1. O QUE É A LITURGIA ROMANA PURA? O QUE ACONTECE COM
ELA? R: É a chamada “idade de ouro da Liturgia romana. A Estruturação da Liturgia romana clássica está na própria mudança de situação política e eclesial a partir de 313, em que o cristianismo se converte em religião oficial do império romano sob o imperador Teodósio. Conserva um caráter eminentemente comunitário, com atuação de diferentes ministérios na celebração. ... A liturgia romana pura é a forma original da liturgia romana, que se desenvolveu na cidade de Roma e foi utilizada durante séculos como a principal liturgia do Ocidente latino e dos povos de missão (América, Ásia e África). Ela exerceu forte influência sobre as liturgias ocidentais e, por isso, é importante conhecê-la em seu estado original para promover uma pastoral litúrgica teologicamente criteriosa. A formação da liturgia romana pura ocorreu ao longo dos primeiros séculos do cristianismo. No entanto, ao longo dos séculos, a liturgia romana sofreu mudanças significativas motivadas por diversos fatores, como o desejo de tornar a liturgia mais solene e grandiosa, a influência das correntes espirituais da época e as necessidades pastorais das comunidades.
2. O QUE É LITURGIA ROMANO-FRANCO-GERMÂNICO?
R: Com o fenômeno da “migração” da Liturgia romana para as igrejas franco-germânicas, a nobre simplicidade de uma Liturgia romana austera e prática se mistura com a loquacidade sentimental, comovente e dramática da Liturgia galicana que reflete bem a mentalidade religiosa dos povos francogermânicos (caracterizada por um pavor diante da divindade, forte sentimento de culpa, medo do juízo, um grande individualismo). Surge uma Liturgia híbrida: romano-franco-germânica. Esta ‘nova’ Liturgia, tanto em sua expressão externa quanto em sua compreensão teológica e vivência espiritual, vem carregada de dramatização nas ações, forte individualismo, clericalismo e devocionalismo.
...
As características distintas em relação à liturgia romana tradicional. Em
primeiro lugar, ela era mais dramática e emotiva. Isso refletia a mentalidade religiosa dos povos franco-germânicos, que tinham um forte sentimento de culpa, medo do juízo e um grande individualismo. A liturgia romano-franco-germânica buscava expressar esses sentimentos através de gestos dramáticos e orações emotivas.
Além disso, a liturgia romano-franco-germânica era mais clericalista do
que a liturgia romana tradicional. Isso significa que ela enfatizava o papel dos sacerdotes na celebração da missa e na administração dos sacramentos. Os sacerdotes eram vistos como intermediários entre Deus e os fiéis, e sua presença era considerada essencial para a validade dos ritos.
Outra característica da liturgia romano-franco-germânica era o seu forte
devocionalismo. Isso significa que ela enfatizava a devoção pessoal dos fiéis aos santos e às relíquias sagradas. Os fiéis eram encorajados a venerar imagens sagradas, a fazer peregrinações aos locais de culto e a participar de práticas devocionais como novenas e terços.
Por fim, a liturgia romano-franco-germânica era mais individualista do
que a liturgia romana tradicional. Isso significa que ela enfatizava a relação pessoal dos fiéis com Deus. Os fiéis eram encorajados a buscar uma experiência pessoal de Deus através da oração e da meditação, e a cultivar uma vida espiritual mais profunda.
3. COMO A LITURGIA ERA NA ERA APOSTÓLICA? (Pag.42/44)
R: As reuniões eram feitas em casas particulares, trata-se de uma reunião do Ágapes (refeição fraterna) como também uma ceia eucarística. Junto da refeição tinha o ensinamento dos apóstolos a comunhão fraterna e as orações 4. COMO ELA ERA ATÉ CHEGAR NOS TEMPOS DE HOJE? R: 5. QUESTÃOS DAS FAMILIA LITURGICA R: Existem as Liturgias orientais e as ocidentais. As Liturgias orientais (do Oriente) se distinguem em dois grupos, por causa dos seus patriarcados de origem (Antioquia e Alexandria): o grupo antioqueno e o grupo alexandrino. O grupo antioqueno, se subdivide em siríaco ocidental (que compreende o siríaco de Antioquia, o maronita, o bizantino e o armeno) e siríaco oriental (que compreende rito nestoriano, o caldeu (na Mesopotâmia) e o malabar (na Índia)45. O grupo alexandrino abrange o rito copta e o etiópico. As Liturgias ocidentais (do Ocidente) são: a romana (da diocese de Roma), a ambrosiana (própria da diocese de Milão), a hispânica (peculiar da Espanha), a galicana (das Gálias) e a celta (elaborada entre os povos celtas, no ambiente geográfico que compreende a Irlanda, a Escócia e país de Gales). Atualmente, na prática se conserva apenas um rito ocidental: o romano. Dos outros, restaram apenas vestígios, ou estão limitados a lugares bem determinados (como é o caso do rito ambrosiano e hispânico). 6. OUTONO DA IDADE MÉDIA, O QUE É? (Pag. 63) R: É um período que vai do sec. XIV e XV, em que a espiritualidade litúrgica decai, onde se difundia a mentalidade acerca dos frutos da missa. A santa missa é vista como benefício para os vivos e para os mortos, se tornando os temas principais das pregações sobre a missa. ... O "outono da Idade Média" é um período que se refere aos séculos XIV e XV, quando o crescente individualismo religioso atinge seu auge. Durante esse período, a vida e a espiritualidade litúrgicas decaem de forma acentuadamente progressiva.
Uma das preocupações desse período era a mentalidade que se
difundia acerca dos "frutos da missa". A Santa Missa como benefício pelos vivos e pelos mortos torna-se o tema fundamental das pregações sobre a missa, enumerando-se os frutos que dela se obtém, mesmo com a mera assistência. A religião vira um grande jogo de negociata com Deus. Acredita-se que, com a multiplicação de missas votivas e com determinadas séries de missas, consegue-se de modo infalível o "fruto" da missa, a salvação da alma.
Patrística - Comentário às Cartas de São Paulo 1 - Vol. 27 1: Homilias sobre a epístola aos Romanos, Comentários sobre a epístola aos Gálatas, Homilias sobre a epístola aos Efésios