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ARQUIDIOCESE DE

MANAUS
SANTUÁRIO
ARQUIDIOCESANO SÃO
JOSÉ

FORMAÇÃO COM
PROCLAMADORE
S DA PALAVRA
O que
muda
com
o
novo
missal?
A primeira coisa que a
gente precisa entender
é que na igreja um
Missal é o livro da
missa.
É o livro onde
encontramos as
orações e também as
rubricas da missa.
No ano em que comemoramos o 60º
aniversário da Constituição
Conciliar Sacrosanctum Concilium, sobre a
Sagrada Liturgia, e os 50 anos da entrada
em vigor - no Primeiro Domingo do Advento
de 1973 - da 1ª edição típica do Missal
Romano, reformado conforme os decretos
do mesmo Concílio e promulgado por São
Paulo VI, a Igreja no Brasil, com
grande alegria, oferece às comunidades esta
tradução da 3ª edição típica latina do Missal
Romano, revista por São João Paulo II no
contexto das festividades do grande Jubileu do
ano 2000.
Esta 3ª edição assumiu os documentos mais
recentes da Sé Apostólica e, também, as várias
necessidades de correções e acréscimos.
Este missal já passou por transformações.
O Missal que foi composto, foi preparado para
a missa em - rito extraordinário - antigamente
também conhecida como rito tridentino, missa
em latim, missa de Pio V.
Depois do Concílio Vaticano II, aí
tivemos “novo missal” sim, um novo
Missal porque houve mudanças na
forma na ritualidade, nas rubricas,
muitas mudanças na oração, mudança
na língua. Então foi necessário um novo
Missal.
A partir do Concílio Vaticano II houve
edições deste missal.
Estamos na terceira edição, mas não
é um novo Missal.
O Missal é o mesmo porque a liturgia
é a mesma não há/haverá/houve
mudanças na liturgia, mas haverá
mudanças no texto do Missal.
Em 2002, portanto o Papa João Paulo
II pediu ao mundo inteiro para fazer
uma revisão no Missal.
UM NOVO MISSAL ROMANO?
Missal: percurso histórico de Trento ao Vaticano II.
1.1570 – Pio V: um missal único para toda a Igreja, fruto do
Concílio de Trento, exceto em relação aos missais que
superavam 200 anos (Milão, Leão, Toledo e Braga).
– 1571 – impresso, com mudanças
– 1604 – Clemente VIII
– 1634 – Urbano VIII
– 1884 – Leão XIII
– 1911 – Pio X
– 1920 – Bento XV, após o CDC de 1917
– 1955 – Pio XII: Vigília Pascal e Ordinário da Semana Santa
– 1962 – João XXIII
2. 1970 – Paulo VI: 1ª edição do Missal Romano,
reformado pelo Concílio Vaticano II.
3. 1975 – Paulo VI: 2ª edição do Missal Romano
4. 2000 – João Paulo II: 3ª edição do Missal Romano
(publicada em 2002, revisada em 2008).

Finalidade: incorporar as disposições litúrgicas e canônicas


desde a sua 2ª edição típica (1975).
SENTIDO DO
MISSAL
1. MISSAL, fruto da Leitura orante da Palavra de Deus.

“Se desde o início, não tivesse havido


por parte da Igreja a escuta da Palavra de Deus
contida nas Escrituras,
hoje nós não teríamos entre as mãos o missal.
Sem a escuta da Palavra de Deus na Igreja,
não há texto litúrgico, não há missal.
Os textos litúrgicos do missal
são o fruto mais maduro da escuta eclesial das Escrituras,
são a essência mais pura da ruminação da
Palavra de Deus pela Igreja.”
Goffredo Boselli. O sentido espiritual da Liturgia, p. 57
2. MISSAL, Livro da “lex orandi – lex credendi.”

Entre fé eucarística e celebração


existe uma relação inseparável, que evidencia
a ligação entre a norma da oração e a norma de fé.
A primazia pertence “à ação litúrgica” (SCa 34).

