/2018)
Papa Francisco - Magnum Principium - (03/09/2017)

“Compete às Conferências Episcopais preparar


fielmente as versões dos livros litúrgicos nas
línguas correntes, convenientemente adaptadas
dentro dos limites definidos, aprová-las e publicar
os livros litúrgicos, para as regiões de sua
pertinência, depois da confirmação da Sé
Apostólica.”
Papa Francisco - Magnum Principium

Compete ao Dicastério para o Culto Divino e a


Disciplina dos Sacramentos:
a) “ajudar as Conferências Episcopais a
desempenharem as suas competências e a
empenhar-se cada vez mais na promoção da vida
litúrgica da Igreja Latina”;
b) “confirmar” as traduções;
c) “reconhecer” as adaptações.
Missal Romano
1570 – Pio V: promulga um missal único para toda a Igreja de Rito Romano
(exceto para aquelas Tradições cujos missais superavam 200 anos: Milão, Leão,
Toledo e Braga), fruto do Concílio de Trento – quase uma réplica do missal de
1474.
a) 1571/72 – impresso, com mudanças
b) 1604 – Clemente VIII
c) 1634 – Urbano VIII
d) 1884 – Leão XIII
e) 1911 – Pio X
f) 1920 – Bento XV, por conta do CDC de 1917
g) 1955 – Pio XII: Vigília Pascal e Ordinário da Semana Santa
h) 1962 – João XXIII
Missal Romano
1970 – Paulo VI: primeira edição do Missal Romano, fruto do
Concílio Vaticano II (“Missal de Paulo VI”).
1975 – Paulo VI: segunda edição do Missal Romano (por conta
das mudanças nos ministérios).
2000 – João Paulo II: terceira edição do Missal Romano
(publicada em 2002, revisada em 2008 – levava em consideração o
novo Codix).

Finalidade: incorporar as disposições litúrgicas e canônicas desde


a sua segunda edição típica.
Missal Romano
“Se desde o início, não tivesse havido por parte da
Igreja a escuta da Palavra de Deus contida nas
Escrituras, hoje nós não teríamos entre as mãos o
missal. Sem a escuta da Palavra de Deus na Igreja, não
há texto litúrgico, não há missal. Os textos litúrgicos do
missal são o fruto mais maduro da escuta eclesial das
Escrituras, são a essência mais pura da ruminação da
Palavra de Deus pela Igreja.”
Goffredo Boselli. O sentido espiritual da Liturgia, p. 57
Missal Romano
Há uma “relação intrínseca entre fé eucarística e celebração”, que
evidencia “a ligação entre a norma da oração e a norma de fé. A
primazia, porém, é dada ‘à ação litúrgica’. Portanto, “é necessário
viver a Eucaristia como mistério da fé autenticamente celebrado”
(SCa 34).

“A lei da fé é determinada pela lei da oração”, (Próspero de


Aquitânia, séc. V. (Lex orandi lex credendi)

Portanto, a Igreja crê conforme reza (CIC, 1124).


Missal Romano
- A fidelidade ao Missal Romano garante a arte do bem celebrar e,
consequentemente, a participação plena, ativa e frutuosa de todos os
fiéis (SCa 38).
- “A arte de bem celebrar não pode ser reduzida à mera observância de
um aparato rubrical e nem mesmo à fantasiosa e, às vezes, selvagem
criatividade sem regras. Isto porque o rito não tem finalidade em si
mesmo, ele é mediação da realidade salvífica que ele simboliza e
realiza” (Dies Domini 48).
- A arte da celebração “deve favorecer o sentido do sagrado e a
utilização das formas exteriores que educam para tal sentido, como,
por exemplo, a harmonia do rito, das vestes litúrgicas, da decoração e
do lugar sagrado” (SCa 40).
Missal Romano
- O Missal e o Lecionário e as suas Introduções contêm “riquezas que
guardam e exprimem a fé e o caminho do povo de Deus ao longo
dos dois milênios da sua história”. Daí a necessidade de conhecer
esses Livros “e as respectivas normas, pondo em destaque as
riquezas estupendas da Instrução Geral do Missal Romano e da
Introdução das Leituras da Missa” (SCa 40).
- “O missal ensina a gramática da oração: o que é a oração do
cristão, a quem dirigir a oração, como ela se formula, o que pedir”.
A Oração Eucarística, sozinha, “é a síntese mais alta e expressiva da
oração cristã” (Boselli. O sentido espiritual da liturgia, pp. 136-137).
Missal Romano
A “plena e ativa participação” possibilita que a Liturgia seja, de fato,
“a primeira e necessária fonte onde os fiéis hão de beber o espírito
genuinamente cristão” (SC 14).

