Confissão de Fé Batista de Londres 1689 e Catecismo Por Charles Spurgeon

A CONFISSÃO DE FÉ
BATISTA DE 1689
•••
UM CATECISMO
PURITANO COMPILADO
POR C. H. SPURGEON
Facebook.com/ConfissaoFeBatista1689 Facebook.com/ConfissaoFeBatista1689
Uma Palavra dos Editores
A fé é a base da alegria verdadeira. O Objeto da Verdadeira Fé Evangélica é o Senhor

Tradução dos originais em Inglês Jesus Cristo, segundo as Escrituras testificam.
The Baptist Confession of Faith of 1689

••• Muito louvamos ao e nos alegramos no Senhor por nos conceder fazer esta publicação
A Puritan Catechism, With Proofs e por meio dela dar testemunho de nossa Fé no que seja o puro ensino das Escrituras
Compiled by C. H. Spurgeon Sagradas e da Santíssima Fé que uma vez foi dada aos santos.
Estamos profundamente tomados de um sentimento de solenidade e temor reverente,

doce resolução e firmeza.
Via: Proginosko.com, Reformed.org e CCEL.org
“Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar.” (2 Coríntios 3:12)
Traduzido e publicado com a permissão dos três sites acima referidos
William Teixeira Pedrosa e Camila Rebeca Vieira de Almeida

EC, 28 de agosto de 2014.
Tradução e Revisão por William e Camila Teixeira
Capa por William Teixeira
Prefácio a Apêndice traduzidos com o auxílio de Rafael Abreu
8ª Edição Corrigida e Ampliada em Português: Novembro de 2016

Às vezes penso que gosto da piscina batismal porque tem sido
manchada de sangue, e agora está proibida por lei no continente
europeu. Amo-a porque vejo nela o sangue de homens e mulheres
que foram martirizados porque amaram a verdade de Deus. Acaso
não defenderão o estandarte da verdade, depois que tão ilustre
As citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF linhagem de guerreiros o tem sustentado em suas mãos?
Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil. — C. H. Spurgeon | A Luta Pela Verdade, Sermão Nº 112.
OEstandarteDeCristo.com 2 OEstandarteDeCristo.com 3
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Sumário Capítulo XXVI: Sobre a Igreja ..................................................................................... 60

Capítulo XXVII: Sobre a Comunhão dos Santos ............................................................ 65
Uma Palavra dos Editores ............................................................................................. 3
Capítulo XXVIII: Sobre o Batismo e a Ceia do Senhor ................................................... 66
Apresentação ............................................................................................................... 9
Capítulo XXIX: Sobre o Batismo................................................................................... 66
Capa Original da Confissão ......................................................................................... 12
Capítulo XXX: Sobre a Ceia do Senhor ......................................................................... 67
Tradução da Capa Original da Confissão ...................................................................... 13
Capítulo XXXI: Sobre o Estado do Homem Após a Morte, e a Ressurreição dos Mortos ... 69
Ao Leitor Sensato e Imparcial ..................................................................................... 14
Capítulo XXXII: Sobre o Juízo Final .............................................................................. 70
Declaração Final e Signatários ..................................................................................... 72
A C O N F I S S Ã O D E F É B A T I S T A .................................................................. 18
Um Apêndice Para a Confissão de Fé de 1677/89 ......................................................... 74
Capítulo I: Sobre as Sagradas Escrituras ...................................................................... 18
Capítulo II: Sobre Deus e a Santíssima Trindade .......................................................... 22
U M C A T E C I S M O P U R I T A N O .......................................................................... 86
Capítulo III: Sobre os Decretos de Deus ...................................................................... 24
Prefácio ..................................................................................................................... 86
Capítulo IV: Sobre a Criação ....................................................................................... 26
Pergunta 1: Qual é o fim principal do homem? ............................................................. 90
Capítulo VI: Sobre a Queda do Homem, o Pecado e o Castigo Desse ............................. 29
Pergunta 2: Que regra Deus nos deu para nos direcionar a como podemos glorificá-lO? . 90
Capítulo VII: Sobre a Aliança de Deus ......................................................................... 30
Pergunta 3: O que as Escrituras ensinam principalmente? ............................................ 90
Capítulo VIII: Sobre Cristo, o Mediador ........................................................................ 31
Pergunta 4: O que é Deus? ......................................................................................... 90
Capítulo IX: Sobre o Livre-Arbítrio ............................................................................... 35
Pergunta 5: Há mais do que um único Deus? ............................................................... 91
Capítulo X: Sobre o Chamado Eficaz ............................................................................ 36
Pergunta 6: Quantas Pessoas há na Divindade? ........................................................... 91
Capítulo XI: Sobre a Justificação ................................................................................. 38
Pergunta 7: O que são os decretos de Deus? ............................................................... 91
Capítulo XII: Sobre a Adoção ...................................................................................... 40
Pergunta 8: Como Deus executa os Seus decretos? ...................................................... 91
Capítulo XIII: Sobre a Santificação .............................................................................. 40
Pergunta 9: O que é a obra da criação? ....................................................................... 91
Capítulo XIV: Sobre a Fé Salvífica ................................................................................ 41
Pergunta 10: Como Deus criou o homem? ................................................................... 92
Capítulo XV: Sobre o Arrependimento Para a Vida e Salvação ....................................... 43
Pergunta 11: Quais são as obras da providência de Deus? ............................................ 92
Capítulo XVI: Sobre as Boas obras .............................................................................. 44
Pergunta 12: Que ato especial de providência Deus exerceu em relação ao homem no estado
Capítulo XVII: Sobre a Perseverança dos Santos .......................................................... 46 em que ele foi criado? ................................................................................................ 92
Capítulo XVIII: Sobre a Segurança da Graça e da Salvação ........................................... 48 Pergunta 13: Será que os nossos pais continuaram no estado em que foram criados? .... 93
Capítulo XIX: Sobre a Lei de Deus ............................................................................... 49 Pergunta 14: O que é pecado? .................................................................................... 93
Capítulo XX: Sobre o Evangelho e a Extensão de Sua Graça .......................................... 52 Pergunta 15: Todo o gênero humano caiu na primeira transgressão de Adão? ............... 93
Capítulo XXI: Sobre a Liberdade Cristã e a Liberdade de Consciência ............................. 53 Pergunta 16: Em que estado ficou a humanidade depois da Queda? ............................. 93
Capítulo XXII: Sobre o Culto Religioso e o Dia do Senhor .............................................. 54 Pergunta 17: Em que consiste a pecaminosidade do estado em que o homem caiu? ...... 93
Capítulo XXIII: Sobre os Juramentos Lícitos e os Votos ................................................. 57 Pergunta 18: Qual é a miséria do estado em que o homem caiu? .................................. 94
Capítulo XXIV: Sobre o Magistrado Civil ....................................................................... 58 Pergunta 19: Deus deixou toda a humanidade perecer no estado de pecado e miséria? . 94
Capítulo XXV: Sobre o Matrimônio ............................................................................... 59
Pergunta 20: Quem é o Redentor dos eleitos de Deus?................................................. 94 Pergunta 50: O que é requerido no Quarto Mandamento? ........................................... 102
Pergunta 21: Como Cristo, sendo o Filho de Deus, Se fez homem? ............................... 94 Pergunta 51: Como o Sabath deve ser santificado? ..................................................... 102
Pergunta 22: Quais são os ofícios que Cristo executa como nosso Redentor? ................. 95 Pergunta 52: Qual é o Quinto Mandamento? ............................................................... 102
Pergunta 23: Como Cristo executa o ofício de Profeta? ................................................. 95 Pergunta 53: O que é requerido no Quinto Mandamento? ............................................ 103
Pergunta 24: Como Cristo executa o ofício de Sacerdote? ............................................. 95 Pergunta 54: Qual é a razão anexada ao Quinto Mandamento? .................................... 103
Pergunta 25: Como Cristo executa o ofício de Rei? ....................................................... 96 Pergunta 55: Qual é o Sexto Mandamento? ................................................................ 103
Pergunta 26: Em que consistiu a humilhação de Cristo?................................................ 96 Pergunta 56: O que é proibido no Sexto Mandamento? ............................................... 103
Pergunta 27: Em que consiste a exaltação de Cristo? ................................................... 96 Pergunta 57: Qual é o Sétimo Mandamento? .............................................................. 103
Pergunta 28: Como somos feitos participantes da redenção comprada por Cristo? ......... 96 Pergunta 58: O que é proibido no Sétimo Mandamento? ............................................. 103
Pergunta 29: Como o Espírito aplica a nós a redenção adquirida por Cristo? .................. 97 Pergunta 59: Qual é o Oitavo Mandamento? ............................................................... 104
Pergunta 30: O que é o chamado eficaz? ..................................................................... 97 Pergunta 60: O que é proibido no Oitavo Mandamento? .............................................. 104
Pergunta 31: Quais os benefícios que aqueles que são chamados eficazmente participam Pergunta 61: Qual é o Nono Mandamento? ................................................................. 104
nesta vida? ................................................................................................................ 97 Pergunta 62: O que é requerido no Nono Mandamento? .............................................. 104
Pergunta 32: O que é justificação? .............................................................................. 97 Pergunta 63: Qual é o Décimo Mandamento?.............................................................. 105
Pergunta 33: O que é a adoção? ................................................................................. 98 Pergunta 64: O que é proibido no Décimo Mandamento? ............................................. 105
Pergunta 34: O que é santificação? ............................................................................. 98 Pergunta 65: Alguém é capaz de guardar perfeitamente os mandamentos de Deus? ..... 105
Pergunta 35: Quais são os benefícios que nesta vida, acompanham ou seguem a Pergunta 66: Todas as transgressões da lei são igualmente hediondas? ....................... 105
justificação, a adoção e a santificação? ........................................................................ 98
Pergunta 67: O que todo pecado merece? .................................................................. 105
Pergunta 36: Que benefícios os crentes recebem de Cristo quando morrem? ................. 98
Pergunta 68: Como podemos escapar da ira e da maldição que é devida a nós por causa do
Pergunta 37: Que benefícios os crentes recebem de Cristo na ressurreição? .................. 99 pecado? .................................................................................................................... 106
Pergunta 38: O que será feito com o ímpio após sua morte? ......................................... 99 Pergunta 69: O que é a fé em Jesus Cristo? ................................................................ 106
Pergunta 39: O que acontecerá com os ímpios no dia do julgamento? ........................... 99 Pergunta 70: O que é o arrependimento para a vida? .................................................. 106
Pergunta 40: O que Deus revelou ao homem para que fosse a regra de sua obediência a Pergunta 71: Quais são os meios externos pelos quais o Espírito Santo nos comunica os
Ele? .......................................................................................................................... 100 benefícios da redenção? ............................................................................................ 107
Pergunta 41: Qual é a soma dos Dez Mandamentos? .................................................. 100 Pergunta 72: Como a Palavra é feita eficaz para a salvação? ....................................... 107
Pergunta 42: Qual é o Primeiro Mandamento? ............................................................ 100 Pergunta 73: Como a Palavra deve ser lida e ouvida para que se torne eficaz para a
Pergunta 43: O que é requerido no Primeiro Mandamento? ......................................... 100 salvação? .................................................................................................................. 107
Pergunta 44: Qual é o Segundo Mandamento? ............................................................ 100 Pergunta 74: Como o Batismo e a Ceia do Senhor se tornam úteis espiritualmente? ...... 108
Pergunta 45: O que é requerido no Segundo Mandamento? ......................................... 101 Pergunta 75: O que é o Batismo? ............................................................................... 108
Pergunta 46: O que é proibido no Segundo Mandamento? ........................................... 101 Pergunta 76: A quem o Batismo deve ser administrado? .............................................. 108
Pergunta 47: Qual é o Terceiro Mandamento?............................................................. 101 Pergunta 77: Os filhos dos que professam ser crentes devem ser batizados? ................ 108
Pergunta 48: O que é requerido no Terceiro Mandamento? ......................................... 101 Pergunta 78: Qual é o modo correto de administrar o Batismo? ................................... 109
Pergunta 49: Qual é o Quarto Mandamento? .............................................................. 102 Pergunta 79: Qual é o dever dos que são corretamente batizados? .............................. 109
Pergunta 80: O que é a Ceia do Senhor? .................................................................... 109 Apresentação

Pergunta 81: O que é necessário para a digna recepção da Ceia do Senhor? ................ 109
Pergunta 82: O que se entende pelas palavras, “até que Ele venha”, que são usadas pelo
“Pensei ser correto reimprimir em uma forma econômica esta excelente lista de doutrinas,
apóstolo Paulo em referência à Ceia do Senhor? ......................................................... 110
que foram subscritas por Ministros Batistas no ano de 1689. Nós precisamos de um
estandarte pela causa da verdade; pode ser que este pequeno volume ajude a causa do
glorioso Evangelho, testemunhando claramente quais são as suas principais doutrinas...
Que o Senhor em breve restaure à Sua Sião a pura linguagem e que os seus vigias vejam
olho a olho”. Assim escreveu o jovem C. H. Spurgeon, então no segundo ano de seu
ministério em New Park Street Chapel, Southwark, em um prefácio dirigido a toda a família
da fé, que se alegra nas doutrinas gloriosas da Livre Graça com o qual ele prefaciou esta
Confissão quando ele a publicou em outubro de 1855.
A própria Confissão foi compilada pela primeira vez pelos Anciãos e Irmãos de muitas
congregações de Cristãos, batizados mediante a sua profissão de fé, em Londres e no País
(como eles se descreveram na ocasião) no ano de 1677. Ela baseou-se, e extraiu a sua
inspiração da Confissão elaborada pela Assembleia de Teólogos de Westminster numa
geração anterior, e na verdade só difere dela em seu ensinamento sobre tais assuntos,
como o Batismo, a Ceia do Senhor e governo da igreja, sobre os quais, dentre as igrejas
Reformadas, os Batistas diferem dos Presbiterianos. Por medo de perseguição, os
compiladores da Confissão de 1677 não assinaram seus nomes, mas quando, em setembro
de 1689, depois da revolução do ano anterior, os Ministros e Mensageiros das igrejas
puderam se encontrar em tempos mais pacíficos, trinta e sete deles, incluindo todos os
ministros Batistas mais eminentes da época, assinaram os seus nomes para a
recomendação que circulou entre as igrejas. Depois disso, entre 150 e 200 anos, esta
permaneceu a Confissão de Fé definitiva das igrejas Batistas Particulares da Inglaterra e
País de Gales.
O Sr. Spurgeon, todavia, quando republicou esta confissão, não meramente a prefaciou
com certas palavras de recomendação geral. Ele também dirigiu à sua própria igreja em
New Park Street algumas palavras práticas de conselhos sobre como eles deveriam usar a
Confissão. Estas ainda hoje são relevantes.
“Este pequeno volume”, ele escreveu, “não é emitido como uma regra autoritativa, ou
código de fé, pelo que vocês devem ser constrangidos, mas como uma ajuda para
vocês em controvérsia, uma confirmação na fé, e um meio de edificação na justiça.
Aqui os membros mais jovens da nossa igreja terão um Corpo de Teologia, que servirá
como uma pequena bússola, e por meio de provas bíblicas, estarão prontos para dar distinguir Batistas Calvinistas recém-organizados dos Batistas Arminianos e dos
a razão da esperança que há neles. Anabatistas. Porque esta segunda Confissão de Londres foi elaborada em horas sombrias
de opressão, foi emitida de forma anônima.
Não se envergonhem de sua fé; lembrem-se que este é o antigo Evangelho dos
mártires, confessores, reformadores e santos. Acima de tudo, é a verdade de Deus, O prefácio da publicação original de 1677, diz em parte: “[...] Há agora muitos anos desde
contra a qual todas as portas do inferno não prevalecerão. Deixem suas vidas que muitos de nós... nos percebemos sob uma necessidade de publicar uma Confissão de
adornarem a sua fé, deixem o seu exemplo enfeitar o seu credo. Acima de tudo, vivam nossa fé, para a informação e satisfação dos que não entenderam completamente quais
em Cristo Jesus, e andem nEle, não crendo em nenhum ensinamento, senão no que são os nossos princípios, tendo entretido preconceitos contra a nossa profissão... Esta foi
é manifestamente aprovado por Ele, e de propriedade do Espírito Santo. Apeguem-se desenvolvida, primeiramente, em meados de 1643, em nome de sete congregações então
fortemente à Palavra de Deus que está aqui mapeada para vocês”. reunidas em Londres...” (Esses primeiros Batistas estavam conscientes de que a Confissão
Batista Calvinista de 1644 antecedeu a Confissão Presbiteriana de 1646 e a Confissão
Esta nova edição da Confissão é enviada como um empreendimento privado por um
Congregacional de 1658).
pequeno grupo de Batistas que estão convencidos de que eles têm uma mensagem para
esta geração e acreditam que sua publicação está muito atrasada. Eles esperam que ela “Porquanto esta Confissão não deve agora ser considerada pouco relevante; e
conseguirá uma ampla circulação entre as igrejas, e receberá o estudo atento que eles também muitos outros têm, desde então, abraçado a mesma verdade que está contida
acreditam que será ricamente recompensado. nela; julgou-se necessário por nós que nos uníssemos em dar um testemunho ao
mundo de nossa firme adesão a esses princípios salutares...”.
Na Inglaterra durante 1630 e 1640 Congregacionais e Batistas Calvinistas surgiram a partir
da Igreja da Inglaterra. Sua inicial existência foi marcada por ciclos repetidos de
perseguição nas mãos da religião estabelecida pela coroa e pelo Parlamento. O infame
Código Clarendon foi adotado em 1660 para esmagar toda a dissidência da religião oficial
do Estado. Períodos de aplicação rigorosa e intervalos de relaxamento destes atos
coercitivos assombraram Presbiterianos, Congregacionais e Batistas, semelhantemente.
Presbiterianos e Congregacionais, embora menos do que os Batistas, sofreram sob este

assédio. Não pouca razão para o seu relativo sucesso em resistir à tirania do governo era
a sua frente unida de acordo doutrinário. Todos os Presbiterianos permaneciam com sua
Confissão de Westminster de 1646. Os Congregacionais adotaram praticamente os
mesmos artigos de fé, na Confissão de Savoy de 1658. Sentindo a substancial unidade
deles com os Pedobatistas, sofrendo sob a mesma cruel injustiça, Batistas Calvinistas se
reuniram para publicar sua substancial harmonia com eles na doutrina.
Uma carta circular foi enviada às igrejas Batistas, especialmente na Inglaterra e no País de
Gales, pedindo que cada assembleia enviasse representantes para uma reunião em
Londres, em 1677. Uma Confissão conscientemente modelada à Confissão de Fé de
Westminster foi aprovada e publicada. Esta, desde então, nasceu com o nome da Segunda
Confissão de Londres. A primeira Confissão de Londres fora emitida por sete congregações
Batistas de Londres, em 1644. Esse primeiro documento tinha sido elaborado para
CAPA ORIGINAL Facebook.com/ConfissaoFeBatista1689 Facebook.com/ConfissaoFeBatista1689
DA CONFISSÃO
TRADUÇÃO DA CAPA
ORIGINAL DA CONFISSÃO
UMA
CONFISSÃO
DE
FÉ
Publicada pelos
ANCIÃOS e IRMÃOS
De muitas
CONGREGAÇÕES
DE
Cristãos (batizados sobre a Profissão de sua Fé)
em Londres e no País.
Visto que com o coração se crê para a justiça,

e com a boca se faz confissão para a salvação. Rom. 10.10.
Examinais as Escrituras, João 5.39.
Impresso no ano de 1677
tendo encontrado nenhum defeito naquilo que fora estabelecido pela assembleia [de
Ao Leitor Westminster], e posteriormente por aqueles de convicção Congregacional, prontamente
concordamos que seria melhor reter a mesma ordem na presente confissão. Além disso,
Sensato e Imparcial observamos que os Congregacionais (por razões que parecem importantes tanto para si
como para outros) escolheram não só expressar seus pensamentos em palavras similares
àquelas de Westminster, no que diz respeito a todos os artigos em que concordam, mas
Amado leitor, também fazê-lo em sua maior parte sem qualquer variação dos termos. De igual forma
concluímos ser melhor seguir o exemplo deles e fazer uso das mesmas palavras nesses
artigos (que são muitos) nos quais nossa fé e doutrina é a mesma da deles. Fizemos isso
Muitos anos se passaram desde que muitos de nós (com outros Cristãos sóbrios, vivendo principalmente para manifestar nosso consentimento com ambos, em todos os pontos
e andando no caminho do Senhor, o qual professamos,) pensamos ser necessário publicar fundamentais da Religião Cristã, bem como com muitos outros, cujas confissões ortodoxas
a Confissão de nossa Fé, para a informação e satisfação daqueles que não entendiam têm sido publicadas para o mundo; em nome dos Protestantes em diversas nações e
completamente quais eram nossos princípios, ou que deram ouvidos a preconceitos contra cidades: e também a fim de convencer a muitos, que não temos intenção de obstruir a
nossa doutrina, por causa da maneira estranha com que foi apresentada por alguns homens Religião com novas palavras, mas prontamente concordar com essas palavras sãs, que
notórios, os quais nos julgaram mui impropriamente e, assim, levaram outros a equívocos com o consentimento das sagradas Escrituras, foram usadas por outros antes de nós;
acerca de nós e nossa fé: essa Confissão foi publicada primeiro por volta do ano de 1643, declarando através deste perante Deus, anjos e homens, nossa amigável concordância
em nome de sete Congregações então reunidas em Londres; desde aquele tempo, muitas com eles, nas sãs doutrinas Protestantes, as quais com tão clara evidência das Escrituras
tiragens foram dispersadas, e o objetivo por nós proposto, em boa medida foi alcançado, eles têm afirmado. De fato, algumas coisas foram adicionadas em certos lugares, alguns
uma vez que muitos (incluindo alguns daqueles homens eminentes, tanto em piedade como termos omitidos, e alguns poucos modificados, mas essas alterações são de natureza tal
em instrução) deram-se por satisfeitos, [pois entenderam] que não éramos, de maneira que, por causa delas não é preciso haver dúvida, nenhuma acusação ou suspeita de
alguma, culpados daquelas heterodoxias e erros fundamentais, dos quais mui heresia por parte de quaisquer de nossos irmãos. Naquilo em que diferimos dos outros,
frequentemente fomos acusados, sem motivo ou ocasião dada de nossa parte. E pelo fato temos nos expressado com toda sinceridade e clareza, para que ninguém nos acuse de
de que nossa Confissão não é [mais] facilmente encontrada; e também porque muitos esconder secretamente em nosso seio algo que desejamos que o mundo não conheça;
outros desde aquela época abraçaram a mesma verdade que nela se encontra; achamos assim, esperamos ter observado as regras da modéstia, e humildade, para que nossa
necessário testemunhar juntos ao mundo a nossa firme adesão àqueles princípios salutares liberdade quanto a isso seja inofensiva mesmo para aqueles cujos sentimentos são
através da publicação desta que agora está em suas mãos. diferentes dos nossos.
E porque nosso método, e a maneira de expressar nossos sentimentos, nesta [Confissão], Também tivemos o cuidado de afixar textos da Escritura para confirmar cada ponto de
é diferente da antiga (embora a essência do assunto seja a mesma) diremos francamente nossa confissão; nessa obra estudamos com empenho a fim de selecionar [passagens] que
a razão e a ocasião disso. A realização dessa obra foi (não apenas para prestar contas aos são mais claras e pertinentes para a prova daquilo que afirmamos: e nosso sincero desejo
Cristãos que diferem de nós acerca do assunto do Batismo, mas também) para o benefício é que todos em cujas mãos [esse documento] possa chegar, sigam o exemplo (nunca
que dela possa surgir para quaisquer que tenham consideração por nosso labor, para sua elogiado o suficiente) dos nobres Bereanos, que examinavam as Escrituras diariamente,
instrução, e estabelecimento nas grandes verdades do Evangelho; no claro entendimento, para saber se as coisas que lhes haviam sido pregadas eram verdade ou não.
e firme fé, de que nossa caminhada com Deus, agradável e frutífera perante Ele, de todas Há mais uma coisa que professamos com sinceridade, e desejamos com zelo fervoroso
as maneiras é o que mais nos preocupa. Portanto, concluímos ser necessário nos que nisso nos deem crédito, a saber, esse é o nosso propósito mais remoto em tudo que
expressarmos mais completa e distintamente; e também utilizarmos um método que seja temos feito quanto a esse assunto: esperamos que a liberdade sem reservas, que revela
mais compreensível naquilo que elaboramos para explicar a nossa fé. Quanto a isso, não
nossos princípios, e inclina nossos corações para nossos irmãos, através dos fundamentos Concluímos com nossa oração sincera: que o Deus de toda a graça derrame sobre nós Seu
da Escritura sobre os quais repousam nossa fé e prática, não seja por nenhum deles Santo Espírito, para que a confissão da verdade seja acompanhada da sã doutrina, e prática
negado a nós, ou tirado de nós. Nosso desejo será totalmente realizado se obtivermos diligente da mesma por nós; a fim de que Seu nome seja glorificado em todas as coisas,
justiça ao julgarem nossos princípios e prática, de acordo com o que agora temos publicado. por meio de Jesus Cristo nosso Senhor, Amém.
O Senhor (cujos olhos são como chamas de fogo) sabe que essa é a doutrina na qual
cremos firmemente, de todo nosso coração, e que nos empenhamos com sinceridade para
conformar nossas vidas a elas. [É nosso desejo que,] deixando de lado todas as outras
controvérsias, o andar em humildade com Deus e a prática do amor e mansidão uns para
com os outros seja o único cuidado e [motivo de] disputa entre todos os que são chamados
pelo nome de nosso bendito Redentor, para aperfeiçoamento da santidade [dos santos] no
temor do Senhor, cada um empenhando-se em conversações tais como convém aos que
[vivem] o Evangelho; e também promover vigorosamente em outros, segundo lugar e
capacidade apropriados, a prática da verdadeira religião, imaculada aos olhos de Deus
nosso Pai. Que nesses dias de apostasia, possamos não desperdiçar nosso fôlego com
acusações infrutíferas acerca das maldades dos outros; mas que cada um de nós comece
em casa, a reformar primeiro nossos próprios corações e vida; e só então, nos apressemos
a fazer o mesmo onde quer que tenhamos influência; para que se Deus assim o quiser,
ninguém se engane ao descansar, e confiar em alguma forma de piedade sem o poder da
mesma e sem experimentar pessoalmente a eficácia daquelas verdades que eles mesmos
professam. Na verdade, a decadência da religião em nossos dias tem uma única causa, a
qual não podemos deixar de observar atentamente, e instar com seriedade a reparação da
mesma: o negligenciar da adoração a Deus pelas famílias, por aqueles que se
comprometeram [a honrá-Lo] com suas ações e conduta. Os pais não têm ensinado seus
filhos no caminho em que devem andar quando ainda moços; eles têm negligenciado o
mandamento solene que o Senhor lhes deu, de catequizá-los, e instruí-los para que os anos
da mocidade deles sejam temperados pelo conhecimento da verdade de Deus como
revelada nas Escrituras. Além disso, porquanto têm eles mesmos sido omissos na oração,
e em outros deveres sagrados para com suas famílias, e também por causa do mau
exemplo de suas conversações fúteis, [os filhos] tem aprendido, primeiro, a negligenciar e,
em seguida, a desprezar toda a piedade e a religião [Cristã]. Sabemos que isso não é
desculpa para a cegueira e impiedade de ninguém, e certamente enfrentarão duro juízo [os
que assim procedem]; de fato, eles estão mortos em seus próprios pecados; mas não
recairá seu sangue sobre aqueles sob cujo cuidado estavam, que não os alertaram, mas
os guiaram pelos caminhos da destruição? E não se levantarão os Cristãos do passado
para julgá-los e condená-los por causa da negligência desses deveres?
DO ANTIGO TESTAMENTO: Gênesis; Êxodo; Levítico; Números; Deuteronômio; Josué;