▶ Catecismo da Igreja Católica, n. 1124:


a Igreja crê conforme reza.
A lei da oração é a lei da fé, ou seja,
“a lei da fé é determinada pela lei da oração”
(Próspero de Aquitânia, séc. V).
3. MISSAL: regra do bem
celebrar (“ars
celebrandi”).
A fidelidade ao Missal Romano
garante a arte do bem celebrar e,
consequentemente, a participação
plena, ativa e frutuosa de todos os fiéis (SCa 38).
Em 2008, tivemos com o Papa
Bento 16 algumas alterações e
orientações em cima do texto
solicitado em 2002.
Então em 2008, houve algumas
revisões nesta demanda e todos
os textos que estavam sendo
preparados foram revistos.
Também a CNBB desde então vem
trabalhando junto a Sé que é a
comissão para a tradução dos textos
litúrgicos a CETEL – COMISSÃO
EPISCOPAL PARA OS TEXTOS
LITÚRGICOS é composta por bispos,
padres e religiosos que conhecem latim
e também a língua portuguesa - e que
contribuíram muito para esta tradução.
A Cetel teve vários membros ao longo
destes anos é importante também frisar que
o Missal não é um livro da Cetel mas da
CNBB. Todos os textos foram apresentados
aos bispos que puderam contribuir com
esta tradução ajudando também a Cetel a
entender, observar algum termo que em
determinado local no Brasil, talvez não
daria certo. Em outra localidade, talvez
Há mudanças para os sacerdotes pois ao
rezar vão perceber que algumas orações
foram estendidas, novos elementos foram
inseridos, principalmente no ponto cristológico
- neste sentido - falando do ciclo do Natal, já
encontramos a primeira alteração as missas
dos dias da semana terão o seu formulário
completo todo ele sequencial sem precisar
alterar ou mudar as páginas: a Epifania do
Senhor ganhou uma vigília.
Também dentro do ciclo da Páscoa,
vamos encontrar desde a quarta-feira de
cinzas até a quarta-feira da semana santa
orações sobre o povo. Muitas tiradas do
Missal de Pio V.
Também dentro do Tríduo Pascal (no
Lava-pés dentro), na rubrica, a gente vai
encontrar as “pessoas escolhidas” tendo
em vista a solicitações do Papa Francisco.
Próprio do Ordinário Próprio dos
Tempo da Santos
Ciclo Cristológico, Ciclo Eclesiológico,
celebrad Missa celebrado no Santoral
o nos ------------------------
ciclos do - Formulários Comuns
Natal, da - Missas Rituais
Páscoa, - Missas e Orações para
do Tempo diversas circunstâncias
Comum.
Celebração dos - Missas votivas
mistérios da - Missas dos fiéis defuntos
salvação, que têm - Apêndice
por cume ------------------------
o Tríduo A Cristo se unem Maria, os
Pascal.
Cristo é o centro. Mártires e todos os
Santos
Próprio do Tempo
Cristo está sempre presente:
1. no sacrifício da missa, tanto na pessoa do ministro
que preside a assembleia quanto, sobretudo, sob as
espécies eucarísticas.
2. nos sacramentos, de tal modo que, quando alguém
batiza, é o próprio Cristo quem batiza.
3. na sua Palavra, pois é Ele que fala quando na Igreja
são lidas as Sagradas Escrituras.
4. na Igreja reunida a rezar e cantar, ele que prometeu:
“Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome,
eu estou no meio deles” (Mt 18,20).
Sem precisar alterar fitas, estamos na
segunda semana, depois voltamos para
terceira é e assim por diante então
ficará muito mais fácil, muito mais
intuitivo para os sacerdotes e até
mesmo para o Ministro ou acólito que
ajuda a preparar o Missal.
1. A participação litúrgica é exigência
da “própria natureza da Liturgia”
e direito e dever do povo cristão
“por força do batismo”:
– plena, consciente e ativa (SC 14)
– frutuosa, interna e externa (SC 11 e 19).

2. Requer formação, a começar dos pastores.

Dessa forma, a Liturgia se torna o que ela é:


fonte da vida espiritual para todos os fiéis.
“Nossa participação no corpo e no sangue de Cristo
não tende a outra coisa senão a que
nos convertamos no que comemos”
(São Leão Magno – DD 41).