Por tudo isso, o Missal Romano, do mesmo modo que a Liturgia no


seu todo, é fonte de nossa vida espiritual.

O Missal Romano é fruto daquele desejo da Igreja de realizar uma


acurada reforma geral da Liturgia para “permitir ao povo cristão um
acesso mais seguro à abundância de graça que a Liturgia contém”
(SC 21).
Missal Romano
Ele garante a intrínseca relação entre lex orandi – lex credendi, pois a
Igreja crê o que celebra.

No processo de tradução, procurou-se um cuidado meticuloso para


buscar as expressões mais adequadas e adaptadas que garantissem a
fidelidade ao texto oficial latino, à língua portuguesa e à mentalidade
cultural brasileira.
Papa Paulo VI

“Inaugura-se hoje a nova forma da


liturgia... É um grande evento que
deve ser recordado como princípio
de jubilosa vida espiritual” (Paulo
VI. Homilias, 7/03/1965)
Papa Paulo VI
Nosso predecessor, São Pio V, promulgando o Missal Romano,
apresentou-o ao povo cristão como fator da unidade litúrgica e sinal
da pureza do culto da Igreja.

Da mesma forma, nós, no novo Missal, embora deixando lugar para


“legítimas variações e adaptações” (SC 38-40), segundo as normas do
Concílio Vaticano II, esperamos que seja recebido pelos fiéis como
um meio de testemunhar e afirmar a unidade de todos, pois, entre
tamanha diversidade de línguas, uma só e mesma oração, mais
fragrante que o incenso, subirá ao Pai celeste por nosso Sumo
Sacerdote Jesus Cristo, no Espírito Santo.
Papa João Paulo II

“O sacerdote é servidor da liturgia e não o


seu inventor nem o seu produtor; tem uma
responsabilidade particular, a fim de não
desvirtuar a liturgia do seu verdadeiro
significado ou obscurecer o seu caráter
sagrado”.
Discursos, 09/10/1998.
Papa Francisco
Sem a presença real do mistério de Cristo, não há
qualquer vitalidade litúrgica. [...] Com efeito, o
que define a liturgia é a concretização, nos santos
sinais, do sacerdócio de Jesus Cristo, ou seja, a
oferta da sua vida até estender os braços na cruz,
sacerdócio tornado presente de maneira constante
por meio dos ritos e das orações.
Discursos, agosto 2017
Papa Francisco - Educação litúrgica

“Não é suficiente reformar os livros litúrgicos


para renovar a mentalidade. Os livros reformados
nos termos dos decretos do Vaticano II
desencadearam um processo que requer tempo,
recepção fiel, obediência prática, atuação
celebrativa sábia por parte, primeiro, dos
ministros ordenados, mas também dos outros
ministros, dos cantores e de todos os que
participam na liturgia”.
Discursos, 24 de agosto de 2017.
Próprio do Tempo – mudanças principais
Tempo do Advento: Missas dos dias da semana: formulário completo a
cada dia (coleta, ofertas, comunhão)
Tempo do Natal: Epifania do Senhor: Missa da Vigília
Tempo da Quaresma: Oração sobre o povo, desde a Quarta-feira de Cinzas
até a missa a quarta-feira da Semana Santa (quase todas do Missal de Pio
V). Oração para a benção final
Tríduo Pascal: Lava-pés: “as pessoas escolhidas” (antes eram homens)
Tempo Pascal
Missas dos dias da semana: formulário completo a cada dia
Adequação: II Domingo da Páscoa ou da Divina Misericórdia
Pentecostes: Missa da Vigília em forma prolongada
Ordinário da Missa
Saudação inicial

Uma nova saudação, depois do sinal da Cruz, foi


acrescentado:

g) ⒷA graça e a paz daquele que é, que era e que


vem, estejam convosco.
Ato Penitencial
 ⒷO Senhor Jesus, que nos convida
à mesa da Palavra e da Eucaristia,
nos chama a segui-lo fielmente.
Reconheçamos ser pecadores
e invoquemos com confiança
a misericórdia do Pai.
 Confesso a Deus todo-poderoso
e a vós, irmãos e irmãs,
que pequei muitas vezes
por pensamentos e palavras,
atos e omissões,
Ato Penitencial
 e, batendo no peito, dizem:
por minha culpa, minha culpa, minha tão grande culpa,
E peço à Virgem Maria,
aos Anjos e Santos
e a vós, irmãos e irmãs,
que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.
Silêncio ritual
 Terminado o hino, de mãos unidas, o sacerdote diz: Oremos.