A CONFISSÃO DE FÉ BATISTA Juízes; Rute; 1 Samuel, 2 Samuel; 1 Reis, 2 Reis; 1 Crônicas, 2 Crônicas; Esdras; Neemias;
Ester; Jó; Salmos; Provérbios; Eclesiastes; Cantares de Salomão; Isaías; Jeremias,
Lamentações; Ezequiel; Daniel; Oséias; Joel; Amós; Obadias; Jonas; Miquéias; Naum;
Desenvolvida pelos Anciãos e Irmãos Habacuque; Sofonias; Ageu; Zacarias; Malaquias.
de muitas Congregações de Cristãos (batizados sobre profissão de sua fé)
Em Londres e no País. DO NOVO TESTAMENTO: Os Evangelhos segundo Mateus, Marcos, Lucas e João; Atos
dos Apóstolos; as Epístolas de Paulo aos Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas,
Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2
Timóteo, Tito, Filemom; a Epístola aos Hebreus; a Epístola de Tiago; a Primeira e Segunda
“Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão
Epístolas de Pedro; a Primeira, Segunda e Terceira Epístolas de João; a Epístola de Judas;
para a salvação.” (Romanos 10:10)
Apocalipse.
••• Todos os quais são dados por inspiração de Deus, para ser a regra de fé e vida. 5
Capítulo I: Sobre as Sagradas Escrituras 5 2 Timóteo 3:16
1. As Sagradas Escrituras são a única, suficiente, correta e infalível regra de todo

conhecimento, fé e obediência salvíficos,1 embora a luz da natureza e as obras da criação
3. Os livros comumente chamados Apócrifos, não sendo de inspiração Divina, não fazem
e da providência manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, a ponto de tornar
parte do cânon ou regra da Escritura; e, portanto, não são de autoridade para a Igreja de
os homens indesculpáveis; ainda assim, não são suficientes para oferecer aquele
Deus, nem de modo algum podem ser aprovados ou empregados, senão como escritos
conhecimento de Deus e de Sua vontade, que é necessário para a salvação; 2 portanto
humanos.6
aprouve ao Senhor, em diversas ocasiões, e de muitas maneiras, revelar-Se, e declarar a
Sua vontade para a Sua Igreja;3 e, posteriormente, para melhor preservação e propagação
6 Lucas 24:27, 44; Romanos 3:2
da verdade, e para o mais seguro estabelecimento e consolo da Igreja contra a corrupção
da carne e da malícia de Satanás e do mundo, concedeu a mesma completamente por
escrito; o que faz da Sagrada Escritura indispensável. Aqueles antigos modos de Deus
4. A autoridade das Sagradas Escrituras, razão pela qual devem ser cridas, não depende
revelar a Sua vontade ao Seu povo agora cessaram.4
do testemunho de qualquer homem ou Igreja, mas depende somente de Deus (que é a
própria Verdade), o seu Autor; e, portanto, deve ser recebida, porque é a Palavra de Deus.7
1 2 Timóteo 3:15-17; Isaías 8:20; Lucas 16:29, 31; Efésios 2:20
2 Romanos 1:19-21, 2:14-15; Salmos 19:1-3
7 2 Pedro 1:19-21; 2 Timóteo 3:16; 2 Tessalonicenses 2:13; 1 João 5:9
3 Hebreus 1:1
4 Provérbios 22:19-21; Romanos 15:4; 2 Pedro 1:19-20
5. Nós podemos ser movidos e compelidos pelo testemunho da Igreja de Deus a um alto e
reverente apreço pelas Sagradas Escrituras; e a sublimidade do assunto, a eficácia da sua
2. Sob o nome de Sagradas Escrituras, ou Palavra de Deus escrita, incluem-se agora todos
doutrina, a majestade do estilo, a concordância de todas as partes, o escopo do seu todo
os Livros do Antigo e do Novo Testamento, que são estes:
(que é dar toda a glória a Deus), a plena revelação que faz do único caminho da salvação passado),14 e o Novo Testamento em Grego (que, na época em que foi escrito, era mais
do homem, as suas muitas outras excelências incomparáveis e sua completa perfeição, comumente conhecido entre as nações), sendo imediatamente inspirados por Deus e pelo
são argumentos pelos quais abundantemente se evidencia ser a Palavra de Deus; ainda Seu singular cuidado e providência conservados puros em todos os séculos, são por isso
assim, não obstante, a nossa plena persuasão e certeza de sua verdade infalível e autênticos; assim, em todas as controvérsias sobre a Religião, a Igreja deve apelar para
autoridade Divina provêm da operação interna do Espírito Santo, testemunhando por meio eles.15 Mas, porque essas línguas originais não são conhecidas por todo o povo de Deus,
da e com a Palavra em nossos corações.8 que tem direito e interesse nas Escrituras, e é ordenado, no temor de Deus, a lê-las16 e a
examiná-las,17 portanto, elas devem ser traduzidas para a língua comum de cada povo
8 João 16:13-14; 1 Coríntios 2:10-12; 1 João 2:20, 27 aonde chegar,18 para que, a Palavra de Deus habitando abundantemente em todos, eles
possam adorá-lO de uma maneira aceitável, e pela paciência e consolação das Escrituras,
possam ter esperança.19
6. Todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para a Sua própria
glória, a salvação do homem, fé e vida, ou é expressamente declarado ou necessariamente 14 Romanos 3:2
contido nas Sagradas Escrituras, ao que nada, em qualquer tempo, deve ser acrescentado, 15 Isaías 8:20
seja por novas revelações do Espírito, ou por tradições humanas. 9 No entanto, nós 16 Atos 15:15
reconhecemos a iluminação interior do Espírito de Deus como sendo necessária para a 17 João 5:39
compreensão salvífica das coisas reveladas na Palavra;10 e que há algumas circunstâncias, 18 1 Coríntios 14:6, 9, 11, 12, 24, 28
quanto ao culto a Deus e ao governo da Igreja, comuns às ações e sociedades humanas, 19 Colossenses 3:16
as quais devem ser ordenadas pela luz da natureza e pela prudência Cristã, segundo as
regras gerais da Palavra, que devem sempre ser observadas.11
9. A regra infalível de interpretação da Escritura é a própria Escritura; e, portanto, quando

9 2 Timóteo 3:15-17; Gálatas 1:8-9
houver uma questão sobre o verdadeiro e pleno sentido de qualquer Escritura (que não é
10 João 6:45; 1 Coríntios 2:9-12
múltiplo, mas único), esse pode ser investigado por meio de outros textos que o expressem
11 1 Coríntios 11:13-14; 1 Coríntios 14:26, 40
mais claramente.20
20 2 Pedro 1:20-21; Atos 15:15-16

7. Nem todas as coisas em si mesmas são igualmente claras na Escritura, nem igualmente
claras a todos;12 ainda assim, aquelas coisas que necessitam ser conhecidas, cridas e
observadas, para a salvação, são tão claramente propostas e desveladas em algum ou
outro lugar da Escritura, de forma que não apenas os doutos, mas os indoutos, no devido 10. O Juiz supremo, pelo qual todas as controvérsias da Religião devem ser determinadas,
uso dos meios ordinários, podem alcançar uma suficiente compreensão delas.13 e todos os decretos de concílios, opiniões de escritores antigos, doutrinas de homens e
espíritos particulares devem ser examinados, e em cuja sentença devemos nos firmar, não
12 2 Pedro 3:16 pode ser outro senão as Sagradas Escrituras anunciadas pelo Espírito; no que a Escritura
13 Salmos 19:7; Salmos 119:130 assim anuncia, nossa fé é finalmente decidida.21
21 Mateus 22:29, 31, 32; Efésios 2:20; Atos 28:23

8. O Antigo Testamento em Hebraico (que era a língua nativa do povo de Deus no
Capítulo II: Sobre Deus e a Santíssima Trindade coisas;21 e Ele exerce soberano domínio sobre todas as criaturas, para fazer por elas, para
elas ou sobre elas tudo que Lhe apraz.22 Todas as coisas estão manifestas e patentes
1. O Senhor nosso Deus é somente um Deus vivo e verdadeiro;1 cuja subsistência é em e diante dEle;23 Seu conhecimento é infinito, infalível e independente da criatura; assim como
de Si mesmo,2 infinito em Seu ser e perfeição; cuja essência não pode ser compreendida nada para Ele é contingente ou incerto.24 Ele é santíssimo em todos os Seus conselhos,
por qualquer outro, senão por Ele mesmo;3 um espírito puríssimo,4 invisível, sem corpo, em todas as Suas obras25 e em todos os Seus comandos. A Ele, é devido da parte de anjos
partes ou paixões, a Quem somente pertence a imortalidade, que habita em luz que nenhum e homens todo o culto,26 serviço ou obediência que, como criaturas, eles devem em relação
homem pode acessar;5 é imutável,6 imenso,7 eterno,8 incompreensível, onipotente,9 em ao seu Criador, e tudo quanto mais Ele Se agrada em requerer deles.
tudo infinito, santíssimo, sapientíssimo,10 completamente livre e absoluto, operando todas
as coisas segundo o conselho da Sua vontade imutável e justíssima, 11 para a Sua própria 17 João 5:26
glória.12 É cheio de amor, gracioso, misericordioso, longânimo, abundante em bondade e 18 Salmos 148:13
verdade, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado; o galardoador dos que 19 Salmos 119:68
diligentemente O buscam13 e, contudo, justíssimo e terrível em Seus julgamentos;14 20 Jó 22:2-3
odiando todo pecado;15 e Quem de modo algum terá o culpado por inocente.16 21 Romanos 11:34-36
22 Daniel 4:25, 34, 35
1 1 Coríntios 8:4, 6; Deuteronômio 6:4 23 Hebreus 4:13
2 Jeremias 10:10; Isaías 48:12 24 Ezequiel 11:5; Atos 15:18
3 Êxodo 3:14 25 Salmos 145:17
4 João 4:24 26 Apocalipse 5:12-14
5 1 Timóteo 1:17; Deuteronômio 4:15-16
6 Malaquias 3:6
7 1 Reis 8:27; Jeremias 23:23 3. Em Seu ser Divino e infinito há três subsistências, o Pai, a Palavra ou o Filho, e o Espírito
8 Salmos 90:2 Santo,27 de uma só substância, poder e eternidade, cada um possuindo completa essência
9 Gênesis 17:1 Divina, e ainda assim, a essência é indivisível:28 O Pai de ninguém é gerado nem
10 Isaías 6:3 procedente; o Filho é eternamente gerado do Pai;29 o Espírito Santo é procedente do Pai e
11 Salmos 115:3; Isaías 46:10 do Filho;30 todos infinitos e sem princípio de existência. Portanto, um só Deus; que não deve
12 Provérbios 16:4; Romanos 11:36 ser divido em Seu ser ou natureza, mas, sim, distinguido pelas diversas propriedades
13 Êxodo 34:6-7; Hebreus 11:6 peculiares e relativas, e relações pessoais; esta doutrina da Trindade é o fundamento de
14 Neemias 9:32-33 toda a nossa comunhão com Deus, e confortável dependência dEle.
15 Salmos 5:5-6
16 Êxodo 34:7; Naum 1:2-3 27 1 João 5:7; Mateus 28:19; 2 Coríntios 13:13
28 Êxodo 3:14; João 14:11; 1 Coríntios 8:6
29 João 1:14, 18
2. Deus possui toda a vida,17 glória,18 bondade,19 bem-aventurança, em e de Si mesmo; Ele 30 João 15:26; Gálatas 4:6
é todo suficiente para Si, e não possui necessidade de quaisquer criaturas que Ele fez, nem
delas deriva glória alguma,20 mas apenas manifesta Sua própria glória em, por, para e sobre
elas; Ele é a única origem de todo ser, de Quem, por Quem e para Quem são todas as
Capítulo III: Sobre os Decretos de Deus 5. Aqueles da humanidade que são predestinados para a vida, Deus, antes da fundação do
mundo, de acordo com o Seu propósito eterno e imutável, e o secreto conselho e
1. Deus decretou em Si mesmo, desde toda a eternidade, pelo mui sábio e santo conselho beneplácito de Sua vontade, os escolheu em Cristo, para a glória eterna, por Sua pura livre
de Sua própria vontade, livre e imutavelmente todas as coisas, seja o que for que venha a graça e amor,11 não por qualquer outra coisa na criatura, como condições ou causas que
acontecer;1 ainda assim, de modo que nem Deus é o autor do pecado, nem tem comunhão O movessem a isso.12
com algo nisso;2 nem é violentada a vontade da criatura, nem ainda é eliminada a liberdade
ou contingência das causas secundárias, antes estabelecidas;3 nas quais demonstra-se a 11 Efésios 1:4, 9, 11; Romanos 8:30; 2 Timóteo 1:9; 1 Tessalonicenses 5:9
Sua sabedoria em dispor de todas as coisas, e poder e fidelidade em efetuar o Seu decreto. 4 12 Romanos 9:13, 16; Efésios 2:5, 12
1 Isaías 46:10; Efésios 1:11; Hebreus 6:17; Romanos 9:15, 18

2 Tiago 1:13; 1 João 1:5 6. Assim como Deus destinou os eleitos para a glória, assim também, pelo propósito eterno
3 Atos 4:27-28; João 19:11 e mui livre de Sua vontade, preordenou todos os meios para isso.13 Portanto, aqueles que
4 Números 23:19; Efésios 1:3-5 são eleitos, estando caídos em Adão, são remidos por Cristo,14 são eficazmente chamados
para a fé em Cristo pelo Seu Espírito, que opera no tempo devido; são justificados,
adotados, santificados15 e preservados pelo Seu poder por meio da fé para a salvação.16
2. Embora Deus conheça tudo o que possa ou venha a ocorrer, sobre todas as
Nem são quaisquer outros redimidos por Cristo, ou eficazmente chamados, justificados,
circunstâncias imagináveis;5 ainda assim, Ele não decretou qualquer coisa, porque Ele a
adotados, santificados e salvos, senão somente os eleitos. 17
previu como futura, ou como aquilo que poderia ocorrer em tais condições. 6
13 1 Pedro 1:2; 2 Tessalonicenses 2:13

5 Atos 15:18
14 1 Tessalonicenses 5:9-10
6 Romanos 9:11, 13, 16, 18
15 Romanos 8:30; 2 Tessalonicenses 2:13
16 1 Pedro 1:5
3. Por meio do decreto de Deus e para manifestação da Sua glória, alguns homens e anjos 17 João 10:26, 17:9, 6:64
são predestinados ou preordenados para a vida eterna por meio de Jesus Cristo, 7 para o
louvor de Sua gloriosa graça;8 outros são deixados a agir em seus pecados para a sua justa
condenação, para o louvor da Sua gloriosa justiça.9 7. A doutrina deste elevado mistério da predestinação deve ser tratada com especial
prudência e cuidado, para que os homens, atendendo à vontade de Deus revelada em Sua
7 1 Timóteo 5:21; Mateus 25:34 Palavra, e prestando obediência a esta, possam, a partir da certeza do seu chamado eficaz,
8 Efésios 1:5-6 certificar-se de sua eleição eterna.18 Portanto, esta doutrina deve motivar louvor,19
9 Romanos 9:22-23; Judas 4 reverência e admiração a Deus; e humildade,20 diligência e consolação abundante para
todos os que sinceramente obedecem ao Evangelho.21
4. Esses anjos e homens, assim predestinados e preordenados, são particular e

18 1 Tessalonicenses 1:4-5; 2 Pedro 1:10
imutavelmente designados; e o seu número é tão certo e definido, que não pode ser
19 Efésios 1:6; Romanos 11:33
aumentado ou diminuído.10
20 Romanos 11:5, 6, 20
21 Lucas 10:20
10 2 Timóteo 2:19; João 13:18
Capítulo IV: Sobre a Criação mui sábia e santa providência, para o fim para o qual foram criadas, segundo a Sua infalível
presciência, e o livre e imutável conselho de Sua própria vontade, para o louvor da glória
1. No princípio aprouve a Deus, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, 1 para a manifestação da de Sua sabedoria, poder, justiça, infinita bondade e misericórdia. 3
glória do Seu eterno poder,2 sabedoria e bondade, criar ou fazer o mundo, e todas as coisas
nele, sejam visíveis ou invisíveis, no espaço de seis dias, e tudo muito bom. 3 1 Hebreus 1:3; Jó 38:11; Isaías 46:10-11; Salmos 135:6
2 Mateus 10:29-31
1 João 1:2-3; Hebreus 1:2; Jó 26:13 3 Efésios 1:11
2 Romanos 1:20
3 Colossenses 1:16; Gênesis 1:31
2. Embora em relação à presciência e ao decreto de Deus, a causa primeira, todas as coisas
acontecem imutável e infalivelmente,4 de forma que nada acontece por acaso, ou sem a
2. Após Deus haver feito todas as outras criaturas, Ele criou o homem, macho e fêmea, 4
Sua providência;5 contudo, pela mesma providência, Ele ordena que elas aconteçam de
com almas racionais e imortais,5 e os adequou perfeitamente à vida para Deus, para o que
acordo com a natureza das causas secundárias, seja necessária, livre ou
eles foram criados, tendo sido feitos segundo a imagem de Deus, em conhecimento, retidão
contingentemente.6
e verdadeira santidade;6 tendo a lei de Deus escrita em seus corações,7 e poder para
cumpri-la; e ainda assim, estavam sob a possibilidade de transgressão, sendo deixados à
4 Atos 2:23
liberdade da sua própria vontade, que era sujeita à mudança.8
5 Provérbios 16:33
6 Gênesis 8:22
4 Gênesis 1:27
5 Gênesis 2:7
6 Eclesiastes 7:29; Gênesis 1:26 3. Deus, em Sua providência ordinária, faz o uso de meios,7 ainda assim, é livre para operar
7 Romanos 2:14-15 sem,8 acima9 e contra eles,10 como Lhe aprouver.
8 Gênesis 3:6
7 Atos 27:31, 44; Isaías 55:10-11

8 Oséias 1:7
3. Além dessa lei escrita em seus corações, eles receberam a ordem de não comer da
9 Romanos 4:19-21
árvore do conhecimento do bem e do mal;9 de forma que enquanto eles obedeceram a este
10 Daniel 3:27
preceito foram felizes em sua comunhão com Deus e tiveram domínio sobre as criaturas.10
9 Gênesis 2:17
4. A onipotência, a sabedoria inescrutável e a infinita bondade de Deus, tanto manifestam-
10 Gênesis 1:26, 28
se em Sua providência, na qual Seu conselho determinado se estende mesmo até a
primeira Queda, e a todas as outras ações pecaminosas tanto de anjos quanto de
homens;11 e não por meio de mera permissão, os quais Ele também, mui sábia e
Capítulo V: Sobre a Divina Providência poderosamente delimita, e de forma variada ordena e governa 12 em uma multiforme
dispensação, para os Seus próprios santos fins;13 ainda assim, de forma que a
1. Deus, o bom Criador de todas as coisas, em Seu infinito poder e sabedoria, sustenta, pecaminosidade desses atos procede apenas da criatura, e não de Deus; que sendo
dirige, dispõe e governa todas as criaturas,1 e coisas, desde a maior até a menor,2 por Sua santíssimo e justíssimo, não é, nem pode ser o autor ou aprovador do pecado. 14
11 Romanos 11:32-34; 2 Samuel 24:1; 1 Crônicas 21:1 7. Assim como a providência de Deus, em geral, atinge todas as criaturas, assim também,
12 2 Reis 19:28; Salmos 76:10 de uma forma mui especial, Ele cuida de Sua Igreja, e dispõe de todas as coisas para o
13 Gênesis 1:20; Isaías 10:6, 7, 12 bem dela.23
14 Salmos 50:21; 1 João 2:16
23 1 Timóteo 4:10; Amós 9:8-9; Isaías 43:3-5
5. O Deus mui sábio, justo e gracioso, frequentemente deixa, por algum tempo, Seus
próprios filhos em diversas tentações e na corrupção dos seus próprios corações, para
castigá-los pelos seus pecados anteriores ou fazer-lhes conhecer o poder oculto da Capítulo VI: Sobre a Queda do Homem,
corrupção e engano de seus corações, para que eles sejam humilhados; e para elevá-los
o Pecado e o Castigo Desse
a uma dependência mais íntima e constante de Seu próprio auxílio, e para torná-los mais
vigilantes contra todas as futuras ocasiões de pecado, e para outros santos e justos fins. 15
1. Deus criou o homem justo e perfeito, e lhe deu uma lei justa, que seria para a vida se ele
De forma que seja o que for que ocorra com todos os Seus eleitos é por Sua designação,
a tivesse guardado, ou para morte, se a desobedecesse. 1 Porém o homem não manteve
para a Sua glória e para o bem deles.16
por muito tempo a sua honra. Satanás valeu-se da astúcia da serpente para seduzir Eva,
em seguida, esta seduziu a Adão, que, sem qualquer compulsão, deliberadamente
15 2 Crônicas 32:25, 26, 31; 2 Coríntios 12:7-9
transgrediram a lei de sua criação, e a ordem dada a eles, de não comer o fruto proibido,2
16 Romanos 8:28
do que Deus foi servido permitir este pecado deles, de acordo com Seu conselho sábio e
santo, havendo determinado ordená-lo para a Sua própria glória.
6. Quanto àqueles homens perversos e ímpios, a quem Deus, como o justo Juiz, por
1 Gênesis 2:16-17
pecados anteriores, cega e endurece;17 deles, Ele não apenas retém a Sua graça, pela qual
2 Gênesis 3:12-13; 2 Coríntios 11:3
eles poderiam ser iluminados em seus entendimentos e forjados em seus corações;18 mas
às vezes também lhes retira os dons que eles tinham; 19 e os expõe a situações de forma
que a corrupção deles se torna em ocasiões de pecado; 20 e, além disso, entrega-lhes às
2. Nossos primeiros pais, por este pecado, decaíram de sua retidão original e da comunhão
suas próprias concupiscências, às tentações do mundo e ao poder de Satanás;21 de
com Deus, e nós neles, e por isso a morte veio sobre todos: 3 todos nos tornamos mortos
maneira que eles se endurecem, sob aqueles meios que Deus usa para quebrantar os
em pecado4 e totalmente corrompidos em todas as faculdades e partes da alma e do corpo. 5
outros.22
3 Romanos 3:23
17 Romanos 1:24-26, 28, 11:7-8
4 Romanos 5:12, etc.
18 Deuteronômio 29:4
5 Tito 1:15; Gênesis 6:5; Jeremias 17:9; Romanos 3:10-19
19 Mateus 13:12
20 Deuteronômio 2:30; 2 Reis 8:12-13
21 Salmos 81:11-12; 2 Tessalonicenses 2:10-12
3. Sendo eles os ancestrais e, pelo desígnio de Deus, os representantes de toda
22 Êxodo 8:15, 32; Isaías 6:9-10; 1 Pedro 2:7-8
humanidade, a culpa do pecado foi imputada à toda a sua posteridade, e a corrupção
natural passou a todos os seus descendentes que deles procedem por geração ordinária. 6
Sendo estes agora concebidos em pecado,7 e por natureza filhos da ira,8 escravos do
pecado, sujeitos à morte9 e a todas as outras misérias espirituais, temporais e eternas, a 2. Ademais, tendo o homem trazido a si mesmo a maldição da lei, por sua Queda, aprouve
menos que o Senhor Jesus os liberte.10 ao Senhor fazer um Pacto de Graça,2 no qual Ele oferece livremente aos pecadores a vida
e a salvação por meio de Jesus Cristo, exigindo deles a fé nEle, para que eles sejam
6 Romanos 5:12-19; 1 Coríntios 15:21, 22, 45, 49 salvos;3 e prometendo dar a todos os que são ordenados para a vida eterna, o Seu Espírito
7 Salmos 51:5; Jó 14:4 Santo, para torná-los dispostos e capazes de crer.4
8 Efésios 2:3
9 Romanos 6:20, 5:12 2 Gênesis 2:17; Gálatas 3:10; Romanos 3:20-21
10 Hebreus 2:14-15; 1 Tessalonicenses 1:10 3 Romanos 8:3; Marcos 16:15-16; João 3:16
4 Ezequiel 36:26-27; João 6:44-45; Salmos 110:3
4. Desta corrupção original pela qual ficamos totalmente indispostos, incapacitados e

adversos a todo o bem, e inteiramente inclinados a todo o mal, 11 é que procedem todas as 3. Esta Aliança é revelada no Evangelho; primeiramente a Adão na promessa de salvação
transgressões atuais.12 pela semente da mulher,5 e depois por etapas sucessivas, até que a sua plena revelação
foi completada no Novo Testamento;6 e é fundada naquela transação da eterna Aliança que
11 Romanos 8:7; Colossenses 1:21 houve entre o Pai e o Filho para a redenção dos eleitos; 7 e é somente pela graça desta
12 Tiago 1:14-15; Mateus 15:19 Aliança que todos da caída posteridade de Adão que já foram salvos, obtiveram a vida e a
bem-aventurada imortalidade, o homem é agora totalmente incapaz de ser aceito por Deus
naqueles termos em que Adão permanecia em seu estado de inocência. 8
5. A corrupção da natureza persiste durante esta vida naqueles que são regenerados;13 e,
embora ela seja perdoada e mortificada através de Cristo, todavia tanto ela mesma como 5 Gênesis 3:15
seus primeiros impulsos são verdadeira e propriamente pecado. 14 6 Hebreus 1:1
7 2 Timóteo 1:9; Tito 1:2
13 Romanos 7:18, 23; Eclesiastes 7:20; 1 João 1:8 8 Hebreus 11:6, 13; Romanos 4:1-2, etc.; Atos 4:12; João 8:56
14 Romanos 7:23-25; Gálatas 5:17
Capítulo VIII: Sobre Cristo, o Mediador

