02 - Manancial de Mensagens

Manancial de Mensagens Genésio Santos
APRESENTAÇÃO
É com prazer inusitado que apresento ao público de língua portuguesa

este compêndio que é originado da pena laboriosa do pesquisador
aprimorado Pr. Genésio Santos, com o fascinante título: “Manancial de
Mensagens.”.
Este é uma fonte caudalosa de riquíssimas mensagens para a vida
diária com interpretação sólida de acordo com a doutrina pentecostal. Os
leitores que fizerem uso das pregações aqui inseridas, serão sem sombra de
dúvidas, enriquecidos espiritualmente e terão grande êxito na tribuna
sagrada.
Este cristalino Manacial veio colaborar com muitos pregadores e
pastores numa hora em que a pregação tem sido deixada de lado em muitos
púlpitos evangélicos. Com esta publicação fica aberto um caminho excelente
na preparação de eloquentes mensagens, que, por conseguinte, tenho
absolutíssima certeza que edificarão milhares de vidas não só no Brasil como
também no exterior. Vale a pena adquirí-lo para enobrecer e enriquecer
ainda mais a sua seleta biblioteca.
Pr. Dr. José Clarimundo César

Anápolis – GO.
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2
INTRODUÇÃO
Esse manancial tem sido às pregações que tenho feito uso nas
campanhas, nas cruzadas e nas conferências no Brasil e no exterior.
Ao longo de quatro décadas tenho lido a Bíblia duzentas e cinquenta
cinco vezes e mais de cinco mil livros evangélicos e seculares. Aqui
estão milhares de horas de pesquisas, jejuns, orações e sacrifícios na
procura das riquezas bíblicas.
É fascinante a vocação do pregador da Palavra de Deus. O que
mais admiro é ouvir um orador apresentar-se bem com uma
mensagem convincente. Por falta de dominar a oratória sacra, mutios
perdem inúmeras oportunidades de crescer no ministério. Alguns
possuem um cabedal de conhecimentos teológicos invejável; mas,
quando ocupam a tribuna para comunicar aprontam uma celeuma
marásmica.
É necessário que o comunicador cristão invista no melhoramento
da apresentação da pregação, como na postura corporal, e no timbre
da voz. Quem se apresenta melhor no púlpito fará maiores proezas
para o engrandecimento do Reino de Deus. Assim diz uma inscrição
encontrada em uma tumba egípcia de três mil anos atrás: “Torna-te
um artista da fala, pois assim terás domínio sobre os demais”.
O leitor encontrará aqui, mensagens evangelísticas, doutrinárias
e de edificação espiritual. Elas poderão ser usadas também em
programas radiofônicos para melhor seguridade do comunicador. O
meu grande desejo é contribuir com a propagação da semente
vivificadora da Palavra de Deus esperando que ela encontre terra
fértil e germine com toda eficácia; se isto ocorrer dar-me-ei por
recompensado.
O autor
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ÍNDICE
Apresentaçã o ...................................................... .0
Apresentação 01
Introdução ........................................................ .0
03
01. A Arte de Pregar ............................................ .07

02. A Simbologia das Capas ...................................... 81
03. As Plantas Falam ............................................. 86
04. O Leão da Tribo de Judá.................................... 92
05. Reconquistando Ramote - Gileade ........................... 100
06. O Bramido da Corça ........................................ 109
07. A Formação de Saulo ....................................... 117
08. Saulo, o Perseguidor ......................................... 124
09. Barnabé Introduz a Paulo.................................... 131
10. Paulo e sua Vida de Oração ................................. 137
11. A Liderança de Paulo......................................... 142
12. Paulo o Pregador ............................................. 148
13. Paulo Prepara o Timóteo ..................................... 154
14. As Epistolas de Paulo ........................................ 159
15. A Primeira Viagem de Paulo ................................. 168
16. A Segunda Viagem de Paulo ................................. 175
17. A Terceira Viagem de Paulo ................................. 182
18. A Viagem de Paulo a Roma .................................. 189
19. O Martírio de Paulo .......................................... 197
20. A Origem da Águia ........................................... 204
21. As Várias Espécies de Águias ............................... 209
22. O Ninho da Águia ............................................ 214
23. A Estrutura Física da águia ................................. 219
24. A águia Como Insígnia das Nações Poderosas .............. 223
25. A Alimentação da Águia ..................................... 227
26. A Visão Penetrante da Águia ................................ 231
27. O Voo que Desafia as Tempestades ........................ 235
28. A Renovação da Águia ....................................... 241
29. Lições do Cedro do Líbano ................................... 245
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30. O Arrebatamento da Igreja ................................ 268

31. A Visão do Cristo Inexterminável........................... 299
32. Carta à Igreja em Éfeso .................................... 316
33. Carta à Igreja em Esmirna ................................. 330
34. Carta à Igreja em Pérgamo ................................. 340
35. Carta à igreja em Tiatira ................................... 350
36. Carta à Igreja em Sardes .................................. 362
37. Carta à Igreja em Filadélfia ................................ 371
38. Carta à igreja em Laodicéia................................. 380
39. A Visão do Trono da Majestade ............................ 390
40. O Livro Selado com Sete Selos ............................. 400
41. Os Quatro Cavaleiros ........................................ 407
42. Os 144.000 e os Mártires na Glória ....................... 417
43. As Quatro Primeiras Trombetas ............................ 425
44. A Quinta e a Sexta Trombetas ............................. 435
45. O Livrinho Doce-Amargo .................................... 454
46. As Duas Testemunhas ....................................... 460
47. A Mulher e o Dragão ........................................ 472
48. As Duas Bestas Mundiais ................................... 482
49. Os Sete Episódios ........................................... 505
50. O Quadro Preparatório das Sete Taças.................... 517
51. As Sete Taças da Ira de Deus ............................. 524
52. A Visão da Grande Prostituta ............................... 538
53. A Derrocada Final da Babilônia ............................. 548
54. O Guerreiro do Cavalo Branco .............................. 560
55. O Reino Milenial de Cristo .................................. 567
56. O Juízo final ................................................. 574
57. O Novo Céu e a Nova Terra ................................ 581
58. A Nova Jerusalém ........................................... 587
59. A Novilha Vermelha.......................................... 599
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01
MENSAGEM
TEMA: COMO PREPARAR PREGAÇÕES DE SUCESSO

TEXTO: 2 Tm 4.2.
INTRODUÇÃO
Os ministros de Deus precisam falar ao povo como se

vivessem em seus corações, como se lhes tivessem sido
revelados todos os seus desejos e todos os seus caminhos,
todos os seus pecados e todas as suas dúvidas. Disse
Spurgeon:“ Mas as moscas são pegas com mel do que com
vinagre. Pregue muito sobre o amor de Deus”. Doravante o
nobre leitor deparar-se-á com regras importantíssimas que o
levará elaborar as suas mensagens de maneira laboriosa e
prática para uma exposição clara na cátedra sagrada.
1. A ARTE DE PREGAR
Homilética é a ciência que se ocupa com a pregação
cristã, de modo particular, com a prédica proferida no culto, no
seio da comunidade reunida. O termo é oriundo da palavra
grega He Homilia. O verbo Homilein significa “relacionar-se,
conversar”. He Homilia designa no N.T., “o estar juntos, o
relacionar-se”, e, nos primeiros séculos da era cristã, o termo
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passou a ser usado para denominar a prédica. Daí deriva a

expressão “Homilética.” Retórica identifica o discurso secular, a
homilética identifica o discurso sacro, religioso, cristão.
2. ALGUNS FATORES IMPORTANTES PARA QUEM QUER
APRENDER A PREGAR
Ao circular por todo o Brasil e por vários países tenho
visto ultimamente o anseio indescritível de uma vasta gama de
cristãos interessados na pregação bíblica, como oradores de
pequenas, médias e grandes multidões. Sabemos que pregar
requer certos conhecimentos e técnicas de comunicação. O
assunto que será tratado doravante vem contribuir com a
necessidade premente daqueles que anelam fazer tremer as
tribunas sagradas. Chegou à hora de investirmos na
preparação de novos pregadores. Um grande exército se
levantará para a evangelização nesta hora final da igreja na
terra. Quem prega não deve ter ciúmes de novos valores que
se levantam; pelo contrário, aqueles que têm experiências com
a oratória sagrada devem passar aos principiantes todos os
detalhes da familiaridade com o microfone. Lembre-se: só
aprenderemos a pregar, pregando. Nunca fuja da oportunidade
de pregar, pois é pregando que você vai vencer a timidez.
2.1. Aproveite todas as oportunidades recebidas para falar em
público.
2.2. Procure eliminar o medo de comunicar.
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2.3. Ore pedindo constantemente ao Senhor a graça de

pregar.
2.4. Observe atentamente a maneira de um bom pregador
iniciar e terminar uma mensagem.
2.5. Ouça e colecione mensagens de vários pregadores.
2.6. Grave uma de suas pregações e observe o que precisa ser
melhorado.
2.7. Leia e estude a Bíblia com comentários bíblicos
recomendáveis.
2.8. Procure criar temas de pregações explorando o potencial
da mente.
2.9. Comece a elaborar as suas pregações e não tenha medo e
nem vergonha de esboçá-las.
2.10. Adquira todos os livros que tratam de Homilética e de
esboços de pregações de acordo com a sua condição
financeira.
2.11. Adquira um sermonário em forma de arquivo para
guardar os seus esboços; faça dele um companheiro
inseparável de sua Bíblia.
2.12. Seja um bom ouvinte e sempre de caneta na mão ao
ouvir uma pregação cheia de curiosidades bíblicas.
2.13. Observe constantemente as expressões verbais e corporais
dos grandes apresentadores de televisão e colha lições de
comunicação.
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3. A URGENTE NECESSIDADE DE PREGADORES

A explosão demográfica mundial tem sido alarmante, e a
declaração do Senhor Jesus continua eclodindo: “... a seara é
realmente grande, mas poucos os ceifeiros” Mt 9.37. O número
de pregadores da Palavra tem sido reduzido; o fervor
missionário tem-se esfriado em muitos corações que outrora
estavam em chamas. Muitos pastores dedicados ao estudo da
Palavra de Deus e a oração abandonaram a consagração
pessoal. Creio que o Senhor levantará muitos outros obreiros
nessa hora de desafio. O servo de Deus que pagar o preço no
estudo e na oração e começar a pregar será um sério
candidato a se tornar grande pregador. Muitas pessoas
talentosas que poderiam sacudir o Brasil com a graciosidade
recebida do Senhor estão no ostracismo por emaranharem-se
nas malhas da ganância materialista. Uns querem se tornar
pregadores e não se preparam; outros são preparados e não se
preocupam em fazer a obra. A carência de pregadores
vocacionados e dedicados é mui grandiosa. Pela fé já ouço o
estrugir da marcha dos pregadores que estão surgindo para
terremotizar os corações empedernidos dos pecadores dessa
geração incrédula no desfecho da dispensação da graça. Nobre
leitor ingresse nas fileiras daqueles que anunciam sem medo a
Palavra do Senhor.
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4. O PALRADOR
É triste sabermos que temos em nossos púlpitos mais
palradores do que pregadores. Se alguém diz ser pregador só
porque está trajando a farda eclesiástica é puro engano. Tenho
ouvido constantemente pessoas que lêem um texto e aprontam
uma miscelânea, e no fim, nem elas acabam entendendo nada.
Usam um texto por pretexto. Quanto tempo é gasto em
muitos púlpitos por pessoas despreparadas culturalmente,
teologicamente e espiritualmente sem nenhuma condição de
comunicar com intrepidez a Palavra de Deus. É bom que o
obreiro saiba que o povo não recebe tudo que é dito de
maneira sem lógica atirada da tribuna. O pregador deve
conhecer a Bíblia tal qual o operário conhece as suas
ferramentas de trabalho.
Em muitos púlpitos hoje, ouvimos falar de tudo, menos a
Palavra de Deus que vivifica. Quando a pregação é transmitida
com elegância, organização e com unção, os esqueletos do
vale de ossos secos se tornam em grande exército. Um bom
pregador sofrerá repulsa, e inveja por parte dos despreparados
palradores. Os palradores sempre serão adversários dos bons
pregadores.
4.1. A Pregação do Palrador
4.1.1. Não tem tema.
4.1.2. Diz tudo sem dizer nada.
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4.1.3. Não tem começo e nem fim.

4.1.4. É tipo espada, comprida e chata.
4.1.5. Não tem metas a serem alcançadas.
4.1.6. É só para tomar o tempo.
4.1.7. Não tem consonância doutrinária.
4.1.8. É como colcha de retalhos.
4.1.9. Não promove edificação espiritual.
4.1.1. É cheia de gracejos.
5. O PREPARO DO PREGADOR
Os grandes atletas da atualidade preparam-se de 8 a 10
horas todos os dias esperando em forma o dia da competição.
O pregador zeloso jamais assumirá um púlpito de qualquer
maneira para fazer uma exposição da Palavra. O despreparo de
muitos que falam em nossas igrejas da à origem a muitos
gracejos que ouvimos circular entre nós. Como soldado em
campo de batalha o pregador deve estar munido de algumas
armas para ser bem sucedido na arena da pregação Pv 3.13.
5.1. O Preparo Físico
5.1.1. O pregador deve dormir bem, mas não ser dorminhoco.
5.1.2. Para evitar ressonância respiratória muito forte no
microfone desenvolva a técnica respiratória.
5.1.3. O pregador não deve comer antes de falar. Se houver
inibição, ocorrerá má digestão e até congestão. Se houver
aceleração, poderá ocorrer diarréia.
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5.1.4. Uma boa caminhada ajudará a circulação sangüínea e

dará mais sustentação ao pregador porque ele fica muito
tempo em pé.
5.1.5. O pregador deve assumir o púlpito descansado porque
gastará muita energia ao transmitir uma pregação. Você sabia
que uma hora de pregação equivale a oito horas de serviço
braçal?
5.1.6. O pregador deve fazer um check-up médico anual para
manter a saúde equilibrada.
5.1.7. Deve evitar bebidas geladas e não tomar café antes de
pregar para que a voz não venha falhar.
5.2. O Preparo Psicológico
O pregador deve ser equilibrado psicologicamente e
emocionalmente para enfrentar o auditório e vencer o inimigo
chamado medo. Durante a pregação ele vai expor por suas
palavras esse equilíbrio. Há pregadores que transmitem mais
da personalidade quando pregam, do que idéias. Outros falam
mais de seus problemas pessoais, tais como: perseguição,
enfermidade, angústia, tristeza e outros do que das verdades
contidas na Bíblia Sagrada. Ao caminhar para o púlpito não
demonstre um comportamento estranho e receioso. Dirija-se
com determinação; demonstre segurança no andar, e firmeza
na postura. O auditório ficará mais receptivo na expectativa de
receber uma boa pregação.
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5.3. O Preparo Cultural

Afirmou S. E. Nair: “Os dons de evangelista, pastor, e de
ensinador vem do alto e não do seminário, mas o pregador que
não é estudioso não irá muito adiante.” O pregador deve ser
consciente que o seu trabalho é mais mental do que braçal. Ele
deve ser pesquisador, bem informado, bom leitor, amante dos
livros, das revistas que aculturam, e deve estar atualizado com
os acontecimentos políticos, econômicos, sociais e religiosos. O
pregador não poderá de forma nenhuma pregar sobre um
assunto sem que tenha adquirido um esclarecimento geral.
5.4. O Preparo Espiritual
É o mais importante de todos os demais já referidos. O
pregador deve preparar-se espiritualmente gastando muito
tempo em oração e jejum para que as suas mensagens não
sejam sequiosas, e sim transformadoras. O sucesso do
pregador no púlpito depende de sua consagração pessoal em
oculto.
Se não houver um preparo espiritual as ferramentas da
intelectualidade serão cegas, os pecadores nada sentirão, as
lágrimas de arrependimento desaparecerão, as curas exalarão
e tudo será apenas um ensaio de oratória comum. O pregador
deve buscar ao Senhor antes de abrir a Bíblia Sl 119.18; antes
de preparar o sermão Sl 119.7; antes de entregá-lo Sl 119.38,
43, 130, e depois de tê-lo pregado Sl 119.132, 136.
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6. EVITE O PLÁGIO
Plagiar é pegar uma idéia alheia e reproduzi-la como se
fosse sua. O Código Penal considera o plágio como um furto
literário ou artístico. Admirar um pregador bem sucedido não
tem nada de errado. Agora, plagiar, gesticular, mudar o tom de
voz querendo ser uma cópia de outrem é desonroso, por que o
plagiador nega a sua própria identidade, e por sinal é muito
vergonhoso. A naturalidade de cada orador é o que caracteriza
o seu próprio estilo. Poderemos aprender com um renomado
pregador como fazer uma leitura brilhante e até mesmo
desenvolvermos uma mensagem, mas, nada de plagiar.
Pregar uma mensagem copiada de outro e usá-la como
se fosse própria, é coisa ridícula. A Palavra é de Deus e não do
homem; mas, as notas feitas na elaboração de uma pregação
devem ser reconhecidas e respeitadas pelos preguiçosos
copiadores de sermões alheios. Se os plagiadores tivessem a
humildade de fazer uso dos sermões de outros no púlpito e
citassem os nomes dos autores que os prepararam não teria
nada de anormal. O que é imperdoável é que o plagiador tem a
audácia de dizer na tribuna sagrada: “Esta mensagem recebi
de Deus enquanto orava.” A terribilidade da coisa é que muitas
vezes o autor do esboço da pregação é quem fica no prejuízo,
e leva a fama de plagiador. O que é constrangedor é que há
plagiador com a coragem de pregar uma mensagem cujo autor
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encontra-se presente. Na sociedade romana de então, o

plagiador era considerado a um sequestrador.
7. A BIBLIOTECA DO PREGADOR
Biblioteca é uma coleção de livros sem importar se
pequena ou grande, reunida com certo propósito em mira, para
servir de centro de leitura e pesquisas literárias.
7.1. A Formação de Uma Biblioteca
Desde o ano da minha conversão em 1976 venho
formando a minha biblioteca. Todos os 3.000 livros que possuo
eu os conheço e os considero como amigos inseparáveis. Os
pregadores que formaram suas bibliotecas pregam com
segurança e sempre apresentam curiosidades em suas
mensagens. Estarão em vantagens infinitamente maior aos que
negligenciaram a formação das suas.
7.2. Local de Banquete
É na biblioteca que a alma do pregador alimenta das
riquezas da verdade reveladas e proclamadas pelos santos
homens Deus. Quem negligenciar o banquete de sua biblioteca
não terá alimento espiritual para os ouvintes.
7.3. Local de Silêncio
Todo pastor deve ter seu escritório de estudos bíblicos
(padaria espiritual). Deve ser um local bem iluminado, arejado
e livre de qualquer barulho para não atrapalhar a oração e a
pesquisa bíblica.
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7.4. Deve ser Organizada

Uma biblioteca desorganizada torna-se um lugar de
confusão. A biblioteca do ministro cristão é o centro de suas
atividades eclesiásticas. Para ter uma biblioteca privada bem
disposta e eficiente, são necessários tempo, esforço e sacrifício
financeiro.
7.5. Livros Auxiliares Na Preparação De Pregações
7.5.1. Bíblia
Para uso em público com a tradução mais próxima do
original, se possível algumas versões para análise textual.
7.5.2. Concordância Bíblica
Para localizar os versículos que serão usados no corpo da
pregação e também para mencionar quantas vezes a palavra
analisada aparece na Bíblia. Isto é muito importante e curioso.
7.5.3. Dicionário Bíblico
Será de uma precisão sine qua non, porque ajuda
esclarecer os significados dos nomes bíblicos, lugares e
personagens que serão acrescidos na pregação.
7.5.4. Manual Bíblico
Mostra de forma condensada o que se trata em cada
livro da Bíblia e enriquece com dados cronológicos e
curiosidades importantíssimas.
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7.5.5. Comentários Bíblicos

Esses são as verdadeiras fontes de enriquecimento
bíblico. Muitas vezes o pregador faz a leitura de um texto e não
consegue entender o que o autor quis transmitir, e quando
recorre aos comentários, novas luzes passam a refletir, e ele,
passa a imaginar mensagens edificantes.
7.5.6. Dicionários
Sinônimos, antônimos, etimológicos e o mais completo
da língua portuguesa. Eles ajudam o pregador a escrever
corretamente enriquecendo assim o texto elaborado.
7.5.7. Literatura De Cunho Cultural
Ela Traz Notas importantes, estatísticas e assuntos a que
vem tornar mais rica e interessante à pregação.
7.6. Sumário de Classificação Para a Organização de
Uma Biblioteca
000. Obras de caráter geral.
100. Filosofia.
200. Religião.
300. Ciências Sociais.
400. Filologia.
500. Ciência Pura.
600. Artes Úteis.
700. Belas Artes.
800. Literatura.
18
900. História.
000. Obras de caráter geral.
010. Bibliografia.
030. Enciclopédias Gerais.
050. Periódicos gerais, revistas.
100. Filosofia em geral.
110. Metafísica.
150. Psicologia.
160. Lógica.
170. Ética.
172. Ética de Estado – Deveres do cidadão, relações com a
Igreja – Paz e Guerra.
173. Ética familiar.
174. Ética profissional e comercial.
175. Ética da diversão (ver também 790).
178. Temperança – Estimulantes e narcóticos.
179. Outros tópicos sobre ética.
200. Religião – obras de caráter geral.
201. Filosofia.
203. Dicionários – Enciclopédias.
205. Periódicos – revistas.
208. Obras coligidas, extratos, etc.
210. Teologia Natural.
211. Ateísmo, infidelidade, racionalismo, etc.
19
213. Evolução.
220. Bíblia – obras gerais.
1- Cânone, inspiração, autoria, profecia.
2- Concordâncias.
3- Dicionários, enciclopédias.
4- Textos originais.
5- Versões.
7- Comentários sobre toda a Bíblia.
8-Tópicos especiais (músicas, diversões, animais, plantas,
etc.).
9- Geografia e História Bíblica.
92. Biografia escriturística.
93. Antiguidade, arqueologia.
94. Cronologia.
221. Antigo Testamento: textos, introduções, etc.
222. Livros Históricos: Josué e Ester.
223. Livros Poéticos: Jó e Cantares de Salomão.
224. Livros proféticos: Isaias e Malaquias.
225. N. e V. Testamentos: textos, introduções, etc.
226. Evangelhos e Atos dos Apóstolos.
1- Harmonias.
2- Mateus.
3- Marcos.
4- Lucas.
20
5- João.
6- Atos dos Apóstolos.
7- Milagres.
8- Parábolas.
227. Epístolas (- 1 a – 7), Romanos e Colossenses.
8. Outras cartas paulinas. Inclusive Hebreus.
9. Epístolas católicas).
228. Apocalipse.
229. Apócrifos.
230. Teologia Dogmática doutrinária.
231. Deus, trindade.
3- Deus, o Espírito Santo.
232. Cristologia.
1- Encarnação, Messias.
3- Expiação.
4- Sacrifício.
5- Ressurreição.
8- Teantropia (Divino – Humano).
9- Vida de Cristo.
233 - Homem: origem, queda, pecado e etc.
234. Salvação: Graça, fé, regeneração, etc.
8- Santificação.
9- Predestinação e livre arbítrio catecismos.
239. Apologética – evidências do cristianismo.
21
240. Devocionais.
245. Hinologia – poesia religiosa.
248. Religião pessoal – (oração particular).
249. Devoções familiares.
250. Homilética pastoral.
251. Homilética – prévia.
252. Sermões.
253. Vida e deveres do pastor (visitas, evangelização).
254. Sustento pastoral – (Dízimos, finanças da igreja,
mordomia, etc...).
260. A Igreja cristã: instituições e obras.
261. A igreja.
262. Governo eclesiástico.
263. Domingo.
264. Culto público – Liturgia.
265. Sacramentos – ordenanças.
1- Batismo.
2- Confirmação, comunhão eclesiástica.
3- Ceia do Senhor.
8- Ministério aos enfermos (Cura pela fé).
266. Missões: nacionais e estrangeiras.
267. Associações, ou sociedades domésticas.
268. Escolas dominicais (Escola Bíblica de Férias).
269. Reavivamentos.
22
270. História Geral da Igreja Cristã.

280. Igrejas e seitas.
282. Igreja Católica Romana.
290. Religiões não cristãs (Heresiologia).
296. Judaísmo.
300. Ciências Sociais – Sociologia em Geral.
320. Ciência Política.
330. Econômica – política econômica.
340. Leis.
350. Administração – Governo.
360. Institutos de bem-estar e sociais.
370. Educação.
390. Costumes.
395. Etiqueta Social.
400. Filologia.
500. Ciência em Geral.
510. Matemática.
520. Astronomia.
530. Física.
540. Química.
550. Geologia.
580. Botânica.
590. Zoologia.
600. Artes úteis – ciência aplicada.
23
610. Medicina.
620. Engenharia.
630. Agricultura.
640. Economia doméstica – ciência doméstica.
650. Negócios.
700. Belas Artes - (1) paisagismo, (2) arquitetura, (3).
escultura, (4) desenho, (5) pintura, (6) gravura, (7).
fotografia, (8) música, (9) diversões, etc.
800. Literatura – obras de caráter geral.
808. Retórica, composição literária, coletâneas.
-5- Falar em público – oratória.
810. Literatura brasileira.
820. Literatura inglesa (830-890) para outras línguas, se
desejar na seguinte ordem: Alemã, Espanhola, Francesa,
Grega, Italiana, Latina, etc.
900. História em geral.
910. Geografia – Viagens.
920. Biografia.
930. História antiga.
940. Europa.
950. Ásia.
960. África.
970. América do Norte.
971. Canadá.
24
972. Estados Unidos da América do Norte.

973. México, América Central.
980. América do Sul.
981. Argentina.
982. Bolívia.
983. Brasil.
984. Chile.
990. Oceania – regiões polares.
A condensação da classificação decimal aqui apresentada
que deve servir para guiar o ministro na classificação e arranjo
de sua biblioteca, de dois mil volumes ou menos é de autoria
de Dewey.
8. A LINGUAGEM DO PREGADOR
Os retóricos sempre ensinavam, que o orador deve ser
claro naquilo que diz, porque o auditório não faz esforço para
entendê-lo. O pregador que usa uma linguagem multissilábica,
demonstra mais vontade de exibir-se, do que levar com fervor
a mensagem de Cristo. Se o Apóstolo São Paulo quisesse
poderia esnobar o mais refinado vocabulário grego no
Areópago ateniense, e, em Corinto no sul da Acaia; no entanto,
preocupou-se em transmitir uma mensagem ungida no poder
do Espírito Santo 1 Co 1.17; 2.1, 4,5. A pregação deve ser
veiculada por meio da linguagem comum, a fim de se tornar
acessível ao maior número de ouvintes.
25
8.1. A Pregação Como Meio de Comunicação

8.1.1. O pregador deve usar o conjunto de músculos que se
usa quando se fala.
8.1.2. Deve pronunciar bem as palavras para não distorcer o
sentido delas.
8.1.3. Deve conhecer de antemão as condições acústicas do
templo onde vai pregar.
8.1.4. Deve conhecer os ruídos produzidos por sua própria
prédica, e corrigi-los: dicção, voz baixa, fala muito rápida
(metralhadora).
8.1.5. Deve evitar: Expressões ou vocábulos inexatos,
ambíguos, inexpressivos, de floreios e atavios, falar uma
linguagem correta, mas não abusar da liberdade linguística.
8.2. Vícios de Linguagem
Os vícios linguísticos devem ser eliminados para que a
comunicação possa ter boa receptividade. O comunicador deve
ser amante da gramática, dos dicionários etimológicos e
ortográficos para evitar os barbarismos.
8.2.1. Anfibologia: Defeito da frase que apresenta duplo
sentido, exemplo: Convence, enfim o pai o filho amado.
8.2.2. Barbarismo: Uso de uma palavra errada relativamente
a pronuncia, forma ou significação. Ex: Ância, em vez de ânsia;
cidadões, por cidadãos; anciões, por anciãos.
26
8.2.3. Cacofonia: Som desagradável ou palavra de sentido

ridículo, ou torpe, resultante de certos vocábulos na frase.
Exemplo: A boca dela; Eu amo ela; Mande-me já isso; Vai-a
seguindo.
8.2.4. Colisão: Sucessão desagradável de consonâncias
idênticas. Exemplo: João viaja já.
8.2.5. Pleonasmo: Redundância, presença de palavras
supérfluas na frase. Exemplo: Sair para fora; entrar para
dentro.
8.2.6. Solecismo: Erro de Sintaxe (concordância, regência,
colocação) Exemplo: Falta cinco alunos; Eu lhe estimo;
Revoltarão-se.
8.3. Substantivos Compostos
SINGULAR PLURAL
Antecâmara Antecâmaras
Beija-flor Beija-flores
Capitão-mor Capitães-mores
Conta-gota Conta-gotas
Corre-corre Corre-corres
Estrada-de-ferro Estradas-de-ferro
Flor-de-maio Flores-de-maio
Guarda-floresta Guardas-florestas
Guarda-jardim Guarda-jardins
Guarda-sol Guarda-sóis
Pão-de-ló Pães-de-ló
Quero-quero Quero-queros
Vice-cônsul Vice-cônsules
27
8.4. Alguns Coletivos de Uso Comum

COLETIVOS DAS SEGUINTES PALAVRAS
Abelhas Colméia
Animais de uma região Fauna
Anjos Coro, falange, legião
Aplausos Claque
Artistas Elenco
Assembléia Religiosa Sínodo
Bodes Cabroada
Cabelos Chumaço
Camelos Cáfila
Cavalos Tropel
Escritores Plêiade
Hinos Hinário
Letras Abecedário
Ministros Conselho, ministério
Santos Hagiológio
Lobos Alcatéia
8.5. Pronomes de Tratamento

8.5.1. Você (V.) - Usado no trato familiar é íntimo, é a
redução de vossa mercê.
8.5.2. O senhor (Sr.), a senhora (Sr.a) - No tratamento de
respeito.
8.5.3. A senhorita (Srta.) - A moças solteiras.
8.5.4. Vossa Senhoria (V. S.a) - Para pessoas de cerimônia,
principalmente na correspondência comercial.
8.5.5. Vossas Senhorias (V. S.as).
28
8.5.6. Vossa Excelência (V. Ex.a) - Para altas autoridades.

8.5.7. Vossas Excelências (V. Ex.as).
8.5.8. Vossa Reverendíssima (V. Rev.ma) - Para pastores
e sacerdotes.
8.5.9. Vossas Reverendíssimas (V. Rev,.mas).
8.5.10. Vossa Eminência (V. Em. a) - Para cardeais.
8.5.11. Vossas Eminências (V. Em. as).
8.5.12. Vossa Santidade (V. S.) - Para o Papa.
8.5.13. Vossa Majestade (V.M.) - Para reis e rainhas.
8.5.14. Vossas Majestades (VV. MM.).
8.5.15. Vossa Majestade Imperial (V.M.I.) - Para
imperadores.
8.5.16. Vossa Alteza (V.A) - Para príncipes, princesas e
duques.
8.5.19. Vossas Altezas (VV.AA.).
8.6. Expressões Latinas Úteis ao Pregador
8.6.1. Abyssus abyssum invocat - um abismo atrai outro
abismo.
8.6.2. A contrário sensu - Em sentido contrário.
8.6.3. Acta est fabula - Acabou a História.
8.6.4. Anno cristi - No ano de Cristo.
8.6.5. Anno domini - No ano do Senhor.
8.6.6. A posteriori - Em conseqüência de argumentos
antecedentemente expostos.
29
8.6.7. A priori - Anterior à verificação.

8.6.8. Bis - Outra vez.
8.6.9. Copia verborum - Abundância de palavras.
8.6.10. Corrigenda - Erros que devem ser corrigidos.
8.6.11. Déficit - Saldo negativo.
8.6.12. Ecce homo - Eis o homem.
8.6.13. Errare humanum est - Errar é de o próprio ser
humano.
8.6.14. Exempli gratia - Por exemplo.
8.6.15. Fac-simile - Reprodução exata.
8.6.16. Habeas-corpus - Ninguém pode ser preso sem o
conhecimento das causas podendo o acusado se defender livre.
8.6.17. Idem - O mesmo.
8.6.18. Imprimatur - Imprima-se.
8.6.19. In loco - No lugar.
8.6.20. In memoriam - À memória.
8.6.21. In totum - No todo.
8.6.22. Ipso facto - Em decorrência do próprio fato.
8.6.23. Memento homo quia es pulvis et in pulverem
reverteris - Lembra-se homem, de que és pó e em pó te has
de tornar.
8.6.24. Persona grata - Pessoa grata.
8.6.25. Post scriptum - Depois do escrito.
30
8.6.26. Quorum - Número mínimo para funcionamento de

órgão colegiado.
8.6.27. Sine qua non - Condição sem a qual nada pode ser
feito.
8.6.28. Sui generis - Que não é igual a outro, especial.
8.6.29. Superávit - Saldo positivo.
8.6.30. Vade mecum - nome de livros que resumem ciências
de constantes pesquisas.
8.6.31. Veni, vidi, vici - Vim, vi, venci. Palavras de César a
Farnaces, Rei do ponto.
8.6.32. Verbo ad verbum - Palavra por palavra.
8.6.33. Vide - Vê, isto é, confira.
8.6.34. Vox populi, Vox dei - A voz do povo é a voz de
Deus.
8.7. Exercício Para Treinamento da Emissão de Grupos
Com r e Com l
O pregador que tem dificuldade em pronunciar palavras
com R trocando-as por L deve treinar e muito os exercícios
seguintes para melhorar a dicção. Como é horripilante ouvir um
orador dizer bicicreta em lugar de bicicleta, ou laleila em lugar
de lareira.
TA DA LA DLA DLA DNA DNA DRA
TE DE LE DLE DLE DNE DNE DRE
TI DI LI DLI DLI DNI DNI DRI
TO DO LO DLO DLO DNO DNO DRO
31
TU DU LU DLU DLU DNU DNU DRU
FARÁ FARÁ FARÁ FRA FRA

FALÁ FALÁ FALÁ FLA FLA
BARÁ BARÁ BARÁ BRA BRA
BALA BALA BALA BLA BLA
CARÁ CARÁ CARÁ CRA CRA
CALÁ CALÁ CALÁ CLÃ CLA
DARÁ DARÁ DARÁ DRA DRA
DALÁ DALÁ DALÁ DLA DLA
TARÁ TARÁ TARÁ TRA TRA
TALÁ TALÁ TALÁ TLA TLA
BRA CRA DRA FRA GRA PRA TRA VRA

BRE CRE DRE FRE GRE PRE TRE VRE
BRI CRI DRI FRI GRI PRI TRI VRI
BRO CRO DRO FRO GRO PRO TRO VRO
BRU CRU DRU FRU GRU PRU TRU VRU
BLA CLA DLA FLA GLA PLA TLA

BLE CLE DLE FLE GLE PLE TLE
BLI CLI DLI FLI GLI PLI TLI
BLO CLO DLO FLO GLO PLO TLO
BLU CLU DLU FLU GLU PLU TLU
1. TRAVA– LÍNGUAS PARA TREINO ARTICULATÓRIO

I
Gilda, Elga e Cacilda só calçam
Calçado de salto alto;
Gilda é dócil mais fútil, Elga,
É culta mais débil e falsa;
32
Cacilda é grácil, hábil, amável, social
II
No calso e na calda há cal
Mas não há cal na rolda.
Há rol, mas rolda não é rol;
Na solda há sol, mas nenhum sal;
No mel não há mal nem fel,
Mas no mau há mal, no salgado há sal
Tal qual.
R
I
Comprei na feira do rato,
No largo das amoreiras,
Arroz de péu num prato,
Arranjado pelas freiras.
II
Ricardo Bernardo Ferro,
Farto de ir ver o Artur,
Berrou de raiva o seu berro,
Repercurtiu – ur ur ur,
Ao horror do berro, um burro zurrou
E era horrendo o zurro – zur zur zur
33
III
A aranha arranha a rã.
A rã arranha a aranha
Arranha a aranha a rã?
A rã a aranha arranha?
8.8. O Pregador Deve Ser Amante da Leitura 1 Tm 4.13
Ler é aprender a redigir. Só aprenderemos a escrever
bem depois de aprendermos a ler. É através da leitura que
tomamos lições de estilo. Poderemos nos considerar um leitor
ativo quando formos capazes de ler criticando o texto, fazendo
perguntas, procurando a intenção do autor, pesquisando a
mensagem principal e as secundárias, tirando conclusões das
obras literárias.
8.8.1. As Vantagens da Leitura
Enriquece o vocabulário;
Facilita a aquisição de experiências;
Amplia o conhecimento da língua;
Melhora a redação;
Desperta a inteligência;
Aviva a imaginação;
Clareia as idéias;
Aperfeiçoa a cultura;
Fornece-nos soluções de problemas já resolvidos por outras
pessoas. A leitura da Bíblia deve ser feita no mínimo três vezes
34
no ano pelo pregador. Ela contém 31.175 versículos e 1.189

capítulos. Se lermos 3 capítulos de segunda a sábado e cinco
no domingo, em um ano teremos lido toda a Palavra de Deus.
O pregador dedicado não somente lê a Bíblia, ele a estuda
meticulosamente. Nosso sucesso ou fracasso na vida cristã
depende da quantidade de conhecimento bíblico que
armazenamos em nossa mente com regularidade, e de nossa
obediência às suas verdades. Muitas igrejas estão esvaziando e
muitos ministros estão regredindo cada dia no ministério por
não terem mensagens e estudos bíblicos para o rebanho do
Senhor. O obreiro estudioso tem a facilidade de escolher a
mensagem que será pregada devido ter centenas que já foram
condensadas em seu sermonário.
8.9. Como Fazer Uma Boa Leitura em Público
Os que dizem que não tem tempo para ler sempre farão
leituras embaraçosas por não se familiarizarem com
determinadas palavras.
Sabemos que ler é uma arte, quanto mais lermos ainda
não leremos o suficiente.
Como bons leitores devemos procurar fazer a leitura de
livros que estejam forçando-nos a desenvolver a nossa
inteligência.
Não podemos deixar que as programações tanto do rádio
quanto da televisão venham furtar o nosso hábito de ler.
35
Quem lê bastante amadurece rapidamente, e pergunta

menos devido estar sempre atualizado.
Só estaremos aptos para escrevermos bem depois de
aprendermos a ler bem.
Ao fazermos uma leitura e encontrarmos palavras cujos
significados não sabemos é necessário que recorramos ao
dicionário para o enriquecimento do nosso vocabulário.
O bom leitor deve variar a velocidade da leitura de acordo
com o material que irá ler. Fazer uma leitura depressa ou
devagar atrapalha.
O pregador deve estar apto para saber em que livro um
determinado assunto está registrado.
Na Bíblia encontramos: Orações, crônicas, romances e
histórias; cada qual terá que ser lida no estilo correto para que
a leitura seja correta.
Se o pregador tiver alguma deficiência visual é necessário
procurar um oftalmologista para fazer uma correção.
A leitura deverá ser feita sem gritos e sem balbucios.
É horrível assistirmos uma leitura mal feita. Palavras
pronunciadas pela metade e outras adulteradas
A voz é o fator preponderante na linguagem falada. É a
jóia mais preciosa para o pregador após a unção divina. Não
basta ao pregador possuir riquíssimos esboços de pregações se
ele não for portador de uma voz que atrai o auditório.
36
Verdades sumamente preciosas podem ser grandemente

maculadas por serem transmitidas em tom monótono. O
pregador que não faz transmissão natural e genuína, não
deveria ter a permissão de ocupar o púlpito.
9. A VOZ DO PREGADOR
9.1. As Quatro Qualidades Para Cultivar a Voz
Força
Pureza de tom
Boa expressão
Naturalidade
9.2. Os Segredos de Uma Voz Poderosa
A voz é um instrumento de que se precisa cuidar e
melhorar na medida do possível. É necessário adquirir o hábito
de ler em voz alta, de ouvir a própria voz, de ler os outdoor’s e
de acompanhar os comerciais de rádio e televisão.
Use uma voz calorosa
Varie sua entonação, volume, força e ritmo.
Tome bastante fôlego para concluir cada frase de
entonação forte.
Demonstre energia vocal e física;
Não “coma” letras (pra, em vez de para, por exemplo);
Use pronúncia correta;
Evite “oh”, “hã”, “tá?”, “entende?”
Faça uso suficiente da pausa
37
Nota:
Use a mudança do tom de voz para desmonotizar o que

você tem a dizer. Uma voz boa está sujeita a ficar
grandemente prejudicada, se o orador forçá-la num ambiente
bastante frio ou muito quente. Quando o pregador esquenta o
corpo com uma pregação acalorada e sai para o ar frio, deve
fazer de tudo para não se resfriar, devendo então não só
agasalhar bem a garganta, mas também proteger todo o corpo.
O esquecimento dessas precauções não poucas vezes resulta
em enfermidades ainda piores que uma laringite.
10. COMO PREPARARO AUDITÓRIO PARA O PREGADOR
10.1. A Apresentação do Pregador
É necessário que seja mencionado o nome completo do
pregador. Evite usar apelidos ou perguntar em público: “qual é
o seu nome?”, para não haver um descaso. Se esquecer do
nome pergunte de forma discreta a alguém que o conheça.
Evite citar o nome de maneira errada porque isso fere o
sentimento humano. Exemplo: trocar Gérson por Gervásio,
Albertino por Celestino.
10.2. O Currículo do Pregador
É de bom alvitre que seja ventilado em poucas palavras
as atividades eclesiásticas e culturais do pregador para que o
auditório fique bem informado acerca de quem estará ouvindo.
38
10.3. O Preparo do Auditório

O dirigente do culto deve ser um comunicador expressivo
e alegre para quebrar a monotonia do auditório. Não deve ser
entregue a oportunidade para o pregador estando os ouvintes
frios, desatenciosos e tramitando de um lugar para outro. O
louvor e a adoração que precedem a pregação devem ser vivos
e radiantes.
10.4. O Tema da Pregação
Em alguns casos o apresentador pode anunciar o tema
que o pregador estará discorrendo. Deve ser dito assim:
“apartir deste momento com os nossos corações afogueados e
com os nossos ouvidos aguçados estaremos ouvindo a
mensagem de Deus que tem o seguinte tema: “O BRADO DO
CALVÁRIO.”
10.5. A Oração Que Precede a Pregação
O Pregador deve receber o microfone após uma oração
revolucionadora que deixa o auditório fervoroso e faminto
acerca do que será transmitido. Agora é preciso que o
pregador tome cuidado para não fazer outra oração após o
texto lido acerca de sua mensagem.
10.6. A Introdução do Pregador
Convém que o pregador do evento seja introduzido da
seguinte forma: Queridos ouvintes, a partir deste momento os
céus estão profusamente voltados para este lugar, e aqui, está
39
o homem credenciado pelo Sábio Arquiteto do Universo, e já

recebeu a inspirada mensagem respaldada com a unção divina
para nos abençoar. Recebamos a partir de agora o mensageiro
de Cristo: (Citar o nome completo do pregador).
11. A GESTICULAÇÃO DO PREGADOR NA TRIBUNA
A maneira pela qual o pregador gesticula na tribuna será
de grande valor, se for com elegância e naturalidade. Ensinar
ao corpo como se posicionar e se mover é uma boa maneira de
repreender o inimigo chamado medo.
11.1. Erros a Serem Evitados
11.1.1. Andar de lá para cá
11.1.2. Cruzar e descruzar as pernas
11.1.3. Tamborilar os dedos
11.1.4. Ler a Bíblia enquanto outro prega
11.1.5. Pentear os cabelos
11.1.6. Apoiar incorretamente
11.1.7. Espreguiçar e bocejar
11.1.8. Sentar com as pernas abertas e esticadas
11.1.9. Usar terno descombinando as cores
11.1.10. Ficar mexendo na pulseira do relógio
11.1.11. Coçar o queixo
11.1.12. Tirar e colocar a aliança
11.1.13. Enfiar o dedo nos ouvidos e até no nariz
11.1.14. Enrolar e desenrolar o fio do microfone
40
11.1.15. Apresentar com ouvidos e unhas sujas

11.1.16. Portar com falta de higiene
11.1.17. Bater no púlpito
11.1.18. Apontar o dedo em riste, como se fosse uma arma.
11.1.19. Apresentar o rosto carrancudo e voz agressiva
O pregador deve lembrar-se de que a postura e as suas
atitudes antes de pregar poderão predispor o ânimo dos
ouvintes de forma favorável ou contrária à apresentação da
Palavra de Deus.
11.2. GESTOS COM OS BRAÇOS
Os gestos devem ser comedidos e naturais, pois sua
função é complementar a palavra e não exagerá-la. O pregador
que não gesticula estará sempre embaraçado no púlpito. A arte
reprova os oradores imóveis, que deixam seus braços fixados
no corpo e as mãos inertes. Se o gesto antecede a palavra,
prepara-a; se a acompanha, reforça-a; se lhe sucede, perde a
força. Cada gesto deverá corresponder a uma idéia ou
informação predominante e não cada palavra, a não ser que
esta palavra encerre em si mesma uma idéia completa. Por
exemplo, eu posso representar a frase seguinte com um único
gesto: Nós estamos aqui para orarmos. Não devo, portanto,
fazer um gesto para nós, outro para estamos e outro para aqui.
O ideal é fazer somente gestos que tenham verdadeira
significação e concordem com o que o pregador esteja dizendo.
41
11.2.1. EXPRESSAR PODER

Fechar as mãos, e apoiar o dedo polegar sobre o dedo
mediano At 4.33.
11.2.2. EXPRESSAR GOVERNO

Os dedos polegares deverão estar apoiados sobre os
dedos indicadores Lc 1.32.
42
11.2.3. EXPRESSAR GRANDEZA

Abrir os braços e as mãos saindo do limite do corpo, com
os dedos levemente afastados Jó 31.23.
11.2.4. EXPRESSAR PROFUNDIDADE

Dedos unidos apontando para o solo Sl 130.1.
43
11.2.5. EXPRESSAR DISTÂNCIA

O braço deverá ser estendido para frente na altura da
cabeça, com a mão aberta Gn 21.16.
11.2.6. EXPRESSAR O PRESENTE

Mão fechada com o dedo indicador apontando para
baixo Ef 1.21.
44
11.2.7. EXPRESSAR O PASSADO

O dedo polegar deverá ser esticado, apontando para trás
na altura do ombro Dt 4.32.
11.2.8. EXPRESSAR O FUTURO

A mão deverá estar fechada com o dedo indicador
apontando para frente Sl 37.37.
45
11.3. COM A CABEÇA

11.3.1. EXPRESSAR TERNURA
A cabeça deverá pender para frente Lc 10.6.
11.3.2. EXPRESSAR DÚVIDA

O queixo deverá avançar para a frente e para cima Lc 7.20
46
11.4. COM O TRONCO

11.4.1. EXPRESSAR ENERGIA
Peito alteado, atitude militar At 1.8.
11.4.2. EXPRESSAR HUMILDADE

Peito côncavo 1 Pe 5.5.
47
11.5. COM OS OMBROS

Os ombros são o termômetro da vida sensitiva, da
emoção e do amor.
11.5.1. EXPRESSAR FORTALEZA

Os ombros devem ser levantados fortemente Sl 46.1.
48
12. O QUE O PREGADOR PRECISA AO ASSUMIR A

TRIBUNA
12.1. Ter passado um bom tempo na fornalha da oração
porque estará combatendo o reino infernal.
12.2. Deve estar preparado acerca do texto que irá
desenvolver durante a pregação. Analisar com acuidade as
palavras e as aplicações que serão contextualizadas.
12.3. Estar bem arrumado, combinado e higienicamente
apresentável.
12.4. Estar psicologicamente equilibrado para não deixar
transparecer os problemas pessoais.
12.5. Deve observar o controle do som para adequar a voz.
Observar o retorno das caixas e a posição corporal na tribuna
para evitar microfonia. O som mal regulado deixará o
comunicador incomodado e até mesmo desencorajado.
12.6. Demonstrar simpatia e elegância para com os obreiros
que estão em sua retaguarda. Não condená-los publicamente
apontando o dedo indicador em riste.
12.7. Cumprimentar o pastor local chamando-o pelo nome
completo e mencionar o nome de sua esposa para haver uma
melhor identificação.
12.8. Agradecer com bastante ênfase o convite recebido e
demonstrar a gratidão de estar ali como mensageiro de Cristo.
49
12.9. Não deve em hipótese alguma se esquecer de tecer um

elogio honesto ao pastor hospedeiro acerca de sua pessoa e de
seu trabalho. Isto é bom e encoraja o companheiro de
ministério.
12.10. Respeitar o horário para não perder a atenção do
auditório com pregações prolongadas. O pregador deve falar o
suficiente e ter capacidade de síntese. Agora, é necessário que
os dirigentes dos cultos saibam que vinte minutos dados a um
pregador para trazer a mensagem é um abuso.
12.11. Não ser esbravejador com a locomoção dos
transeuntes dando lugar a ira selvagem. Deve ser cortês e ter
características de boas maneiras.
13. RECOMENDAÇÕES INDISPENSÁVEIS AO PREGADOR
13.1. Como Recepcionar Uma Pessoa
Por onde quer que o pregador vá desempenhar as suas
atividades eclesiásticas ele será bem recepcionado; por isso,
deve ser um cavalheiro e exercer a hospitalidade. Ser atencioso
é uma virtude fundamental. Deve ir ao aeroporto ou a
rodoviária recepcionar a pessoa esperada pouco antes de sua
chegada. O recepcionista deve: dar as boas vindas revelando
alegria profusa em reencontrar o amigo; carregar as malas e
encaminhá-la para o local de hospedagem e dar toda a atenção
especial. Há pregador que gosta de ser tratado como rei e
quando é para servir a um companheiro desaparece.
50
13.2. Como Falar ao Telefone

O ministério de um pregador poderá ser bem ou mal
representado pela ineficácia ao atender um telefonema.
13.3. O Comportamento do Pregador Como Hóspede
As Atitudes da vida diária do pregador falam mais alto do
que a sua prédica no púlpito. Quantos escândalos têm surgido
devido à falta de postura ética.
13.3.1. Se hospedar em residência
Deve manter o decoro e o respeito. Não transitar de
calção e sem camisa. Não sair do banho enrolado em toalhas
se o banheiro for fora do quarto. Não adentrar ao quarto do
casal hospedeiro sem a devida permissão. Quando estiver só
não fique mexendo em pertences de uso pessoal do
hospedeiro. Não apanhar objetos por mais simples que sejam
sem a devida autorização. Não obrigue ao proprietário dar
presentes forçadamente.
13.3.2. Se hospedar em hotel
Evite o uso abusivo de ligações telefônicas para não
acrescentar despesas de forma exorbitante. Geralmente as
ligações feitas em hotéis são caríssimas. Use somente o
necessário do que tiver no frigobar. Tem pregador que quando
sai do hotel leva quase tudo, inclusive toalhas. Isto é uma
vergonha!
51
13.4. O Cuidado Com as Conversas

O pregador como um bom soldado de Jesus Cristo deve
ter disciplina e decência de vocabulário. Não participar de
conversas frívolas e de piadas imorais. Não tocar na vida e no
talento de colegas de ministério. Se não puder falar bem, cale-
se!
13.5. A Prudência ao Receber Uma Crítica
O equilíbrio e a temperança são os dois trilhos por onde
trafega o trem da paciência. Se um pregador for criticado por
“A” ou por “B” deverá ouvir com bastante atenção e calma.
Todos nós somos susceptíveis a errar. Não podemos achar
segundo o nosso ponto de vista que somos inerrantes e super-
homens. O proverbista Salomão disse que o sábio aceita a
instrução para ser mais instruído e tornar-se sábio em suas
decisões. Devemos aceitar a crítica e não demonstrarmos
nervosismo agressivo, mas, deixemos aflorar a calma e a
paciência.
13.6. O Que o Pregador Deve Fazer Quando Sentir Que
Não Saiu Bem em Determinado Compromisso
Às vezes podemos achar que não obtivemos êxito em
certa conferência, mas a igreja foi sobremaneiramente
abençoada e edificada. É importante entendermos que nem
sempre o Senhor opera com trovoadas e relâmpagos, às vezes
Ele atua com a brisa suave do Carmelo. O pregador deve saber
52
diferenciar o objetivo de cada trabalho para não se exasperar.