E todos oram com o sacerdote, por algum tempo, em silêncio.


Então o sacerdote, de braços abertos, profere a oração Coleta; ao terminar, o povo aclama:

 Após as leituras, é aconselhável um momento de silêncio para meditação.


 Pós-comunhão: É aconselhável guardar algum tempo de silêncio sagrado ou
proferir um salmo ou outro cântico de louvor.
 Em seguida, junto ao altar ou à cadeira, o sacerdote, de pé, voltado para o
povo, diz de mãos unidas. Oremos.
E todos, com o sacerdote, rezam algum tempo em silêncio, se ainda não o
fizeram. Em seguida, o sacerdote, de braços abertos, profere a oração Depois da
comunhão.
Conclusão da oração coleta (oração do dia)
O término da oração ficou:

 Pornosso Senhor Jesus Cristo, Vosso


Filho, que é Deus, e convosco vive e
reina, na unidade do Espírito Santo, por
todos os séculos dos séculos.
Apresentação das oferendas
 Orai, irmãos e irmãs, para que o meu e vosso sacrifício seja aceito
por Deus Pai todo-poderoso.

 Resposta anterior - Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício,


para glória do Seu Nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja.

 Resposta ATUAL - Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício,


para glória do Seu Nome, para nosso bem e de toda a SUA santa
Igreja.
Prefácios
Doze prefácios foram acrescentados: Os prefácios de São José e
1. Depois da Ascensão do Senhor; dos Santos Anjos foram
colocados nas respectivas
2. Domingos do Tempo Comum X;
comemorações, pela edição
3. Matrimônio; latina.
4. Bem-Aventurada Virgem Maria III, IV e V;
5. Mártires II;
6. Santos Pastores II;
7. Doutores da Igreja I e II;
8. Comum VII, VIII e IX.
ORAÇÃO EUCARÍSTICAQUE EXPRESSE AINDAMAIS O ROSTO DAIGREJA

Nas Orações Eucarísticas, coração do Missal, a eclesiologia se


expressa de modo simples e “visível”.

“Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja que se faz presente


pelo mundo inteiro; e aqui convocada no dia em que
Cristo venceu a morte e nos fez participantes de sua vida
immortal”.

É efetivamente “eclesiologia em ação”.


Oração Eucarística
 Minuciosa revisão da tradução das Orações Eucarísticas;
 Iniciam marcadas graficamente pelo diálogo;
 Inclusão do nome de São José naquelas determinadas pelo
Papa Francisco (isto é, na II, III e IV),
 Novas formas de suscitar a aclamação memorial e da
ratificação e necessária harmonização das pequenas
aclamações;
 Permanecem as três orações Eucarísticas para Missas com
crianças.
Mudanças na Oração Eucarística II
Embora tenha prefácio próprio, esta Oração Eucarística pode ser usada também
com outros prefácios, sobretudo aqueles que de maneira sucinta apresentem o
mistério da salvação, por exemplo, os prefácios comuns.

V. O Senhor esteja convosco.


R. Ele está no meio de nós.

V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.

V. Demos graças ao Senhor, nosso Deus.


R. É nosso dever e nossa salvação.
Na verdade, é digno e justo, Na verdade, é justo e necessário,
é nosso dever e salvação dar-vos graças é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo
sempre e em todo lugar, o lugar, Senhor, Pai santo,
Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso.
por vosso amado Filho, Jesus Cristo.