Capítulo VII: Sobre a Aliança de Deus
1. Aprouve a Deus, em Seu eterno propósito, e de acordo com o Pacto estabelecido entre
1. A distância entre Deus e a criatura é tão grande, que, embora as criaturas racionais Lhe ambos, escolher e ordenar o Senhor Jesus, Seu Filho unigênito, para ser o Mediador entre
devam obediência como seu Criador, nunca poderiam ter alcançado a recompensa da vida, Deus e os homens,1 o Profeta,2 Sacerdote3 e Rei;4 a Cabeça e Salvador da Igreja,5 o
senão por alguma condescendência voluntária da parte de Deus, que Ele Se agrada em herdeiro de todas as coisas,6 e Juiz do mundo;7 a quem, desde toda a eternidade, deu um
expressar por meio de aliança.1 povo para ser Sua posteridade e para ser por Ele, no tempo, remido, chamado, justificado,
santificado e glorificado.8
1 Lucas 17:10; Jó 35:7-8
1 Isaías 42:1; 1 Pedro 1:19-20
2 Atos 3:22 14 Colossenses 2:3

3 Hebreus 5:5-6 15 Colossenses 1:19
4 Salmos 2:6; Lucas 1:33 16 Hebreus 7:26
5 Efésios 1:22-23 17 João 1:14
6 Hebreus 1:2 18 Hebreus 7:22
7 Atos 17:31 19 Hebreus 5:5
8 Isaías 53:10; João 17:6; Romanos 8:30 20 João 5:22, 27; Mateus 28:18; Atos 2:36
2. O Filho de Deus, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, sendo verdadeiro e eterno 4. Este ofício o Senhor Jesus empreendeu mui voluntariamente,21 para que pudesse
Deus, o resplendor da glória do Pai, da mesma substância e igual a Ele; Quem criou o exercê-lo, foi feito sujeito à Lei,22 que Ele cumpriu perfeitamente e suportou o castigo que
mundo, Quem sustenta e governa todas as coisas que Ele fez, quando chegou a plenitude nos era devido, que nós deveríamos ter recebido e sofrido. 23 E foi feito pecado e maldição
dos tempos, tomou sobre Si a natureza humana, com todas as propriedades essenciais e por nossa causa,24 suportando as mais cruéis aflições em Sua alma e os sofrimentos mais
fraquezas comuns,9 embora sem pecado;10 foi concebido pelo Espírito Santo, no ventre da dolorosos em Seu corpo;25 foi crucificado e morreu; e ficou em estado de morte, mas não
Virgem Maria, o Espírito Santo desceu sobre ela, e o poder do Altíssimo a envolveu; e assim viu a corrupção.26 No terceiro dia Ele ressuscitou dentre os mortos,27 com o mesmo corpo
foi feito de uma mulher, da tribo de Judá, da descendência de Abraão e Davi, segundo as no qual Ele sofreu;28 com o qual também Ele subiu ao Céu,29 e lá está assentado à destra
Escrituras;11 para que duas naturezas inteiras, perfeitas e distintas, fossem do Pai, fazendo intercessão;30 e voltará para julgar homens e anjos, no fim do mundo.31
inseparavelmente unidas em uma só Pessoa, sem conversão, composição ou confusão.
21 Salmos 40:7-8; Hebreus 10:5-10; João 10:18
Esta Pessoa é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, mas um só Cristo, o único Mediador
22 Gálatas 4:4; Mateus 3:15
entre Deus e o homem.12
23 Gálatas 3:13; Isaías 53:6; 1 Pedro 3:18
9 João 1:14; Gálatas 4:4 24 2 Coríntios 5:21
10 Romanos 8:3; Hebreus 2:14, 16, 17, 4:15 25 Mateus 26:37-38; Lucas 22:44; Mateus 27:46
11 Mateus 1:22-23 26 Atos 13:37
12 Lucas 1:27, 31, 35; Romanos 9:5; 1 Timóteo 2:5 27 1 Coríntios 15:3-4
28 João 20:25, 27
29 Marcos 16:19; Atos 1:9-11
3. O Senhor Jesus em Sua natureza humana assim unida à Divina na Pessoa do Filho, foi 30 Romanos 8:34; Hebreus 9:24
santificado e ungido com o Espírito Santo sobremaneira; 13 tendo em Si todos os tesouros 31 Atos 10:42; Romanos 14:9-10; Atos 1:11; 2 Pedro 2:4
da sabedoria e do conhecimento,14 em Quem aprouve a Deus que toda a plenitude
habitasse,15 a fim de que sendo santo, inocente, imaculado, 16 e cheio de graça e de
5. O Senhor Jesus, pela Sua perfeita obediência e sacrifício de Si mesmo, que Ele, pelo
verdade,17 Ele pudesse estar plenamente qualificado para exercer o ofício de um Mediador
Espírito eterno, uma vez ofereceu a Deus, satisfez plenamente a justiça de Deus; 32 obteve
e Fiador.18 Este ofício Ele não tomou para Si por conta própria, mas para este foi nomeado
a reconciliação e adquiriu uma herança eterna no reino dos Céus, para todos quantos foram
por Seu Pai;19 que colocou todo o poder e juízo em Sua mão, e Lhe ordenou que os
dados a Ele pelo Pai.33
exercesse.20
32 Hebreus 9:14, 10:14; Romanos 3:25-26

13 Salmos 45:7; Atos 10:38; João 3:34
33 João 17:2; Hebreus 9:15
6. Embora o preço da redenção não tenha sido realmente pago por Cristo senão depois da 9. Este ofício de Mediador entre Deus e os homens cabe exclusivamente a Cristo, que é o
Sua encarnação, contudo a virtude, a eficácia e os benefícios dela foram comunicados aos Profeta, Sacerdote e Rei da Igreja de Deus; e isto não pode ser no todo, ou em qualquer
eleitos, em todas as épocas sucessivamente desde o princípio do mundo, nas, e através parte, transferido de Cristo para qualquer outro.43
das, promessas, tipos e sacrifícios em que Cristo foi revelado, e que O apontavam como a
semente da mulher que esmagaria a cabeça da serpente,34 e como o Cordeiro que foi morto 43 1 Timóteo 2:5
desde a fundação do mundo,35 sendo o mesmo ontem, hoje e para sempre.36
34 1 Coríntios 4:10; Hebreus 4:2; 1 Pedro 1:10-11 10. Este número e ordem de ofícios são necessários. Precisamos de Seu ofício profético, 44
35 Apocalipse 13:8 por causa de nossa ignorância. Por causa de nossa alienação de Deus, e da imperfeição
36 Hebreus 13:8 de nossos melhores serviços, nós necessitamos de Seu ofício sacerdotal para nos
reconciliar e apresentar aceitáveis a Deus.45 E no que diz respeito à nossa aversão e
incapacidade absoluta de converter-nos a Deus, e para o nosso resgate e segurança contra
7. Cristo, na obra da mediação, age de acordo com ambas as naturezas; cada uma delas nossos adversários espirituais, precisamos de Seu ofício real para nos convencer, subjugar,
atuando como lhe é próprio. Mesmo assim, em razão da unidade da Pessoa, aquilo que é atrair, sustentar, libertar e preservar para o Seu reino celestial.46
próprio de uma natureza, às vezes, na Escritura, é atribuído à Pessoa de Cristo denominada
pela outra natureza.37 44 João 1:18
45 Colossenses 1:21; Gálatas 5:17
37 João 3:13; Atos 20:28 46 João 16:8; Salmos 110:3; Lucas 1:74-75
8. Cristo certamente aplica e comunica eficazmente a redenção eterna, para todos quantos
Ele a obteve, fazendo intercessão por eles;38 unindo-os a Si mesmo por Seu Espírito; Capítulo IX: Sobre o Livre-Arbítrio
revelando-lhes, na e pela Sua Palavra, o mistério da salvação, persuadindo-os a crer e a
obedecer,39 governando seus corações pelo Seu Espírito40 e por Sua Palavra, e vencendo 1. Deus dotou a vontade do homem com tal liberdade natural e poder de ação em escolha,
todos os inimigos deles, por Sua onipotência e sabedoria,41 da maneira e pelos meios mais que ela não é nem forçada, nem predeterminada para o bem ou o mal por qualquer
conformes com a Sua admirável e inescrutável dispensação; e tudo isso por livre e absoluta necessidade da natureza.1
graça, sem qualquer precondição de neles ter sido vista de antemão uma busca pela
redenção.42 1 Mateus 17:12; Tiago 1:14; Deuteronômio 30:19
38 João 6:37, 10:15-16, 17:9; Romanos 5:10

39 João 17:6; Efésios 1:9; 1 João 5:20 2. O homem, em seu estado de inocência, tinha a liberdade e o poder de querer e fazer
40 Romanos 8:9, 14 aquilo que é bom e agradável a Deus;2 mas ainda assim, era instável, de forma que ele
41 Salmos 110:1; 1 Coríntios 15:25-26 podia cair deste estado.3
42 João 3:8; Efésios 1:8
2 Eclesiastes 7:29
3 Gênesis 3:6
3. O homem, por meio de sua queda em um estado de pecado, perdeu completamente todo os irresistivelmente para Jesus Cristo;5 no entanto, eles vêm a Cristo mui livremente, sendo
o poder da vontade quanto a qualquer bem espiritual que acompanhe a salvação; 4 assim para isso dispostos pela Sua graça.6
como um homem natural, inteiramente adverso a esse bem e morto em pecado, 5 não é
capaz, por sua própria força, de converter-se ou preparar-se para isso.6 1 Romanos 8:30, 11:7; Efésios 1:10-11; 2 Tessalonicenses 2:13-14
2 Efésios 2:1-6
4 Romanos 5:6, 8:7 3 Atos 26:18; Efésios 1:17-18
5 Efésios 2:1, 5 4 Ezequiel 36:26
6 Tito 3:3-5; João 6:44 5 Deuteronômio 30:6; Ezequiel 36:27; Efésios 1:19
6 Salmos 110:3; Cantares 1:4
4. Quando Deus converte um pecador e o transporta para o estado de graça, Ele o liberta
de sua natural escravidão ao pecado7 e, por Sua graça, o habilita a livremente querer e 2. Este chamado eficaz é somente por livre e especial graça de Deus e não provém de
fazer aquilo que é espiritualmente bom;8 ainda assim, em razão de sua corrupção qualquer coisa prevista no homem, e nem de algum poder ou agência da criatura, 7 sendo
remanescente, ele não o faz perfeitamente, nem apenas deseja o que é bom, mas também esta totalmente passiva nisso, estando morta em pecados e transgressões, até que, sendo
o que é mau.9 vivificada e renovada pelo Espírito Santo,8 é feita capaz de corresponder a ela, e a receber
a graça oferecida e comunicada nela. Para isso é necessário um poder que de modo
7 Colossenses 1:13; João 8:36 nenhum é menor do que aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos.9
8 Filipenses 2:13
9 Romanos 7:15, 18, 19, 21, 23 7 2 Timóteo 1:9; Efésios 2:8
8 1 Coríntios 2:14; Efésios 2:5; João 5:25
9 Efésios 1:19-20
5. A vontade do homem é feita imutável e perfeitamente livre somente para o bem, apenas
no estado de glória.10
3. As crianças eleitas que morrem na infância são regeneradas e salvas por Cristo, através
10 Efésios 4:13 do Espírito,10 que opera quando, onde e como Lhe agrada.11 Do mesmo modo são salvas
todas as pessoas eleitas incapazes de serem chamadas exteriormente, pelo ministério da
Palavra.
Capítulo X: Sobre o Chamado Eficaz
10 João 3:3, 5, 6
1. Aqueles a quem Deus predestinou para a vida, a Ele apraz, em Seu tempo determinado 11 João 3:8
e aceitável, chamar eficazmente,1 por Sua Palavra e Espírito, do estado natural de pecado
e morte no qual eles estão por natureza, para a graça e a salvação por Jesus Cristo. 2 Isto
Ele faz, iluminando suas mentes de maneira espiritual e salvífico, para que entendam as 4. Outros não-eleitos, embora possam ser chamados pelo ministério da Palavra, e tenham
coisas de Deus,3 tirando-lhes o coração de pedra e dando-lhes um coração de carne;4 algumas das operações comuns do Espírito,12 contudo não sendo eficazmente atraídos
renovando as suas vontades, e por Sua onipotência, predispondo-os para o bem e atraindo- pelo Pai, eles nem querem e nem podem verdadeiramente vir a Cristo e, portanto, não
podem ser salvos;13 muito menos poderão ser salvos os que não seguem a Religião Cristã,
por mais diligentes que sejam em conformar suas vidas à luz da natureza e regras da Pai para eles, e Sua obediência e satisfação são aceitas em seu lugar, e ambos livremente,
religião que professam.14 não por qualquer coisa neles.9 A justificação deles acontece apenas por livre graça, de
forma que tanto a exata justiça quanto a rica graça de Deus são glorificadas na justificação
12 Mateus 22:14, 13:20-21; Hebreus 6:4-5 dos pecadores.10
13 João 6:44, 45, 65; 1 João 2:24-25
14 Atos 4:12; João 4:22, 17:3 8 Hebreus 10:14; 1 Pedro 1:18-19; Isaías 53:5-6
9 Romanos 8:32; 2 Coríntios 5:21
10 Romanos 3:26; Efésios 1:6-7, 2:7
Capítulo XI: Sobre a Justificação
1. Aqueles a quem Deus chama eficazmente, Ele também livremente justifica, 1 não por 4. Deus, desde toda a eternidade, decretou justificar todos os eleitos; 11 e Cristo, na
meio da infusão de justiça neles, mas por perdoar os seus pecados e por considerar e plenitude do tempo, morreu pelos pecados deles e ressuscitou para a sua justificação; 12 no
aceitar as suas pessoas como justos;2 não por qualquer coisa neles operada ou por eles entanto, eles não são justificados pessoalmente, até que o Espírito Santo, em devido
feita, mas somente por causa de Cristo;3 não lhes imputando como sua justiça a própria fé, tempo, efetivamente, aplica-lhes a Cristo.13
o ato de crer, ou qualquer outra obediência evangélica, mas pela imputação da obediência
ativa de Cristo a toda a Lei, e obediência passiva em Sua morte por Sua completa e única 11 Gálatas 3:8; 1 Pedro 1:2; 1 Timóteo 2:6
justiça pela fé;4 fé esta que eles não têm de si mesmos, pois ela é um dom de Deus. 5 12 Romanos 4:25
13 Colossenses 1:21-22; Tito 3:4-7
1 Romanos 3:24, 8:30
2 Romanos 4:5-8; Efésios 1:7
3 1 Coríntios 1:30-31; Romanos 5:17-19 5. Deus continua a perdoar os pecados daqueles que são justificados;14 e embora eles
4 Filipenses 3:8-9; Efésios 2:8-10 nunca possam cair do estado de justificação,15 contudo eles podem, por seus pecados, cair
5 João 1:12; Romanos 5:17 no desagrado paternal de Deus,16 e nesta condição eles usualmente não têm a luz de Sua
face restaurada a eles, até que se humilhem, confessem seus pecados, peçam perdão e
renovem sua fé e arrependimento.17
2. A fé, assim recebendo a Cristo e descansando nEle e em Sua justiça, é o único
instrumento de justificação;6 ainda assim, ela não está sozinha na pessoa justificada, mas
14 Mateus 6:12; 1 João 1:7, 9
sempre encontra-se acompanhada de todas as outras graças salvíficas, e não é uma fé
15 João 10:28
morta, mas uma fé que opera pelo amor.7
16 Salmos 89:31-33
6 Romanos 3:28 17 Salmos 32:5; Salmos 51; Mateus 26:75
7 Gálatas 5:6; Tiago 2:17, 22, 26
6. A justificação dos crentes sob o Antigo Testamento era, em todos estes aspectos, uma
3. Cristo, por Sua obediência e morte, pagou plenamente a dívida de todos os que são
e a mesma com a justificação dos crentes sob o Novo Testamento. 18
assim justificados, e pelo sacrifício de Si mesmo, no sangue de Sua cruz, sujeitando-Se no
lugar deles à penalidade a eles devida, fez uma satisfação apropriada, real e plena à justiça
18 Gálatas 3:9; Romanos 4:22-24
de Deus em nome deles.8 No entanto, isso acontece na medida em que Ele foi dado pelo
Capítulo XII: Sobre a Adoção 3 Romanos 6:14

4 Gálatas 5:24
1. A todos quantos são justificados em Seu único Filho, Jesus Cristo, e, por causa dEle, 5 Colossenses 1:11
Deus é servido de fazer participantes da graça da adoção, 1 por esta graça eles são 6 2 Coríntios 7:1; Hebreus 12:14
recebidos no número dos filhos de Deus2 e gozam da liberdade e privilégios de filhos de
Deus;3 recebem sobre si o nome de Deus; recebem o Espírito de adoção; 4 têm acesso ao
2. Esta santificação se dá no homem todo,7 ainda que imperfeita nesta vida, portanto, ainda
trono da graça com confiança; são habilitados a clamar: “Aba, Pai”; 5 são tratados com
permanecem alguns resíduos de corrupção em todas as partes, 8 de onde nasce uma guerra
compaixão,6 protegidos,7 providos8 e por Ele corrigidos, como por um Pai;9 porém, jamais
contínua e irreconciliável, a carne milita contra o Espírito, e o Espírito contra a carne. 9
são lançados fora,10 pois estão selados para o dia da redenção,11 e herdam as promessas,
na qualidade de herdeiros da salvação eterna.12
7 1 Tessalonicenses 5:23
1 Efésios 1:5; Gálatas 4:4-5 8 Romanos 7:18, 23
2 João 1:12; Romanos 8:17 9 Gálatas 5:17; 1 Pedro 2:11
3 2 Coríntios 6:18; Apocalipse 3:12
4 Romanos 8:15
3. Nesta guerra, embora a corrupção remanescente por um tempo possa grandemente
5 Gálatas 4:6; Efésios 2:18
prevalecer,10 contudo, através do suprimento contínuo de força do Espírito santificador de
6 Salmos 103:13
Cristo, a parte regenerada triunfa,11 e assim os santos crescem em graça, aperfeiçoando a
7 Provérbios 14:26; 1 Pedro 5:7
santidade no temor de Deus, esforçando-se para viver uma vida celestial, em obediência
8 Hebreus 12:6
evangélica a todos os mandamentos que Cristo, como Cabeça e Rei, em Sua Palavra
9 Isaías 54:8-9
prescreve a eles.12
10 Lamentações 3:31
11 Efésios 4:30
10 Romanos 7:23
12 Hebreus 1:14, 6:12
11 Romanos 6:14
12 Efésios 4:15-16; 2 Coríntios 3:18, 7:1
Capítulo XIII: Sobre a Santificação