Agora, se na verdade for mal sucedido, é preciso que pare, e
analise o que está acontecendo. Se for falta de preparo bíblico,
aplique a leitura do Santo Livro. Se for a falta de unção,
dedique-se ao jejum e a oração para haver manifestações
sobrenaturais.
13.7. Evite o Repetitismo de Pregações
Todo pregador repete mensagens, mas de forma dosada
e em lugares diferentes. Billy Graham disse: “Uma pregação só
estará bem solidificada depois que for pregada dez vezes.” O
que é inaceitável é o pregador não se preparar e só ficar com
duas ou três mensagens e achando ainda que é um ídolo
eclesiástico. O preletor preparado é aquele que está apto a
ministrar para: jovens, senhoras, obreiros e em reuniões
diversas.
13.8. O Pregador e o Convívio Com a Família.
A família é o grande presente de Deus para a
humanidade e a célula máter para o convívio de seus
membros. Muitas vezes o ministro viaja constantemente e
ocupa muito o tempo aconselhando as pessoas e quando
retorna para casa encontra-se estressado, e isso acaba
abalando a estrutura do relacionamento familiar. Lembre-se: os
problemas jamais acabarão, por isso deixe um tempo
53
reservado para o desfrute da família. Se isso não ocorrer,

ganharemos os de fora, e perderemos os de casa.
13.9. O Cuidado Com os Compromissos Marcados
O convite que o pregador recebe é uma dádiva de Deus e
uma nova porta que se abre. Não é admissível assumir dois
compromissos numa mesma data. Se o coordenador de algum
evento o convidar terá despesas gerais para cumprir. Evite
enviar representante para não haver dissabores maiores. É
melhor indicar um colega do que tapar a sua falta que será
difícil e constrangedora. Muitos pregadores estão com os
nomes maculados e até proibidos de pregar em certas regiões
por faltar os compromissos.
13.10. O Descanso do Pregador
As energias consumidas com viagens, com estudos e
preleções às vezes levam o pregador à exaustão. Uma hora de
pregação equivale a oito horas de serviço braçal. O nosso
corpo requer um descanso para funcionar com normalidade. Já
ouvi alguns ministros dizerem: Trabalho durante quarenta anos
e nunca tirei férias. Eles acham isso interessante! Essa é a
razão pela quais muitos estão: estafados, nervosos e outros
enfartaram. O ministro deve dormir bem, alimentar-se bem, e
programar todo o seu trabalho como um bom mordomo do
tempo.
54
13.11. O Compromisso do Pregador Para Com a

Convenção a Que Pertence
Todos os pastores e pregadores devem cumprir as suas
obrigações com a convenção a que eles pertencem. Devem
estar com as credenciais e taxas de anuidade em dias. Devem
anotar em suas agendas as datas das convenções ordinárias e
extraordinárias. Barnabé e Paulo foram enviados pelo Espírito,
chamada ministerial e despedidos pela igreja, mas,
credenciados At 13. 3,4.
13.12. A Apresentação do Material
Recomendo aos pregadores que eles mesmos façam a
divulgação do material que dispõem. Ninguém está mais apto a
falar com intrepidez acerca de uma obra do que o próprio
autor. O pastor ou o coordenador de um determinado evento
devem apenas reforçar o que foi divulgado estimulando a
aquisição do mesmo. A divulgação pode ser feita antes ou
depois da pregação. Não tenham vergonha de propagá-lo,
porque somente vocês sabem o preço que pagaram para
produzi-lo.
13.13. Como Acertar a Gratificação Financeira Acerca
de um Trabalho Que Foi Convidado
Tem um provérbio que diz: “O homem oferecido não tem
valor; mas, o homem convidado não tem preço.” Se um
pregador visitar uma igreja espontaneamente não poderá fazer
55
nenhum tipo de exigência. Se for convidado, o certo é deixar

tudo combinado. As despesas de viagem, o local de
hospedagem e a gratificação financeira. Sabemos que o
combinado não é caro. Se você for deixar por conta do
coordenador ele te dará uma oferta que dificilmente atingirá o
esperado. Às vezes tem pregador que exige uma quantia
exorbitante e assustadora. O certo é combinar tudo antes! Isso
não é mercenarismo, porque o próprio Apóstolo Paulo
reivindicando os seus direitos, ele disse: “... Aos que anunciam
o evangelho, que vivam do evangelho” 1 Co 9.14.
14. PRINCÍPIOS NORMATIVOS PARA A ESCOLHA DE
TEXTOS
O Dr Broadus define a palavra texto da seguinte forma:
“O vocábulo texto deriva-se do latim Texere, que significa
tecer, e que figuradamente quer dizer: Reunir compor, e
expressar o pensamento em contínuo discurso, ou escrita.” O
texto bíblico é, pois o tecido que é usado para confeccionar a
roupa de gala da pregação.
Outra definição. A palavra texto é de origem latina
“Textus” que quer dizer tecido (com textura). O texto é uma
porção das Escrituras Sagradas escolhidas para a pregação.
14.1. A Bíblia é a grande farmácia de Deus, agora, é de suma
importância que o pregador como farmacêutico saiba escolher
56
nas prateleiras de sua divina revelação o remédio certo para

cada moléstia espiritual.
14.2. O uso do texto na pregação foi usado com assiduidade
no primeiro século:
a) Jesus Lc 4.16-20 c) Estevão At 7
b) Paulo At 13.16-44 d) Pedro At 2.16-20
14.3. O texto é o manancial cristalino para a efetuação da
pregação.
14.4. O uso de textos na pregação é eficaz porque além de
fazer arder o coração dos ouvintes os enriquecerá no
conhecimento de Deus.
14.5. São os textos que escolhem os pregadores e não os
pregadores que escolhem os textos.
14.6. Um texto escolhido de qualquer maneira não servirá para
o momento oportuno.
14.7. Como bons servidores do banquete divino os pregadores
deverão levar aos convidados o alimento apropriado para o
suprimento na ocasião certa.
14.8. Quando um texto nos surpreende e não sai da nossa
mente podemos preparar a pregação porque é a passagem
certa.
14.9. De nada valerá o arsenal bibliotecário do pregador se o
Espírito Santo não socorrê-lo na escolha do texto.
57
14.10. A oração fervorosa levará o pregador às minas do

tesouro textual.
14.11. O pregador deve se habituar em buscar com freqüência
os textos para pregar como o mineralogista procura as gemas
preciosas.
14.12. Vários textos não são usados na pregação porque
muitos oradores ficam amordaçados pelo medo de ofender
pessoas influentes no cenário eclesiástico.
14.13. O texto bíblico credencia o pregador a falar com
autoridade e convencer o auditório.
14.14. É necessário que o pregador faça uso de textos
inteligíveis e não enigmáticos.
14.15. O pregador jamais poderá usar textos que ultrapassem
a sua capacidade teológica e cultural.
14.16. Um texto bem escolhido vale por si mesmo uma
pregação.
14.17. O texto deve ser o irmão gêmeo do tema. Não poderá
haver discrepâncias.
14.18. É necessário que o texto tenha um pensamento
completo. Cuidado com as expressões fragmentadas.
14.19. Um texto bíblico bem escolhido não deixará o pregador
esgotar a possibilidade de pregar.
14.20. A pregação com um texto bíblico faz com que os
ouvintes cresçam no conhecimento espiritual.
58
14.21. O pregador que usa um texto além de desenvolver a

arte de pregar fará cada um brilhar com fulgor celestial.
14.22. O pregador deve possuir um sermonário inseparável de
sua Bíblia para anotar idéias e textos que surgirem
repentinamente.
14.23. O pregador deve ser um hermeneuta fiel para não
distorcer o sentido fidedigno do texto e ensinar heresia para o
povo de Deus.
14.24. O pregador não pode ter o orgulho de não usar textos
conhecidíssimos da igreja para querer exibir a sua opulência de
catedrático em Bíblia.
14.25. Na seleção de textos o pregador deve vasculhar a Bíblia
com afinco assim como a abelha que colhe o néctar por toda
parte, nos campos e nas flores.
14.26. Quando na procura do texto o coração do pregador
arder poderá fazer uso do mesmo porque incendiará os
corações dos ouvintes.
14.27. Deve-se evitar a leitura de um texto muito longo na
exposição da pregação. O texto curto e bem explicado ficará
guardado na mente dos ouvintes.
14.28. O pregador que não conseguir encontrar um texto para
a sua pregação revelará, por conseguinte um baixo nível de
conhecimento da Bíblia que é a sua ferramenta de oratória
sacra.
59
14.29. A questão não é apenas encontrar um texto, o que é

de suma importância é achar aquele que expressa um
pensamento completo.
14.30. Em último caso é melhor pregar acerca de um assunto
sem o texto do que forjar um texto para o assunto.
15. COMO SELECIONAR TEMAS PARA UMA PREGAÇÃO
A palavra tema é de origem grega théma que significa
“Algo que está dentro, guardado, depositado.” O tema é o
assunto colocado em discussão. É a parte da pregação que
define a verdade do texto a ser explicada.
O tema não deve ser elaborado de qualquer maneira.
Todo o pregador quer seja iniciante ou veterano, às vezes se
sente preocupado ao perceber que não está conseguindo
preparar com eficiência o tema. Essa dificuldade traz um
desânimo, insegurança e até mesmo um sentimento de
incapacidade. É necessário dizer que até mesmo os pregadores
que possuem milhares de temas organizados sentem esse
bloqueio momentâneo. Quando isso ocorrer com você não
desanime.
15.1. A Bíblia é a fonte geradora de temas para pregações
revolucionadoras:
a) IRÁS TU COM ESTE VARÃO? Gn 24.58;
b) ONDE COLHESTE HOJE? Rt 2.19;
60
c) QUERES FICAR SÃO? Jo 5.6;
d) O LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ Ap 5.5.
15.2. Os noticiários eclodidos diariamente nos meios de

comunicação, nas revistas científicas, nos jornais e nos
periódicos, nos fornecem temas atualizados. Um bom tema
deve seguir o exemplo dos bons cabeçalhos dos jornais em
circulação.
15.3. As palestras e pregações devem ser observadas com
acuidade e anotadas as frases e as expressões propagadas
para a formação de temas.
15.4. O tema deve ser claro e objetivo.
Exemplo: O BRADO DO CALVÁRIO.
15.5. Ao preparar um tema o pregador deve evitar palavras

difíceis. Exemplo: “A PAQUIDÉRMICA BAMBOCHATA DE
MICAL” 2 Sm 6.16.
15.6. O tema pode ser:

Interrogativo - O que farei de Jesus chamado o Cristo?
Declarativo - A salvação pertence a Cristo.
Exclamativo - Cristo é a esperança para o mundo em
crise!
15.7. A escolha do tema exige do pregador bastante cuidado
laborioso, arte e bom gosto.
A OLARIA DE DEUS.
61
OS JOVENS E OS DESAFIOS DO SÉCULO XXI.

15.8. O tema é a pregação sintetizada e a pregação é o tema
explanado.
15.9. O pregador que não anuncia o tema de sua pregação
deixa o auditório desnorteado e as apalpadelas.
15.10. O tema não pode em hipótese alguma prometer muito
enquanto o conteúdo é vago e sem objetivo.
AS CINCO COISAS QUE VEREMOS NO CÉU.
15.11. O tema tem que ter coerência com o texto bíblico lido
em público.
15.12. O tema não pode ser muito extenso.
15.13. Os temas mais gloriosos surgem quando o pregador
está na fornalha da oração.
15.14. Quando o tema é atraente ele chama a atenção
imediata do auditório.
LIÇÕES DA ÁGUIA.
15.15. O tema não pode ter aberrações e nem contradizer a
honra da tribuna sagrada.
15.16. É de suma importância que o pregador acostume a
preparar e a selecionar os melhores temas para as suas
pregações.
15.17. A pregação com tema fraco ainda é melhor do que sem
nenhum.
EU GOSTO DA FÉ.
62
15.18. Existem textos cujo conteúdo é tão riquíssimo que

oferecem mais de um tema Jo 3.16; Ap 3.11; 1 Jo 2.18;
15.19. Há pregadores que querem exibir a capacidade cultural
e acabam usando temas que não tem nada a ver com a
pregação e com o púlpito cristão.
A CRUELDADE DE NERO.
A FILOSOFIA SOCRÁTICA.
AS FERAS DA ARENA ROMANA.
A CONQUISTA DA TESSÁLIA.
15.20. Antes de uma criança nascer os pais preocupam em

conseguir o nome. A pregação sem tema é uma criança sem
nome.
15.21. Expressões usadas para a anunciação do tema:
O TEMA DA MINHA PREGAÇÃO É:
A MINHA PREGAÇÃO TEM O SEGUINTE TEMA:
O NOSSO TEMA DE HOJE TRATA SOBRE:
QUERO FALAR HOJE A CERCA DE:
63
16. A ARTE DE INTRODUZIR UMA PREGAÇÃO

Definição
Introdução é a parte da pregação que prepara os
ouvintes para a explanação do texto. A introdução é chamada
também de: início, intróito e exórdio.
16.1. Na afirmação de Cícero a introdução tem a finalidade de
preparar o ânimo dos ouvintes para receber todo o teor
completo do discurso.
16.2. A introdução bem apresentada despertará a curiosidade
dos ouvintes, demonstrando inicialmente que a pregação será
importante.
16.3. O pregador poderá ganhar ou perder o auditório na
introdução.
16.4. Coisas que o pregador deve evitar no início da pregação:
desculpar-se que está despreparado para discorrer o tema;
falar que o estado de saúde está precário; afirmar que não é
digno de usar a tribuna porque tem outros pregadores mais
preparados do que ele.
16.5. A introdução bem apresentada abrirá um caminho para
que os ouvintes possam trilhar com o pregador até o fim da
mensagem e entendê-la por completo.
16.6. A introdução forma o elo de ligação entre o tema e a
primeira divisão da pregação.
64
16.7. O que será discorrido nas divisões e subdivisões da

pregação não se deve colocar na introdução para evitar o
repetitismo.
16.8. Não deve confundir os cumprimentos iniciais do
pregador na tribuna com a introdução do assunto.
16.9. A introdução requer do pregador, habilidade,
experiência, graça e capacidade comunicativa. Todos os
pregadores atestam que o inicio da pregação é um osso duro.
16.10. Nem sempre na elaboração de uma pregação a
introdução é feita primeiramente. Depois de preparado o corpo
do sermão o ministro terá melhores pregações para construí-la.
16.11. As palavras pronunciadas na introdução devem ser as
mais fulgurantes de toda a pregação.
16.12. A função prioritária da introdução é atrair a atenção e
apresentar o assunto da pregação.
16.13. Fatos atuais em qualquer área da vida bem ilustrados
de forma interessante servem de uma boa introdução.
16.14. De acordo com o professor James Crane: “A introdução
deve reunir as seguintes características:” “apropriada”,
“interessante”, “breve” e “simples”.
16.15. Coisas que precisam ser evitadas na introdução:
repetições, interrupções e expressões desajeitadas.
16.16. As palavras contidas na introdução devem ser claras
para que possam ser lidas rapidamente.
65
16.17. Uma pregação sem introdução é similar a uma

construção sem entrada convidativa.
16.18. De acordo com Broadus: “Se não houver uma boa
introdução então fiquem sem ela”. Bom começo; meia vitória.
Começar mal equivale quase uma derrota completa.
16.19. A introdução deve ser objetiva e sem emocionalismo.
As armas que o pregador tem deve usá-las no transcorrer da
pregação.
16.20. A parte introdutória chega a atingir até 10% do tempo
da pregação.
16.21. A introdução entusiasta compromete todo resto da
pregação. Assim afirmou Agostinho: “O exórdio de um sermão
requer moderação.”
16.22. Uma introdução mal feita deixará o auditório
desnorteado por completo.
16.23. A introdução não deve prometer muito mais do que a
pregação pode oferecer.
16.24. Algumas pregações tornam-se obscuras por não haver
introdução.
16.25. Se o preletor assumir a tribuna sacra para pregar e não
captar a atenção dos ouvintes nos primeiros trinta segundos
não conseguirá de outra forma.
16.26. O ministro deve aproveitar ao máximo suas primeiras
vinte e cinco palavras para atrair os ouvintes e mostrar-lhes
66
que é interessante ouvi-lo em todo o tempo da ministração da

Palavra.
16.27. Uma introdução bem feita leva o auditório a ouvir o
pregador não porque deve e, sim, porque querem.
16.28. A pregação pega fogo quando a pedra da boa palavra
introdutória bate no aço da mente curiosa dos ouvintes
provocando uma centelha que fica queimando na imaginação o
tempo todo.
17. AS DIVISÕES DE UMA PREGAÇÃO
17.1. Cada divisão deve ser interessante, convincente e
comovente.
17.2. As divisões devem ser naturais e não forjadas. Se exigir
três é três, e não cinco.
17.3. O esboço bem elaborado é aquele que é crescente,
organizado até concluir num ápice compensatório.
17.4. As divisões facilitam a montagem da pregação.
17.5. A primeira divisão deve ser radiante para atrair os
ouvintes e a última com um chamativo de desafio.
17.6. As divisões têm por obrigação desenvolver o tema de
forma organizada.
17.7. Tanto a divisão, a subdivisão, as ilustrações e até mesmo
as explicações tem que apontar de forma objetiva o alvo
proposto pelo tema.
67
17.8. As palavras usadas nas divisões têm que ser organizadas

de forma lógica.
17.9. O pregador deve ter uma atenção toda especial para não
desvirtuar as divisões.
17.10. Nenhuma frase da divisão pode ser igual ao tema.
17.11. Uma pregação que ultrapassa cinco divisões torna-se
exaustiva
17.12. Somente nas divisões que o pregador deverá colocar
ênfase para chamar a atenção do auditório.
17.13. As divisões devem desenvolver de maneira ordenada
dentro do tema do pensamento central.
17.14. É necessário que o pregador cuide na transição de uma
divisão para outra.
17.15. Na transição de uma divisão para outra a ponte deve
oferecer uma passagem suave e sem interrupção.
17.16. Se as divisões forem mal elaboradas o pregador terá
atropelos para chegar ao final da pregação com êxito.
17.17. As divisões e as subdivisões são os trilhos por onde
trafega o trem da pregação uniforme.
17.18. As divisões são para a elaboração da pregação o que o
alicerce é para um arranha-céu.
17.19. O orador deve adquirir a habilidade de ver de relance
as notas das divisões sem deixar de olhar firmemente para o
auditório.
68
17.20. As divisões organizadas de forma correta fazem com

que a pregação fique gravada na mente dos ouvintes.
MODELO DE UM ESBOÇO COM DIVISÕES E

SUBDIVISÕES
Tema:
Texto:
Introdução:
1. Primeira Divisão
1.1. Subdivisão
1.2. Subdivisão
1.3. Subdivisão
2. Segunda Divisão
2.1. Subdivisão
2.2. Subdivisão
2.3. Subdivisão
3. Terceira Divisão
3.1. Subdivisão
3.2. Subdivisão
3.3. Subdivisão
Conclusão:
69
18. COMO CONCLUIR UMA PREGAÇÃO

Definição de conclusão: No latim “conclusione” que quer
dizer “ato de concluir.” É a parte da pregação que chama os
ouvintes do auditório a tomar uma decisão baseada no tema
discorrido Js 24.14-17.
18.1. A conclusão bem trabalhada é a chave da oratória que
sacramenta a pregação.
18.2. É necessário que se saiba que tanto a introdução como à
conclusão são importantíssimas. Uma conclusão mal feita
mutilará todo o resto da pregação.
18.3. Uma conclusão desacalorada e desconexa deixará os
ouvintes frios, apáticos, desanimados, desnorteados e uma
sensação de indelicadeza.
18.4. Uma conclusão inteligente e bem aplicada dará aos
ouvintes ânimo e vontade de vencer as vicissitudes da jornada
da vida.
18.5. O pregador deve cuidar-se para não voltar a fazer uma
segunda pregação na conclusão.
18.6. Muitos pregadores não conseguem concluir uma
pregação e acabam introduzindo coisas novas. Disse alguém:
“É como se o orador tivesse pegado um touro pelos chifres e
agora não sabe como largá-lo.”
70
18.7. O pregador inteligente e comunicador experiente não

ficará desculpando de alguma coisa na tribuna sagrada ao
encerrar a sua preleção.
18.8. Paul Whiteman Disse: “Quando começar comece com
um estrondo e quando terminar termine tudo completo”.
18.9. Não convém que o pregador deixe para fazer a
conclusão contando com o momento, ou seja, de improviso.
18.10. A conclusão deve ser redigida pelo preletor com
bastante antecipação devido a sua importância. Se for
elaborada de forma improvisada dará a entender que a
pregação foi interrompida sem encerrar.
18.11. Muitos têm confundido aplicação com conclusão o que
não é mesma coisa.
18.12. Encerrar uma prédica de forma abrupta e sem uma
verdadeira conclusão é uma aberração. Isso dá a entender que
o pregador é igual a um pianista que perdeu as notas musicais.
18.13. Um orador de fala inglesa asseverou: “Muitas vezes
não preparei o discurso que ia pronunciar, mas, nunca, em
caso algum, deixei de preparar as palavras finais” - Lorde
Braconfield.
18.14. Não é aconselhável ao pregador encerrar a sua
mensagem escolhendo frases humorísticas.
18.15. Certo orador de classe sumariou a preleção em três
partes:
71
Fale aos ouvintes o que você vai falar-lhes;
Fala-lhes o que você tem para falar-lhes;
Fala-lhes o que você já falou (conclusão).
18.16. Segundo James Braga: “A conclusão é sem dúvida, o

elemento mais poderoso de toda a pregação. Se não for bem
executada, pode enfraquecer ou até mesmo destruir o efeito
das partes anteriores da mensagem.”
18.17. A conclusão é semelhante a alguém que antes de
iniciar uma viagem, tem que saber qual será o seu destino.
18.18. Uma conclusão bem coloquial poderá restaurar todas
as deficiências que porventura ocorrerem durante a pregação.
18.19. É de suma importância que o pregador não se esqueça
de que as pessoas tende a se lembrar mais das últimas coisas
que ouviram do que as do início da pregação.
18.20. Uma conclusão bem construída é na verdade uma
sobremesa energética, um manjar e um favo de mel.
18.21. Assim como um piloto experimentado sabe que ancorar
um navio requer concentração especial, da mesma forma o
pregador inteligente entende que a conclusão requer
preparativos bem pensados.
18.22. A importância vital da conclusão é concluir e não
meramente apenas parar a pregação.
72
18.23. Uma ilustração condizente, uma frase de uma poesia

ou um versículo de acordo com o assunto ou até mesmo parte
de um hino poderá encerrar com sucesso uma pregação.
18.24. Os pregadores mais modernos têm dado maior atenção
à introdução e os criteriosos à peroração.
18.25. É de bom alvitre que os pregadores saibam que
nenhuma pregação da tribuna sagrada deve ser finalizada com
observação bravia ou com tom de ignorância.
18.26. Um arranha-céu pode ter uma estrutura arquitetônica
das mais fantásticas, o toque final exige olhos e mãos de
artista.
18.27. Se o pregador é pastor de uma determinada igreja
deve evitar fazer conclusões repetitivas. Crie, estude, ore e
observe as conclusões de outros preletores para não cair na
monotonia.
18.28. Segundo o Dr. Broadus: “Os grandes oradores gregos e
romanos davam especial atenção as suas perorações
parecendo sentir que a conclusão era a batalha final que
decidiria a guerra.”
18.29. As palavras pronunciadas na conclusão, os
pensamentos e as emoções devem ser efervescentes.
18.30. Não existe em oratória uma norma para determinar a
extensão da conclusão. O comprimento depende da ocasião.
73
18.31. O pregador é na verdade o arauto de Cristo e nessa

missão: suplica, exorta, persuade, aconselha, guia, desafia e
convida.
18.32. O pregador prestes a encerrar a pregação deve evitar
ficar anunciando que irá finalizá-la: Exemplo: “Já estou
encerrando;” “prometo que agora termino;” “para concluir;”
“finalizando as minhas palavras;” “por último;” “concluo
dizendo;” “e agora fecho a Bíblia.” O pregador não deve usar
uma expressão dessa mais de uma vez. Porque se ele cita uma
dessas frases ele estará despertando o auditório para o
encerramento, e, se ele continuar tornar-se-á enfadonho e
indesejado. É muita falta de respeito e de ética ministerial para
com os ouvintes. Evite!
74
19. Cem Temas Para Pregações

1. As cordas da cruz Mt 27.39-44
2. Cristo é a resposta para o mundo em crise Fp 4.13
3. Da cova ao trono Gn 41.14,38-40
4. Mudando de país Ez 12.3
5. As três jóias perdidas Lc 15
6. Os terrores da morte Sl 55.4
7. Desafiando as tempestades Mc 4.39
8. Onde está o cordeiro? Gn 22.7
9. O Deus desconhecido At 17.23
10. Os aspectos de quem vai à Jerusalém Lc 9.53
11. O grito do Calvário Lc 23.46
12. A paixão de Paulo At 17.16
13. Os jovens e os desafios do século XXI 1 Jo 2.14
14. O perigo da demora Gn 19.15,16
15. O bramido da corça Sl 42.1
16. As caldas do deserto Gn 36.24
17. Os mísseis dos Juízos de Deus Ap 8.13
18. A batalha do Jaboque Gn 32.22-26
19. Retomando Ramote Gileade 1 Rs 22.3
20. Tendo tu sede, vai aos vasos Rt 2.9

75
21. Esta fez o que podia Mc 14.8
22. A olaria de Deus Jr 18.1-6
23. As portas do inferno Mt 16.18
24. O relógio profético de Deus Lc 21.29,30
25. O leão da tribo de Judá Ap 5.5
26. O alpinista da fé Mt 8.9-13
27. O assoprador de brasas Is 54.16
28. A águia de fogo Is 40.31
29. As panelas do Egito Ex 16.3
30. Cinco minutos após a morte Hb 9.27
31. Onde está o Deus de Elias? 2 Rs 2.14
32. A virada do cativeiro Jó 42.10
33. Eude o canhoto de Deus Jz 3.15-16
34. Orgulho, o veneno mortal 1 Pe 5.5
35. A doença de Amom 2 Sm 13.1-5
36. A cruz é o remédio para as nações 1 Co 1.18
37. Os tesouros da graça divina Tt 2.11
38. Destronando o egocentrismo Tg 4.6
39. A experiência pentecostal At 2.1-4
40. Graça, a vitamina celestial 2 Tm 2.1
41. Achei Jesus Jo 1.41

76
42. A morte que matou Jz 16.30
43. A loucura da cruz 1 Co 1.18
44. A bússola do povo de Deus Ex 40.34-38
45. Enche o vaso de azeite, e vem 1 Sm 16.1
46. Testemunhas de poder At 1.8
47. O maná escondido Ap 2.17
48. Seguindo a Jesus de longe Lc 22.54
49. Os seis presentes do filho pródigo Lc 15.20-25
50. Negociai até que Eu venha Lc 19.13
51. O testemunho de abundante graça At 4.33
52. Rompendo as cadeias At 16.26
53. A guerra dos deuses Ex 12.12
54. A mesa dos demônios 1 Co 10.21
55. O vencedor em todas as batalhas Ap 19.16
56. O falso gozo do pecado Hb 11.24-26
57. Os três pilares do cristianismo 1 Co 13.13
58. A cavalaria celestial Ap 19.14
59. A fuga do pecado 1 Tm 6.11
60. No brado do Calvário há certeza de vitória Lc 23.46
61. Nos domínios do Espírito At 4.31
62. As chamas do inferno estão acesas Lc 9.43,44

77
63. O perigo da apostasia 1 Tm 4.1

64. Faze a obra de um evangelista 2 Tm 4.5
65. Jeftá, o guerreiro de Gileade Jz 11.1
66. A cachoeira do Espírito Jz 15.19
67. As sete tranças de Sansão Jz 16.13
68. Os ceifeiros da última hora Jo 4.35
69. A coroa dos soberbos Is 28.1
70. Chuvas de milagres Lc 19.37
71. Príncipes que surgiram do monturo Sl 113.7,8
72. A oração de Jabes 1 Co 4.9,10
73. As éguas dos carros de Faraó Ct 1.9
74. Assentados na mesa com o rei 2 Sm 9.11
75. As credenciais do Messias Is 9.6
76. As provisões de Deus Dt 28.12
77. As cinco virtudes de Apolo At 18.24-28
78. Passai pelas portas Sl 100.4
79. As armas de um bom combatente 2 Co 10.4
80. Tempestade de poder At 19.6
81. A fonte de Belém 2 Sm 23.15,16
82. O grande trono branco Ap 20.11-15
83. A vinha de Nabote 1 Rs 20.1-7
84. Cadeias invisíveis Is 61.1
85. Os sete mergulhos 2 Rs 5.14
86. A síndrome do medo Nm 13.31-33
87. O manancial da vida Sl 36.9
88. Coisas de criança 1 Co 13.11
89. Deus realmente existe? Sl 14.1
78
90. O fogo arderá continuamente sobre o altar Lv 6.13

91. Coragem inflamada Nm 13.30
92. Cristo a Rosa de Sarom Ct 2.1
93. A glória da última casa Ag 2.9
94. O caráter de Lídia At 16.14,15
95. Davi, o dançarino de Deus 2 Sm 6.14
96. Faze-te ao mar alto Lc 5.4
97. O toque miraculoso Mc 5.28
98. A queda da magia efésia At 19.19,20
99. Lembrai-vos da mulher de Ló Lc 17.32
100. As sete lâmpadas de fogo Ap 4.5
79
80
02
MENSAGEM
TEMA: A SIMBOLOGIA DAS CAPAS
TEXTO: 1 Sm 18.4
INTRODUÇÃO
O uso da capa era indispensável á qualquer viajante

do mundo antigo. A palavra capa aparece 20 vezes na Bíblia.
No hebraico “Simla” e no grego “Failones.” A capa era uma
peça solta que fazia parte da indumentária dos israelitas. Era
um pêlo grosso comprido que cobria dos ombros até abaixo
dos joelhos. Mais tarde passou a ser submetida a trabalho
mais esmerado e muitas eram coloridas e bordadas. Durante
as atividades físicas eram tiradas e postas de lado. De acordo
com a Lei mosaica o credor ao receber uma dívida só podia
tirar a peça exterior do devedor Ex 22.26-27. Veremos nessa
mensagem as mais variadas lições que a capa pode nos
oferecer.
1. A CAPA DE ACÃ Js 7.21
Na batalha travada contra a insignificante cidade de Ai,

o exército invencível do general Josué teve uma derrocada
inesperada. Tudo isso aconteceu porque um mendaz soldado
81
por nome de Acã deixou-se influenciar pela beleza da

multicolor capa babilônica e perdeu a força para lutar.
Quando as atrações do mundanismo conseguem tirar do
coração do cristão o prazer espiritual ele enfraquece em
pleno campo de batalha. É necessário lembrarmos que somos
úteis no exército do Senhor e que representamos uma pátria
e que de maneira nenhuma podemos fraquejar. Todo o
exército de Israel sofreu por causa da atitude absurda de
Acã. O corpo de Cristo poderá sofrer por causa de uma
atitude impensada de um cristão negligente. O nome Acã
significa ruínas. Ele acabou tendo um final triste debaixo de
uma grande ruína de pedras no vale de Acor Js 7.24-26.
Seremos ruínas espirituais se envergonharmos as fileiras do
exército do Senhor. Tenhamos muito cuidado!
2. A CAPA DE BARTIMEU Mc 10.50
O cego Bartimeu era portador de uma capa empoeirada

do trânsito da estrada que ligava Jerusalém a Jericó numa
extensão de 24 Km. Além de sua deficiência oftalmológica,
residia numa cidade que era a mais baixa do planeta a 300
metros negativos. Aquela capa valia para ele uma residência
em pleno céu aberto; era sua companheira inseparável na
vida mendiga. Quando ouviu o barulho da comitiva de Cristo
que passava, atirou-a para bem longe de si, e, foi ter com
82
Ele. Com aquela capa com mau odor ele não poderia
aproximar do Mestre. Ela é o emblema claro da falsa proteção
que o mundo pode oferecer aos cegos e aos mendigos
espirituais. É também o tipo da sujeira acumulada pelo
pecado e dos embaraços que interpelam o homem ir a Cristo
demoradamente. Tudo aquilo que nos atrapalha servir ao
Senhor e termos comunhão com Ele é capa de Bartimeu.
Querido leitor. Atire para longe de ti essa capa de vergonha
espiritual e moral, e, faça como Bartimeu, saia dessa vida
baixa de Jericó e siga a Jesus pelo caminho da vitória rumo a
Jerusalém celestial!
3. A CAPA DE ELIAS 2 Rs 2.8
As terras, as cidades, os vales e os montes de Israel

foram marcados pelo poder operante na vida de Elias o
profeta tisbita. Convém deixar registrado aqui, que ele
realizou dezesseis grandes milagres narrados na Bíblia
Sagrada. A capa que ele usava não tinha poder; mas, ela
simbolizava a autoridade de Jeová em sua vida para a
realização de grandes milagres. Quando chegou às vésperas
de ser transladado ao céu em terras gileaditas pertencentes à
tribo de Gade, ele dobrou-a e feriu as águas jordânicas no
lugar onde a carga d’água é mais pesada; isto é, a 5 km ao
norte do mar Morto. A capa de Elias é o símbolo da fé que
83
vence o mundo e rompe as barreiras mais terríveis que

enfrentamos na vida 1 Jo 5.4. O maior presente que Elias
pode deixar para Eliseu foi a sua capa. Quando Jesus foi
assunto ao céu ele pode deixar com a sua igreja a maior
herança que é o revestimento de poder e uma fé inabalável
Lc 24.49. Com essas armas todas as barreiras abrirão diante
de nós; e todas as muralhas ruirão.
4. A CAPA DE PEDRO At 12.8
O sanguinário rei Herodes Agripa I empreendeu uma

estarrecedora perseguição contra a igreja hierosolimitana.
Eliminou Tiago a espada. Enclausurou a Pedro na prisão de
segurança máxima. Em certa madrugada gélida foi retirado
da cadeia por um anjo em meio a dezesseis soldados. A
recomendação do mesmo foi para que ele levasse a capa
consigo. Ela era a peça externa do seu vestuário que era
tirada para dormir. Quando passamos por provações é
preciso que nos vistamos da capa do consolo divino 2 Co
4.16-18. Pedro teve inimigos dentro e fora da prisão
herodiana. Para onde haveremos de fugir se os oponentes
não nos faltam? É necessário que essa capa não falte em
nossa indumentária cristã. Somente a graça consoladora do
Senhor nos faz viver nesse mundo frio de amor e cheio de
feras humanas que querem nos devorar Is 41.10.
84
5. A CAPA DE PAULO 2 Tm 4.13
Paulo o embaixador de Cristo estava preso na cela do

cárcere romano. Por via dessa epístola da prisão recomendou
à Timóteo que levasse entre outros objetos pedidos a sua
capa. Era uma pesada capa de inverno, feita de lã grosseira.
O inverno se aproximava, v.21. Ela seria muito útil e
necessária na úmida e fria prisão romana. Essa espécie de
capa chegava até abaixo dos joelhos. É o emblema da
preparação espiritual face a uma grande luta Ef 6.13; 5.16.
Existem cristãos que ficam desnorteados durante as
tribulações porque não estão preparados para enfrentá-las. O
período de calmaria não é para sossegarmos, e, sim, para
preparar-nos para as lutas inesperadas.
CONCLUSÃO
As capas de Acã e de Bartimeu nós as rejeitamos. A de

Elias, a de Pedro e a de Paulo precisamos vesti-las para a
nossa vitória. O cristão que vive nu como os laodicenses já
está derrotado Ap 3.17. As capas de sucesso oferecidas pela
Palavra de Deus são para serem vestidas. Você já vestiu a
sua...?!
85
03
MENSAGEM
TEMA: AS PLANTAS FALAM
TEXTO: Sl 144.12
INTRODUÇÃO
O Senhor Jesus Cristo conhecia bem as árvores, as

ervas e as flores de sua terra natal, e sempre lançava mão
delas para as ilustrações de suas parábolas esplendentes. A
botânica bíblica é riquíssima porque com freqüência menciona
várias espécies de plantas. Os grandes acontecimentos
registrados na Bíblia estão envolvidos com elas. Somos
sabedores de que a flora palestínica pode nos oferecer lições
que na verdade marcarão a nossa vida espiritual. Salomão
teve, por conseguinte um avantajado conhecimento de
botânica; veja o que diz o texto sagrado: “... Falou das
árvores, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo
que nasce na parede...” 1 Rs 4.33. Veremos nesta mensagem
elucidações de algumas das mais interessantes e importantes
árvores bíblicas.
86
1. O CARVALHO Am 2.9
No idioma hebraico é chamado “Elah”, a raiz da palavra

indica árvore vigorosa, por isso, que ao longo dos milênios
tem sido o emblema da força. Seu nome ocorre 25 vezes na
Bíblia. Entre as árvores do bosque ela tem prioridade devido a
sua longevidade. Existem cerca de 300 espécies de carvalho.
A sua madeira é dura, enquanto que o seu fruto, ou bolota,
cresce numa espécie de ouriço; as suas folhas são
persistentes. O carvalho é um símbolo do cristão em todos os
ângulos em que seja analisado. A sua vigorosidade tipifica a
força espiritual que o cristão recebe do Senhor. Gideão
ocultou-se da espionagem dos midianitas debaixo da copa de
um carvalho; da mesma forma, debaixo da força do Senhor
seremos imbatíveis 2 Sm 22.40. Foi no vale do carvalho que
Davi venceu o gigante Golias 1 Sm 17.2. Se estivermos no
vale da humildade cheios do vigor do Senhor poderemos
abater os gigantes que nos desafiam. A longevidade do
carvalho diz do que é próprio do crente que passou da morte
para a vida eterna Jó 11.25,26. A madeira dura se refere ao
caráter e a resistência do cristão face às tentações do
cotidiano.
87
2. A AMENDOEIRA Jr 1.11
Pertence à família das rosáceas, da tribo das

amigdáleas, os botânicos julgam que ela é oriunda da
Barbária. A cidade de luz, localizada na região serrana de
Efraim, tirou o seu nome desta planta Gn 28.19.
2.1. A origem do nome
Os hebreus chamavam-na de “shaked” que significa

“despertador.” Seu nome cientifico é "Amigdalus communis."
Tornou-se símbolo da vigilância do Senhor sobre o
cumprimento de sua Palavra Jr 1.12.
2.2. O crescimento
Chega atingir 8 metros de altura. Em numerologia o 8

significa o inicio de uma coisa nova. Todos aqueles que têm
suas vidas envolvidas no crescimento do Senhor obterão
novas experiências no Reino espiritual.
2.3. A flor
Era usada como especiaria desde os tempos remotos. O

seu florescimento ocorre no fim de janeiro ou inicio de
fevereiro. A flor de cor branca tipifica a santidade originada
pela exaltação de Cristo Fp 2.9.
88
2.4. Os frutos
Os seus frutos aparecem em março - abril. Eram

considerados iguarias no Oriente Médio. Para provar a
chamada sumo sacerdotal de Arão a vara de amendoeira
floriu e deu fruto no espaço de uma noite Nm 17.2,3, 8.
2.5. Era usada como remédio
Servia para tratamento de doença estomacal;

empregavam-se também como antídoto para a mordedura
das serpentes. A Palavra de Deus elimina todo o veneno
mortífero do pecado engendrado no coração humano.
3. O ZIMBRO 1 Rs 19.4,5
Planta conífera de origem desértica abundante na

Península do Sinai e ao sul da Palestina. Na língua hebraica é
chamado de Rothem e aparece apenas 4 vezes na Bíblia
Sagrada. Esse arbusto pode atingir 4 metros de altura. As
raízes eram usadas como alimento pela classe paupérrima Jó
30.4. Eram extensas e delas fabricam um carvão vegetal Sl
120.4. Os animais evitam comer o Zimbro, exceto em
momentos de grande necessidade. Tem poucas folhas e
possui flores brancas avermelhadas. Por falta de sombra, os
visitantes apreciavam muito a oportunidade de se abrigarem
debaixo de seus ramos. O zimbro foi para o profeta Elias um
repositório das forças exauridas; de consolo; de recuperação
89
psicológica, física e espiritual 1 Rs 19.4. A sombra de

descanso que o Senhor nos oferece que é a Sua própria
proteção nos capacita a trilharmos com firmeza no caminho
da verdade Sl 37.7.
4. A MURTA Zc 1.8
É um arbusto odorífero sempre verde e produz um fruto

vermelho. É comestível. Produz flores brancas e perfumadas
e folhas ovais luzidias e brilhantes que emitem perfume. Seu
cheiro é mais encantador do que o da rosa. O nome original
de Ester que é Hadassa vem de “Hadas” que quer dizer
murta. É mencionada 6 vezes no Antigo Testamento. Cresce
e chega atingir 10 metros de altura. Geralmente cresce nas
montanhas próximas de Jerusalém. Com certeza esta árvore
é o mirto comum, myrtus communis. Ramos de murta foram
usados na festa dos tabernáculos Ne 8.15. As rainhas da
Inglaterra em suas festas de casamento levam consigo brotos
de murta como símbolo da paz. A murta representa a benção
dos céus sobre o povo de Deus e também a generosidade
divina.
5. A OLIVEIRA Rm 11.17
Considerada pelo povo hebreu como uma das principais

árvores frutíferas da antiga terra palestínica. As azeitonas
eram preparadas em salmoura e depois comidas, porém,
90
mais importante ainda era o precioso óleo que produziam

depois de terem sido trituradas. O óleo servia para cozinhar,
ungir escudos de guerra, para alimentar as lâmpadas, para a
consagração dos sacerdotes, para curar as enfermidades. O
símbolo mais glorioso do óleo é a unção do Espírito Santo
sobre o cristão Gn 8.11; Is 61.1.
CONCLUSÃO
A botânica bíblica é riquíssima! O que foi dito é o

suficiente para que vejamos o Senhor comunicar conosco
através das plantas. Se no carvalho eu vejo a força divina; na
amendoeira posso ver o cumprimento de sua Palavra; no
zimbro contemplo o descanso no Senhor; na murta posso ver
a generosidade divina e na oliveira a unção do Espírito Santo
sobre nós. Amém!
91
04
MENSAGEM
TEMA: O LEÃO DA TRIBO DE JUDÁ
TEXTO: Ap 5.5
INTRODUÇÃO
A palavra leão aparece 130 vezes no Velho Testamento.

Foi a figura de um leão a insígnia da bandeira da tribo de Judá.
Tanto nas visões proféticas de Ezequiel quanto nas de João um
dos querubins aparece com o rosto de leão Ez 1.10; Ap 4.7. O
leão é a obra prima do mundo animal selvático e conhecido
como símbolo da beleza e do poder real. Satanás ruge como
leão, mas, o Senhor Jesus Cristo é o leão verdadeiro 1 Pe 5.8.
O leão de Judá como símbolo de Cristo retrata-o como lutador
forte contra o inimigo. Para o adversário Ele é um leão, para
nós Ele é um cordeiro manso e repleto de amor e mansidão Ap
5.6.
1. A SUPREMACIA DA TRIBO DE JUDÁ
1.1. O nome Judá significa “objeto de louvor.”
1.2. Foi o quarto filho de Jacó com Léia Gn 29.35.
92
1.3. Salvou a José propondo aos seus irmãos a sua venda em

vez de ser assassinado Gn 37.26-28.
1.4. Ofereceu ser preso no lugar de Benjamim seu irmão

mais novo Gn 44.33,34.
1.5. O discurso de Judá fez derreter o coração de José Gn

45.1.
1.6. Quando Jacó emigrou para Gósen no Egito, Judá foi

escolhido ir à frente Gn 46.28.
1.7. Os privilégios da primogenitura ficaram com Judá Gn

49.8-10.
1.8. O exército de Judá de acordo com o censo feito contava

com 186.400 soldados Nm 2.9.
1.9. A tribo de Judá era a guardiã da entrada da porta do

tabernáculo Nm 2.3.
1.10. Quando o exército israelita levantava o acampamento

em viagem a tribo de Judá marchava na vanguarda Nm
10.14.
1.11. A tribo de Judá ocupou a maior parte na partilha da

terra de Canaã Js 15.
1.12. Davi o grande monarca de Israel era pertencente à

tribo de Judá 1 Sm 16.4.
93
2. A TIPOLOGIA ENTRE O LEÃO E JESUS CRISTO
2.1. A origem
É um animal grande e forte, é o membro mais famoso da

família dos felinos. Isto revela a supremacia de Cristo em todos
os aspectos. A sua grandeza Ef 1.19; a sua fortaleza Is 49.26 e
a fama do seu nome Ap 19.16.
2.2. O rugido
Impressiona, e, é figura possante e majestosa Jó 4.10; Pv

20.2. O rugido do leão fala do seu domínio como rei. Quando
os demônios tentam roubar a nossa paz e as adversidades
surgem para nos entristecer Jesus Cristo o nosso Leão dá o seu
bramido dominante: “... Vai-te satanás...” Mt 4.10; “... Sai
deste homem...” Mc 5.8; “... mar cala-te... vento aquieta-te...”
Mc 4.39.
2.3. O comprimento
Mede 3 metros da ponta do focinho até a ponta da

cauda. A dimensão do leão tipifica os três anos de ministério
de Jesus que foi de grande conquista em tempo recorde.
94
2.4. A juba
Faz o leão parecer maior e mais forte do que é. Serve também

de proteção durante a luta. Os pêlos longos e grossos
amortecem os golpes de seus inimigos. A juba simboliza a
intocabilidade de Cristo. Ninguém poderá destruí-lo ou feri-lo
porque é poderoso em todas as batalhas. Foi morto na cruz
porque para isso foi destinado. Após a sua ressurreição assumiu
a intocabilidade Ap 1.18.
2.5. As pernas dianteiras
São bastante musculosas. Dão ao leão força para

agarrar a presa e derrubá-la Pv 30.30. Jesus o nosso Leão é
tão poderoso que não é preciso agarrar, basta apenas soprar
para aniquilar o inimigo Is 11.4; 2 Ts 2.8. Aquilo que estiver
sobre o Seu poder ninguém poderá tomar Jo 10.18; Ap 3.7.
2.6. A pata
O leão chega pesar 230 kg. Pode mutilar ou matar a

presa com um golpe. Suas garras podem causar talhas de dez
centímetros de profundidade. Jesus o Leão de Judá feriu a
cabeça do Diabo na cruz. Aonde ele chega os demônios
95
gemem a ponto de exclamarem: “... vieste aqui atormentar-

nos antes de tempo?” Mt 8.29.
2.7. A duração da vida
O leão chega atingir os 30 anos. Jesus é eterno, imortal

e vivo para sempre Ap 1.18.
2.8. O descanso
O leão geralmente passa cerca de 20 horas do dia

dormindo ou descansando. Se conseguir uma boa refeição,
poderá descansar 24 horas. Isso se aplica a tranqüilidade de
Jesus após ter vencido no patibulum da cruz. Nada o abala. A
Sua vitória foi conquistada para sempre Hb 1.3.
2.9. A Caminhada
O leão anda cerca de 8 km por dia. Mas se estiver

faminto poderá caminhar até 25 km a procura de comida Jr
4.7. O Senhor Jesus não cessa de andar diuturnamente no
meio da igreja avivando e observando o clima e o
comportamento espiritual de Sua igreja Ap 2.1.
96
2.10. O seu território
O leão não admite que animais estranhos cacem em seu

território. Para que os intrusos permaneçam a distância ruge ou
esguicha nas moitas um jato de urina com cheiro característico.
Se ignorar o aviso poderá ser morto. Jesus o grande Leão já
marcou com o seu precioso sangue a nossa conquista. Os
limites já estão marcados. Cristo ao redor e o Diabo no
derredor 1 Pe 5.8. Quanto a Sua igreja, as portas do inferno
não prevalecem contra ela Mt 16.18. O cristão não pode em
hipótese alguma ser tocado pelo mal 1 Jo 5.18. A leoa faz a
maior parte das caçadas enquanto o leão vigia o território.
Enquanto a igreja sai à procura das almas porque essa é a sua
missão, Jesus Cristo o nosso Leão protege e vigia.
2.11. A comida
É por natureza carnívoro. Pode comer 35 kg de carne em

uma refeição. Um leão pode arrastar uma zebra de 250 kg,
coisa que seis homens terão dificuldade de fazer. O Leão da
tribo de Judá é por natureza espiritual. Seu cardápio preferido
Ele já revelara: “... a minha comida é fazer a vontade daquele
que me enviou, e realizar a Sua obra” Jo 4.34. A Sua
degustação prioritária era render-se a inteira obediência ao Pai.
97
2.12. A velocidade
Quando disparado chega atingir 50 km por hora. Cristo o nosso

Leão foi veloz em todas as suas atividades messiânicas. Marcos
o evangelista usa inúmeras vezes a palavra “logo” indicando a
sua agilidade em ampliar o Reino de Deus entre os homens Mc
1.19; 2.2; 5.2. No pentecostes Ele derramou velozmente o
poder do Espírito sobre a igreja: “e de repente...” At 2.2.
2.13. Os olhos
São dourados e podem ver no escuro, e tem excelentes

sentidos de audição e de olfato. O olhar de Jesus é
ultrassonográfico e pode ver todas as coisas ocultas. Podemos
esconder os nossos erros dos homens, mas, não do Leão divino
Hb 4.13.
2.14. A fúria
Quando provocado, e, especialmente quando ferido, o

leão é um inimigo terrível Jr 2.30. Jesus em Sua fúria
ematomatizou a cabeça de Satanás no Gólgota, em breve
esmagá-lo-á Gn 3.15; Rm 16.20. É loucura do pecador
provocar a fúria de Cristo Ap 6.16; 14.19; 19.15.
98
3. OS TRÊS ESTÁGIOS DE CRISTO TIPIFICADO EM

GÊNESIS 49.9
Leãozinho. O filho do leão sai do seu habitat à procura de

ossos e fica brincando. Isto fala da encarnação de Jesus que
deixou o Seu trono de glória e desceu nesse vale de ossos
secos a fim de nos restaurar para Deus.
Leoa. Ela gera filhos. Cristo em Seu ministério de profeta
durante os três anos, e, até hoje, tem gerado filhos
incontáveis para Deus Jo 17.20.
Leão. Jesus assumiu uma posição gloriosa na destra do Pai,
e como leão da tribo de Judá é conhecido universalmente
como símbolo da beleza e do poder.
CONCLUSÃO
Quem tem o Leão da tribo de Judá nada deve temer

porque está seguro. O medo não deve mais existir porque o
nosso interior foi tomado pela bravura leonina de Cristo. Na
casa real de Davi segundo os antigos rabinos havia desenhos
de leões que simbolizavam a força e a coragem. Nós não
precisamos nem mesmo ter medo de ficar com medo.
99
05
MENSAGEM
TEMA: RECONQUISTANDO RAMOTE-GILEADE
TEXTO: 1 Rs 22.1-40; 2 Cr 18.1-34
INTRODUÇÃO
Todos os valores morais e espirituais que revestem a vida
cristã serão disputados acirradamente por Satanás, por aqueles
que estão afastados de Deus e pelo sistema mundano
solapador. O servo de Deus deve batalhar com as armas
espirituais para reconquistar o que foi levado cativo por
negligência espiritual.
1. A MAGNIFICÊNCIA DE RAMOTE-GILEADE
1.1. A origem do nome
No local a princípio foi levantado um montão de pedras
onde Labão e Jacó fizeram uma aliança Gn 31.43-55. Labão
chamou: Jegar-Saaduta e Jacó: Galeede, que significa “monte
dos testemunhos.” O nome Ramote – Gileade é apresentado 26
vezes no V. Testamento.
1.2. Localização geográfica
1.2.1. Ficava situada dentro da tribo de Gade ao nordeste.
1.2.2. Estava situada ao sul do rio Jaboque em frente à Bete-
Seã e ao nordeste de Peniel.
100
1.2.3. Estava entre as terras mais férteis da Transjordânia e o

árido deserto Arábico.
1.2.4. Estava plantada numa região altiplana Gn 31.54.
1.2.5. Região apropriadíssima para a cultura ovina e caprina Ct
4.1.
1.2.6. Foi disputadíssima por alguns fatores: beleza, riqueza,
fauna, flora, e pela posição estratégica para a guerra.
1.2.7. Cidade de refúgio dada aos levitas da família de Merari
Dt 4.43.
1.2.8. Ramote foi o local onde Jeú foi ungido rei pelo profeta
Eliseu 2 Rs 9.1.
1.2.9. Essa cidade sempre foi disputada entre os sírios e os
israelitas.
1.3. A representatividade de Ramote - Gileade no
âmbito espiritual
1.3.1. Certeza incontestável da vitória.
1.3.2. Uma vida de constante vigilância.
1.3.3. Uma vida de sucesso bastante invejada.
1.3.4. Fé impoluta e indestrutível.
1.3.5. Unção balsâmica do Espírito.
1.3.6. Visão espiritual.
101
2. A ALIANÇA COM O SISTEMA ACABEANO LEVA AO

PERIGO DE MORTE
2.1. Josafá era adversário de Acabe e depois se
aparentou com ele 1 Cr 17.1
A igualdade pessoal, Josafá; a igualdade coletiva, Judá; e
a igualdade no guerrear, os carros. Não podemos permitir que
o mundanismo combatido por nós venha acampar em nossas
trincheiras de combate espiritual 2 C 6.14.
2.2. Tudo começou em banquetes sociais 2 Cr 18.2
Muitos empreendimentos de grandes vultos surgem em
grandes banquetes e outros de definhamentos e de atrasos
também.
2.3. Quando os pais aparentam com o sistema mundano
os filhos passam a imitá-los 1 Cr 21.6
Cada dose de mundanismo tragada pelos pais é uma
ferida quase incurável para os filhos.
3. A FALSA ORIENTAÇÃO PROFÉTICA PARA A BATALHA
3.1. Eram numerosos
Sempre haverá a proliferação de profetas mercenários.
Tem pessoas que gastam fortunas com pseudoprofeta, mas,
não colaboram com os dízimos e as ofertas. A safra de falsos
profetas não se acaba. Mesmo depois da exterminação dos 450
102
profetas de Baal e os 400 profetas de Aséra nas margens do rio

Quisom apareceram mais 400 1 Rs 18.40.
3.2. Os falsos profetas profetizaram diante de dois
tronos enormes
Os dois reis não deviam estar nos tronos, mas, no pó,
como fizera o rei de Nínive Jn 3.6. Acabe reinou 22 anos em
Samaria 1 Rs 16.29; Josafá reinou 25 anos em Judá 1 Rs 22.24.
3.3. As vestes reais
Fala de exibicionismo político.
3.4. Diante da porta de Samaria
Poder do julgamento humano.
3.5. Numa grande eira
Suas vidas seriam abaladas pelo vento do juízo divino. O
profeta Micaías servia um Deus esplendoroso e de trono mais
glorioso Is 6.1-5; At 7.55,56.
3.6. Os profetas comprados
Não adianta pedir a proteção Deus se os métodos são
antagônicos a soberana vontade dEle.
3.7. Os que vivem de mensagens compradas reclamam quando
elas não os agradam 22.18.
3.8. Quando o homem não aceita o que Deus fala acaba sendo
orientado por um espírito de mentira 22.21,22.
3.9. Zedequias, o profeta dramaturgo.
103
Ele usou dois chifres na dramaturgia de sua profecia,

representando dois reis.
3.9.1. O teor da mensagem:
“Sobe a Ramote-Gileade e triunfarás” 22.12. Elias
não profetizaria a subida de Acabe a Ramote, mas a sua
descida aos pés do Senhor pelo arrependimento.
3.10. O falso profeta chega a esbofetear outro por querer
deter a honra de mensageiro sobrenatural 22.24.
3.11. É muita falcatrua profetizar vitória em lugar de tragédias.
3.12. Os falsos profetas tentam agradar os seus aliciados com
promessas de sorte, sucesso e felicidade Jr 28.8,9; Dt 18.15-
22.
4. MICAÍAS ENTRA EM CENA COMO PROFETA DE DEUS
O nome Micaías significa “Quem é como o Senhor”.
4.1. O perfil dos personagens
4.1.1. Acabe: Sutilmente perverso.
4.1.2. Josafá: Decadente espiritualmente.
4.1.3. Zedequias: Cínico e cruel.
4.1.4. Micaías: Íntegro, corajoso e sincero.
4.2. A escassez de profeta autêntico
“Ainda há um homem” 1 Rs 22.8. Há uma carência de
homens com a verdadeira palavra profética
4.3. Transmitia a mensagem em sua totalidade
104
Micaías foi para a prisão, mas, Acabe foi para a sepultura.