Ele é a vossa Palavra, Ele é a vossa palavra viva,


pela qual tudo criastes. pela qual tudo criastes.
Ele é o nosso Salvador e Redentor, Ele é o nosso salvador e redentor, verdadeiro homem,
que se encarnou pelo Espírito Santo concebido do Espírito Santo
e nasceu da Virgem Maria. e nascido da Virgem Maria.
Ele, para cumprir a vossa vontade Ele, para cumprir a vossa vontade e reunir um povo santo
e adquirir para vós um povo santo, em vosso louvor, estendeu os braços na hora da sua paixão
estendeu os braços na hora da sua paixão, a fim de vencer a morte
a fim de vencer a morte e manifestar a ressurreição.
e manifestar a ressurreição.

Por isso, Por ele os anjos celebram vossa grandeza e os santos


com os Anjos e todos os Santos, proclamam vossa glória. Concedei-nos também a nós
proclamamos vossa glória, associar-nos a seus louvores, cantando (dizendo) a uma só
cantando (dizendo) a uma só voz: voz:
Santo, Santo, Santo,Senhor, Deus do universo. Santo, Santo, Santo, Senhor Deus do universo!
Oração Eucarística II
O sacerdote, de braços abertos, diz:
CP Na verdade, ó Pai, vós sois Santo,
fonte de toda santidade.
Une as mãos e, estendendo-as sobre as oferendas, diz:
CC Santificai, pois, estes dons,
derramando sobre eles o vosso Espírito,
une as mãos e traça o sinal da cruz, ao mesmo tempo sobre o pão e o cálice, dizendo:
a fim de que se tornem para nós
o Corpo e ✠ o Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo.
A assembleia aclama:
Enviai o vosso Espírito Santo!
O relato da instituição da Eucaristia seja proferido de modo claro e audível, como requer a sua natureza.
Oração Eucarística II
Estando para ser entregue
e abraçando livremente a paixão,
toma o pão e, mantendo-o um pouco elevado acima do altar, prossegue:

Jesus tomou o pão,


pronunciou a bênção de ação de graças,
partiu e o deu a seus discípulos,
dizendo:
inclina-se levemente

TOMAI, TODOS, E COMEI:


ISTO É O MEU CORPO,
QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
Mostra ao povo a hóstia consagrada, coloca-a na patena e genuflete em adoração.
Oração Eucarística II
Então prossegue:

Do mesmo modo, no fim da ceia,


toma o cálice nas mãos e, mantendo-o um pouco elevado acima do altar, prossegue:

ele tomou o cálice em suas mãos e, dando graças novamente,


o entregou a seus discípulos, dizendo:
inclina-se levemente

TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU


SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA,
QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS
PARA REMISSÃO DOS PECADOS.
FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
Mostra o cálice ao povo, coloca-o sobre o corporal e genuflete em adoração.
Oração Eucarística II
em seguida, diz: Mistério da fé!

A assembleia aclama: Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a


vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!
Ou: Mistério da fé e do amor!
A assembleia aclama: Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste

cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a vossa


vinda!
Ou: Mistério da fé para a salvação do mundo!
A assembleia aclama: Salvador do mundo, salvai-nos, vós que nos libertastes
pela cruz e ressurreição.
Com exceção da Oração Eucarística V,
continua do mesmo modo:

 Tudo isto é mistério da fé!


 T: Toda vez que se come deste Pão,
toda vez que se bebe deste Vinho, se
recorda a paixão de Jesus Cristo e se
fica esperando sua volta.
Oração Eucarística II
O sacerdote, de braços abertos, diz:
CC Celebrando, pois, o memorial da morte e ressurreição do vosso
Filho, nós vos oferecemos, ó Pai,
o Pão da vida e o Cálice da salvação; e vos agradecemos
porque nos tornastes dignos de estar aqui na vossa presença e vos
servir.
A assembleia aclama: Aceitai, ó Senhor, a nossa oferta!

Suplicantes, vos pedimos que, participando do Corpo e Sangue de


Cristo, sejamos reunidos pelo Espírito Santo num só corpo.

A assembleia aclama: O Espírito nos una num só corpo!


Oração Eucarística II

1C Lembrai-vos, ó Pai,
da vossa Igreja que se faz presente pelo mundo inteiro;
★ que ela cresça na caridade,

em comunhão com o Papa N.,


com o nosso Bispo N.*,
os bispos do mundo inteiro,
os presbíteros, os diáconos
e todos os ministros do vosso povo.
(*) Aqui pode-se fazer menção dos Bispos Coadjutores ou Auxiliares, conforme vem indicado na Instrução
Geral sobre o Missal Romano, n. 149.