Capítulo XIV: Sobre a Fé Salvífica
1. Aqueles que são unidos a Cristo, eficazmente chamados e regenerados, tendo um novo
coração e um novo espírito criados neles, através da virtude da morte e ressurreição de
1. A graça da fé, pela qual os eleitos são habilitados a crer para a salvação de suas almas,
Cristo, são também santificados real e pessoalmente1 por meio da mesma virtude, pela Sua
é obra do Espírito de Cristo em seus corações,1 e é ordinariamente operada pelo ministério
Palavra e Espírito que habita neles;2 o domínio de todo o corpo do pecado é destruído, 3 e
da Palavra;2 e por este também — e pela administração do Batismo e da Ceia do Senhor,
as várias concupiscências são cada vez mais enfraquecidas e mortificadas,4 e eles mais e
pela oração, e por outros meios prescritos por Deus — é aumentada e fortalecida.3
mais vivificados e fortalecidos em todas as graças salvíficas 5 para a prática da verdadeira
santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor.6
1 2 Coríntios 4:13; Efésios 2:8
1 Atos 20:32; Romanos 6:5-6 2 Romanos 10:14, 17
2 João 17:17; Efésios 3:16-19; 1 Tessalonicenses 5:21-23 3 Lucas 17:5; 1 Pedro 2:2; Atos 20:32
2. Por esta fé, o Cristão crê ser verdade tudo quanto é revelado na Palavra, segundo a Capítulo XV: Sobre o Arrependimento Para a Vida e Salvação
autoridade do próprio Deus,4 e também apreende uma excelência nela acima de todos os
outros escritos e todas as demais coisas do mundo: 5 por ela demonstrar a glória de Deus
em Seus atributos, a excelência de Cristo em Sua natureza e ofícios, e o poder e a plenitude 1. Aqueles eleitos que são convertidos em anos maduros, tendo vivido algum tempo em
do Espírito Santo em Suas obras e operações. Reconhecendo tudo isso, o Cristão é estado natural, e por isso, servido a diversas concupiscências e prazeres, Deus em seu
capacitado a confiar sua alma irrestritamente à verdade assim crida; 6 e também age em chamado eficaz concede-lhes o arrependimento para a vida.1
conformidade com aquilo que cada passagem contém em particular, prestando obediência
aos mandamentos,7 tremendo diante das ameaças8 e abraçando as promessas de Deus 1 Tito 3:2-5
para esta vida, e para a que está por vir.9 Entretanto os principais atos de fé salvífica
possuem relação imediata com Cristo: aceitar, receber e confiar exclusivamente nEle para
a justificação, santificação e a vida eterna, em virtude do Pacto da Graça.10 2. Considerando que não há ninguém que faça o bem e não peque,2 e que o melhor dos
homens, através do poder e sedução da corrupção que habita nele, com a prevalência das
4 Atos 24:14 tentações, pode cair em grandes pecados e provocações, Deus tem, no Pacto da Graça,
5 Salmos 19:7-10, 69:72 providenciado misericordiosamente que os crentes que assim pecaram e caíram, sejam
6 2 Timóteo 1:12 renovados através do arrependimento para a salvação.3
7 João 15:14
8 Isaías 116:2 2 Eclesiastes 7:20
9 Hebreus 11:13 3 Lucas 22:31-32
10 João 1:12; Atos 16:31; Gálatas 2:20; Atos 15:11
3. Este arrependimento salvífico é uma graça evangélica, 4 pelo qual uma pessoa, sendo
3. Esta fé, embora possa ser diferente em graus, e possa ser fraca ou forte.11 Ainda assim pelo Espírito Santo feita sensível aos múltiplos males do seu pecado, pela fé em Cristo,
como as demais graças salvíficas, mesmo se for pequeníssima, ela é de um tipo e de uma humilha-se por aquele com a tristeza segundo Deus, ódio ao pecado e autoaborrecimento,5
natureza diferentes — como acontece com todas as demais graças salvíficas — daquela fé orando por perdão e pela força da graça, com um propósito e esforço, por suprimentos do
e da graça comum que os seguidores meramente professos possuem.12 Por isso, mesmo Espírito, para andar diante de Deus agradando-Lhe em todas as coisas.6
que seja muitas vezes atacada e enfraquecida, ainda assim, alcança a vitória; 13 crescendo
em muitos para uma plena segurança por meio de Cristo, 14 que é o Autor e também o 4 Zacarias 12:10; Atos 11:18
Consumador da nossa fé.15 5 Ezequiel 36:31; 2 Coríntios 7:11
6 Salmos 119:6, 128
11 Hebreus 5:13-14; Mateus 6:30; Romanos 4:19-20
12 2 Pedro 1:1
13 Efésios 6:16; 1 João 5:4-5 4. Como o arrependimento deve continuar por todo o curso de nossas vidas, em
14 Hebreus 6:11-12; Colossenses 2:2 consideração ao corpo da morte, e as ações do mesmo, por isso, é dever de todo homem
15 Hebreus 12:2 arrepender-se de seus pecados particulares e conhecidos, individualmente. 7
7 Lucas 19:8; 1 Timóteo 1:13, 15
5. Tal é a provisão que Deus tem feito por Cristo, no Pacto da Graça, para a preservação 3. Sua capacidade de fazer boas obras não é de modo algum dos próprios crentes, mas
dos crentes para a salvação, que, embora não haja pecado tão pequeno que não mereça provém totalmente do Espírito de Cristo.10 E para que os crentes possam desempenhar as
a condenação;8 contudo não há pecado tão grande que possa trazer condenação sobre boas obras, além das graças que já receberam, é necessária uma influência contínua do
aqueles que verdadeiramente se arrependem;9 o que torna necessária a constante mesmo Espírito Santo operando neles tanto o querer como o efetuar segundo a Sua boa
pregação sobre o arrependimento. vontade,11 isso, porém, não significa que eles devem tornar-se negligentes, como se não
tivessem a obrigação de cumprirem um dever senão quando movidos de maneira especial
8 Romanos 6:23 pelo Espírito; antes, eles devem ser diligentes em desenvolver a graça de Deus que neles
9 Isaías 1:16-18, 55:7 há.12
10 João 15:4-5
11 2 Coríntios 3:5; Filipenses 2:13
Capítulo XVI: Sobre as Boas obras
12 Filipenses 2:12; Hebreus 6:11-12; Isaías 64:7
1. Boas obras são somente aquelas que Deus ordenou em Sua Santa Palavra, 1 e não as
que, sem autoridade dela, são realizadas por homens movidos por um zelo cego ou sob
4. Mesmo aqueles que conseguem prestar a maior obediência nesta vida, estão longe de
qualquer outro pretexto de boa intenção.2
exceder e fazer mais do que é requerido por Deus, pois eles ainda ficam aquém do muito
que, por dever, eles são obrigados a fazer.13
1 Miquéias 6:8; Hebreus 13:21
2 Mateus 15:9; Isaías 29:13
13 Jó 9:2-3; Gálatas 5:17; Lucas 17:10
2. Estas boas obras, feitas em obediência aos mandamentos de Deus, são os frutos e as 5. Pelas nossas melhores obras não podemos merecer da mão de Deus o perdão de nossos
evidências de uma fé viva e verdadeira,3 e por elas os crentes manifestam a sua gratidão,4 pecados ou a vida eterna, visto ser grande a desproporção que há entre elas e a glória por
fortalecem a sua confiança,5 edificam os seus irmãos, adornam a profissão do Evangelho,6 vir, e a infinita distância que há entre nós e Deus, a Quem não podemos ser úteis por meio
fazem calar os adversários e glorificam a Deus,7 de cuja feitura são, criados em Cristo Jesus delas, nem satisfazê-lO pela dívida dos nossos pecados anteriores;14 mas quando tivermos
para isso mesmo,8 a fim de que, tendo o seu fruto para santificação, eles possam ter por feito tudo o que pudermos temos feito somente o nosso dever e somos servos inúteis. Se
fim a vida eterna.9 nossas obras são boas elas procedem do Espírito.15 Contudo, à medida que elas são
desempenhadas por nós, essas obras vão sendo contaminadas e misturadas com tanta
3 Tiago 2:18, 22 fraqueza e imperfeição, que não podem suportar a severidade do julgamento de Deus. 16
4 Salmos 116:12-13
5 1 João 2:3, 5; 2 Pedro 1:5-11 14 Romanos 3:20; Efésios 2:8-9; Romanos 4:6
6 Mateus 5:16 15 Gálatas 5:22-23
7 1 Timóteo 6:1; 1 Pedro 2:15; Filipenses 1:11 16 Isaías 64:6; Salmos 43:2
8 Efésios 2:10
9 Romanos 6:22
6. Todavia, desde que os crentes, como pessoas, são aceitos por meio de Cristo, as suas
obras também são aceitas nEle,17 não como se fossem nesta vida totalmente inculpáveis e
irrepreensíveis diante de Deus; antes, significa que Ele, olhando para eles em Seu Filho, e do amor de Deus podem estar por um tempo nublada e obscurecida para eles, 2 mas Ele
Se agrada de aceitar e recompensar aquilo que é sincero, embora realizado com muitas ainda é o mesmo, e eles terão a certeza de estarem guardados pelo poder de Deus para a
fraquezas e imperfeições.18 salvação, onde gozam de sua herança adquirida, eles estão gravados na palma de Suas
mãos, e os seus nomes estão escritos no livro da vida desde toda a eternidade. 3
17 Efésios 1:5; 1 Pedro 1:5
18 Mateus 25:21, 23; Hebreus 6:10 1 João 10:28-29; Filipenses 1:6; 2 Timóteo 2:19; 1 João 2:19
2 Salmos 89:31-32; 1 Coríntios 11:32
3 Malaquias 3:6
7. As obras feitas por homens não-regenerados, embora por si mesmas possam ser coisas
que Deus ordena, e proveitosas tanto para a pessoa que as faz quanto para outrem 19;
2. Esta perseverança dos santos depende, não do seu próprio livre-arbítrio, mas da
contudo, porque não procedem de um coração purificado pela fé; 20 não estão de acordo
imutabilidade do decreto da eleição,4 que flui a partir do livre e imutável amor de Deus, o
com a Palavra,21 nem são feitas de uma maneira correta, nem com a finalidade correta, a
Pai; sobre a eficácia do mérito e intercessão de Jesus Cristo; da união com Ele; 5 da
saber, a glória de Deus;22 elas são, portanto, pecaminosas e não podem agradar a Deus,
promessa de Deus;6 da permanência de Seu Espírito; da semente de Deus dentro deles7 e
nem tornar uma pessoa apta para receber a graça de Deus; 23 não obstante negligenciá-las
da natureza do Pacto da Graça;8 de todas estas coisas vêm a sua certeza e infalibilidade.
é ainda mais pecaminoso e ofensivo a Deus.24
4 Romanos 8:30, 9:11, 16
19 2 Reis 10:30; 1 Reis 21:27, 29 5 Romanos 5:9-10; João 14:19
20 Gênesis 4:5; Hebreus 11:4, 6 6 Hebreus 6:17-18
21 1 Coríntios 13:1 7 1 João 3:9
22 Mateus 6:2, 5 8 Jeremias 32:40
23 Amós 5:21-22; Romanos 9:16; Tito 3:5
24 Jó 21:14-15; Mateus 25:41-43
3. E embora, eles possam, através das tentações de Satanás e do mundo, da prevalência
da corrupção remanescente neles, e da negligência dos meios de sua preservação, cair em
pecados graves; e por algum tempo continuar neles,9 quando eles assim incorrem no
desagrado de Deus e entristecem o Seu Espírito Santo;10 vindo a ter suas graças e consolos
Capítulo XVII: Sobre a Perseverança dos Santos
enfraquecidos;11 têm os seus corações endurecidos e as suas consciências feridas; 12
1. Aqueles a quem Deus aceitou no Amado, foram eficazmente chamados e santificados prejudicam e escandalizam os outros e atraem sobre si juízos temporais; 13 ainda assim,
pelo Seu Espírito, e receberam o dom da preciosa fé dos Seus eleitos, não podem nem eles renovarão o seu arrependimento e serão preservados pela fé em Jesus Cristo até o
total nem finalmente cair do estado de graça, mas certamente perseverarão até o fim, e fim.14
serão eternamente salvos, considerando que os dons e a vocação de Deus são sem
9 Mateus 26:70, 72, 74
arrependimento, pelo que Ele os gera e ainda os alimenta em fé, arrependimento, amor,
10 Isaías 64:5, 9; Efésios 4:30
alegria, esperança e todas as graças do Espírito para a imortalidade; 1 e, apesar de muitas
11 Salmos 51:10, 12
tempestades e inundações surgirem e combaterem contra eles, contudo estas nunca
12 Salmos 32:3-4
poderão tirá-los dessa Fundação e Rocha, em que pela fé eles estão firmados; não
13 2 Samuel 12:14
obstante, por causa da incredulidade e das tentações de Satanás, a sensível visão da luz
14 Lucas 22:32, 61, 62
Capítulo XVIII: Sobre a Segurança da Graça e da Salvação Espírito Santo, em amor e gratidão a Deus, e em força e alegria nos deveres de obediência,
estes são os frutos próprios desta segurança,11 a qual está longe de inclinar os homens
para o relaxamento.12
1. Embora os que creem temporariamente, e outros homens não-regenerados, possam em
vão iludir-se com falsas esperanças e presunções carnais de se acharem no favor de Deus 9 Isaías 50:10; Salmos 88; Salmos 77:1-12
e em estado de salvação; esta esperança deles perecerá, 1 mas quanto aos que 10 1 João 4:13; Hebreus 6:11-12
verdadeiramente creem no Senhor Jesus, e O amam com sinceridade, procurando andar 11 Romanos 5:1, 2, 5, 14:17; Salmos 119:32
em toda a boa consciência diante dEle, estes podem, nesta vida, certificar-se de que eles 12 Romanos 6:1-2; Tito 2:11, 12, 14
estão em um estado de graça, e podem regozijar-se na esperança da glória de Deus,2 esta
esperança jamais os envergonhará.3
4. Os verdadeiros crentes podem ter a certeza da sua salvação abalada, diminuída e
1 Jó 8:13-14; Mateus 7:22-23 interrompida, e isso de diversas maneiras: por negligência na preservação da mesma;13
2 1 João 2:3, 3:14, 18, 19, 21, 24, 5:13 caindo em algum pecado especial que fira a consciência e entristeça o Espírito Santo; 14 por
3 Romanos 5:2, 5 cederem a alguma tentação súbita ou veemente; 15 por Deus retirar de sobre eles a luz da
Sua presença, permitindo que mesmo os que O temem caminhem em trevas, que não
tenham luz.16 Contudo, eles nunca ficam destituídos da semente de Deus 17 e da vida da
2. Esta certeza não é algo meramente conjectural e provável, baseada em uma esperança fé,18 daquele amor a Cristo e aos irmãos, daquela sinceridade de coração e consciência de
falível; mas uma infalível segurança de fé,4 fundada no sangue e justiça de Cristo revelados dever. É a partir destas graças, pela operação do Espírito, que a certeza da salvação pode
no Evangelho,5 bem como na evidência interna daquelas graças do Espírito em que as ser revivificada,19 no devido tempo; e, mediante elas, os crentes são preservados para não
promessas são feitas,6 e no testemunho do Espírito de adoção que testifica com os nossos caírem em um desespero total.20
espíritos que somos filhos de Deus,7 e, como fruto disso, mantendo o nosso coração
humilde e santo.8 13 Cantares 5:2, 3, 6
14 Salmos 51:8, 12, 14
4 Hebreus 6:11, 19 15 Salmos 116:11; 77:7-8, 31:22
5 Hebreus 6:17-18 16 Salmos 30:7
6 2 Pedro 1:4, 5, 10, 11 17 1 João 3:9
7 Romanos 8:15-16 18 Lucas 22:32
8 1 João 3:1-3 19 Salmos 42:5, 11
20 Lamentações 3:26-31
3. Esta segurança infalível não pertence de tal modo à essência da fé, que um verdadeiro
crente, antes de possuí-la, não tenha de esperar muito e lutar com muitas dificuldades; 9
contudo sendo habilitado pelo Espírito a conhecer as coisas que lhe são livremente dadas Capítulo XIX: Sobre a Lei de Deus
por Deus, ele pode alcançá-la, sem revelação extraordinária, no uso correto dos meios. 10
E, portanto, é dever de todos empregar toda a diligência para fazer firme a sua vocação e 1. Deus deu a Adão uma lei de obediência universal escrita em seu coração, e um particular
eleição; a fim de que por esse modo, o seu coração possa dilatar-se em paz e gozo no preceito de não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal,1 a qual Ele
obrigou-o e a toda sua posteridade, para pessoal, inteira, exata e perpétua obediência; 2 obediência da mesma;10 e isso não apenas no que diz respeito à matéria nela contida, mas
prometeu vida sobre o cumprimento, e ameaçou com a morte a violação da mesma; e o também no que diz respeito à autoridade de Deus, o Criador, que a deu. 11 Nem o Cristo no
dotou com o poder e a capacidade para guardá-la.3 Evangelho de forma alguma a ab-roga, mas antes confirma esta obrigação.12
1 Gênesis 1:27; Eclesiastes 7:29 10 Romanos 13:8-10; Tiago 2:8, 10-12

2 Romanos 10:5 11 Tiago 2:10-11
3 Gálatas 3:10, 12 12 Mateus 5:17-19; Romanos 3:31
2. A mesma lei que primeiramente foi escrita no coração do homem, continuou a ser uma 6. Embora os verdadeiros crentes não estejam sob a lei como um pacto de obras, para
regra perfeita de justiça após a Queda;4 e foi entregue por Deus no monte Sinai em Dez serem por ela justificados ou condenados;13 contudo esta é de grande utilidade para eles,
Mandamentos e escrita em duas tábuas; os quatro primeiros Mandamentos contêm o nosso assim como para os outros; em que, como uma regra de vida, informando-os sobre a
dever para com Deus, e os outros seis, nosso dever para com o homem. 5 vontade de Deus e de seu dever, ela dirige e os obriga a andar em conformidade;
descobrindo também as contaminações pecaminosas de sua natureza, corações e vidas;
4 Romanos 2:14-15 assim como, examinando-se desta maneira, eles podem chegar a mais convicção,
5 Deuteronômio 10:4 humilhação por e ódio contra o pecado; 14 juntamente com uma visão mais clara da
necessidade que têm de Cristo e da perfeição da Sua obediência. Ela é, semelhantemente
útil para os regenerados, para conter as suas corrupções, pois proíbe o pecado, e as suas
3. Além desta lei, comumente chamada de moral, Deus Se agradou em dar ao povo de ameaças servem para mostrar até mesmo o que os seus pecados merecem, e que aflições
Israel leis cerimoniais, contendo diversas ordenanças típicas, em parte, de adoração, nesta vida podem esperar por eles, embora libertados da maldição e do rigor intransigente
prefigurando Cristo, Suas graças, ações, sofrimentos e benefícios;6 e, em parte, mantendo da lei. Igualmente, as promessas da lei demonstram a aprovação de Deus à obediência e
várias instruções de deveres morais.7 Todas as leis cerimoniais, sendo impostas apenas quais bênçãos os homens podem esperar receber se cumprirem a lei; embora não lhes
até o tempo da reformação, são por Jesus Cristo, o verdadeiro Messias e único Legislador, sejam devidas pela lei como um pacto de obras. Assim como um homem faz o bem e evita
que foi dotado com o poder da parte do Pai para este fim, cumpridas e revogadas. 8 o mal, porque a lei anima a um, e desencoraja o outro, não é evidência de que ele esteja
debaixo da Lei, e não debaixo da Graça.15
6 Hebreus 10:1; Colossenses 2:17
7 1 Coríntios 5:7 13 Romanos 6:14; Gálatas 2:16; Romanos 8:1, 10:4
8 Colossenses 2:14, 16, 17; Efésios 2:14, 16 14 Romanos 3:20, 7:7, etc.
15 Romanos 6:12-14; 1 Pedro 3:8-13
4. Para eles, Ele também deu várias leis civis, que expiraram com a nação daquele povo,
não obrigando a ninguém em virtude daquela instituição, somente sua equidade geral 7. Nem são os supracitados usos da lei contrários à graça do Evangelho, mas
possui um valor moral.9 harmoniosamente condizem com ele.16 O Espírito de Cristo submete e habilita a vontade
do homem a fazer voluntária e alegremente o que a vontade de Deus, revelada na lei,
9 1 Coríntios 9:8-10 requer que seja feito.17
16 Gálatas 3:21
5. A lei moral obriga para sempre a todos, tanto pessoas justificadas como as demais, à
17 Ezequiel 36:27
Capítulo XX: Sobre o Evangelho e a Extensão de Sua Graça salvífica, e é, como tal, para isso abundantemente suficiente; ainda assim, para que os
homens que estão mortos em delitos possam nascer de novo, serem vivificados ou
1. O Pacto das Obras foi quebrado pelo pecado, e tornou-se inútil para conduzir à vida, regenerados, é necessária uma obra eficaz e invencível do Espírito Santo sobre toda a
então, Deus Se agradou em desvelar a promessa de Cristo, a semente da mulher, como o alma, para produzir neles uma nova vida espiritual, 8 sem a qual nenhum outro meio será
meio de chamar os eleitos, gerando neles a fé e o arrependimento. 1 Nesta promessa a suficiente para a sua conversão a Deus.9
essência do Evangelho foi revelada, e é feita eficaz para a conversão e salvação dos
pecadores.2 8 Salmos 110:3; 1 Coríntios 2:14; Efésios 1:19-20
9 João 6:44; 2 Coríntios 4:4, 6
1 Gênesis 3:15
2 Apocalipse 13:8
Capítulo XXI: Sobre a Liberdade Cristã e a

2. Esta promessa de Cristo, e da salvação por meio dEle, é revelada somente pela Palavra
Liberdade de Consciência
de Deus;3 nem as obras da criação ou providência, com a luz da natureza, desvelam a
Cristo, ou a graça por meio dEle, tanto de uma forma geral ou de uma forma obscura;4
1. A liberdade que Cristo comprou para os crentes sob o Evangelho consiste em sua
muito menos os homens destituídos da revelação dEle pela promessa ou Evangelho,
liberdade da culpa do pecado, da ira condenatória de Deus e do rigor e maldição da lei;1
devem ser assim habilitados para alcançar a fé salvífica ou arrependimento. 5
também consiste na libertação do presente século mau, 2 da escravidão de Satanás,3 do
3 Romanos 1:17 domínio do pecado,4 do mal das aflições,5 do temor e aguilhão da morte, da vitória da
4 Romanos 10:14, 15, 17 sepultura6 e da condenação eterna;7 como também em seu livre acesso a Deus, e em
5 Provérbios 29:18; Isaías 25:7; 60:2-3 prestar-Lhe obediência não por medo servil,8 mas por amor filial e mente voluntária.9 Tudo
isso era comum também aos crentes sob a Lei, no que diz respeito à sua substância; 10 mas
sob o Novo Testamento, a liberdade dos Cristãos é ainda mais ampliada em sua liberdade
3. A revelação do Evangelho aos pecadores, feita em diversas épocas e por diversos do jugo de uma lei cerimonial, à qual a Igreja Judaica foi submetida; e na maior ousadia de
lugares, com a adição de promessas e preceitos para a obediência requerida nele, em acesso ao trono da graça, e nas comunicações mais plenas do livre Espírito de Deus, do
relação às nações e pessoas as quais é concedida, acontece meramente a partir da que os crentes sob a Lei ordinariamente participaram.11
soberana vontade e beneplácito de Deus;6 não sendo acrescentada pela virtude de
qualquer promessa de devido aprimoramento das habilidades naturais do homem, pela 1 Gálatas 3:13
virtude da luz comum recebida sem esta revelação, o que ninguém jamais fez ou pode 2 Gálatas 1:4
assim fazer.7 E, portanto, em todas as épocas, a pregação do Evangelho tem sido 3 Atos 26:18
concedida a pessoas e nações, como a extensão ou limitação do mesmo, em grande 4 Romanos 8:3
variedade, de acordo com o conselho da vontade de Deus. 5 Romanos 8:28
6 1 Coríntios 15:54-57
6 Salmos 147:20; Atos 16:7 7 2 Tessalonicenses 1:10
7 Romanos 1:18-32 8 Romanos 8:15
9 Lucas 1:73-75; 1 João 4:18
10 Gálatas 3:9, 14
4. Apesar do Evangelho ser o único meio exterior de revelação de Cristo e da graça
11 João 7:38-39; Hebreus 10:19-21
2. Deus é o único Senhor da consciência,12 e a deixou livre de doutrinas e mandamentos 2. O culto religioso deve ser dado a Deus, o Pai, o Filho e o Espírito Santo; e somente a
humanos que, em qualquer respeito, são contrários à Sua Palavra, ou não contidos nela; 13 Ele,4 não a anjos, santos ou a qualquer outra criatura, 5 e desde a Queda, não sem um
de modo que, crer em tais doutrinas, ou obedecer a tais mandamentos, por motivo de Mediador;6 nem na mediação de qualquer outro senão de Cristo.7
consciência,14 equivale a trair a verdadeira liberdade de consciência; e requerer de alguém
uma fé implícita, uma obediência absoluta e cega, equivale a destruir a liberdade de 4 Mateus 4:9-10; João 6:23; Mateus 28:19
consciência, e a razão também.15 5 Romanos 1:25; Colossenses 2:18; Apocalipse 19:10
6 João 14:6
12 Tiago 4:12; Romanos 14:4 7 1 Timóteo 2:5
13 Atos 4:19, 29; 1 Coríntios 7:23; Mateus 15:9
14 Colossenses 2:20, 22, 23
15 1 Coríntios 3:5; 2 Coríntios 1:24 3. A oração com ações de graças, sendo uma parte natural da adoração, é por Deus exigida
de todos os homens.8 Mas, para que possa ser aceita, deve ser feita em nome do Filho, 9
3. Aqueles que, sob pretexto de liberdade Cristã, praticam qualquer pecado ou toleram com a ajuda do Espírito,10 segundo a Sua vontade,11 com entendimento, reverência,
qualquer concupiscência pecaminosa, com isso tanto deturpam o propósito principal da humildade, fervor, fé, amor e perseverança; e, quando na companhia de outros, em uma
graça do Evangelho para a sua própria destruição;16 como também destroem totalmente a língua conhecida.12
finalidade da liberdade Cristã; a qual é, que sendo libertados das mãos de todos os nossos
inimigos, possamos servir ao Senhor, sem temor, em santidade e justiça perante Ele, todos 8 Salmos 95:1-7, 65:2
os dias das nossas vidas.17 9 João 14:13-14

10 Romanos 8:26
16 Romanos 6:1-2 11 1 João 5:14
17 Gálatas 5:13; 2 Pedro 2:18, 21 12 1 Coríntios 14:16-17
Capítulo XXII: Sobre o Culto Religioso e o Dia do Senhor 4. A oração deve ser feita por coisas lícitas, e por todos os tipos de homens vivos, ou que
ainda viverão;13 mas não pelos mortos,14 nem por aqueles de quem possa ser conhecido
1. A luz da natureza mostra que existe um Deus, que tem senhorio e soberania sobre tudo; que pecaram o pecado para a morte.15
que Ele é justo, bom e faz bem a todos; e, portanto, deve ser temido, amado, louvado,
invocado, crido e servido com todo o coração, e com toda a alma e com toda a força. 1 Mas 13 1 Timóteo 2:1-2; 2 Samuel 7:29
o modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por Ele mesmo 2 e tão limitado 14 2 Samuel 12:21-23
por Sua própria vontade revelada, de forma que Ele não pode ser adorado segundo as 15 1 João 5:16
imaginações e invenções dos homens ou sugestões de Satanás, nem sob qualquer
representação visível ou qualquer outro modo não prescrito nas Sagradas Escrituras. 3
5. A leitura das Escrituras,16 a pregação e a atenção à Palavra de Deus;17 o ensino e as
1 Jeremias 10:7; Marcos 12:33 advertência mútuas em Salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando com graça em
2 Deuteronômio 12:32 nossos corações ao Senhor;18 bem como a devida administração do Batismo19 e da Ceia
3 Êxodo 20:4-6 do Senhor,20 são todas partes do culto religioso a Deus, a serem realizadas em obediência
a Ele, com entendimento, fé, reverência e temor piedoso; além disso, solene humilhação, 28 Êxodo 20:8
com jejuns21 e ações de graças em ocasiões especiais devem ser usados de um modo 29 1 Coríntios 16:1-2; Atos 20:7; Apocalipse 1:10
santo e religioso.22
16 1 Timóteo 4:13 8. O Sabath é assim santificado ao Senhor quando os homens, tendo devidamente
17 2 Timóteo 4:2; Lucas 8:18 preparado os seus corações, e ordenado os seus assuntos comuns de antemão, não
18 Colossenses 3:16; Efésios 5:19 apenas observam um santo descanso durante todo o dia a partir de suas próprias obras,
19 Mateus 28:19-20 palavras e pensamentos sobre suas ocupações e recreações mundanas 30; mas também
20 1 Coríntios 11:26 dedicam todo o tempo em exercícios públicos e privados de Seu culto e nos deveres de
21 Ester 4:16; Joel 2:12 necessidade e misericórdia.31
22 Êxodo 15:1-19, Salmos 107
30 Isaías 58:13; Neemias 13:15-22
31 Mateus 12:1-13
6. Nem oração, nem qualquer outra parte do culto religioso, é agora, sob o Evangelho,
restrita, ou feita mais aceitável devido a qualquer local em que é realizada, ou para o qual
é dirigida, mas Deus deve ser adorado em todo lugar, em espírito e em verdade; 23 tanto em
famílias particulares24 diariamente,25 e em secreto, cada um por si;26 e assim, mui Capítulo XXIII: Sobre os Juramentos Lícitos e os Votos
solenemente em assembleias públicas, que não devem ser descuidadas ou
deliberadamente negligenciadas ou abandonadas, quando Deus, pela Sua Palavra e 1. O juramento lícito é uma parte do culto religioso, no qual a pessoa, jurando em verdade,
providência, nos conclama a participar delas.27 justiça e juízo, solenemente chama a Deus por testemunha do que assevera, 1 para julgá-lo
de acordo com a verdade ou falsidade disso.2
23 João 4:21; Malaquias 1:11; 1 Timóteo 2:8
24 Atos 10:2 1 Êxodo 20:7; Deuteronômio 10:20; Jeremias 4:2
25 Mateus 6:11; Salmos 55:17 2 2 Crônicas 6:22-23
26 Mateus 6:6
27 Hebreus 10:25; Atos 2:42
2. É somente pelo nome de Deus que os homens devem jurar, e este deve ser usado com
todo o santo temor e reverência; pois, jurar em vão ou temerariamente, por esse nome
glorioso e terrível, ou jurar por qualquer outra coisa é pecado, e abominável. 3 No entanto,
7. Pelo desígnio de Deus, há uma lei da natureza que, em geral, uma proporção do tempo
como, em matéria de peso e momento, para confirmação da verdade e término de toda
seja destinada ao culto a Deus; desta forma, em Sua Palavra, por um preceito positivo,
contenda, um juramento é autorizado pela Palavra de Deus,4 tanto sob o Novo Testamento,
moral e perpétuo, válido a todos os homens em todas as eras, Deus particularmente
bem como sob o Antigo, como um juramento lícito, sendo exigido pela autoridade legal, em
nomeou um dia em sete para um descanso, para ser-Lhe santificado.28 Desde o início do
tais casos deve ser feito.5
mundo até a ressurreição de Cristo, foi o último dia da semana; e, a partir da ressurreição
de Cristo, foi mudado para o primeiro dia da semana, o que é chamado de Dia do Senhor, 29
3 Mateus 5:34, 37; Tiago 5:12
e deve continuar até o fim do mundo como o Sabath Cristão; sendo abolida a observação
4 Hebreus 6:16; 2 Coríntios 1:23
do último dia da semana.
5 Neemias 13:25
3. Todo aquele que prestará um juramento, garantido pela Palavra de Deus, deve 2. É lícito que os Cristãos aceitem e exerçam o ofício de magistrado, quando chamados a
considerar refletidamente a gravidade de um ato tão solene, e que nesse nada afirme senão isso; e em sua administração, eles devem especialmente manter a justiça e a paz, 2 segundo
o que ele saiba ser a verdade, pois pelos juramentos precipitados, falsos e vãos, o Senhor todas as leis de cada reino e comunidade, de modo que, para esse efeito, podem
é provocado, e por eles a terra se lamenta.6 legalmente, agora sob o Novo Testamento, empreender guerra em ocasiões justas e
necessárias.3
6 Levítico 19:12; Jeremias 23:10
2 2 Samuel 23:3; Salmos 82:3-4
3 Lucas 3:14
4. Um juramento deve ser tomado no sentido claro e óbvio das palavras, sem equívoco ou
reserva mental.7
3. Sendo os magistrados civis instituídos por Deus para os fins supracitados; requer-se de
7 Salmos 24:4
nós a obediência, no Senhor, em todas as coisas lícitas ordenadas pelas autoridades, não
apenas por causa da punição, mas como dever de consciência. 4 Devemos suplicar e orar
pelos reis e por todos os que estão investidos de autoridade, para que, sob seu governo,
5. Um voto, não deve ser feito a qualquer criatura, mas somente a Deus, é de semelhante
vivamos uma vida quieta e sossegada, com toda piedade e honestidade. 5
natureza que o juramento promissório, e deve ser feito e cumprido com todo cuidado
religioso e fidelidade;8 mas os votos monásticos que os papistas fazem de celibato
4 Romanos 13:5-7; 1 Pedro 2:17
perpétuo,9 pobreza professa10 e obediência regular, em vez de serem graus de mais
5 1 Timóteo 2:1-2
elevada perfeição, não passam de laços supersticiosos e pecaminosos, nos quais nenhum
Cristão deve enredar-se.11
8 Salmos 76:11; Gênesis 28:20-22