4.4. As características de uma verdadeira profecia:
4.4.1. Direta;
4.4.2. Clara;
4.4.3. Simples;
4.4.4. Irrefutável.
4.5. Micaías foi um verdadeiro estragador de festas.
4.6. O profeta fiel fala o que Deus manda e não aquilo que o
povo quer ouvir 22.13,14.
4.7. Micaías viu a derrota do exército aliado por meio da
Palavra do conhecimento em forma de visão 22.17.
4.8. O profeta autêntico é sempre rejeitado e castigado 22.27.
4.9. O cumprimento da palavra profética é a veracidade da
profecia 22.28.
4.10. O disfarce não intercepta o cumprimento profético 22.30.
O disfarce de Acabe não foi somente por medo de morrer, mas,
também na esperança de Josafá morrer em seu lugar, deixando
o trono.
4.11. O servo de Deus que se envolve com pessoas
desobedientes corre o risco de perder a própria vida 22.32,33.
Gritou! Oração de socorro 2 Cr 18.31.
4.12. Uma simples flecha atirada ao acaso serviu para cumprir
a palavra profética 22.34.
105
4.13. A proteção da armadura humana é muito frágil para

evitar o ataque de uma simples flecha ordenada por Deus
22.34,35.
4.14. Acabe foi morto apesar da proteção da armadura
humana; Josafá foi milagrosamente preservado apesar de ter
sido um alvo fácil.
4.15. Acabe tentou fugir do julgamento divino, mas os seus
disfarces jamais cancelariam a sentença pronunciada pelos
profetas de Deus: Elias 1 Rs 21.21-24; 2 Cr 22.17.
4.16. A morte lenta de Acabe deu-lhe tempo para refletir sobre
a sua iniqüidade 2 Cr 18.34.
4.16.1. Os altares erguidos à Baal;
4.16.2. O assassinato de Nabote por causa da vinha;
4.16.3. A perseguição contra Elias;
4.16.4. A prisão de Micaías.
4.17. O tanque de Samaria foi a testemunha do homem que
não obedece a voz de Deus.
4.18. Elas prostituíam fisicamente e Acabe espiritualmente.
4.19. Enquanto Acabe teve seu sangue escoando no tanque
das prostitutas; Josafá baniu os adúlteros cultuais 22.47.
4.20. Depois desse episódio Josafá aprendeu a guerrear
22.46.
106
4.21. Josafá se resguardou a ponto de não permitir que seus

servos viajassem com os servos de Acazias 22.50. Não
podemos nos envolver e nem visitar a casa dos falsos profetas
e desobedientes.
4.22. O homem de Deus não precisa de profeta e nem de
profecias encomendados, sempre haverá um mensageiro
enviado pelo Senhor como Jeú e Eliézer filho de Dodová de
Maressa para exortá-lo e consolá-lo 2 Cr 20.37.
4.23. Muitos são como Acabe, querem saber a verdade por
capricho, mas, não para obedecer a Deus.
4.24. A glória de Acabe que habitava em palácio de marfim se
findou quando seu sangue real se confundiu com as águas do
esgoto do tanque das prostitutas em Samaria.
4.25. Depois de tudo isso Josafá fabricou conjuntamente com
Acazias navios de Társis tipo transoceânico para ir a Ofir em
busca de ouro e todos se quebraram em Eziom-Geber 1 Rs
22.49. Na busca da natureza divina e da pureza das coisas
sagradas não podemos nos aliar com os profanos. Todos os
navios das tentativas humanas se quebrarão no porto divino
quando se tratar de laços com o sistema mundano.
CONCLUSÃO
107
Só reconquistaremos os valores das alturas celestiais que

foram perdidos quando isolarmos dos perversos, dos que
aborrecem ao Senhor, dos banquetes, das alianças e do
aparentamento com o sistema mundano e dos disfarces
espirituais. Quem vive comprometido com o sistema acabeano
não pode dizer: Ramote-Gileade é nossa!
108
06
MENSAGEM
TEMA: O BRAMIDO DA CORÇA
TEXTO: SL 42.1
INTRODUÇÃO
O salmista era residente no norte de Israel junto as
nascentes do Jordão. Essa localidade ficava dentro dos limites
da tribo de Dã. Era terra de idolatria e de muita confusão
religiosa. Convivendo nesse contexto, ele sentia um enorme
desejo de estar nas festas judaicas adorando a Deus no templo
em Jerusalém. Sua ausência ao que parece foi por causa de
alguma enfermidade. Sua sede de cultuar ao Senhor no lugar
de Sua habitação foi análoga ao bramido da corça pelas
correntes das águas.
1. DADOS PERTENCENTES À CORÇA
1.1. Nome
A corça é a fêmea do corço parecida com a cabra montesa

encontrada na Península do Sinai. No idioma hebraico é
chamada de yasmur. O termo traduzido etimologicamente quer
dizer “cor avermelhada.” A corça legítima recebe o nome de
“dama vulgaris.” O nome científico é “gazella dorcas.” O nome
feminino Dorcas está baseado sobre o nome desse animal At
109
9.36. Na vida dessa discípula podia ser encontrada a

graciosidade da gazela. A palavra registrada no título do salmo
22 “Aijalete – Hás – Saar” significa “corça da manhã.” Alguns
entendem figuradamente a corça como emblema de alguém
perseguido até a morte. Inclusive encontramos nesse poema
algumas cenas ocorridas com Jesus em Seu ministério e no
cenário do Calvário.
1.2. A família
A corça é um animal mamífero que faz parte da família

dos cervídeos. Encontramos seu nome citado na lista dos
animais limpos do cerimonial levítico Dt 14.5, e como um item
do cardápio na mesa de Salomão 1 Rs 4.23. O cristão
submetido à purificação do sangue de Jesus pode ter o nome
no rol dos santificados porque como a corça ele remói a
Palavra de Deus na comunhão da vida diária Hb 12.23; 1 Tm
4.15. A corça é bastante saudável e nutritiva em razão de
comer os melhores vegetais e por ter estômagos; sendo
assim, o alimento é bem preparado. O servo de Deus possui
uma vida espiritual sadia porque se alimenta de Cristo a Raiz,
a geração de Davi e a Videira verdadeira onde encontramos
todos os nutrientes para o nosso fortalecimento na estrada da
vida Ap 22.16; Jó 15.1.
110
1.3. A estatura
A corça possui 1,30 m de altura até a parte lombar e

chega a viver até doze anos. A sua pequena estatura é,
portanto um tipo da humildade e da simplicidade. Santo
Agostinho certa ocasião declarou peremptoriamente: “Os
altos cumes das colinas deixam a chuva esvair-se; os
humildes vales são ricamente regados.” Encontramos hoje
dentro de muitas igrejas não a adoração teocêntrica, e sim, a
egocêntrica. O cristianismo não combina com o espírito
egoístico. Muitos se esqueceram da declaração de João
Batista feita nas margens jordânicas em Betábara: “É
necessário que Ele cresça e que eu diminua” Jo 3.30.
Diversos pagãos camuflados de cristãos estão preocupados
com marketing pessoal; para eles Cristo pode ficar no
ostracismo. Lembremos que fomos chamados por Deus das
trevas espirituais com a única finalidade de fazer conhecido o
nome de Jesus entre as nações da terra.
2. OS TRAÇOS NATURAIS DA CORÇA
2.1. A beleza graciosa
As grandes montanhas são as passarelas por onde a

corça irradia a sua formosura inigualável. Somente estando
nas regiões celestiais em comunhão com Cristo poderemos
espalhar para o mundo a beleza da alegria eterna Ef 2.6. Os
111
movimentos elegantes da corça transformam-na em princesa

charmosa do reino animal. O cristão deve portar-se com
garbo entre os homens devido ele ser um representante de
Jesus. A etiqueta social encontrada entre os servos de
Salomão chegou a ponto de deixar a rainha de Sabá
estupefata 1 Rs 10.4,5. Poder, beleza espiritual e etiqueta são
os três elementos imprescindíveis na comunicação cristã,
quer seja em massa ou pessoal.
2.2. A velocidade colossal
É comum encontrar manadas dessas atletas

montanhesas entre Berseba e Gaza 1 Cr 12.8. A sua ligeireza
a ajuda escapar dos perseguidores Is 13.14. A corça é um
animal frágil, mas é rápida e ágil chegando atingir a
velocidade de 50 km. Os três filhos de Zeruia: Joabe, Abisai e
Asael formavam o trio ligeiro e de valor que serviram no
exército de Davi 2 Sm 2.18. Deus tem pressa em realizar a
Sua obra neste mundo, e está a procura de homens que
façam o Seu trabalho com urgência. Deus diz agora; Satanás
declara: deixe tudo para amanhã. Um certo pensador
anônimo disse: “Precisamos aproveitar a oportunidade de
uma vida no tempo da oportunidade” Ef 5.16; Jó 9.4.
2.3. A variação das cores

112
2.3.1. No verão
Ela tem o pelo vermelho escuro. Essa cor representa a
nossa cobertura pelo sangue de Jesus. No verão das
adversidades esse sangue nos protege de todos os males.
Vemos em toda a Bíblia alusões ao sangue do Senhor Jesus.
2.3.2. No inverno
A cor assume um amarelo cinzento e uma mancha branca
no lombo. No inverno da vida quando o homem encontra a
Cristo ele passa a ter a vida mesclada com a natureza divina, o
resgate e a santificação por ocasião da conversão.
3. LOCAIS ONDE A CORÇA SE REFUGIA:
3.1. Nos montes Beter Ct 2.17
Beter no idioma hebraico significa “separação.” É uma
elevação topográfica que se tornou em lugar de delícias
aromáticas. O cristão como a corça após separar-se do pecado
torna-se em bom cheiro de Cristo porque vive nas maiores
elevações de comunhão celestial com o Seu criador 2 Sm
22.34; 2 Co 2.15.
3.2. Nos montes dos aromas Ct 8.14
Os geógrafos da Bíblia não sabem determinar com
precisão a localização desses montes. Eles são figuras dos seios
da Sulamita. As mulheres orientais perfumavam os seios para
que eles se tornassem mais atraentes. Se os seios são lugares
113
de delícias podemos ver aqui a igreja convidando o Amado para

vir depressa encontrá-la perfumada com a composição
balsâmica de seu amor para haver um desfrute todo especial.
3.3. Nos rochedos de En-Gedi 1 Sm 24.2
É um lugar que tem uma fonte, uma cidade e um deserto
ao oeste do mar Morto dentro da antiga tribo de Judá a 53 km
ao sudoeste de Jerusalém. Os amorreus foram os antigos
habitantes dessa localidade Gn 14.7. En-Gedi quer dizer “fonte
do cabrito”, e seu antigo nome era Hazazom Tamar que
significa “fenda das palmeiras” 2 Cr 20.2. É uma região de
águas quentes, embelezada por palmeiras, vinhas e plantas
odoríferas Ct 1.14. Nessa plaga ficava a ladeira de Ziz 2 Cr
20.16, onde tinha um monte cheio de cavernas com uma
espécie de parede na frente para proteger dos animais ferozes
e das mudanças climáticas. Esse lugar foi um espaço de refúgio
tanto para a corça bem como para Davi quando fugia de Saul 1
Sm 23.29. Somente escondidos no Senhor à nossa Rocha
nenhum mal poderá nos atingir. Estando escudados nele jamais
experimentaremos o dissabor da derrota e da espada dos
nossos inimigos Sl 32.7; 61.4; 71.3; 78.35; 89.26.
4. O BRAMIDO DA CORÇA PELAS CORRENTES DAS
ÁGUAS
4.1. A corça não pode esconder a sua sede
114
Ao redor de Jerusalém pelo lado oriental a água saía da

fonte de Giom por um aqueduto e era conduzida ao tanque de
Siloé para dentro da muralha. Quando a corça ouvia o barulho
da água ela começava a bramar bem alto. A sede do salmista
era muito mais do que conhecer a Deus, ele queria beber do
próprio Deus Sl 42.2. O desejo intenso pela comunhão com o
Senhor deve ser a marca vívida no coração de cada adorador
sincero Sl 63.1. Uma coisa era certa, o escritor não conseguia
esconder a sua sede pelo Deus vivo.
4.2. A água era a sua fonte de proteção
Quando a corça se via em perigo de morte ela
mergulhava na água e se escondia do olhar brutal dos
perseguidores. Quando um cristão é acossado pelos demônios
e pelas línguas maldosas seu único recurso é submergir nas
águas cristalinas de Jeová e estará seguro Sl 46.4.
CONCLUSÃO
As falsas filosofias humanas são águas deterioradas que
nada podem fazer nada para tranqüilizar a massa humana
estressada, deprimida e oprimida. Somente o nosso Deus que é
o manancial eterno poderá matar a sede de todos os homens.
Ele próprio faz o convite dizendo: “o vós, todos os que tendes
sede vinde às águas” Is 55.1. Querido amigo chegou a sua vez!
115
116
07
MENSAGEM
TEMA: A FORMAÇÃO DE SAULO
TEXTO: At 22.3
INTRODUÇÃO
Esta pregação é sobre a vida do principal representante

de Cristo. “Tarso da Cilícia presenteou ao mundo não somente
três grandes filósofos: Antipatre, Arquedemo e Nestor, mas,
Paulo o insigne missionário de todos os tempos”. Aquele
ciliciano de pequena estatura, fronte descalvada, pernas tortas,
fisicamente bem disposto, de sobrancelhas bem cerradas e
nariz aquilino, sempre afável e cordial ostentando o semblante
de um anjo; deu meia volta, e revolucionou o mundo, a favor
de Jesus Cristo. Formado em três faculdades: na de Tarso, na
de Gamaliel e na de Cristo, estava pronto para penetrar em
qualquer recinto e falar com eficácia acerca da cruz de seu
Mestre.
1. A IDENTIDADE DE SAULO
1.1. Sua tribo Rm 11.1
Saulo era da tribo cujo progenitor era filho da esposa
predileta do patriarca Jacó, Gn 35.17,18. Benjamim, cujo nome
significa “Filho da mão direita”, foi o único entre seus irmãos a
117
nascer na terra prometida. Foi considerado a um lobo que

despedaça Gn 49.27. José amou Benjamim entranhavelmente
Gn 43.29,30. Nas batalhas de Israel os representantes dessa
tribo tinham o apanágio de marchar na anteguarda. A gloriosa
cidade de Jerusalém ficava situada dentro do território de
Benjamim que media 56 km de largura e 22 km de norte sul Js
18.11-20. Em Jerusalém havia duas portas com o nome de
Benjamim; uma no templo e outra no muro da cidade.
Pertencer a essa tribo era como pertencer a uma nação dentro
de uma nação Fp 3.5.
1.2. Seus pais 2 Tm 1.3
0s pais de Saulo são anônimos na história bíblica. O
progenitor de Saulo não foi apenas um fariseu At 22.3, mas,
um tradicionalista hebraico. Apesar de ter estabelecido
residência em Tarso, pode manter-se fidelíssimo aos ensinos
tradicionais de Israel. Ao enviar seu filho à Jerusalém com o
intuito de estudar in loco; podemos deduzir que ele fora um
homem de enorme influência e posição impoluta na
comunidade judaica tarsiana. Se a mãe de Timóteo treinou-o
em um grande evangelista. A progenitura de Saulo educou-o
para torná-lo no príncipe dos apóstolos do Emanuel 2 Tm 1.5.
O que ocorrera no lar de Timóteo foi uma pequena sombra da
realidade que sucedera no lar de Saulo em Tarso da Cicília
118
1.3. O duplo nome Saulo - Paulo At 13.9

Saulo é a forma semítica de Saul o primeiro monarca
israelita. Entre os benjamitas essa qualificação era comum. O
Novo Testamento faz 20 referências a ele. Era trivial entre os
Judeus uma pessoa possuir um nome judaico e outro gentílico
At 1.23; 12.25; Cl 4.11. Saulo significa “grande”, esse
significado aplica-se a sua grandeza de espírito e não a sua
estatura. Paulo é a forma grega que significa “pequeno” e
ocorre 171 vezes no Novo Testamento. Essa alcunha foi muito
importante para o grande apóstolo, que se atirava à
evangelização mundial. Sir William Ramsey, assevera que o
nome completo de Paulo era: "Gaius Julius Paulus”.
1.4. Cidadania At 22.28
Os direitos de um cidadão romano eram numerosos e
importantes. Esse título era adquirido por uma soma elevada de
dinheiro. Paulo gabava-se por tê-lo de nascimento. Os direitos
que Paulo tinha como cidadão: o direito de voto; o direito de
ser soldado numa legião romana; o direito de ser eleito
magistrado; o direito de apelar ao povo contra uma decisão de
justiça que parecia má; o direito de propriedade. O cidadão
romano não podia ser morto por crucificação. O direito de
cidadania foi no inicio, preservado aos cidadãos de Roma.
Apartir de 89 a.C. era dado a todo cidadão da Itália. O edito de
119
Caracalla, em 212 d.C., garantiu a todos os homens livres do

Império.
2. A FORMAÇÃO SECULAR DE SAULO

2.1. Tarso, a cidade universitária At 21.39
O nome significa "cesto de vime" "superfície plana."
Distava a 16 km da costa do mar Mediterrâneo e estava
plantada nas margens do rio Cidno. Por causa de sua opulência
foi denominada de metrópole autônoma. Nos dias de Saulo,
Tarso, chegou a ter 500.000 habitantes. Essa referida cidade foi
sede de reputação universitária que chegava a rivalizar-se com
a de Atenas na Grécia. A corrente filosófica que predominava
na universidade de Tarso era a estoicista.
2.2. O preparo cultural de Saulo At 17.17,18
A cultura que Saulo obteve em sua terra natal foi vasta e
profunda. Tudo indica que ele deve ter estudado: literatura,
línguas, oratória e filosofia estóica. O grande tarsiano podia
falar o aramaico e o hebraico em Jerusalém, bem como o grego
erudito no areópago ateniense e o rústico dialeto licaônico no
centro da Galácia At 22.2; 17.19; 14.11. Se quisesse poderia
esnobar uma linguagem multissilábica 1 Co 2.4; 1.17. Com todo
arsenal cultural que Saulo teve, confiava inteiramente no poder
de Deus Fp 3.7-9.
120
2.3. O fabricador de tendas At 18.1-3

A região de Tarso da Cilícia era famosa por sua produção
de cilicium, um tecido feito com pelo de cabra. Saulo não era
um curtidor de couro, mas, sim um artesão, que utilizava esse
material para fabricar tendas. O tecido era tão negro que o
profeta João usou-o numa símile para expressar o eclipse solar
na abertura do sexto selo Ap. 6.12. Por estar tão familiarizado
com o fabrico de tendas Paulo empregou várias vezes a
metáfora do tabernáculo aplicando-a ao corpo humano 2 Co
5.1,4.
3. A FORMAÇÃO RABÍNICA DE SAULO
3.1. A sua formação básica Gl 1.14
Essa formação foi recebida por Saulo na casa de seus pais,
no bairro, na sinagoga e na escola anexa a sinagoga. A
formação básica constituía-se das seguintes matérias: aprender
a ler escrever; estudar a lei de Deus e a história do povo
hebreu; incorporar as tradições religiosas; decorar as orações,
sobretudo os salmos. O método era pergunta e resposta;
repetir e decorar; disciplina e convivência. Com a idade de 12
anos Saulo foi declarado em cerimônia um ''filho da lei'', o que
significa que ele era apto a aplicar os dez mandamentos a sua
própria conduta. Bar Mitzvá, pela tradução literal “sujeito ao
mandamento.” Isto significa que a partir desta data está
121
sujeito, isto é, deve participar e praticar todos os 613

mandamentos divinos, sendo ele mesmo responsável por todos
os seus atos.
3.2. A sua formação superior At 22.3
““... criado aos pés de Gamaliel... '' Esse ilustre doutor da
lei e membro do sinédrio, era filho de Simeão e neto do
cultíssimo rabino Hilel. Sua dignidade foi elevada, pelo fato de
receber o titulo de Raban que quer dizer nosso mestre. O nome
Gamaliel significa “recompensa de Deus”. '' Saulo ao estudar
por cerca de quatro anos na escola de Hilel podia ver perante
ele a carreira rabínica. Pode aprender nessa escola a arte de
disputar que o ajudou inúmeras vezes fazer calar os seus
inimigos anos mais tarde na defesa da fé. O ápice da educação
teológica de Saulo foi quando ele deixou de ser um teólogo da
escola superior de Hilel e tornou-se mestre das revelações
inefáveis de Cristo no ermo seminário do deserto da Arábia Gl
1.17,18. Moisés e Paulo foram dois ilustres servos de Deus que
colocaram seus conhecimentos à serviço do Senhor At 7.22;
21.40.
CONCLUSÃO
Vários predicados afloraram num todo a vida do
representante ideal de Cristo. Saulo foi: discípulo, apóstolo,
teólogo, apologista, mestre, poliglota, estadista, geógrafo,
122
pregador, filósofo, orador, cidadão romano, escritor,

historiador, rabino, poeta, profeta, missionário e acima de tudo
cidadão dos céus Ef 2.19.
123
08
MENSAGEM
TEMA: SAULO, O PERSEGUIDOR
TEXTO: 1 Tm 1.13
INTRODUÇÃO
A conversão de Saulo de Tarso ao cristianismo após a

morte de Cristo foi a máquina propulsora que impulsionou o
crescimento inarredável da igreja primitiva. A transformação de
Saulo foi tão notória e da mais alta importância, visto ser
registrada três vezes em Atos dos Apóstolos, 9; 22; 26. O tão
furioso fariseu pode ser chamado mais tarde: “... nosso amado
irmão Paulo...” 2 Pe 3.15. Saulo, o principal dos pecadores; nas
mãos de Cristo, se tornou em príncipe dos pregadores.”
1. A FÚRIA SANGÜINEA DE SAULO

O zelo que Saulo teve pelo judaísmo a ponto de perseguir
o caminho, foi o mesmo que obteve após a sua conversão;
mas, sem o fanatismo crônico e cego. A morte de Estevão
marcou a primeira etapa evangelística em Jerusalém At 1.8. A
grande perseguição empregada contra a igreja, liderada por
Saulo, fez com que as províncias subseqüentes fossem
evangelizadas: “... Judéia e Samaria...” At 8.1.
1.1. O fariseu extremista Fp 3.6
124
Saulo era pertencente ao farisaísmo que era uma das três

seitas judaicas. Era a seita mais zelosa da religião judaica. Ela
surgiu anteriormente a guerra dos macabeus. A acirrada
perseguição de Antioco Epifânio contra essa seita em 175 - 164
a.C. levou a se organizar em partido. Os fariseus só apareceram
com este nome nos dias de João Hircano, 135-105 a.C. Os
fariseus criam na imortalidade da alma, na ressurreição do
corpo, na existência de espírito e nas recompensas e castigos
na vida futura, em relação ao “modus vivendi” neste mundo.
Era inconcebível à Saulo, crer que o Cristo fosse o Messias.
Com o seu gênio teológico não pode suportar a pregação de
Estevão. Saulo, como fariseu zeloso que era; cria, que se o
povo desejava a visita de Jeová, o Seu povo, era necessário
exterminar os rebeldes At 8.3; 22.4.
1.2. As cartas de autorização At 9.2
No afã de desbaratar a força cristã em Damasco, como se
não bastasse em Jerusalém. Saulo dirigiu-se ao sumo sacerdote
Caifás aquele que assumiu o ofício empossado por Valério
Gratus, imediato predecessor de Pilatos, no ano 18 d.C., Jó
11.49. Caifás não havia mudado em nada sua atitude em
relação à morte do Senhor Jesus e se mostrou perfeitamente
inclinado a cooperar com o plano mortífero de Saulo. Ofereceu
cartas de autorização com o seguinte teor: Sua apresentação
125
como membro do sinédrio. Poder para extraditar qualquer

judeu novo convertido ao cristianismo. As cartas de autorização
do sinédrio eram válidas entre os judeus por toda a extensão
do Império Romano.
1.3. As blasfêmias 1 Tm 1.13
No original grego é: “blasfêmias”, palavras injuriosas,
insultuosas. Aquele que cria ser Jesus um herege, não poderia
dizer palavras elogiosas. Entre enormes absurdos proclamados
por Saulo como fariseu ele dizia que Jesus não era o Filho de
Deus, e sim, um judeu charlatão. Negava em público o Seu
nascimento virginal, Seu poder curador, desfazia em análise
paradoxal a teologia ensinada nos montes, nos vales, na
sinagoga e no templo.
2. A VISÃO NA ESTRADA
Geograficamente falando, o local onde Saulo teve o
encontro com Jesus não ficava muito distante do local onde
Jacó lutou com o anjo e se tornou em Israel Gn 32.22-26. Jacó
converteu-se em príncipe tribal e Saulo no príncipe dos
pregadores de Cristo 1 Co 1.23.
2.1. A queda no caminho de Damasco At 9.3
126
Com as cartas do Sinédrio em mãos e acompanhado pela

polícia do templo, partiu para Damasco. Essa cidade é uma das
mais antigas do mundo. Fica localizada a 240 Km ao nordeste
de Jerusalém nas margens dos rios Abana e Farpar. A estrada
que Saulo passou para ir à Damasco, foi aquela que saindo de
Jerusalém, cruzava o vale do Cedrom, subia o monte das
Oliveiras, chegava a Betânia e descia para Jericó, atravessava o
Jordão, na altura de Betânia Além do Jordão, subia as
montanhas de Gileade, passava por Filadélfia serpeando pela
Decápolis e continuava até Damasco. Depois de cerca seis dias
de viagem, Saulo, ao encontrar com o Senhor foi derrubado por
terra. O perseguidor podia dizer como Jeremias: “Seduziste-me,
Senhor e eu me deixei seduzir. Dominaste-me e me derrubaste”
Jr 20.7. Caído no chão, ele se entregou. O caçador foi
alcançado, vencido pela caça.
2.2. A luz esplendorosa At 9.3
Ao ser envolvido com a fulgurante luz que desafiou o
clarão do meio dia, Saulo ficou cego. Precisou ficar cego
durante três dias, para ver a glória encantadora e
transformadora do divino Emanuel. O farol de Cristo clareando
não só a mente bem como toda a vida de Saulo pode revelar o
Seu amor nele, não somente para a salvação, mas, sim, para
127
torná-lo em pregador de sua glória e luz. 2 Co 3.18; 4.4,6; Ef

5.13; Cl 1.12.
2.3. Saulo é chamado pelo nome
O Senhor Jesus chamou-o pelo nome para certificar-se,
que já o conhecia antes que ele mesmo o conhecesse. Aquele
que conhece os nomes das estrelas Sl 147.4, conhecia não
apenas o nome do perseguidor, mas também toda a sua fúria
contra a Sua obra. O Senhor conhecia por nome Zaqueu Lc
19.5, Cornélio At 10.3, e nos conhece profusamente em
detalhes porque se interessa por nós Mt 10.30.
2.4. Senhor que farei? At 9.6
O valente ciliciano ao ser convertido no caminho
abandonou a velha missão assassina, e o mais depressa se
entregou para fazer a vontade do Senhor Jesus. Saulo tinha
pressa em fazer o seu trabalho quer perseguindo, quer
pregando a Palavra 2 Tm 4.2; 2.9. Foi por isso que anos mais
tarde disse: “... gastarei e me deixarei gastar...” 2 Co 12.15.
Seria muito bom que todos os cristãos levassem a sério o uso
do tempo no trabalho de Deus.
3. SAULO EM DAMASCO
3.1. A rua chamada Direita At 9.11
Ao levantar-se do chão, Saulo foi conduzido à rua
chamada direita ou rua longa. Ela possuía 3,5 km de extensão
128
e passava pelo centro de Damasco na direção sudeste-

nordeste. Hoje essa rua não tem beleza alguma. Nos dias da
conversão de Saulo, era suntuosa e adornada de colunas
coríntias de ambos os lados.
3.2. A casa de Judas At 9.1
Judas, forma grega de palavra hebraica Judá que significa
“louvor.” A casa de Judas era um ambiente de adoração e
louvor tanto quanto a casa de Filipe o evangelista At 21.8.
Saulo no inicio de sua fé precisou da casa de Judas, assim
como no fim de sua jornada missionária precisou da casa de
Filipe. Meu ilustre leitor, sua casa tem sido um recanto de
restauração de vidas?!
3.3. A visita de Ananias At 9.17
Ananias era um judeu cristão gracioso que
cuidadosamente guardava a lei e era respeitado pela
comunidade judaica. Era um discípulo de comunhão profunda e
poderosamente usado pelo Senhor para restaurar a visão física
de Saulo e para que fosse cheio do Espírito Santo. Todo o novo
convertido precisa de um Ananias para dar instruções iniciais
com maiores detalhes acerca da doutrina do Senhor.
CONCLUSÃO
Saulo foi um pregador de poder porque iniciou sua carreira
cristã ao lado de um Ananias abrasado com o fogo do céu. A
129
nossa vida cristã tem muito à ver com quem aprendemos no

início. Seja um Ananias a influenciar centenas de Saulos.
130
09
MENSAGEM
TEMA: BARNABÉ INTRODUZ A SAULO
TEXTO: At 11.25
INTRODUÇÃO
Paulo apareceu no cenário do cristianismo como estrela de

primeira grandeza porque obteve ajuda do exímio introdutor de
vidas, Barnabé. Estudar com afinco os traços biográficos de
Barnabé de Chipre é aprender a servir ao próximo e aniquilar a
inveja. Barnabé sobressaiu-se pelo Espírito altruísta e
filantrópico que lhe fora peculiar. Quando os lideres agirem
como Barnabé, os Paulos aos milhares surgirão para sacudir o
nosso planeta com o evangelho de poder.
O ministério cristão hodierno está em crise de lideres como

Barnabé de Chipre e Barzilai de Rogelim At 4.36; 2 Sm
19.31,32. Quando surgirem os Barnabés na presente
dispensação, os Paulos, aos milhares, refulgirão com eficácia
para disseminarem com ardor missionário as sementes
metamorfósicas do evangelho.
1. A IDENTIDADE DE BARNABÉ
1.1. Nome At 4.36
131
O nome original de Barnabé era “José”, que significa “possa

ele acrescentar.” A equivalência de seu nome exerceu forte
influência em seu trabalho At 11.24. O cognome Barnabé
significa “filho da profecia” ou “da consolação.” Este apelido é
oriundo de uma palavra que é usada acerca do Espírito Santo
para descrever os seus ofícios como: consolador e conselheiro.
Esse nome em análise ocorre 29 vezes no N. Testamento. Foi
chamado também de Júpiter At 14.12, por ocasião da primeira
viagem missionária com Paulo na cidade de Listra na Galácia,
logo após a restauração física de um coxo.
1.2. Naturalidade At 4.36
Chipre era a terra natal de Barnabé. Era uma Ilha
bastante montanhosa, separada por vales que em certas
ocasiões desenvolvem doenças perigosas. O nome Chipre
significa “cacho de uvas.” Foi famosa por possuir minas de
cobre em abundância. Seus primitivos habitantes foram os
descendentes de Quitim Gn 10.14. É a terceira ilha do mar
Mediterrâneo. Suas dimensões são 223 km de comprimento e
largura varia entre 11 e 96 km.
1.3. Ocupação no cristianismo At 14.14
Barnabé foi dos poucos elementos a ser chamado de
apóstolo, juntamente com os doze, o que exibe a excelência
geral de sua pessoa e ministério.
132
2. PROMOTOR DE NOVOS VALORES

Feliz é o cristão que pode ter ao seu lado um Barnabé,
desprendido de inveja e de vaidade egocêntrica. Certa feita
alguém expressou: “um homem só será um grande homem na
sombra de outro.” Isto ocorreu na vida de Saulo, porque estava
amparado pelo magnífico Barnabé.
2.1. Introduziu Saulo no seio da igreja primitiva At
9.27
Saulo ao principiar sua vida cristã, passou a sofrer repulsa

e desconfiança por parte da igreja. Os crentes achavam que
sua profissão de fé não passava de uma mera fachada para
fustigar a comunidade cristã. Naquele momento crítico, surgiu o
apóstolo das consolações no cenário da vida de Saulo, dando-
lhe a mão amiga, tornando-se assim, o avalista inconteste
daquele que iria inflamar o mundo com palavras ungidas e com
milagres. Barnabé mostrou-se, como sempre, corajoso e
sincero. Saulo ficou devendo muito por isso. Dessa forma pode
cumprir o que disse o profeta messiânico: “Um ao outro
ajudou, e ao seu companheiro disse: Esforça-te” Is 41.6.
2.2. Promoveu Saulo ao santo ministério At 11.25
Pela expansão gloriosa da igreja em Antioquia da Síria, o

ministério de Jerusalém enviou Barnabé para exercer um
trabalho eficaz At 11.22-24. A primeira coisa a ser feita por
133
Barnabé, quando chegou a Antioquia foi lembrar-se de Saulo.

Calvino renomado teólogo asseverou que Barnabé mostrava
estar interessado unicamente na proeminência de Cristo, pois
que Barnabé poderia ter guardado par si o primeiro lugar, e
não obstante ele trouxe Saulo à frente da cena. Quantos, hoje,
querem buscar os saulos? A mais linda viagem de Barnabé, não
foi à ilha de Chipre, e sim, a cidade de Tarso, porque foi tirar
do ostracismo aquele que seria o príncipe dos apóstolos do
Emanuel, e campeão das viagens missionárias.
3. VIRTUDES INERENTES A BARNABÉ
3.1. Companheirismo At 13.14, 50; 14.20
No dizer de Franklin: “Um irmão pode não ser um

companheiro, mas um sincero companheiro sempre será um
irmão.” Em Barnabé, Saulo pode encontrar a mais firme
companhia. João Marcos o retrógrado ao encostar-se em
Barnabé tornou-se destro biógrafo do Rei dos reis e Senhor dos
senhores. O rejeitado Saulo ao aproximar-se de Barnabé
tornou-se príncipe do colegiado apostólico de Cristo. Que o
Senhor possa continuar levantando Barnabés na presente
atualidade para o engrandecimento e consolo de Seu
maravilhoso Reino.
134
3.2. Visitador At 15.36
O obreiro valoroso é aquele que conhece o estado e o

nome de suas ovelhas Pv 27.23; Jo 10.3. Estando em Antioquia
alguns anos após encerrar a primeira cruzada missionária,
Barnabé estava ansioso para saber o estado espiritual dos
irmãos. Para vergonha de muitos ministros, poucos são aqueles
que conhecem os membros de suas igrejas pelo nome e a
situação espiritual de ambos.
3.3. Mordomo do tempo At 15.25
A rede que satanás tem usado para emaranhar a vida de
muitos obreiros é a malha da ociosidade. Foi estando ocioso
que Davi planejou adulterar com Bate-Seba 2 Sm 11.1. Se o
obreiro cristão não ocupar bem o tempo, seu ministério será
profundamente prejudicado. Poucos são os que oram, poucos
são os que lêem. Tudo isso ocorre por falta de cronometrar
bem o tempo. Após entregar a oferta aos irmãos carentes de
Jerusalém, sem perder tempo, Barnabé regressou à Antioquia.
3.4. Encorajador At 11.23; 13.43
A chegada de Barnabé em Antioquia da Síria foi um

bálsamo para a alma da nova igreja At 11.23. Suas palavras
eram baluartes para os crentes novos convertidos. Antes de ser
expulsos juntamente com Paulo em Listra os crentes ficaram
abaladíssimos.
135
CONCLUSÃO
A presença de Barnabé foi um consolo “sui-generis” e suas
palavras, uma tônica convincente At 14.22. Que o Senhor
levante em nossos dias, servos como Barnabé, com a graça de
encorajar os companheiros e triunfar sobre as tempestades da
vida amém!
136
10
MENSAGEM
TEMA: PAULO E SUA VIDA DE ORAÇÃO
TEXTO: At 9.11
INTRODUÇÃO
Paulo servo do Senhor Jesus se tornou em pregador de

renome mundial. Notabilizou pelas curas extraordinárias que
efetuara, por que trilhou o límpido caminho da oração. Sua vida
ministerial foi coroada de êxito porque nunca negligenciou o
santo dever da intercessão. Somente através de uma vida de
oração é que ele conseguiu galgar o topo da escada da vitória.
Na aljava de Paulo a flecha que predomina era a da oração.
1. A PRIORIDADE DA ORAÇÃO NA VIDA DE PAULO

Dos escritores neotestamentários, Paulo foi o que mais
falou sobre a oração. É instrutivo citar aqui as famosas orações
que Paulo fizera. Em Rm 1.8-12 ele derramou seu coração em
ação de graças; em Ef 1.15-19, agradeceu a Deus pelos novos
conversos; em Ef 3.14-18 pleiteia perante o Pai a Sua plenitude
sobre os irmãos. Em Cl 1.9, Paulo novamente ora para que os
crentes venham conhecer a vontade de Deus.
1.1. Iniciou sua carreira cristã orando

137
Depois de Paulo receber a revelação de Cristo, na estrada

de Damasco, diz-se sobre ele: “... está orando.” Saulo entrou
no Reino de Deus orando e, como seu Mestre, orava sem
cessar At 13.1; 16.25; Rm 1.9; Fp 1.3. O mistério que o
envolveu foi que jamais deixou de orar. Ele não fazia campanha
de oração, e sim, orava sem cessar 1 Ts 5.17. Os novos
convertidos deste século são fraquérrimos em oração porque
não vêem em seus ensinadores a chama da oração. Em casa de
Judas, Saulo orou três dias consecutivos a tal ponto que
chegou a enxergar Ananias com os olhos fechados At 9.12. Se
os líderes evangélicos da atualidade quiserem formar homens e
mulheres poderosos em Deus terão desde cedo levá-los ao
terreno fértil da oração.
1.2. O deserto da Arábia foi o local onde Paulo fez o
curso de oração Gl 1.17
A região arábica para onde Paulo refugiou-se com a
finalidade de meditar e ter conferência com o Espírito do
Senhor; era a vasta área desértica ao leste de Damasco, que se
estendia para o sul em direção à Península do Sinai. Nesse local
Paulo esteve longe das vozes humanas e só podia ouvir a voz
do Senhor diretamente 1 Co 11.23; Gl 1.11,12. Foi um grande
instrumento de Deus em público porque foi um servo abnegado
em oculto que orava nas areias quentes do deserto da Arábia.
138
Se não houver o deserto da Arábia da consagração em nossas

vidas nós poderemos alvoroçar o mundo At 17.6.
1.3. Foi conclamado á obra missionária enquanto orava
At 13.1.3
A paixão missionária só nasce no afogueado desejo e
exercício da oração. A oração é a fonte dos grandes projetos.
Foi orando que Moisés recebeu o decálogo Ex 19.20; Daniel
recebeu em oração a revelação das setenta semanas proféticas
Dn 9.23,24; depois de um glorioso período de oração Daniel
Berg e Gunnar Vingren receberam a direção divina de vir
desbravar o Brasil com o movimento pentecostal em
19/11/1910. Numa atmosfera fervente de poder, lágrimas e
oração na cidade de Antioquia da Síria, Paulo foi conclamado às
santas missões.
2. OS LOCAIS ONDE PAULO ORAVA
2.1. Na beira do rio At 16.13
Ao ser impedido pelo Espírito Santo de pregar o evangelho
na Ásia e na Bitínia AT 16.6,7; Paulo teve uma visão em Trôade
capital da Mísia acerca do convite do varão macedônico. Ao
atravessar o mar Egeu e chegar em Filípos, mormente nas
margens do rio Gangites, o varão macedônico acabou sendo
um grupo de mulheres judias em oração. Os judeus dispersos
139
acostumavam orar e louvar ao Senhor ao longo dos rios Sl

137.1,2.
2.2. No templo At 22.17
O templo de Jerusalém que fora restaurado por Herodes o
Grande foi o marco genial da arquitetura antiga. Desde os
tempos idos o templo foi o lugar apropriado para dirigir oração
ao Senhor 2 Cr 6.38; 2 Rs 20.8. Paulo ainda no princípio de sua
fé orava no templo At 22.17, e ao encerrar a terceira viagem
missionária foi preso no templo enquanto orava At 21.21.
2.3. Na prisão At 16.24,25
A cela fria do cárcere filipense não fez cessar a oração de
Paulo, pelo contrário, a vida consagrada que levou não permitia
a prisão detê-lo por muito tempo. Os que são poderosos em
oração não podem ser aprisionados At 5.18,19; 12.5,7.
3. OS EFEITOS DAS ORAÇÕES DE PAULO
Paulo o príncipe da intercessão cristã, orava porque tinha
prazer em manter comunhão com Cristo. Orava de maneira
esplendorosa: em línguas estranhas 1 Co 14.14; com as mãos
levantadas 1 Tm 2.8; fervorosamente At 22.17; continuamente
1 Ts 3.10; isoladamente At 20.13; de joelhos At 20.36; sentado
At 16.24 e alegremente Fp 1.4.
3.1. Curava os enfermos à distância
140
Se não fora o poder que Paulo recebera através da oração

para fazer maravilhas extraordinárias, teria ficado na mesma
classe das centenas de ensinadores religiosos da cidade de
Éfeso. O que diferencia os cristãos dos demais homens desta
vida é a unção graciosa que vem do alto qual orvalho a regar o
nosso coração. Os lenços e aventais levados do corpo de Paulo
foi o suficiente para aniquilar as enfermidades dos corpos
flagelados.
3.2. Abria até mesmo a porta das cadeias At 16:25, 26
A oração feita por Paulo e Silas no cárcere filipense foi tão
poderosa que lhes sobreveio um gozo tão sublime que
romperam em louvores altissonantes a ponto das prisões de
todos se soltarem. Se orarmos com fervor não somente
seremos beneficiados, mas todos quantos se acercarem nós.
CONCLUSÃO
Muitos oram até fazer alguém dormir; mas Paulo,
revestido da graça da intercessão fazia estremecer tanto os
homens como a terra. Com muita propriedade asseverou
Stanley Jones: “Na atmosfera da oração todos os meus temores
não só serão resolvidos, mas também dissolvidos”.
141
11
MENSAGEM
TEMA: A LIDERANÇA DE PAULO
TEXTO: Rm 12.8
INTRODUÇÃO
Estamos vivendo atualmente uma grande crise de

liderança, quer seja, no mundo político, econômico e,
mormente no seio do sistema eclesiástico. Eleanor Doan
afirmou: “Que o líder verdadeiro é aquele que vê sempre três
coisas: a que deve ser feita, a que pode ser feita, e como fazê-
la.” Paulo como líder espiritual estava mais preocupado em
servir do que ser servido.
1. PAULO CHAMADO À LIDERANÇA

1.1. Sua chamada At 9.15
Paulo teve sua chamada à liderança no momento de sua
conversão na estrada de Damasco. No círculo judaico era o
líder que encabeçava a perseguição contra o cristianismo, e
defendendo o caminho seria o principal entre os apóstolos de
Cristo. A convicção de sua chamada à liderança foi
inconfundível e real. Paulo revelou outra faceta de sua
chamada ao se defender perante o rei Agripa II At 26.14-18. A
certeza da chamada à liderança é a coluna nobre dos que
142
lideram um grupo: “... porque te apareci por isto, para te pôr

por ministro e testemunha...” At 26.16. Muitas igrejas não vão
bem porque seus líderes foram feitos por caprichos humanos e
por meio de presentes. Nunca tiveram a aprovação de Deus.
1.2. Sua conquista At 13.13
Além da chamada à liderança que o líder cristão tem por
parte de Deus, ela vai sendo projetada entre os homens. Davi
foi conclamado pelo Senhor liderar a Israel em 1 Sm 16.1-13;
somente em 2 Sm 2, é que ele assumiu a liderança monárquica
judaica. Na primeira viagem missionária o líder foi Barnabé no
trecho Antioquia-Pafos. Observamos por três vezes o nome de
Barnabé aparecendo primeiro e o de Paulo em segundo At
13.1,2, 7; somente após Barjesus ficar cego por determinação
de Paulo cheio do Espírito é que ele assumiu a liderança. Daí
para frente o nome de Paulo aparece primeiro e o de Barnabé
por último At 13.13,43, 46,50. O verdadeiro líder prova a sua
habilidade quando o Senhor opera milagres e realizações que
marcam os liderados Js 4.14; At 13.12.
2. AS QUALIDADES DA LIDERANÇA DE PAULO
Os atributos que nortearam a liderança de Paulo foram
inúmeros. Mas neste tópico veremos os principais que o
qualificou em um líder por excelência.
2.1. Coragem
143
É aquela qualidade de Espírito que capacita os homens a

enfrentar o perigo ou a dificuldade, com firmeza, ou sem medo,
sem depressão mental. Coragem é aquilo de que a gente
precisa para levantar e falar, e é também aquilo de que
precisamos para sentar e ouvir.
Paulo era nutrido com a coragem; não desanimava com
os embates em perspectiva; nem com o perigo presente
quando sabia estar no caminho do dever At 20.22,23; 19.30,31.
O homem que não conhece o medo jamais conhece a coragem.
Paulo conhecia o medo, mas também sabia que Deus não lhe
dera um Espírito de covardia, mas de poder 2 Tm 1.7. Que
coragem ele pode demonstrar diante do sumo sacerdote
Ananias At 23:3. Perante o rei Agripa II At 26.25-29, e quando
censurou o grande Pedro em Antioquia por dissimulação Gl
2.11.
2.2. Sinceridade
Esta palavra aparece na Bíblia 14. A sinceridade e a
verdade foram às bases de todas as virtudes que permearam o
caráter do líder Paulo. Extravasou seu coração de tal maneira
como poucas pessoas teriam a coragem de fazer 2 Co 2.17.
Antes e após a sua conversão a sinceridade foi o seu alvo 2 Tm
1.3; At 24.16.
144
2.3. Humildade
Ter-se por nada e pensar sempre bem dos outros é grande
sabedoria e grande perfeição Fp 2.3. A humildade é a
expressão do amor é a atitude de espírito e a disposição
predominante do amor. Muitos líderes da atualidade ficam
digladiando, porque lhes faltam o que tinha muito em Paulo,
Humildade 1 Co 15.9; 2 Co 12.6; Ef 3.8; Cl 2.18,19; 1 Tm 1.15.
Se há algo pior do que a falta de humildade é a falsa
humildade. A regra áurea da teologia de Jesus Cristo é a
humildade Mt 11.29; Jo 13.16.
2.4. Otimismo
Samuel Smiles declarou: “O homem que disse: não pode
ser feito foi vencido pelo homem que estava fazendo.”
Otimismo é o que não faltava no estilo de liderança de Paulo.
Mesmo com o navio prestes a naufragar com duzentas e
setenta e seis almas, ele cria que não morreria e que ainda
pregaria o evangelho em Roma At 23.11; 27.22-25. Paulo via
uma oportunidade em cada calamidade. O líder sem otimismo é
vencido sempre que deparar com o desafio.
2.5. Simpatia
É a faculdade ou tendência que temos de participar das
penas, dos prazeres e das impressões de outrem Gl 4.19.
Simpatia não é sorrir para tudo e para todos. É compreender o
145
grupo de per si. O líder simpático tem grande influência na

formação dos liderados. Um líder educado educa aos que
lidera. Um líder grosseiro rebaixa-se a si mesmo.
3. O PREÇO DA LIDERANÇA
3.1. A crítica
A maioria dos líderes não está preparada para receber
algumas críticas. Quando um líder recebe uma crítica
construtiva e agradece dizendo que estava realmente
precisando dessas palavras é um sinal de maturidade. Ser
criticado para muitos é como se recebesse uma flechada no
coração; nesse caso é sinal de imaturidade em suas emoções.
Os coríntios criticaram a Paulo duramente, mas sempre
mostrou equilíbrio respondendo com eficácia e serenidade a
cada uma delas 1 Co 4.6-21.
3.2. O cansaço
Um líder cansado e estressado renderá pouco e deixará
transparecer ao grupo um desânimo profundo. O cuidado com
o corpo físico, descanso e equilíbrio ajuda o líder a manter sua
capacidade de trabalhar. Existem líderes que se vangloriam por
nunca terem saído de férias e murmuram contra os que saem,
chamando-lhes de preguiçosos e passeadores. Devemos
glorificar ao Senhor com um corpo e mente sadios 1 Co 6.20.
146
3.3. A solidão
Um dos maiores preços que o líder cristão paga é o da
solidão. Quando incompreendido em uma decisão séria onde
muitos não concordam com o ponto de vista exposto, às vezes
o líder isola-se.
CONCLUSÃO
Líderes que se sentiram solitários em certas ocasiões: Jacó
Gn 32.24; Davi Sl 38.11; Elias 1 Rs 19.14; Jesus Jo 16.32 e
Paulo 1 Tm 4.16. Se você como líder, tem passado por isso,
descanse nas promessas do Senhor Is 43.5.
147
12
MENSAGEM
TEMA: PAULO O PREGADOR
TEXTO: 1 Co 9.16
INTRODUÇÃO
O elemento mais potente do ministério de Paulo foi a sua

capacidade de pregar a Palavra de Deus com poder e de modo
convincente. Sua rapidez de raciocínio, sua graça comunicadora
fez os habitantes de Listra na Galácia confundi-lo com o deus
Mercúrio da Grécia que era o deus da elocução, At 14.12. Suas
palavras quando ele agrilhoado na pregação eram
transformadoras a tal ponto de levantar o rei Herodes do trono
e ouvir dele essas palavras: “Por pouco me queres persuadir a
que me faça cristão!” At 26.28. Se os pregadores da atualidade
tivessem paixão pelas almas como Paulo, o mundo inteiro já
teria ouvido a pregação do evangelho.
1. O PREPARO DE PAULO COMO PREGADOR

Em todas as áreas da vida, tanto profissional quanto na
da prédica os que as exercem devem apresentar um preparo
eficiente. Paulo como exímio pregador estava altamente
capacitado para enfrentar qualquer auditório. Desde o pequeno
grupo em Damasco até o Areópago de Atenas. O pregador do
148
evangelho é mais gratificado do que o orador comum; porque,

além de contar com os recursos da oratória ele conta com a
unção e a inspiração do Espírito Santo.
1.1. O preparo espiritual At 13.2,3
Paulo entendia claramente que sua pregação surtiria mais
efeito se ela fosse preparada na fornalha da oração Ef 6.18,19;
Cl 4.3. Spurgeon já dizia: “Se a enxada do operário perder o
corte, ele sabe que terá que depender mais energia, ou então o
seu trabalho será mal feito. Miguel Ângelo, o eleito das belas
artes, entendia tão bem a importância dos seus instrumentos
de trabalho, que sempre fazia com as próprias mãos os seus
pincéis. E como isto nos dá uma ilustração do Deus da graça
que, com especial cuidado, modela cada pregador tornando-o
poderoso orador desde que ele se consagre dando assim
oportunidade para Ele.”
1.2. O preparo cultural Fp 3.4
Paulo se quisesse poderia exibir uma linguagem da mais
polida em suas pregações. Todavia não foi esbanjador de
cultura como afirmaram os ignorantes atenienses de seus dias
At 17.18. A cultura de Paulo foi grandíssima. Conhecia a
biografia, a história e a literatura dos grandes poetas
contemporâneos: Epimênedes e Arato At 17.28. Foi o maior
149
pregador da história do cristianismo. Jamais se gloriou de seu

arsenal cultural Fp 3.8.
1.3. O preparo teológico
Pregar a Palavra de Deus nos dias de Paulo não era fácil,
porque só havia a literatura do V. Testamento. Quantos
pregadores hodiernos que só pregam no Novo Testamento por
falta de conhecimento teológico. A profundidade bíblica de
Paulo pode ser sondada pela pregação feita por ele na sinagoga
de Antioquia da Pisídia onde discorreu com avidez a história de
Israel completa At 13.16:41. Paulo estava credenciado. Foi
grande escatologista. Dominava com graça e conhecimento de
causa todas as matérias ensinadas nas grandes faculdades
teológicas de hoje. Toda a matéria de teologia sistemática é
extraída dos escritos de Paulo. Feliz é o auditório que pode
ouvir um pregador que sabe o que diz. Infelizmente há
pregadores que falam muito no púlpito menos a Palavra de
Deus.
2. OS LOCAIS ONDE PAULO PREGOU
Onde havia um coração sem Cristo ali era palco de suas
atividades evangelísticas. O pregador que escolhe lugar para
pregar é um sinal de desamor para com as almas e a obra de
Deus.
150
2.1. No Areópago de Atenas At 17.22,23

Era o nome de um dos montes inferiores ao oeste da
Acrópole de Atenas, consagrado a Ares, deus da guerra. Era
uma rocha calcária e nua. A rocha era cortada e feitos assentos
onde assentavam um corpo de cidadãos eminentes. Foi à
grande elite grega de juizes que Paulo pregou o famoso sermão
com o seguinte tema: “AO DEUS DESCONHECIDO.” Pode
ganhar para Cristo, Dionísio, Dâmaris e outros poucos. A
cultura alienada da revelação divina é uma grande venda que
Satanás usa para que os intelectuais não vejam a glória
salvadora do Messias.
2.2. Nas praças At 17.17
A famosa Praça Academus localizada no centro de Atenas
era o local onde os intelectuais e os discípulos de Sócrates
reuniam para debater suas teses filosóficas esmeradas. Foi do
nome Academus que originou a palavra academia que quer
dizer, “sociedade de sábios, artistas ou literatos.” Paulo fez das
praças palcos para disseminar com fé e grande poder a
mensagem transformadora do evangelho. Se os pastores e os
crentes de hoje entendessem o valor do culto ao ar livre, as
igrejas estariam repletas de novos convertidos. David
Livingnstone, nascido em 19/03/1813 foi o campeão da
pregação ao ar livre.
151
2.3. No cárcere At 16.25-32

A fúria dos magistrados e o grau de torturas aplicados em
Paulo e Silas não o fizeram calar. A escuridão do cárcere
interior na cidade de Filípos, não fez o missionário perder a sua
visão. Pelo contrário, em meio a tantas trevas ele pode ver
pelos olhos da compaixão o carcereiro querendo suicidar-se.
Foi no cárcere onde proferiu mensagens gloriosas e onde
também pode cantar o hino de poder a ponto das portas
abrirem sozinhas.
3. A PREGAÇÃO DE PAULO
Formado na Universidade Estoicista da cidade de Tarso,
Paulo podia fundar uma escola de oratória em qualquer parte
do Mundo Romano. Mas ele entendia que ser pregador do
evangelho seria uma glória.
3.1. Era cristocêntrica
Nas pregações de Paulo ele não se ocupava em falar em
outra coisa a não ser acerca do seu Mestre. Se quisesse poderia
falar da glória das ilhas gregas; do grande e majestoso colosso
de Rodes. Todavia, a sua pregação tinha por tema: “a morte e
ressurreição de Jesus” 1 Co 2.2; Fp 3.10. Inúmeros pregadores
nos dias atuais se ocupam em falar sobre tantas celeumas no
púlpito, menos acerca do poder de Cristo. Muitos acham que
152
falar sobre a morte e a ressurreição de Cristo é coisa

ultrapassada.
3.2. Era decisiva
As pregações de Paulo levavam os seus ouvintes a
decidirem por uma vida melhor reconhecendo a Jesus como o
Rei imortal. Exemplos: O procônsul Sérgio Paulo creu
maravilhado At 13.12; o carcereiro gritou: “... que é necessário
que eu faça para me salvar?” At 16.30. A pregação que não
leva o ouvinte a tomar uma decisão é apenas um amontoado
de palavras atiradas ao ar.
3.3. Era fervorosa
Paulo como príncipe dos pregadores, fervia como uma
panela em ebulição ao se dirigir aos pecadores At 14.14. Sua
pregação era acompanhada por orações que o tornou em
pregador afogueado Ef 6.18,19; Cl 4.3; 2 Tm 3.1.
CONCLUSÃO
O pregador deve transfigurar-se para que os pecadores
possam ser transformados.
153
13
MENSAGEM
TEMA: PAULO PREPARA O TIMÓTEO
TEXTO: 1 Tm 1.2
INTRODUÇÃO
A maior obra realizada por Paulo foi treinar Timóteo para

o ministério cristão. O nome de Timóteo aparece 26 vezes no
Novo Testamento. As expressões: “meu filho mui amado e fiel
no Senhor” 1 Co 4. 17: “amado filho na fé” 1 Tm 1:2, parecem
indicar não só o grande amor que tinha, mas também que ele
era seu pai espiritual. Timóteo converteu ainda bem jovem, por
ocasião da primeira viagem de Paulo quando visitou a cidade de
Listra At 14.6; 16.1; 2 Tm 1.2. A tradição eclesiástica apresenta
Timóteo como primeiro Bispo de Éfeso, e diz que ele morreu ali
martirizado quando João estava exilado na ilha egéia de
Patmos.
1. A IDENTIDADE DE TIMÓTEO
1.1. O nome
O nome Timóteo é de origem grega “Timotheos”, que
significa “que adora a Deus.” Quando Timóteo nasceu, seu pai
sendo grego não impediu que sua mãe Eunice o instruísse nas
154
Escrituras 2 Tm 3.14,15. Tampouco interferiu na escolha do

nome Timóteo para o filho. O nome é grego deve ter satisfeito
o pai; o significado do nome deve ter alegrado a mãe que era
judia e profundamente religiosa. Em toda a sua vida Timóteo
viveu em profunda adoração que correspondeu com o
significado do seu nome.
1.2. A filiação
A mãe de Timóteo chamava-se Eunice que significa
“abençoada com a vitória”, e a sua avó, Lóide quer dizer
“melhor” ou “superior”, e seu pai simplesmente é identificado
como de origem grega At 16.1; 2 Tm 1.5.
1.3. A naturalidade
Timóteo era natural de Listra uma obscura aldeia, nas
altaneiras planícies da Licaônia que foi selecionada por César
Augusto como local de uma dentre diversas colônias romanas,
provavelmente com a intenção de melhorar a defesa At 16.2.
2. PAULO TREINA A TIMÓTEO
Timóteo o simples interiorano gálata nas mãos de Paulo
foi treinado no maior evangelista da lide missionária em Éfeso e
na Macedônia.
2.1. A ser o exemplo dos fiéis 1 Tm 4.12
Paulo entendia que o ministro do evangelho é a cópia
fidedigna e a representação de Cristo, dentro de sua
155
comunidade religiosa. A palavra grega usada nos dias de Paulo,

para designar “exemplo” significa “imagem”, “arquétipo.” Era
tudo isso que o zeloso apóstolo queria que seu discípulo fosse.
Paulo treinou Timóteo na palavra, no trato, na caridade, no
espírito, na fé e na pureza. Muitos crentes andam
escandalizando o Reino de Deus porque esqueceram que
devemos ser cautelosos na vida. Por que dependendo da hora
nós somos a única Bíblia lida por aqueles nos cercam.
2.2. A sofrer como bom soldado 2 Tm 2.3
A palavra soldado ocorre trinta e uma vezes na Bíblia. O
cristão como bom combatente deve exercer sua função no
ministério com determinação, obediência, autodisciplina,
singeleza mental e com devoção heróica. Paulo pode treinar o
Timóteo à ser um homem preparado, devoto à sua casa,
calejado para o labor, treinado para sofrer e com todas as
energias de seu ser alcançar a vitória como soldado honrado.
Timóteo como soldado cristão deveria defender a fé e propagá-
la. No livro de Segunda a Timóteo, Paulo usou três metáforas
para designar o cristão laborioso: soldado 2 Tm 2.3; atleta 2
Tm 2.5 e lavrador 2 Tm 2.6. Assim afirmou Noyes: “Tal como
um soldado, o crente deve estar disposto a suportar as
dificuldades. Tal como um atleta, ele deve observar as regras.
156
Tal como um agricultor ele deve trabalhar a fim de obter

resultados.”
2.3. A ser obreiro aprovado 2 Tm 2.15
O termo aprovado no original grego é “dokimos”, palavra
essa que era usada naqueles dias para apontar a genuinidade
do metal das moedas. Dessa mesma forma Paulo queria que
Timóteo fosse aprovado em Cristo através das tribulações. O
obreiro aprovado é aquele que não falsifica a verdade para
ocultar os seus erros particulares e que não torce as Escrituras
com o espírito herético e que leva a sério e põe em prática os
preceitos registrados na Bíblia. Paulo treinou Timóteo a
manejar com autenticidade as revelações por ele recebidas no
deserto da Arábia. O obreiro deve ser aprovado em tudo
porque a Bíblia é um Livro perigoso de ser manuseado por
quem tem uma vida reprovada.
3. TIMÓTEO COMO AUXILIAR DE PAULO
A safra de obreiros do primeiro século foi intrépida e por
demais disciplinada, por que foi escolarizada aos pés de Cristo
e do mestre Paulo.
3.1. Cooperador leal 1 Co 4.17
Timóteo formou-se em duas escolas: na de Eunice sua mãe
e na do apóstolo Paulo. Em todas as jornadas missionárias do
referido apóstolo, Timóteo mostrou-se batalhador heróico e
157
companheiro leal. Quando Paulo foi apedrejado em Listra

cidade natal de Timóteo, ao abrir os olhos, a primeira pessoa
que viu foi Timóteo chorando At 14.19,20; 2 Tm 1.4. Paulo
quando pregou em Atenas obteve um resultado mínimo no
evangelho. Em seguida partiu para Corinto com desânimo total;
somente com a chegada de Timóteo e Silas é que ele sentiu
impulsionado a pregar aos judeus que Jesus era o Cristo At
18.5. Vivemos infelizmente no século da inveja e da disputa
espiritual, quem pode ter um amigo leal é premiado pelo céu.
3.2. Companheiro na prisão romana Cl 1.1
Timóteo esteve com Paulo durante as duas prisões na
cidade de Roma por decreto de Nero. Somente a companhia de
Timóteo serviu de bálsamo para Paulo o abandonado 2 Tm 4.9-
11. O companheirismo de Timóteo nos momentos finais da vida
de Paulo o aqueceu muito mais do que a capa de inverno e a
fogueira feita pelos bárbaros malteses At 28.2; 2 Tm 4.13.
CONCLUSÃO
É triste sabermos que só possuímos muitas vezes os
chamados grandes amigos quando tudo vai bem. Ser amigo de
Paulo em Antioquia da Síria todos queriam; mas, na prisão
romana somente Timóteo.
158
14
MENSAGEM
TEMA: AS EPÍSTOLAS DE PAULO
TEXTO: 2 Ts 3.17
INTRODUÇÃO
As mãos de Paulo tornaram-se imortais porque puderam

deixar grande herança literária aos cristãos de todos os tempos.
Nenhuma pessoa exerceu forte influência no cristianismo como
o apóstolo Paulo. Missionário apaixonado; pregador inflamado e
escritor responsável pelo arsenal doutrinário de soteriologia
cristã. Autor inconteste de treze epístolas o que representa
quase toda literatura neotestamentária. Fora da prisão escreveu
epístolas aurifulgentes; e preso, redigiu as que marcam os
corações dos cristãos. As epístolas de Paulo são as constelações
da verdade que brilham com fulgor inapagável nas trevas da
literatura ateísta e profana.
1. AS EPÍSTOLAS CLÁSSICAS
Robert H. Gundry. Afirmou: “No mundo greco-romano, as
cartas particulares contavam, em média, com quase noventa
palavras. Visto que a usual folha de papiro media de 34 cm x
20 cm, podendo acomodar entre 150 a 250 palavras. Todavia
as dimensões das epístolas de Paulo se elevavam a cerca de
1.300 palavras. Paulo foi o inventor de uma nova forma
159
literária, a epístola.” São assim chamadas pelo estilo e

vocabulário altamente empregado na escrita de ambas. As
clássicas são quatro:
1.1. Romanos
Esta epístola leva o título de “Romanos”, porque é dirigida
a “todos os amados de Deus, que estais em Roma” Rm 1.7.
> Autor: Paulo;
> Tema: O evangelho de Deus;
> Data: 56 d.C.;
> Local da escrita: Corinto;
> Capítulo: 16;
> Versículo chave: 8.30;
> Palavra chave: Justiça.
1.2. 1 Coríntos
Paulo escreveu esta carta quando recebeu notícia dos
membros da casa de Cloé 1.2; 16.17 que trouxeram um
relatório desfavorável às condições morais e espirituais em
Corinto.
> Autor: Paulo;
> Tema: Conduta cristã;
> Data: 56 d.C.;
> Local da escrita: Éfeso;
> Capítulos: 16;
160