“Recebe a oferenda do povo


para apresenta-la a Deus.
Toma consciência do que vais fazer,
e põe em prática o que vais celebrar,
conformando tua vida ao mistério da cruz do Senhor”
(Pontifical Romano. Ordenação de Presbítero – DD 36).
A frutuosa participação
requer de todos nós
esforço por corresponder
pessoalmente
ao mistério celebrado,
e profunda concordância
das disposições interiores
com os gestos e
palavras.
Sem isso “as nossas celebrações,
por muito animadas que fossem,
arriscar-se-iam a cair no ritualismo”
(SCa 64).
Questão fundamental:
“como
recuperar a
capacidade
de viver
a ação litúrgica?”
plenamente
DD 27
Outras vigílias: Vigília da Assunção de
Nossa Senhora, de São João Batista, de
São Pedro São Paulo - essas vigílias já
constavam na 2ª edição.
Na nova edição nós temos ainda a Vigília da
EPIFANIA que conclui o tempo do Natal e a
Vigília da Ascensão.
Portanto, para todas as FESTAS DO
SENHOR, temos agora uma vigília.
Liturgia,
lugar do
encontro com
Cristo vivo.
Próprio do Tempo, o ciclo cristológico: novos elementos
Ciclo do Natal – Tempo do Advento
▶ Missas dos dias da semana: formulário completo a cada dia
Ciclo do Natal – Tempo do Natal
▶ Epifania do Senhor: Missa da Vigília
Ciclo da Páscoa – Tempo da Quaresma
▶ Oração sobre o povo, desde a Quarta-feira de Cinzas até a missa a
quarta-feira da Semana Santa (quase todas do Missal de Pio V).
Ciclo da Páscoa – Tríduo Pascal
▶ Lava-pés: “as pessoas escolhidas”*
Ciclo da Páscoa – Tempo Pascal
▶ Missas dos dias da semana:
formulário completo a cada dia
▶ Adequação: II Domingo da
Páscoa ou da Divina Misericórdia
Um probleminha que há é porque nós
temos as duas vigílias novas, mas não
temos o lecionário para elas.