Capítulo XXV: Sobre o Matrimônio
9 1 Coríntios 7:2, 9
10 Efésios 4:28 1. O casamento deve ser entre um homem e uma mulher. Não é lícito ao homem ter mais
11 Mateus 19:1 de uma esposa, nem à mulher ter mais de um marido, ao mesmo tempo. 1
1 Gênesis 2:24; Malaquias 2:15; Mateus 19:5-6
Capítulo XXIV: Sobre o Magistrado Civil

2. O casamento foi ordenado para o auxílio mútuo entre marido e mulher, 2 para a
1. Deus, o Senhor Supremo e Rei de todo o mundo, ordenou os magistrados civis para que
propagação da humanidade por uma sucessão legítima,3 e para a prevenção da impureza.4
estejam, abaixo dEle, sobre o povo, para a Sua própria glória e para o bem público; e para
este fim, os armou com o poder da espada, para defesa e incentivo dos que fazem o bem,
2 Gênesis 2:18
e para castigo dos malfeitores.1
3 Gênesis 1:28
4 1 Coríntios 7:2, 9
1 Romanos 13:1-4
3. O casamento é lícito para todos os tipos de pessoas, desde que possam dar o seu 3. As Igrejas mais puras debaixo do céu estão sujeitas à mistura e ao erro,4 e algumas tanto
consentimento racional.5 No entanto, é o dever dos Cristãos casarem-se no Senhor.6 E, se degeneraram a ponto de tornarem-se não mais igrejas de Cristo, mas sinagogas de
portanto, como professam a verdadeira Religião não devem casar-se com infiéis, ou Satanás;5 no entanto, Cristo sempre teve, e sempre terá, um reino neste mundo, até o fim
idólatras; nem devem, como aqueles que são piedosos, estar em jugo desigual, casando- deste, para aqueles que creem nEle, e fazem profissão de Seu nome. 6
se com os que são ímpios em suas vidas, ou defendam heresia condenável.7
4 1 Coríntios 5; Apocalipse 2, 3
5 Hebreus 13:4; 1 Timóteo 4:3 5 Apocalipse 18:2; 2 Tessalonicenses 2:11-12
6 1 Coríntios 7:39 6 Mateus 16:18; Salmos 72:17, 102:28; Apocalipse 12:17
7 Neemias 13:25-27
4. O Senhor Jesus Cristo é a Cabeça da igreja, em Quem, pela designação do Pai, todo o
4. Não devem casar-se pessoas entre as quais existam graus de parentesco ou poder de chamado, instituição, ordenação e governo da igreja está investido de uma forma
consanguinidade que sejam proibidos na Palavra de Deus. 8 As uniões incestuosas jamais suprema e soberana;7 nenhum Papa de Roma pode, em sentido algum, ser a cabeça desta,
poderão ser legitimadas por qualquer lei humana ou pelo consentimento das partes, pois antes é aquele anticristo, o homem do pecado e filho da perdição que se exalta na Igreja
não é correto tais pessoas viverem juntas, como marido e mulher.9 contra Cristo e contra tudo o que se chama Deus, a quem o Senhor destruirá com o
esplendor de Sua vinda.8* (* Suprimimos esta parte da Confissão, pois cremos que quando
8 Levítico 18
a Escritura fala sobre a figura do Anticristo escatológico, o homem do pecado e filho da
9 Marcos 6:18; 1 Coríntios 5:1
perdição, ela está se referindo a uma pessoa individual que surgirá no final dos tempos [2
Tessalonicenses 2:2-9], e não especificamente ao título de Papa, embora tanto o Papa que
está aí agora como os que vieram antes dele tenham sido anticristos, isto é, inimigos do
Capítulo XXVI: Sobre a Igreja Cristo de Deus e da verdade que Ele testemunhou [1 João 2:18; cf. 2 João 1:7] — Os
Editores.).
1. A igreja católica ou universal, que (em relação à obra interior do Espírito e à verdade da
graça) pode ser chamada invisível, consiste de todo o número dos eleitos, que foram, são
ou serão reunidos em um só corpo, sob Cristo, a Cabeça da mesma; ela é a Esposa, o
7 Colossenses 1:18; Mateus 28:18-20; Efésios 4:11-12
Corpo, a plenitude dAquele que cumpre tudo em todos.1
1 Hebreus 12:23; Colossenses 1:18; Efésios 1:10, 22, 23; 5:23, 27, 32
5. Na execução deste poder com que Ele é assim confiado, o Senhor Jesus chama do
2. Todas as pessoas, em todo o mundo, que professam a fé do Evangelho e obediência a mundo para Ele mesmo, através do ministério de Sua Palavra, por meio de Seu Espírito,
Deus por meio de Cristo, de acordo com isso, não arruinando a sua própria profissão por aqueles que são dados a Ele por Seu Pai,9 para que eles possam andar diante dEle em
quaisquer erros de subversão do fundamento, ou impureza de conversação, são, e podem todos os caminhos da obediência, os quais Ele prescreveu em Sua Palavra. 10 Àqueles que
ser chamadas de santos visíveis;2 e dos tais, todas as congregações particulares devem assim são chamados, Ele ordena que andem juntos, em comunidades particulares, ou
ser constituídas.3 igrejas, para a sua mútua edificação, e para a devida realização do culto público, que Ele
requer deles, no mundo.11
2 1 Coríntios 1:2; Atos 11:26
3 Romanos 1:7; Efésios 1:20-22
9 João 10:16; João 12:32 anteriormente constituído.17 E de um diácono, que ele seja escolhido por semelhante
10 Mateus 28:20 sufrágio, e separado por meio de oração, e semelhante imposição de mãos.18
11 Mateus 18:15-20
16 Atos 14:23
17 1 Timóteo 4:14
6. Os membros dessas igrejas são santos por chamamento, manifestando visivelmente e 18 Atos 6:3, 5, 6
evidenciando (na e pela sua profissão e caminhar) a sua obediência a esse chamado de
Cristo;12 e voluntariamente consentem em caminhar juntos de acordo com a designação de
Cristo, entregando-se a si mesmos ao Senhor, e uns aos outros, pela vontade de Deus em 10. O trabalho dos pastores é atender constantemente ao serviço de Cristo, em Suas
sujeição às ordenanças do Evangelho.13 igrejas, no ministério da Palavra e oração, com a assistência às suas almas, como quem
deve prestar contas a Ele;19 cabe às igrejas a quem eles ministram, não somente conceder-
12 Romanos 1:7; 1 Coríntios 1:2
lhes o devido respeito, mas também comunicá-los em todas as suas boas coisas, de acordo
13 Atos 2:41-42, 5:13-14; 2 Coríntios 9:13
com sua capacidade,20 de modo que eles possam ter um suprimento confortável, sem
serem enredados em assuntos seculares;21 e também sejam capazes de exercer
hospitalidade para com os outros;22 e isto é exigido pela lei da natureza, e por ordem
7. Para cada uma dessas igrejas assim reunidas, de acordo com Sua mente declarada em
expressa de nosso Senhor Jesus, que para isso ordenou que os que pregam o Evangelho,
Sua Palavra, Ele tem dado todo aquele poder e autoridade, que é em toda forma necessário
vivam do Evangelho.23
para a sua realização naquela ordem no culto e disciplina, que Ele instituiu para que eles
observem, com ordens e regras para o devido e correto exercício e execução desse
19 Atos 6:4; Hebreus 13:17
poder.14
20 1 Timóteo 5:17-18; Gálatas 6:6-7
14 Mateus 18:17-18; 1 Coríntios 5:4-5, 5:13; 2 Coríntios 2:6-8 21 2 Timóteo 2:4
22 1 Timóteo 3:2
8. Uma igreja local, reunida e completamente organizada de acordo com a mente de Cristo,
consiste em oficiais e membros; e os oficiais designados por Cristo a serem escolhidos e
consagrados pela igreja (assim chamada e congregada), são os anciãos (ou bispos) e os 11. Apesar de ser a incumbência dos bispos ou pastores das igrejas serem diligentes em
diáconos,15 para a peculiar administração das Ordenanças e execução de poder ou dever, pregar a Palavra, em virtude de seu ofício; ainda assim, o trabalho de pregar a Palavra não
que Ele confiou a eles, ou para o que os chamou; o que deve ser continuado até o fim do é tão exclusivamente limitado a eles, mas aqueles outros também dotados e capacitados
mundo. pelo Espírito Santo para isso, e aprovados e chamados pela igreja, podem e devem realizá-
lo.24
15 Atos 20:17, 28; Filipenses 1:1
24 Atos 11:19-21; 1 Pedro 4:10-11
9. O caminho apontado por Cristo para o chamamento de qualquer pessoa, capacitada e

dotada pelo Espírito Santo, para o ofício de bispo ou ancião em uma igreja, é que ele seja
12. Como todos os crentes são obrigados a unirem-se às igrejas locais, quando e onde eles
escolhido para isso pelo sufrágio comum da própria igreja16 e solenemente separado por
tiverem a oportunidade de assim fazê-lo, então todos os que são admitidos aos privilégios
jejum e oração, com a imposição das mãos do presbitério da igreja, se houver algum nela
de uma igreja, também estão sob a disciplina e governo desta, de acordo com a regra de dito, ou de qualquer jurisdição sobre as igrejas que as constituem, para exercer quaisquer
Cristo.25 censuras sobre igrejas ou pessoas; ou impor a sua determinação sobre as igrejas ou
oficiais.30
25 1 Tessalonicenses 5:14; 2 Tessalonicenses 3:6, 14, 15
29 Atos 15:2, 4, 6, 22, 23, 25
30 2 Coríntios 1:24; 1 João 4:1
13. Nenhum membro deve perturbar qualquer ordem ou abster-se das assembleias da
igreja, ou administração de qualquer das ordenanças, por causa de qualquer ofensa
recebida por ele, tendo realizado o seu dever requerido em relação às pessoas com quem
Capítulo XXVII: Sobre a Comunhão dos Santos
ele está ofendido sobre a consideração de tal ofensa a qualquer um de seus membros
companheiros, mas deve esperar em Cristo, e deixar que o seu caso seja resolvido pela
1. Todos os santos são unidos a Jesus Cristo, seu Cabeça, pelo Seu Espírito e pela fé,
disciplina da igreja.26
muito embora isso não os torne uma só pessoa com Ele, temos comunhão com Ele em
Suas graças, sofrimentos, morte, ressurreição e glória,1 e, estando unidos uns aos outros
26 Mateus 18:15-17; Efésios 4:2-3 em amor, eles têm comunhão com os mesmos dons e graças,2 e são obrigados ao
cumprimento de tais deveres, públicos e privados, de uma forma ordenada, assim como
contribuírem para seu bem mútuo, tanto no homem interior quanto exterior. 3
14. Posto que cada igreja, e todos os seus membros, devem orar continuamente pelo bem
e prosperidade de todas as igrejas de Cristo,27 em todos os lugares; todos devem, em todas 1 1 João 1:3; João 1:16; Filipenses 3:10; Romanos 6:5-6
as ocasiões, promover isso, exercendo as suas posições e chamados, no exercício de seus 2 Efésios 4:15-16; 1 Coríntios 12:7; 3:21-23
dons e graças. Deste modo, as igrejas, quando, pela providência de Deus, são 3 1 Tessalonicenses 5:11, 14; Romanos 1:12; 1 João 3:17-18; Gálatas 6:10
estabelecidas próximas umas das outras, devem aproveitar a oportunidade e benefício
disto, mantendo comunhão entre si, para a sua paz, crescimento em amor e edificação
mútua.28 2. Os santos, por meio da profissão de fé, são obrigados a manter uma santa associação e
comunhão no culto de Deus, e na realização de outros serviços espirituais, que tendem à
27 Efésios 6:18; Salmos 122:6 sua mútua edificação;4 como também no alívio de uns aos outros em coisas materiais, de
28 Romanos 16:1-2; 3 João 8-10 acordo com suas diversas capacidades e necessidades, 5 em conformidade com a norma
do Evangelho. Embora esta comunhão deva ser exercida especialmente no âmbito familiar 6
e das igrejas,7 ainda assim, conforme Deus oferecer oportunidade, deve ser estendida a
15. Em caso de dificuldades ou divergências, seja em um ponto doutrinário ou toda a família da fé, mesmo a todos os que, em todo lugar, invocam o nome do Senhor
administração, se as igrejas em geral são afetadas, ou qualquer uma igreja, em sua paz, Jesus. Entretanto, a comunhão de uns com os outros, como santos, não destrói nem
união e edificação; ou algum membro ou membros de qualquer igreja estão injuriados, em infringe o direito ou a propriedade de cada pessoa em seus bens e possessões. 8
e por qualquer procedimento de censuras em não conformidade com a verdade e ordem, é
de acordo com a mente de Cristo, que muitas igrejas que mantêm comunhão entre si, por 4 Hebreus 10:24-25, 3:12-13
meio de seus representantes, reúnam-se para considerar, e deem seu parecer em ou sobre 5 Atos 11:29-30
a questão de diferença, a ser comunicado a todas as igrejas envolvidas, 29 no entanto, estes 6 Efésios 6:4
representantes reunidos não são investidos de qualquer poder eclesiástico, propriamente 7 1 Coríntios 12:14-27
8 Atos 5:4; Efésios 4:28
Capítulo XXVIII: Sobre o Batismo e a Ceia do Senhor 7 Mateus 28:19-20; Atos 8:38
1. O Batismo e a Ceia do Senhor são Ordenanças de positiva e soberana instituição,

nomeados pelo Senhor Jesus, o único Legislador, para serem continuadas em Sua igreja 4. Imergir ou mergulhar a pessoa em água é necessário para a apropriada administração
até o fim do mundo.1 desta Ordenança.8
1 Mateus 28:19-20; 1 Coríntios 11:26 8 Mateus 3:16; João 3:23
2. Estas santas Ordenanças devem ser administradas somente por aqueles que são
qualificados e para isso chamados, de acordo com o comissionamento de Cristo.2 Capítulo XXX: Sobre a Ceia do Senhor
2 Mateus 28:19; 1 Coríntios 4:1 1. A Ceia do Senhor Jesus foi instituída por Ele na mesma noite em que foi traído, para ser
observada em Suas igrejas até o fim do mundo; para lembrança perpétua e demonstração
do sacrifício de Si mesmo em Sua morte, 1 confirmação da fé dos crentes em todos os
benefícios disso, seu alimento espiritual e crescimento nEle, seu maior envolvimento em
Capítulo XXIX: Sobre o Batismo todos os deveres deles para com Ele; e ser um vínculo e penhor de sua comunhão com Ele
e uns com os outros.2
1. O Batismo é uma Ordenança do Novo Testamento, instituído por Jesus Cristo, sendo
para a pessoa batizada um símbolo de sua comunhão com Ele, em Sua morte e 1 1 Coríntios 11:23-26
ressurreição; de sua união com Ele;3 da remissão dos pecados,4 e da sua consagração a 2 1 Coríntios 10:16, 17, 21
Deus, através de Jesus Cristo, para viver e andar em novidade de vida. 5
3 Romanos 6:3-5; Colossenses 2:12; Gálatas 3:27 2. Nesta Ordenança Cristo não é oferecido ao Pai, nem qualquer sacrifício real é feito de
4 Marcos 1:4; Atos 22:16 modo algum para remissão dos pecados dos vivos ou mortos, mas um memorial daquela
5 Romanos 6:4 oferta única de Si mesmo, por Si mesmo, na cruz, de uma vez por todas,3 e uma oblação
espiritual de todo o louvor possível a Deus pela mesma;4 de modo que o sacrifício papal da
Missa, como eles chamam, é a mais abominável injúria ao próprio único sacrifício de Cristo,
2. Aqueles que realmente professam o arrependimento para com Deus, fé e obediência ao a única propiciação por todos os pecados dos eleitos.
nosso Senhor Jesus Cristo são os únicos sujeitos apropriados desta Ordenança. 6
3 Hebreus 9:25, 26, 28

6 Marcos 16:16; Atos 8:36-37; 2:41; 8:12; 18:8 4 1 Coríntios 11:24; Mateus 26:26-27
3. O elemento exterior a ser usado nesta Ordenança é a água, na qual a pessoa deve ser 3. O Senhor Jesus, nesta Ordenança, nomeou que Seus ministros orem e abençoem os
batizada em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 7 elementos do pão e do vinho, e, assim, os separem a partir de um uso comum para um uso
sagrado; e tomar e partir o pão, tomar o cálice, e (eles também participando) oferecer carnal e corporalmente, mas espiritualmente, recebem e alimentam-se de Cristo
ambos aos comungantes.5 crucificado, e todos os benefícios de Sua morte; o corpo e sangue de Cristo não sendo
corporais ou carnais, mas espiritualmente presentes pela fé dos crentes nessa Ordenança,
5 1 Coríntios 11:23-26, etc. como estão os próprios elementos aos seus sentidos exteriores.11
11 1 Coríntios 10:16, 11:23-26

4. A negação do cálice ao povo; a adoração dos elementos, o levantá-los ou carregá-los
em adoração, e reservá-los para qualquer pretenso uso religioso, são todos contrários à
natureza desta Ordenança e à instituição de Cristo.6 8. Todas as pessoas ignorantes e ímpias, como tais são incapazes de desfrutar de
comunhão com Cristo, são também indignas da mesa do Senhor, e não podem, sem grande
6 Mateus 26:26-28, 15:9, Êxodo 20:4-5 pecado contra Ele, enquanto eles permanecem assim, participar destes santos mistérios,
ou ser admitidos a eles,12 sim, quem participar indignamente será réu do corpo e do sangue
do Senhor, comendo e bebendo juízo para si mesmo.13
5. Os elementos exteriores desta Ordenança, devidamente consagrados aos usos
ordenados por Cristo, têm relação com Ele crucificado de forma que, embora em termos 12 2 Coríntios 6:14-15
usados figurativamente, são às vezes chamados pelo nome das coisas que representam, 13 1 Coríntios 11:29; Mateus 7:6
a saber, o corpo e o sangue de Cristo;7 ainda que, em substância e natureza, eles ainda
permaneçam verdadeira e somente, pão e vinho, como eram antes.8
7 1 Coríntios 11:27 Capítulo XXXI: Sobre o Estado do Homem Após a Morte, e a

8 1 Coríntios 11:26-28 Ressurreição dos Mortos
1. Após a morte, o corpo humano retorna ao pó e vê a corrupção. 1 A alma, porém, não

6. Aquela doutrina que sustenta uma mudança da substância do pão e do vinho, na morre nem dorme, porque possui subsistência imortal, retornando imediatamente para
substância do corpo e do sangue de Cristo (comumente chamada de transubstanciação) Deus, que a deu.2 As almas dos justos, sendo então aperfeiçoadas na santidade, são
pela consagração de um sacerdote, ou por qualquer outra forma, é repugnante, não recebidas no Paraíso, onde eles estão com Cristo e veem a face de Deus em luz e glória,
somente às Escrituras,9 mas até mesmo ao bom senso e à razão; destrói a natureza da esperando a plena redenção dos seus corpos; 3 e as almas dos ímpios são lançadas no
Ordenança; e tem sido, e é, a causa de superstições múltiplas, sim, de idolatrias inferno, onde permanecem em tormento e trevas espessas, reservadas para o juízo do
grosseiras.10 grande dia.4 Além destes dois lugares, destinados às almas separadas de seus corpos, as
Escrituras não reconhecem nenhum outro.
9 Atos 3:21; Lucas 24:6, 39
10 1 Coríntios 11:24-25 1 Gênesis 3:19; Atos 13:36
2 Eclesiastes 12:7
3 Lucas 23:43; 2 Coríntios 5:1, 6, 8; Filipenses 1:23; Hebreus 12:23
7. Os que comungam dignamente, participando exteriormente dos elementos visíveis desta 4 Judas 6-7; 1 Pedro 3:19; Lucas 16:23-24
Ordenança, em seguida, também interiormente pela fé, realmente e de fato, não de maneira
2. No último dia, os que dentre os santos estiverem vivos não dormirão, mas serão serão lançados nos tormentos eternos,5 e punidos com eterna destruição, a partir da
transformados5 e todos os mortos serão ressuscitados com os seus mesmos corpos, e não presença do Senhor, e da glória do Seu poder.6
outros,6 embora com qualidades diferentes, os quais serão novamente unidos às suas
4 Romanos 9:22-23
almas para sempre.7
5 Mateus 25:21, 34; 2 Timóteo 4:8
6 Mateus 25:46; Marcos 9:48; 2 Tessalonicenses 1:7-10
5 1 Coríntios 15:51-52; 1 Tessalonicenses 4:17
6 Jó 19:26-27
7 1 Coríntios 15:42-43 3. Cristo deseja que estejamos bem persuadidos de que haverá um dia de juízo, para que
os homens se afastem do pecado,7 e para maior consolação dos piedosos em sua
adversidade;8 assim Ele manterá esse dia desconhecido para os homens, para que possam
3. Os corpos dos injustos serão, pelo poder de Cristo, ressuscitados para a desonra; os estar livres de toda a segurança carnal, e estar sempre vigilantes, porque não sabemos a
corpos dos justos, pelo Seu Espírito, para honra e para serem semelhantes ao Seu próprio que hora o Senhor virá.9 Que possamos estar sempre preparados para dizer: Vem, Senhor
corpo glorioso.8 Jesus, vem depressa.10 Amém.
8 Atos 24:15; João 5:28-29; Filipenses 3:21
9 Marcos 13:35-37; Lucas 12:35-40
10 Apocalipse 22:20
Capítulo XXXII: Sobre o Juízo Final
1. Deus tem determinado um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de •••
Jesus Cristo,1 a Quem todo o poder e julgamento é dado pelo Pai. Naquele dia, não só os
anjos apóstatas serão julgados;2 mas também todas as pessoas que viveram sobre a terra
devem comparecer perante o tribunal de Cristo, para darem conta de seus pensamentos,
palavras e ações; e receberem de acordo com o que eles fizeram no corpo, seja bom ou
mau.3
1 Atos 17:31; João 5:22, 27

2 1 Coríntios 6:3; Judas 6
3 2 Coríntios 5:10; Eclesiastes 12:14; Mateus 12:36; Romanos 14:10, 12; Mateus 25:32-46
2. O propósito de Deus, ao estabelecer esse dia, consiste em manifestar a glória de Sua

misericórdia na salvação eterna dos eleitos; e de Sua justiça na eterna condenação dos
réprobos, que são perversos e desobedientes.4 Pois, então os justos irão para a vida eterna
e receberão aquela plenitude de gozo e glória, com eterno galardão na presença do Senhor,
mas os ímpios, que não conhecem a Deus e não obedecem ao Evangelho de Jesus Cristo,
Declaração Final e Signatários Richard Ring, Pastor, Southhampton, Hants