> Palavra chave: Templo.
1.3. 2 Coríntios
Esta carta não é nada sistemática e é talvez a mais
pessoal de todas as epístolas de Paulo.
> Autor: Paulo;
> Tema: A autoridade de Paulo;
> Data: 57 d.C.;
> Local da escrita: Macedônia;
> Capítulos: 13;
> Palavra chave: Conforto.
1.4. Gálatas
Paulo escreveu esta carta para desafiar os judaizantes que
ensinavam que para ser salvo dependia de guardar a lei
mosaica.
> Autor: Paulo;
> Tema: Salvação pela graça;
> Data: 58 d.C.;
> Capítulos: 6;
> Versículo chave: 5:16;
> Palavra chave: Andar.
161
2. AS EPÍSTOLAS DA PRISÃO
Elas são assim chamadas por causa do local onde Paulo o
embaixador em cadeias as escreveu. No cárcere romano Ef
6.20; Fp 1.7; Cl 4.18; Rm 1:1. As epístolas da prisão são
quatro:
2.1. Efésios
> Autor: Paulo;
> Tema: A unidade da igreja;
> Data: 60 d.C.;
> Local da escrita: Roma;
> Capítulos: 6;
> Versículo chave: 3:10;
> Palavra chave: Lugares celestiais.
2.2. Colossenses
Foi assim chamada por ser escrita aos moradores de
Colossos, rica cidade do triângulo frígio. Paulo escreveu para
combater a filosofia gnóstica fluente no meio da igreja. Paulo
apresentou Cristo como o cabeça da igreja.
> Autor: Paulo;
> Tema: A Divindade de Jesus;
> Data: 60 d.C.;
> Local de escrita: Roma;
> Capítulos: 4;
162

> Palavra chave: Perfeito.
2.3. Filemom
Esta carta tem o nome da pessoa a quem é dirigida. O
nome Filemom significa “amante.” Foi um grande milionário
morador da cidade de Colossos. O propósito desta carta foi
para fazer a reconciliação entre Onésimo e Filemom.
> Autor: Paulo;
> Tema: O amor exemplificado;
> Data: 60 d.C.;
> Versículo chave: 10;
> Palavra chave: Recebe.
2.4. Filipenses
Recebeu esse nome por ser endereçada aos moradores
crentes da cidade de Filípos no nordeste da Macedônia. Paulo
escreveu essa carta para externar o profundo amor e gratidão
aos filipenses pelo sustento financeiro de seu ministério.
> Autor: Paulo;
> Tema: Experiência cristã;
> Data: 60 d.C.;
> Capítulos: 4;
163

> Palavra chave: Ganho.
3. AS EPÍSTOLAS ESCATOLÓGICAS
São assim designadas por tratar da vinda de Cristo e a
manifestação súbita do anticristo. Escatologia significa estudo
das últimas ou dos eventos futuros. As epístolas escatológicas
são apenas duas:
3.1. Primeira Epístola aos Tessalonicenses
É assim designada bem como a segunda epístola por ser
dirigida aos crentes moradores da cidade de Tessalônica, no
gôlfo Sarônico. Aflições e advento são os acordes desta carta.
> Autor: Paulo;
> Tema: A volta de Cristo;
> Data: 51 d.C.;
> Capítulos: 5;
> Palavra chave: Vinda.
3.2. Segunda Epístola aos Tessalonicenses
164
O objetivo desta carta foi o de corrigir um conceito errado dos

tessalonicenses de que Cristo voltaria em breve e destruiria o
mundo. Outros não trabalhavam mais.
> Autor: Paulo;
> Tema: Dia do Senhor;
> Data: 51 d.C.;
> Capítulos: 3;
> Palavra chave: Esperado.
4. AS EPÍSTOLAS PASTORAIS
Elas foram assim chamadas por ter o conteúdo aplicado à
formação pastoral de dois grandes vultos do cristianismo:
Timóteo e Tito. Sem as epístolas pastorais seria impossível
aprender as qualificações para o ministério cristão. As epístolas
pastorais são três.
4.1. Primeira Epístola a Timóteo
Essa epístola leva esse nome pelo fato de ser a primeira
das cartas escritas por Paulo à Timóteo. O propósito desta carta
é duplo: desfazer as falsas doutrinas e incentivar a Timóteo em
seus trabalhos evangelísticos.
> Autor: Paulo;
> Tema: Ordem eclesiástica;
165
> Data: 64 d.C.;

> Capítulos: 6;
> Palavra chave: Doutrina.
4.2. Segunda Epístola a Timóteo
Essa é a segunda carta escrita por Paulo a Timóteo. Um dos
objetivos dessa carta foi pedir à Timóteo que viesse
urgentemente estar com ele 4.9,11, 21.
> Autor: Paulo;
> Tema: Conservando a verdade;
> Data: 67 d.C.;
> Capítulos: 4;
> Palavra chave: Existir.
4.3. Tito
A carta tem o nome a quem é dirigida. O propósito desta
epístola foi o de consolar a Tito com respeito ao trabalho que
Paulo havia deixado para ele fazer.
> Autor: Paulo;
> Tema: Ordem na igreja;
> Data: 65 d.C.;
166

> Capítulos: 3;
> Palavra chave: Proveitoso.
167
15
MENSAGEM
TEMA: A PRIMEIRA VIAGEM DE PAULO
TEXTO: At 13.2
INTRODUÇÃO
A primeira viagem missionária sacudiu a estrutura do

judaísmo e Jesus foi apresentado como o Messias prometido. O
evangelho foi disseminado por Jesus na Palestina, enquanto a
Ásia e a Europa foram evangelizadas pelo apóstolo Paulo Mt
9.35; Rm 15.19. Os pais da igreja consagraram a Paulo como:
“O campeão das viagens missionárias.” O evangelho foi
pregado por ele desde Jerusalém que é o berço do cristianismo
até o Ilírico os confins de sua atuação itinerante. O livro de Atos
é um arsenal de matéria de Geografia Missionária; portanto,
esta, e as três viagens seguintes nos mostrarão o caminho
percorrido pelo missionário modelo para todas as gerações.
1. DADOS PRELIMINARES SOBRE A PRIMEIRA VIAGEM

1.1. A equipe missionária At 13.2,5
Os componentes que formaram essa equipe foram três grandes
valorosos soldados: Paulo, Barnabé e João Marcos. Paulo
significa “pequeno”, idade 45 anos; Barnabé significa “filho da
consolação”, idade 55 anos; Marcos significa “martelo grande”,
168
idade 30 anos. O Espírito Santo trabalhou de maneira profícua

na vida desses três homens a ponto de atirá-los a lugares
jamais imaginados. Estar pronto a servir ao Senhor da seara é a
marca mais sublime de uma vida resignada.
1.2. A data da viagem
Os mais abalizados cronologistas e historiadores como A.T.
Robertson e o Dr. James Stalder, asseveram que a primeira
viagem durou cerca de dois anos 46-48 d.C. Desde a região
serrana de Antioquia da Síria até Derbe pequena cidadela
incrustada ao norte da cordilheira do Taurus no extremo
sudeste da Galácia.
1.3. A quilometragem percorrida
É difícil determinar com precisão a distância do percurso
devido ser uma matéria pouco explorada e muito variante. Mas
depois de acurada pesquisa e cálculos cartográficos podemos
dizer que os missionários percorreram cerca de 1.595 Km.
1.4. Meios de transportes
Os meios que dispunham eram difíceis. Cavalos, burros,
jumentos, navios a vela e a maior parte da viagem era feita a
pé. Quando o coração de um missionário arde com amor pelas
almas ele não se preocupa com o bem estar pessoal At 21.13.
Hoje muitos obreiros possuem uma frota enorme de veículos do
ano e nada fazem em prol do crescimento da obra.
169
2. A PRIMEIRA ETAPA DA VIAGEM

O estudo da primeira viagem de Paulo será dividido em
duas etapas, a saber: A primeira, de Antioquia a Chipre; a
segunda, de Chipre a Derbe. A primeira viagem teve como
objetivo atingir os judeus com a mensagem do Messias
prometido.
2.1. Selêucia At 13.4
Após a despedida da igreja de Antioquia os missionários
partiram para o oeste em direção ao porto marítimo na cidade
de Selêucia. Esta cidade distava a 20 Km ao de Antioquia. Foi
fundada por Seleuco Nicator no ano 301 d.C., sobre as ruínas
de uma antiga cidade. Desta forma, o evangelho embarcou
nessa viagem marítima, sendo a precursora de outras famosas
obras missionárias.
2.2. Chipre At 13.4-12
Chipre foi uma famosa ilha do mar Grande a 220 km de
Selêucia. Foi conhecida como ilha de Quitim devido ser
habitada primitivamente pelos descendentes de Quitim neto de
Jafé Gn 10.4. Foi habitada pelos judeus, devido ser riquíssima
em minas de cobre. Essa ilha deve ter sido escolhida
prioritariamente para o trabalho missionário por ser a terra
natal de Barnabé At 4.36. Antes que Paulo lá chegasse alguém
170
já tinha testemunhado de maneira parcial acerca do evangelho

At 11.19. A ilha de Chipre teve duas importantes cidades:
2.3. Salamina At 13:5
Depois que partiram de Selêucia o navio de Paulo atracou em
Salamina. Cidade situada na costa oriental da ilha de Chipre.
Foi cidade portuária com grande movimento comercial.
Segundo a tradição foi fundada por Teucro. Seu nome moderno
é Farmagusta. Nessa cidade, Paulo pregou em várias
sinagogas.
2.4. Pafos At 13:6
Ao atravessar a ilha cerca de 160 km, chegaram no
extremo ocidental, onde estava localizada a cidade de Pafos.
Capital da ilha e sede proconsular do governo romano. Foi
cidade natal de Vênus, deusa grega da formosura e do amor.
Seu nome moderno é Kuklia. Nesta cidade Paulo desafiou o
império da magia negra, cegando o falso profeta Barjesus e ao
mesmo tempo encantou o procônsul Sérgio Paulo com as
maravilhas da cruz de Cristo At 13.12. A conversão do
procônsul foi a primeira a acontecer no ministério missionário
de Paulo. Cristo veio tanto para um plebeu como Bartimeu
como para um ilustre político como Sérgio Paulo.
171
3. A SEGUNDA ETAPA DA VIAGEM

A primeira etapa da viagem Antioquia a Chipre foi
comandada por Barnabé. O nobre leitor poderá ver que nas
referências que se seguem, o nome de Barnabé aparece
primeiro At 13.1,3, 7. A segunda etapa Chipre a Derbe foi
comandada por Paulo que ocupou a liderança.
3.1. Perge At 13.13
O nome significa “cidadela.” No tempo dos romanos foi a
capital da Panfília. Ficava na margem direita do rio Questros.
Nos dias de Paulo, essa cidade tinha alta incidência de malária.
Foi á cidade catedral de Artemísia, cujo templo ficava no cimo
de uma colina próxima a cidade. O lugar atual tem somente
ruínas como vestígio com o nome de Muratana. Perge dista a
250 km ao norte da ilha de Chipre. Quando os apóstolos
chegaram a esta cidade o único fato ocorrido foi o regresso de
Marcos. Muitos retrocedem, quando o caminho torna-se árduo.
O que os cristãos precisam saber é que o cristianismo é tão
glorioso e que não podemos recuar em suas grandes batalhas.
3.2. Antioquia da Pisídia At 13.14
O nome quer dizer “referente a Antíoco.” Antioquia foi o
centro da administração civil e militar na parte sul da província.
Foi a cidade principal da região Frígia - Gálata. Antioquia
distava a 200 km ao norte de Perge. Na sinagoga central dessa
172
cidade. Paulo fez a mais linda pregação sobre a vida de Jesus

através da história de Israel, provando ser Ele o Messias At
13.14-52. Nessa cidade deu-se o inicio de uma grande
perseguição contra Paulo 2 Tm 3.11.
3.3. Icônio At 14.1
Segundo o historiador Xenofonte: “Icônio era a última
cidade indo da Frígia para o oriente.” Icônio estava plantada
nas exuberantes planícies da Licaônia. A região era riquíssima e
muito produtiva. Foi honrada com o título de “Claudiconium.”
Hodiernamente é chamada Konia, e, é, muito populosa. A graça
de Deus fez com que Paulo e Barnabé em meio a grande
perseguição fizessem uma grande pregação. Paulo esteve
nessa cidade algumas vezes At 14.1; 16.2. De Antioquia a
Icônio 115 km.
3.4. Listra At 14.6-11
Era uma aldeia obscura, nas altaneiras planícies da Licaônia
que foi selecionada por César Augusto. Segundo uma lenda
bastante corrente em Listra; Júpiter e Mercúrio haviam visitado
a cidade em forma humana. Após recusarem a adoração de sí
mesmos, a população de Listra apedrejou a Paulo a ponto de
ficar como morto At 14.19. O sofrimento que Paulo passou em
Listra ele nunca esqueceu 2 Tm 3.11; Gl. 6.17. O lugar onde
173
Paulo mais sofreu pode conseguir o melhor amigo de suas

jornadas evangelísticas 2 Tm 1.2. De Icônio a Listra 30 km.
3.5. Derbe At 14.20
Após sofrer o castigo por lapidação, Paulo e Barnabé foram
para Derbe cidade Licaônica mais oriental. Ficava na estrada
que ligava Éfeso a Tarso da Cilícia e o oriente. De Listra a
Derbe 50 km. Em Derbe muitas almas foram salvas e a obra do
Senhor cresceu grandiosamente. Nessa cidade cumpriu-se o
que disse o salmista Sl 126:6. Encerra-se, por conseguinte
nessa cidade; o trajeto da primeira viagem de Paulo.
174
16
MENSAGEM
TEMA: A SEGUNDA VIAGEM DE PAULO
TEXTO: At 15.40
INTRODUÇÃO
A segunda viagem missionária estremeceu o mundo

gentílico destronando o poder da idolatria reinante. Na primeira
viagem Paulo não esteve tão distante de seu lar, atingiu apenas
a parte leste da Turquia moderna. A segunda viagem atingiu
em parte o noroeste da Ásia. Paulo propagou com muita
veemência a Palavra do Senhor na Grécia. Essa viagem foi
bastante dificultosa, mas de resultados laureados de glória. Os
resultados que colhemos na pregação do evangelho são mais
do que os espinhos da perseguição.
1. DADOS PRELIMINARES SOBRE A SEGUNDA VIAGEM

1.1. A equipe missionária At 15.40; 16.1,2, 10
Essa equipe foi formada por quatro elementos: Paulo, Silas,
Timóteo e Lucas. Barnabé não se juntou a ela devido uma tal
contenda com Paulo nos preparativos da segunda viagem.
Barnabé quis levar a Marcos e Paulo rejeitou-o por completo a
idéia da companhia do retrógrado. No lugar de Marcos foi
preparado por Deus o companheiro fiel, Timóteo 1 Tm 4.12. O
175
Senhor dá para cada um de nós uma grande oportunidade não

podemos rejeitá-la para que o castiçal da vitória não seja
removido da nossa vida.
Entre a primeira, e a segunda viagem, houve um intervalo
de 3 anos. Os cronologistas paulinos afirmam que a segunda
viagem foi realizada nos anos 51 a 53 d.C.
A segunda viagem foi mais extensa e ocupou também um
tempo maior para as grandes realizações. Os dados
cartográficos que dispomos nos levam a crer que os
missionários percorreram nessa viagem aproximadamente
2.540 km.
2. DE ANTIOQUIA A TRÔADE
2.1. Os primórdios da viagem At 15.40,41
Sobre os auspícios do Espírito Santo, Paulo tomou consigo
Silas, em latim, Silvanus, cristão honrado que havia
demonstrado plena simpatia. Era profeta e aparentemente de
maior idade e de maior força do que Marcos. Silas era judeu e
cidadão romano At 16.37, cujo nome aparece no prefácio e
saudação aos tessalonicenses. Paulo e Silas deixaram Antioquia
e atravessam o monte Amano pelo desfiladeiro portões da Síria
e daí seguiram a grande estrada romana, atravessando a fértil
176
planície da Cilícia pela nevada serra do Taurus chegaram até

Derbe e Listra.
2.2. Paulo descobre Timóteo em Listra At 16.1
O sofrimento que Paulo teve em Listra durante a primeira
viagem pode dar ao mundo gálata o maior evangelista do
triângulo licaônico que era composto de: Icônio, Listra e Derbe
At 16.2. Em Listra Paulo pode encontrar a encantadora
professora, que treinou seu filho para tornar-se auxiliar do
maior missionário do cristianismo 2 Tm 1.5; 3.14,15.
Atualmente poucas são as mães que treinam seus filhos no
exercício cristão.
2.3. Impedidos pelo Espírito Santo At 16.6,7
Depois de encontraram Timóteo em Listra partiram para o
oeste atravessando a região Frigia - Gálata na intenção de
penetrarem na Ásia. O Espírito Santo os impediram e assim
prosseguiram até Trôade. Cidade porto marítimo da Mísia que
se tornou romana em 133 d.C., de muita influência entre a
Europa e a Ásia que exibia uma linda posição geográfica. Nessa
localidade os missionários Paulo, Silas e Timóteo encontraram a
Lucas o médico amado Cl 4.14. Achando que a missão
terminara em Trôade intentaram voltar indo para a Bitínia no
sul do mar Negro; mas, foram impedidos pelo Espírito Santo.
Satanás impede o trabalho cristão, mas às vezes o Espírito
177
Santo também; é melhor obedecermos ao Espírito do que

trabalharmos. A razão do impedimento é que o Senhor queria
levar Paulo para a Europa para atender o chamado do varão da
visão noturna que gritava desesperadamente. Querido irmão,
se as portas fecharem para você em sua cidade é porque o
Senhor abriu outras mais eficazes em outras paragens! Ap 3.7;
1 Co 16.9.
3. A CHAMADA PARA A MACEDÔNIA At 16.9,10
Ao navegar pelo mar Egeu após ouvir o clamor do varão
macedônico atingiram a pequenina ilha de Samotrácia que
ficava a uns 28 km de Trôade. Percorreram mais 30 km
alcançaram Nápoles cujo nome significa “cidade nova”,
importante porto marítimo para Filípos a 15 km para o interior.
3.1. Filípos é sacudida pelo poder de Deus At 16.12
Agora Paulo encontra-se na província romana da
Macedônia, a terra memorável de Filípe de Alexandre o Grande
e de Aristóteles. A cidade de Filípos recebeu esse nome em
homenagem a Filípe II, após tomá-la dos Tásios em 300 a.C.
Seu nome primitivo era Crenida. Tornou-se famosa por suas
minas de ouro e de prata. O rio Gangites banhava a cidade.
Houve um grande avivamento em Filípos porque o trabalho
evangelístico de Paulo em terras européias iniciou
fundamentado na oração: “onde julgávamos ter lugar para a
178
oração” At 16.13. Sendo a oração a alavanca que move a mão

de Deus, Paulo pode com a graça divina ganhar para Cristo a
senhora Lídia, comerciante famosa que mais tarde foi
missionária fundadora do trabalho em Tiatira At 16.14,15; Ap
2.18. Em Filípos Paulo desafiou o poder demoníaco da
adivinhação At 16.16-18. Ao ser preso no cárcere filipense pode
demonstrar que as lutas a gente vence cantando e orando At
16.24-26. Ganhou para Cristo o carcereiro e toda a sua família
At 16.31-34. Ao encerrar o frutífero trabalho em Filípos, Paulo e
os seus companheiros passaram por Anfípolis a 52 km mais
adiante e também por Apolônia a 47 km até chegarem em
Tessalônica. O nome moderno de Filípos é Kavalla e conta com
70.000 habitantes.
3.2. Tessalônica At 17.1
O nome significa “conquista da Tessália.” Seu nome antigo
era Termas. Tornou-se capital da Macedônia no segundo
distrito. Ficava situada na via Ignatia que ligava Roma com a
região do mar Egeu. Atualmente chama-se Salônica com cerca
de 377.951 habitantes. Foi nessa cidade após esvaziar uma
grande sinagoga ganhando muitos judeus para Cristo onde
iniciou uma acirrada perseguição contra Paulo At 17.4-9. Ao
fugir para Beréia a 80 km mais adiante; Paulo realizou um
poderoso trabalho entre os bereanos, povo de um espírito
179
pesquisador At 17.10-13. Saindo dali espreitado por um

acossamento chegou em:
3.3. Atenas a capital filosófica At 17.15-34
Paulo estava preparado para pregar em Atenas. Era

portador de uma graça especial e credenciado pela
Universidade de Tarso a filosofar em qualquer parte do mundo
romano. A cidade de Atenas recebeu esse nome em honra ao
deus Atena. Foi o maior centro artístico-científico e filosófico do
Mundo Antigo. Foi erigida e cresceu em volta de um monte
denominado de Acrópole. Atualmente é uma das mais belas
cidades do oriente com 748.110 habitantes. Heródoto escreveu
dez tomos mostrando a beleza de Atenas; mas Paulo a
descreveu assim: “cidade tão entregue a idolatria” At 17.16. Foi
na Praça de Academus onde Paulo pode impressionar os
atenienses e no areópago pregou o sermão mais famoso do
mundo com o seguinte tema: “AO DEUS DESCONHECIDO”
At 17.23. Depois de estar em Atenas algum tempo partiu para:
3.4. Corinto a capital da licenciosidade At 18.1
Foi cidade opulenta que estava plantada no istmo de
Corinto. Foi em tempos remotos um grande centro comercial, e
também terra de grande luxo e licenciosidade. Estrabão revela-
nos que havia em Corinto o culto dedicado a Afrodite a qual era
servida por mil prostitutas religiosas. Paulo ficou em Corinto um
180
ano e seis meses At 18.11. Ganhou para Cristo, Crispo o

principal da sinagoga e foi bastante perseguido e quase
desfaleceu; foi preciso que Jesus lhe aparecesse, para fortificá-
lo At 18.9. Às vezes passamos momentos cruciantes, mas, o
Senhor tem estado conosco Is 41.10.
3.5. O retorno da viagem At 19.22
Ao sair de Corinto com Áquila e Priscila, Paulo os deixou em
Éfeso, com a promessa de regressar querendo Deus.
Prosseguiu até Cesaréia na costa oeste de Israel, chegando
depois em Jerusalém. Após ficar alguns dias em Jerusalém,
desceu até Antioquia da Síria com o desejo de relatar os
resultados dos labores desta gloriosa viagem At 18.22.
181
17
MENSAGEM
TEMA: A TERCEIRA VIAGEM DE PAULO
TEXTO: At 19.11
INTRODUÇÃO
O objetivo do apóstolo Paulo ao realizar a terceira viagem

missionária não foi o de fundar novas comunidades
evangélicas, e sim, treinar e orientar as igrejas já então
existentes. A terceira viagem de Paulo mudou por completo o
mundo helenista; sua investida contra as religiões falsas em
Éfeso sacudiu o paganismo. Paulo à semelhança do nosso
Mestre, com doze homens cheios do Espírito sacudiu a Ásia.
1. DADOS PRELIMINARES SOBRE A TERCEIRA VIAGEM

1.1. A equipe missionária
Cinco elementos formaram a equipe: Paulo, Lucas,
Timóteo, Erasto e Tito.
No inicio da primavera européia do ano 54 d.C. até o ano
58 d.C.
1.3. A rota inicial

182
Mais uma vez Paulo passou pela Galácia e pela Frígia

visitando as igrejas em Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da
Pisídia At 18.23. Para ir a Éfeso Paulo passou pelas regiões
superiores que eram as partes localizadas ao oeste da Frígia
fora da rota costumeira dos vales Licos e Meandro At 19.1. Foi
pelo lado norte do monte Messógis que Paulo chegou a Éfeso.
Essa terceira viagem foi delongada porque no regresso
Paulo esteve visitando algumas ilhas do mar Egeu e do mar
Mediterrâneo. Deve ter viajado aproximadamente 3.521 km;
isto é, na ida e na volta.
2. O ITINERÁRIO DE IDA
2.1. Éfeso At 18.23; 19.40
Era a maior cidade da província romana da Ásia. Plínio a
denominou de: “A LUZ DA ÁSIA.” Foi a terceira cidade mais
importante na área política do império romano e a quinta na
área comercial. Ficava localizada na desembocadura do rio
Caister, entre as serras do Caressos e o mar. Ocupava uma
linda e enorme planície. Ficava entre Esmirna ao norte e Mileto
ao sul. Na atualidade chama-se “Cuçuo Menderez.” A
preocupação principal de Paulo ao chegar na capital da Ásia
antes de iniciar o trabalho evangelístico foi saber a situação
espiritual dos crentes doutrinados por Apolo. Paulo a
183
semelhança de Jesus abalou a Ásia com doze homens cheios do

Espírito Santo At 19.6. Mais vale doze leigos cheios de poder do
que uma centena de teólogos vazios. Éfeso era a sede da arte
mágica, do exorcismo, do espiritismo, da astrologia, e de quase
toda a sorte de superstições. Foi nessa cidade o lugar onde
Paulo passou mais tempo e onde houve maior avivamento At
20.31; At 19.11,12. A autoridade espiritual de Paulo foi tão
grande que os levou a queimar tantos livros que chegaram a
50.000 peças de prata; o equivalente ao salário de 50.000 mil
dias de serviços mais que cinco homens poderiam ganhar
trabalhando trinta anos. Esvaziou com o poder da Palavra o
templo da deusa Diana dos efésios At 19.27. E acabou com o
comércio de nichos de Diana fabricado por Demétrio At
19.24,25. Os enfermos eram curados a distância e as suas
peças de roupas serviam de alívio aos oprimidos At 19.12. As
igrejas do Apocalipse devem ter sido organizadas nessa ocasião
Ap 1.11.
2.2. Macedônia At 20.1
Provavelmente Paulo visitou as cidades como fizera da
primeira vez: Filípos, Tessalônica, Beréia e o Ilírico que era uma
província marítima do mar Adriático Rm 15.19.
2.3. Grécia At 20.7
184
Visitando as igrejas de Corinto e Cencréia Paulo regressara

vitalizado por contemplar o trabalho prosperando e em plena
organização.
3. O ITINERÁRIO DE REGRESSO
3.1. Trôade At 20.6
Cidade marítima onde Paulo esteve sete dias ao regressar
da Macedônia. Nessa ocasião Êutico foi ressuscitado At 20:9.
Quantos cristãos da atualidade estão como Êutico assentados
na janela da indecisão espiritual?
3.2. Assôs At 20.14
Cidade portuária ao sul da Mísia no gôlfo de Adramítia.
Ficava a 11 km ao norte da ilha de Lesbos e a 30 km ao sul de
Trôade. O trecho Trôade - Assôs é chamado de “o Getsêmani
na vida de Paulo;” quando ele viajou por terra e os demais pelo
mar.
3.3. Mitilene At 20.14
Foi a principal cidade da ilha de Lesbos. A cidade de
Mitilene era um ponto dos marinheiros que atravessavam o mar
Egeu. Foi o berço natal do poeta Alceu, do estadista Pitaco e da
poetisa Safo. Foi em Mitilene a capital de Lesbos onde surgiu o
lesbianismo.
3.4. Quios At 20.15
185
Ilha do arquipélago helênico no mar Egeu ao

ocidente da cidade de Esmirna. É um local montanhoso e de
clima saudável. De Mitilene a Quios 80 km.
3.5. Samos At 20.15
O nome significa “altura”, ficava localizada na costa Jônica
na altura do golfo de Éfeso. Foi o berço natal de Pitágoras. Os
navios que navegavam entre o Helesponto e a Síria faziam
escala em Samos. De Quios a Samos 80 km. Pouco ou quase
nada sabemos acerca do trabalho de Paulo nas ilhas do mar
Egeu. O texto lucano de Atos nada revela.
3.6. Trogílio At 20.15
É o nome de um promontório da costa oeste da Ásia em
frente à Samos cerca de 2 km. O navio que Paulo estava
ancorou no local onde atualmente se chama porto de São
Paulo.
3.7. Mileto At 20.15,38
Cidade portuária de Éfeso situada ao sul da foz do rio
Meandro no mar Egeu. Afamada por sua indústria de corantes e
por suas manufaturas de lã. Foi a terra Tales, de Anaximandro
e de Demócrito. No porto de Mileto Paulo realizou a maior
concentração pastoral da história do cristianismo. Seu discurso
pronunciado em Mileto é o maior código de ética pastoral, e o
mais excelente de toda literatura. O porto marítimo de Mileto
186
pode ser chamado o porto das lágrimas, porque nele, Paulo

despediu de todos os anciãos de Éfeso At 20.37. Quantos
obreiros hoje são transferidos e os membros nada sentem. É
louvável quando um pastor é transferido de uma igreja e o
povo lamenta a sua saída.
3.8. Cós At 21.1
Nome dado a uma cidade e a uma ilha do mar Egeu
enfrente a costa sudoeste da Ásia. A ilha tem 32 km de
comprimento por 11 km de largura. Importante por suas
vinhas, óleos e pela púrpura. Ao que parece Paulo passou uma
noite nessa ilha.
3.9. Rodes At 21.1
O nome significa “rosa.” Fica localizada em frente à costa
sudoeste da Turquia moderna. A ilha conta com 43 km de
comprimento por 20 km de largura. Foi o centro de grande
comércio tanto quanto Alexandria e Cartago. De Cós a Rodes
79 km. O colosso faz parte de uma das sete maravilhas do
mundo estava erguido em Rodes. Media 34 metros de altura,
pesava 300 toneladas e gastaram doze anos para construí-lo.
3.10. Pátara At 21.1
187
Cidade marítima ao sudeste da Lícia. Pátara servia de porto

para a cidade de Xantos que ficava cerca de 16 km de Rodes e
Pátara a 100 km.
3.11. A chegada final
De Pátara, Paulo e os demais ancoraram em Tiro a 500 km,
ficando ali sete dias At 21.3. Despedindo os irmãos foram a
Ptolemaida a 48 km ao sul onde ficaram um dia; sentindo a
sensação da chegada partiu para Cesaréia a 65 km mais ao sul
e dali para Jerusalém mais 100 km para o sudeste. Tanto na
primeira quanto na segunda viagem, Paulo saiu e retornou a
Antioquia. Na terceira ele não pode regressar porque exerceria
daquele momento em diante o ministério de embaixador em
cadeias Ef 6.20. Livres ou presos devemos ser sempre as féis
testemunhas do Filho de Deus.
188
18
MENSAGEM
TEMA: A VIAGEM DE PAULO A ROMA
TEXTO: At 27.1
INTRODUÇÃO
Quando Paulo chegou a Jerusalém por ocasião do
desfecho da terceira viagem missionária, seu pensamento não
era o de ficar ali, e sim, prosseguir para a Síria At 20.3. Os
judeus invejosos de Jerusalém e alguns outros da Ásia que ali
se encontravam, investiram contra ele para matá-lo;
imediatamente foi escoltado pelos soldados romanos e
conduzido à torre de Antônia; local onde Jesus fora condenado
por Pilatos há vinte anos antes At 21.27,32; Jo 19.13. A viagem
de Paulo a Roma, apesar de não ser chamada de viagem
missionária ou a quarta viagem ela foi genuinamente
evangelística e mui proveitosa para o Reino de Deus. Grande é
o contraste entre aqueles que sofrem grandes tribulações ao
lado de Jesus e aqueles que passam grandes provações porque
andam longe dele.
1. DADOS PRELIMINARES SOBRE A VIAGEM A ROMA
1.1. Os companheiros de Paulo na viagem
189
Os companheiros de Paulo nesta viagem foram Lucas como

biógrafo e Aristarco como escravo do apóstolo como era de
direito do prisioneiro levar consigo At 27.2.
Essa viagem foi realizada por volta do ano 61 d.C., após
Paulo ter sido preso dois anos na cidade de Cesaréia marítima e
ter tido a oportunidade de pregar o evangelho às autoridades
romanas: Félix Festo e Agripa II.
Se traçarmos uma linha reta que partindo de Jerusalém e
passando por Creta, e após chegar a Roma teremos uma
distância de 2.000 km. A mudança de rota feita pelo navio
alexandrino devido a grande tempestade provocada pelo
furacão euro-aquilão fez a viagem estender-se para 2.967 km.
1.4. As empresas marítimas
A viagem de Paulo a Roma pode ser dividida em três
etapas, a saber: de Cesaréia a Mirra; de Mirra a Malta e de
Malta a Roma. O primeiro trecho foi feito por um navio
adramitino At 27.2. Essa empresa pertencia à cidade de
Adramitio, porto ao sul de Trôade na costa noroeste da Ásia. O
segundo e o terceiro trechos foram feitos por navios
alexandrinos At 28.11. Nomes dados a duas divindades gregas
e romanas às vezes denominadas de Dióscuros ou filhos de
190
Zeus. Os marinheiros adoravam como seus protetores nas

crises marítimas.
2. O PRIMEIRO TRECHO: CESARÉIA - MIRRA
2.1. Cesaréia At 23.3
Era a metrópole romana e morada oficial tanto dos reis
quanto dos procuradores ali enviados pelo imperador de Roma.
Cidade embelezada por palácios, edifícios públicos e um
enorme anfiteatro. Cesaréia estava localizada a 100 km ao
noroeste de Jerusalém. Dessa cidade o apóstolo Paulo saiu
acorrentado juntamente com outros prisioneiros em direção a
cidade de Roma aos cuidados do centurião Júlio da corte
augusta ou imperial.
2.2. Sidom At 27.3
Em tempos remotos era um antigo porto marítimo que se
notabilizara por seu comércio e navegação. Nessa cidade foi a
primeira escala após percorrerem 153 km. Paulo era um
elemento simpático; com apenas um dia de viagem conquistou
a confiança do centurião o qual lhe permitiu estar com os
irmãos sidônios. Quantos irmãos que congregam juntos há
muitos anos e não se conhecem. Paulo entendia que a vida
deve ser fortalecida por muitas amizades; e que amar e ser
amado é a mais sublime felicidade da existência.
2.3. Mirra At 27.5
191
Nome dado a uma das principais cidades da Lícia. Estava

localizada a uns 3 km da praia do Mediterrâneo sobre um
monte. Foi centro do comércio de cereais e de perfumes. Seu
nome moderno é Dembra. Essa cidade serviu apenas para ser
efetuada uma conexão de navios e nada mais.
3. O SEGUNDO TRECHO - MIRRA A MALTA
3.1. Bons Portos At 27.8
Pequena baia da costa meridional de Creta a 8 km ao leste
do cabo de Mátala. Até certa altura é protegida por pequenas
ilhas. Seu nome moderno Kaloi Limenes. De Mirra a Bons
Portos, 500 km.
3.2. Paulo o profeta em meio ao perigo
A região ao sul de Creta foi o local onde o Senhor revelou à
Paulo os perigos que haviam de açoitar o navio em meio ao
mar Mediterrâneo. “o centurião cria mais no piloto e no mestre,
do que no que dizia Paulo” At 27.12. De acordo com o ponto de
vista humano, Paulo era um simples prisioneiro no navio. Do
ponto de vista de Deus, Paulo era o capitão e todos os demais
eram os prisioneiros At 27.21-26, 30,31-34. Os demais homens
desta vida creem mais nas cartas científicas e no que afirma a
astrologia do que no que diz um profeta de Deus.
3.3. Os perigos na viagem
3.3.1. O pé de vento euro-aquilão At 27.14
192
O vento sul soprava brandamente e os 276 passageiros

At 27.37, não estavam preparados para receber o vento euro-
aquilão. Esse nome é formado de dois vocábulos, a porção
“euros” é grega e significa “vento Leste”; ao passo que a
porção latina “aquilo” significa “nordeste.” Era um pé de vento
que surgia da banda do mar Negro e avassalava todos os
navios no mar Grande. Devemos estar prontos para viver tanto
na calmaria da prosperidade como também para enfrentar o
euro-aquilão das lutas inesperadas Sl 27.1.
3.3.2. Perigo na Sirte At 27.17
Sirte, quer dizer banco móvel de areia. Ficava situada na
costa norte da Líbia. Ainda distante, mas continuando o vento
do nordeste o perigo era real. Às vezes o vento euro-aquilão do
pecado bombardeia o crente enfraquecendo-o a ponto de
mergulhá-lo na Sirte da fraqueza espiritual. Vigiemos, pois!
3.4. Malta, a ilha de refúgio At 28.1-11
A ilha de Malta surgiu para os náufragos como refúgio
assim como significa o seu nome. Malta fica situada quase no
centro do mar Mediterrâneo a 98 km ao sul da Sicília e a 290
Km ao norte da costa setentrional da Líbia. Está a 4 horas a
mais em relação a Brasília. Suas dimensões: 25 km de
comprimento, 13 km de largura e 315 km². Malta tornou-se
importante por causa do mel das abelhas maltesas; dos frutos
193
adocicados; dos tecidos de algodão; das construções de pedras

e das raças de cães. Paulo chegou nessa ilha quando havia
chuva e frio. Escapando do naufrágio uma cobra maltesa picou-
lhe a mão enquanto trabalhava juntando vides para alimentar a
grande fogueira. Todos aqueles que atiram no trabalho do
Senhor imbuídos de dedicação e amor podem esperar que do
calor sairá uma cobra dormente de censura, de perseguição, de
calúnia, para picar a mão laboriosa Mt 5.11-12; 1 Pe 4.16. Os
três meses que Paulo ficou em Malta foram de profundo
avivamento At 28.8-10. O cristão fiel deve deixar sua
veracidade e sua ousadia espiritual como marca registrada por
onde passar 2 Co 3.2. De Bons Portos a Malta 930 km.
4. O TERCEIRO TRECHO: MALTA - ROMA
4.1. Siracusa At 28.12
Ao sair de Malta num navio alexandrino chegaram a
Siracusa. Cidade localizada no extremo leste da ilha da Sicília.
Foi edificada em 734 a.C., por colonos de Corinto. Foi
considerada a mais rica cidade grega. A única referência a
Siracusa é que Paulo esteve nela durante três dias.
4.2. Régio At 28.13
Cidade portuária situada no extremo meridional da Itália.
Fica no lado italiano do estreito de Messina. Régio atualmente é
a capital da Calábria.
194
4.3. Putéoli At 28.13

Cidade portuária onde Paulo desembarcou. Ficava cerca de
12 km de Nápoli na costa oeste da Itália. A cidade atualmente
chama-se Puzzuoli. Paulo tornou-se comandante da viagem
apesar de ser prisioneiro. Ficou sete dias em Putéoli,
comungando com os irmãos At 28.14.
4.4. Ápio At 28.15
Cidade que se tornou conhecida por causa de um grande
mercado que tinha numa região próxima da praia. Nessa Praça
de Ápio, Paulo foi grandemente recebido. Paulo havia redigido
sua carta aos romanos uns três anos antes. Conhecidos e
convertidos por Paulo também chegaram antes dele Rm 16.
4.5. Três Vendas At 28.15
Era uma estação que ficava a 50 km ao sul da grande
Roma sobre a via Ápia. De Ápio a Três Vendas 30 km. Cidade
onde Paulo encheu-se de gozo por ser recepcionado por seus
admiradores. É bom ser admirado!
4.6. Roma At 28.6
Finalmente chegou a Roma o apóstolo das missões para
cumprir o que fora profetizado em At 27.24. Roma foi fundada
por Rômulo e Remo no ano de 753 a.C. Roma significa força.
Esta localizada a 25 km da foz do rio Tibre. Paulo ficou preso
durante dois anos por causa da demora da justiça comum; pela
195
perda dos papéis oficiais no naufrágio. Mesmo preso, e com

Nero o monstro cruel no trono, Paulo pode pregar sem
impedimento algum At 28.31. Satanás não pode de forma
alguma abafar o nosso testemunho. Paulo tinha um poder de
testemunhar tão expressivo que pode ganhar para Cristo
pessoas da família imperial Fp 4.22.
196
19
MENSAGEM
TEMA: O MARTÍRIO DE PAULO
TEXTO: 2 Tm 4.6
INTRODUÇÃO
As mais belas obras literárias, e os pensamentos mais

gloriosos pronunciados por Paulo, foram aqueles face ao seu
martírio. A morte de Paulo trouxe grandes reflexões a guarda
romana. Porque não merecia ser trucidado como fora por causa
da excelência do evangelho de Cristo Fp 3:8. Nero com sua ira
famigerada tentou fazer calar a boca do apóstolo na Via Óstia,
não sabendo ele que a mensagem de Paulo ecoaria pelo mundo
como uma força que não diminui 2 Tm 2.9. Paulo a semelhança
de Cristo pode cantar o hino da vitória face ao holocausto que
lhe estava preparado.
1. A PRIMEIRA PRISÃO
1.1. Nero o leão 2 Tm 4.17
Do lado paterno Nero procedia dos Domícios Aenobarbos,
eram assim chamados por causa das barbas cor de bronze
predominantes na família. Filho de uma distinta família da
antiga aristocracia romana, os domitii, e, pelo lado de sua mãe
trineto de Augusto. Foi adotado por Cláudio como seu herdeiro,
197
e devidamente ocupou seu lugar na sucessão dos césares em

54 d.C. Seu comportamento era sinistramente monstruoso.
Nero ordenou a morte da própria mãe. Era um jovem de
gostos esquisitos, escandalizava os seus contemporâneos.
Gastava sem conta com feras e com lutas de gladiadores. Tinha
tendências acentuadas para o adultério, o incesto, a
brutalidade. Era filho único e recebeu o nome de Lúcio e o
cognome de Nero, palavra que em língua sabina queria dizer
valente ou forte. Quando Paulo afirmou: “fiquei livre da boca do
leão“, estava expressando que até o momento ele estava livre
da ferocidade e da falta de misericórdia demonstradas por
Nero.
1.2. A resolução do processo
Imagine que Agripa e Festo tivessem enviado para Roma
um relatório bem formalizado a favor do eminente apóstolo
Paulo. O centurião Júlio pode ter recomendado clemência.
Pressupomos que Paulo foi absolvido, visto que nem Festo nem
Félix haviam podido fazer ou dirigir qualquer acusação contra
ele que pudesse condená-lo perante a LEX ROMANA. O
apóstolo tinha certeza absoluta que seria posto em liberdade
Fm 22; Fp 1.25.
198
1.3. A prisão domiciliar At 28.30

Paulo encontra-se detido sob aquela forma de
aprisionamento, chamada em latim custódia libera; esta era a
maneira em que o preso não precisava ficar encarcerado, e
sim, vigiado permanentemente por um soldado. Paulo alugou
uma casa por conta própria; o que tudo indica que os gastos
foram financiados pela igreja de Filípos Fp 4; 10, 14,18. Da sala
de sua casa, fez seu púlpito para alcançar as extremidades do
globo terrestre. Grandes personagens da Bíblia apareceram na
história porque Paulo os ganhou na prisão Fm 10.
1.4. A guarda pretoriana Fp 1.13
Essa guarda foi instruída pelo imperador Augusto, por
quem foi chamada de cortes pretorianas. Era a guarda imperial,
guarda do praetor; título de certo oficial romano, abaixo da
categoria de cônsules. O salário do grupo era dobrado, além de
outras mordomias. O tempo de serviço era encerrado com doze
anos. A patente como um corpo militar, equivalia a centurião.
Quando Severo assumiu o poder no ano 193 d.C., a guarda
pretoriana foi absolvida. Paulo foi vigiado por soldados dessa
guarda famosíssima a quem pregou incessantemente a Palavra
de seu Mestre. O crente a semelhança de Paulo deve ser
testemunha autêntica em qualquer lugar e situação 2 Tm 4.2.
2. PAULO É POSTO EM LIBERDADE
199
2.1. A visita à Espanha

Paulo quando escreveu sua Epístola aos Romanos, pode
manifestar profundo desejo de conhecer a Espanha Rm
15.24,26. A Espanha fica situada no sudoeste da Europa.
Possuía ricas minas de ouro e prata. Para o povo, a Espanha é
idêntica à Tarsis do Antigo Testamento Gn 10.4. A igreja
primitiva testemunhava que Paulo realizou o seu desejo de ir à
Espanha. Clemente de Roma asseverava que Paulo chegou até
as fronteiras do ocidente que indica as colunas de Hércules o
estreito de Gibraltar e o Jebel - Musa. Apesar da Espanha ficar
muito distante de Roma, a viagem não era muito difícil. O
trânsito marítimo entre a Itália e a Espanha era muito
movimentado. Havia muitos Judeus em cidades marítimas da
Espanha. As sinagogas dessas cidades deveriam ter sido
abaladas com a pregação do apóstolo que fora posto em
liberdade.
2.2. A visita a Éfeso e a Macedônia
Nesta visita Paulo chegou a Éfeso onde pode encontrar a
Timóteo 1 Tm 1.3. Sua estada nessa cidade foi sumamente
importante para resolver muitos problemas que surgiram
durante a sua ausência At 20.17. Ao sair de Éfeso a capital da
Ásia Paulo foi para a Macedônia, onde as igrejas de Filípos e a
200
de Tessalônica se destacavam pelos laços ternos de caridade.

Paulo pagou a Timóteo a visita prometida 1 Tm 3.14; 4.13.
2.3. A visita à ilha de Creta Tt 1.5
A primeira vez que Paulo pisou no solo cretense foi por
ocasião de sua viagem a Roma At 27.7,8. Paulo estava
acompanhado de Tito, o mais enérgico dos seus assistentes;
por isso, deixou-o em Creta. É uma grande ilha do mar
Mediterrâneo localizada ao sudoeste da Grécia, e atualmente se
chama Cândia. Tem 296 km de comprimento e cerca de 11 a
65 km de largura. Homero refere-se a ela como: “A ilha das
cem cidades.” Paulo deixou Tito em Creta para por colocar em
ordem os negócios das igrejas.
3. A SEGUNDA PRISÃO E O MARTÍRIO DE PAULO
3.1. Roma é incendiada
Nero com suas práticas nefandas e brutais colocou fogo na
cidade de Roma e subitamente atribuiu esta culpa aos cristãos
que doravante receberam o apelido de incendiários. Nero
infligiu grande perseguição aos crentes, derramando azeite
sobre suas roupas e eram amarrados em estacas e ateava-se
fogo neles durante a noite, para que servissem de iluminação.
Foi com muita razão que Paulo fez apelos veementes aos
cristãos que orassem pelas autoridades 1 Tm 2.1,2.
3.2. A prisão de Paulo
201
Abalizados historiadores julgam que Paulo foi preso pela

segunda vez quando esteve em Trôade hospedado em casa de
Carpo, fidedigno cristão, quando foi surpreendido pela
soldadesca romana não dando tempo assim de apanhar seus
objetos 2 Tm 4.13. Na segunda prisão Paulo foi tratado com
maior severidade. Onesíforo o encontrou 2 Tm 1.16; ele próprio
testemunhou que sofria como um criminoso algemado 2 Tm
2.9. Os companheiros o abandonaram 2 Tm. 4.10. O maior frio
que Paulo sofria não era por causa da falta da capa; mas o frio
da solidão humana: “somente Lucas está comigo” 2 Tm 4.11.
3.3. O mártir da via Óstia
Muitos historiadores asseveram que o martírio de Paulo
ocorreu antes do suicídio de Nero em Junho de 68 d.C. Quando
a cela fria foi aberta, Paulo qual um cisne cantou: “combati o
bom combate acabei a carreira, guardei a fé“ 2 Tm 4.7. Logo
em seguida Paulo à frente e o destacamento de execução atrás
com varas, espada e machado. O carrasco não podia tirar-lhe a
consciência do amor de Cristo Rm 8.38. Paulo foi levado ao
terceiro marco na Via Óstia, conhecido como águas escuras,
onde ergue uma capela em sua honra. Ao chegar ali os
soldados abaixaram suas roupas até a cintura e amarram-no de
joelhos ao pilar que lhe deixava livre o pescoço; depois de
apanhar muito, decapitaram-no, arrancando a cabeça do corpo
202
Rm 8.18. Foi assim que Paulo deixou a cidade de Roma para

adentrar as portas do paraíso. Amém!
203
20
MENSAGEM
TEMA: A ORIGEM DA ÁGUIA
TEXTO: Is 40. 31
INTRODUÇÃO
No descortinar deste terceiro milênio, o brado contínuo

das massas é liberdade. Muitos no afã de procurá-la prendem-
se nas malhas da libertinagem. Liberdade é fazer o que se deve
fazer; e não fazer o que não se deve. O profeta messiânico
apropriou-se de forma pedagógica comparativa usando a águia
como símbolo da liberdade e da renovação das forças
exauridas. Os jovens são na verdade a materialização típica da
força. Mas, até eles mesmos se cansam e podem até cair. Bem
sabemos que toda força humana tem limites. O Senhor é
inexaurível em força. Ele é a fonte inesgotável para aqueles que
esperam nele. Aqueles que recebem o poder de Deus podem
ser comparados à águia que em seus vôos altaneiros, é a figura
da força e da liberdade. Essa expressiva criatura do reino
ornitológico serve de lições que podem se aplicadas à vida
humana. Doravante estaremos aquilatando as mais preciosas
lições que a rainha dos ares nos oferece para o nosso êxito
espiritual.
204
1. O NOME
Na língua hebraica “Nesher” e na grega “Aetós” que

significa “Que rasga com o bico”.
2. A FAMÍLIA
A águia pertence à classe aves, ordem falconiforme. Faz

parte da subfamília buteoninae na família dos gaviões,
accipitridae. Dentro da subfamília, as espécies maiores são
geralmente chamadas de águias, e as espécies menores
falcões. A palavra águia aparece 33 vezes na Bíblia. A primeira
em Ex 19.4 e a última em Ap 12.14.
3. É A AVE MAIS NOBRE DO REINO ORNITOLÓGICO
A Águia engalana com sua majestade de rainha o mundo

das aves. Sem ela o céu seria vazio sem a beleza de seu vôo
acrobático. Deus nos criou para que vivamos entre as águias e
não nos fadou a rastejarmos entre os patos e marrecos.
Destinou-nos às alturas e não nos condenou as baixezas
terráquicas. O cristão piedoso é privilegiado entre os homens
por alguns fatores:
3.1. É escolhido por Cristo Jo 15.16;
3.2. É nomeado cidadão do céu Ef 2.19;

205
3.3. É embaixador desse Reino esplendoroso 2 Co 5.20;
3.4. É denominado de rei Ap 1.6;
3.5. E como sacerdote ministra ao Senhor o mais límpido culto

de adoração Ap 1.6.
O cristão não é um ser comum, ele é portador da

natureza divina que o transforma em águia vívida. Os abonados
dicionários da língua portuguesa definem com muita
propriedade a palavra homem da seguinte forma: “Animal
racional, bípede, e mamífero, que ocupa o primeiro lugar na
escala zoológica.” Já o idioma grego define assim: “Antropos”,
significa “aquele que olha para cima.” O legítimo homem
seletizado é aquele que como águia tem o pendor celestial de
olhar para cima, para Deus Cl 3.1. Fora dessa verdade
incontestável ele será apenas um mamífero. O homem
notabiliza-se no círculo da vida não é pelo seu arsenal de
conhecimento enciclopédico, mas, pela desenvoltura espiritual e
pelo caráter de aquilaniano que exerce. Fomos eleitos pela
Águia Jeová, essa é a razão da nossa nobreza 1 Pe 1.2.
4. A ÁGUIA É UMA AVE PODEROSA POR NATUREZA E DE

ASPECTO GUERREIRO Dt 28.49-50
206
Quando fomos conclamados por Deus e admitidos no Seu

batalhão espiritual fomos revestidos de uma nova natureza, e,
recebemos as armas para o bom combate Rm 13.12; 2 Co 6.7;
10.4 e a bravura de um guerreiro heróico para defrontarmos as
hostes malignas Ef 6.12. Entre as fileiras do exército do
Marechal Jesus Cristo não há lugar para pusilânimes e
medrosos. A regra áurea para o cristão é: “avançar sempre,
recuar jamais.” A fornalha do medo torna em cinzas todo o
projeto de vida. O fracasso deve ser repudiado do meio do
arraial do povo de Deus. O cristianismo não é para quem é
mole, e, sim, para quem quer calcar Satanás. É mister que
cada crente reconheça a sua posição de campeão em Cristo, e,
se sinta revigorado como um ávido guerreiro para enfrentar as
borrascas da vida. É indubitavelmente urgente que o servo de
Deus que vive fracassado e psicologicamente debilitado e em
baixa estima, proclame altissonantemente esta expressão de
revigoramento: “Eu sou forte!” Jl 3.10. O enclausuramento não
faz parte do nosso sistema de vida. A águia é corajosa e não
vive amedrontada porque face ao perigo ela usa suas fortes
asas em vôo súbito e ascende fulgurantemente ao céu azulado.
Assim deve ocorrer conosco, não abatermos diante das
investidas do inimigo, e, sim refugiarmos no Senhor pelo vôo
da nossa fé inabalável Sl 71.7. Paulo a águia divina, pode
207
cantar a vitória por antecedência: “Mas em todas estas coisas

somos mais do que vencedores” Rm 8.37. Satanás e sua
plêiade de comparsas derretem-se diante dessa possante
declaração.
208
21
MENSAGEM
TEMA: AS VÁRIAS ESPÉCIES DE ÁGUIAS
TEXTO: Dt 32.11,12
INTRODUÇÃO
Existem aproximadamente 50 espécies de águias

espalhadas nos cinco continentes. Veremos a seguir, as oito
categorias mais conhecidas.
1. ÁGUIA DOURADA (ÁQUILA CHIRSAETUS)
É uma ave de proporção corporal agigantada que é

encontrada em muitas localidades do hemisfério norte. A cor
dourada retrata a natureza divina. Como águia dourada
recebemos de Deus por ocasião da nossa conversão essa
natureza imbatível para nunca sermos enxovalhados pelo
Diabo 2 Pe 1.4. Somente a natureza divina impregnada em
nosso espírito poderá fazer-nos triunfantes sobre a sujidade
do pecado esparzida no mundo.
2. ÁGUIA CINZENTA (ÁQUILA RAPAX)
Seu nome é originado da cor do penacho. A cauda é

preta, com a extremidade branca. É encontrada no Brasil,
209
Bolívia, Paraguai e Argentina. Na tipologia bíblica a cor cinza

fala do resgate. Essa águia é um tipo do cristão resgatado
pelo sangue de Cristo 1 Pe 1.18,19.
3. ÁGUIA CALÇADA (ÁQUILA PENATA)
Os seus pés mostram estabilidade quando se atracam no

galho de uma árvore. Com um espírito poético cantou o
salmista Davi: “Faz os meus pés como os das cervas...” Sl
18.33, reivindicando do Senhor a estabilidade espiritual.
Trilhar com seguridade nos caminhos de Deus é a base
sedimentar para viver diante de uma sociedade
desequilibrada. Quantas pessoas não permanecem na
comunhão da igreja porque são instáveis, volúveis e
negligentes. Precisam como a águia calçada firmarem nas
promessas do Senhor 1 Co 15.58.
4. ÁGUIA PESCADORA (PANDION CHIRSAETUS)
Ave falconiforme, da família dos accipitrídeos, da

América Central e do Norte, mas que no verão emigra para
América do Sul. Vive exclusivamente da pesca. Essa espécie
de águia é um tipo do cristão ganhador de almas para Cristo
Lc 5.10. O maior pregador não é aquele que apresenta um
sermão recheado de informações, por meio de uma oratória
ostentosa, requintada, e que chega a estontear o auditório e
210
arrancar aplausos efusivos; e, sim, aquele que ganha almas

com a simplicidade do Evangelho de Cristo Pv 11.30. Moody
foi uma grande águia pescadora chegando a ganhar
1.000.000 de almas para o Reino dos céus. Somos
testemunhas de Cristo nesse século entenebrecido com a
missão precípua de levarmos aos nossos semelhantes à
Palavra de poder que transforma o coração humano
empedernido.
5. ÁGUIA IMPERIAL (ÁQUILA HELÍACA)
É uma das águias mais lindas e de presença agradável.