Sim, são propostas leituras próprias


abordando esse mistério.
Ordinário
da Missa
PASSAR DO LIVRO À CELEBRAÇÃO
Educação litúrgica.
“Não é suficiente reformar os livros litúrgicos
para renovar a mentalidade.
Os livros reformados nos termos dos decretos do Vaticano II
desencadearam um processo que requer tempo,
recepção fiel, obediência prática,
atuação celebrativa sábia por parte, primeiro, dos ministros
ordenados, mas também dos outros ministros, dos cantores e
de todos os que participam na liturgia”.
Francisco. Discursos, 24 de agosto de 2017.
Ordinário da Missa: novos elementos.
Prefácios
▶ Os Prefácios dos Anjos e de São José (nas festividades)
▶ Foram mantidos os dez prefácios acrescentados à 2ª
edição típica e, além disso, incluídos outros doze novos
prefácios.
Orações Eucarísticas
▶ Foram inteira e minuciosamente revisadas
▶ Todas têm graficamente o Diálogo inicial do Prefácio
▶ Inserção de “São José” nas Orações Eucarísticas 2, 3 e 4
▶ As três Orações Eucarísticas para missas com Crianças
Outra mudança é todas as
orações eucarísticas todas vão
ter no início o diálogo: “O
SENHOR ESTEJA CONVOSCO
ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS
CORAÇÕES AO ALTO O NOSSO
CORAÇÃO ESTÁ EM DEUS
DEMOS GRAÇAS AO SENHOR
O NOSSO DEUS É NOSSO
DEVER E NOSSA SALVAÇÃO”.
Esse diálogo vai estar logo no início
de todas as orações eucarísticas.
Mas por quê? Para que o sacerdote
ao olhar esta oração lembre que a
oração se inicia nesse diálogo.
Então a oração eucarística quer
essa ou outra, inicia nesse diálogo
e o sacerdote aproxima-se, os
concelebrantes aproximam-se do
altar neste momento.
Também foi feita a
inserção do nome de São
José nas orações
eucarísticas nº 2, 3 e 4,
como nos pede o Papa
Francisco e também
foram mantidas as três
orações eucarísticas para
as crianças.
Orações Eucarísticas
“Introdução” à aclamação memorial
Mistério da fé!
-Anunciamos, Senhor, a vossa morte...
Mistério da fé e do amor!
-Todas as vezes que comemos deste pão...
Mistério da fé para a salvação do mundo!
-Salvador do mundo, salvai-nos...
Ritos da comunhão: Pai nosso
▶ Guiados pelo Espírito Santo, que ora em nós e por nós,
elevemos as mãos ao Pai e rezemos juntos a oração que
o próprio Jesus nos ensinou:
▶ ... e protegidos de todos os perigos,
enquanto aguardamos a feliz esperança
e a vinda do nosso salvador, Jesus Cristo.
▶ ... pela vossa morte destes vida ao
mundo,
livrai-me por este vosso santíssimo Corpo e
Sangue dos meus pecados e de todo o mal;
Oração Eucarística I – 3ª edição Oração Eucarística I – 2ª edição
O sacerdote, de braços abertos, diz: O sacerdote, de braços abertos, diz:
Pai de misericórdia, a quem sobem Pai de misericórdia, a quem sobem nossos
nossos louvores, suplicantes, vos louvores, nós vos pedimos por Jesus Cristo,
rogamos e pedimos por Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso,
vosso Filho e Senhor nosso, une as mãos e traça o sinal da cruz, ao mesmo
une as mãos e traça o sinal da cruz, ao mesmo tempo sobre o pão e o cálice, dizendo:
tempo que abençoeis + estas
sobre o pão e o cálice, dizendo: oferendas apresentadas ao
que aceiteis e abençoeis + estes vosso altar.
O povo aclama:
dons, estas oferendas, este sacrifício Abençoai nossa oferenda, ó
puro e santo, O sacerdote,
de braços abertos, prossegue: Senhor! de braços abertos, prossegue:
que oferecemos, antes de tudo, pela Nós as oferecemos pela vossa Igreja santa
e católica: concedei-lhe paz e proteção,
vossa Igreja santa e católica: unindo-a num só corpo e governando-a por
concedei-lhe paz e proteção, unindo- toda a terra. Nós as oferecemos também
a num só corpo e governando-a por pelo vosso servo o Papa N., por nosso
toda a terra, em comunhão com Bispo N.*, e por todos os que guardam a fé
vosso servo o Papa N., o nosso Bispo que receberam dos Apóstolos.
N.*, e todos os que guardam a fé O povo aclama:
católica que receberam dos Conservai a vossa Igreja sempre unida!
Apóstolos.
A assembleia aclama:
Próprio dos Santos
Dentro do ciclo eclesiológico, vamos ter
também a inserção de algumas
celebrações como por exemplo: no dia 3
DE JANEIRO quando celebramos O
SANTÍSSIMO NOME DE JESUS, também a
inserção de outros santos como: santa
Bakhita, dia 8 de fevereiro; da bem-
aventurada Virgem de Fátima, no dia 13/5.
Sim, dentro da tradução foi alterado aquilo
que nós tínhamos antes como Nossa
Senhora de Fátima.
Quando for falar de um TÍTULO MARIANO,
vai sempre falar BEM-AVENTURADA VIRGEM
DE FÁTIMA, BEM-AVENTURADA VIRGEM DE
LOURDES, BEM-AVENTURADA VIRGEM DE
GUADALUPE, BEM-AVENTURADA VIRGEM
DO PERPÉTUO SOCORRO.
Próprio dos Santos – Ciclo Eclesiológico:
ampliação do Calendário Universal.
1. Santíssimo Nome de Jesus (03 de janeiro)
2. Santa Josefina Bakhita (08 de fevereiro)
3. São Gregório de Narek* (27 de fevereiro)
4. São João de Ávila* (10 de maio)
5. Bem-aventurada Virgem Maria de Fátima (13 de maio)
6. São Cristóvão Magalhães e comp. mártires (México, 21 de maio)
7. Santa Rita de Cássia (22 de maio)
8. São Paulo VI* (29 de maio)
9. Santo Agostinho Zhao Rong e comp. mártires (China, 08 de julho)
10. Bem-aventurada Virgem Maria do Carmo (16 de julho, festa)
11. Santa Maria Madalena* (22 de junho, festa)
12. São Charbel Makhluf (Líbano, 24 de julho)
13. Santos Irmãos Marta, Maria e Lázaro* (29 de julho)
14. Santa Teresa Benedita da Cruz (09 de agosto)
15. Santíssimo Nome de Maria (12 de setembro)
16. Santa Hildegarda de Bingen* (17 de setembro)
17. São Pio de Pietrelcina (23 de setembro)
18. Santa Faustina Kowalska* (06 de outubro)
19.São João XXIII* (11 de outubro)
20.São João Paulo II* (22 de outubro)
21.Santa Catarina de Alexandria (25 de novembro)
22.São João Diego (09 de dezembro)
23.Bem-aventurada Virgem Maria de Loreto* (10 de dezembro)
24.Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja*
(festividade móvel, a ser celebrada na segunda-feira após Pentecostes)
Calendário do Brasil
1. São José de Anchieta (09 de junho)
2. Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus (09 de julho)
3. Bem-aventurado Inácio de Azevedo e comp. mártires (17 de
julho)
4. Santa Dulce Lopes Pontes (13 de agosto)
5. Santos André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro,
presbíteros, Mateus Moreira, leigo, e comp. mártires (03 de
outubro)
6. São Benedito, o Negro (05 de outubro)
7. Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro)
8. São Pedro de Alcântara (19 de outubro)
9. Santo Antônio de Sant’Ana Galvão (25 de outubro)
Papa Francisco: educação litúrgica.
“Não é suficiente reformar os livros litúrgicos para
renovar a mentalidade. Os livros reformados nos
termos dos decretos do Vaticano II desencadearam um
processo que requer tempo, recepção fiel, obediência
prática, atuação celebrativa sábia por parte, primeiro,
dos ministros ordenados, mas também dos outros
ministros, dos cantores e de todos os que participam
na liturgia”.
Discursos, 24 de agosto de 2017.

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