John Tomkins, Ministro, Abingdon, Berks
Nós, os Ministros e Mensageiros de, e preocupados com, mais de cem IGREJAS Toby Willes, Pastor, Bridgewater, Somerset
BATISTAS, na Inglaterra e no País de Gales (negando o Arminianismo), estando reunidos John Carter, Pastor, Steventon, Bedford
em Londres, a partir do terceiro dia do sétimo mês ao décimo primeiro dia do mesmo mês, James Webb, Pastor, Devizes, Wilts
no ano de 1689, para considerarmos algumas questões que devem ser para a glória de Richard Sutton, Pastor, Tring, Herts
Deus, e para o bem dessas Congregações, já pensamos encontrar (para a satisfação de Robert Knight, Pastor, Stukeley, Bucks
todos os demais Cristãos que diferem de nós no ponto do Batismo) a recomendação de Edward Price, Pastor, Hereford City, Hereford
sua leitura de Confissão de nossa Fé, Confissão esta feita por nós mesmos, como contendo William Phipps, Pastor, Exon, Devon
a Doutrina de nossa Fé e Prática, e anelamos que os próprios membros de nossas igrejas William Hawkins, Pastor, Dimmock, Gloucester
sejam supridos com ela. Samuel Ewer, Pastor, Hemstead, Herts
Edward Man, Pastor, Houndsditch, Londres
Hansard Knollys, Pastor, Broken Wharf, Londres Charles Archer, Pastor, Hock-Norton, Oxon
William Kiffin, Pastor, Devonshire-square, Londres
John Harris, Pastor, Joiner’s Hall, Londres Em nome e em lugar de toda a Assembleia.
William Collins, Pastor, Petty France, Londres
Hercules Collins, Pastor, Wapping, Londres
Robert Steed, Pastor, Broken Wharf, Londres
Leonard Harrison, Pastor, Limehouse, Londres
George Barret, Pastor, Mile End Green, Londres
Isaac Lamb, Pastor, Pennington-street, Londres
Richard Adams, Ministro, Shad Thames, Southwark
Benjamin Keach, Pastor, Horse-lie-down, Southwark
Andrew Gifford, Pastor, Bristol, Fryars, Somerset & Gloucester
Thomas Vaux, Pastor, Broadmead, Somerset & Gloucester
Thomas Winnel, Pastor, Taunton, Somerset & Gloucester
James Hitt, Pregador, Dalwood, Dorset
Richard Tidmarsh, Ministro, Oxford City, Oxon
William Facey, Pastor, Reading, Berks
Samuel Buttall, Ministro, Plymouth, Devon
Christopher Price, Ministro, Abergayenny, Monmouth
Daniel Finch, Ministro, Kingsworth, Herts
John Ball, Ministro, Tiverton, Devon
Edmond White, Pastor, Evershall, Bedford
William Prichard, Pastor, Blaenau, Monmouth
Paul Fruin, Ministro, Warwick, Warwick
Um Apêndice Para a Confissão de Fé de 1677/89 fazemos agora hesitantes, como se fôramos fazer doutro modo futuramente depois de
posterior deliberação; não temos motivo algum para fazer isso, pois estamos totalmente
persuadidos de que o que fazemos está de acordo com a vontade de Deus. Cordialmente
Quem quer que leia, e considere imparcialmente o que temos em nossa Confissão de fé
propomos isto: que se qualquer dos servos do nosso Senhor Jesus, no Espírito de
acima exposta, percebe prontamente que nós não apenas consentimos com todos os
mansidão, tentar nos convencer de algum erro em nosso julgamento ou prática, nós
outros verdadeiros Cristãos quanto à Palavra de Deus (revelada nas Escrituras da verdade)
ponderaremos seus argumentos diligentemente; e o consideraremos nosso melhor amigo,
como fundamento e regra de nossa fé e culto; mas também que nós nos empenhamos
como um instrumento para nos converter de quaisquer erros que estejam em nosso
diligentemente para manifestar que nos principais itens do Cristianismo concebemos as
caminho, pois nada podemos fazer deliberadamente contra a verdade, mas todas as coisas
mesmas coisas, e temos expressado nossa fé com as mesmas palavras que em ocasiões
pela verdade [2 Coríntios 13:8].
semelhantes foram pronunciadas por outras sociedades de Cristãos antes de nós.
Portanto, nos empenhamos seriamente em considerar o que já temos dito; e relutamos em
Isso nós fizemos para que aqueles que têm desejo de conhecer os princípios da religião a
dizer qualquer coisa a mais a fim de que não sejamos considerados desejosos de novas
qual afirmamos e praticamos possam analisar o que procede de nós mesmos (que
contendas: ainda assim, tendo em vista o fato de que se espera que mostremos algum
juntamente cooperamos nessa obra), e não sejam enganados por rumores indevidos; ou
argumento do porquê não podemos concordar com o que tem sido dito contra nós; tão
pela ignorância e erro de certos indivíduos que, embora se chamem pelo mesmo nome que
brevemente quanto convém à simplicidade, nos esforçaremos para satisfazer a expectativa
nós, são motivo de escândalo para a verdade que professamos.
daqueles que queiram examinar o que agora publicamos.
E embora discordemos de nossos irmãos Pedobatistas no que diz respeito ao Batismo e
administração do mesmo, e outras particularidades que dependem necessariamente de
nosso entendimento desta Ordenança, e frequentemos nossas próprias assembleias para I. Quanto aos Cristãos que não concordam conosco, que o arrependimento das obras
edificação mútua, e prática dos deveres e serviços que nos são devidos para com Deus, mortas e fé para com Deus e nosso Senhor Jesus Cristo são requeridos das pessoas a
em temor uns para com os outros; ainda assim, não deveríamos ser mal interpretados, serem batizadas; e, portanto, sustentam o erro de que os infantes (sendo incapazes de
como se a liberdade de nossa consciência quanto a isso de alguma forma nos desobrigasse confessar qualquer coisa) [devem ser batizados] por outros que se comprometem com
ou alienasse nossas afeições ou conversações de quaisquer [pessoas] que temem ao essas coisas por eles:
Senhor. Sempre que temos oportunidade participamos dos esforços daqueles a quem Deus
Embora saibamos pela história da Igreja que esta tem sido uma prática muito antiga [a
dotou com habilidades superiores às nossas, e qualificou, e chamou para o Ministério da
aspersão infantil]; ainda assim consideramos que a mesma Escritura que nos adverte
Palavra, desejando ardentemente aprovação para sermos como eles, seguindo a paz com
contra censurar nosso irmão, com quem estaremos perante o trono de julgamento de Cristo,
santidade e, portanto, sempre mantemos perante nossos olhos o bendito irenismo e a
também nos ensina que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus e que tudo o que
Palavra conciliadora dos apóstolos. Se, porventura, pensais doutro modo, também isto
não é de fé é pecado (Romanos 14:4, 10, 12, 23). Portanto, não podemos ser persuadidos
Deus vos esclarecerá. Todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos (Filipenses
a estabelecer prática tal como essa, fundamentada em tradição não escrita [na Palavra]:
3:15-16).
Mas em vez disso escolhemos recorrer às Sagradas Escrituras para todas as questões da
Não julguem, portanto, ser isso obstinação nossa (porque muito se tem escrito acerca fé e do culto, para informação de nosso julgamento e regulação de nossa prática; estando
desse assunto, e ainda assim continuamos nessa nossa prática que é diferente da dos bem certos de que essa é a melhor maneira de prevenir e corrigir erros e falhas (2 Timóteo
demais), mas ao invés disso, como na verdade o é, que nós adoramos a Deus com todo o 3:16-17). E se acontecer que quaisquer dessas coisas que não são claramente
nosso entendimento, com a mente pura e obediente aos Seus preceitos, de maneira que determináveis pelas Escrituras seja motivo de debate entre Cristãos, achamos mais seguro
entendemos ser a que mais se conforma às Escrituras da verdade, e a prática [da Igreja] deixar que tais coisas continuem incertas até a segunda volta de nosso Senhor Jesus;
Primitiva. Não se insinue que fazemos o serviço de Deus com consciência dúbia ou que o assim como se fazia na Igreja Antiga, até que se levantasse um sacerdote com o Urim e o
Tumim, a fim de que fossem informados, com certeza, qual vontade de Deus (Esdras 2:62- determinar qual deve ser o sinal da Sua Aliança, para quem [deve ser o sinal], quando e
63). sob quais condições [o sinal deve ser recebido].
Se nossos irmãos supõem que o Batismo é o selo do Pacto que Deus faz com cada crente
(sobre o que as Escrituras se calam completamente) não cabe a nós pleitear contra eles
II. Quanto aos nossos irmãos em Cristo que fundamentam seus argumentos para o batismo
quanto a isso; porém, cremos que o selo do Pacto é o habitar do Espírito de Cristo em cada
infantil em uma suposta santidade pactual ou associação à igreja [através dos pais],
pessoa em quem Ele reside, particular e individualmente, e nada mais [Efésios 1:13, 4:30].
entendemos que eles erram nisso, pois embora essa santidade pactual e associação
Também não admitimos a hipótese de que o Batismo é de alguma forma um substituto da
devam ser como se supõe, no que diz respeito aos filhos dos crentes; ainda assim nenhum
circuncisão, como se tivesse o mesmo alcance (e ninguém mais), extensão ou condições
mandamento para o batismo infantil resulta direta e imediatamente de tal qualidade ou
daquela; pois a circuncisão cabia apenas às crianças do sexo masculino, e o Batismo, por
relação.
sua vez, é uma ordenança cabível a todo crente, seja homem ou mulher. A circuncisão
Todo culto instituído é sancionado pela Escritura, e deste modo todas as circunstâncias estendia-se a todos os homens [escravos] nascidos na casa de Abraão ou comprados com
necessárias devem ser governadas pelos preceitos [divinos]. seu dinheiro, da mesma forma como aos que eram seus próprios descendentes; porém o
Batismo não tem tamanha extensão em nenhuma igreja verdadeiramente Cristã, como se
Assim foi no Pacto que Deus estabeleceu com Abraão e sua semente. O sinal era destinado
devêssemos administrá-lo aos servos infiéis que os membros contrataram para seu serviço
apenas aos filhos do sexo masculino, não obstante a descendência feminina, tanto quanto
introduzindo-os em suas famílias, nem aos filhos desses nascidos nas casas dos membros
a masculina, também fizesse parte do Pacto e da Igreja de Deus. Esse sinal também não
[da igreja].
deveria ser feito em nenhum infante masculino antes que esse completasse oito dias de
idade, embora estivesse no Pacto desde o primeiro momento de sua vida; nem mesmo o Mas compreendemos que se deve manter um raciocínio semelhante tanto para a
perigo da morte ou qualquer outra suposta necessidade poderia justificar a circuncisão ordenança do Batismo como para a da circuncisão (Êxodo 12:49), a saber, a mesma lei
antes do tempo estabelecido, não havia motivo para isso; a pena imposta [por Deus] de haja para o natural e para o estrangeiro: se alguém deseja ser admitido a todas as
eliminar [o indivíduo] de Seu povo era aplicada apenas quando se negligenciava ou ordenanças e privilégios da casa de Deus, a porta está aberta; sob as mesmas condições
desprezava esse preceito [Gênesis 17:10-14]. que qualquer outra pessoa também seja admitida a todas as ordenanças, ou a quaisquer
privilégios que pertencem à Igreja de Cristo.
O justo Ló era parente de Abraão na carne, e contemporâneo seu quando esse Pacto foi
feito; ainda assim, pelo fato de não ser descendente de Abraão, nem da casa de Abraão 1 Quanto àquele texto da Escritura: “E recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça da
(embora Ló fosse da mesma família da fé com Abraão) nem o próprio Ló nem sua fé que teve quando ainda incircunciso” (Romanos 4:11), concebemos que se o escopo do
posteridade receberam o sinal desse Pacto que foi feito com Abraão e sua descendência. que disse o apóstolo for devidamente observado ficará claro que daí nada se possa
argumentar a favor do batismo infantil; e pelo fato de haver uma explicação completa e justa
Isso deve ser o suficiente para mostrar que, mesmo havendo um Pacto expresso bem como
dessas palavras dada pelo ilustre Dr. Lightfoot (homem a quem não cabe suspeita de
um sinal do mesmo (tal Pacto separava as pessoas com quem ele era feito, e toda a sua
parcialidade nessa controvérsia) em sua Hor. Hebrai, em 1 Coríntios 7:19, pp. 42-43,
descendência, de todo o restante do mundo, como pessoas santas para o Senhor, e os
transcreveremos suas palavras sem acrescentar nenhum comentário nosso a elas:
constituía Igreja visível de Deus, embora não compreendesse todos os santos no mundo),
ainda assim o sinal desse Pacto não foi afixado a todas as pessoas que estavam no Pacto, Circuncisão não é nada, se respeitarmos o tempo, pois agora já não tem mais
nem a nenhuma delas antes do tempo prescrito; nem a outros servos de Deus fiéis e que utilidade alguma uma vez que o objetivo pelo qual foi instituída já foi alcançado: esse
não eram descendentes de Abraão. E disso decorre que depende apenas do Legislador objetivo apóstolo declara com estas palavras (Romanos 4:11) σφραγιδα. Mas temo
que na maioria das traduções elas não sejam adequadas o suficiente para
1 Abraão era tio de Ló, ver Gênesis 11:27.
[expressar] o objetivo da circuncisão e o escopo [em que essas coisas foram ditas Deste modo, desejamos ardentemente que isso seja considerado; pois não pleiteamos pela
pelo] apóstolo, e aqui se tenha inserido algumas coisas. autoridade do apóstolo, mas pela evidência da verdade em suas palavras.
E depois de o Dr. Lightfoot ter apresentado diversas versões com palavras que concordam
em maior parte com o sentido que temos em nossas Bíblias, ele procede:
III. Independente de qual seja a natureza da santidade mencionada da criança (1 Coríntios
Outras versões têm o mesmo sentido; como se a circuncisão tivesse sido dada a 7:12), aqueles que concluem que tais crianças (sejam recém-nascidas ou mais crescidas)
Abraão como selo da justiça que ele teve sendo ainda incircunciso, o que não têm aí um direito imediato ao Batismo, acrescentam à conclusão mais do que permitido
negaremos ser verdade em certo sentido, mas acreditamos que a circuncisão teve, pelas premissas.
principalmente, um aspecto muito diferente.
Pois, embora não determinemos positivamente o alcance intencionado pelos apóstolos em
Deixe-me então traduzir as palavras: “E recebeu o sinal da circuncisão, como selo relação à santidade aqui mencionada, de modo a dizer que é isto ou aquilo, e nenhuma
da justiça da fé, que deveria ser na incircuncisão”. “Que deveria ser” [digo], e não outra coisa; ainda assim, é evidente que o apóstolo determina não só a legalidade, mas
“que teve”. Não o que Abraão teve [o sinal] embora ainda não fosse circuncidado; também a conveniência de uma coabitação de um crente com um incrédulo na relação de
mas o que sua descendência incircuncisa deveria ter, ou seja, os gentios, que no casamento.
tempo por vir imitariam a fé de Abraão.
E pensamos que, embora os apóstolos afirmem que o cônjuge incrédulo seja santificado
Agora, considere bem em qual circunstância a circuncisão foi instituída para Abraão, tendo pelo crente [1 Coríntios 7:14], tendo nisso algo a mais do que no mero casamento de dois
em vista Gênesis 17. incrédulos, pois embora a aliança do casamento tenha uma sanção divina para fazer do
casamento de dois incrédulos uma ação legal, e sua conjunção e coabitação nesse aspecto
Primeiro, a promessa foi feita para ele: “Serás pai de numerosas nações” (o apóstolo explica
é sem mácula, mas não pode haver motivo para supor a partir daí, que ambos ou quaisquer
em qual sentido [posteriormente] no mesmo capítulo) e em seguida é acrescentado um
das suas pessoas são assim santificados; e o apóstolo insta a coabitação de um crente
duplo selo para confirmação da promessa, a saber, a mudança do nome Abrão para
com um infiel no âmbito do matrimônio a partir dessa base, que o marido incrédulo é
Abraão, e o estabelecimento da circuncisão. “Quanto a mim, será contigo a minha aliança;
santificado pela esposa crente; no entanto, aqui você tem a influência da fé de um crente
serás pai de numerosas nações” (v. 4). E para que a circuncisão foi instituída para ele?
ascendendo de uma relação inferior para uma relação superior; da esposa ao marido que
Para selar a mesma promessa: “serás pai de numerosas nações”. De maneira que esse é
é a sua cabeça, antes que isso possa descer até a sua descendência. E, portanto, nós
o sentido dado pelo apóstolo; que mais concorda com o estabelecimento da circuncisão;
dizemos que seja qual for a natureza ou extensão da santidade aqui intencionada,
ele recebeu o sinal da circuncisão, um selo da justiça da fé que no tempo por vir os
concebemos que ela não pode transmitir às crianças um direito imediato ao Batismo;
incircuncisos (ou gentios) obteriam.
porque, então, isso seria de outra natureza e de uma extensão maior do que a raiz e a
Abraão teve uma descendência dupla, a natural, dos judeus; e a da fé, constituída [também] origem de onde é derivada, porque é esclarecido pelo argumento dos apóstolos que a
de gentios crentes: sua descendência natural foi marcada com o sinal da circuncisão, santidade não pode ser derivada ao filho a partir da santidade de um pai somente, se o pai
primeiro, de fato, para distingui-la de todas as outras nações enquanto elas ainda não ou a mãe forem (no sentido pretendido pelo apóstolo) profanos ou impuros, assim o filho
fossem descendência de Abraão, mas especialmente para o memorial da justificação dos será também, portanto, para a geração de uma semente santa é necessário que ambos os
gentios pela fé, quando por fim eles se tornariam descendentes dele. Assim, a circuncisão pais sejam santificados; e isso o apóstolo afirma positivamente em primeiro lugar a ser feito
cessaria quando os gentios fossem trazidos à fé, pelo fato de que então ela teria alcançado por um dos pais que seja crente, embora o outro seja um incrédulo; e consequentemente
seu último e principal objetivo e a partir daí a circuncisão nada é. daí argumenta-se a santidade dos seus filhos. Disso resulta que, como os filhos não têm
outra santidade, senão a que derivam de ambos os pais, assim também eles não podem
ter qualquer direito, por esta santidade, a qualquer privilégio espiritual, senão tal como
ambos os seus pais também participam: e, portanto, se o pai incrédulo (embora santificado ao Batismo [1 Coríntios 1:15-17]. E se Lídia fosse uma mulher casada quando creu, é
pela mãe crente) não tenha por isso o direito ao Batismo, tampouco podemos conceber que provável que seu marido também teria sido nomeado pelo apóstolo, como em casos
haja tal privilégio derivado aos filhos por sua santidade de nascimento. semelhantes, na medida em que ele teria sido não apenas uma parte, mas o cabeça do
Batismo de sua casa [Atos 16:14-15].
Além disso, se fosse a prática usual nos dias dos apóstolos que o pai ou mãe crente
trouxesse os seus filhos com eles para serem batizados; então a santidade dos filhos de Quem pode afirmar uma razão provável do porquê o apóstolo fez menção de quatro ou
Coríntios crentes não estaria em questão quando esta epístola foi escrita; mas deve ter sido cinco famílias sendo batizadas e não mais? Ou por que ele muitas vezes varia no método
argumentado a partir da participação deles nesta ordenança, que representava o seu novo de suas saudações (Romanos 1:6), às vezes, mencionando apenas pessoas particulares
nascimento, embora eles não tivessem obtido santidade alguma de seus pais, por seu de grande destaque, outras vezes os tais e a igreja em sua casa? Os santos que estavam
primeiro nascimento, e teria sido uma exceção contra a inferência dos apóstolos, senão com eles; e os que pertenciam a Narciso, que estavam no Senhor; saudando assim famílias
seus filhos eram impuros, etc. Mas sobre a santificação de todos os filhos de todo crente inteiras, ou parte de famílias, ou somente pessoas específicas em famílias, consideradas
por essa ordenança, ou por qualquer outra forma, além do que é mencionado antes, a enquanto estando no Senhor, pois se fosse uma prática usual batizar todos os filhos, com
Escritura está totalmente silenciosa. seus pais; havia, então, muitos milhares de judeus que creram e um grande número de
gentios, na maioria das principais cidades do mundo, e entre tantos milhares, é muito
Também pode ser adicionado que se essa santidade por nascimento qualificar todos os
provável que haveria milhares de casas batizadas. Por que, então, o apóstolo a este
filhos de todo crente para a ordenança do Batismo; por que não para todas as outras
respeito destacaria uma família de judeus e três ou quatro dos gentios, como casos
Ordenanças? Para a Ceia do Senhor, como eram praticadas por um longo tempo juntas?
particulares em um caso que era comum? Seja quem for que suponha que deliberadamente
Pois, se for recorrido ao que as Escrituras geralmente falam sobre este assunto, será
afastamos nossos filhos do benefício de qualquer promessa ou privilégio, de direito
verificado que as mesmas qualidades que dão direito a qualquer pessoa ao Batismo, fazem-
pertencente aos filhos de pais crentes; esses entretêm pensamentos severos sobre nós:
no também para a participação em todas as ordenanças e privilégios da casa de Deus, que
não ter afeições naturais é uma das características das piores pessoas, no pior dos tempos.
são comuns a todos os crentes.
Nós voluntariamente confessamos a nós mesmos culpados perante o Senhor, em que não
Todo aquele que pode e interroga a sua boa consciência para com Deus quando é batizado temos com mais circunspecção e diligência treinado aqueles que são nossos parentes no
(como todos devem fazer, de modo a tornar o Batismo um sinal de salvação) é capaz de temor do Senhor; e oramos com humildade e sinceridade para que nossas omissões sejam
fazer a mesma coisa em cada outro ato de adoração que realiza. perdoadas, e que elas não redundem em prejuízo a nós mesmos ou a quaisquer dos
nossos; mas no que diz respeito ao dever que nos cabe, reconhecemos que somos
obrigados pelos preceitos de Deus a instruir os nossos filhos na doutrina e admoestação
IV. Os argumentos e inferências que são geralmente feitos a favor ou contra o batismo do Senhor [Efésios 6:4], ensinar-lhes o temor dEle, tanto pela instrução quanto pelo
infantil, a partir daqueles poucos casos que as Escrituras nos falam de famílias inteiras exemplo. E se ao lançarmos luz a esse preceito, isso demonstrasse que somos mais vis do
sendo batizadas são apenas conjecturais; e, portanto, não podem por si mesmos ser que pagãos antinaturais, a ponto de não mantermos Deus no conhecimento deles, nosso
conclusivos para ambos os lados; contudo, no que diz respeito à maioria dos que tratam Batismo poderia, então, ser considerado justamente como um batismo nulo para nós.
sobre esse assunto a favor do batismo infantil (como concebem) usam esses casos em
Há muitas promessas especiais que nos encorajam, assim como preceitos, que nos
proveito do seu argumento: nós pensamos que tais casos (como nos casos antes
obrigam a buscar diligentemente o nosso dever aqui: que o Deus a quem servimos, sendo
mencionados) demonstram a nulidade de tais inferências.
zeloso de Sua adoração, ameaça visitar a transgressão dos pais em seus filhos até a
Cornélio adorou a Deus com toda a sua casa, o carcereiro e Crispo, o chefe da sinagoga, terceira e a quarta geração dos que O odeiam; porém, abundantemente estende a Sua
creram em Deus cada um com suas casas [Atos 10; 16:27-34; 18:8]. A casa de Estéfanas misericórdia até milhares (referindo-se à descendência e as gerações sucessivas) dos que
se dedicou ao ministério dos santos: de modo que, até agora, a adoração e fé são paralelas O amam e guardam os Seus mandamentos.
Quando nosso Senhor repreendeu os Seus discípulos por proibirem o acesso de crianças E isso é registrado por ele para o louvor de Timóteo e encorajamento dos pais para que
que foram trazidas a Ele, para orar por elas, impor as mãos sobre elas e as abençoar, cedo instruam e aos filhos para que desde cedo atendam à instrução divina, que desde,
declara, que dos tais é o Reino de Deus [Mateus 19:13-14; Marcos 10:13-16; Lucas 18:15- απο βρεφος, a meninice conhecia as Sagradas Escrituras [2 Timóteo 3:15].
17]. E o apóstolo Pedro, em resposta ao questionamento daqueles que desejavam saber o
O apóstolo João se alegrou muito quando encontrou os filhos da senhora eleita andando
que eles deveriam fazer para serem salvo, não apenas os instrui no dever necessário do
na verdade; e os filhos de sua irmã eleita unem-se com o apóstolo em sua saudação [2
arrependimento e do Batismo [Atos 2:37-39]; mas também os encoraja por meio daquela
João 1:1-4, 13; Cf. 3 João 1:4].
promessa que se referia a eles e aos seus filhos; se nosso Senhor Jesus no lugar acima
mencionado, não leva em conta as características das crianças (como em outros lugares), Mas, que isso não era geralmente assim, que todos os filhos dos crentes fossem
quanto à sua mansidão, humildade e sinceridade, e coisas semelhantes; mas intenciona considerados como crentes (como seria se todos tivessem sido batizados) pode ser
que essas próprias pessoas e semelhantes pertençam ao Reino de Deus, e se o apóstolo concluído a partir da característica que o apóstolo dá sobre as pessoas aptas a serem
Pedro, ao mencionar a promessa acima citada, refere-se não apenas às gerações escolhidas como bispos em uma Igreja, o que não era comum a todos os crentes; entre
presentes e futuras dos judeus que o ouviram (em cujo sentido a mesma frase ocorrerá nas outros isso é expressamente uma, a saber, que tenha filhos fiéis, que não possam ser
Escrituras), mas também à descendência imediata dos seus ouvintes; se a promessa se acusados de dissolução nem são desobedientes [1 Timóteo 3:4]; e, a partir dos escritos
refere ao dom do Espírito Santo, ou da vida eterna, ou qualquer graça, ou privilégio tendente apostólicos sobre o mesmo assunto, reunir as razões dessa qualificação: que no caso da
à sua obtenção por isso; não é nossa preocupação nem nosso interesse limitar as pessoa designada para esse ofício de ensinar e ordenar a casa de Deus, deveria ter filhos
misericórdias e as promessas de Deus a um caminho mais estreito ou menor alcance além adequados a isso; haveria primeiro uma prova de sua habilidade, capacidade e sucesso
do que Lhe agrade graciosamente oferecer e as intenciona; nem ter uma estima superficial neste trabalho em sua própria família; e capacidade privada, antes de ser ordenado ao
delas; mas somos obrigados por obrigação para com Deus e afeição aos nossos filhos a exercício desta autoridade na igreja, em caráter público, como bispo na casa de Deus.
implorar fervorosamente a Deus e usar os nossos maiores esforços para que tanto nós
Essas coisas mencionamos como tendo uma referência direta à controvérsia entre nossos
mesmos como a nossa descendência sejam participantes de Suas graciosas misericórdias
irmãos e nós; quanto às outras coisas que são mais confusas e prolixas, que são
e promessas; contudo, não podemos, a partir de nenhum desses textos, reunir uma
frequentemente introduzidas nesta controvérsia, mas não necessariamente se referem a
autorização suficiente para que batizemos nossos filhos antes que eles sejam instruídos
ela, temos propositadamente evitado, para que a distância entre nós e nossos irmãos não
nos princípios da Religião Cristã.
seja aumentada por nós; pois é nosso dever e preocupação tanto quanto possível para nós
Pois, como no caso das crianças, pela proibição dos discípulos parece que foram trazidas (mantendo uma boa consciência para com Deus) buscar um mais pleno acordo e
em outra consideração, não tão frequente quanto deveria ser o Batismo, se desde o reconciliação com eles.
princípio os filhos dos crentes fossem admitidos a ele. Nenhum relato é dado se seus pais
Nós não somos insensíveis que, quanto à ordem da casa de Deus, e toda a comunhão nela
eram crentes batizados ou não; e quanto ao exemplo do apóstolo; se as seguintes palavras
há algumas coisas em que nós (assim como outros) não temos um acordo completo entre
e prática fossem tidas como uma interpretação do alcance dessa promessa, não podemos
nós mesmos, como por exemplo: O princípio conhecido e o estado das consciências de
conceber que se refere ao batismo infantil, porque o texto logo apresenta: “Então, os que
diversos de nós, que concordaram nesta Confissão é tal que não podemos celebrar a
lhe aceitaram a palavra foram batizados” [Atos 2:41].
comunhão eclesiástica com quaisquer outros senão crentes batizados e igrejas constituídas
Que havia alguns filhos crentes de pais crentes nos dias dos apóstolos é evidente a partir dos tais; contudo alguns outros de nós têm uma liberdade e concessão maiores em nossos
das Escrituras, até mesmo enquanto estavam na família de seus pais, e sob a educação e espíritos dessa maneira; e, portanto, omitimos propositadamente a menção de coisas dessa
instrução daqueles; a quem o apóstolo em várias de suas Epístolas às Igrejas, dá ordens natureza, para que concordássemos, ao dar essa evidência de nosso acordo, tanto entre
para que obedeçam aos seus pais no Senhor; e atrai seus tenros anos para que ouçam nós mesmos como com outros bons Cristãos, nesses artigos importantes da religião Cristã,
este preceito, lembrando-lhes que é o primeiro mandamento com promessa [Efésios 6:2]. principalmente insistidos por nós. E apesar disso, todos nós consideramos a nossa principal
preocupação, tanto entre nós como entre todos os outros que em todo lugar invocam o (onde não há propósito mal) podem variar em suas circunstâncias, em relação à sua
nome do Senhor Jesus Cristo nosso Senhor, tanto deles como nosso, e O amam com primeira instituição. E se por meio de qualquer desvio antigo ou daquela corrupção geral do
sinceridade, que busquemos manter a unidade do Espírito, no vínculo da paz; e para isso, culto a Deus e interrupção de sua verdadeira adoração, e perseguição de seus servos pelo
exercermos toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando uns aos outros anticristo bispo de Roma, por muitas gerações; aqueles que consultam a Palavra de Deus,
em amor. ainda não conseguem chegar a uma satisfação plena e mútua entre si mesmos sobre qual
era a prática da igreja Cristã Primitiva, em alguns pontos relacionados com o culto de Deus;
E estamos persuadidos que se o mesmo método fosse introduzido na prática frequente
ainda que essas coisas não sejam da essência do Cristianismo, mas que concordamos nas
entre nós e nossos amigos Cristãos que concordam conosco em todos os artigos
doutrinas fundamentais do mesmo, compreendemos que há fundamento suficiente para
fundamentais da Fé Cristã (embora não concordem quanto aos sujeitos e administração do
deixar de lado toda amargura e preconceito, e no espírito de amor e mansidão abraçar e
Batismo), em breve alcançaríamos um melhor entendimento e mais afeição fraternal entre
reconhecer uns aos outros nisso, deixando uns aos outros em liberdade para realizar tais
nós.
outros serviços, (em que não podemos concordar) separados para Deus, de acordo com o
No início da Igreja Cristã, quando a doutrina do Batismo de Cristo não era universalmente melhor do nosso entendimento.
compreendida, ainda assim aqueles que conheciam apenas o Batismo de João, eram
discípulos do Senhor Jesus; e Apolo era um eminente ministro do Evangelho de Jesus.
FINIS
No início da Reforma da Igreja Cristã e da recuperação daquela escuridão egípcia em que
nossos antepassados por muitas gerações foram mantidos em escravidão; por meio das
Escrituras da verdade, foram concebidas diferentes apreensões, que continuam até hoje,
no que se refere à prática desta Ordenança.
.
Que nosso zelo aqui não seja mal interpretado: aquele Deus a quem servimos tem zelo de
sua adoração. Por sua graciosa providência, a lei continua entre nós; e somos alertados
pelo que aconteceu na igreja dos judeus, que é necessário para cada geração e que
frequentemente cada geração consulte o oráculo divino, comparemos a nossa adoração
com a regra, e tomemos cuidado com as doutrinas que recebemos e as pratiquemos.
•••
Se os Dez Mandamentos como revelados nos livros de culto idólatra papista fossem
recebidos como toda a lei de Deus, porque eles concordam em número com os Deus
Mandamentos dados por Deus, e também na substância de nove deles; o segundo
mandamento proibindo a idolatria teria sido completamente perdido.
Se Esdras e Neemias não fizessem uma busca diligente nas porções particulares da lei de
Deus e em seu culto; a Festa dos Tabernáculos (que durante muitos séculos de anos não
havia sido devidamente observada, segundo a instituição [divina], embora fosse mantida
em noção geral) não seria observada com a devida ordem.
Assim pode ser agora a respeito de muitas coisas relacionadas ao culto a Deus, que
mantêm os nomes próprios a elas em sua primeira instituição, mas ainda por inadvertência
UM CATECISMO PURITANO Índice de Perguntas