Possui uma capacidade de domínio sobre as demais de sua
família. José foi uma águia imperial em meio a sua parentela
Gn 37.30; na casa de Potifar Gn 39.1-4; na corte faraônica Gn
41.38-43. O Senhor nos capacitou para dominarmos. O cristão
deve ocupar os espaços sem petulância, mas, com serenidade
recebida do Espírito Santo. Precisamos ter uma presença
agradável como a águia imperial. É sinistro para alguém ter a
presença indesejada, repugnada e anojada. É necessário que
as pessoas saibam que a beleza é o privilégio de alguns, a
simpatia é a oportunidade de todos.
6. ÁGUIA DE DEDO CURTO (ÁQUILA CIRCAETUS

GALICUS)
211
Tem os dedos tão curtos que não possui uma boa

estabilidade quando pousa. Os dedos curtos dessa águia falam
da inabilidade de certos cristãos em relação à tarefa cristã.
Por exemplo: apenas 38% dos membros de certas igrejas é
que são dizimistas sistemáticos; o restante está entregue a
avareza que é idolatria Cl 3.5. O cristão que um dia esta na
igreja e no outro está no mundo de fantasias pode ser
comparado à águia de dedo curto balançando no galho da
indecisão espiritual.
7. ÁGUIA MOSQUEADA (ÁQUILA CLANGA)
O seu corpo é todo salpicado de manchas. O crente não

pode ter nódoa na vida moral para não se tornar-se o centro
de todas as críticas dos que o rodeiam. O profeta da coragem
assim expressou: “Pode o etíope mudar de pele, ou o
leopardo as suas manchas?” Jr 12.23. A minha oração agora
é: Senhor Deus, retire de nós todas as máculas que ofuscam a
beleza de Cristo em nossas vidas, e que indecoram o nosso
caráter cristiânico, desfigurando-o, de seu prisma original.
8. ÁQUILA NEPALENSES
Essa espécie de águia só vive em lugares inabitados. O

cristão não deve ser assim, vivendo no deserto da vida
isolada, longe de tudo, e de todos, fora do círculo da
212
convivência fraternal Hb 10.25. O enclausuramento na vida

cristã é prejudicial à comunhão com Deus e com os irmãos na
fé. Aristóteles disse: “O homem é um animal político.” O
homem só poderá viver no meio e não enclaustrado. Viver em
conjunto é bom porque há compartilhamento das idéias, das
necessidades, dos temores e das alegrias. Portanto, não fique
encelado. O homem tem que ser um arquipélago e não uma
ilha solitária.
213
22
MENSAGEM
TEMA: O NINHO DA ÁGUIA
TEXTO: Ob 4
INTRODUÇÃO
No mundo das aves a águia é a que constrói o ninho de

forma inviolável para não passar constrangimento com os
visitantes inesperados. Devido à altitude onde a águia habita,
o profeta Obadias usou uma linguagem hiperbólica a ponto de
dizer que o ninho é colocado entre as estrelas.
1. O LOCAL ESCOLHIDO
Nos penhascos rochosos nas encostas das montanhas

em lugares inabaláveis Jó 39.27,28. O cristão águia
estabeleceu o seu convívio de fé diuturnamente em Cristo a
Rocha de Israel Gn 49.24; Mt 21.42. Quem tem a rocha dos
séculos não se aterremotiza face às más notícias que
ininterruptamente presenciamos na mídia Sl 112.7.
2. O TAMANHO
Há ninho que chega atingir 3 metros de circunferência,

50 centímetros de espessura e 6 metros de profundidade.
214
Devido as constantes remodelagens ele vai crescendo

grandiosamente.
3. O TEMPO DE USO
A águia é sedentária e não gosta de mudar de endereço.

O cristão precisa ser decidido em tudo quanto faz ou pensa.
Existem pessoas evangélicas que mudam diariamente de
doutrina, e de denominação demonstrando ineficiência na vida
de fé.
4. O FEITIO
A construção do ninho é feita com especial cuidado. A

camada exterior é formada de espinhos pontiagudos; a
interior de capim, peles de animais e confortavelmente
forrado com as penas retiradas do próprio peito. Todas as
atividades que formos desempenhá-las precisam ser
incendiadas com a chama do bem servir; isto é, com o
coração. A maioria dos homens modernos deixou de fazer as
coisas com o coração; essa é a razão da corrupção proliferada
em todo seio da sociedade. O ninho é ancorado de tal forma
na rocha que não há tempestade que possa arrancá-lo.
Estamos também firmados em Cristo a rocha eterna de forma
que não podemos ser abalados Sl 125.1.
215
5. A PROTEÇÃO
A águia é profusamente zelosa com a sua residência.
Acrescenta novos reforços com galhos grossos. O casal trança
uma espécie de parede protetora circular. E ai daquele que
ousar aproximar para fazer uma visita, é rechaçado sem a
menor consideração. Devemos ter também especial cuidado
protecional com os nossos entes queridos. Os nossos filhos,
por exemplo, são dádivas que o Senhor nos outorgara; por
isso, devemos policiá-los com afinco ininterrupto. Não
podemos abrir as portas das nossas casas para fofoqueiros,
desocupados, mentirosos ou pessoas que tenham a moral
comprometida. Precisamos reforçar o nosso ninho trançando a
moral com o bom exemplo, criando assim, um verdadeiro
parapeito solidificado 2 Tm 3.10. Como afirmou Lord
Clarendon: “Nenhum homem é tão insignificante, a ponto de
poder assegurar que o exemplo não causa danos.” O exemplo
é a escola da humanidade, e só nela poderão os homens
aprender. Eu li certa feita na recepção de um hotel um
pensamento que dizia: Quando os que mandam perdem a
vergonha os que obedecem perdem o respeito.
6. A TEMPERATURA
O ninho da águia permanece todo tempo aquecido;
podendo dessa forma manter os filhotes confortavelmente
216
diante dos borrascosos vendavais. O amor no seio da família

deve manter-se aceso para que todos tenham forças
suficientes para sobrepujar as crises emergentes. Amigo leitor,
como está a temperatura do seu ninho familiar?
7. A REFORMA
Se o ninho for desmoronando parcialmente será sempre
submetido a uma reforma rigorosíssima. Precisamos cessar
vez por outra da nossa correria e fazermos uma reforma em
nossa linguagem, em nosso comportamento e vida de fé. O
ninho é sempre decorado com folhas verdes. A vida diária do
crente deve ser adornada com a esperança. Sem ela, todas as
demais virtudes murcharão. A águia não permite que a
mesmice torne rotina no ninho, sempre há uma mudança no
visual, sempre acrescentando material novo. Na vida espiritual
precisamos acrescer excelentes características para solidificá-
la. O nosso estilo de vida precisa ser renovado com as
experiências celestiais.
8. O TERRITÓRIO
O ninho serve de trono para a águia; e dali, passa a
defender o território que pode atingir 160 Km. O cristão que
possui uma comunhão estreita com o Senhor, onde ele
217
colocar o pé será conquistado. É necessário que dominemos o

nosso território familiar e da vizinhança.
9. EVITA QUALQUER FORMA DE CONVÍVIO COM A SUA
PARENTELA
Vivemos em dias de falsidade macabra até mesmo
dentro das igrejas. É preciso que saibamos com quem
confidenciaremos as nossas intimidades para que elas não se
tornem públicas e de forma destorcida. Existem parentes, que
o melhor que temos a fazer é mantê-los à distância.
218
23
MENSAGEM
TEMA: A ESTRUTURA FÍSICA DA ÁGUIA
TEXTO: Dt 28. 49
INTRODUÇÃO
A estrutura da águia é uma das maiores e mais fortes do
mundo ornitológico. Aquele que está firmado em Cristo não é
fraco, e, sim forte por natureza. Quando Satanás vier
atormentar-lhe por meio de pensamentos, responda sem
medo: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece” Fp
4.13. Beethoven afirmou: “Ainda não se levantaram as
barreiras que digam ao gênio: daqui, não passarás”.
1. O COMPRIMENTO
Da ponta do bico à ponta da cauda mede 1 metro. A
águia fêmea é ligeiramente maior, do que a águia macho. Em
numerologia bíblica o número 1 é o número de Deus. Isto
quer significar que devemos crescer de acordo com a vontade
do Senhor 2 Pe 2.18; Ef 4.15.
2. A ENVERGADURA
Medida que se toma da ponta de uma asa na outra
chegando atingir três metros. O número três é o número da
trindade divina e aparece 467 vezes na Bíblia. O três é
chamado “número divino” por ser mencionado com freqüência
219
em relação às coisas sagradas. Só voaremos no espírito se

estivermos ligados com a santidade divina. As penas da águia
são fortes, rígidas e com penetração no corpo com tanta
intensidade que não podem ser arrancadas com um alicate.
Cada pena pode sustentar 60 aguiazinhas sem serem
extraídas. Debaixo das grandes penas das asas da Águia
Jeová, estaremos seguros para sempre Sl 91.4. As penas de
vôo são chamadas de remígios e chegam a medir 50 cm de
comprimento.
3. O BICO
A águia tem o bico forte e grande, com a ponta aguda e
recurvada para dilacerar a presa. O bico mede 5 cm de
comprimento e 2,5 cm de espessura. O bico consistente
tipifica a palavra de um cristão que detona a mentira. O maior
documento de um homem sério é a sua palavra 2 Tm 4.12.
Certo poeta afirmou: “O homem que sabe não fala; o homem
que fala não sabe.” O bico da águia é curto, isto diz que
devemos falar só o necessário Mt 12.36.
4. A VOZ
É chamada de crocitar, grasnar, gritar e piar. A águia
estende as asas dentro do ninho e grasna repetidas vezes. O
grito forte da mãe faz que os filhotes sintam como ela é
poderosa. A voz do Senhor demonstra para o Seu povo a sua
220
grandiosidade. O salmo 29 por 7 vezes mostra a intensidade

da voz do Senhor.
5. AS GARRAS
Elas são potentes e aguçadas, o que torna essa ave
perigosa para as presas. A força de suas garras pode
estrangular um peixe de 30 cm. Se o vento estiver ao seu
favor poderá levantar uma criança de 2 anos. As aves que
transportam a presa com o bico é porque habitam em zona de
risco; a águia conduz com a as garras porque habita em lugar
bastante seguro. As duas garras representam duas coisas para
nós. Primeira: a autoridade espiritual, Lc 10.19. Quando
usamos essa garra os demônios gemem e ficam sobre o nosso
domínio. Podemos amarrá-los e expulsá-los. Segunda:
segurança espiritual; com essa garra podemos segurar todas
as bênçãos e não perder nenhuma. O importante não é
apenas ser abençoado e sim segurar as bênçãos.
6. O PESO
Tem águia que chega a pesar 9 Kg. O número 9 aparece
49 vezes na Bíblia. O 9 é o quadrado de 3. E 3 é o número da
trindade, assim como o 9 é o número peculiar ao Espírito
Santo. O fruto do Espírito são 9, Gl 5.22,23 e os dons do
Espírito também são 9; 1 Co 12.8-10. O que dá peso na vida
de um cristão é o seu envolvimento com o Espírito Santo.
7. PÉS E PERNAS
221
São bastante fortes. A maioria dos pés das águias é de

um amarelo vivo. Essa cor fala da natureza divina que nos faz
trilhar pelo caminho da justiça com segurança. Para
suportarmos as procelas e as lutas do dia-a-dia precisamos de
forças oriundas do trono da graça para não fraquejarmos.
222
24
MENSAGEM
TEMA: A ÁGUIA COMO INSÍGNIA DAS NAÇÕES
PODEROSAS
TEXTO: Dn 7.14
INTRODUÇÃO
Nas profecias escatológicas do profeta Daniel acerca do
império babilônico, ele foi representado por um leão contendo
asas de águia Dn 7.14. O exército caldeu era rápido em suas
estratégias militares para sitiar, destruir e neutralizar os
inimigos em pleno campo de batalha.
1. ÁGUIA COMO INSÍGNIA DA LEGIÃO ROMANA
A águia é a figura do que é muito veloz e ligeiro. É o tipo
do militar muito agudo, vivo, perspicaz, penetrante e que vê
claramente o que fita ao longe.
Os guerreiros romanos usavam a figura de uma águia
como insígnia de força e de bravura. As insígnias permitiam a
tropa durante a batalha reconhecer a sua unidade. As águias
foram insígnias da legião inteira. Tanto no pesado escudo
retangular que pertencia aos legionários de Trajano; como no
escudo oval, mais leve, que data da época de Tibério tinha a
figura de uma águia. A águia tornou-se emblema real no
mundo foi a partir do século XV. É considerada o símbolo da
223
força, da coragem, da elevação, da superioridade, e do poder.

Os Estados Unidos escolheram a águia calva como ave
nacional em 1782.
2. A ÁGUIA COMO SÍMBOLO DOS GRANDES IMPÉRIOS
2.1. Carlos Magno
Durante esse tempo a águia de duas cabeças tornou-se o

emblema do santo Império e que juntou aos ornatos do
túmulo do grande imperador.
2.2. Pedro o Grande, 1712

Nessa época a Rússia adaptou a águia de duas cabeças
como símbolo do Império.
2.3. Áustria
A águia de duas cabeças serviu de suporte do escudo do
Império austríaco.
2.4. Prússia
A águia desse império só tinha uma cabeça. Nos escudos
dos cavaleiros, nos tempos das cruzadas era o símbolo da
intrepidez e da batalha ganha. O cristão tem força e coragem
de sobra, porque está revestido da panóplia de Deus para
desbaratar o exército satânico e como águia sobrevoar
vitoriosamente Sl 18.29; Sl 3.6; Dt 28.7; Ef 6.10-20.
224
3. HOMENS NOTÁVEIS QUE FORAM CHAMADOS DE

ÁGUIA
3.1. Napoleão Bonaparte - águia francesa
Nasceu em Ajácio em 15 de Agosto de 1769 e faleceu em
Santa Helena em 5 de Maio de 1821. Foi comandante de
artilharia; general-de-brigada; general-de-divisão, general de
exército interior, comandante do exército da Inglaterra e por
último foi coroado imperador dos franceses em 1804.
3.2. Santo Agostinho - águia dos doutores
Nasceu em 13 de Novembro de 354 d.C., em Tagaste no
norte da Argélia e morreu em 28 de Agosto de 430 d.C. Era
profundo conhecedor da literatura latina. Dirigiu a escola de
retórica de Cartago por nove anos. Dominava com facilidade a
filosofia platônica. Ligou o pensamento grego e a filosofia
escolástica. Foi pensador original e pai da igreja por
excelência; Bispo por quarenta anos e se propalou como a
maior figura do cristianismo depois do apóstolo Paulo.
3.3. Rui Barbosa - águia de Haia
Nasceu em Salvador, em 5 Novembro, de 1849 e faleceu
em Petrópolis em 1° de Março de 1923. Foi o maior gênio da
cultura brasileira de todos os tempos. Ele foi escritor,
poliglota, parlamentar, jurisconsulto, político, orador e
jornalista. Redigiu o projeto da Carta Constitucional da
República. Foi autor da redação da Lei Saraiva, e do parecer
225
dando alforria aos escravos de 60 anos, conhecida por Lei do

Sexagenário. Foi vice-presidente do senado. Sua biblioteca
tinha 30.000 livros e sua obra literária chegou aos 300
volumes. No ano de 1907, foi enviado como representante do
Brasil á Conferência Internacional de Haia, onde defendeu a
tese da igualdade das grandes e das pequenas nações, na
qual recebeu o cognome de: “Águia de Haia.”
3.4. João o Evangelista - águia de Patmos
Tornou-se grande amigo confidencial de Jesus Cristo Jo
21.20. Foi autor de 5 livros importantíssimos do Cânon
sagrado: o Evangelho Segundo São João, a 1, a 2 e 3
Epistolas, e o vislumbrante Apocalipse. Pastoreou a igreja de
Éfeso por um período de vinte seis anos, e foi o único
apóstolo que morreu de morte natural aos 103 anos de idade.
Como águia divina recebeu as revelações estando em terra Ap
1.9 e outras vezes no céu Ap 4.1,2. Nas visões apocalípticas
ele pode contemplar a figura de uma águia por três vezes Ap
4.7; 8.13; 12.14.
226
25
MENSAGEM
TEMA: A ALIMENTAÇÃO DA ÁGUIA
TEXTO: Mt 24.28
INTRODUÇÃO
A águia não se alimenta de corpos em estado de
putrefação e nem dessedenta com águas sujas. A águia mãe
dá o alimento para os filhos é com o bico uma coisa bastante
interessante. Os novos convertidos são também alimentados
boca-a-boca com a Palavra pregada e ensinada. Que tipo de
nutrição estamos dando para os homens que nos ouvem?
1. A TÉCNICA DE CAÇA
É ordenada, metódica e eficientíssima. Lança-se então
ao ataque repentino e certeiro em vôo rasante, passa sobre o
animal e apanha-o com as potentes garras. Quase sempre o
susto é o suficiente para liquidar a vítima.
Enquanto o macho sai à procura de comida para a prole
a fêmea fica ocupada em digerir parcialmente o que foi trazido
antes para regurgitá-lo depois nas goelas sempre
escancaradas dos seus pimpolhos. Enquanto o pai de família
cristão sai para o trabalho passando mais tempo fora de casa
em busca do sustento familiar a educação e a alimentação
espiritual depende muito da mãe devido estar mais em
227
contato com os filhos. Ela deve buscar muita graça de Deus

assim como Lóide e Eunice para treinar o seu Timóteo 2 Tm
1.5. A águia após alimentar da caça de sua predileção ela voa
entre as nuvens com o bico aberto recebendo o ozônio para
facilitar a digestão. Após banquetearmos do alimento celeste,
receberemos a nuvem da graça divina que nos tornará
fortificados para os grandes desafios da vida.
2. A CAPACIDADE DE FAREJAR
Disse Aristóteles que a águia tem uma capacidade de
pressentir a presa a grande distância, e com frequência
acompanhava os exércitos. Lemos que durante a guerra russa
grande número de águias se ajuntou na Península da Criméia,
e ali estacionou até o fim da campanha, nas circunvizinhanças
do campo, embora anteriormente não fossem vistas naquela
região. Quando um animal cai morto ou ferido no deserto,
contam os viajantes que dentro de um espaço de pequeno
tempo aparecem estas aves sobre ele, sendo certo que um
minuto antes nenhuma se via.
2.1. A ALIMENTAÇÃO TÍPICA DO CRISTÃO ÁGUIA

Quando a águia prende a presa em suas garras ela a
transporta em linha reta e não no sentido transversal para não
atrapalhar a sua aerodinâmica. Quando alimentamos da vívida
228
Palavra do Senhor Ela nos conduz na linha reta da revelação e

não na transversalidade dos apóstatas e heréticos. É melhor
não conhecer as verdades escriturísticas do que ser um
mestre da falsa interpretação bíblica. Para mantermos a saúde
inabalável é necessário que a alimentação seja adequada.
Como águias espirituais os cristãos são abastecidos dos
melhores pratos do banquete divino. O crente é vitorioso,
porque a sua força tem origem na alimentação espiritual.
Alimentamos-nos não é do que cai da mesa, e, sim do melhor
que está sobre a mesa do Pai. Nós continuaremos famintos, a
não ser que nos alimentemos diariamente do pão dos céus. “O
pão cotidiano” do pai nosso é tudo que deve abastecer a
nossa alma e o nosso corpo. O nosso sucesso espiritual
depende literalmente da nossa olfação e gustação do alimento
celestial. Existem muitos cristãos enfraquecidos dentro de
muitas igrejas porque estão fastiados do Pão do céu.
2.1.1. Maneiras pelas quais o cristão alimenta:

> Oração revolucionadora Jr 33.3
É o melhor prato do espírito para robustecer a alma e
revigorar as nossas forças.
> Jejum transformador Mt 17.21
Na balança humana quem come mais pesa mais, e na
balança de Deus, quem come menos pesa mais.
> Comunhão profunda com Cristo 1 Jo 1.6
229
É o fator prioritário que faz da alma do crente sempre forte

e bem alimentada.
> Leitura incessante da Palavra Js 1.8; Ap 1.3
Quem lê a Bíblia com frequência e vive e a pratica jamais
será desdenhado pelo inimigo.
230
26
MENSAGEM
TEMA: A VISÃO PENETRANTE DA ÁGUIA
TEXTO: Jó 39. 29
INTRODUÇÃO
No corpo humano o olho é o órgão mais importante de
que dispomos para saber o que há no mundo que nos cerca.
O olho tem apenas cerca de 2,5 cm de diâmetro. Mas é o
único órgão dos sentidos que pode vencer as grandes
distâncias. Se quisermos que os nossos olhos venham servir-
nos a vida inteira devemos cuidar muito bem deles.
1. À DISTÂNCIA QUE ELA ENXERGA

Afirmam os cientistas que a águia pode enxergar a presa
até 10.000 metros de distância com precisão cristalina. Da
altura que ela voa também pode divisar Jó 39.29. Só veremos
as belezas celestiais se empreendemos grandes vôos em
direção ao céu. Só alcançaremos as grandes experiências com
Deus se obtermos uma visão translúcida. Se a águia voasse
alto, e não contemplasse as coisas aqui embaixo ela ficaria
desnorteada. O cristão sem visão é pior do que um ateu,
porque se torna opositor do crescimento da obra de Deus.
Quantos campos missionários deixaram de ser conquistados
com a Palavra salvadora; quantos templos não foram
231
construídos por causa da visão míope de muitos obreiros que

formam o corpo ministerial de muitas denominações? Se o seu
pastor é um homem de visão, não o interpele. Procuremos
adquirir a visão longitudinal da águia e abandonemos a
diminuta visão de uma galinha de quintal. É necessário que se
diga que a falta de visão amortiza os grandes projetos da
vida. Há no mundo hebraico um provérbio que diz: “A águia
estando em Israel era capaz de divisar uma carcaça na
longínqua na terra da Babilônia”.
1.1. CAMPO VISUAL

A sua capacidade visual é bastante abrangente chegando
atingir 360° de circunferência; enquanto que o campo visual
do homem é de 160 graus. Visão é a capacidade que o olho
tem de formar uma imagem de um objeto e de transmitir essa
imagem nos centros visuais do encéfalo. Na retina do nosso
olho tem células chamadas bastonetes e cones, que absorvem
os raios luminosos e os convertem em sinais elétricos. Os
bastonetes ficam principalmente nas partes laterais da retina,
e as cores concentram na área da fóvea central. O que faz a
águia ter uma visão tridimensional são as três fóveas que ela
possui em cada olho. O homem possui somente uma fóvea
em cada olho. O servo de Deus além de contemplar as coisas
naturais ele pode ver as belezas celestiais. Até mesmo
dormindo podemos ver por meio da revelação divina as
232
artimanhas satânicas preparadas contra nós. Segundo os

grandes oftalmologistas se alguém pode ler letras do tamanho
normal para uma pessoa a 6 m de distância, sua visão é
expressa como 6/6. Se, a 6 m, só pode ler o que uma pessoa
normal pode ver a uma distância de 12m, tem uma visão
6/12. Uma pessoa que pode ver á distância de 6m letras que
o olho normal só pode ver a 4m tem uma visão 6/4.
3. A PROTEÇÃO DOS OLHOS
Para proteger os seus globos oculares, cuja retina
reúne muitos milhões de células sensíveis à luz. A águia tem
uma cobertura protetora que se move horizontalmente. A
membrana nictitante e além dela, contam com as pálpebras
comuns de movimento vertical. A águia olhando para frente
quer dizer que o cristão deve fitar o alvo que lhe está
proposto Fp 3.14.
4. O CRISTÃO E A VISÃO ESPIRITUAL

4.1. Ela é adquirida pelo poder da oração Sl 119.10. Visão
reveladora da palavra.
4.2. Ela pode surgir em momentos de crise para fortalecer a
fé 1 Rs 6.17. Aqui podemos encontrar a visão dos carros de
fogo que é a conquista da vitória. Apesar do nome Geazí
significar “vale da visão” ele era cego espiritualmente.
4.3. Ela é um sinal do fim dos tempos preconizado por Joel Jl
2.28.
233
4.4. Paulo como grande águia do cristianismo vivia envolvido

constantemente com as visões espirituais 2 Co 12.1,2. Em At
16.27- 31. Ele enxergou o carcereiro tentando suicidar- se no
escuro. A visão obtida em Corinto no final da segunda viagem
missionária pode revigora-lo do esmorecimento que sentia At
18.10.
5. CLÍNICA DE OFTALMOLOGIA ESPIRITUAL
5.1. Autor da visão: O Espírito Santo.
5.2. Oftalmologista: Dr. Jesus Cristo.
5.3. Aparelho de exame: Oftalmômetro (Bíblia).
5.4. Clinica oftalmológica: A igreja.
5.5. Remédio: Colírio apocalíptico Ap 3.18 que elimina todo
o astigmatismo visual no campo do espírito.
234
27
MENSAGEM
TEMA: O VÔO QUE DESAFIA AS TEMPESTADES
TEXTO: Is 40. 31
INTRODUÇÃO
Os primeiros seres humanos a pisarem no solo da lua
foram os astronautas norte-americanos Neil A. Armstrong e
Edwin E. Aldrin no dia 20 de julho de 1969 as 10 h 56
minutos. Armstrong saltou do módulo lunar Apolo 11,
chamado Águia (Eagle) e desceu de costas por uma escada
metálica. Seu pé esquerdo foi colocado sobre o rochoso lunar
chamado Mar da Tranqüilidade. Depois que Armstrong
caminhou durante 18 minutos, o astronauta Aldrin Jr., juntou-
se a ele. Por cerca de 2h, os dois astronautas norte-
americanos exploraram as vizinhanças do módulo lunar e
realizaram algumas experiências científicas. Os ornitologistas
denominam a águia de rainha dos ares pela conquista e o
domínio das alturas do grande céu atmosférico. Por causa do
vôo cinematográfico ela tem sido o símbolo da liberdade e do
poder.
235
1. A ALTURA DO VÔO
Ela atinge no terceiro vôo a magnitude de 10.000 metros
de altitude. Se um falcão tentar acompanhá-la será
desintegrado no ar e um corvo ficará despenado. A águia
aproveita a corrente de ar quente para realizar o vôo
ascendente. Quanto mais recebermos às ondas caloríficas do
pentecostes, mais ascenderemos às regiões celestiais de
comunhão com Cristo. Temos vivido nas maiores alturas das
experiências com Deus e breve seremos arrebatados para
milhões de anos luz distante daqui. Só poderá nos
acompanhar quem tiver asas de vitória.
2. A VELOCIDADE DO VÔO
Os estudiosos aquilanianos afirmam que ela pode atingir
300 Km por hora. Satanás não consegue tocar-nos por causa
da rapidez que o Espírito Santo nos capacitou para driblarmos
todas as suas maquiavélicas investidas. Faraó não conseguiu
recapturar Israel por ocasião do Êxodo porque ele estava
revestido da natureza aquilaniana. Por mais que pareça
vagaroso o povo de Deus ele é rapidíssimo. O Senhor a
grande Águia escondeu agilmente o corpo de Moisés e até
hoje o Diabo não consegue localizá-lo.
236
3. QUANDO EMBALA NOS ARES ELA SÓ FAZ AJUSTAR

AS ASAS
No dia da nossa conversão o Senhor nos atirou nos
ares, o que estamos precisando agora é ajustar a nossa
maneira de viver para não perdermos o ritmo espiritual.
Quando a águia sobe altaneiramente, as penas chamadas de
remígios que medem 50 cm de comprimento abrem-se em
forma de leque e encurvam-se nas pontas.
4. A ÁGUIA TEM ASAS E CAUDA TÃO COMPRIDAS E
LARGAS QUE FICA DESAJEITADA QUANDO POUSA NO
CHÃO
Como é pesaroso presenciarmos certos cristãos que tem
tudo para vencer e vivem aterrissados no terreno da derrota.
Para nada servirão as asas da fé se vivermos choramingando
no dia-a-dia. O que é mais fatídico nesta vida é ver um crente
sem ânimo para voar.
5. O VÔO TEM UMA DIREÇÃO APROPRIADA
Ela não fica à baila das grandes borrascas. Diante dos
problemas aflitivos fitamos os nossos olhos em Cristo para não
desequilibrarmos. A nossa maneira de viver como tudo o que
fazemos no Reino é com um objetivo específico. Precisamos
como águias de Deus ter a coragem de assumir o nosso posto
voando em direção ao píncaro da montanha celeste para
vislumbrarmos a beleza de Jesus Cristo.
237
6. QUANTO MAIS FURACÔNICO FOR O VENTO, ELA

SUBIRÁ ELEGANTEMENTE
Os cristãos precisam tirar lições para a vida diária diante
dos grandes desafios que enfrentam. Devemos aproveitar as
tormentas para aproximarmos mais do Senhor. A águia vale-
se das procelas para melhorar a sua habilidade de voar. As
lutas vêem não são para nos destruir, e, sim, para treinar-nos
no desempenho da nossa fé.
7. A ÁGUIA DESCANSA ENQUANTO VOA
As dores cruciais, que são ressonâncias das lutas diárias
são amenizadas quando voamos impulsionados pelo Espírito
Santo.
8. O VÔO VERTICAL
Denota o rápido progresso dos santos em direção ao céu
Cl 3.1. Balaão não viu o anjo a primeira vista, porque olhava
para a jumenta empacada. Caro leitor, o que você tem visto
atualmente, a jumenta ou o anjo? A maneira como a águia
levanta o vôo; fala do que é peculiar aos cristãos, olhar para
Cristo o Autor e Consumador da nossa fé Hb 12.2.
8.1. Homens que foram águias celestes:

8.1.1. Enoque significa “início” Gn 5.24.
8.1.2. Elias significa “Jeová é o meu Deus” 2 Rs 2.11.
8.1.3. Filipe significa “Amante de cavalo” At 8.39.
238
8.1.4. Paulo significa “Pequeno” 2 Co 12.1-4.

8.1.5. João significa “Jeová tem sido gracioso” Ap 4.1.
9. O VÔO DO ACASALAMENTO
A águia fêmea exige do macho uma prova de fidelidade.
Ela apanha o galho de um arbusto, e solta nos ares e o macho
deve apanhá-lo de forma rápida e não pode deixá-lo cair em
terra. Ela repete essa cena por nove vezes. Quando o macho
corresponde acontece a cerimônia nos ares. O marido deve
demonstrar para a esposa através dos atos que a ama e que é
capaz de sacrificar-se por ela. O que simboliza na vida do
casal os nove vôos a procura do arbusto:
1. Amor
2. Respeito
3. Compreensão
4. Cuidado
5. Proteção
6. Renuncia
7. Companheirismo
8. Fidelidade
9. Provisão
Sem essas características do marido é impossível uma
mulher amar e ser amada.
239
10. O VÔO QUE PRECEDE A MORTE

Quando a águia percebe que está chegando o momento
da morte ela voa descomunalmente. É o momento que ela
voa mais alto. Morre voando. Cai no mar ou na selva. Temos
presenciado a coragem de muitos irmãos diante do quadro da
morte. Alguns no momento mais cruciante pedem para que
alguém cante um hino de despedida. Jacó pairou acima da
morte quando proferiu as bênçãos para os seus doze filhos Gn
49.1-33. Quantos de nós já fomos consolados ao invés de
consolarmos certos crentes águias diante do quadro da morte.
240
28
MENSAGEM
TEMA: A RENOVAÇÃO DA ÁGUIA
TEXTO: Sl 103. 5
INTRODUÇÃO
Na medida em que a águia vai envelhecendo se torna
enfraquecida devido à má alimentação que é constante nessa
ocasião. Perdendo o brilho, a águia fica disforme. O brilho da
águia tipifica a bela aparência facial reluzente que todo cristão
fiel possui. O rosto de quem não tem Jesus é triste e
escurecido por não ter a luz celestial. A falta de alimentação
bíblica, e a fraqueza na oração, fazem o cristão perder esse
fulgor encantador.
1. O QUE OCORRE COM A ÁGUIA NA VELHICE
1.1. Ela fica neurastênica
Quando a águia passa por esse período ela fica intrigante
e torna-se, por conseguinte insuportável no relacionamento
com a companheira. O velho crente é uma benção, mas o
crente velho é uma tribulação. O nervosismo pelo qual muitos
cristãos sentem, é porque lhes falta a renovação.
241
1.2. Na ponta do bico cria-se um caroço

Com isso ela não pode alimentar de forma natural porque
o caroço atrapalha. Esse caroço representa a indisposição que
não permite o cristão prosperar nas coisas de Deus. Encontra-
se na mesa divina abundância de bênçãos sem igual, mas a
indisposição tem feito com que muitos percam os favores
divinos.
2. O PROCESSO DE RENOVAÇÃO
Ela não suporta a vida irrenovável por muito tempo;
deve ser assim a vida do cristão, não harmonizar-se, com o
conformismo e a indiferença Sl 51.10. A característica cardeal
da águia é a sua renovação.
2.1. A autoflagelação
A águia nesse período fica escondida na caverna das
montanhas. Ela arranca todas as penas velhas com os golpes
dados com o bico. Há momentos que precisamos pegar no
arado das nossas atividades cristãs e há momentos que
precisamos cessar para passarmos por um processo de auto -
avaliação. De nada valerá os nossos esforços na obra de Deus
se estivermos trabalhando com uma vida velha e improdutiva.
O Senhor Jesus Cristo está mais preocupado com a nossa
qualidade de vida do que com o nosso ativismo desenfreado.
É melhor orar sem trabalhar do que trabalhar sem orar.
242
2.2. O banho de sol e o mergulho no oceano

Depois de aquentar-se durante horas diante do sol a
águia dá um mergulho renovador no oceano. Dizem os
estudiosos que a mudança térmica provocada pela água fria
em contraste com o calor alojado no corpo afasta toda
fraqueza. Se aquecermos diante do sol da graça que é Jesus
Cristo por meio da consagração, e mergulharmos nos
mistérios do poder pentecostal, jamais seremos os mesmos.
2.3. A lixação na rocha montanhosa
Depois de emplumar-se novamente a águia procura uma
serra rochosa, abre as asas e se atraca na parede de pedras e
desce a rocha abaixo arrastando as garras e o bico
arrancando todos os cascões ali incrustados até escorrer o
sangue. Ela faz isso repetidas vezes até que tudo fica polido.
A nossa vida só terá resultado favorável se nós arrancarmos
todos os maus hábitos e picuinhas que são os cascões do
velho homem na rocha que é Cristo. Há época que nos
tornamos frios, apáticos e insuportáveis; em casa, na igreja e
nas atividades sociais. Esse é o melhor momento para darmos
uma parada e submetermos ao processo de renovação. Há
momentos em nossas vidas que nos envelhecemos e
passamos a perder o vigor que nos faz serem cristãos
especiais. O rejuvenescimento é a capacidade divina que nos
faz retornar a agir como antes na vida cristã.
243
A nossa vida será de triunfos depois que descobrirmos a

nossa vocação de águia. Ao invés de ficarmos chorando as
mazelas que nos rodeiam devemos é voar em direção ao céu
e contemplarmos o brilho do sol de uma nova esperança no
horizonte.
244
29
MENSAGEM
TEMA: LIÇÕES DO CEDRO DO LÍBANO
TEXTO: Sl 92.12
INTRODUÇÃO
Quem faz um estudo acurado sobre o Líbano, sem
delongas verá que uma das coisas mais impressionantes é o
cedro. Os botânicos libaneses gastam inúmeras linhas
descrevendo sobre a referida árvore. Poetas com expressivas
poesias declamam com uma profunda alegria a beleza e o
encanto do cedro. A vida possui um sentido poético. O
salmista Davi, poeta e artista, contemplava na natureza
figuras expressivas para usar como ilustração e inculcar
verdades espirituais. O cedro do Líbano, na segunda parte do
verseto escrito pelo salmista, é o emblema natural cristão.
1. O PANORAMA GEOGRÁFICO DO LÍBANO

Foi fundado pelo neto de Noé chamado Canaã Gn 10.15.
Antigamente foi chamado de Fenícia que significa “terra das
tamareiras” ou “terra da púrpura.” Foram os gregos que
chamaram pela primeira vez o país de Fenícia. O profeta
Isaias denominou os fenícios de “cananeus” que significa
“comerciantes” Is 23.1-12.
245
1.1. O limite
Na extremidade setentrional está o rio Arvade e na
extremidade meridional a Palestina e ao ocidente está o mar
Mediterrâneo e ao oriente está a famosa cordilheira dos
montes do Líbano.
1.2. A extensão territorial

No sentido norte sul mede 250 km e 25 a 50 km de oeste
para leste e possui 10.450 km2. Phillip disse sobre o Líbano:
“Um microcosmo por suas dimensões, um macrocosmo por
sua influência”.
1.3. A arte náutica

Foram os fenícios que inventaram o navio a vela e com
remos, isto porque eles foram os grandes comerciantes da
antiguidade e hoje possuem uma alcunha popular de turcos.
Segundo uma inscrição achada na Paraíba, em 1872 datada
de 2.000 a.C., contendo os seguintes dizeres: “Somos filhos
de Canaã vindos de Sidon, a cidade do rei. O comércio atirou-
nos nesta costa distante.” O capítulo 27 do livro do profeta
Ezequiel é chamado de capítulo do comércio fenício.”
246
1.4. Os idiomas
No Líbano falam-se hoje três idiomas: o árabe, o inglês e
o francês. Nesse país um motorista de táxi é capaz de
compreender os três idiomas.
1.5. As belezas naturais
1.5.1. A ponte natural

Situada na cidade de Kafardiblan, é constituída de um
só bloco de rochedo, cavado pelas águas do rio em forma de
ponte em arco, com quase 500 metros de vão. Existe no
mundo somente mais uma ponte igual, nos Estados Unidos.
1.5.2. A gruta de Geita

É outra mágica das águas com duas galerias que se
estende por mais de 10 km subterrâneo. No coração da
montanha, exibindo estalactites e estalagmites que atingem
40 mt de altura, e um rio em que os barcos levam os
visitantes através desta maravilhosa subterrânea. Juscelino
Kubitschek qualificou a gruta de Geita como “o espetáculo
natural mais deslumbrante da terra”.
247
1.6. O litoral
As praias do Líbano têm dias de sol por ano o que
constitui uma atração para os habitantes da Grã-Bretanha e
da Europa do Norte que vivem mergulhados nas nuvens ou
na neblina.
1.7. O clima de Beirute
1.7.1. No verão quente 26 graus.
1.7.2. No inverno ameno 15 graus.
O clima é tão suave que as lendas dizem que as
serpentes que lá vivem perdem seu veneno.
1.8. A vegetação do Líbano
O botânico Post avalia, que há no Líbano, 3.500 plantas
diferentes. E o número está sempre aumentando pela
introdução de novas variedades exóticas: desde aqui do Brasil
até o ananás do Senegal.
1.9. As cidades
Existe, no pequeno território libanês, inculta por
natureza, e somente 221 na fértil Beqaa.
1.9.1. As cidades principais do Líbano atual
> Beirute
> Tiro
> Sidon
> Trípoli
> Baalbeck
248
> Zalhe
> Beiteddin
> Marjeiun
1.10. As cores da bandeira
> Vermelho
> Branco
> Verde
> Marrom
O emblema nacional do Líbano é um cedro.
1.11. O museu
A embocadura de Nahr El-kalb (rio do Cão) contém um
museu natural único no mundo. Num espaço de 30 metros,
contém 20 inscrições que os conquistadores quando passaram
por ali deixaram gravados naquele bloquete registros de
Alexandre o Grande, e outros.
1.12. O dinheiro
No Líbano circula a libra libanesa.
1.13. Os emigrantes
O Brasil predomina na relação dos países da emigração
libanesa. Existe mais de 3.000.000 de descendestes de
libaneses espalhados pelo mundo. De cada cinco emigrantes
libaneses dois escolhem o Brasil.
249
1.14. A Embaixada do Brasil no Líbano

Um eminente membro da colônia de São Paulo, José
Calil, custeou sozinho a construção da Sede da Embaixada do
Brasil em Beirute, como homenagem às duas pátrias.
1.15. A estátua de José Bonifácio

Foi oferecida a São Paulo pela coletividade libanesa, em
homenagem ao sesquicentenário da independência.
1.16. As três grandes personalidades libanesas destacadas no
mundo:
> Michael Debakey - O gigante mundial da cirurgia do
coração.
> Ralph Nader - Grande advogado, cidadão modelo.
> Gibran Khalil Gibran - Um desafio à supremacia da ciência.
Como escritor aqui vai mencionado o nome de suas principais
obras, as quais são:
> O profeta;
> A areia e a espuma;
> Jesus, o Filho do Homem.
250
NOTA:
Na cidade natal de Gibran que é Becharre está o seu
busto esculpido por Halim El-Hajj.
2. A SIMBOLOGIA ENTRE O CEDRO DO LÍBANO E O

CRISTÃO
2.1. A origem do cedro

Dentre os destaques aqui relatados, trataremos nesta
mensagem sobre o cedro do Líbano que é o emblema do
cristão. Ele é mencionado cerca de 75 vezes nas páginas da
Bíblia. No grego, kédros; no hebraico, erez; no latim, cedrus;
no arábico, arz. As espécies mais importantes são o cedro-do-
Líbano, cedrus libani; o cedro-do - atlântico, cedrus atlântica
e o cedro-do-Himalaia, cedrus odorata. No Brasil, a
designação é dada a árvores da família das Meliáceas do
gênero Cedrelha que é encontrada na Amazônia, Bahia, Minas
Gerais, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina. Sua madeira
leve, de cerne rosado ou amarronzado, é empregada em
carpintaria, objetos de decoração, barcos talhas, e, em
xilogravuras.
251
2.2. Árvore gimnosperma

Gimnosperma é a árvore cujas sementes são nuas. Isto
fala do cristão que faz tudo às claras. O servo de Deus não
pode ficar escondido omitindo a sua capacidade de refletir a
luz divina que lhe fora lucigrafada pela iluminação do Espírito
Santo. O cristão gimnosperma é aquele que espalha pelo
campo da evangelização a semente do Evangelho. Quanto a
nossa vida diária, somos sementes descobertas para que o
mundo veja em nossa face o esplendor da glória de Cristo 2
Co 3.2.
2.3. Pertence a família das coníferas

Os cedros possuem uma forma circular; isto denota a
familiaridade dos cristãos que vivem arraigados no verídico
circulo de amor fraternal Rm 12.10.
2.4. No Líbano o cedro sebrevive apenas em pequenos
agrupamentos
O crente não se distancia dos demais irmãos, vive
alegrando-se, e alimentando-se das experiências que lhe é
peculiar. Jamais poderemos viver a vida cristã sem depender
dos nossos irmãos em Cristo Hb 10.25; At 2.46; Sl 133.1. O
bosque mais conhecido no Líbano é o que fica em Becharre,
onde cerca de 450 árvores se elevam galantemente.
252
2.5. Atraem anualmente milhares de peregrinos e

visitantes de todas as partes do mundo
O segredo de o crente atrair os pecadores, e mesmo os
irmãos na fé, é, porque possui a graça simpatizante. Os
cristãos primitivos eram portadores dessa benção espiritual At
2.47. Quantos obreiros que não alcançam êxito no ministério,
por não possuir essa dádiva cativante. Querido Jesus,
outorgue aos seus ministros essa beleza ao lidar no exercício
do santo ministério!
2.6. O tronco do cedro mede 15 metros de

circunferência
O tronco simboliza a nossa estabilidade espiritual, e a
ligação que temos com Cristo. Figurativamente designa uma
pessoa de onde surge uma geração de heróis da fé. Quando
dizemos, que somos filhos espirituais de Abraão podemos
acentuar que ele foi o tronco Gl 3.7,9.
2.7. Os galhos são extensos e torcidos e de copa

redonda
Os galhos torcidos do cedro ensinam-nos a resistência e
a força do cristão que está ligado em Jesus Cristo. O crente
tem uma força espiritual indescritível. Os galhos do cedro
253
crescem no sentido horizontal, isto declara-nos que a força

que temos deve ser estendida ao nosso próximo, isto é,
devemos ajudar os fracos Gl 6.2; Is 41.6.
2.8. As suas folhas são sempre verdes

O verde retrata a esperança viva que o filho de Deus
possui. Um discípulo autêntico de Jesus Cristo tem esperança
que sobeja. Das folhas sai o oxigênio puro para a preservação
da vida humana. O que oxigênio significa para os pulmões
significa a esperança para o cristão. As pontas agudas falam
da afinidade que temos com cristo e com os irmãos na fé.
2.8.1. A nossa esperança é obtida por meio da:
> Graça 2 Ts 2.16;

> Palavra Sl 119.81;
> Consolidação das Escrituras Rm 15.4.
2.8.2. A esperança é descrita como:
> Viva 1 Pe 1.3;

> Boa 2 Ts 2.16;
> Certa e constante Hb 6.19.
254
2.9. A cor do cedro é avermelhada

Todos quantos fazem parte dos arrolados no céu têm a
marca da redenção oferecida por Cristo no calvário. A cor
vermelha fala do sangue de Cristo que nos lavou Ap 1.5; 1 Jo
1.7.
2.9.1. O sangue de Jesus Cristo faz com o crente cedro
o seguinte:
> Justifica-o Rm 5.9;
> Lava-o Ap 1.5;
> Resgata-o Cl 1.20;
> Aproxima-o Ef 2.13;
> Santifica-o Hb 13.12.
2.10. A madeira do cedro é fácil de trabalhar
O cidadão do céu é obediente à voz de seu Senhor, se
ele for espiritual, será fácil do Espírito Santo usá-lo. Muitas
pessoas reclamam porque não mais dura do que a aroeira. As
igrejas de hoje possuem mais crente aroeira do que cedro,
desobedientes a voz de Cristo.
2.11. Onde o cedro medra é sinal de que a terra é fértil
e fecunda. Ali há elementos vitalizantes, e a seiva é
vivificante.
Onde atua o crente, é indicação segura de que ele está
pisando no terreno fértil de verdade. O cristianismo não pode
ser estéril. Cristo amaldiçoou uma figueira porque era
255
improdutiva. A seiva que o cristão recebe para seu

crescimento é de uma religião fecunda a produtiva que tem
elementos de vida e energias extraordinárias.
2.12. O cedro cresce firmando raízes profundas no

solo. Alguns se observam verde, embora em terra seca,
porque suas raízes ocultas tocam torrentes de água que
correm nas profundezas da terra. Surpresa nossa em ver
crentes levando uma vida radiante, cheia de benefícios, neste
mundo repleto de pecado e miséria. É que as raízes de sua fé
atingem as fontes da água viva e tiram de lá energias
poderosas.
2.13. O cedro no seu crescimento chega atingir 50

metros de altura
De La Roque, falou desses cedros chamando-os de
“campeões da floresta e dos bosques”, cujos cimos beijam ou
alcançam as nuvens mais baixas fazendo sua grandeza
dominar os mais altos troncos de todas as demais ambiciosas
árvores. Um dos mais antigos viajantes a deixar um registro,
um francês dos meados do século XVI, Pierre Belon Dumans,
ficou manifestamente impressionado com os “altos cedros”,
similares àqueles com que Salomão construiu seu Templo. O
cedro cresce e se torna indestrutível, de uma durabilidade
256
rara. Não caruncha, não apodrece. Resiste os vendavais.

Muitos templos famosos forma feitos com cedro e isso depois
de uma vida na floresta. Assim o crente, quando firma sua
crença em cristo, cresce na graça e se torna de uma têmpera
rija, capaz de suportar as maiores provações na vida e
subsiste eternamente. Como a casa sobre a rocha, não cai.
Arraigado e edificado em Cristo. Fará proezas Dn 11.32 -
Cresce para perpetuar-se nas obras de arte, nos templos.
Assim a memória do justo é abençoada ou eterna. Suas obras
o seguem. O cedro, no seu firme e contínuo crescimento, é
comparado ao progresso espiritual do homem justo Sl 92.12.
O crescimento do cedro é lento, isso fala do crescimento do
cristão em todos os sentidos; o crescimento aprovado é
gradativo.
Muitos querem crescer de uma vez, já no clímax da
posição ministerial. Muitos anelam as grandes posições do
cenário convencional, esquecendo-se das coisas pequenas.
Aqueles que querem crescer de uma vez tornar-se-ão como
um bolo fermentado, grandes na aparência, mas sem
estrutura equivalente.
Os amorreus antigos habitantes de Canaã, eram de uma
estatura enorme, ambos forma considerados com a imensa
estatura dos cedros Is 37.24; Am 2.9. O cristão é alto no
crescimento tríplice:
257
> No sentido moral;

> No sentido espiritual;
> No conhecimento.
2.13.1. O crescimento do cristão baseia-se:

> Na frutificação espiritual 1 Co 9.10;
> No amor 1 Ts 3.12;
> Por meio da Palavra 1 Pe 2.2.
2.14. Ele se torna belo, majestoso, luxuriante e

sublime.
Tal deve ser a vida do cristão. Sublimar-se nas suas
virtudes, elevar-se acima da mediocridade, destacar-se no
mundo, pela pureza de seus princípios, conduta ilibada e
formosura de caráter, é a sua missão. Os poetas hebreus
consideravam o cedro do Líbano, como o símbolo do poder,
da majestade, da grandeza, da beleza, da força e da
permanência Is 2.13; Ez 17.3,22. Essa árvore tem também
simbolizado a prosperidade, a longevidade e a força para os
poetas bíblicos e os profetas que viveram nas proximidades
dos montes Líbano e de suas árvores milenares.
258
2.15. Um tronco de cedro desenterrado por um

arqueólogo nas ruínas de Nínive mostrou, ao ser
queimado, ter conservado sua fragrância original
sendo o cedro uma madeira odorífera.
É proverbial o perfume do Líbano. Um cristão perfumado
pela fragrância divina, ele atrai todos que dele se aproximar.
Jesus em seu ministério terreno perfumou inúmeras vidas que
jaziam envoltas pelo mau cheiro do pecado. O que está
faltando muito em nosso meio é quem tenha uma vida
perfumada tanto para agradar ao Senhor como para manter
um bom relacionamento com os demais. Um crente de vida
consagrada é portador de um perfume que jamais se
encontrará em outro lugar. Quando Paulo escreveu aos
coríntios ele disse: “porque para com Deus, somos o bom
cheiro de Cristo” 2 Co 2.15. Você gosta de perfume? Sei que
gosta! Quem não aprecia o perfume da violeta, do cravo e do
jasmim. Porque o homem sempre gostou de perfume, até
mesmo dentro das igrejas. Repare que no V. Testamento fala-
se muito em incenso, que era uma substância aromática que
se queimava no altar. Qual é o seu perfume predileto?
Garanto que você não disse o melhor que existe! Sim, o
melhor perfume que ninguém pode comprar, porque não
existe para vender; mas que você pode fabricar por sua conta.
A palavra de Deus diz qual a marca desse perfume: “melhor é
259
a boa fama do que o melhor unguento” Ec 7.18. A marca

então é: “boa fama.”
2.16. Pelos fins de 1870, Rustum Paxá, Governador -
Geral do Líbano, fez cercar o bosque de cedros com
uma muralha de pedra, para cuja construção a rainha
vitória fez uma contribuição, e designou guardas para
evitar as devastações das cabras.
O Senhor viu que os Seus servos são perfumados como
os altos cedros, então Ele colocou ao nosso redor um anjo
como uma grande muralha de proteção Sl 34.7, para evitar
que o bode-Satanás não venha devastar o Seu povo
arrancando-lhe o perfume espiritual.
2.17. Ecoa, no moderno respeito dos libaneses que os
chamam “arz al-rabb”, os cedros do Senhor; respeito
que tem conferido às árvores um caráter sagrado.
Se os cedros merecem toda a atenção e respeito dos
libaneses, quanto mais um crente cheio da graça e do poder
do Espírito Santo de Deus. Uma pessoa que vive na presença
do Senhor deve ser estimada e ter duplicada honra. Quanto a
essa correlação disse o salmista: “Não toqueis nos meus
ungidos, e não maltrateis os meus profetas” Sl 105.15. Os
cedros são chamados de “cedros do Senhor”, e os cristãos de
“Servos do Senhor” Sl 134.1.
260
2.18. Foi destinado para a edificação do templo de

Salomão. É considerada árvore sagrada pelo seu porte
majestoso, durabilidade, resistência, sã até o âmago, de odor
suave. Diz bem das qualidades que devem exornar o crente
na sua dedicação a causa do Mestre.
2.19. É importantíssimo 1 Rs 4.33
Salomão na ciência foi botânico, quando esta ciência
ainda não existia. O cedro é importante porque na relação das
árvores do bosque é mencionado com prioridade. Se não
fosse o cedro, o Líbano não teria muita expressividade, e na
Bíblia não seria mencionado. O enfeite do Líbano é o cedro.
Muitos cristãos querendo ser humildes na aparência
usam dizer que não valem nada. É errada essa declaração,
porque o servo de Deus é a figura principal e mais brilhante
no mundo. Somos pedras vivas lapidadas pelas mãos de Deus
e, no entanto de incalculável valor 1 Pe 2.5. Neste chamado
século das luzes, os fiéis a Jesus brilham com mais fulgor e
intensidade.
2.20. Frondoso Sl 80.10,11

O cedro é de uma folhagem espessa. A sombra que as
suas folhas produz é de um encanto apreciável. O viajante
que se abriga na sombra do cedro jamais se esquecerá do
seu perfume e do seu frescor. No sentido positivo: o cristão
261
exerce nesse mundo, um papel sui generis, no que se

relaciona, com o socorro e o abrigo aos necessitados de
salvação. Querido irmão, torne-se doravante um cedro
espiritual para aliviar as almas aflitas dos que se aproximarem
de voçê No sentido negativo: as folhas representam a
aparência. Jesus condenou a figueira porque ela era
improdutiva Mt 21.18-22. Quantos até mesmo dentro das
igrejas estão vivendo somente de aparência?! Prezado leitor,
se Jesus for a você procurar frutos o que ele encontrará,
folhas ou frutos?
2.21. Gracioso e belo Sl 80.10; Ez 17.23
Gracioso no latim gratiosus que significa “elegante,
galante, que desperta agrado, agradável, que tem graça,
donairoso.” Onde se encontrar um cedro, ele despertará uma
forte atração agradabilíssima naqueles que nele fitarem os
olhos. Faz qualquer admirador de seu porte elegante alegrar
pela sua beleza incomparável. Disse o sábio Salomão: “o
coração alegre aformoseia o rosto” Pv 15.13. Se os nossos
corações fervem com palavras boas Sl 45.1, o nosso rosto
resplandecerá o excelso brilho espiritual. O rosto projeta o
que há realmente no coração do homem. A beleza e a
excelência da Sulamita foram comparadas com a do cedro Ct
5.15.
262
2.22. Forte, e durável Is 9.10

O cedro é uma árvore milenária. Ele é resistente ao
ataque de insetos e cupins. Somos fortes porque fomos
revestidos de poder. O crente cedro durará eternamente Jo
4.24. O pecado, as ofertas mundanas são os cupins que
querem roer o cerne da nossa fé; mas, jamais poderão,
porque temos a vida eterna em Cristo Jesus e somos
vacinados com o temor de Deus para sermos livres do
mundanismo avassalador. Pela sua durabilidade o cedro foi
considerado o campeão do bosque 1 Rs 4.33 e foi o alvo do
comércio fenício 1 Rs 5.10,11; Ed 3.7.
2.23. O cedro foi plantado por Deus Sl 104.16; Is
41.19
Na descrição do salmista o cedro foi plantado pelo
Senhor, isto se refere a sua firmeza no solo que jamais
poderá ser abalado. A referida árvore permanece séculos sem
ser removida. De acordo com Is 61.3, os justos chamados de
“árvore de justiça”, e mais, “plantação do Senhor.” O crente
cedro está arraigado no solo fértil da verdade. Paulo, o
campeão de Cristo, mencionou a nossa firmeza em Cristo
perguntando: “Quem nos separará do amor de Cristo?” O
também mencionou: “Os que estão plantados na casa do
Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus” Sl 92.13.
Através do contexto explica-se assim: aqueles que participam
263
todas as noites dos cultos na casa do Senhor estão firmes e

inabaláveis. A firmeza do crente em Cristo deve ser
manifestada: no apego a Deus At 11.23; na obra do Senhor 1
Co 15.58; na persistência da doutrina At 2.42 e na esperança
que regozija Hb 3.6,14.
2.23.1. A firmeza é garantida pela:
> Presença de Deus Sl 16.8;
> Confiança em Deus Sl 26.1;
> Intercessão de Cristo Lc 22.31,32;
> Característica dos Santos Lc 22.31,32.
2.24. O cedro foi criado para glorificar a Deus Sl 148.9
Glorificar significa honrar, exaltar, dar glória e beatificar.
Toda a criatura foi criada para glorificar a Deus; desde um
inseto microscópico até o alto cedro do Líbano. O salmo 148 é
chamado de o louvor da criação, e ali ele o cedro aparece na
lista dos que glorificam ao Senhor.
Altos cedros! Grama verdejante!