A assembleia aclama:
Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja!
Oração Eucarística II

Domingos (exceto quando houver outro texto próprio, como nos casos abaixo):

★ convocada
Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja que se faz presente pelo mundo inteiro; e aqui
no dia em que Cristo venceu a morte e nos fez participantes de sua vida imortal;

Natal do Senhor e Oitava:

Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja que se faz presente pelo mundo inteiro; e aqui convocada
na noite santíssima (no dia santíssimo) em que a Virgem Maria deu ao mundo o Salvador;

Epifania do Senhor:
Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja que se faz presente pelo mundo inteiro; e aqui convocada
no dia santíssimo no qual o vosso Filho Unigênito, eterno convosco na glória, se manifestou

na nossa natureza humana;
Oração Eucarística II

Quinta-feira Santa, na Missa Vespertina da Ceia do Senhor:
Lembrai-vos, ó Pai,
da vossa Igreja que se faz presente pelo mundo inteiro;
e aqui convocada no dia santíssimo ★
no qual Jesus Cristo, nosso Senhor, foi entregue à morte por nós;


Da Vigília Pascal até o Segundo Domingo da Páscoa:
Lembrai-vos, ó Pai,
da vossa Igreja que se faz presente pelo mundo inteiro;
e aqui convocada na noite santíssima (no dia santíssimo)

da ressureição de Cristo Senhor dentre os mortos;
Oração Eucarística II

Ascensão do Senhor:
Lembrai-vos, ó Pai,
da vossa Igreja que se faz presente pelo mundo inteiro;
e aqui convocada no dia glorioso da Ascensão
no qual Cristo colocou à direita ★
da vossa glória
a nossa frágil natureza humana;


Pentecostes:
Lembrai-vos, ó Pai,
da vossa Igreja que se faz presente pelo mundo inteiro;
e aqui convocada no dia santíssimo no qual,
pela efusão do vosso Espírito,

foi manifestada ao mundo como sacramento de unidade para todos os povos;
Oração Eucarística II
Na Missa com Batismo (e Crisma)
Lembrai-vos também, ó Pai, dos que hoje pelo Batismo (e pela
Crisma) fizestes membros da vossa família, para que sigam o Cristo,
vosso Filho, com todo o coração e grande entusiasmo.
Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!
A assembleia aclama:
Na Missa com Crisma
Lembrai-vos também, ó Pai, dos vossos filhos e filhas
que hoje vos dignastes confirmar com o dom do Espírito Santo, e
conservai-os sempre em vossa graça.

A assembleia aclama: Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!


Oração Eucarística II
 ⒷNa Missa com Primeira Comunhão Eucarística
Lembrai-vos também, ó Pai,
dos vossos filhos e filhas
convidados pela primeira vez à vossa mesa,
para participar do Pão da vida e do Cálice da salvação;
concedei-lhes crescer sempre em vossa amizade
e na comunhão com vossa Igreja.
A assembleia aclama:
Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!
Oração Eucarística II
ⒷNa Missa com Unção dos Enfermos
Lembrai-vos também, ó Pai, destes vossos filhos e filhas
que, mediante a santa unção, unem os seus sofrimentos à Páscoa de
Cristo; dai-lhes consolação, saúde e paz.
A assembleia aclama: Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!

Na Missa com Matrimônio


Lembrai-vos também, ó Pai, destes vossos filhos N. e N..
Como lhes concedestes a alegria do sacramento do Matrimônio,
possam, por vossa graça, viver no amor recíproco e na paz.
A assembleia aclama: Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!
Oração Eucarística II
Nas Missas pelos fiéis defuntos
2C Lembrai-vos do vosso filho (da vossa filha) N.,
que (hoje) chamastes deste mundo à vossa presença. Tendo sido
sepultado(a) com Cristo em sua morte, no Batismo, participe
igualmente da sua ressurreição.
________________________________

2C Lembrai-vos também, na vossa misericórdia, dos (outros) nossos


irmãos e irmãs que adormeceram na esperança da ressurreição
e de todos os que partiram desta vida; acolhei-os junto a vós
na luz da vossa face.
A assembleia aclama: Concedei-lhes, ó Senhor, a luz eterna!
Oração Eucarística II
3C Enfim, nós vos pedimos, tende piedade de todos nós
e dai-nos participar da vida eterna, com a Virgem Maria, Mãe de
Deus, São José, seu esposo, os Apóstolos, (São N.: Santo do dia ou
padroeiro) e todos os Santos que neste mundo viveram na vossa
amizade, a fim de vos louvarmos e glorificarmos
une as mãos por Jesus Cristo, vosso Filho.