Pergunta 1: Qual é o fim principal do homem? ............................................................. 90
Com Provas Bíblicas
Pergunta 2: Que regra Deus nos deu para nos direcionar a como podemos glorificá-lO? . 90
Compilado por C. H. Spurgeon, o “Herdeiro dos Puritanos”
Pergunta 3: O que as Escrituras ensinam principalmente? ............................................ 90
Pergunta 4: O que é Deus? ......................................................................................... 90
Pergunta 5: Há mais do que um único Deus? ............................................................... 91
Prefácio Pergunta 6: Quantas Pessoas há na Divindade? ........................................................... 91

Pergunta 7: O que são os decretos de Deus? ............................................................... 91
Pergunta 8: Como Deus executa os Seus decretos? ...................................................... 91
Estou convencido de que o uso de um bom catecismo em todas as nossas famílias
Pergunta 9: O que é a obra da criação? ....................................................................... 91
será uma grande proteção contra os erros crescentes dos tempos, e, portanto, eu compilei
Pergunta 10: Como Deus criou o homem? ................................................................... 92
este pequeno manual a partir da Confissão de Fé da Assembleia de Westminster e do
Pergunta 11: Quais são as obras da providência de Deus? ............................................ 92
Catecismo Batista, para o uso de minha própria igreja e congregação. Aqueles que fizerem
uso dele em suas famílias ou classes devem se esforçar para explicar o sentido; mas as Pergunta 12: Que ato especial de providência Deus exerceu em relação ao homem no estado
em que ele foi criado? ................................................................................................ 92
palavras devem ser cuidadosamente aprendidas de cor, pois serão melhor entendidas com
o passar dos anos. Que o Senhor abençoe meus queridos amigos e suas famílias cada vez Pergunta 13: Será que os nossos pais continuaram no estado em que foram criados? .... 93
mais, esta é a oração de seu pastor amoroso. Pergunta 14: O que é pecado? .................................................................................... 93
Pergunta 15: Todo o gênero humano caiu na primeira transgressão de Adão? ............... 93
— C. H. Spurgeon Pergunta 16: Em que estado ficou a humanidade depois da Queda? ............................. 93
Pergunta 17: Em que consiste a pecaminosidade do estado em que o homem caiu? ...... 93
Pergunta 18: Qual é a miséria do estado em que o homem caiu? .................................. 94
“Procura apresentar-te a Deus aprovado,
Pergunta 19: Deus deixou toda a humanidade perecer no estado de pecado e miséria? . 94
como obreiro que não tem de que se envergonhar,
Pergunta 20: Quem é o Redentor dos eleitos de Deus?................................................. 94
que maneja bem a palavra da verdade.”
(2 Timóteo 2:15) Pergunta 21: Como Cristo, sendo o Filho de Deus, Se fez homem? ............................... 94
Pergunta 22: Quais são os ofícios que Cristo executa como nosso Redentor? ................. 95
Pergunta 23: Como Cristo executa o ofício de Profeta? ................................................. 95
Pergunta 24: Como Cristo executa o ofício de Sacerdote? ............................................. 95
Publicado em meados de 14 de outubro de 1855, quando Spurgeon tinha 21 anos. Pergunta 25: Como Cristo executa o ofício de Rei? ....................................................... 96
Em 14 de outubro, Spurgeon pregou o Sermão Nº 46, A Gloriosa Habitação, a vários
Pergunta 26: Em que consistiu a humilhação de Cristo?................................................ 96
milhares que se reuniram para ouvi-lo em New Park Street Chapel. Quando o sermão foi
Pergunta 27: Em que consiste a exaltação de Cristo? ................................................... 96
publicado, continha um anúncio deste catecismo. O texto naquela manhã foi: “SENHOR, tu
Pergunta 28: Como somos feitos participantes da redenção comprada por Cristo? ......... 96
tens sido o nosso refúgio, de geração em geração” (Salmos 90:1).
Pergunta 29: Como o Espírito aplica a nós a redenção adquirida por Cristo? .................. 97
Pergunta 30: O que é o chamado eficaz? ..................................................................... 97
Pergunta 31: Quais os benefícios que aqueles que são chamados eficazmente participam Pergunta 61: Qual é o Nono Mandamento? ................................................................. 104
nesta vida? ................................................................................................................ 97 Pergunta 62: O que é requerido no Nono Mandamento? .............................................. 104
Pergunta 32: O que é justificação? .............................................................................. 97 Pergunta 63: Qual é o Décimo Mandamento?.............................................................. 105
Pergunta 33: O que é a adoção? ................................................................................. 98 Pergunta 64: O que é proibido no Décimo Mandamento? ............................................. 105
Pergunta 34: O que é santificação? ............................................................................. 98 Pergunta 65: Alguém é capaz de guardar perfeitamente os mandamentos de Deus? ..... 105
Pergunta 35: Quais são os benefícios que nesta vida, acompanham ou seguem a Pergunta 66: Todas as transgressões da lei são igualmente hediondas? ....................... 105
justificação, a adoção e a santificação? ........................................................................ 98
Pergunta 67: O que todo pecado merece? .................................................................. 105
Pergunta 36: Que benefícios os crentes recebem de Cristo quando morrem? ................. 98
Pergunta 68: Como podemos escapar da ira e da maldição que é devida a nós por causa do
Pergunta 37: Que benefícios os crentes recebem de Cristo na ressurreição? .................. 99 pecado? .................................................................................................................... 106
Pergunta 38: O que será feito com o ímpio após sua morte? ......................................... 99 Pergunta 69: O que é a fé em Jesus Cristo? ................................................................ 106
Pergunta 39: O que acontecerá com os ímpios no dia do julgamento? ........................... 99 Pergunta 70: O que é o arrependimento para a vida? .................................................. 106
Pergunta 40: O que Deus revelou ao homem para que fosse a regra de sua obediência a Pergunta 71: Quais são os meios externos pelos quais o Espírito Santo nos comunica os
Ele? .......................................................................................................................... 100 benefícios da redenção? ............................................................................................ 107
Pergunta 41: Qual é a soma dos Dez Mandamentos? .................................................. 100 Pergunta 72: Como a Palavra é feita eficaz para a salvação? ....................................... 107
Pergunta 42: Qual é o Primeiro Mandamento? ............................................................ 100 Pergunta 73: Como a Palavra deve ser lida e ouvida para que se torne eficaz para a
Pergunta 43: O que é requerido no Primeiro Mandamento? ......................................... 100 salvação? .................................................................................................................. 107
Pergunta 44: Qual é o Segundo Mandamento? ............................................................ 100 Pergunta 74: Como o Batismo e a Ceia do Senhor se tornam úteis espiritualmente? ...... 108
Pergunta 45: O que é requerido no Segundo Mandamento? ......................................... 101 Pergunta 75: O que é o Batismo? ............................................................................... 108
Pergunta 46: O que é proibido no Segundo Mandamento? ........................................... 101 Pergunta 76: A quem o Batismo deve ser administrado? .............................................. 108
Pergunta 47: Qual é o Terceiro Mandamento?............................................................. 101 Pergunta 77: Os filhos dos que professam ser crentes devem ser batizados? ................ 108
Pergunta 48: O que é requerido no Terceiro Mandamento? ......................................... 101 Pergunta 78: Qual é o modo correto de administrar o Batismo? ................................... 109
Pergunta 49: Qual é o Quarto Mandamento? .............................................................. 102 Pergunta 79: Qual é o dever dos que são corretamente batizados? .............................. 109
Pergunta 50: O que é requerido no Quarto Mandamento? ........................................... 102 Pergunta 80: O que é a Ceia do Senhor? .................................................................... 109
Pergunta 51: Como o Sabath deve ser santificado? ..................................................... 102 Pergunta 81: O que é necessário para a digna recepção da Ceia do Senhor? ................ 109
Pergunta 52: Qual é o Quinto Mandamento? ............................................................... 102 Pergunta 82: O que se entende pelas palavras, “até que Ele venha”, que são usadas pelo
Pergunta 53: O que é requerido no Quinto Mandamento?............................................ 103 apóstolo Paulo em referência à Ceia do Senhor? ......................................................... 110
Pergunta 54: Qual é a razão anexada ao Quinto Mandamento? .................................... 103

Pergunta 55: Qual é o Sexto Mandamento? ................................................................ 103
Pergunta 56: O que é proibido no Sexto Mandamento? ............................................... 103
Pergunta 57: Qual é o Sétimo Mandamento? .............................................................. 103
Pergunta 58: O que é proibido no Sétimo Mandamento? ............................................. 103
Pergunta 59: Qual é o Oitavo Mandamento? ............................................................... 104
Pergunta 60: O que é proibido no Oitavo Mandamento? .............................................. 104
PERGUNTAS E RESPOSTAS 7 Apocalipse 4:8

8 Êxodo 34:6-7
Pergunta 1: Qual é o fim principal do homem?

Resposta: O fim principal do homem é glorificar a Deus,1 e deleitar-se nEle para sempre.2 Pergunta 5: Há mais do que um único Deus?
Resposta: Há somente um único Deus,1 o Deus vivo e verdadeiro.2
1 1 Coríntios 10:31
2 Salmos 73:25-26 1 Deuteronômio 6:4
2 Jeremias 10:10
Pergunta 2: Que regra Deus nos deu para nos direcionar a como podemos glorificá-lO?
Resposta: A Palavra de Deus, que está contida nas Escrituras do Antigo e do Novo Pergunta 6: Quantas Pessoas há na Divindade?
Testamentos1 é a única regra para nos direcionar à maneira correta pela qual podemos Resposta: Há três Pessoas na Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e estes três são
glorificar a Deus e fruir dEle.2 um só Deus, o mesmo em essência, iguais em poder e glória.1
1 Efésios 2:20; 2 Timóteo 3:16 1 1 João 5:7; Mateus 28:19

2 1 João 1:3
Pergunta 7: O que são os decretos de Deus?

Pergunta 3: O que as Escrituras ensinam principalmente? Resposta: Os decretos de Deus são o Seu eterno propósito, conforme o conselho da Sua
Resposta: As Escrituras ensinam principalmente o que o homem deve crer acerca de vontade, segundo os quais, para a Sua própria glória, Ele preordenou tudo o que acontece.1
Deus, e quais os deveres que Deus requer do homem.1
1 Efésios 1:11-12
1 2 Timóteo 1:13; Eclesiastes 12:13
Pergunta 8: Como Deus executa os Seus decretos?

Pergunta 4: O que é Deus? Resposta: Deus executa os Seus decretos nas obras da criação1 e da providência.2
Resposta: Deus é Espírito,1 Infinito,2 Eterno,3 e Imutável4 em Seu Ser,5 Sabedoria, Poder,6
Santidade,7 Justiça, Bondade e Verdade.8 1 Apocalipse 4:11
2 Daniel 4:35
1 João 4:24
2 Jó 11:7
3 Salmos 90:2; 1 Timóteo 1:17 Pergunta 9: O que é a obra da criação?
4 Tiago 1:17 Resposta: A obra da criação consiste em todas as coisas que Deus fez1 do nada, pela
5 Êxodo 3:14 Palavra do Seu poder,2 em seis dias consecutivos e normais,3 e tudo muito bom.4
6 Salmos 147:5
Pergunta 13: Será que os nossos pais continuaram no estado em que foram criados?
1 Gênesis 1:1 Resposta: Nossos primeiros pais, sendo deixados à liberdade da sua própria vontade,
2 Hebreus 11:3 caíram do estado em que foram criados, pecando contra Deus,1 por comer o fruto proibido.2
3 Êxodo 20:11
4 Gênesis 1:31 1 Eclesiastes 7:29
2 Gênesis 3:6-8
Pergunta 10: Como Deus criou o homem?

Resposta: Deus criou o homem, macho e fêmea, segundo a Sua própria imagem, 1 em Pergunta 14: O que é pecado?
conhecimento, justiça e santidade,2 possuindo domínio sobre as criaturas.3 Resposta: Pecado é qualquer falta de conformidade com, ou transgressão da lei de Deus.1
1 Gênesis 1:27 1 1 João 3:4

2 Colossenses 3:10; Efésios 4:24
3 Gênesis 1:28
Pergunta 15: Todo o gênero humano caiu na primeira transgressão de Adão?
Resposta: O pacto foi feito com Adão, e não somente com ele, mas com toda a sua
Pergunta 11: Quais são as obras da providência de Deus? posteridade, toda a humanidade que descende dele por geração ordinária, pecou nele e
Resposta: As obras da providência de Deus são a Sua santíssima, 1 sábia2 e poderosa3 caiu com ele na sua primeira transgressão.1
preservação e governo de todas as Suas criaturas, e de todas as suas ações. 4
1 1 Coríntios 15:22; Romanos 5:12
1 Salmos 145:17
2 Isaías 28:29
3 Hebreus 1:3 Pergunta 16: Em que estado ficou a humanidade depois da Queda?
4 Salmos 13:19; Mateus 10:29 Resposta: A Queda levou a humanidade a um estado de pecado e miséria.1
1 Romanos 5:18
Pergunta 12: Que ato especial de providência Deus exerceu em relação ao homem no
estado em que ele foi criado?
Resposta: Quando Deus criou o homem, entrou em um pacto de vida com este, sob a Pergunta 17: Em que consiste a pecaminosidade do estado em que o homem caiu?
condição de perfeita obediência;1 proibindo-o de comer da árvore do conhecimento do bem Resposta: A pecaminosidade do estado em que o homem caiu consiste na culpa do
e do mal, sob pena de morte.2 primeiro pecado de Adão1, na falta de retidão original2 e na corrupção de toda a sua
natureza (isto é comumente chamado de pecado original)3 juntamente com todas as
1 Gálatas 3:12 transgressões atuais que procedem dele.4
2 Gênesis 2:17
1 Romanos 5:19
2 Romanos 3:10
3 Efésios 2:1; Salmos 51:5 1 Hebreus 2:14

4 Mateus 15:19 2 Mateus 26:38; Hebreus 4:15
3 Lucas 1:31, 35
4 Hebreus 7:26
Pergunta 18: Qual é a miséria do estado em que o homem caiu?
Resposta: Toda a humanidade, por sua Queda, perdeu a comunhão com Deus,1 está sob
Sua ira e maldição,2 e assim se fez passível de todas as misérias nesta vida, à própria
Pergunta 22: Quais são os ofícios que Cristo executa como nosso Redentor?
morte, e às dores do inferno para sempre.3
Resposta: Cristo como nosso Redentor, executa os ofícios de um Profeta,1 de um
Sacerdote2 e de um Rei,3 tanto em Seu estado de humilhação quanto em Seu estado de
1 Gênesis 3:8, 24
exaltação.
2 Efésios 2:3; Gálatas 3:10
3 Romanos 6:23; Mateus 25:41
1 Atos 3:22
2 Hebreus 5:6
Pergunta 19: Deus deixou toda a humanidade perecer no estado de pecado e miséria? 3 Salmos 2:6
Resposta: Deus, de Sua boa vontade desde toda a eternidade, elegeu alguns para a vida
eterna,1 entrando em um Pacto de Graça para livrá-los do estado de pecado e miséria, e
para trazê-los a um estado de salvação por meio de um Redentor.2 Pergunta 23: Como Cristo executa o ofício de Profeta?
Resposta: Cristo executa o ofício de Profeta, revelando-nos,1 pela Sua Palavra2 e pela
1 2 Tessalonicenses 2:13 Espírito Santo,3 a vontade de Deus para a nossa salvação.
2 Romanos 5:21
1 João 1:18
Pergunta 20: Quem é o Redentor dos eleitos de Deus?
2 João 20:31
Resposta: O único Redentor dos eleitos de Deus é o Senhor Jesus Cristo, 1 que sendo o
3 João 14:26
Filho eterno de Deus, Se fez homem,2 e assim foi e continua a ser Deus e homem em duas
naturezas distintas que coexistem em uma única Pessoa para sempre.3
Pergunta 24: Como Cristo executa o ofício de Sacerdote?

1 1 Timóteo 2:5
Resposta: Cristo executa o ofício de Sacerdote por oferecer a Si mesmo, uma única vez,
2 João 1:14
em sacrifício para satisfazer a justiça Divina,1 e para nos reconciliar com Deus,2 e fazendo
3 1 Timóteo 3:16; Colossenses 2:9
contínua intercessão por nós.3
Pergunta 21: Como Cristo, sendo o Filho de Deus, Se fez homem? 1 Hebreus 9:28
Resposta: Cristo, o Filho de Deus, tornou-Se homem tomando para Si um verdadeiro 2 Hebreus 2:17
corpo,1 e uma alma racional,2 sendo concebido pelo poder do Espírito Santo na Virgem 3 Hebreus 7:25
Maria, e nascido dela,3 contudo, sem pecado.4
Pergunta 25: Como Cristo executa o ofício de Rei? Pergunta 29: Como o Espírito aplica a nós a redenção adquirida por Cristo?
Resposta: Cristo executa o ofício de Rei sujeitando-nos a Si mesmo,1 ao nos governar e Resposta: O Espírito aplica a nós a redenção adquirida por Cristo, pela fé que é operada
defender,2 e em restringir e vencer todos os Seus e os nossos inimigos. em nós,1 e por esta nos une a Cristo em nosso chamado eficaz.2
1 Salmos 110:3 1 Efésios 2:8

2 Mateus 2:6; 1 Coríntios 15:25 2 Efésios 3:17
Pergunta 26: Em que consistiu a humilhação de Cristo? Pergunta 30: O que é o chamado eficaz?
Resposta: A humilhação de Cristo consistiu em Ele, e isso em condições precárias, 1 ter Resposta: O chamado eficaz é a obra do Espírito de Deus1 segundo a qual Ele nos
nascido sob a Lei,2 sofrido as misérias desta vida,3 a ira de Deus4 e a morte de um maldito convence de nosso pecado e miséria,2 ilumina nossas mentes para o conhecimento de
na cruz;5 em ser sepultado, e permanecer sob o poder da morte por um tempo. 6 Cristo3 e renova as nossas vontades,4 e nos persuade e nos capacita a nos apegarmos a
Jesus Cristo que é oferecido gratuitamente a nós no Evangelho.5
1 Lucas 2:7
2 Gálatas 4:4
1 2 Timóteo 1:9
3 Isaías 53:3
2 Atos 2:37
4 Mateus 27:46
3 Atos 26:18
5 Filipenses 2:8
4 Ezequiel 36:26
6 Mateus 12:40
5 João 6:44-45
Pergunta 27: Em que consiste a exaltação de Cristo?