Esta sinfonia aumentai;
Aves, vermes, todo o ser gigante;
Gratos a Deus louvai!
Hino 124.5 da Harpa Cristã
264
2.24.1. As maneiras pelas quais o cristão pode

glorificar ao Senhor:
> Pelas boas obras Mt 5.16;
> Pela produção de frutos Jo 15.8;
> Pela unidade espiritual Rm 15.6;

> Pela consagração total 1 Co 6.20;
> Pelo louvor Sl 22.23.
2.24.1. É plantando junto ás águas Nm 24.6

No verão o cedro permanece sempre verde por causa
das raízes que adentram profundamente no solo. Se no verão
ele permanece verdejante, e junto às águas? Que beleza! Que
encanto! É contemplar o cedro plantando nas margens de um
rio. Que maravilha, é contemplar um cristão que vive
embasado na Palavra de Deus; os seus frutos são sadios e a
sua esperança é nutrida pela graça existente nas promessas
do Senhor. O justo é comparado: “A árvore plantada junto a
ribeiros de águas” Sl 1.3. A árvore representa justo.
2.26. As várias utilidades do cedro:

> Edificar templos 1 Rs 5.5,6; 6.9,10;
> Edificar palácios 2 Sm 5.11; 1 Rs 7.2,3;
> Edificar mastros de navios Ez 27.5;
265
> Fazer guarda-roupas Ez 27.24;

> Fazer carruagens Ct 3.9;
> Foi usado também para fazer ídolos Is 44.14.
2.27. Algumas alusões ao cedro:
> A águia faz o seu ninho nele Jr 22.23;
> A águia pousa nos seus mais altos galhos Ez 17.3;
> Serve de instrumento de sua propagação Ez 17.4,5;
> Destruição do cedro representa um castigo Jr 22.7;
> Sua destruição exibe o poder de Deus Sl 29.5.
2.28. O cedro do Líbano ilustra:
> Os santos em seu rápido crescimento Sl 92.12;
> As nações poderosas Ez 31.3; Am 2.9;
> Os governantes arrogantes Is 2.13;
> É o símbolo do orgulho que Deus quebrará Is 2.13.
2.29. Havia especialistas sidônios para trabalhar com
o cedro 1 RS 5.6
O cedro foi outrora muito procurado, o que nos leva a

crer no seu valor insofismável. O rei Salomão sabia que para
cortar o cedro existia uma determinada prática, ele fez uma
declaração a Hirão rei de Tiro dizendo-lhe: “Porque bem
sabes tu que entre nós ninguém há que saiba cortar a
madeira, como os sidônios” 1 Rs 5.6. Cortavam a madeira no
266
bosque, e colocava em jangadas, e era transportada até o

porto de Jope, e dali, era conduzida por animais até a cidade
de Jerusalém. Jesus Cristo quer fazer conosco especialistas
em buscar o pecador na floresta do pecado e transportá-lo
para a construção espiritual da igreja de Deus. Prepara-te
preclaro leitor! Porque, o Espírito Santo quer lhe usar nesta
tarefa sublime de ganhar almas. Só os sidônios sabiam cortar
o cedro; somente o crente pode e sabe ganhar os perdidos
para Cristo. Essa tarefa Jesus deixou conosco. Que sublime
tarefa!
2.30. Ezequiel profetizou que o Messias seria
semelhante ao cedro, sob o qual os pássaros viriam
abrigar Ez 27.22-24. Um belo dia Jesus o cedro da
eternidade, nasceu em Belém da Judéia, e de lá os seus
galhos se estenderam por todo o mundo através da pregação
do evangelho. Cada ser humano está convidado a abrigar
debaixo de seus frondosos galhos protetores. Amém!
267
30
MENSAGEM
TEMA: O ARREBATAMENTO DA IGREJA
TEXTO: 1 Ts 4.13-18
INTRODUÇÃO
Somos a geração que ouvirá incontestadamente o
toque da última trombeta. Os jornais, as emissoras de rádios,
os canais de televisão e as revistas científicas nos fornecem
constantemente o cumprimento dos sinais preditos por Jesus
no catálogo profético de Mateus capítulo 24. É tempo de
cuidarmos da nossa fé! Renomados mestres de escatologia, e
até mesmo certos líderes cristãos estão refutando a doutrina
do arrebatamento. Nobre leitor, se na sua congregação quase
não se fala acerca do arrebatamento, fique atento. Muitos
preletores só pregam um paraíso de riqueza na terra e nunca
desperta o povo para a volta de Cristo. Esse é um evangelho
comercial e descartável. Ouvi falar de uma empresa de
aviação nos Estados Unidos que não deixa mais seus aviões
decolar com dois pilotos crentes, a fim de evitar que, vindo o
Senhor, os arrebate a ambos, e fique o avião entregue a um
destino incerto. Com o arrebatamento dar-se- á uma
sequência prolongada de acontecimentos escatológicos.
268
1. O QUE É O ARREBATAMENTO?
Na língua grega quer dizer, agarrar, apanhar. A palavra
é de origem latina arrapitare, que significa tirar com violência,
arrancar, roubar, impelir. O arrebatamento é, pois, o encontro
do Senhor Jesus com a Sua igreja para a grande festa nupcial.
No sentido espiritual, será o maior encontro de todos os
tempos, a magnânima solenidade. Por mais que
compreendamos algumas coisas sobre o áureo
arrebatamento, o apóstolo Paulo resume dizendo: “Mistério” 1
Co 15.51. O Novo Testamento faz 318 referências acerca da
volta de Cristo diretamente. Alguns estudiosos dizem que, de
cada 25 versículos do Novo Testamento, um fala desse evento
de grande magnitude. O arrebatamento é conhecido
biblicamente também como: “O dia de Cristo.” O
arrebatamento é uma mudança de localização que é
outorgada aos homens por um poder mais do que humano.
Esse fenômeno não quer dizer simplesmente “um êxtase”
como aquele que Pedro teve no terraço perto do meio dia At
10.10. Devemos distinguir no Novo Testamento entre um
movimento de um lugar na terra para outro At 8.39; e o
arrebatamento para o mundo sobrenatural 1 Ts 4.17. O
arrebatamento é o supremo anseio e a esperança dos cristãos
nos últimos dias.
269
2. PENSAMENTOS SOBRE O ARREBATAMENTO
2.1. “O crente purificado e vigilante espera Seu Senhor, mas

o impuro e negligente diz: O meu Senhor tarde virá” - João
Korps.
2.2. “Cristo nos disse que virá, mas não revelou quando, para
que nunca tiremos nossas roupas nem apaguemos nossas
lâmpadas” - William Gurnall.
2.3. “Nunca prego um sermão sem pensar que é possível que
o Senhor venha antes de eu ter de pregar outro” – Moody.
2.4. “Cristo ainda não voltou, porque ele está esperando sua
noiva terminar de receber os últimos retoques no salão de
beleza do Espírito” - Genésio Santos.
2.5. “O fato de que Jesus deve voltar não é razão para
ficarmos olhando para as estrelas, mas para trabalharmos no
poder do Espírito Santo” – Spurgeon.
3. A DISTINÇÃO ENTRE O ARREBATAMENTO E A

VINDA EM GLÓRIA
O arrebatamento é a Vinda de Jesus para os seus santos
que serão galardoados no Tribunal. O arrebatamento é para o
céu. A vinda em glória que será com os seus Santos, será
para socorrer Israel e estabelecer o Milênio Jd 14. O
aparecimento é para a terra.
270
O termo, 2ª vinda, não o encontramos no Novo

Testamento. Foi empregado pelos meados do 2º século ou
talvez mais cedo. Justino Mártir, na sua primeira apologia
datada entre 147 e 161 d.C., fala acerca de “dois eventos.” A
Segunda vinda de Cristo trata-se de dois acontecimentos
combinados em um, ou mais exatamente, um acontecimento
que leva sete anos para se completar.
4. AS TRÊS ESCOLAS DE INTERPRETAÇÕES

Existem algumas escolas de interpretações escatológicas
acerca da Vinda de Cristo. Abaixo veremos o ponto de vista
de cada uma delas.
4.1. A pré-tribulacionista
Defende que Cristo voltará antes da grande tribulação e
a ascensão do anticristo no poder mundial. Coloca o
arrebatamento entre os capítulos 3 e 4 do Apocalipse. Em Ap
3.10 encontramos o uso da preposição traduzida “da” que no
grego é “ék” que favorece a visão pré-tribulacionista. O
significado da preposição, utilizada mais de 800 vezes no
Novo Testamento, é “para longe de”, “para fora de” “a” hora
da tentação.”
271
4.2. A mid-tribulacionista
É a escola que defende que a igreja passará pelo período
de dores, os primeiros 3 ½ da grande tribulação, após Ap 12.
Esta é a mais popular do que muitos pensam. Dizem que as
trombetas mencionadas em 1Co 15.52; 1 Ts 4.16,17; Ap
11.15 são todas uma só.
4.3. A pós-tribulacionista
É a escola que defende que a igreja será arrebatada no
final da grande tribulação depois de Ap 19. Esta interpretação,
tem tido mais adeptos durante os séculos do cristianismo do
que as outras duas. Entende que Cristo voltará à terra de uma
vez, levanta dentre os mortos todos os crentes, tanto do
Velho Testamento como a igreja, julga a besta, o falso
profeta, as nações e estabelece o milênio.
5. OS TIPOS HUMANOS DO ARREBATAMENTO
5.1. ENOQUE
O nome significa “início.” Com o arrebatamento teremos
o início de um novo dia na eternidade.
272
5.1.1. Foi o sétimo depois de Adão Jd 14

Após o arrebatamento ocorrerá à última semana de sete
anos da grande tribulação.
5.1.2. Foi arrebatado antes do dilúvio

O arrebatamento se dará antes do dilúvio da grande
tribulação.
5.1.3. Viveu 365 anos Gn 5.23

A igreja do arrebatamento deve andar, gerar e
comungar com Cristo o ano todo.
5.1.4. Foi transladado gloriosamente Gn 5.24

A igreja será transladada triunfantemente.
5.1.5. Foi o primeiro a predizer a Vinda em glória Jd 14

A missão prioritária da igreja é pregar incansavelmente
a volta de Cristo.
5.1.6. Foi o pai de Matusalém, que detém o recorde da

longevidade Gn 5.27
Os que andarem como Enoque andou, serão
arrebatados e viverão para sempre.
273
5.1.7. Foi o único de sua geração que venceu a

destruição da morte Gn 5.18-24
É um tipo daqueles que serão transformados e não
verão a morte.
5.1.8. Muito se escreveu acerca dele

O etiópico “Livro de Enoque”, que foi escrito no século II
é um dos mais famosos. Quando a igreja for arrebatada será
manchete em todos os jornais.
5.2. O CASAMENTO DE ISAQUE COM REBECA GN 24

5.2.1. Isaque não podia voltar à terra da Mesopotâmia
Cristo por ocasião do arrebatamento não colocará os pés
em terra.
5.2.2. Eliézer tinha o governo sobre tudo o que Abraão
possuía
Na presente dispensação da graça o Espírito Santo
administra os tesouros insondáveis da graça de Deus.
5.2.3. Eliézer era um servo de oração
O Espírito Santo é o grande intercessor.
5.2.4. Eliézer nunca falou de si mesmo.
O Espírito Santo sempre tem testificado de Cristo o
Noivo e nunca de si mesmo Jó 16.13,14.
5.2.5. Eliézer empreendeu uma viagem de 2.000 Kms
274
O Espirito Santo está mais de 2.000 anos preparando e

ornamentando a noiva.
5.2.6. Rebeca deu de beber a 10 camelos o que era
uma tarefa dificílima.
Dez camelos bebem cerca de 600 litros d’água. A noiva
de Cristo deve incansavelmente sair com água ao encontro
dos sedentos Is 21.14.
5.2.7. Rebeca não conhecia Isaque pessoalmente, mas
passou amá-lo pelo testemunho de Eliézer
A igreja apesar de não ter visto a Cristo, o ama
profundamente pelo testemunho do Espírito Santo 1 Pe 1.8.
5.2.8. Rebeca foi tirada para fora da cidade por Eliézer
A igreja que é um grupo de chamados para fora, será
tirada deste planeta pelo Espírito.
5.2.9. Eliézer embelezou e enriqueceu a Rebeca
com os seus presentes.
O Espírito Santo tem nos embelezado com os dons
Espirituais e nos enriquecido com os tesouros da revelação
divina.
5.2.10. Eliézer levou a noiva a encontrar-se com o
noivo.
É o Espírito que levará a igreja aos ares no aparecimento
do Noivo amado.
275
5.2.11. Isaque saiu à tarde ao campo para orar

enquanto esperava a noiva
Cristo nesta tarde da dispensação da graça está
intercedendo pela igreja e esperando a autorização do Pai
para encontrá-la no campo dos ares.
5.2.12. Eliézer exigiu a decisão inadiável de Rebeca
O Espírito Santo trabalha no coração da igreja para que
não haja dúvida acerca do arrebatamento e nem da salvação.
5.2.13. Eliézer foi paciente esperando a decisão de
Rebeca
O Espírito opera de forma graciosa e paciente até que a
igreja fique pronta para subir.
5.2.14. Eliézer foi um embaixador transparente que
ganhou a confiança da noiva Gn 24.50,51
O Espírito Santo é o embaixador da eternidade que
conseguiu ganhar o coração e a familiaridade da igreja.
5.2.15. A missão de Eliézer era urgente e prioritária Gn
24.33
O Espírito Santo está presente no mundo com a missão
exclusiva de fazer a igreja despertada e avivada para atender
a chamada celestial.
5.2.16. Rebeca foi ornamentada pelo servo de Abraão
junto à fonte Gn 24.22
276
Junto à fonte da salvação o Espírito Santo nos

ornamentou e nos enriqueceu com as jóias celestiais.
5.2.17. Após o banquete em casa de Labão, Eliézer
quis voltar de manhã cedo
O Espírito está oferecendo presentemente um grande
banquete para os que têm uma fé eficaz; mas, o seu desejo
ardente, é retornar à glória celestial.
5.2.18. Rebeca jamais imaginou ser escolhida como
esposa de Isaque
Nós seres humanos falhos, jamais imaginaríamos que
um dia faríamos parte da noiva do Cordeiro.
6. O GRITO DE MARANATA 1 Co 16.22

Maranata é uma palavra de origem aramaica. Alguns
estudiosos chegam a dividir em marana + tha, significando
“Vem, Senhor Nosso.” Maranata tem 8 letras. E o número 8
traduz o sentido de “início de uma coisa nova.” Com o
Arrebatamento o livro da nossa história terrena chegará ao
seu epílogo; teremos um novo alvorecer ao lado do nosso
Noivo amado.
Maranata penetrou na língua litúrgica, e, era usada pela
igreja primitiva, na celebração da ceia do Senhor. O uso da
frase ”O Senhor vem” na liturgia é paralelo ao uso dos termos
277
hebraicos, amém, aleluia e Hosana. Era usada como “senha

cristã” para a identificação dos cristãos primitivos.
6.1. Acróstico formado com a palavra maranata
Maravilha
Alegria
Realidade
Adoração
Noiva
Abençoada
Testemunha
Abundante
Essa declaração tem sido o grito do mais profundo da
alma daqueles que aguardam ansiosamente a bendita
aparição do Glorioso Emanuel, para transladá-los deste
mundo que tem sido um caldeirão em ebulição cheio de males
horripilantes e degenerescentes.
7. A IMPOSSIBILIDADE DE PREVER O DIA DO

ARREBATAMENTO Mt 24.36
Marcar o dia da vinda de Cristo é perigoso e por demais
vexatório. Todos quantos preveram-na, caíram em descrédito
total. Abaixo vai uma lista dos nomes de alguns
pseudoprofetas que caíram nas malhas de seus próprios
cálculos de matemática escatológica e se equivocaram.
278
7.1. Guilherme Miller

O fundador do adventismo afirmou que Jesus voltaria em
1843. Ele interpretava os dois mil e trezentos dias Dn 8.14,
como se fossem anos; e tomando o ano de 457 a.C., como
seu ponto de partida, chegou a 1843 como a data do segundo
advento de Cristo.
7.2. Charles Taze Russel

O fundador das Testemunhas de Jeová, afirmou de forma
acintosa que Jesus voltaria em 1914. Mais tarde resolveu
adiá-la para 1918. Seu sucessor, Joseph Rutherford, fez novos
cálculos e adiou o advento para 1925. Nos dias de hoje os
russelitas afirmam que o Senhor voltou em Espírito em 1914.
7.3. Charles Taylor

Propôs a data de 06 de setembro de 1976 como a data
da volta de Cristo, ele tomou o ano do ressurgimento de
Israel como nação em 1948 como o inicio de sua contagem.
Conseguiu a média de “uma geração” sendo de trinta e cinco
anos. Ele chegou ao ano de 1983. Descontou os sete anos de
tribulação após o arrebatamento. Foi dessa forma que ele
chegou à conclusão que o ano de 1976 seria o ano do
arrebatamento.
279
7.4. William Marrion Branham

O chamado profeta dessa era, pelos seus seguidores,
afirmava constantemente que seu ministério encerraria no
ano do arrebatamento, 1977. Para a vergonha previsível do
mesmo e de seus admiradores faleceu em 1965.
7.5. Harold Camping

O fundador do ministério americano Family Rádio,
publicou que Jesus voltaria em 6 de setembro de 1944.
Quando Cristo esteve encarnado, ele foi limitado de alguns
atributos, como: onipresença, onipotência e onisciência,
porque num corpo frágil como é o do ser humano, ele não
podia receber tanta potência sobrenatural. Por ocasião da
encarnação, Cristo esvaziou-se a si mesmo, não de Sua
natureza divina, mas de suas prerrogativas. Por conseguinte
esvaziou-se de todo conhecimento, de todo poder, a fim de
ser um verdadeiro homem. Por isso Jesus expressou:
“... daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do
céu, nem o Filho, mas unicamente meu pai” Mt 24.36.
8. OS SINAIS QUE PRENUNCIAM O ARREBATAMENTO
Para entendermos melhor o Sermão Escatológico de
Jesus dirigido a quatro dos doze apóstolos, Pedro, Tiago, João
e André no cume do Monte das Oliveiras; é necessário que
280
leiamos três capítulos para que vejamos a harmonia dos fatos

preditos Mt 24; Mc 13; Lc 21.
8.1. Primeiro sinal: falsos cristos Mt 24.5

Toda a crise quer política, quer religiosa, produz os seus
falsos líderes que oferecem soluções enganadoras. Os falsos
cristos agem por visarem vantagens financeiras ou por
desejarem o poder da fama. Exploram o terror e a incerteza
de seus semelhantes. O historiador Flávio Josefo disse que no
tempo do reinado de Nero enquanto Félix era procurador da
Judéia que se tornaram tão numerosos os impostores de
natureza religiosa que algum deles era morto quase todos os
dias.
8.1.1. Os falsos cristos primitivos

> Teudas At 5.36
Ele chegou ajuntar cerca de quatrocentos homens e
acabou sendo morto, e os seus seguidores foram dispersos.
> Dositeu
Era um samaritano, que se auto intitulou como o Cristo
prometido por Moisés.
> Bar Cochba
Cujo nome significa “filho de uma estrela” que viveu no
ano 132 d.C., foi um grande líder em Jerusalém. Foi
281
proclamado de rei e Messias. Morreu em Biter, com seiscentos

homens.
> Moisés Cretense 440 d.C.
Dizia ser o segundo Moisés, e com isso ganhou a
confiança dos Judeus. Prometeu-lhes abrir um caminho pelo
meio do mar Mediterrâneo e acabou matando muita gente.
> Davi Alroy 1160 d.C.

Foi um Judeu nascido na Pérsia que liderou a revolta dos
judeus contra os islamitas.
> Asher Lammlein 1502 d.C.

Foi um rabino que residia na Itália, foi segundo ele o
precursor de um esperado messias.
> Sabbethai Zebi 1625 – 1676 d.C.

Residente na cidade de Esmirna e foi intitulado “rei dos
reis”, anos mais tarde foi decapitado pelo governo turco.
> David Koresh

A Polícia Federal Americana empreendeu um cerco ao
Mount Carmel Center, em Waco, Texas, de 23 de fevereiro à
1º de abril de 1993. O local era o Quartel General da seita
Ramo Davidiano, liderada por esse autoproclamado Messias.
282
8.2. Segundo sinal: guerras e rumores de guerras Mt

24.6
“Se as nações, ditas cristãs fossem realmente cristãs,
não haveria Guerra” - Paul Holdcraft.
Cerca de dois terços do mundo está envolvido com

guerras declaradas ou não. A humanidade enfrenta a maior
crise militar de toda a história. Com a explosão da primeira
bomba atômica, a ameaça de destruição total paira sobre o
nosso planeta.
Nos últimos quatro mil anos de história, houve apenas
168 anos inteiramente livres da guerra. O país com maior
verba destinada aos gastos militares são os EUA. Em 1997,
foram US$ 265,6 bilhões, valor que praticamente equivale ao
PIB da Bélgica, e da Suécia. A China tem 2,5 milhões de
soldados preparados para a guerra a qualquer momento. O
principal mercado comprador de armas convencionais dos
países desenvolvidos é o Oriente Médio, sobretudo, a Arábia
Saudita e o Egito. Jesus Referiu-se também a “rumores de
Guerras”, isto é, guerra de nervos, a guerra psicológica que é
a pior de todas as guerras. Por ocasião do Reino milenial de
Cristo, o Príncipe da Paz, a guerra cessará:
283
8.3. Terceiro sinal: fomes Mt 24.7
“A sociedade é composta de duas classes: dos que

tem mais jantares do que apetite; e dos que tem mais
apetite do que jantares” - Champort.
A palavra fome aparece 160 vezes na Bíblia. A fome tem

sido companheira inseparável das guerras. No livro de Atos
encontramos o registro de uma grande fome que afetou o
mundo nos dias de Cláudio César At 11.28. A fome é
proveniente também do crescente desemprego mundial. A
OIT estima em 1 bilhão o número de desempregados no
mundo atual. O cavalo preto representa a fome e saiu a
galope após o cavalo vermelho que representa a guerra
generalizada Ap 6.5. Alguns cientistas famosos dizem que, se
o nosso planeta escapar a um holocausto nuclear terminará
com a exaustão de seus suprimentos. A miséria é crescente
nos países africanos, como na Somália, no Sudão e na Etiópia.
Em um ano, num país farto como o Brasil uma pessoa normal
come 1 tonelada de alimentos, enquanto que nesse mesmo
país, um pobre nordestino chega a comer ratos. O cristão fiel
que aguarda o arrebatamento deve engajar-se com o espírito
filantrópico para combater a fome.
284
8.4. Quarto sinal: pestes Mt 24.7
“A ciência médica reconhece que emoções como medo,

tristeza, inveja ressentimento e ódio são responsáveis pela
maioria de nossas doenças. Os cálculos variam de 60% a
quase 100%” - Mc Millen.
8.4.1. Dados estatísticos da Organização Mundial de

Saúde
> Doenças infecciosas
Somente no ano de 1997, as doenças infecciosas do
aparelho respiratório como pneumonia, tuberculose, aids e
malária mataram 17.300.000 pessoas. Dados asseveram que
20% das crianças do mundo não conseguem serem
vacinadas. As bactérias que desafiam aos antibióticos
ressurgem com grande intensidade dificultando assim o
trabalho da ciência médica.
> Aids
Desde o surgimento dessa epidemia, em 1981, até os
primórdios de 1998, morreram 11.700.000 vítimas no mundo.
As mulheres tem sido ceifadas grandemente por ela; em
1997, morreram 1 milhão. A contaminação hoje é de 16.000
novos casos ao dia.
> Doenças sexualmente transmissíveis
285
Somente no ano de 1997 cerca de 333 milhões de seres

humanos foram infectados. Dentro desse total geral, 12
milhões por sífilis e 62 milhões por gonorréia.
Aproximadamente 1 milhão de mulheres, morreram, por
causa de infecções no aparelho reprodutor.
> Tuberculose. Segundo a OMS, 2.900.000 morreram no
ano de 1997.
> Problemas circulatórios
Todos os anos morrem cerca de 15 milhões de pessoas.
As moléstias do sistema circulatório têm aumentado
assustadoramente.
> Doenças mentais
Cerca de 900 milhões de pessoas nos cinco continentes
sofrem de depressão, esquizofrenia, demência, epilepsia e
outras.
> Mortalidade infantil
Segundo dados da OMS, mais de 10 milhões de crianças
morrem antes de completar 5 anos.
> Desnutrição
A desnutrição tem sido a responsável pela morte de
5.100.000 pessoas nos quatro cantos do mundo somente no
ano de 1997. O Senhor Jesus o Médico dos médicos, tem
capacitado o Seu povo com autoridade e com “os dons de
curar”, para aliviar o sofrimento da humanidade Mt 10.1; 1 Co
286
12.9. É hora da igreja que conhece o poder curador celestial

começar a fazer maravilhas extraordinárias At 19.11.
8.5. Quinto sinal: terremotos Mt 24.7

“Cada abalo sísmico é um aviso aos moradores
dormentes desse planeta que acordem porque o fim é
chegado e Cristo está voltando”- Genésio Santos.
De acordo com a definição científica terremoto são

tremores na superfície causados pelo encontro das placas da
crosta terrestre a 300 m, abaixo do solo, numa região
denominada foco. Cerca de 300 mil tremores ocorrem cada
ano na terra; intensidade entre 2 e 2,9 graus. Os grandes
terremotos com cerca de 8 graus acontecem em intervalos de
5 a 10 anos.
8.5.1. Mortes por terremotos
De 1905 a 1975 morreram cerca de 625.700 pessoas. De
janeiro a julho de 1976 morreram 1.015.500 pessoas.
8.5.2. Terremotos registrados na Bíblia
> A Judéia foi visitada por um terremoto nos dias de Uzias Zc
14.5.
> Tanto a morte, como a ressurreição de Cristo foram
assinaladas por terremotos Mt 27.45, 51-54; 28.2.
> O cárcere filipense foi aberto por um terremoto At 16.26.
287
> Quando a taça de número sete for derramada sobre a

terra, haverá um tão grande terremoto que será incapaz de
medir a sua intensidade na escala Richter Ap 16.18.
8.6. Sexto sinal: perseguição antisemitista
8.6.1. Faraó ordenou a prática genocida contra os bebês

judaicos Ex 1.15,16.
8.6.2. Hamã acusou o povo judeu diante do rei Assuero e
propôs o seu extermínio Et 3.13.
8.6.3. Rezim rei da Síria expulsou os Judeus de Elate 2 Rs
16.6.
8.6.4. O desejo dos antisemitas é desarraigar o povo israelita
do mapa Sl 83.4.
8.6.5. Os judeus foram acusados freneticamente em terras
babilônicas Dn 3.8.
8.6.6. A presença do povo judeu incomoda muita gente, por
causa da fé, do trabalho, da inteligência e do brilhantismo
fantástico At 16.20. Não somente os cristãos têm sofrido no
decorrer dos séculos por causa do nome de Cristo; mas
também os judeus. Os faraós, os césares e os hitleres ainda
revivem com ódio cruel, contra o povo judeu. Atualmente
cerca de 17 milhões de judeus habitam na Europa e cerca de
11 milhões não são bem recebidos. Quase não houve fase, no
decorrer da idade média, em que os judeus não estivessem
sob ataque cerrado dos reis, barões feudais, papas, bispos ou
288
frades predicantes. Os judeus eram bodes expiatórios muito

úteis contra os quais os governantes podiam indiciar o ódio de
seus súditos. Quando a terrível praga, a peste negra, dizimou
grande parte da Europa Central e Ocidental em 1348-1349, os
judeus foram imediatamente acusados de haver envenenado
os poços e os rios. A perseguição aos judeus pelos nazistas,
comandada por Adolf Hitler, exterminou cerca de 6 milhões de
judeus nos campos de concentração, o holocausto. Se
fossemos descrever os malefícios aplicados aos judeus nos
faltariam espaço suficiente. Eles foram assassinados,
afogados, queimados, torturados na roda, enforcados até a
morte.
8.7. Sétimo sinal: falsos profetas Mt 24.11
Os falsos Cristos mencionados em Mt 24.5 são aqueles

que se fazem líderes de movimentos messiânicos, com ligação
política. Os falsos profetas têm sido levantados com o intuito
de perverter a pureza do ensino bíblico e realizar milagres de
mentiras. Nos dias de Paulo, apareceram, os gnósticos, os
ascetas e os judaizantes.
8.7.1. BUDA
Nome original: Siddartaa Gautama.
Filiação: Cuddhodana e Maya.

289
Data de Nascimento: 08/04/543 a.C.

Local: Kapilavastu.
País: Nepal.
Estatística: Conta atualmente com 353,1 milhões de
adeptos.
Filosofia religiosa: O budismo é uma mistura de filosofia
com espiritismo que visa divinizar o homem. Não admite a
idéia de um Deus criador. Buda dizia-se iluminado, mas, não
pela revelação divina.
8.7.2. MAOMÉ
Nome original: Abulqasim Mohammad Ibn Abdullah Muttalib
Ibn Hashin
Filiação: Criado com o tio Teleb.
Data de Nascimento: 571 d.C.

Local: Meca.
País: Arábia Saudita.
Estatística: No ano 2.000 haverá 1,2 bilhão de muçulmanos.
Livro sagrado: Alcorão, que significa “recitação”.
8.7.3. ALLAN KARDEK
Nome original: Hippolyte Leon Denizard Rivail.
Data de Nascimento: 03/10/1804.

Local: Lyon.
País: França.
290
Estatística: Conta atualmente com 11,5 milhões de adeptos.

Livro sagrado: O Livro dos Espíritos.
Filosofia Religiosa: A reencarnação; a comunicação com os
mortos e auto salvação.
8.7.4. REVERENDO MOON

Nome Original: Sun Miung Moon.
Data de Nascimento: 06/01/1920.
País: Coréia do Sul.
Estatística: Dados inexistentes.
Livro sagrado: Princípio Divino.
Filosofia religiosa: Estabelecer no mundo a família perfeita.
Segundo esse falso reverendo: Cristo morreu sem casar e sem
descendentes por isso falhou. Agora Deus levantou a família
Moon que inclusive é divinizada e tida como a família perfeita
do universo.
8.7.5. SAI BABA
Nome Original: Sattyia Sai Baba.
Família: Não-Brâmane.
País: Índia.
Local: Aldeia de Puttaparti.
Estatística: Cerca de 2 milhões de Adeptos.
Filosofia religiosa: Com a idade de quatorze anos, declarou-
se a reencarnação de Sai Baba (outro). Sai Baba é “o homem
291
miraculoso da índia.” Atualmente nos Estados Unidos cerca de

150 grupos estudam os ensinos e os fenômenos apresentados
por Sai Baba. Os sinais apresentados são: desmaterialização
de objetos, curas e levitações em corpo de um lugar para o
outro.
8.8. Oitavo sinal: multiplicidade da iniquidade Mt

24.12
8.8.1. Iniquidade
Ato que não observa a equidade. O fim desta presente
dispensação está sendo marcada pela iniquidade desregrada.
Tanto os dias de Noé, quanto os dias de Ló, nada
representam diante dos dias em que estamos vivendo. Dentro
da própria igreja, os casos de iniquidade que temos
presenciado são alarmantes. No mundo atual, a perversão
sexual, a fornicação, o adultério, a pornografia, as drogas e a
música profana têm-se multiplicado. A iniquidade multiplicar-
se-á até ficarmos duvidosos dos próprios irmãos. O vocábulo
iniquidade na língua grega é “anomian”, indica o
desregramento, e não a imoralidade. A infidelidade conjugal,
por exemplo, têm-se desencadeado de forma assustadora,
por exemplo: a queda de 27,5% no número de casamentos
civis entre 1986 e 1995 e o aumento de separações 13% de
divórcio 214,1 %.
292
8.9. Nono sinal: o esfriamento do amor Mt 24.12

O amor que está sendo focalizado neste texto é o amor
ágape. Sabemos que o amor é a fita métrica com a qual se
mede o cristão. O termo esfriar é oriundo do verbo que quer
dizer “soprar” a fim de esfriar. Está em foco o esfriamento do
amor por causa do domínio do egoísmo sobre as pessoas
levando-as a esquecerem de umas das outras.
O meu desejo é que o Espírito Santo venha sobre nós
com a chama iluminadora de sua graça e aqueça os nossos
corações gélidos com o amor de Deus.
São tantos os sinais que precedem a vinda de Cristo, se
fossemos enumerá-los, trataríamos apenas deles. Os que
foram registrados foram apenas para que tenhamos uma idéia
do cumprimento da Palavra profética de Cristo e vermos que
o arrebatamento está mais próximo do que possamos
imaginar. Diante de tantos avisos do nosso Mestre a ocupação
do cristão é vigiar ininterruptamente para não ser
envergonhado por ocasião do rapto da igreja. Vigiemos, pois!
9. CENÁRIO DO QUE OCORRERÁ NO MOMENTO DO

ARREBATAMENTO
9.1. A posição atual de Cristo
293
No presente momento Cristo está assentado a destra do

Pai Hb 1.3. Posição de honra como o vencedor de todas as
coisas no universo.
9.2. Jesus se levantará com todos os santos que estão
no paraíso 1 Ts 4.14
Os corpos ressuscitarão incorruptíveis 1 Co 15.42-44
semelhantes ao de Jesus Fp 3.21. Depois do sepultamento o
corpo decomposto permanece unido por um vínculo invisível à
alma, que está com o Senhor.
9.3. O local de encontro
Nas nuvens, encontraremos os ressuscitados com corpos
glorificados, e, nos ares com Cristo o Desejado das Nações 1
Ts 4.17; Ag 2.7.
9.4. Cristo virá como Estrela da Manhã

A estrela da manhã surge na parte mais escura da noite.
Levanta-se no horizonte repentinamente antes da hora mais
negra da noite. É vista e saudada somente por uns poucos
que a estão vigiando. Cristo também só será contemplado por
aqueles que estiverem em perfeita sintonia com Ele nesta
madrugada espiritual Ap 2.28.
9.5. A rapidez do arrebatamento
294
A expressão: “Num momento” citada 1 Co 15.52, no

grego neotestamentário é “átomos”, que significa “sem
divisão”, “coisa invisível em relação ao tempo”.
9.6. O alarido
Na linguagem militar é a ordem de um general ao seu
exército, ou convocação baixada por algum oficial do governo,
a respeito de algo que deve ser executado, conforme a sua
vontade. O alarido será dado para o exército que estará
acompanhando a Cristo para que entre em estado de alerta
para assaltar o planeta terra, arrebatando os fiéis 1 Ts 4.16. O
alarido também servirá para despertar os mortos como
sucedeu diante do túmulo de Lázaro Jo 11.43. A voz poderosa
de Cristo é semelhante ao ruído de muitas águas Ap 1.15.
9.7. A voz de arcanjo
O arcanjo é o que age com a responsabilidade de arauto
na vinda de Cristo sendo aquele que prepara o caminho 1 Ts
4.16. Todas as potestades do ar deverão abrir alas para que o
povo de Deus suba aos céus cruzando o Oriente do alto. Será
também a garantia de que os Judeus não serão
completamente destruídos.
9.8. A trombeta de Deus
Quando o Senhor ordenara a Moisés que fizesse duas
trombetas de prata Nm 10.1-5, os toques sugeriam duas
coisas: congregar e marchar. A trombeta convocará no
295
arrebatamento o povo de Deus para marchar, em seu

prodigioso salto para aos lugares celestiais, com a
inauguração da verdadeira imortalidade. Em 1 Co 15.52 essa
trombeta é chamada de última trombeta. Essa trombeta será
a última porque indica a derradeira vez em que Deus tratará
com o homem, antes do Juízo do Trono Branco.
9.9. O arrebatamento atingirá os fuso- horários Lc

17.34-36
9.9.1. Estarão dois numa cama 2 horas no Japão.
9.9.2. Duas estarão juntas moendo – horário do café da
manhã - 9 horas em são Francisco na Califórnia.
9.9.3. Dois estarão no campo – horário vespertino, 14 horas
horário de Brasília.
9.10. A marca profética do arrebatamento

Com o arrebatamento dar-se-á a seqüência profética do
plano divino revelado através da Bíblia. Dar-se-á também, o
início da grande tribulação, ou seja, a 70ª semana de Daniel
Dn 9.24-27.
9.11. Os trajes humanos ficarão no momento do
arrebatamento
Quando Elias foi elevado ao céu a sua capa caiu em
terras
296
gileaditas. Cristo quando ressuscitou deixou suas vestes

intactas no túmulo. Na eternidade teremos corpos
incorruptíveis e não precisaremos de vestimentas humanas.
Seremos assexuados como os anjos.
9.12. Haverá reconhecimento dos entes queridos após

o arrebatamento?
Claro que sim! No monte da transfiguração, apesar de
Elias e Moisés não serem conhecidos pessoalmente pelos três
discípulos, foram reconhecidos. O rico reconheceu a Lázaro. O
corpo da ressurreição será semelhante em aparência ao corpo
humano.
10. A AGONIA DOS QUE NÃO FOREM ARREBATADOS
10.1. Ficarão chorando amargamente.
10.2. Os templos evangélicos serão lacrados e desativados.
10.3. Muitos desviados culparão certos amigos por induzi-los
a carnalidade.
10.4. Outros incriminarão o pastor e a denominação por não
ensiná-los adequadamente.
10.5. A marca mundial da besta entrará em ação e os que a
rejeitarem morrerão.
11. COMO SE PREPARAR PARA O ARREBATAMENTO

11.1. Procurar com afinco a santificação espiritual.
297
11.2. Ser fiel e manter comunhão com Deus.

11.3. Orar, jejuar e vigiar constantemente.
11.4. Travar uma guerra acirrada contra os desejos da carne.
11.5. Agir com temperança face às tentações.
11.6. Não escandalizar e enfraquecer na fé com a queda
espiritual de pessoas influentes e admiradas no ministério.
11.7. Não trocar os deveres espirituais por lazeres
freqüentes.
11.8. Evitar a convivência diária de amigos de outrora que
comprometem a moral e a espiritualidade.
11.9. Mantenha uma vida cheia de alegria e do poder do
Espírito Santo.
11.10. Invista o máximo que puder na obra missionária,
porque no tribunal, Cristo lhe enriquecerá com galardões
eternos.
“Quem não se cuida de se preparar hoje, menos o fará
amanhã” – Ovídio
298
31
MENSAGEM
TEMA: A VISÃO DE CRISTO GLORIFICADO
TEXTO: TEXTO: AP 1.1-20
INTRODUÇÃO
O livro do Apocalipse trata da revelação de Cristo
glorificado, entronizado e de Sua vinda em glória. Esta é feita
por Jesus e a Ele se refere. No título do livro em português é:
Apocalipse de São João; mas, na realidade é de Jesus Cristo.
João simplesmente foi o amanuense do que vislumbrara. O
Apocalipse não é o que alguns cultores dizem que ele é um
escrito apocalíptico judaico batizado na igreja cristã; mas, sim,
a revelação do próprio Cristo. Revelação não é especulação
humanística; é na verdade a Palavra de Deus e o testemunho
fidedigno de Jesus Cristo.
“para mostrar aos seus servos.”
Aqueles que mantêm um grau de comunhão com Cristo o
Pedagogo divino, passam a entender os mistérios proféticos
Jo 15.15. “... nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios
entenderão” Dn 12.10. “E a mim foi revelado este segredo...”
Dn 2.30. “... porque a vós é dado a conhecer os mistérios do
Reino dos céus...” Mt 13.11. Um cristão que leva uma vida
299
leviana, apesar de frequentar um templo, sempre terá seus

olhos espirituais obstruídos. A masmorra pátmica não pode
em hipótese alguma aprisionar a liberdade de espírito do
profeta João e interpelá-lo de receber as mais fantásticas
revelações celestiais. Servos, são aqueles que se entregam ao
Senhor no intuito de viverem só para Ele em santidade,
adoração e completa obediência. A grande cortina do teatro
celeste foi descerrada e João pode contemplar as visões
esplêndidas do futuro do planeta terra.
“brevemente devem acontecer.”
A expressão no original grego “tákei” indica rapidez de
execução. Encontramos aqui a velocidade dos acontecimentos
uma vez iniciados. O Apocalipse é a conclusão de tudo o que
há de acontecer.
“e pelo seu anjo as enviou.“
Deus é o autenticador da mensagem; Jesus Cristo é o
mediador; o anjo e o apóstolo são os instrumentos, e os
servos os destinatários. O vocábulo anjo encontra-se setenta e
cinco vezes no Apocalipse. Os anjos sempre estiveram
envolvidos na trajetória ministerial de Jesus. Em quase todas
as visões os anjos marcam presença nos assuntos
escatológicos.
300
Os Cinco Degraus da Escada da Revelação

> Deus
>Jesus
>Anjo
>João
>Servos
“notificou.”
O étimo grego que traduz essa palavra é semaíno do
substantivo sema que significa “um sinal,” “símbolo.” É-nos
evidente, que as limitações geográficas não foram
impedimentos para João receber as visões celestiais. O Mestre
ministrou um seminário escatológico de simbologia,
numerologia e de cores ao conservo João.
3. “Bem - aventurado aquele que lê, e os que ouvem.”

É a primeira das sete bem-aventuranças do Apocalipse. A
leitura pública das Escrituras é um legado do costume
hebraico Ne 8.1-5; 2 Cr 34.14-18; Lc 4.16; At 13.15; 15.21. É
necessário afirmar que deve ser inteligível e cristalina a leitura
de um texto bíblico feita em público. A boa leitura muitas
vezes vale por uma pregação. É expressiva neste livro em foco
a repetição sequencial nos admoestando no que tange ouvir
com reverência a Palavra 2.7,11, 17,29; 3.6,13, 22. Aqueles
que guardam as palavras patenteadas neste livro estão
301
imunizados contra as heresias que rondam as igrejas e os

lares evangélicos. As palavras acima citadas envolvem a
inteligência, o coração e a consciência do cristão. Durante o
primeiro século o índice de analfabetismo era elevadíssimo, e
ainda os livros eram escassos. Uma leitura feita em voz alta
na liturgia do culto era de mui grande valia.
“o tempo está próximo.”
Foi dito à Daniel que as palavras proféticas fossem
seladas até o fim Dn 12.9; mas, quando chegamos no
Apocalipse podemos encontrar a chave da revelação porque o
tempo está próximo Fp 4.5; 1Pe 4.7; Tg 5.8; Hb 10.17.
Estamos vivenciando um momento em que o cronômetro de
Cristo está marcando a hora final da igreja na terra.
Vigiemos, pois, para não sermos surpreendidos com o
arrebatamento que dará seqüência aos acontecimentos do
capítulo quatro até o vinte e dois.
4. “João, às sete igrejas que estão na Ásia.”

Encontramos o termo Ásia em At 16.6, e nas epistolas Rm
16.5; 1Co 16.19; 2 Tm 1.15; 1 Pe 1.1. Ele não se refere ao
Continente Asiático, e, sim, a uma pequena província que
ficava situada ao oeste e noroeste da Ásia Menor. Segundo a
Geografia Bíblica, existiam outras cidades com igrejas em
pleno funcionamento naquela região, tais como: Colossos,
302
Mileto, Adramitio, Assôs, Hierápolis, Trôade, Trales e

Magnésia. As sete igrejas interpretam a igreja cristã universal
em sete períodos no tempo da dispensação da graça
espalhadas em todo o mundo até o arrebatamento. Se
delimitarmos no mapa das viagens de Paulo, na posição em
que as cidades se encontram; partindo de Éfeso para o oeste
e noroeste, passando por Esmirna e Pérgamo; e dirigirmos,
para o nordeste e o leste alcançaremos Filadélfia e Laodicéia;
e retornando a Éfeso formaremos um círculo que é também
um sinal profético da igreja universal. Modernamente, a Ásia
pertence à costa oeste da Turquia.
“Graça e Paz.”
Estas duas palavras descrevem os dois fenômenos do
cristianismo. Acerca da graça expressou Stanley Jones: “A
graça me comprou. A graça me ensinou. A graça me prendeu.
Agora me possui!” Só poderá haver paz no coração humano
depois da graça ter realizado a sua obra redentiva. A graça e
a paz são os dois trilhos por onde trafega o trem da felicidade
cristã. Seria maravilhoso se os cristãos continuassem
cumprimentando uns aos outros com a preciosa paz do
Senhor Jo 14.27; Lc 10.5,6. Apesar das adversidades que tem
solapado a humanidade o cristão pode gozar plena paz Fp 4.7.
Encontramos aqui a veraz felicidade do crente.
“daquele que é, e que era, e que há de vir.”
303
A eternidade de Deus atende os três tempos do verbo:

passado, presente e futuro. Esta expressão é equivalente a Ex
3.14. Segundo alguns entendidos deparamos aqui com o
tetragrama “YHWH.” É uma exaltação ao Todo Poderoso, em
contraste com a vida falível dos césares Dt 32.39. Era comum
entre os gregos em alguns cânticos usarem essa locução:
“Zeus que era; Zeus que é; e Zeus que será.” A saudação
dada às sete igrejas foi feita em nome da trindade que daria
autoridade ao livro que João escreveria. Está se referindo no
texto acima em negrito a eternidade de Deus 1 Tm 1.17; Sl
90.12. Com a aparição de Cristo em glória dar-se-á o clímax
do livro do Apocalipse 19.11-21; Mt 24.30. Os moradores da
cidade de Listra na Galácia acreditavam que os seus deuses
Júpiter e Mercúrio retornariam na forma antropomórfica e
residiriam nessa cidade. Quando Paulo e Barnabé estiveram
em Listra revestidos com o poder de Cristo fizeram andar um
varão leso dos pés, os listrenses quiseram sacrificar-lhes
alguns touros At 14.1-19. Se os galacianos idólatras criam no
retorno de seus deuses, o que era uma crendice, muito mais
devemos crer intrepidamente que o Soberano Jesus Cristo
voltará para arrebatar-nos!
“e da dos sete espíritos.”
Não representam os sete poderes cósmicos exaltados;
nem o sol a lua e nem os cinco planetas vistos a olho nu
304
defendida pela teologia astral babilônica; nem os sete

arcanjos das especulações da angelologia hebraica; mas, sim,
o Espírito Santo operando em Sua plenitude com sete
diferentes manifestações Is 11.2. O Espírito Santo aparece em
segundo lugar porque vivemos no período em que Ele está
operando na terra como substituto autêntico de Jesus Cristo.
Sete espíritos porque Ele está atuando intensificadamente de
forma setuplicada. O Espírito Santo é um candelabro, mas em
operação, são sete lâmpadas de fogo.
5. “e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel

testemunha.”
Testemunha é uma pessoa que vê, sabe e então fala com
veracidade. João usa em sua literatura essa palavra cerca de
setenta vezes. Cristo é a Testemunha, em Sua pessoa, em
Sua obra e pela promessa que outrora foi feita ao rei Davi 1
Sm 7.1; Sl 89; Is 55.3,4; Zc 12.8. Tudo que Ele ensinou foi
autenticado com os milagres extraordinários, e, tudo foi
revelado acerca das coisas que hão de acontecer.
“o primogênito dos mortos.”
Primogênito é uma expressão de supremacia e não de
sequência cronológica. Por ocasião de sua ressurreição Ele foi
estabelecido como Primogênito dos mortos Cl 1.18; Rm 1.4.
Foi o primeiro a ressuscitar com o corpo glorificado 1 Co
305
15.20, e nos assemelharemos a Ele. Jesus foi o primeiro a

compartilhar da forma divina. Martinho Lutero afirmou: “Nosso
Senhor escreveu a promessa da ressurreição não somente nos
livros, mas em cada folha da primavera.” O avivalista Stanley
Jones disse: “Nosso evangelho não termina num cadáver, mas
num conquistador; não numa tumba, mas numa vitória”.
“e o príncipe dos reis da terra.”
As nações mundiais estão esgotadas de sofrer nas mãos
de ditadores malvados tais como: Antônio Oliveira Salazar,
Adolf Hitler, Benito Mussolini e Engelbert Dollfuss, homens
fortes não oficiais como Manuel Noriega, estatocratas como
Francisco Franco e Augusto Pinochet a ditadores comunistas
como Fidel Castro de Cuba, Kim Jong - Il da Coréia do Norte e
Stalin, da ex-URSS e como o ex-presidente da antiga
Iugoslávia e da Sérvia Slodoban Milosevic que matou mais de
300.000 mil pessoas, e tornou-se conhecido como o carniceiro
dos Bálcãs. Quando ocorrer a batalha armagedônica onde os
inimigos de Cristo sofrerão a derrocada final, Ele descerá
vitoriosamente com a descrição condecorativa universal e
instalará o Reino milenial e triunfará para sempre com o Seu
poder principesco Dn 7.14; 1 Co 15.28; 19.16. É Jesus quem
preside com competência os destinos das nações. Os
governantes mundiais têm vilipendiado suas pátrias com
306
corrupção e ditadura, somente Cristo governará este planeta

com equidade.
6. “e nos fez reis e sacerdotes.”

A apetência de Deus era que a nação israelita se
tornasse por inteira em Reino sacerdotal; todavia a
desobediência interpelou esse projeto divino Ex 19.6. Cada
crente fiel tornou-se sacerdote pelos seguintes fatores:
adentra ao santo dos santos a qualquer momento Hb 10.19-
22; oferece oferta de louvores Hb 13.15; Ex 25.22; entrega
seu corpo em sacrifício vivo Rm 12.1; e por fim, queima o
incenso no altar da intercessão 1 Tm 2.1; Cl 4.12. Em Israel
poucos homens foram sacerdotes, mas em Cristo todos os
cristãos são como Melquisedeque, rei-sacerdote Hb 7.1; 1 Pe
2.9. Não somos apenas servos; como reis, obtivemos a
capacidade de soberania. Só seremos sacerdotes se reinarmos
sobre o poder do mal.
7. “E eis que vem com as nuvens, e todo o olho o

verá.”
Aqui não se refere às nuvens formadas de vapores, e sim
as nuvens constituídas de anjos e crentes com os corpos
glorificados na vinda em glória no final da grande tribulação At
1.11. As tribos da terra se lamentarão por terem perdido a
307
oportunidade de conhecer o Vencedor em todas as batalhas.

Na manifestação em glória, às nações que o perseguiram
ficarão estarrecidas. Enoque e Daniel tiveram a visão da volta
do Filho do Homem Jd 14; Dn 7.13.
“Sim! Amém!”
A palavra sim é de origem grega “naí” e, amém, de
procedência hebraica ”`ãmen.” Essa dupla expressão, é
confirmada para demonstrar aos homens que a segunda vinda
de Cristo se dará incontestavelmente. Amém significa
verdadeiro, correto, digno de confiança e assim seja. Sim!
Representa os gentios; e amém, se refere aos judeus. Na
volta de Cristo só haverá dois tipos de povos: judeus e gentios
1 Co 10.32; porque a igreja não estará mais aqui!
8. “Eu sou o Alfa e o Ômega.”

É a primeira e a última letra do alfabeto grego. Ele é
composto de vinte e quatro letras. Alfa (A) como numeral a =
1; a = 1.000. (W) como numeral w = 800; w = 800.000. Estas
duas letras se tornaram símbolos na arte cristã. São
mencionadas também em 21.6; 22.13. Elas têm sido usadas
para exprimir totalidade. O Filho de Deus é o Alfa no livro de
Gênesis e o Ômega no livro do Apocalipse. Ele é o primeiro e
o último, e tudo o mais entre esses dois extremos. Cristo é a
origem e a consumação de tudo que existe no universo Cl
308
1.15. Entre os judeus era dito assim: Adão transgrediu a lei de

álefe a tau; Abraão guardou a lei de álefe a tau. “a - Álefe – t
– tau” são os nomes da primeira e a última letra do alfabeto
hebraico.
9. “irmão e companheiro.”
Apesar das visões extraordinárias recebidas e da profunda
comunhão com o Senhor Jesus, João não se exaltou, pelo
contrário, encontramo-lo, autointitulado de irmão e
companheiro. É necessário explicar que o Reino de Deus não é
alcançado pelos recursos mundanos beligerantes, e sim, pela
afeição e a paciência. João era apóstolo, profeta, escritor e
não se gabou disto. Ele se apresenta como irmão e
companheiro e não se referiu a qualquer título eclesiástico.
Nos dias atuais muitos ministros não se apresentam como
irmão porque sentem ofendidos; só está faltando agora o
título de querubim porque para muitos, ser pastor já é coisa
muito comum.
10. “Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor.”

Apesar de João ter sido preso na ilha de Patmos voôu
como águia até ao terceiro céu através das asas do êxtase da
revelação profética para desvendar o futuro do planeta Terra.
Quando formos ao culto devemos estar em espírito para que a
309
nossa experiência cristã seja renovada veementemente. No

Império Romano havia uma expressão conhecidíssima:
“hemera sebaste,” que quer dizer: “dia de Augusto”, que era o
primeiro dia de cada mês. João apresentou o dia do Senhor
como um contraste. Os cristãos primitivos se reuniam no
primeiro dia da semana para comemorar triunfantemente a
ressurreição de Cristo At 20.7; 1 Co 16.2. O sétimo dia
comemora a criação e o primeiro a redenção. A ceia era
ministrada pelos cristãos no primeiro dia da semana.
“e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de
trombeta.”
A trombeta era usada pelos exércitos antigos para
despertar as tropas colocando-as em estado de alerta. Essa
voz estrondosa que João ouvira atrás dele foi para anunciar-
lhe às coisas relacionadas com a igreja até o arrebatamento.
Quando a mesma voz comunicou-lhe: “sobe aqui” 4.1, foi,
para mostrar-lhe os acontecimentos após o arrebatamento.
11. “O que vês, escreve-o num livro.”

Nesse livro é ordenado a escrever doze vezes 1.11,19;
2.1,8, 12,18; 13.1,7,14; 14.13; 19.9; 21.5.
As Quatro Características de Cristo
> Fiel Testemunha: Comunicou toda revelação a João.
> Sacerdote: Vestes talares adornadas por um cinto de ouro.
310
> Juiz: Olhos flamejantes e os pés como bronze polido.

> Rei: Voz como som de muitas águas e uma espada
bigúmea.
12. “vi sete castiçais de ouro.”

No Tabernáculo de Moisés tinha apenas um castiçal que
ficava para a banda do sul tipificando a igreja cheia da graça
de Cristo brilhando copiosamente neste mundo
entenebrecido. O castiçal para brilhar era preciso ser
alimentado com óleo puro; a igreja para testemunhar
eficazmente precisa do azeite que é o Espírito Santo. Era
fabricado de ouro batido. Os cristãos só podem refletir esse
brilho por causa do sofrimento de Cristo na cruz. Moisés
fabricou apenas um castiçal Ex 37.17-24; e Salomão mandou
fazer dez 2 Cr 4.7; e Jesus apresentou sete. Os sete castiçais
falam das sete igrejas projetando muita luz ao mundo através
dos séculos. Como as hastes dos castiçais estavam ligadas a
haste central, Cristo aparece no meio das igrejas.
13. “um semelhante ao Filho do Homem.”