Ergue a patena com a hóstia e o cálice, dizendo:

CP ou CC Por Cristo, com Cristo, e em Cristo, a vós, Deus Pai todo-


poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e toda glória,
por todos os séculos dos séculos.
A assembleia aclama Amém.
RITO DA COMUNHÃO
ⒷSomos chamados filhos de Deus e realmente o somos,
por isso, podemos rezar confiantes:
Ou:
ⒷO Senhor nos comunicou o seu Espírito. Com a confiança e a
liberdade de filhos e filhas, digamos juntos:
Ou:
ⒷO banquete da Eucaristia é sinal de reconciliação e vínculo de
união fraterna. Unidos como irmãos e irmãs, rezemos, juntos, como o
Senhor nos ensinou:
ⒷGuiados pelo Espírito Santo, que ora em nós e por nós, elevemos
as mãos ao Pai e rezemos juntos a oração que o próprio Jesus nos
ensinou: (inspirada no rito ambrosiano)
Rito da Comunhão
O sacerdote prossegue sozinho, de braços abertos:(modificação do embolismo)

Livrai-nos de todos os males, ó Pai,


e dai-nos hoje a vossa paz.
Ajudados pela vossa misericórdia,
sejamos sempre livres do pecado
e protegidos de todos os perigos,
enquanto aguardamos a feliz esperança
e a vinda do nosso Salvador, Jesus Cristo.
O sacerdote une as mãos.
Rito da Comunhão
Em seguida, o sacerdote, de mãos unidas, reza em silêncio:
Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, que, cumprindo a vontade do
Pai e agindo com o Espírito Santo, pela vossa morte destes vida ao
mundo, livrai-me por este vosso santíssimo Corpo e Sangue
dos meus pecados e de todo mal; dai-me cumprir sempre a vossa
vontade e jamais separar-me de vós.
Ou:
Senhor Jesus Cristo, o vosso Corpo e o vosso Sangue, que vou
receber, não se tornem causa de juízo e condenação; mas, por vossa
bondade, sejam proteção e remédio para minha vida.
RITOS FINAIS
Ou:

Ide em paz, e anunciai o Evangelho do Senhor.

Ou:

Ide em paz, e glorificai o Senhor com vossa vida.

Ou:

Em nome do Senhor, ide em paz e o Senhor vos acompanhe.


Ou:

A alegria do Senhor seja a vossa força; ide em paz e o Senhor vos


acompanhe.
RITOS FINAIS
As seguintes bênçãos podem ser usadas, à vontade do sacerdote, no fim da celebração da Missa, de uma
celebração da Palavra, da Liturgia das Horas ou dos Sacramentos.

O sacerdote, voltado para o povo, abrindo os braços, diz:

O Senhor esteja convosco.


O povo responde: Ele está no meio de nós.

O diácono ou, na falta dele, o próprio sacerdote poderá fazer o convite com estas ou outras palavras:
Inclinai-vos para receber a bênção.
Em seguida, o sacerdote estendendo as mãos sobre o povo, profere a bênção e, ao terminar, todos
aclamam:

Amém.
RITOS FINAIS

As orações sobre o povo, ao final da Missa, desde a


Quarta-feira de Cinzas até a Quarta-feira da Semana Santa
Próprio dos Santos
O Próprio dos Santos, parte mais especificamente eclesiológica do
Missal, apresenta as testemunhas do Cordeiro de maneira ainda mais
católica, ou seja, universal, incluindo, entre outros:

Ampliação do calendário universal


1. Santíssimo Nome de Jesus (03/01)
2. Santa Josefina Bakhita (08/02, Sudão, Itália)
3. São Gregório de Narek*(27/02, Armênia)
4. Santo Adalberto, bispo e mártir (23/04, República Tcheca)
5. São Luís Maria Grignionde Montfort(28/04)
6. São João de Ávila*(10/05)
7. Bem-aventurada Virgem Maria de Fátima (13/05)
8. São Cristóvão Magalhães, presbítero, e 24 companheiros, mártires (21/05, México)
9. Santa Rita de Cássia (22/05)
10. São Paulo VI* (29/05)
11. Santos Agostinho Zhao Rong, presbítero, e 119 companheiros, mártires (08/07, China)
12. Bem-aventurada Virgem Maria do Carmo (16/07, festa)
13. Santo Apolinário, bispo e mártir (20/07)
14. Santa Maria Madalena* (22/07, festa)
15. São CharbelMakhluf (24/07, Líbano)
16. Santos Marta, Maria e Lázaro* (29/07)
17. São Pedro Julião Eymard (02/08)
18. Santa Teresa Benedita da Cruz, virgem e mártir (09/08)
19. São Maximiliano Maria Kolbe, presbítero e mártir (14/08)
20. São Pedro Claver(09/09, Colômbia)
21. Santíssimo Nome de Maria (12/09)
22. Santa Hildegardade Bingen*(17/09)
23. Santos André Kim Taegon, presbítero, Paulo Chóng Hasang e 101 companheiros,
mártires (20/09, Coreia)
24. São Pio de Pietrelcina (23/09)
25. São Lourenço Ruiz e 15 companheiros, mártires (28/09)
26. Santa Faustina Kowalska*(06/10)
27. São João XXIII* (11/10)
Ampliação do Calendário Universal.
28. São João Paulo II*(22/10)
29. Santa Catarina de Alexandria (25/11)
30. São João Diego (09/12)
31. Bem-aventurada Virgem Maria de Loreto*(10/12)
32.Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja* (festividade
móvel; segunda-feira após Pentecostes)
33. Bem-aventurada Virgem Maria, mãe da Igreja – festividade
móvel, na segunda-feira após Pentecostes.
Ampliação do Calendário Universal.
Em relação ao Calendário Litúrgico Universal, nossa tradução incorporou
as disposições realizadas pelo Papa Francisco:
1) instituiu a festividade da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja,
na segunda-feira depois de Pentecostes, e a dos Santos Marta, Maria e
Lázaro, em substituição à memória de Santa Marta;
2) elevou a memória de Santa Maria Madalena ao grau de festa,
conferindo-lhe um prefácio próprio: “Apóstola dos Apóstolos”;
3) determinou que fossem incluídas as memórias da Bem-aventurada
Virgem Maria de Loreto, de São Gregório de Narek, São João de Ávila e
Santa Hildegarda de Bingen, doutores da Igreja, dos Papas São João XXIII,
São Paulo VI e São João Paulo II, e de Santa Faustina Kowalska.
Alterações no Calendário geral e do Brasil
1. Santo Efrém(08/06, antecipado de 09/06)
2. São José de Anchieta (09/06)
3.Santos Agostinho ZhaoRong, presbítero, e 119 companheiros, mártires
(08/07, China, antecipado de 09/07)
4. Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus (09 de julho)
5. Bem-aventurada Virgem Maria do Carmo (16/07, festa)
6. Bem-aventurado Inácio de Azevedo, presbítero, e 39 companheiros
mártires (17 de julho)
7. Santos Ponciano, papa, e Hipólito, presbítero (12/08, antecipado de
13/08)
8. Santa Dulce Lopes Pontes (13/08)
Alterações no Calendário geral e do Brasil
9. Santos André de Soveral Ambrósio Francisco Ferro, presbíteros, Mateus Moreira e 27
comp., mártires (03/10)
10. São Benedito, o Negro, religioso (05/10)
11. Santa Faustina Kowalska(06/10, transferida de 05/10)
12. Bem-aventurada Virgem Maria da Conceição Aparecida (12/10)
13. São Pedro de Alcântara (19/10)
14. Santo Antônio de Sant’Ana Galvão (25/10)
15. Santos Roque González, Afonso Rodríguez e João del Castillo, presbíteros e mártires
(19 de novembro)
 “É preciso mencionar, ainda, que esta tradução da 3ª edição do Missal Romano
respeita o acordo com a Conferência Episcopal Portuguesa, de 5 de setembro de
1969, confirmado pela então Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos
Sacramentos, e renovado em 13 de outubro de 2015, no que se refere à participação
dos fiéis no Ordinário da Missa e às fórmulas sacramentais”.