Pergunta 31: Quais os benefícios que aqueles que são chamados eficazmente participam
Resposta: A exaltação de Cristo consiste em Sua ressurreição dentre os mortos ao terceiro
nesta vida?
dia,1 em subir ao Céu e sentar-se à direita de Deus Pai,2 e em vir para julgar o mundo no
Resposta: Aqueles que são chamados eficazmente nesta vida participam dos benefícios
último Dia.3
da justificação,1 adoção,2 santificação e dos vários benefícios que nesta vida o
acompanham ou resultam do chamado eficaz.3
1 1 Coríntios 15:4
2 Marcos 16:19
1 Romanos 8:30
3 Atos 17:31
2 Efésios 1:5
3 1 Coríntios 1:30
Pergunta 28: Como somos feitos participantes da redenção comprada por Cristo?
Resposta: Nós somos feitos participantes da redenção comprada por Cristo, através da
aplicação eficaz desta a nós1 pelo Seu Espírito Santo.2 Pergunta 32: O que é justificação?
Resposta: A justificação é um ato da livre graça de Deus, onde Ele perdoa todos os nossos
1 João 1:12 pecados,1 e nos aceita como justos diante de Seus olhos 2 somente pela justiça de Cristo
2 Tito 3:5-6 imputada a nós,3 e recebida somente pela fé.4
1 Romanos 3:24; Efésios 1:7 Resposta: As almas dos crentes, quando morrem, são aperfeiçoadas em santidade, 1 e
2 2 Coríntios 5:21 passam imediatamente para a glória,2 e seus corpos, estando ainda unidos a Cristo,3
3 Romanos 5:19 descansam em seus túmulos4 até a ressurreição.5
4 Gálatas 2:16; Filipenses 3:9
1 Hebreus 12:23
2 Filipenses 1:23; 2 Coríntios 5:8; Lucas 23:43
Pergunta 33: O que é a adoção? 3 1 Tessalonicenses 4:14
Resposta: A adoção é um ato de livre graça de Deus,1 pela qual somos recebidos dentre 4 Isaías 57:2
o número dos filhos de Deus, e adquirimos direito a todos os privilégios dos tais. 2 5 Jó 19:26
1 1 João 3:1
2 João 1:12; Romanos 8:17 Pergunta 37: Que benefícios os crentes recebem de Cristo na ressurreição?
Resposta: Na ressurreição, os crentes sendo ressuscitados em glória,1 serão abertamente
reconhecidos e absolvidos no Dia do Juízo,2 e serão perfeitamente abençoados tanto no
Pergunta 34: O que é santificação? corpo como na alma, e entrarão no pleno gozo de Deus3 por toda a eternidade.4
Resposta: A santificação é obra do Espírito de Deus,1 pela qual somos renovados no novo
homem, feito à imagem de Deus,2 e somos cada vez mais capacitados a morrer para o 1 1 Coríntios 15:43
pecado e viver para a justiça.3 2 Mateus 10:32
3 1 João 3:2
1 2 Tessalonicenses 2:13 4 1 Tessalonicenses 4:17
2 Efésios 4:24
3 Romanos 6:11
Pergunta 38: O que será feito com o ímpio após sua morte?
Resposta: As almas dos ímpios após sua morte serão lançadas nos tormentos do inferno,1
Pergunta 35: Quais são os benefícios que nesta vida, acompanham ou seguem a e seus corpos jazerão em suas sepulturas até a ressurreição e julgamento do Grande Dia. 2
justificação, a adoção e a santificação?
Resposta: As bênçãos que nesta vida acompanham a justificação,1 são a segurança do 1 Lucas 16:22-24
amor de Deus, paz de consciência, a alegria no Espírito Santo, 2 o crescimento na graça e 2 Salmos 49:14
a perseverança nesta até o fim.3
1 Romanos 5:1, 2, 5 Pergunta 39: O que acontecerá com os ímpios no dia do julgamento?
2 Romanos 14:17 Resposta: No dia do juízo, os corpos dos ímpios serão ressuscitados a partir das suas
3 Provérbios 4:18; 1 João 5:13; 1 Pedro 1:5 sepulturas, para serem condenados, juntamente com as suas almas, a tormentos
indescritíveis ao lado do Diabo e de seus anjos para sempre.1
Pergunta 36: Que benefícios os crentes recebem de Cristo quando morrem? 1 Daniel 2:2; João 5:28-29; 2 Tessalonicenses 1:9; Mateus 25:41
Pergunta 40: O que Deus revelou ao homem para que fosse a regra de sua obediência a Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração
Ele? daqueles que me odeiam. 6 E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que
Resposta: A primeira regra que Deus revelou ao homem para ser a regra de sua obediência guardam os meus mandamentos” [Êxodo 20:4-6].
é a lei moral1, que se resume nos Dez Mandamentos.
1 Deuteronômio 10:4; Mateus 19:17 Pergunta 45: O que é requerido no Segundo Mandamento?
Resposta: O Segundo Mandamento exige que nós recebamos, observemos1 e
mantenhamos puros e em sua totalidade todos os cultos e ordenanças religiosas tal como
Pergunta 41: Qual é a soma dos Dez Mandamentos? Deus nos prescreveu em Sua Palavra.2
Resposta: A soma dos Dez Mandamentos é amar ao Senhor nosso Deus com todo nosso
coração, com toda a alma, com todas as nossas forças e com toda a nossa mente; e ao 1 Deuteronômio 32:46; Mateus 28:20
nosso próximo como a nós mesmos.1 2 Deuteronômio 12:32
1 Mateus 22:37-40
Pergunta 46: O que é proibido no Segundo Mandamento?
Resposta: O Segundo Mandamento proíbe a adoração de Deus por meio de imagens, 1 ou
Pergunta 42: Qual é o Primeiro Mandamento? qualquer outra forma não prescrita em Sua Palavra.2
Resposta: O Primeiro Mandamento é: “Não terás outros deuses diante de mim” [Êxodo
20:3]. 1 Deuteronômio 4:15-16
2 Colossenses 2:18
Pergunta 43: O que é requerido no Primeiro Mandamento?

Resposta: O Primeiro Mandamento requer de nós que saibamos1 e reconheçamos que Pergunta 47: Qual é o Terceiro Mandamento?
Deus é o único Deus verdadeiro, e nosso Deus,2 e que O adoremos e O glorifiquemos em Resposta: O Terceiro Mandamento é: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão;
conformidade com isso.3 porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” [Êxodo 20:7].
1 1 Crônicas 28:9 Pergunta 48: O que é requerido no Terceiro Mandamento?

2 Deuteronômio 26:17 Resposta: O Terceiro Mandamento requer o santo e reverente uso dos nomes de Deus,1
3 Mateus 4:10 bem como Seus títulos, atributos,2 Ordenanças,3 Palavra4 e obras.5
1 Salmos 29:2
Pergunta 44: Qual é o Segundo Mandamento? 2 Apocalipse 15:3-4
Resposta: O Segundo Mandamento é: “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma 3 Eclesiastes 5:1
semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo 4 Salmos 138:2
da terra. 5 Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou 5 Jó 36:24; Deuteronômio 28:58-59

Pergunta 53: O que é requerido no Quinto Mandamento?

Pergunta 49: Qual é o Quarto Mandamento? Resposta: O Quinto Mandamento requer a preservação da honra e exercício dos deveres
Resposta: O Quarto Mandamento é: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. 9 Seis que pertencem a cada um em suas várias posições e relacionamentos como superiores, 1
dias trabalharás, e farás toda a tua obra. 10 Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu inferiores2 ou iguais.3
Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem
a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. 11 1 Efésios 5:21-22, 6:1; 5 Romanos 13:1
Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo 2 Efésios 6:9
dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou” [Êxodo 20:8- 3 Romanos 12:10
11].
Pergunta 54: Qual é a razão anexada ao Quinto Mandamento?

Pergunta 50: O que é requerido no Quarto Mandamento? Resposta: A razão anexa ao Quinto Mandamento é uma promessa de longa vida e
Resposta: O Quarto Mandamento exige a santa guarda para Deus de um determinado prosperidade — na medida em que servirá para a glória de Deus e para seu próprio bem
tempo que Ele prescreveu em Sua Palavra, expressamente um dia inteiro em cada sete, — a todos aqueles que guardam este Mandamento.1
para ser um santo Sabath para Ele mesmo.1
1 Efésios 6:2-3
1 Levítico 19:30; Deuteronômio 5:12
Pergunta 55: Qual é o Sexto Mandamento?

Pergunta 51: Como o Sabath deve ser santificado? Resposta: O Sexto Mandamento é: “Não matarás” [Êxodo 20:13].
Resposta: O Sabath deve ser santificado por um santo repouso por todo aquele dia,
mesmo daquelas atividades seculares e recreações que são lícitas em outros dias,1 e
durante este dia, todo o tempo deve ser gasto em exercícios públicos e particulares de Pergunta 56: O que é proibido no Sexto Mandamento?
adoração a Deus,2 com exceção daquele tempo que for destinado a praticar obras de Resposta: O Sexto Mandamento proíbe o tirar a nossa própria vida,1 ou a vida do nosso
necessidade e misericórdia.3 próximo injustamente,2 ou algo que possa tender a isso.3
1 Levítico 23:3 1 Atos 16:28

2 Salmos 92:1-2; Isaías 58:13-14 2 Gênesis 9:6
3 Mateus 12:11-12 3 Provérbios 24:11-12
Pergunta 52: Qual é o Quinto Mandamento? Pergunta 57: Qual é o Sétimo Mandamento?
Resposta: O Quinto Mandamento é: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem Resposta: O Sétimo Mandamento é: “Não adulterarás” [Êxodo 20:14].
os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá” [Êxodo 20:12].
Pergunta 58: O que é proibido no Sétimo Mandamento?

Resposta: O Sétimo Mandamento proíbe todos os pensamentos, 1 palavras2 e ações3 Pergunta 63: Qual é o Décimo Mandamento?
impuros. Resposta: O Décimo Mandamento é: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás
a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu
1 Mateus 5:28; Colossenses 4:6 jumento, nem coisa alguma do teu próximo” [Êxodo 20:17].
2 Efésios 5:4; 2 Timóteo 2:22
3 Efésios 5:3
Pergunta 64: O que é proibido no Décimo Mandamento?
Resposta: O Décimo Mandamento proíbe todo o descontentamento com as nossas
Pergunta 59: Qual é o Oitavo Mandamento? próprias posses,1 e a inveja ou murmuração para com os bens de nosso próximo, 2 e todas
Resposta: O Oitavo Mandamento é: “Não furtarás” [Êxodo 20:15]. as emoções e afeições desordenadas quanto a tudo o que é dele.3
Pergunta 60: O que é proibido no Oitavo Mandamento? 2 Gálatas 5:26
Resposta: O Oitavo Mandamento proíbe tudo o que danifique ou possa injustamente 3 Colossenses 3:5
danificar nossas próprias posses1 (ou de nossos próximos), ou bens exteriores.2
1 1 Timóteo 5:8; Provérbios 28:19, 21:6 Pergunta 65: Alguém é capaz de guardar perfeitamente os mandamentos de Deus?
2 Efésios 4:28 Resposta: Nenhum mero homem, desde a Queda, é capaz de guardar perfeitamente os
mandamentos de Deus durante sua vida,1 antes ele os desobedece diariamente em
pensamento,2 palavra3 e ação.4
Pergunta 61: Qual é o Nono Mandamento?
Resposta: O Nono Mandamento é: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” 1 Eclesiastes 7:20
[Êxodo 20:16]. 2 Gênesis 8:21
3 Tiago 3:8
4 Tiago 3:2
Pergunta 62: O que é requerido no Nono Mandamento?
Resposta: O Nono Mandamento requer a manutenção e promoção da verdade entre
homem e homem,1 e de nosso próprio2 bom nome e de nosso próximo,3 especialmente em Pergunta 66: Todas as transgressões da lei são igualmente hediondas?
testemunhos.4 Resposta: Alguns pecados em si mesmos, e em razão de vários agravos, são mais odiosos
à vista de Deus do que outros.1
1 Zacarias 8:16
2 1 Pedro 3:16; Atos 25:10 1 João 19:11; 1 João 5:16-17
3 3 João 1:12
4 Provérbios 14:5, 25
Pergunta 67: O que todo pecado merece?

Resposta: Todo pecado merece a ira e a maldição de Deus, tanto nesta vida quanto na 4 Jeremias 31:18-19
que há de vir.1 5 Salmos 119:59
1 Efésios 5:6; Salmos 11:6

Pergunta 71: Quais são os meios externos pelos quais o Espírito Santo nos comunica os
benefícios da redenção?
Pergunta 68: Como podemos escapar da ira e da maldição que é devida a nós por causa Resposta: Os meios exteriores e ordinários pelos quais o Espírito Santo nos comunica os
do pecado? benefícios da redenção de Cristo, são a Palavra, através da qual as almas são geradas
Resposta: Para escapar da ira e da maldição de Deus as quais são devidas a nós por para a vida espiritual; o Batismo; a Ceia do Senhor; a Oração e a Meditação, por todos
causa do pecado, temos que crer no Senhor Jesus Cristo,1 confiando nEle somente, em estes os crentes são mais edificados em sua santíssima fé.1
Seu sangue e justiça. Esta fé é acompanhada pelo arrependimento em relação ao
passado,2 e leva à santidade no futuro. 1 Atos 2:41-42; Tiago 1:18
1 João 3:16
Pergunta 72: Como a Palavra é feita eficaz para a salvação?
2 Atos 20:21
Resposta: O Espírito de Deus faz da leitura, mas especialmente da pregação da Palavra,
meios eficazes para convicção e conversão de pecadores,1 e os edifica em santidade e
consolação,2 por meio da fé para a salvação.3
Pergunta 69: O que é a fé em Jesus Cristo?
Resposta: A fé em Jesus Cristo é uma graça salvífica,1 pela qual O recebemos,2 e
1 Salmos 19:7
confiamos somente nEle para a salvação,3 tal como Ele é apresentado no Evangelho.4
2 1 Tessalonicenses 1:6
3 Romanos 1:16
1 Hebreus 10:39
2 João 1:12
3 Filipenses 3:9
Pergunta 73: Como a Palavra deve ser lida e ouvida para que se torne eficaz para a
4 Isaías 33:22
salvação?
Resposta: Para que a Palavra se torne eficaz para a salvação, devemos ouvi-la com
diligência,1 preparação2 e oração;3 recebê-la com fé4 e amor,5 escondê-la em nossos
Pergunta 70: O que é o arrependimento para a vida?
corações6 e praticá-la em nossas vidas.7
Resposta: Arrependimento para a vida é uma graça salvífica, 1 pela qual um pecador,
tomado por um verdadeiro senso de seu pecado,2 e apreensão da misericórdia de Deus em 1 Provérbios 8:34
Cristo,3 com tristeza por causa e ódio de seus pecados, converte-se destes a Deus,4 com 2 1 Pedro 2:1-2
firme propósito de esforçar-se por uma nova obediência.5 3 Salmos 119:18
4 Hebreus 4:2
1 Atos 11:18 5 2 Tessalonicenses 2:10
2 Atos 2:37 6 Salmos 119:11
3 Joel 2:13 7 Tiago 1:25

Pergunta 74: Como o Batismo e a Ceia do Senhor se tornam úteis espiritualmente? 1 Êxodo 23:13; Provérbios 30:6
Resposta: O Batismo e a Ceia do Senhor se tornam úteis espiritualmente, não por alguma
virtude em si mesmos, ou naqueles que os administram,1 mas somente pela bênção de
Cristo,2 e pela obra do Espírito naqueles que os recebem pela fé.3 Pergunta 78: Qual é o modo correto de administrar o Batismo?
Resposta: O Batismo é devidamente administrado por imersão, ou mergulhando todo o
1 1 Coríntios 3:7; 1 Pedro 3:21 corpo da pessoa na água,1 em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, de acordo com
2 1 Coríntios 3:6 a instituição de Cristo e a prática dos apóstolos,2 e não por aspersão ou derramamento de
3 1 Coríntios 12:13 água, ou mergulhando somente alguma parte do corpo, segundo a tradição dos homens. 3
1 Mateus 3:16; João 3:23

Pergunta 75: O que é o Batismo? 2 Mateus 28:19-20
Resposta: O Batismo é uma Ordenança do Novo Testamento, instituído por Jesus Cristo,1 3 João 4:1-2; Atos 8:38-39
para ser para a pessoa batizada um sinal de sua comunhão com Ele, em Sua morte,
sepultamento e ressurreição,2 deve ser também um símbolo de seu ser enxertado nEle, 3
da remissão dos pecados,4 e de sua entrega pessoal a Deus, por meio de Jesus Cristo, Pergunta 79: Qual é o dever dos que são corretamente batizados?
para viver e andar em novidade de vida.5 Resposta: É dever dos que são corretamente batizados, entregarem-se a alguma particular
e ordenada igreja de Jesus Cristo,1 de modo que andem em todos os mandamentos e
1 Mateus 28:19 preceitos do Senhor sem ter do que se envergonhar.2
2 Romanos 6:3; Colossenses 2:12
3 Gálatas 3:27 1 Atos 2:47; Atos 9:26; 1 Pedro 2:5
4 Marcos 1:4; Atos 22:16 2 Lucas 1:6
5 Romanos 6:4-5
Pergunta 80: O que é a Ceia do Senhor?

Pergunta 76: A quem o Batismo deve ser administrado? Resposta: A Ceia do Senhor é uma Ordenança do Novo Testamento, instituída por Jesus
Resposta: O Batismo deve ser administrado a todos aqueles que realmente professam Cristo; pelo que, pelo dar e receber pão e vinho, de acordo com a Sua designação, Sua
arrependimento para com Deus1 e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, e a mais ninguém morte é anunciada,1 e os receptores dignos são, não por uma forma corporal ou carnal,
além destes. mas pela fé, feitos participantes de Seu corpo e sangue, com todos os seus benefícios,
para a sua nutrição espiritual, e crescimento na graça.2
1 Atos 2:38; Mateus 3:6; Marcos 16:16; Atos 8:12, 36, 37; 10:47-48
Pergunta 77: Os filhos dos que professam ser crentes devem ser batizados?
Resposta: Os bebês, mesmo que sejam filhos de crentes professos, não devem ser
batizados, pois não existe nenhum mandamento nem exemplo nas Sagradas Escrituras Pergunta 81: O que é necessário para a digna recepção da Ceia do Senhor?
para o seu Batismo.1

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Resposta: É exigido daqueles que desejam participar dignamente da Ceia do Senhor, que
examinem-se a si mesmos quanto ao seu conhecimento para discernirem o corpo do  10 Sermões — R. M. M’Cheyne  Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —
 Adoração — A. W. Pink John Flavel
Senhor,1 quanto a sua fé para alimentarem-se dEle,2 quanto ao seu arrependimento,3 amor4
 Agonia de Cristo — J. Edwards  Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston
e nova obediência,5 pois aquele que vem indignamente à mesa do Senhor, come e bebe  Batismo, O — John Gill  Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.
juízo para si mesmo.6  Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo Spurgeon
Neotestamentário e Batista — William R. Downing  Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.
 Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon Pink
 Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse  Oração — Thomas Watson
2 2 Coríntios 13:5  Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a  Pacto da Graça, O — Mike Renihan
3 1 Coríntios 11:31 Doutrina da Eleição  Paixão de Cristo, A — Thomas Adams
4 1 Coríntios 11:18-20  Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos  Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards
Cessaram — Peter Masters  Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —
5 1 Coríntios 5:8
 Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da Thomas Boston
6 1 Coríntios 11:27-29 Eleição — A. W. Pink  Plenitude do Mediador, A — John Gill
 Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer  Porção do Ímpios, A — J. Edwards
 Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida  Pregação Chocante — Paul Washer
pelos Arminianos — J. Owen  Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon
Pergunta 82: O que se entende pelas palavras, “até que Ele venha”, que são usadas pelo
 Confissão de Fé Batista de 1689  Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado
apóstolo Paulo em referência à Ceia do Senhor?  Conversão — John Gill Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200
Resposta: Estas palavras nos ensinam claramente que nosso Senhor Jesus Cristo virá  Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs  Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon
uma segunda vez; e esta é a alegria e esperança de todos os crentes. 1  Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel  Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon
 Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon  Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.
 Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards M'Cheyne
1 Atos 1:11; 1 Tessalonicenses 4:16
 Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins  Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer
 Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink  Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon
 Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne  Sangue, O — C. H. Spurgeon
 Eleição Particular — C. H. Spurgeon  Semper Idem — Thomas Adams
 Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —  Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,
J. Owen Owen e Charnock
ORAMOS para que o ESPÍRITO SANTO use o que há de Sua Palavra  Evangelismo Moderno — A. W. Pink  Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de
Nesta Confissão e Catecismo para trazer muitos  Excelência de Cristo, A — J. Edwards Deus) — C. H. Spurgeon
 Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon  Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.
Ao conhecimento salvífico de JESUS CRISTO para a glória de DEUS PAI.
 Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink Edwards
 Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink  Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina
 In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen
Spurgeon  Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos
 Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A — Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.
Jeremiah Burroughs Owen
Sola Scriptura!  Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação  Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink
Sola Gratia! dos Pecadores, A — A. W. Pink  Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.
Sola Fide!  Jesus! – C. H. Spurgeon Downing
Solus Christus!  Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon  Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan
Soli Deo Gloria!  Livre Graça, A — C. H. Spurgeon  Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de
 Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield Claraval
 Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry  Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica
OEstandarteDeCristo.com 110  Natureza da Igreja Evangélica, A — John GillOEstandarteDeCristo.com
no Batismo de Crentes — Fred Malone 111
— Sola Scriptura • Sola Fide • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria —
2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
3
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está
4
encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
5
de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
6
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
7
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
8 9
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
10
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre por
toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se
11
manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
12 13
nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
14
por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
15
também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
16
Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
17
interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação
18
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas
OEstandarteDeCristo.com
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se 112
não veem são eternas. Issuu.com/oEstandarteDeCristo

Confissão de Fé Batista de Londres 1689 e Catecismo Por Charles Spurgeon

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Confissão de Fé Batista de Londres 1689 e Catecismo Por Charles Spurgeon

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A CONFISSÃO DE FÉ

Uma Palavra dos Editores

A fé é a base da alegria verdadeira. O Objeto da Verdadeira Fé Evangélica é o Senhor

The Baptist Confession of Faith of 1689

Estamos profundamente tomados de um sentimento de solenidade e temor reverente,

Traduzido e publicado com a permissão dos três sites acima referidos

William Teixeira Pedrosa e Camila Rebeca Vieira de Almeida

Prefácio a Apêndice traduzidos com o auxílio de Rafael Abreu

8ª Edição Corrigida e Ampliada em Português: Novembro de 2016

Sumário Capítulo XXVI: Sobre a Igreja ..................................................................................... 60

Pergunta 80: O que é a Ceia do Senhor? .................................................................... 109 Apresentação

Presbiterianos e Congregacionais, embora menos do que os Batistas, sofreram sob este

Visto que com o coração se crê para a justiça,

Examinais as Escrituras, João 5.39.

Impresso no ano de 1677

DO ANTIGO TESTAMENTO: Gênesis; Êxodo; Levítico; Números; Deuteronômio; Josué;

Capítulo I: Sobre as Sagradas Escrituras 5 2 Timóteo 3:16

1. As Sagradas Escrituras são a única, suficiente, correta e infalível regra de todo

9. A regra infalível de interpretação da Escritura é a própria Escritura; e, portanto, quando

20 2 Pedro 1:20-21; Atos 15:15-16

21 Mateus 22:29, 31, 32; Efésios 2:20; Atos 28:23

1 Isaías 46:10; Efésios 1:11; Hebreus 6:17; Romanos 9:15, 18

13 1 Pedro 1:2; 2 Tessalonicenses 2:13

4. Esses anjos e homens, assim predestinados e preordenados, são particular e

7 Atos 27:31, 44; Isaías 55:10-11

4. Desta corrupção original pela qual ficamos totalmente indispostos, incapacitados e

Capítulo VIII: Sobre Cristo, o Mediador

2 Atos 3:22 14 Colossenses 2:3

9 João 1:14; Gálatas 4:4 24 2 Coríntios 5:21

11 Mateus 1:22-23 26 Atos 13:37

32 Hebreus 9:14, 10:14; Romanos 3:25-26

38 João 6:37, 10:15-16, 17:9; Romanos 5:10

Capítulo XI: Sobre a Justificação

Capítulo XII: Sobre a Adoção 3 Romanos 6:14

Capítulo XIII: Sobre a Santificação

7 Lucas 19:8; 1 Timóteo 1:13, 15

1 Gênesis 1:27; Eclesiastes 7:29 10 Romanos 13:8-10; Tiago 2:8, 10-12

Capítulo XXI: Sobre a Liberdade Cristã e a

os dias das nossas vidas.17 9 João 14:13-14

8 Salmos 76:11; Gênesis 28:20-22

1 Gênesis 2:24; Malaquias 2:15; Mateus 19:5-6

Capítulo XXIV: Sobre o Magistrado Civil

9. O caminho apontado por Cristo para o chamamento de qualquer pessoa, capacitada e

1. O Batismo e a Ceia do Senhor são Ordenanças de positiva e soberana instituição,

1 Mateus 28:19-20; 1 Coríntios 11:26 8 Mateus 3:16; João 3:23

3 Hebreus 9:25, 26, 28

11 1 Coríntios 10:16, 11:23-26

7 1 Coríntios 11:27 Capítulo XXXI: Sobre o Estado do Homem Após a Morte, e a

1. Após a morte, o corpo humano retorna ao pó e vê a corrupção. 1 A alma, porém, não

1 Atos 17:31; João 5:22, 27

2. O propósito de Deus, ao estabelecer esse dia, consiste em manifestar a glória de Sua

Declaração Final e Signatários Richard Ring, Pastor, Southhampton, Hants

1 Abraão era tio de Ló, ver Gênesis 11:27.

UM CATECISMO PURITANO Índice de Perguntas

Prefácio Pergunta 6: Quantas Pessoas há na Divindade? ........................................................... 91

Pergunta 54: Qual é a razão anexada ao Quinto Mandamento? .................................... 103

PERGUNTAS E RESPOSTAS 7 Apocalipse 4:8

Pergunta 1: Qual é o fim principal do homem?

1 Efésios 2:20; 2 Timóteo 3:16 1 1 João 5:7; Mateus 28:19

Pergunta 7: O que são os decretos de Deus?

Pergunta 8: Como Deus executa os Seus decretos?

Pergunta 10: Como Deus criou o homem?

1 Gênesis 1:27 1 1 João 3:4

3 Efésios 2:1; Salmos 51:5 1 Hebreus 2:14