No livro de Daniel 7.13, Jesus é chamado de Filho do
Homem. Este título é mencionado mais uma vez em 14.14,
indicando o Seu caráter messiânico. O profeta João tece sete
características físicas importantíssimas do seu retrato
311
fidedigno. Cristo como Rei e Sacerdote aparece no meio dos

sete castiçais exigindo testemunho brilhante das igrejas
asiáticas e removendo o pavio esfumaçado.
“uma veste comprida.”
No tempo do sacerdócio arônico as vestes compridas
representavam a honra e a dignidade. Aqui podemos ver
Cristo como o nosso Sacerdote nesta presente dispensação Hb
10.21. Suas vestes humanas no cimo do Calvário ficaram a
mercê da soldadesca romana; agora, neste capítulo, podemos
vê-lo, vestido soberanamente como o grande Sacerdote
eterno.
“e cingido pelo peito com um cinto de ouro.”
Entre o povo hebreu o cinto simbolizava a fortaleza, a
justiça e a fidelidade. Por ser o cinto portador de força,
passou também a representar o senhorio e o poder. O cinto
do sumo sacerdote não era feito de ouro, mas era bordado de
ouro Ex 28.8. Nesta visão Cristo é visto com um cinto
completamente feito de ouro puro que figura a Sua atividade
Sumo Sacerdotal. Entre muitos simbolismos do cinto ele
também representa serviço Jo 13.4,5.
14. “E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã

branca.”
312
A cabeça alva denota a honra, a sabedoria, a

experiência, a dignidade e a eterna deidade do Senhor Jesus.
“e os olhos, como chama de fogo.”
Podemos ver aqui a sua acurada visão que faz parte de
Sua onisciência. Essa poderosa visão judicial atinge o coração
e a sensibilidade humana. Os fotógrafos tiram fotos dos
homens somente por fora, agora Jesus tira por dentro. O Seu
olhar é perscrutador e nada furta diante dele Hb 4.13.
15. “e os seus pés, semelhantes a latão reluzente.”

O latão reluzente transmite a idéia de força e
estabilidade. O bronze, o cobre ou o latão reluzente é um
metal amarelo ou avermelhado. Trata-se dos primeiros metais
trabalhados pelo homem. Tanto Ezequiel quanto Daniel
fizeram alusões ao bronze Ez 1.7; Dn 10.6. O auricalco, o
bronze precioso e brilhante que é citado neste verso era
considerado um material fabuloso entre o ouro e a prata.
Tubalcaim foi mestre e artífice de instrumentos de bronze e de
ferro Gn 4.22. Encontramos na Bíblia referência ao minério de
cobre Dt 8.9, e a sua fundição Jó 28.2. Nos montes de Israel
havia minas de cobre Jz 16.21; 1 Sm 17.5; 2 Rs 25.7. A
palavra grega usada para traduzir o latão reluzente é
“kalkolibano.” O bronze é a mais antiga liga usada pelo
homem que aprendeu a fazê-la por volta do ano 3.500 a.C. O
313
bronze é uma liga metálica de cobre e estanho. O fósforo, por

exemplo, endurece e torna o bronze mais resistente. O bronze
representa a dureza e a durabilidade. Esse metal resiste à
corrosão. Era trabalhado por meio da ação de fundir e
martelar. Cristo foi martelado como bronze no patibulum da
cruz onde julgou todos os nossos pecados. Os pés bronzeos
do Senhor demonstram julgamento, força e poder para
esmagar.
16. “E ele tinha na sua destra sete estrelas.”

Os pastores que estiverem na destra de Cristo farão um
trabalho esplêndido e serão honrados pelos membros de suas
igrejas. Os ministros, estando na mão direita de Cristo, indica
a autoridade com que o Senhor sustenta os Seus, dirigindo-os
de acordo com a sua onipotência e cuidado eterno.
“e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios.”
Cristo tem o poder para julgar e decretar a sentença
através da Palavra de Sua boca. A espada divina produz vida e
morte Is 11.4.
“e o seu rosto era como o sol, quando na sua força
resplandece.”
A glória de Cristo estampada em seu rosto não apenas
deslumbra, mas, também cega os inimigos. Para o mundo,
Jesus é a luz; para Israel, Ele é o sol da justiça e para a igreja,
314
Ele é a Estrela da manhã. No cimo do monte, o Seu rosto

resplandeceu como o sol na sua força Mt 17.2; próximo a
Damasco, Paulo foi jogado por terra pelo Seu fulgor At 9.3. A
Nova Jerusalém será iluminada por Ele 21.23.
18. “E tenho as chaves da morte e do inferno.”

Possuir essas chaves é obter autoridade sobre o mundo
invisível. O destino das almas dos homens está sob a
jurisdição de Cristo. As duas chaves que jamais nenhum
imperador romano poderia conquistá-las, Ele apossou-se.
Como a morte detém os corpos humanos, o Hades aprisiona
as almas.
315
32
MENSAGEM
TEMA: CARTA À IGREJA EM ÉFESO
TEXTO: TEXTO: AP 2.1-7
INTRODUÇÃO
A cidade de Éfeso estava situada na costa ocidental da
Ásia apocalíptica que era dividida em províncias menores tais
como: Frígia, Mísia, Cária e Lídia. Ao norte de Éfeso estava
Esmirna e ao sul a cidade de Mileto defronte a ilha de Samos.
Foi fundada por colonos de Atenas no principio do século XI
a.C., nas margens do rio Caister cerca de 10 km de sua foz.
Tornou-se famosa por ter sido construído nela o templo de
Diana que é considerado uma das sete maravilhas do mundo;
cuja construção foi iniciada em 320 a.C., e a sua conclusão
demorou 120 anos. Foi edificado em mármore coríntio; tinha
122 metros de comprimento e 100 colunas de 18 metros de
altura. Foi destruído pelo godos em 262 d.C. Além de capital
da Ásia, era o centro de administração romana. Havia em
Éfeso um grande e monumental teatro que comportava 25 mil
pessoas assentadas. A cidade passou das mãos dos reis de
Pérgamo para o controle romano em 133 a.C. A quantidade
de lama depositada pelo rio Caister e o afastamento da praia
provocaram um deslocamento da cidade para o oeste cerca de
316
11 km do local de origem. Éfeso, Antioquia da Síria e

Alexandria no Egito, formavam o grupo das três maiores
cidades do litoral leste do Mediterrâneo. Foi a terceira cidade
da fé cristã; sendo Jerusalém a primeira e Antioquia a
segunda. Em Éfeso tanto a idolatria quanto a magia eram
proliferantes e contagiantes. No ano 29 d.C., foi destruída por
um terremoto avassalador e reconstruída por Tibério. A igreja
em Éfeso foi fundada por Paulo em uma livre visita no
regresso da segunda viagem missionária, e o prosseguimento
da mesma ficou a cargo de Áquila e Priscila ambos naturais do
Ponto At 18.18-21. Paulo regressou à Éfeso permanecendo ali
três anos consecutivos, fazendo desta cidade o quartel
general de suas atividades missionárias a ponto de todos
ouvirem a pregação da Palavra At 19.10; 20.31. Tornou-se a
principal comunidade cristã da Ásia. Quando Paulo declarou:
“combati em Éfeso contra as bestas” 1 Co 15.32; ele estava se
referindo ao ocultismo, a lúgubre magia negra, ao politeísmo
dominante, e a perseguição acirrada de Demétrio e ao motim
promovido no teatro At 19. O terceiro concílio geral da igreja
foi realizado em Éfeso no ano 431 d.C., onde foi tratado sobre
as duas naturezas de Cristo. Atualmente as suas ruínas
encontram-se perto da cidade turca de Aiasluque. A tradição
cristã afirma que o apóstolo João foi sepultado em Éfeso aos
103 anos de idade e Maria mãe de Jesus.
317
As Distâncias Entre as Sete Cidades da Ásia

> Éfeso – Esmirna 80 km;
> Esmirna – Pérgamo 80 km;
> Pérgamo – Tiatira 64 km;
> Tiatira – Sardes 56 km;
> Sardes – Filadélfia 48 km;
> Filadélfia – Laodicéia 48 km;
> Laodicéia – Éfeso 160 km.
1. “Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso.”

Esta, como as outras cartas, possuem o mesmo padrão
uniforme de estilo. A mensagem foi endereçada ao líder
espiritual e também extensivamente aos membros da igreja. A
palavra Éfeso significa “desejável” ou “primeiro amor.” É a
igreja como objeto do amor de Cristo. A princípio, o Senhor a
desejava muito, e tinha muito prazer em suas obras e no
amor que ainda não tinha apagado a chama.
“Isto diz aquele que tem na sua destra as sete
estrelas.”
As estrelas brilham refulgentemente à noite; assim os
receptores das sete igrejas que são comparados as estrelas,
refulgem nas trevas do pecado cheios do Espírito Santo e
inflamados com o fogo do céu incendeiam as searas de
318
Satanás. O verbo grego que traduz por “tem” significa segurar

firme na mão Jo 10.28.
“que anda no meio dos sete castiçais de ouro.”
O andar de Cristo aqui é judicial no que se refere
àqueles que não querem se arrepender. O deísmo é
desmascarado com a expressão “anda.” Jesus nunca
abandonou a Sua igreja, Ele sempre está presente Mt 28.20.
O Seu andar entre os castiçais é para verificar a capacidade
de iluminação espiritual. Se a igreja não transmite a luz da
graça divina, ela para mais nada presta; será apenas uma
mera sociedade organizada, um clube social com o rótulo de
cristã. A presença de Cristo no seio da igreja trás segurança e
comunhão plena. Cristo anda patrulhando as atividades de
seus membros, podando os galhos secos e arrancando os
males existentes em seu meio.
Jesus Sempre no Meio
> Em Sua infância esteve no meio dos intelectuais de Sua
época Lc 2.46.
> Ao curar um homem cuja mão estava atrofiada o chamou
para o meio Lc 6.8.
> Em Sua jornada ao norte de Israel passou pelo meio de
Samaria, a cidade das confusões Lc 17.11.
> Ele se postava no meio quando ia servir o colegiado
apostólico Lc 22.27.
319
> No alto do Gólgota foi crucificado no meio de dois facínoras

Jo 19.18.
> Ao ressuscitar apareceu no meio dos discípulos de forma
refulgente Lc 24.36.
> Sua promessa gloriosa é de sempre estar em nosso meio Mt
18.20.
2. “Eu sei as tuas obras.”

Eram os bens praticados por essa igreja e que se
tornaram notórios a todos os moradores da Ásia que
conheciam o Senhor Jesus. Ele conhece tudo o que fazemos
em prol do crescimento do Reino. Apesar de a inveja campear
em muitas comunidades cristãs, muitas ações não são
reconhecidas entre os seus membros. O que autentica o que
fazemos não é o que os homens dizem ou deixam de dizer; o
importante é o que o caminhante entre os castiçais diz: “Eu
sei.” Essa expressão solene, aparece em cada igreja. A Eclésia
efésia tinha mais obras e menos amor, enquanto a igreja
moderna precisa de mais amor e menos obras.
“e o teu trabalho.”
A palavra grega usada aqui para trabalho é “kópos,” que
expressa um esforço ardoroso, um labor até a exaustão. É
mais fácil contar as estrelas do que enumerar os esplendores
dessa comunidade cristã. O cristão fiel trabalha para Cristo
320
como tivesse de viver para sempre; e vive como se tivesse de

morrer amanhã. A salvação é de graça, mas o galardão é pelo
nosso trabalho que prestamos. O crente preguiçoso só anda
criticando e entristecido. Os mais felizes são aqueles que
andam ocupados na causa do Mestre. Só faremos um trabalho
aprovado para Jesus quando colocarmos o Seu trabalho em
nossa vida e a nossa vida em Seu trabalho.
“e a tua paciência.”
O termo grego para este vocábulo é “upumonen.” É a
capacidade de suportar as intempéries diante de qualquer
situação dificultosa na certeza de que haverá triunfo e vitória.
É o não dobrar, face às agruras da jornada. Certo poeta disse:
“Há ocasião em que Deus não pede nada de seus filhos,
exceto silêncio, paciência e lágrimas.” O Senhor elogiou
entusiasticamente essa igreja, porque Ele valoriza os cristãos
autênticos. O elogio apropriado e honesto sobrepuja os
sentimentos de inferioridade e de inveja. Ninguém terá inveja
de nós, se costumarmos elogiar com sinceridade a outros.
“e que não podes sofrer os maus.”
Restaurar algum membro que porventura caíra é o papel
da eclésia cristã; agora, tolerar pessoas que não querem se
arrepender e que só promovem escândalos para o Reino é
inadmissível. Viver assim é associar-se com o erro. As virtudes
321
cristãs não são apenas aquelas que não se arrefecem na

prática do bem, mas também o ódio ao mal.
“e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não
são.”
No discurso feito aos anciãos de Éfeso na cidade de
Mileto; Paulo, já havia advertido aqueles líderes acerca dos
lobos cruéis que surgiriam para torcer a verdadeira teologia
cristã At 20.28,29. Os efésios tinham saído do mundo e agora
não podiam permitir que o mundo entrasse neles. O apóstolo
João já havia ensinado a igreja até mesmo a não
cumprimentar os heréticos 2 Jó 10. Os falsos apóstolos
afirmavam que tinham recebido autoridade de Cristo para
exercer o apostolado e ao mesmo tempo praticavam um
sincretismo religioso misturando o paganismo Artemísio com a
profissão de fé cristiânica. Os mentirosos eram aqueles que
negavam as duas naturezas divina e humana de Cristo. Na
tribuna sacra da igreja de Éfeso só fazia uso da palavra quem
era portador da sã doutrina. É necessário que a igreja
hodierna tenha esse zelo especial pelo púlpito.
3. “e sofreste.”
Os cristãos do primeiro século passaram pelo caldeirão
fervente da perseguição para disseminar com galhardia a
Palavra de Deus. Os efésios pagaram um grande preço por
322
causa da idolatria radicada na cidade. Os olhos dos fiéis

brilharam com uma luz mais pura e translúcida porque foram
regados com as lágrimas do sofrimento; elas rolavam tanto
pela a face quanto pelo coração.
“e trabalhaste pelo meu nome e não te cansaste.”
Suportavam as agruras pontiagudas da perseguição
embasados nas palavras de Jesus registradas em Mt 5.11.
Trabalhavam como nenhuma igreja a ponto de fazer
conhecido o nome do Senhor em toda a província romana da
Ásia. As outras seis igrejas foram inauguradas através do
centro missionário implantado em Éfeso. O que precisamos ter
em mente, que a lealdade à igreja nem sempre quer dizer
lealdade a Cristo. Quem faz um grande trabalho para Deus
não é aquele que faz muito, e sim, aquele que não para de
fazer. “Os efésios estavam cansados na lealdade, mas não
cansados dela” Moffatt.
4. “Tenho, porém, contra ti.”

Jesus após tecer alguns elogios efusivos e cristalinos a
essa igreja, deu uma tremenda guinada e aplicou uma
sentença judicial à criminosa ação da perda do primeiro amor.
É melhor perdermos algo da nossa obra do que perdermos o
amor por Jesus Cristo. Como afirmou peremptoriamente
323
George Ladd: “Pureza de doutrina e lealdade não podem

nunca ser substitutos para o amor.”
“que deixaste a tua primeira caridade.”
O amor originalíssimo dos primeiros dias da conversão.
Aquela lua-de-mel que tivemos com Jesus no início da nossa
fé cristã envolvida no manto da pureza, do fervor e da alegria
imensurável. João ensinou essa igreja como desabrochar a
rosa do amor 1 Jo 4. A igreja em certo tempo pode exalar o
aroma do amor a Deus e aos irmãos Ef 1.15. Sadu Sundar
Sing declarou: “Onde nasce o amor morre o eu, o déspota
cruel. Deixa-o morrer na noite escura, pois com o amanhecer
respirarás em liberdade.” Quando o amor a Cristo que é a
mola propulsora do serviço cristão enfraquece, o nosso
trabalho torna-se uma mera atividade. Com a perda do amor
todas as outras características perdem o valor. O primeiro
amor é, pois o abandono de todas as coisas por um amor que
também abandonou tudo.
5. “Lembra-te, pois, de onde caíste.”

É importante que saibamos que existe tempo para o
perdão e tempo para a execução do juízo divino. A perda do
amor fez com que a igreja de Éfeso virasse as costas para
Jesus. O que ela precisava era arrepender-se para virar as
costas para o pecado. O filho pródigo quando se lembrou do
324
amor e da fartura de bens que havia em sua casa, diz o texto

lucano: “E caindo em si” Lc 15.17. É mister que de vez em
quando façamos uma análise geral do quadro clínico espiritual
da nossa vida para que possamos ajustá-la diante do Senhor.
Os três verbos que podem mudar o nosso estilo de vida são:
lembrar, reflexão introspectiva; arrepender, reflexão decisiva e
voltar, reflexão expressiva. Nos degraus da escada que dá
acesso à comunhão plena com o Senhor, a igreja efésia
desabou do degrau principal que é o amor. É necessário que
os que caíram, lembrem-se do começo e voltem ao ponto de
partida. Pode ser um exímio pregador, um ilustre mestre de
renome, um líder respeitado ou um grande contribuinte na
obra, mesmo assim, poderão ser declarados como quem caiu.
“brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu

castiçal.”
Quando uma igreja realiza suas atividades a
semelhança de uma empresa da fé, ou seja, sem o amor
verdadeiro a Cristo, ela passa a não ter mais o direito de
existir. A igreja legítima não se extingue, mas, um grupo sem
a pérola do amor, desaparece radicalmente. Quantas
denominações fecharam as portas, e deram baixas em seus
registros porque lhes faltou o amor! O que vimos segundo
o relato da história, e da Geografia Asiática, que tanto a
325
cidade, como a igreja de Éfeso, foram removidas. Não houve

arrependimento!
6. “aborreces as obras dos Nicolaítas.”

A palavra Nicolaítas no grego é “nikolaitõn” que é
originada de nikolaos termo este que é composto de” niko +
laos”. Niko quer dizer “dominador,” e laos significa povo. “O
líder cristão deve lembrar-se da advertência ministerial feita
por Pedro: “Nem como tendo domínio sobre a herança de
Deus” 1 Pe 5.3.” Para muitos o ministério tornou-se em causa
de ganho. A seita nicolaística procurava aliciar os crentes a fim
de que eles praticassem a frouxidão sexual e moral. Este
ensino gnóstico preclarava uma doutrina que dizia que era
incapaz a alma ser contaminada pelo pecado. O termo grego
“gnósis” significa “conhecimento.” É desse termo que originou
a palavra gnóstico. O cristão conquistado pelos nicolaítas,
facilmente se prostraria diante da estátua do imperador
romano. Era uma seita que misturava os ensinos do
cristianismo com os princípios filosóficos do gnosticismo
grego. Os que fazem parte do nicolaísmo moderno são
aqueles que vivem nos templos com a máscara de santidade e
que, no entanto vivem na promiscuidade. É importante
salientar que o mundanismo não combina com a vida cristã
autêntica Sl 97.10.
326
7. “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às

igrejas.”
Das sete cartas as três primeiras, encerram-se, como a de
Éfeso; com um convite e com uma promessa. O Espírito Santo
não deixa de falar às igrejas, mas são os membros surdos e
apáticos que deixam de ouvir a Sua voz consoladora e
orientadora. No início de cada carta é o Senhor Jesus quem
fala 2.1,8, 12,18; 3.1,7, 14; mas no final de todas elas é o
Espírito Santo 2.7,11,17,29; 3.6,13,22. A idéia de igreja única
ou de denominação exclusiva como muitos afirmam é
eliminada aqui. Quando o Espírito fala às igrejas logo o
exclusivismo é aniquilado. “O ouvido precisa ser treinado para
a música celestial, da mesma maneira que o paladar deve ser
treinado para o alimento natural” - Haugh.
“Ao que vencer.”
No jardim do Éden o casal precisava apenas obedecer,
mas no Apocalipse a promessa é destinada somente ao
vencedor. São duas classes existentes: a dos vencidos, e a
dos vencedores. Qual dessas duas você pertence? É bem
verdade que o vencedor só pode fazer notória a sua vitória
sendo fiel até a morte. A vitória do cristão não é prevalecer
contra os irmãos, e sim, sobre o mal. A condição sine qua non
que nos permitirá comer da árvore da vida é a nossa vitória
pessoal sobre o mal existente.
327
“dar-lhe-ei a comer da árvore da vida.”

No Éden ela foi resguardada Gn 2.8; 3.22. Na Nova
Jerusalém ela será restaurada para os que vencerem as
tentações, as heresias e as paixões carnais. No Apocalipse
encontramos mais três alusões a essa árvore 22.2,14, 19.
Cristo foi crucificado em duas peças extraídas de uma árvore
para nos dar o direito legal de alimentarmos da árvore da
vida. Aqui na terra, Jesus alimentou a humanidade como o
Pão vivo Jo 6.51; na eternidade, Ele dará a si mesmo como o
sustento dos vitoriosos. Israel provou do maná no deserto, a
igreja presente alimenta de Cristo o Pão da vida, e na
eternidade desfrutará da árvore da vida. Comer da árvore da
vida é, pois, participar da plenitude da vida eterna com Cristo,
e em Cristo. É preciso alimentarmos mais do Senhor, do que
enchermos as nossas mentes de dogmas e regras arcaicas e
bolorentas.
“que está no meio do paraíso de Deus”.
O paraíso aqui citado não é o local intermediário entre a
morte e a ressurreição dos justos, e sim, a Nova Jerusalém.
Adão foi expulso do Éden por causa do pecado; como
entraremos na Nova Jerusalém vivendo no pecado? No
cardápio celestial podemos nutrir da seguinte forma:
> Pelo pão da vida Jo 6.51;
> Pela Palavra de Deus Mt 4.4;
328
> Pelos elementos da santa ceia Jo 6.53;

> Comendo do maná escondido Ap 2.17;
> Alimentando da árvore da vida Ap 2.17.
Esta árvore simboliza a transmissão da vida eterna aos
homens salvos.
329
33
MENSAGEM
TEMA: CARTA À IGREJA EM ESMIRNA
TEXTO: AP 2.8-11
INTRODUÇÃO
Esmirna na língua grega quer dizer mirra. Mirra é uma
substância extraída de uma planta por esmagamento. Era
usada para fabricar perfumes, e para embalsamamentos. Os
cristãos esmirnenses foram esmagados pelas perseguições, e
tornaram-se, em perfumes de cheiro suave para Cristo. Essa
cidade era uma das mais importantes da Ásia e tomou o nome
de “Metrópole.” Esmirna, pela sua localização na via comercial
entre a Lídia e o oeste, chegou ao esplendor. Ficava localizada
no golfo de Esmirna, na costa ocidental da Ásia, na entrada de
uma, linda baía, cerca de 64 km ao norte de Éfeso. Pela sua
pujança topográfica recebeu o nome de: “Adorno da Ásia.”
Era o local da celebração dos jogos olímpicos e contava com
um dos maiores anfiteatros de toda a Ásia. Nos dias do
apóstolo João era famosa por suas construções, pelo centro
de ciência e de medicina, pelo comércio e a política. Alexandre
Magno quando viu a posição geográfica de Esmirna mandou
Antígono e Lisímaco reconstruí-la. Em pouco tempo Esmirna
330
se tornou o centro portuário e comercial mais importante da

Ásia. A deusa Cibele tinha seu altar nessa cidade com o
destaque de padroeira. Esmirna foi o centro do ministério de
Policarpo, discípulo de João e local de seu martírio aos 90
anos de idade em 155 d.C. Esmirna foi o berço de Homero o
autor da Odisséia e da Ilíada. Viveram também ali: Heródoto,
Estrabão e Pausânias. É a única das sete cidades que
permanece com a grandeza que tinha nos dias em que o livro
do Apocalipse foi redigido. Seu nome moderno é Izmir. É um
porto da Turquia e centro de comércio da costa leste do mar
Egeu. Fica situada a 320 km ao sudeste de Istambul. É a
capital da Província de Esmirna. Esta cidade exporta minério
de cromo, frutas secas, algodão e azeite de oliva. Possui uma
população atual com 2.387.686 habitantes (2003).
8. “E ao anjo da igreja que está em Esmirna escreve.”

A mensagem a essa igreja é a mais breve das sete e
também a mais bela descrita por Cristo.
“Isto diz o Primeiro e o Último.”

Como Criador de todas as coisas: Ele é o Primeiro; e
como o Consumador, Ele é o Último, Is 41.4; 44.6; Hb13. 8.
Tal daclaração foi necessária para encorajar os cristãos
331
sofredores mostrando-lhes que há um limite e um fim desses

atos de trucidades.
“que foi morto e reviveu.”
Quando Cristo se apresentou às igrejas, o fez de acordo
com a necessidade premente delas. Quando Se apresentou
desta maneira pode ter aludido ao ressurgimento da cidade
com uma grandiosa prosperidade, depois de um período longo
de obscuridade. O ressurgimento da cidade marcaria a
ressurreição também da igreja. No capítulo primeiro, Ele
também fez essa alusão a Sua eternidade. É importante dizer,
que Cristo entrou na morte e a morte não pode entrar nele;
porque Ele é a Ressurreição e a Vida Jo 11.25.
9. “Eu sei as tuas obras, e tribulação.”

A comunidade judaica em Esmirna tirou o sossego dos
crentes. Ela foi um instrumento nas mãos do Diabo para
assarapantá-los. Nos países fechados, o muçulmanismo é um
torvelinho para os missionários. Dificilmente um membro da
igreja de Esmirna não tivesse algum mártir na família. É pelo
caminho da tribulação que adentraremos nas minas das
experiências com Cristo.
“e pobreza.”
O imperador Diocleciano pressionou os cristãos
esmirnenses lançando mão de todos os seus bens, levando-os
332
assim, à pobreza extrema, na tentativa de arrefecer-lhes na

fé. O imperador pode confiscar os bens, mas, não pode
arrancar-lhes a graça e o gozo que os faziam ricos Hb 10.34.
A maior pobreza não é a escassez de bens materiais, mas, a
escassez da presença de Deus. A riqueza espiritual era
antagônica a sua pobreza material. Eram pobres, porém ricos;
enquanto que os laodicenses eram ricos, porém pobres.
Enquanto a igreja de Laodicéia estava ajuntando tesouro na
terra a de Esmirna ajuntava no céu Lc 12.21. O cristão que
ambiciona as riquezas sempre será pobre espiritualmente.
9. “e a blasfêmia dos que se dizem judeus e não o são.”

A palavra grega usada aqui para blasfêmia refere-se às
acusações absurdas contra os fiéis. Como sofriam os irmãos
de Esmirna, com o deboche, a maledicência, o ultraje e a
calúnia. Eram judeus por raça e religião, mas na verdade, não
eram, porque haviam rejeitado o Messias prometido Rm
2.28,29. A falsa piedade sempre foi a pior desgraça da
religião. Os falsos judeus faziam oposição ferrenha contra os
cristãos fiéis devido a grande influência econômica que
exerciam. Pessoas fingidas sempre circularam em meio às
lídimas: o vulgo no meio da nação israelita; Judas no
colegiado apostólico e muitas igrejas estão repletas de crentes
333
carnais que só servem para atropelar o desenvolvimento da

obra.
“mas são a sinagoga de Satanás.”
A maior conspiração contra a igreja não é praticada pelo
sistema mundano, mas por falsas religiões e religiosos. Uma
sinagoga judaica se torna em sinagoga de Satanás quando o
Messias é rejeitado. Um dos grandes projetos do nosso arqui-
inimigo desde o primeiro século é transformar a igreja numa
espécie de judaísmo. Se isso ocorresse, ela seria apenas um
clube sionista. Os judeus nominais se tornaram em
instrumentos maléficos nas mãos do Diabo. Sabemos que
Satanás nos acusa diante de Deus e nos difamam diante dos
homens.
10. “Nada temas das coisas que hás de padecer.”

Este: “não temas,” jamais será ouvido por um cristão que
se escandaliza com as provações ou por aqueles que só vivem
envoltos no acolchoado do conformismo. A igreja foi
encorajada a tremular a bandeira da fidelidade em meio ao
fogo cruzado das perseguições. No texto acima, não há
promessa de livramento das dificuldades. A igreja de Esmirna
não teve censuras, mas foi exortada a manter-se firme. As
borrascas vêm não para destruir a nossa fé, mas, para burilá-
la. O apóstolo Paulo quando esteve na casa de Filipe na
334
cidade de Cesaréia marítima no regresso da terceira viagem

missionária de caminho para Jerusalém, foi advertido pelo
Espírito Santo acerca dos acossamentos que o esperavam At
21.10-13. Similarmente, o Senhor Jesus fez os esmirnenses se
prevenirem por meio da Palavra profética acerca das ondas
avassaladoras que sobreviriam sobre eles.
“Eis que o Diabo lançara alguns de vós na prisão.”
O inimigo é o grande mentor dos ataques contra o
cristianismo cristalino. Ele aprisionou muitos cristãos através
dos judeus. Após a morte de Cristo, eles continuaram a
perseguir os cristãos. Como sofrera o apóstolo Paulo na
Galácia! Mormente, na cidade de Listra, e na Macedônia.
Enquanto Policarpo cujo nome quer dizer “muito fruto”, foi
morto em Esmirna em 156 d.C., aos oitenta seis anos; Antipas
foi sacrificado em Pérgamo 2.13. Ray Sammers disse: ”Cristo
não se oferece tirá-los daquelas dificuldades, porque vencer
dificuldades é o meio apropriado para construir e consolidar o
caráter forte.”.
“para que sejais tentados.”
Benjamin Fernando afirmou: “Esmagar um átomo;
energia de alta qualidade é liberada em quantidades enormes
e com efeitos miraculosos.” Da mesma forma que o fogo
prova o ferro, a tentação o justo. A tentação faz-nos ver o que
somos.
335
“e tereis uma tribulação de dez dias.”

Essa igreja foi encorajada a não fracassar diante dos
ataques dos inimigos. A perseguição ocorre para apurar a
fidedigna fé dos cristãos. O número dez, na linguagem
apocalíptica, se refere a um pequeno tempo que pode ser
suportado. Diocleciano empreendeu uma perseguição
massacrante entre os anos 302 a 312 d.C., como jamais vista.
Dez dias, pode se referir também as dez ondas sucessivas
como ocorreram:
> Nero 64-68 d.C.

> Domiciano 90-95 d.C.
> Trajano 104-117 d.C.
> Aurélio 161-180 d.C.
> Severo 200-211 d.C.
> Máximo 235-237 d.C.
> Décio 250-253 d.C.
> Valério 257-260 d.C.
> Aureliano 270-275 d.C.
> Diocleciano 302-312 d.C.
“Sê fiel até a morte.”

Isto quer significar até o martírio. Encontramos aqui
uma exortação consoladora. Para o mestre Paulo a fidelidade
336
é fruto do Espírito Santo Gl 5.22. A Bíblia não nos ensinam

como nos preparamos para morte, mas, sim, para a volta de
Cristo. Seremos coroados não no dia da morte, mas na vinda
do Senhor 1 Pe 5.4. O sangue dos esmirnenses escoava qual
um rio como testemunha de seus mártires. O grau do nosso
padecimento por causa de Cristo é a fita métrica que mede a
nossa glória futura 2 Co 4.17,18; 1 Pe 1.6,7. Muitos negam a
fidelidade a Cristo não somente com as palavras, às vezes
com o silêncio. Enquanto os membros da igreja em Esmirna
morriam para viver os da igreja em Sardes viviam para morrer
3.2.
“e dar-te-ei a coroa da vida.”
O rei Alíatis da Lídia destruiu Esmirna em 628 a.C. Essa
cidade deixou de existir por um período de três séculos.
Porém voltou a existir na localidade atual em 320 a.C. Esmirna
foi chamada “a cidade da vida”, por ter sobrevivido à
destruição duas vezes. Nessa cidade eram dadas coroas aos
vencedores nos jogos. Em cima do monte Spilos existiam
vários edifícios que o coroavam, e, era conhecido como “a
coroa de Esmirna.” A coroa da vida é, pois o símbolo da vida
eterna Tg 1.12; 1 Pe 5.4. Após o arrebatamento haveremos
de receber cinco coroas:
> Coroa incorruptível 1 Co 9.25. Será concedida para
aqueles que vencerem a carne com as suas paixões.
337
> Coroa da justiça 2 Tm 4.8. Será entregue para os que

amarem a vinda de Cristo.
> Coroa de glória 1 Pe 5.4. Será outorgada para os que

trabalharem por amor as almas e não por ganância
mercenária.
> Coroa da alegria Fp 4.1. Será para aqueles que viverem

para Cristo e para o Seu Reino com profundo amor e
satisfação espiritual.
> Coroa da vida Tg 1.12. Será concedida para os que

deram ou que seriam capazes de morrerem por amor a Cristo
devido à fidelidade a toda prova.
11. “O que vencer não receberá o dano da segunda

morte.”
Trata-se, por conseguinte da condenação eterna no lago
de fogo e enxofre 21.8. Existem três tipos de mortes:
> Morte física. É a separação do espírito do corpo.
> Morte espiritual. É a separação do espírito do homem e

Deus por causa do pecado.
338
> Segunda morte. É a separação eterna entre o espírito do

homem e Deus, no lago de fogo após o juízo final. Todo
aquele que nasce uma vez, morrerá duas vezes; mas quem
nasce duas vezes, morrerá apenas uma vez. A igreja em
Esmirna não estava livre de sofrer a primeira morte; mas ela
tinha uma garantia de que estaria livre do perigo da segunda.
339
34
MENSAGEM
TEMA: CARTA À IGREJA DE PÉRGAMO
TEXTO: AP 2.12-17
INTRODUÇÃO
Pérgamo no grego “Pérgamo.” É a composição de per
+ gamos = casamento. Era uma cidade da Mísia erguida
sobre uma montanha de 300 m sobre o nível do mar. Ficava a
80 km ao norte de Esmirna no vale do rio Caico; no oeste da
Ásia a 30 km distante do mar Egeu. Tornou-se, em residência
do governador provincial romano. Foi considerada a sede do
poder do mal. Tornou-se um lugar célebre pelo fato de ser a
terra natal de Zeus. O que Ur era para os caldeus foi Pérgamo
para os asiáticos. A cidade tinha um templo de Atenas sua
padroeira; um templo de Dionísio e um grande altar de Zeus,
chamado de soter theos “o deus salvador.” Foi também o
centro do culto à Esculápio “o deus curador,” que era
representado por uma serpente. Tudo isso tornou essa cidade
num centro dos maiores cultos pagãos. Pérgamo foi um
grande eixo de manufatura de pergaminho que era a pele de
animais curtida e preparada para a escrita 2 Tm 4.13. O
pergaminho foi inventado nessa cidade que lhe conferiu o
nome. Foi à primeira da Ásia a construir um templo em honra
340
a Augusto. A cidade tornou em quartel general do culto ao

imperador. Nessa localidade foi instalada a sede de um antigo
culto de mágicas babilônicas. A segunda maior biblioteca
mundial daquela época com 200.000 volumes estava ali
expositada. Quando Pérgamo caiu no poder dos romanos em
133 a.C., Marco Antônio deu essa cidade de presente a sua
amante Cleópatra, a rainha do Egito que havia cobiçado. O
cristianismo penetrou ali no tempo do grande avivamento em
Éfeso At 19.10. Seu nome atual é Bérgama. Continua
existindo um pouco abaixo da primitiva cidade sendo habitada
por gregos e turcos.
12. “E ao anjo da igreja que está em Pérgamo
escreve.”
Deparamos com a primeira igreja desejável; a segunda
perseguida e a terceira mundanizada. Esta carta demonstra a
igreja que saiu de sua pureza doutrinária abandonando o seu
Noivo para aceitar as propostas do poder político
maquiavélico, a idolatria, a imoralidade e o paganismo. Contra
a igreja de Éfeso Jesus tinha alguma coisa; mas, contra a de
Pérgamo, Ele tinha algumas coisas.
“Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios.”
341
Essa igreja andava provocando o Senhor dela a ponto

dele apresentar preliminarmente a espada, não para consolá-
la, mas para discipliná-la de forma severa. Os dois fios fazem
referência a sua capacidade ofensiva e defensiva 1.16;
19.13,15; Hb 4.12. O Senhor não tolera uma igreja que vive
sobre o domínio das obras infrutuosas da carne. O procônsul
romano em Pérgamo governara pelo poder da espada. Aqui,
Jesus demonstra uma espada bigúmea que sobressalta as das
legiões romanas. Sua Palavra!
Tudo de bom entre os pergamenses era praticado como
o amor cristão, o perdão, a comunhão, a partilha de bens e a
fraternidade.
“e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás.”
O paganismo prevalecente em Pérgamo era literalmente
comandado por Satanás. Ali, ele não apenas rondava, mas,
estabeleceu seu trono. O trono satânico era composto de
algumas coisas:
> adoração a Esculápio em forma de serpente. Um tipo
do Diabo.
> O altar de Zeus soter, erguido na acrópole da cidade.
O centro principal do culto ao imperador que ali exigia à
queima de incenso diante de sua estátua.
342
> O trono satânico foi transferido da Babilônia para

Pérgamo em 138 a.C. Quando os persas a dominaram, os
feiticeiros tiveram que fugir e o rei Átalo de Pérgamo,
concedeu-lhes exílio. Sendo assim, o trono satânico foi
mudado para Pérgamo e mais tarde transferido para Roma. O
apóstolo Paulo destronizou Diana através do poder de Deus,
realizando sinais e maravilhas extraordinárias em Éfeso At
19.11,26, 27. Ao que tudo indica, faltava aos membros dessa
igreja o que Paulo tinha de sobras. Atualmente para o cristão
sincero, que busca a santificação, e procura eliminar o
mundanismo, não está sendo fácil congregar em muitas
denominações. Satanás tem feito seu trono em muitas delas.
“e reténs o meu nome.”
Uma pessoa convertida em Pérgamo era
incontestavelmente salva das plagas do paganismo. Falar de
Cristo era um desafio sem igual. Ser evangélico no Brasil,
ajuda até mesmo na elaboração de um curriculum vitae; mas,
em contrapartida, pregar em países fechados é outra história.
O caminho que leva uma igreja esboroar-se é quando ela
perde o sentido veraz da pessoa e do nome de Jesus Cristo.
Em muitas denominações o nome do Mestre já saiu de cena.
Em algumas reuniões o nome de Cristo é usado apenas para
dar abertura a uma assembléia, mas, o teor dos assuntos se
relaciona ao famigerado desejo de liderança e de outros
343
interesses mesquinhos e facciosos. As trevas do paganismo

satânico não puderam amordaçar e nem apagar a luz do
candeeiro dos poucos remanescentes fiéis em Pérgamo.
“e não negaste a minha fé.”
Pelo tempo do verbo negar, tudo indica que os crentes
pergamenses tinham passado há pouco tempo pelo crisol de
um teste de fidelidade mediante uma pressão muito forte que
resultou no assassinato de Antipas. A fé aqui referida é todo o
conjunto que compõe as doutrinas da fé cristã, e, mormente,
a pessoa de Cristo. Fé também é a objetiva que tem relação
com as coisas nas quais cremos categoricamente. Vivemos os
tempos trabalhosos em que muitos ministros não acreditam
mais em cura divina e nem mesmo na volta de Cristo,
afirmando que isso não tem sentido. Os homens cheios dos
dons de discernir os espíritos e da Palavra do conhecimento
foram substituídos pelos psicólogos com discursos de
autoestima.
“ainda nos dias de Antipas minha fiel testemunha.”

O nome Antipas significa “construção de Antipater.”
Enquanto Herodes Antipas o tetrarca filho de Herodes o
Grande e de sua mãe Maltace decretou a morte de João
Batista por decapitação; outro Antipas, cristão fiel, foi morto
344
assado num forno de bronze por ordem de Domiciano Mt

14.1-10. Cristo mostra aqui a honorabilidade de fazer notório
o nome daquele que foi fiel em todas as circunstâncias.
Satanás como expert em estratégias; usa três métodos para
tentar neutralizar a igreja de Jesus Cristo. Eles são:
> Perseguição: Foi o método usado contra a igreja de
Esmirna.
> Imitação: Foi usada em Filípos no nordeste da Macedônia
por ocasião da segunda viagem missionária de Paulo.
> Aceitação: Foi também o método usado no tempo de
Constantino, quando a igreja tornou-se patrocinada pelo
Estado.
14. “a doutrina de Balaão.”
O nome Balaão significa “devorador.” O tropeço colocado
por ele foi levar Israel adorar a Baal e a prostituir-se com as
mulheres sensuais da terra de Moabe, cujo nome quer dizer
“desejo” Nm 25.1-5.
Os malefícios dessa doutrina foram à liberalização da
imoralidade e os sacrifícios aos ídolos. Essa prática começou
com “o erro” de achar que Deus aceitaria a maldição contra o
Seu povo; e “o caminho” foi alugar o dom profético por
dinheiro o que levou a tornar-se em “doutrina” Dt 23.5; Jd 11;
2 Pe 2.1; Ap2. 14. O bacanal orientado por Balaão nas terras
moabitas atrasou a chegada de Israel em Canaã e resultou na
345
morte de 24.000 mil israelitas Nm 25.9. Os que envolvem com

as paixões infames da carne ficarão atrasados e não
adentrarão a Canaã celestial.
Quantos cristãos que um dia contemplaram a Estrela
que procedeu de Jacó brilhar nas trevas densas do pecado, e
por não vigiarem acabaram asfixiados no atoladouro das
heresias macabras Nm 24.17. Enquanto Simão o mágico em
terras samaritanas tinha feito à proposta simoníaca de
comprar o poder do Espírito Santo At 8.18; Balaão nas
campinas de Moabe alugou seu dom profético por dinheiro
Nm 22. Quantos profetas larápios espertalhões que só sentem
de orar para os milionários e que profetizam para os
incrédulos, e ainda chamam de meus servos. Esses haverão
de receber o prêmio de Balaão. O primeiro Concílio de
Jerusalém combateu frontalmente essas práticas balaâmicas
apresentando um relatório final At 15.29. O balaamismo na
prática doutrinária incitava os cristãos de Pérgamo aos vícios
sexuais do culto pagão. Vigiemos, pois!
15. “a doutrina dos nicolaítas.”
A palavra Nicolau no grego corresponde o vocábulo
Balaão na língua hebraica. O projeto nicolaístico começou em
Éfeso e se concretizou em Pérgamo. Os cristãos andavam
fornicando e diziam que em relação a Deus estaria tudo bem
Rm 8.12,13. A igreja efésia não suportava os heréticos
346
enquanto que em Pérgamo eram recebidos com honras. Eles

puderam expor suas discrepâncias doutrinárias sem serem
contra atacados. Muitas denominações hoje não têm uma
definição doutrinária e aceitam uma miscelânea de tudo
quanto é ensino e movimento que surgem. Isso é perigoso!
16. “batalharei com a espada da minha boca.”
Com a mesma espada que Cristo usará para desbaratar o
anticristo e as nações confederadas no vale de Jesreel na
batalha armagedônica Ap 19.15. Ele promete desembainhá-la
contra o grupo infiel existente em Pérgamo se caso não
houver arrependimento.
17. “maná escondido.”
O deserto claudicante desta vida não é capaz de nos
alimentarmos, somente Cristo pode saciar-nos por toda a
eternidade. O maná permaneceu por quinhentos anos
escondido dentro da arca da aliança Ex 16.33; Hb 9.4. Muitos
cristãos nominais alimentam dos prazeres nefandos, carnais, e
quando se aproximam de Cristo não encontram nenhum
apetite porque o paladar espiritual está entorpecido pelas
bolotas pródigas desta terra estranha. Enquanto os apóstatas
se fartavam do que era oferecido aos ídolos, Cristo contrastou
oferecendo aos vencedores a comida celestial. Comer do
maná escondido é, pois, ter uma vida eternamente sustentada
por Jesus.
347
“pedra branca.”
Era uma pedra pequena em forma de cubo chamada
“tessara hospitalis.” Simboliza a aliança permanente e
individual entre Cristo e o crente fiel. No tempo do sacerdócio
arônico o israelita tinha o nome de sua tribo escrito em uma
das doze pedras do peitoral do sumo sacerdote Ex 39.14.
Agora, o vencedor em Pérgamo tem a promessa de uma
pedra branca com um novo nome escrito. Quem recebia a
pedra branca?
> Um criminoso absolvido pelo um júri.
> Um escravo libertado.
> Um atleta que conquistava uma corrida ou uma luta.
> Um guerreiro vitorioso na batalha.
> Os imperadores romanos distribuíam pequenas pedras para
os pobres em Roma para lhes garantir um pouco de milho.
> Era usada como ingresso nos espetáculos públicos.
> Era depositada nas urnas pelo eleitor, nela estava o nome
do candidato.
A cor branca é o emblema da vitória e da alegria. A
pedra branca oferecida por Cristo aos vencedores é o símbolo
da fé triunfante que lhes darão o direito de adentrar a festa
nupcial; melhor, nas bodas do Cordeiro.
“um novo nome escrito.”
348
No conceito hebraico, mudar de nome é mudar para

uma vida melhor. O novo nome será um sinal secreto como
aquele que também terá um outro nome. Os nomes dos que
adoravam os deuses pagãos, eram escritos nos talismãs.
Encontramos nesse verso uma contraposição descrita por
João. Personagens bíblicos que tiveram seus nomes mudados:
> Abrão – Abraão Gn 17.5;
> Jacó – Israel Gn 32.28;
> Saulo – Paulo At 13.9;
> Simão – Pedro Jo 1.41,42.
Caro leitor, já imaginou qual será o seu novo nome no
desfecho final de todas as coisas? Vale a pena lutar!
349
35
MENSAGEM
TEMA: CARTA À IGREJA EM TIATIRA
TEXTO: AP 2.18-29
INTRODUÇÃO
O nome Tiatira é traduzido por “oferta de incenso” e
também por “cheiro desagradável.” O comportamento de
muitos cheirava mal às narinas do Filho de Deus. Era uma
cidade que pertencia à província romana na região fronteiriça
com a Mísia. Era a menor e a menos importante das sete
cidades asiáticas. Foi originalmente conhecida pelos nomes:
Pelópia e depois Eulópia. O nome Tiatira foi dado por Seleuco
Nicator da Síria como guarnição fronteiriça no século ΙV a.C.
Era muito rica e ficava plantada no vale do rio Lico na estrada
que ligava Pérgamo a Sardes. De Tiatira a Sardes 56 km. A
estrada de Tiatira a Pérgamo é considerada uma das mais
lindas do mundo. Os tecidos de púrpura que eram
manufaturados em Tiatira eram exportados para várias partes
do mundo romano.
Desenvolveu-se e tornou-se o centro comercial e
industrial importantíssimo no fabrico de roupas, cerâmicas e
objetos de bronze. Lídia identificada como “vendedora de
púrpura” que foi evangelizada por Paulo em Filípos, era
350
natural de Tiatira At 16.14,15. A mercadoria tiatirense de lã

tingida era vendida só para pessoas especiais Dn 5.16; Lc
16.19. Fora dos muros de Tiatira havia um templo dedicado a
Sambata, uma sibila. Ártemis ou Diana foi adorada também
em grande escala.
Apolo foi a principal divindade dessa cidade. De acordo
com a mitologia grega Apolo foi filho de Júpiter e de Latona,
irmão gêmeo de Diana. Apolo ou Febo nasceu na ilha
flutuante de Delos. Desde a adolescência, tomou a sua aljava
e as armas terríveis e se vingou da serpente Píton que tão
obstinadamente perseguia a sua mãe. Apolo amou a Ninfa
Coronis que o tornou pai de Esculápio. O nome moderno de
Tiatira é Akhinsor que quer dizer “a cidade branca,” devido às
inúmeras pedreiras de mármore que brilham nas montanhas
vizinhas.
18. “E ao anjo da igreja de Tiatira escreve.”

A igreja tinha perdido o bom cheiro de Cristo 2 Co 2.15,
porque havia mergulhado no mar do paganismo. Esta carta
representa na história da igreja a idade das trevas, que de
muitas maneiras se tornou intimamente paganizada.
Encontramos nesta carta apenas um versículo para elogiá-la e
cinco para adverti-la da corrupção. É a carta mais extensa e a
mais severa das sete.
351
“Isto diz o Filho de Deus.”

Ele se declara à igreja de Tiatira de forma estarrecedora
como não se apresenta a nenhuma das outras. Este título é a
única vez que aparece no Apocalipse. Enquanto a mitologia
afirmava que Apolo era filho de Zeus o deus supremo, Jesus
se apresenta como o Filho de Deus para apagar essa idéia
pagã. Ele se mostra de forma bizarra como Filho de Deus e
Juiz presente.
“que tem os olhos como chama de fogo.”
É feita uma citação neste versículo que contrasta a
adoração a Apolo, o deus sol. Nada neste mundo pode furtar
diante daqueles olhos que percorrem toda a terra 2 Cr 16.9.
“e os pés semelhantes ao latão reluzente.”
Tiatira era famosa por seus trabalhos de bronze
chalkolibanos, o conhecido bronze polido. Seus pés firmes
reluzentes como o bronze estavam prontos para esmagar no
juízo os que não se arrependessem.
19. “Eu conheço as tuas obras.”

Antes do Filho de Deus atacá-la com: “Eu tenho contra
ti”, a igreja parecia ser um modelo. O que Jesus quer ver em
cada servo Seu, é obras. Ele quer contemplar o manifestar em
cada criatura o fruto do Espírito. As obras aqui referidas são: a
tua caridade, o teu serviço, a tua fé e a tua paciência. Estas
352
características uma vez ausentes da vida do crente, ela será

mutilada. A matemática espiritual do progresso efetivo da
igreja de Tiatira era baseada na multiplicação e não na
subtração das boas obras.
“as tuas últimas obras são mais do que as primeiras.”
Esta eclésia estava em plena progressão nas virtudes
que enobrecem o caráter do cristão. Muitos no decorrer da
trajetória da vida vão empalidecendo nas atividades da igreja,
e até mesmo esfriando na fé. É importante reavaliarmos a
nossa conduta de vida e descobrirmos se estamos melhores e
crescendo mais do que antes.
20. “Mas tenho contra ti o tolelares que Jezabel,

mulher que se diz profetisa.”
Esta Jezabel dizia ser profetisa com revelações especiais
que a qualificavam como mestra e autoridade. Jezabel com
sua proeminência falsária profecia levava muitos de Tiatira às
festas pagãs e a promiscuidade sexual. O problema em Éfeso
era a perda do primeiro amor, enquanto que em Tiatira era a
tolerância do paganismo jezabelístico. As heresias infernais
tinham-se aninhado no seio da igreja. A cidade era a sede de
um culto chefiado por Jezabel a matriarca das heresias
asiáticas. Tiatira foi a cidade de duas mulheres notáveis: Lídia
e Jezabel, muito diferentes em caráter. O dom de profecia que
353
é um presente do Espírito Santo para a edificação da igreja,

em muitos lugares têm-se transformado em oficina de
mensagens mecânicas desvirtuadas para solapar, famílias e
ministérios. A Bíblia registra os nomes de profetizas fiéis tais
como: Miriã, Débora, Ana e as quatro filhas de Filipe o
evangelista Ex 15.20; Jz 4.4; 5.1-31; Lc 2.36-38; At 21.9.
Tanto em Pérgamo como em Tiatira o adultério espiritual
estava em evidência. Jeová no Velho Testamento era o
Esposo de Israel, e os falsos deuses eram os amantes do Seu
povo Jr 3; Ez 16; Os 2. Muitas seitas heréticas surgiram no
mundo através de muitas mulheres:
> A Sociedade Teosófica: Foi fundada em 1875 pela

madame russa Helena Blavatsky.
> A Ciência Cristã: Foi fundada em 1875 em Boston por

Mary Baker Eddy.
> A Obra da Restauração: Foi fundada em 1961 no Rio de

Janeiro. Surgiu por causa da experiência carismática de uma
mulher fanática baseada em textos isolados da Bíblia.
> A Comunicação Com os Mortos: A necromancia foi

emergida no século dezenove na granja em Hydesville, Nova
354
York, pelas irmãs Fox, que criaram sinais para se

comunicarem com os mortos.
> A mulher advinha da cidade de Filípos: Ao que parece

ter sido ela que levou o movimento espírita para a Europa At
16.16-19.
21. “E dei-lhe tempo para que se arrependesse.”

O arrependimento é para o momento imediato ao erro.
Não se pode brincar com o pecado em qualquer aspecto. O
rico da parábola arrependeu-se tarde de mais diante das
chamas Lc 16.18-31. Billy Graham certa feita expressou: “O
vocábulo arrependimento está tristemente em falta nos
púlpitos de hoje em dia. Trata-se de uma palavra que se
tornou impopular.” Apesar do pecado do mundo pré-diluviano
ter subido até as narinas de Deus, Ele deu tempo para que se
arrependessem 1 Pe 3.20. Após o período de longanimidade
veio o julgamento que fulminou a todos; exceto Noé e sua
família. O grupo rebelde de Tiatira estava sobre a mira do
olhar judicial, e da execução de Jesus Cristo.
355
Jezabel a Rainha Jezabel a Profetisa

Mulher gentílica Era gentílica
Temperamental Dominadora
Governava o rei Acabe Governava um grupo em Tiatira
Era intolerante Não tolerava a verdade
Ordenou a construção do templo à Baal Erigiu um altar idolátrico na vida dos

em Samaria homens com a sua doutrina
Governava o reino de Israel não de Não era pastora em Tiatira, mas exercia um
direito, mas de fato governo paralelo
Mandou liquidar todos os profetas de Tinha ódio dos homens de Deus

Jeová
Era vaidosa ao extremo A sua vaidade era a doutrina que ensinava
Foi acusada de prostituição e feitiçaria Foi acusada também de feitiçaria e

prostituição
Foi morta por precipitação O Filho de Deus prometeu feri-la
22. “Eis que a porei numa cama.”

O leito indica dor. Quantas pessoas tem ido a óbito por
causa da AIDS e das doenças sexualmente transmissíveis. O
pecado em muitos casos é punido por enfermidades. O
bacanal e as festas pagãs eram horripilantes. A cama em que
ela se estenderia seria um sofrimento sem igual, um
infortúnio.
356
“virá grande tribulação.”

A tribulação em foco, não se trata do período de angústia
de sete anos após o arrebatamento, que é chamada de
setuagésima semana profética de Daniel Dn 9.24,27; e sim, a
maneira que Jesus usaria para afligir o povo mediante
castigos severos por motivo de infidelidade.
23. “E ferirei de morte a seus filhos.”
Essa é uma linguagem militar relacionada à execução. A
morte, a que se refere neste verso é a segunda morte. Os
filhos são os seguidores da heresia ensinada por essa mestra
da falsa hermenêutica.
“eu sou aquele que sonda as mentes e os corações.”
Nos tempos remotos os rins eram considerados a sede
das emoções, da mesma forma que o coração era a sede da
inteligência e da vontade.
24. “as profundezas de Satanás.”

Segundo alguns escatologistas, os antigos gnósticos
investigavam as profundezas de Satanás para que pudessem
compreender a natureza do mal e se livrarem delas. Para eles
o livramento viria por meio do conhecimento. Tal idéia não era
divina, mas diabolicamente inspirada. Os gnósticos
acreditavam piamente, que por meio da iniciação esotérica
nos mistérios do outro mundo, poderiam adquirir a capacidade
357
de enganar a Satanás. Os cristãos obtinham um conhecimento

assaz profundo acerca de Deus 1Co 2.10, e para contrapor de
forma irônica aos hereges declarou: “as profundezas de
Satanás.” O inimigo sempre perseguiu inquietantemente a
igreja de Cristo. Em Esmirna estava a sinagoga de Satanás;
em Pérgamo o trono de Satanás em Tiatira as profundezas de
Satanás 2.9,13, 24.
“outra carga vos não porei.”
Os dois preceitos mais importantes do Concílio realizado
em Jerusalém foram: abstenção de coisas sacrificadas aos
ídolos e a prostituição At 15.28,29. Em muitas denominações,
existem muitas cargas que não foram o Senhor Jesus Cristo
quem as colocou. Conheço alguns ministros que ensinam que
assobiar e assistir televisão são coisas do Diabo. Ensinemos a
Palavra e deixemos essas infantilidades. Chega de carga!
25. “Mas o que tendes, retende-o até que eu venha.”