 “Enfim, cabe enfatizar que é muito importante pensar sobre o modo como a recepção
desta nova tradução do Missal acontecerá nas comunidades. Esta tradução requer –
tanto da assembleia que se reúne para celebrar ‘a memória do Senhor ou sacrifício
eucarístico’ (IGMR 27), quanto do ministro ordenado que a preside, bem como dos
responsáveis pela pastoral litúrgica – um profundo conhecimento do Missal e,
também, da sua Instrução Geral, nos quais ‘estão contidas riquezas que guardam e
exprimem a fé e o caminho do povo de Deus ao longo dos dois milênios da sua
história’ (SCa 40). Tal empenho favorecerá a participação consciente, ativa e frutuosa
(cf. SC 11) de todos os que tomam parte na celebração eucarística”.
É urgente, pois, que reconheçamos, tal como ensina Francisco, a legítima necessidade da
formação litúrgica, a qual possui dois aspectos interligados: “a formação para a Liturgia e a
formação a partir da Liturgia. O primeiro está em função do segundo, que é essencial” (DD
34), pois “o conhecimento que vem do estudo é apenas o primeiro passo para poder entrar no
Mistério celebrado” (DD 36).

Portanto, “não é suficiente reformar os livros litúrgicos para renovar a mentalidade. Os livros
reformados nos termos dos decretos do Vaticano II desencadearam um processo que requer
tempo, recepção fiel, obediência prática, atuação celebrativa sábia por parte, primeiro, dos
ministros ordenados, mas também dos outros ministros, dos cantores e de todos os que
participam na liturgia. Na realidade, sabemo-lo bem, a educação litúrgica de Pastores e fiéis é
um desafio a ser enfrentado sempre de novo” (FRANCISCO. Discursos. 24 de agosto de
2017).

A esse desafio, Francisco acrescentou a importância de se cultivar: o encantamento diante da


grandeza do mistério pascal que se torna presente e atuante hoje, mediante os sinais sensíveis
da ação litúrgica; bem como o silêncio litúrgico, “símbolo da presença e da ação do Espírito
Santo, que anima toda a ação celebrativa” (DD 52).
“Entre as partes que competem ao sacerdote, ocupa o primeiro lugar a Oração
Eucarística, ápice de toda a celebração” (IGMR, 30).

“Da mesma forma, cabe ao sacerdote, no desempenho da função de presidente da


assembleia, proferir certas admoestações previstas no próprio rito. (...) Pode, além disso,
com brevíssimas palavras, introduzir os fiéis a Missa do dia, após a saudação inicial e
antes do Rito Penitencial, na Liturgia da Palavra, antes das leituras; na Oração
Eucarística, antes do Prefácio, nunca, porém, dentro da própria Oração; pode, ainda,
encerrar toda a ação sagrada antes da despedida” (IGMR, 31).

“A natureza das partes ‘presidenciais’ exige que elas sejam proferidas em voz alta e
distinta, por todos atentamente escutadas. Por isso, enquanto o sacerdote as profere, não
haja outras orações nem cantos, e calem-se o órgão e qualquer outro instrumento”
(IGMR, 32).
“Na verdade, o sacerdote, como presidente, reza em nome da Igreja e
de toda a comunidade reunida e, por vezes, também somente em seu
nome para cumprir o seu ministério com maior atenção e piedade. Estas
orações, propostas antes da proclamação do Evangelho, na preparação
das oferendas e antes e depois da Comunhão do sacerdote, são rezadas
em silêncio” (IGMR, 33).

“Sendo a celebração da Missa, por sua natureza, de índole


‘comunitária’, assumem grande importância os diálogos entre o
sacerdote e os fiéis reunidos, bem como as aclamações, pois não
constituem apenas sinais externos da celebração comum, mas
promovem e realizam a comunhão entre o sacerdote e o povo” (IGMR,
34).
“As aclamações e respostas dos fiéis às orações e saudações do
sacerdote constituem o grau de participação ativa que os fiéis
congregados, em qualquer forma da Missa, devem realizar, para
que se promova e exprima claramente a ação de toda a
comunidade” (IGMR, 35).

“Outras partes, muito úteis para manifestar e fomentar a


participação ativa dos fiéis e que competem a toda a assembleia
convocada, são principalmente o ato penitencial, a profissão de fé,
a oração universal e a oração do Senhor”
(IGMR, 36).
Nova tradução da 3ª edição do
Missal Romano para o Brasil

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