Nos dias de Acabe rei de Israel o Senhor teve sete mil
fiéis que não se dobraram diante de Baal 1 Rs 19.18;
similarmente, em Tiatira havia um remanescente que não
cedeu às estroinices da profetisa Jezabel. Satanás tenta
usurpar a fidelidade dos cristãos. Vigiemos, pois, e
conservemos com seguridade todas as benesses que
recebemos do céu. Jezabel é a mulher que colocou um
358
punhado de fermento em três medidas de farinha Mt 13.33.

Mesmo convivendo em meio a esse sistema, existiam aqueles
que não se corromperam 2.24. Martinho Lutero conviveu
dentro da igreja tiatirena e não se corrompera.
26. “eu lhe darei poder sobre as nações.”

Os fiéis que guardarem o testemunho de Jesus Cristo e
vencer o cristianismo adulterado reinarão e dominarão com
Ele no milênio. Tanto Cristo como os triunfadores terão
cumprimento profético no salmo de número dois.
27. “e com vara de ferro as regerá.”

O vocábulo grego “poimaino” que se traduz também por
pastorear traz o sentido de girar o bastão para impedir o
ataque de feras. Por ocasião da manifestação de Jesus em
glória no final da grande tribulação tomaremos parte com Ele
no julgamento das nações. Em tempos idos o cetro era um
bastão feito de madeira, com a ponta de ferro. Era usado na
ovinicultura oriental com o intuito de proteger o rebanho. O
cetro neste texto é o símbolo patente do reinado messiânico
de Cristo.
“e serão quebradas como vasos de oleiro.”
O Senhor usou uma linguagem que todos entendiam
devido o conhecimento que eles tinham com a olaria em
359
Tiatira onde se fabricavam vasos de barro. Segundo dados

arqueológicos foi descoberto o costume entre os egípcios e
mesopotâmios, que durante a cerimônia de coroação eles
quebravam diante do público, vasos de barro, que continham
inscrições com os nomes das nações e de seus inimigos. O
Senhor Jesus oferece aos vencedores a oportunidade de
triunfar com Ele sobre os inimigos. Os vitoriosos participarão
com Cristo no Armagedom, onde brandirão com a vara de
ferro e destruirão as nações rebeldes que serão destroçadas
como se fossem vasos de barro.
28. “dar-lhe-ei a estrela da manhã.”

Nesta madrugada escura da vida, enquanto a humanidade
dorme o sono da ignorância espiritual, os homens e mulheres
de Deus estão em alerta esperando o alvorecer de um novo
dia com a volta de Cristo a Estrela da manhã. Para o mundo,
Jesus é a Luz da vida; para Israel Ele é o sol da justiça e para
a igreja, Ele é a Estrela da manhã. A Astronomia diz que a
estrela da manhã surge antes do amanhecer, quando a noite
fica mais gélida e escura. Cristo surgirá no céu quando a
situação caótica-espiritual da humanidade estiver ao extremo.
Jesus como a Estrela da manhã é o galardão individual para a
igreja. Na primeira vinda do Filho de Deus ao planeta Terra a
Sua estrela refulgiu e na segunda, Ele próprio será a Estrela.
360
Para as civilizações antigas a estrela da tarde simbolizava a

morte, mas a Estrela da manhã vida e imortalidade.
361
36
MENSAGEM
TEMA: CARTA A IGREJA EM SARDES
TEXTO: AP 3.1-6
INTRODUÇÃO
O nome Sardes é derivado do hebraico “sarid” que quer
dizer “o restante” ou "o que escapou.” A mesma palavra era
usada para sárdio, um lindo diamante. Nos tempos antigos foi
a capital da Lídia e do reino de Creso entre a Mísia e a Frígia.
Ficava localizada na margem oriental do rio Pactolo, ao sopé
do monte Tmolo, tendo Esmirna ao oeste e Tiatira ao norte,
no limite oeste da estrada real de Susa. Estava no meio da
rota de comunicações entre a costa do mar Egeu e o interior
do continente. Foi célebre na antiguidade pelo seu comércio e
pela indústria de tinturaria de lãs. Segundo Plínio, a arte de
tingir a lã foi inventada ali. Era uma cidade bastante rica e
grande parte daquela riqueza era o ouro extraído do aluvião
do Pactolo. A fama de Sardes atingiu o apogeu por que ali
foram cunhadas pela primeira vez as moedas de ouro e de
prata. A cidade era quase toda cercada por penhascos e cinco
estradas serviam a cidade. Sardes foi incendiada pelos
atenienses no ano 499 a.C. Foi muitíssima arruinada por um
362
terremoto em 17 d.C., e, foi reconstituída várias vezes, até a

sua destruição final pelos persas sassânidas em 645 d.C.
Cibele foi a deusa principal de Sardes e adorada como a
filha do céu; deusa da terra e a mãe de Júpiter. O povo
acreditava que Cibele era capaz com o poder que tinha de
ressuscitar os mortos. Quando o Apocalipse foi escrito, Sardes
já era uma das cidades menos importantes. Seu nome atual é
Sarte.
1. “E ao anjo da igreja que está em Sardes.”

Este período representa indiscutivelmente a igreja morta,
mas que ainda possui um pequeno grupo de fiéis, como foi no
tempo da reforma. A igreja reformada tornou-se uma imensa
organização, mas com pouca evidência de vida espiritual.
Segundo uma antiga tradição, Sardes foi à primeira cidade a
receber o evangelho através do ministério de João e a
primeira a desviar-se da fé. Na autoidentificação de Jesus às
outras igrejas, Ele se dirige ao grupo todo, e aqui, Ele faz
menção a um restante que escapou.
“Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus e as sete
estrelas.”
Para uma igreja que estava no estado de putrefação
espiritual, era necessária atuação do Espírito de vida para
ressuscitá-la. Somente a plenitude do Espírito poderia
363
despertar da letargia espiritual essa igreja que vivia apenas de

aparência. Várias denominações modernas tem uma liturgia
que pode deixar qualquer mestre de cerimônia estupefato;
mas, não há batismo com o Espírito Santo, cura, revelação,
profecia, avivamento e lágrima. Sabemos categoricamente
que a reverência no culto é de suma importância, mas, em
muitas denominações, o silêncio profundo é um sinal de
cadaverismo espiritual.

Os sistemas gnosticista, nicolaísta, balaamita e o
jezabelita não importunaram essa igreja, como as de Tiatira e
de Pérgamo. Era uma comunidade que tinha fama notável
pelas atividades religiosas e por boas obras, só que tudo era
apenas formalismo externo. Aquele que viu Natanael debaixo
da figueira sem nunca tê-lo visto pessoalmente Jo 1.47,48;
aquele que sabia o que os críticos de Cafarnaum estavam
pensando a Seu respeito Mc 2.8; aquele que conhecia a vida
íntima da samaritana que havia tido um relacionamento com
seis homens Jo 4.16-18, tem a capacidade de ver, saber e
conhecer tudo à distância.
“tens nome de que vives e estás morto.”
Nas cartas antecessoras após a identificação de Cristo,
Ele tece elogios plausíveis; agora, em se tratando da igreja
364
em Sardes, logo de início aparecem duríssimas repreensões. O

teólogo Ramsay chama Sardes: “a cidade da morte.” O ponto
negativo de Tiatira era a heresia predominante, enquanto que
o quadro clínico de Sardes era mais agravante, a morte
espiritual. A igreja era um cemitério de cadáveres ambulantes,
ou seja, vivos mortos. O historiador Heródoto disse: “O poder
e as riquezas provocam a arrogância, e que a arrogância
termina em ruína.” Este pensamento coaduna com o provérbio
salomônico Pv 11.28.
Como Identificar Uma Igreja Morta

> Pregação esmerada, mas, sem inspiração;
> Catedrais suntuosas, mas, os cultos são vazios;
> Corais afinadérrimos, mas, sem unção;
> Membros que falam de amor, mas, são contenciosos;
> Propaga a santificação, mas, vive na promiscuidade;
> Os lideres convivem juntos, mas são desunidos;
> Organizadíssima, mas, não é organismo vivo;
> Membros apáticos à oração pública e secreta.
Na qualidade de clínico geral, o Dr. Jesus Cristo não apenas

faz a consulta, mas, aplica o remédio restaurador aos mortos
de Sardes. Ele é a Fonte da vida.
365
2. “Sê vigilante.”
A história nos faz saber que a cidade de Sardes foi
capturada duas vezes. Uma por Ciro, e, a outra por Antíoco o
Grande, quando os seguranças confiavam nos penhascos que
a circundavam, e, por isso, foram surpreendidos. Foi
derrotada por causa da autoconfiança.
“e confirma o restante que estava para morrer.”
Para uma classe, Cristo já tinha lavrado um atestado de
óbito, enquanto a outra estava no UTI respirando o ar da
morte. No desastre da morte espiritual ocorrida em Sardes
houve um pequeno grupo que escapou. Em todos os tempos,
e, em qualquer ponto geográfico do mundo, o Senhor sempre
terá um remanescente fiel. Cristo pretendia transformar os
cadáveres sardenses em límpidas pedras vivas de sárdio na
presença do Pai. O mundanismo oferece o gás carbônico da
corrupção moral e Jesus oferece o oxigênio da graça.
2. “não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.”

O que eles praticavam, não coincidiam com o modelo
doutrinário das Escrituras. Apesar da realização das obras, os
cristãos sardenses desejavam adptarem-se a luxúria e aos
prazeres do seu ambiente literalmente paganizado. A igreja de
Sardes é o padrão das eclesiais hodiernas que funcionam
como empresas multiorganizadas, mas, que não tem vida e
366
nem a alegria do céu. A lâmpada de Sardes bruxuleava por

falta de obras da fé. Ela tinha celebridade de boas obras
perante o mundo religioso, mas, não diante de Deus.
3. “Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido.”

À princípio essa igreja tinha sido bem instruída nas
doutrinas da fé cristã; na operação dos dons espirituais e
envolvida no manto afogueado do batismo com o Espírito
Santo. Adoravam, louvavam e serviam a Deus com inteireza
de coração. Jesus fê-la lembrar de tudo que mantém o cristão
alegre e avivado para o arrebatamento; só que ali o trem da
comunhão havia descarrilado. Os dois degraus que fizeram a
igreja desabar foram a apostasia e o mundanismo.
“virei sobre ti como um ladrão.”
Esse simbolismo demonstra uma ação súbita do julgamento

de Cristo contra a igreja sardense Mt 24.43,44; 1 Ts 5.4. O
julgamento para a inércia de Sardes se não se arrependesse
seria fulminante. Para os que vivem claudicando e na
nostalgia espiritual, substituindo a graça vivificadora do
Espírito por simulações de vida cristã, serão surpreendidos no
arrebatamento.
367
4. “algumas pessoas que não contaminaram suas

vestes.”
Aquele que anda de vestes brancas entre os castiçais,
convida os fiéis de Sardes para essa caminhada de santidade.
Esse grupo fiel não se aparentava com o paganismo
beligerante. O rei Jeosafá quando se apresentou e fez aliança
com o profano rei Acabe, correu o risco de perder a própria
vida 2 Cr 18. Certa inscrição encontrada perto de Sardes dizia
que os adoradores dos deuses não podiam cultuá-los com as
vestes sujas ou manchadas, o que constituía uma desonra. Os
membros dessa igreja podiam ser classificados em três
categorias: os mortos, os que estavam para morrer e os não
foram contaminados. Preclaro leitor! Qual dessas três você
pertence? No sacerdócio arônico os sacerdotes eram
reconhecidos pelas vestes. O cristão é identificado pela
autenticidade de seu caráter e pela vida santificada que leva
Hb 12.14; 2 Co 6.14-7.1.
5. “O que vencer será vestido de vestes brancas.”

Aqueles que estivessem envolvidos no manto da pureza,
da santificação e com o pudor moral intocável seriam vestidos
com a perfeita pureza da glória. As vestes serão de um branco
resplandecente Lc 24.4; e como a luz Mt 17.2. De acordo com
o salmo 45 o crente possui duas vestes: uma de salvação e
368
outra para estar com Jesus em Seu Reino. As vestes pelas

quais seremos vestidos são vestes de justiça. A cor branca diz
respeito à essência de nossos corpos glorificados.
“e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da
vida.”
É quase impossível o nosso nome ser gravado na
calçada da fama ou incluso no Guinness World Records, mas,
Cristo, gravou-o, com o cinzel dourado da graça em Seu livro
eterno. Assim como um livro de registro civil contém os nomes
dos cidadãos vivos o livro da vida contém os nomes dos
servos honrados e fiéis. Encontramos em três das sete cartas
às igrejas da Ásia três promessas de vida:
> O vencedor em Éfeso: comeria da árvore da vida 2.7;
> O vencedor em Esmirna: receberia a coroa da vida 2.10;
> O vencedor em Sardes: teria seu nome inserido no livro
da vida 2.5.
“e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante
dos seus anjos.”
O mísero Mefibosete, cujo nome significa: “vergonha
destruidora.” Habitava em Lo-debar, nas terras
transjordânicas de Gileade; foi exaltado, e, teve seu nome
celebrizado pelo rei Davi perante os seus filhos, oficiais e
servos do palácio real em Jerusalém 2 Sm 9. Os vencedores
369
terão seus nomes propagandeados pelo Rei Jesus diante do

Pai e da corte celeste.
370
37
MENSAGEM
TEMA: CARTA À IGREJA EM FILADÉLFIA
TEXTO: AP 3.7-13
INTRODUÇÃO
A palavra Filadélfia é composta de dois vocábulos gregos
filo = amor + Delfos = irmãos, então significa “amor
fraternal.” Este conceito aparece várias vezes no Novo
Testamento 1 Ts 4.9; Rm 12.10. Foi uma cidade da Lídia,
fundada por Átalo Filadélfo, rei de Pérgamo em homenagem a
seu irmão Eumenes que o precedera a fim de selar a grande
amizade. A cidade passou a chamar Filadélfia em 138 a.C.
Ficava na planície de Hermes na estrada entre Sardes e
Hierápolis nas encostas do monte Tmolo. Estava edificada
sobre um planalto perto de um solo vulcânico que propiciava
uma agricultura muito próspera. Era notável pelo número de
templos e festividades religiosas; por isso, foi chamada:
“pequena Atenas.” A cidade era guardadora dos cultos a
Ártemis, a Apolo, a Dionísio, ao deus sol, a Esculápio e
também celebrava culto ao imperador. Um terremoto colocou
essa cidade abaixo no ano 17 d.C., e pouco tempo depois, foi
371
reedificada com ajuda imparcial de Tibério César; daí recebeu

o nome de Neokaisaréia que significa “Nova Cesáreia,” e
posteriormente sob o imperador Vespasiano recebeu o nome
de Flávia. O que resta da antiga cidade é somente uma
coluna solitária de uma construção. Atualmente ergue em seu
local uma cidade turca chamada Alaseir que quer dizer “cidade
de Deus.”
7. “E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve.”

Essa igreja era uma lira cujas cordas foram afinadas pelo
amor fraternal. Suas cordas eram tangidas pelas mãos de
Jesus Cristo o musicista eterno. As únicas duas das sete
igrejas asiáticas que não foram reprovadas foram a de
Esmirna e a de Filadélfia. Laodicéia representa a apostasia no
final da dispensação da graça, enquanto que Filadélfia
demonstra a fidelidade à Cristo sem alteração doutrinária. A
igreja de Éfeso dedicou o seu primeiro amor a Jesus, e acabou
esgotando. A igreja de Filadélfia é aquela que o Senhor ama
inesgotavelmente. Filadélfia é apaixonada por missões; esse
período começou em 1750, e, se estende até os dias atuais.
Essa igreja está pronta para o arrebatamento, ao passo que
Laodicéia está nostálgica e apática.
“Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro.”
372
O nosso Mestre e Filho de Deus, isto foi dito numa

grande declaração pública Jo 6.68,69. Quedes, a quarta
cidade de refúgio, que ficava na tribo de Natali, cujo nome
significa “santo,” encontramos nela, um atributo de Cristo Js
20.7; Jo 8.46. A santidade é requerida dos fiéis 1 Pe 1.16. A
palavra grega “alethinós” implica genuidade. Jesus Cristo é a
Luz verdadeira Jo 1.9; o verdadeiro Pão do céu Jo 6.32; a
Videira verdadeira Jo 15.1, e o Seu testemunho sempre foi
legítimo Jo 8. 14,17, 26. O Verbo eterno é na realidade a
verdade personificada, em contraposição com a mensagem
falsária da sinagoga de Satanás apregoada deslavadamente
pelos gnósticos Jo 14.6.
“o que tem a chave de Davi, o que abre, ninguém
fecha, e fecha, e ninguém abre.”
As culturas orientais já bastante cedo conheceram

trancas de madeira ou de ferro para fechar as portas. As
chaves que para isso serviam eram bastante grandes, e as dos
palácios e as dos pórticos da cidade precisavam de ombros
para serem transportadas. Segundo representação antiga, os
céus e também o mundo inferior estavam fechados por
pórticos. A chave de Davi é uma expressão metafórica que
indica o completo controle sobre a casa real. Cristo é superior
a Eliaquim e ninguém melhor do que Ele para usar essa chave
373
messiânica Is 22.22. Ele pode incluir e excluir a quem quiser

desse Reino. Os da sinagoga de Satanás deveriam saber que
Ele é o detentor dessa chave governamental.
8. “eis que diante de ti pus uma porta aberta.”

A metáfora da porta aberta indica a oportunidade para a
realização da obra missionária mundial. A posição geográfica
privilegiada que Filadélfia dispunha era encantadora. Os
viajores que saiam da velha Roma em direção a Ásia e o
oriente tinham que passar por suas portas. A porta aberta
referida neste texto é a grande oportunidade missionária
como aquela que se abriu para Paulo em Éfeso 1Co 16.9; e,
em Trôade capital da Mísia 2 Co 2.12.
9. “aos da sinagoga de Satanás.”

Os fiéis a Cristo fazem parte do verdadeiro Israel de
Deus, e a falsa comunidade judaica opressora é chamada de
sinagoga de satanás. Os que se diziam ser judeus e não eram,
não se refere aos judeus nacionais, e, sim, ao pseudo- Israel
espiritual Rm 9.6.
“eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a
teus pés, e saibam que eu te amo.”
374
Isaias o profeta messiânico predissera que os gentios

viriam se prostrar perante os judeus Is 45.14; 49.23; 60.14. O
profeta apocalíptico contrapôs afirmando que esses falsos
judeus se prostrariam diante da comunidade filadelfiana.
Adorarem prostrados quer significar o reconhecimento da
comunhão e da autoridade espiritual da comunidade cristã
como verdadeira embaixatriz do Reino de Deus. Com a
perseguição iniciada em Samaria por causa de Saulo, Filipe
foragiu-se para Cesaréia marítima. Anos mais tarde, Saulo já
convertido, ao regressar da terceira viagem missionária
hospedou-se na casa de Filipe At 21.8,9. Agora, podemos
entender a expressão: “adorarem prostrados a teus pés.”
“e saibam que eu te amo.”
A maior dádiva que um mortal possa receber é o

incomparável amor de Cristo. O ódio voraz que os gnósticos
tinham pelos filadelfianos era superado pela intensidade do
amor do Filho de Deus. O amor fraternal deve ser exercido
entre os membros da igreja do Senhor. Esse tipo de amor
supõe a compreensão mútua, acompanhada de sentimentos
de respeito, e estima Rm 12.10; 1 Ts 4.9; Hb 13.1; 1 Pe 1.22.
Michelangelo disse: “O amor foi á asa que Deus deu à alma,
para que possa subir até Ele.”
375
10. “eu te guardarei da hora da tentação que há de vir

sobre todo o mundo.”
A palavra grega para tentação é “peiriasmos.” O cristão
filadelfiano passa pelas maiores agruras neste mundo por
causa dos falsos irmãos e pela incompreensão dos
irregenerados. Agora, não passará pelos juízos hecatômbicos
da grande tribulação. Ló e suas duas filhas foram retirados de
Sodoma por intervenção divina para não perecerem na
destruição dela; uniformemente, a igreja fiel será trasladada
para não ser atingida com os selos, as trombetas e as taças
dos juízos severos.
11. “Eis que venho sem demora.”

Para os crentes da igreja em Sardes a promessa da
volta de Cristo representava uma ameaça, enquanto que para
os de Filadélfia uma grande alegria. O Novo Testamento faz
trezentas e dezoito referências acerca da volta de Cristo
diretamente. Alguns escatologistas afirmam: para cada vinte e
cinco versículos do Novo Testamento um fala desse evento
magnífico 22.12.
“guarda o que tens, para que ninguém tome a tua
coroa.”
376
Existe uma coroa para os vencedores, e o crente precisa

viver em constante alerta. Coroa neste texto em tela não se
refere à perda da salvação, e sim, a perda da recompensa
eterna 2 Tm 4.7,8.
12. “A quem vencer, eu farei coluna no templo do meu

Deus.”
Filadélfia simboliza aquela igreja que não deixou o templo
espiritual ruir, apesar de algumas colunas terem caído. Para
quem habitava numa cidade que foi devastada por abalos
sísmicos inúmeras vezes e que refugiara em países vizinhos, a
promessa de habitação permanente na Nova Jerusalém era
algo mui especial. Havia um costume antigo entre os pagãos
de honrar um sacerdote erigindo mais uma coluna no templo.
Segundo Broadman: “Em Filadélfia havia o costume de honrar
cidadãos fiéis do Estado com inscrições de seus nomes em
colunas dos templos.” Mc Dowel afirmou: “A promessa daí
jamais sairá teria sentido vivo para pessoas que tinham sido
forçadas a deixar suas casas inseguras para morar fora da
cidade.” A promessa é de segurança espiritual em meio a
insegurança material.
Das sete igrejas, a de Filadélfia foi onde o cristianismo
perdurou por mais tempo. Na pequenina cidade turca de
Alaseir local da antiga cidade de Filadélfia encontra-se uma
377
coluna solitária o que demonstra a firmeza dos cristãos

filadelfianos. O cristianismo tem crescido de forma vultuosa;
uma raridade é encontrar crentes em meio a essa multidão
que sejam colunas firmes da verdade 1 Tm 1.15.
“e escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome
da cidade do meu Deus, a Nova Jerusalém, que desce
do céu do meu Deus, e também o meu novo nome.”
Várias religiões pagãs na antiguidade usavam gravações

para identificar seus adeptos. A cidade de Filadélfia havia
recebido um novo nome de Neokaisaréia, ou seja, Nova
Cesaréia em honra a Tibério. Os cristãos filadelfianos tornar-
se-iam em cidadãos na Nova Jerusalém.
Os seguidores da besta apocalíptica no período
tribulacional serão circunscritos com o seu nome 13.16,17.
Assim também, ocorrerá com os vencedores em Filadélfia que
na verdade são os autênticos cidadãos do céu. O sumo
sacerdote Arão trazia na parte frontal de sua mitra uma
lâmina de ouro com o nome de Jeová; assim também, na
eternidade Cristo gravará o Seu novo nome nos vencedores,
porque Ele é o artesão celestial. Para fazer notória a relação
intrínseca entre Ele e os seus seguidores, fez a promessa
inaudita de gravar neles o nome do Pai. O crente fiel receberá
378
como recompensa, três inscrições, o que garante vida eterna

e cidadania celestial.
379
38
MENSAGEM
TEMA: CARTA À IGREJA EM LAODICÉIA
TEXTO: AP 3.14-22
INTRODUÇÃO
O nome Laodicéia significa “que pertence a Laodice.”
Essa cidade foi ampliada pelo Selêucida Antíoco ΙΙ, monarca
sírio 261-246 a.C., em honra à sua mulher Laodice filha de
Ptolomeu Filadélfo ΙΙ, rei do Egito. Antes Laodicéia era
chamada Diosópolis “cidade de Zeus.” No período helenista
seis cidades receberam o nome de Laodicéia. A Laodicéia do
Apocalipse era chamada de Laodicéia do Lico. Situava-se no
entroncamento das estradas principais. Era uma cidade rica e
florescente da Ásia. Era cercada por fortes muralhas e suas
terras em volta eram fertilíssimas. Distava a 10 km ao sul de
Hierápolis e a 16 km ao oeste de Colossos. Foi a principal
cidade da Frígia localizada nas margens do rio Lico que é um
afluente do Meandro. A semelhança de Roma, ela foi edificada
sobre sete montes. Era uma cidade apatacada. Havia muitos
bancos, firmas comerciais e laboratórios de oftalmologia. O
colírio era uma forma de pomada para os olhos. O famoso
oftalmologista Cláudio Galeno residente em Pérgamo prestava
atendimento oftalmológico em Laodicéia.
380
Foi destruída por um terremoto em 62 d.C., e

reconstruída por seu próprio povo, o qual orgulhava de não
precisar de ajuda imperial. Apesar da inexpugnância de
Laodicéia ela sempre enfrentou um grave problema de
abastecimento hidrológico. Eles construíram um aqueduto de
pedras para trazer água canalizada das nascentes até a
cidade. Quando a água chegava estava morna. De acordo
com John Mackenzie: “Existem vestígios de um estádio
construído por Tito em 79 d.C., uma construção que servia
tanto como ginásio quanto para banhos, e possuía dois
palácios.”
As ruínas de Laodicéia podem ser vistas no lugar

chamado Eski hissar, no turco significa “castelo antigo.” Fica
próximo de Denizli, há uns 93 km de Esmirna. Paulo escreveu
uma carta ao laodicenses que acabou desaparecendo, por ser
apenas um exemplar Cl 4.15,16.
14. “E ao anjo da igreja que está em Laodicéia

escreve.”
Laodicéia é um vocábulo grego “Laodikeia” composto de
laos = povo + dike = “julgamento,” quer dizer “julgamento do
povo.” Laodicéia era, pois, uma igreja onde cada um fazia
justiça a seu bel prazer. Era como nos dias dos juízes de Israel
381
que não havendo rei cada um fazia o que parecia reto aos
seus olhos Jz 21.25. Das sete cartas enviadas às sete igrejas
esta é a mais triste, a mais censurada, sendo o contrário da
carta à Filadélfia. Podemos ver aqui o estado de apostasia que
a igreja visível há de experimentar. Ela não teve nem sequer
um elogio. Laodicéia é o tipo de muitas igrejas
contemporâneas que se tornaram mornas por causa da
apostasia e da abastança. De forma direta, Laodicéia é aquele
grupo ou pessoa dentro da igreja fiel que antes do
arrebatamento será apóstata tanto na doutrina quanto na
praticidade de vida.
“Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira.”
Cristo é o Amém, porque a sua imaculada integridade e

a sua morte sacrifical confirmam e garantem o cumprimento
de todas as preciosas promessas de Deus 2 Co 1.20. É o único
lugar nas Escrituras que a palavra Amém é usada como
substantivo próprio.
“o princípio da criação de Deus.”
O termo princípio no original grego é “arché” que

significa “fonte” e “origem.” Esse vocábulo não quer dizer a
primeira criação de Deus como afirmam as falsas testemunhas
de Jeová Cl 1.15-18; Jo 1.2. Cristo é a gênese de tudo. Aquele
382
que criou todas as coisas estava disposto a restaurar os

laodicenses em genuínas testemunhas. Cristo é o iniciador
tanto da criação física como da criação espiritual.
16. “Assim, porque és morno e não és frio nem

quente.”
As águas de Colossos eram quentes, e as de Hierápolis
eram frias, e as de Laodicéia eram mornas. Essa foi à razão
pela qual o Senhor Jesus a água da vida expressou
metaforicamente os três tipos de temperaturas espirituais. É
melhor ser um ateu declarado do que ser um crente morno. A
igreja em Laodicéia não estava oferecendo nem refrigério para
o cansaço espiritual nem a cura para o doente. O malefício de
uma igreja morna é que ela fica inerte, insensível à voz do
Espírito. É o sal que se tornou insípido, é a lâmpada que
perdeu o brilho. É como as virgens que não compraram mais
azeite. Sardes foi a igreja fria, morta; Filadélfia foi a quente,
avivada e Laodicéia a morna, letárgica. A mornidão é a
preconização da cegueira espiritual. Ser morno é viver
mundanizado; é não ser natural e nem espiritual. É o estilo de
vida intermediária. Quem vive envolvido na atmosfera do
mundanismo, a igreja será apenas um continuísmo, não
sabendo separar esses dois territórios antagônicos.
“vomitar- te - ei da minha boa.”
383
O termo vomitar no original grego é emeo de onde deriva

o vocábulo emético. Emético quer dizer “que provoca vômito.”
Os laodicenses estavam no mundo e pertenciam a ele; mas,
ao mesmo tempo, procuravam ensinar a religião e o respeito
ao nome de Cristo. Esmirna e Filadélfia foram as duas igrejas
sem censuras, até hoje permanecem como cidades ditosas.
Laodicéia foi vomitada até mesmo geograficamente.
Desapareceu!
17. “Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de

nada tenho falta.”
Os membros dessa igreja estavam embriagados pelo
materialismo ganancioso que os levaram ao naufrágio na fé 1
Tm 6.10. Esmirna era a igreja pobre que era rica a de
Laodicéia era a igreja rica que era pobre. A. W. Tozer
declarara: “Nenhum monarca oriental já reinou com tanta
tirania sobre seus súditos amedrontados como as coisas
materiais, visíveis, audíveis e tangíveis que reinam sobre a
humanidade.” É necessário que policiemos as nossas vidas a
fim de não permitirmos que o materialismo, as riquezas ou a
falta delas nos torne mornos. Do que adianta uma igreja
milionária, ter faculdade e milhares de propriedades, e ser
pobre dos tesouros celestiais. W. Kelly afiançou: “Laodicéia é
a glorificação do homem e dos recursos da igreja.” Robertson
384
disse: “Aquela igreja local se achava em uma cidade rica, e

também era rica em seu orgulho e presunção; mas era pobre
da graça e ignorante de sua pobreza espiritual.”
“e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e
pobre, e cego, e nu.”
A consciência dos laodicenses ficou tão insensível a

ponto de nem mesmo se darem conta de sua condição
letárgica. Esta é a única igreja que levou uma esbravejada
acentuada de Cristo ao ser chamada de miserável. No oriente
antigo era usual nas orações, e nos sacrifícios os sacerdotes
sumérios aparecerem sem roupas diante da divindade. Nudez
torna-se expressão da mais profunda desonra Is 20.4; 47.3,
ou também sinal de pobreza. Nudez espiritual é viver uma
vida de qualquer maneira na presença de Deus.
18. “aconselho - te que de mim compres ouro provado

no fogo para que te enriqueças.”
Apesar dos laodicenses serem abastados, Cristo
aconselhou-os a comprar dele as riquezas e os tesouros de
sua graça. Na tipologia bíblica o ouro fala da natureza divina e
da fé preciosa que nos afortunam.
“e vestes brancas, para que vistas, e não apareça a
vergonha da tua nudez.”
385
O povo cristão de Laodicéia usava vestes caríssimas,

acetinadas, brilhantes, seda preta e de fabricação própria. No
conselho divino ela é chamada a comprar vestes brancas
contrastando com as pretas que eles vendiam e vestiam.
Vestes brancas se referem o andar em santidade e praticar a
justiça. No retorno de Cristo à terra muitos convidados não
estarão com os trajes especiais Mt 22.11. Muitos crentes
pertencem à igreja de Adão; estão escondidos, porque se
acham nus diante daquele em que todas as coisas estão nuas
e patentes.
“e que unjas os olhos com colírio, para que vejas.”
A escola de oftalmologia em Laodicéia tinha um

laboratório que fabricava um tipo de colírio que era feito de pó
frígio misturado com óleo em forma pastosa, e era aplicado
nos olhos dos pacientes trazendo alívio vitalizador. A tefra -
frígia ou cinza frigia, não podia eliminar a cegueira espiritual.
Certa ocasião o oftalmologista Dr. Jesus Cristo usou uma
pasta de lodo, feita com a Sua própria saliva para estancar a
cegueira de um cego de nascença Jo 9.6,7. Para Laodicéia ele
tem um colírio especial para erradicar as trevas espirituais. O
colírio é, pois, a unção do Espírito Santo que leva o cristão a
ter discernimento das coisas que o rodeiam.
386
19. “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo.”

A maneira pela qual o Senhor se dirigiu à igreja não foi
puni-la; mas, para adverti-la. Se Cristo não nos corrigir, pior
será a nossa condenação Hb 12.4-7; Pv 13.24. Jesus jamais
nos castigará antes de nos avisar. Thomas Brooks disse:
“Quando Deus ama, Ele aflige em amor, e sempre que o faz,
cedo ou tarde, ensina a essas almas lições tais que serão
proveitosas por toda a eternidade.” João Calvino o príncipe de
Genebra declarou: “Não há nada mais temível do que o
Senhor permitir que afrouxemos as rédeas.” Quando o Senhor
castiga, Ele traz a cura, enquanto que a desobediência leva a
morte.
20. “Eis que estou à porta e bato.”

Era a igreja que pregava a Cristo e dizia que o amava, e,
no entanto, o Senhor estava pelo lado de fora por causa do
engôdo de uma religião formalista. A funda que tinha
arremessado a pedra angular para bem distante do círculo de
comunhão com aquela igreja foi o mundanismo. A expressão
presente: “bato,” indica o bater contínuo. O Filho de Deus não
desiste de procurar o homem. A única maneira para Laodicéia
ser restaurada era aceitar de volta o Cristo rejeitado. Jesus
andava no meio das outras seis igrejas, enquanto que nessa,
387
Ele estava pelo lado de fora, batendo na porta, procurando

oportunidade para adentrá-la.
“entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele comigo.”
A ceia era a principal refeição do final do dia, e, era a

ocasião para mostrar a hospitalidade. Vivemos no entardecer
da dispensação da graça, e, é a hora de abrirmos os nossos
corações e as portas dos nossos lares para Cristo hospedar-se
e banquetear-se conosco numa radiosa comunhão. Estamos
vivendo o último momento deste banquete antes que surja o
novo amanhã na glória celestial. Na cerimônia hebraica um
jantar onde podia reunir mais pessoas era de grande
significado. Era na realidade símbolo de afeição,
camaradagem e intimidade. Jesus promete não apenas cear
conosco, mas convidar o Pai para vir e fazer morada em nossa
casa espiritual Jo 14.24.
21. “Ao que vencer, lhe concederei que se assente

comigo no meu trono.”
Nem Faraó, nem Herodes, nenhum imperador romano
dividiu o trono com algum súdito. O nosso Rei Jesus promete
aos vencedores a coparticipação de ser entronizado com Ele
na glória fúlgida do seu Reino. Faraó na terra do Egito deu
todas as honrarias para José, menos o trono: “Tu estarás
388
sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu

povo; somente no trono eu serei maior que tu” Gn 41.40. O
trono que haveremos de assentar com Cristo é o trono de
Davi na cidade Santa de Jerusalém 2 Sm 7.12,13; Lc 1.32.
Das promessas feitas por Cristo às sete igrejas, a de Laodicéia
foi a mais gloriosa. O Mestre estava acordando os laodicenses
para um nível mais elevado de comunhão e reinado
esplêndido com Ele. Para o Senhor Jesus ser entronizado
precisou ser vencedor, conosco não poderá ser diferente.
22. “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às

igrejas.”
Em Laodicéia era preparado um tipo de unguento para
os ouvidos doentes. Eles tinham um bom tratamento otorrino,
mas eram surdos espiritualmente. No estudo sobre as sete
igrejas do Apocalipse, temos os fiéis que serão arrebatados e
os surdos professos que serão vomitados e que ficarão para a
grande tribulação. Prepare-se!
389
39
MENSAGEM
TEMA: A VISÃO DO TRONO DA MAJESTADE
TEXTO: AP 4.1-11
INTRODUÇÃO
A partir deste capítulo a programática profética divina
não é a igreja, porque ela estará arrebatada, entronizada e
coroada diante da Majestade no Reino celestial. Após o
capítulo 6 os episódios bombásticos da grande tribulação
trarão flagelos horripilantes aos habitantes do planeta Terra.
“e eis que estava uma porta aberta no céu.”
João arrebatado ao céu tem sido considerado por alguns
intérpretes como simbologia da igreja trasladada antes da
grande tribulação descrita nos capítulos 6 - 19. Este cenário
visto pelo profeta estende-se até o capítulo 10; e, a partir daí,
varia para outros pontos. Alguns homens de Deus obtiveram o
apanágio de fitar o céu aberto: Jacó Gn 28.12-17; Ezequiel Ez
1.1; Jesus Mt 3.16; Estevão At 7.56; Paulo 2 Co 12.2 e João. É
também um presente divino para os fiéis do tempo presente
Jo 1.51. João nessa visão penetrou no céu invisível, muito
além da Estação Espacial Internacional e do moderno espaço
390
sideral explorado pelos astronautas modernos. Um avião com

o motor de foguete pode ser a primeira aeronave a
transportar turistas em viagens privativas ao espaço. Clientes
como da Rocktplane estão comprando passagens ao espaço
no valor de 200 mil dólares. Da decolagem até aterrissagem
durará 45 minutos. Com apenas, 70 segundos de impulso, o
avião será levado além da atmosfera. Em breve, uma série de
turistas poderá desfrutar desta modalidade de turismo inédita.
No arrebatamento iremos para além das estrelas a bilhões de
anos luz daqui. Essa viagem será de graça porque essa
passagem foi paga na cruz.
O vidente de Patmos tornou em repórter no Palácio do
Rei para narrar às visões do que ocorrerá no céu após o
arrebatamento. O Apocalipse faz menção de três grandes
portas: a porta aberta para as missões mundiais 3.8; a porta
do coração 3.20 e a porta da revelação aberta no céu 4.1.
João esteve no céu por via de um súbito arrebatamento em
espírito obtendo as revelações até o capítulo 9; porque no
capítulo 10.1, ele vê um anjo forte descendo ele estava em
terra.
“Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas
devem acontecer.”
391
Estas coisas são tudo aquilo que encontramos do capítulo

4 até o 22. Trata-se, por conseguinte da terceira divisão deste
livro feita pelo próprio Senhor Jesus 1.19. Para provar a
verossimilitude da doutrina pré-tribulacionista que afirma que
a igreja será raptada antes da grande tribulação, a palavra
igreja desaparece no capítulo 4, e, só reaparece no 22.16.
2. “eis que um trono estava posto no céu.”

No antigo Egito, Ísis era o poder personificado do trono.
Também entre os hititas, o trono personificado era tido como
ser divino. No culto romano aos césares, eram tributadas
honras divinas ao trono enfeitado com coroa e cetro. O trono
de Salomão era governamental e cátedra de juiz, um tipo do
trono de Jeová Sl 9.8. Esse trono é o local de comando de
onde emanam todas as diretrizes para o universo. Ele é o
símbolo indescritível de autoridade máxima e poder. A palavra
trono é encontrada 48 vezes no Apocalipse.
OS QUATRO TRONOS
» O trono da graça Hb 4.6
Local de onde procede a misericórdia e o perdão.
» O trono de Deus Ap 8.3
Ambiente de sua administração universal e de onde
procederão os juízos contra a besta e o falso profeta.
392
» O trono de glória Mt 25.31

Local de onde Cristo governará sábia e prudentemente no
Reino milenial.
» O trono branco Ap 20.21
Esfera onde provirá às sentenças contra os ímpios e os
apóstatas.
3. “E o que estava assentado era, na aparência,

semelhante à pedra de jaspe.”
Essa pedra era chamada na língua grega de “iaspis”, e
no hebraico “iashepheh”. É uma pedra translúcida. O jaspe é
mais duro que o aço e risca o vidro. Aceita polimento, e, é
usada em molduras de lareiras, pilares e outros acabamentos
ornamental exterior. Os gregos e os romanos acreditavam que
o jaspe podia curar numerosas doenças e tirar o veneno de
mordidas de cobras. O jaspe é depositado pela água circulante
ou água do subsolo ou em soluções hidrotermais de origem
ígnea. O nome desta pedra aparece 7 vezes nas Escrituras.
Era também a 12ª pedra do peitoral do sumo sacerdote Ex
28.28 e o primeiro dos 12 fundamentos da Nova Jerusalém
será de jaspe 21.19. Ela simboliza a indestrutibilidade da
majestade e da glória divina. Sobre esta pedra estava gravado
o nome de Benjamim cujo nome significa “filho da mão
direita.” Cristo hoje está na destra do Pai e nos segura com a
393
Sua mão direita. João não usou uma linguagem

antropomórfica para Deus. Ele não tentou descrever a forma
de Deus; mas, mostrou a Sua aparência policroma. A
pretensão dos imperadores romanos era a de auto -
deificarem, essa idéia apagou-se diante da gloriosa soberania
de Deus e de Seu trono magnífico.
“e de sardônica.”
Esta pedra recebeu este nome porque era oriunda da

cidade de Sardes na Lídia. Sua cor é de um vermelho sangue.
É uma pedra dura e fina, e, é chamada também de sarda. O
nome de Rúben o primogênito de Jacó foi gravado numa
sardônica que estava no peitoral do sumo sacerdote. É a
quinta pedra arrolada na lista de um dos fundamentos da
Nova Jerusalém 21.20. Esta pedra vermelha como sangue
simboliza a expiação de Cristo o Cordeiro de Deus.
“e o arco celeste estava ao redor do trono e era
semelhante à esmeralda.”
O termo esmeralda aparece 6 vezes na Bíblia. No

hebraico nofek e no grego “smaragdino.” Essa pedra é um
silicato natural de alumínio e de glucínio. É translúcida e
apresenta um brilho vítreo. É o mais duro dos minerais depois
do diamante. Era a primeira pedra da segunda ordem do
394
peitoral do juízo e nela estava escrito o nome de Judá Ex

28.18; dessa tribo viria o Rei Jesus. Judá quer dizer “louvor”,
portanto, louvemos ao Senhor com alegria. Ela está contida
no quarto fundamento da Nova Jerusalém 21.19. Foi com
bastante propriedade que Tiago descreveu que Deus é o Pai
das luzes devido à semelhança com as pedras preciosas
lustrosas e brilhantes Tg 1.17. O arco – íris precedendo os
relâmpagos e os trovões lembram-nos de que a graça
antecede os juízos apocalípticos. A cor verde fala da
esperança em meio ao julgamento baseado na fidelidade de
Deus que fez uma aliança com os seres humanos. O arco
celeste circundava o trono e não uma auréola sobre o
entronizado. É de um verde vivo e não multicolor. A forma
circular do arco celeste é o próprio significado do céu. A cor
esmeraldina não cansa os olhos do espectador;
uniformemente não cansamos de contemplar o arco da
esperança de Jeová. Enfim, esse arco indica que Deus é fiel
em sua administração em relação à humanidade.
4. “e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro

anciãos.”
Esses anciãos constituem a somatória dispensacional das
doze tribos de Israel e os doze apóstolos representando os
salvos de todas as épocas. Os anciãos estavam assentados, o
395
que denota posição honorífica e intimidade. As vestes brancas

fazem lembrar a justiça 19.8. O número 24 equivale as 24
ordens sacerdotais instituídas por Davi 1 Cr 24.1-19. Os que
estavam assentados não são seres angelicais, porque em todo
o Cânon sagrado não os encontramos entronizados, e nem
coroados. Os tronos e a razão de estarem vestidos de branco
mostram que são sacerdotes reais, e as coroas evidenciam o
reinado.
5. “E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes.”

Essas manifestações estrondosas são prenunciadoras das
grandes tempestades e turbilhões. Esses fenômenos são
indícios da onipotência divina no afã de trazer juízos aos
opositores da verdade no período tribulacional. O trovão surge
quando o ar é aquecido instantaneamente quando a carga
elétrica de um relâmpago passa através dele. O calor provoca
a expansão das moléculas de ar ou a sua explosão em todas
as direções. Se os homens esmorecem diante dos fenômenos
da natureza, quanto mais diante dos relâmpagos e dos
trovões que são projetados do trono majestoso do Senhor dos
Exércitos que irão sacudir este planeta. Esses portentos que
são emanados do trono anunciam que o tempo da paciência
de Deus encerrou-se, e que o juízo começou.
“e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo.”
396
Essas lâmpadas mostram as atividades perscrutadoras e

esquadrinhadoras do Espírito Santo em suas atividades
septuforme e perfeita.
6. “um como mar de vidro, semelhante ao cristal.”

Era uma raridade naqueles tempos inclusive o claro
como o cristal. Enquanto os juízos estiverem sacudindo a terra
estaremos diante do mar de vidro que é a representação da
paz imperturbável diante do trono da Majestade.
7. “E o primeiro animal era semelhante a um leão; e o

segundo animal, semelhante a um bezerro; e tinha o
terceiro animal o rosto como de homem; e o quarto
animal era semelhante a uma águia voando.”
Esses animais são criaturas de levadas categorias na
corte celestial Sl 99.1. Encontramos reveladas nos rostos dos
quatro seres viventes quatro características dos ofícios de
Cristo.
> Leão. Esta palavra é registrada 130 vezes no Velho
Testamento e 9 vezes no Novo. A insígnia da bandeira da
tribo de Judá era um leão. O leão é a obra prima do mundo
animal. É grande, forte, e o mais famoso da família dos
felinos. Isto revela a supremacia de Cristo em todos os
aspectos: como a Sua grandeza Ef 1.19; a Sua fortaleza Is
397
49.26 e a fama do Seu nome Ap 19.16. Deparamos aqui com

a majestade e a realeza de Cristo.
> Bezerro. A famosa Tradução Brasileira usa a palavra
novilho no lugar de bezerro. Era usado nos sacrifícios e nos
trabalhos pesados na agropecuária hebraica. A primeira letra
do alfabeto hebraico “Aleph” significa boi, e o valor numérico
é 1. O boi é o símbolo do sacrifício, da força e da paciência de
Cristo.
> Homem. É o animal racional, bípede e mamífero, que
ocupa o primeiro lugar na escala zoológica. No idioma grego é
chamado “antropos” que significa “aquele que olha para
cima.” Podemos ver nesta figura a inteligência de Cristo.
> Águia. Na língua hebraica “nesher” e na grega “aetós.” A
águia pertence à classe aves, da ordem falconiforme, da parte
da subfamília buteoninae, e na família dos gaviões,
accipitridae. O termo águia é citado 33 vezes na Bíblia. A
primeira em Ex 19.4 e a última em Ap 12.14. Ela voa 300 km
por hora, vive até 50 anos e enxerga a presa até 10 km de
distância. Nesta figura apocalíptica podemos ver a rapidez e a
celestialidade de Cristo.
8. “E os quatro animais tinham, cada um,

respectivamente, seis asas e, ao redor e por dentro,
estavam cheios de olhos.”
398
As seis asas demonstram a ligeireza que é exercida em

anunciar as execuções dos juízos de Deus. Os dois querubins
sobrepostos nas duas extremidades do propiciatório da arca
no santo dos santos no tabernáculo mosaico tinham duas asas
cada Ex 25.20; e os querubins vislumbrados por Ezequiel
tinham quatro asas cada Ez 1.6. Acredito piamente que esses
seres são uma combinação de querubins com serafins. Com
olhos por diante e por detrás, dá a entender, que eles têm
uma visão penetrante e multilateral.
“Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus.”
Devemos aprender com esses seres viventes a
incansabilidade de louvarmos e adorarmos a Deus aqui na
terra. Os pagãos da cidade de Éfeso aclamaram a deusa Diana
ou Ártemis por um espaço de quase 2 horas ininterruptas At
19.34. Os quatro animais apresentam neste cântico uma
composição que enaltece a santidade de Deus.
“e lançavam as suas coroas diante do trono.”
As coroas expressam a glorificação da igreja diante do
trono de Deus. Os cristãos atuais só pensam em serem
coroados. A rainha Vitória afirmou: “Eu gostaria de estar viva
na volta de Cristo para que eu pudesse depositar aos Seus pés
a coroa da Inglaterra.”
399
40
MENSAGEM
TEMA: O LIVRO SELADO COM SETE SELOS
TEXTO: AP 5.1-14
INTRODUÇÃO
O capítulo 4 trata do poder criador de Elohim enquanto
que o capítulo 5 versa sobre o poder redentivo do Cordeiro.
Os escribas escreviam no rolo somente no lado interno; agora,
tanto João como Ezequiel viram os rolos escritos em ambos os
lados Ez 2.9,10; Ap 5.1. Mounce afirma: “O fato de o rolo ser
escrito dos dois lados indica a extensão e a abrangência dos
decretos de Deus.” Selar significa, portanto, assegurar a
intocabilidade por outros.
2. “Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus

selos?”
Nos tempos antigos os livros eram feitos de pergaminho
e papiro; somente as pessoas abastadas que podiam adquiri-
los devido o alto preço. Os pobres somente olhavam de longe
com a ansiedade de conhecer o conteúdo. De acordo com a
lei romana um documento era selado com sete selos, por sete
testemunhas. Eram sete selos aplicados no livro porque o
400
conteúdo era completamente sigiloso. Entendemos que uma

certidão com sete selos é o símbolo de um reino futuro.
Quebrar os sete selos dá a idéia de tornar evidente a
mensagem de castigo com a certeza de seu cumprimento. O
conteúdo dramático do rolo vai do capítulo 6 a 9. Para desatar
os sete selos deveria ser alguém de grande supremacia e que
tivesse as seguintes características: que houvesse sido
submetido em sacrifício como cordeiro; que tivesse pleno
poder como o leão; inteligência completa e que fosse
onipotente.
4. “E eu chorava muito.”
O choro torrencial proveniente dos olhos do profeta foi
devido ele ter notado a incapacidade geral da criação
demonstrando assim a fragilidade de até mesmo nem de
poder olhar para o pergaminho selado que continha o
programa profético para a grande tribulação. Aquele que na
cidade de Naim enxugou as lágrimas da viúva podia agora
entronizado enxugar as do vidente de Patmos. O original
grego descreve o que dissera o ancião: “Pare de chorar.” Se
João chorou muito ao ver que ninguém era digno nem de
abrir o livro e nem de olhar para ele; como chorarão os ímpios
quando os juízos desencadearem sobre eles.
401
5. “eis aqui o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi.”

O leão é a obra prima do reino animal selvático. É,
conhecido como símbolo da beleza e do poder real. Isto revela
a supremacia de Cristo em todos os aspectos. O rugido do
leão fala de seu domínio como Rei. Mede 3 metros de
comprimento, chega a pesar 230 quilos e vive até 30 anos. O
leão anda cerca de 8 km por dia, e, se estiver faminto, poderá
percorrer até 25 km. O emblema da tribo de Judá era um leão
Gn 49.9. A expressão Leão de Judá como emblema de Cristo
retrata-o, como lutador forte contra o inimigo. Para o
adversário Ele é o Leão; para a igreja, Ele é o Cordeiro manso
e repleto de amor. Aquele que pagou o preço como Cordeiro
sacrificial pode agora rugir como Leão na batalha final. A
família real de Davi é assemelhada a uma árvore tombada;
mas das suas raízes brotará uma árvore noviça que
recuperará o governo real Is 11.2-9.
“que venceu para abrir o livro e desatar os seus sete
selos.”
Cristo é o campeão em todas as batalhas. Ele venceu no
deserto; no Getsêmani e no Calvário; e por fim, assentou-se
no trono com o Pai 3.21. Somente Cristo tem a chave do
significado da história da humanidade. O conteúdo deste livro
são os juízos divinos. Na transação imobiliária entre o povo
judeu a escritura era feita em duas vias: uma aberta servia
402
para qualquer pessoa e a outra selada, que só servia ao

proprietário para identificá-la Jr 32.6-12. Cristo recebeu da
mão do Pai a escritura selada para tomar posse da Terra
como verdadeiro Possessor. Ele venceu para desatar os selos
e, possuir a Terra. Ele não quis recebê-la como oferta do
Diabo, porque ele não é dono de nada Mt 4.8,9.
6. “um Cordeiro, como havendo sido morto.”

Cristo é o Leão-Cordeiro. O Leão representa a Sua
majestade e o cordeiro o sacrifício. O vocábulo Cordeiro
referindo-se a Cristo aparece 29 vezes neste livro. A primeira
em 5.6 e a última em 22.13. A sublimidade de Jesus baseia-se
em Sua mansidão Mt 11.29; enquanto que a torpeza dos
déspotas se fundamentam na empáfia. Parecia que tinha sido
morto por causa das cicatrizes, porém vivo para todo sempre.
Existem dois grandes problemas no mundo: o Diabo e o
pecado. Cristo como Leão destruiu o Diabo e como Cordeiro
venceu o pecado.
“e tinha sete pontas e sete olhos.”
Sete pontas denotam a plenitude de Seu poder na

conquista do mal e a totalidade de sua onipotência. Sete
olhos, diz da plenitude de sua onisciência Zc 4.10.
403
Encontramos essas duas figuras explicadas apenas em um

versículo 2 Cr 16.9.
7. “E veio e tomou o livro da destra do que estava

assentado no trono.”
Toda a história da humanidade encontra-se na mão de
Deus. Quando o texto diz que o Cordeiro tomou, podemos ver
a expressão verbal indicar uma atitude decidida, sem
hesitação, e um espírito determinado e forte.
8. “tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de

incenso, que são as orações dos santos.”
A harpa, já era conhecida entre os egípcios e sumérios
nos tempos antigos; posteriormente veio a ser usada na
música religiosa. Na Bíblia menciona-se a horizontal que no
hebraico é kinnor, e, em grego kithara.
A palavra hebraica usada para incenso é lebonah que
deriva do mesmo vocábulo que significa branco e brilhante. O
incenso tornou-se símbolo irrefragável da oração que sobe Sl
141.2. As orações não respondidas não estão vagando como
eco pelo universo, mas, guardadas em salvas de ouro. É
óbvio, que nenhuma oração de um cristão piedoso, seja
esquecida, ela será respondida no tempo de Deus.
9. “E cantavam um novo cântico.”
404
A adoração apresentada no capítulo 4 é restrita; mas,

no capítulo 5 é universalizada. Sabemos que o céu é a terra
natal da música. Quantos cristãos são apáticos ao louvor?
Esses não poderão ir para diante do trono do Cordeiro, porque
lá a adoração é ininterrupta. Cantaremos o cântico da
redenção, versos 9 e 12; e o cântico da criação, verso 13. O
Apocalipse é o livro das coisas novas, veja: um novo nome
2.17; 3.12; a Nova Jerusalém 21.2; novo Céu e nova Terra
21.1; e tudo se fez novo 21.5. É chamado de um novo
cântico, porque será cantado pela primeira vez no céu um
hino de redenção.
11. “E olhei e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do
trono... e era o número deles milhões de milhões e
milhares de milhares.”
Na língua grega a expressão número é “arithmós.” Esse
número de anjos é um símbolo apocalíptico para uma
quantidade inumerável.
12. “que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro,
que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e
sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de
graças.”
Encontramos no verso em apreço sete expressões que
são verdadeiros marcos da plenitude do louvor. M. M.
Mcgavock Woodward disse: “Em um dos templos pagãos do
405
Japão, o fiel corre em torno do edifício cem vezes e deixa cair

um pedaço de madeira em uma caixa, em cada vez que dá a
volta ao templo. Quando termina a penitência, ele retorna ao
seu lar, cansado e ofegante, mas feliz, convencido de que
agradou ao seu deus. Para nós, tal prática parece ser
insensata; porém haverá, na realidade, grande diferença entre
corrermos ao redor de um templo certo número de vezes e
comparecermos à igreja, onde permanecemos friamente
sentados, acompanhando uma liturgia gélida e formalista, sem
centralizarmos as nossas mentes e os nossos corações em
Jesus.”
406
41
MENSAGEM
TEMA: OS QUATRO CAVALEIROS
TEXTO: AP 6.1-17
INTRODUÇÃO
Quando os selos estiverem sendo deslacrados e os juízos
prestes a desencadearem sobre os moradores deste planeta;
a igreja estará nas bodas do Cordeiro participando das delícias
eternais. O que se encontra registrado nos capítulos 6-9, é o
que Jesus disse ser o princípio das dores Mt 24.1-4; e o início
da setuagésima semana profética predita pelo profeta Daniel
Dn 9.24-27.
A GRANDE TRIBULAÇÃO
Primeira fase Segunda fase
3/ 5 3/ 5
1.269 dias 1.269 dias
42 meses 42 meses
0 7
Princípio das dores Grande tribulação
Ap 6 - 9 Ap 10 - 18
407
HIPOLOGIA ESCATOLÓGICA
A palavra cavalo aparece 146 vezes na Bíblia. Esse animal
é o símbolo do desejo de luta e da imponência. O patriarca Jó
fez uma belíssima descrição poética acerca do cavalo de
guerra Jó 39.19-25. O cavalo era conhecido na Mesopotâmia
durante o III milênio a.C., como podemos observar na arte de
Ur. Um tablete babilônico do período de Hamurabi em 1750
a.C. apresenta o primeiro registro sobre o cavalo, o qual é
chamado de “asno do leste.” Foram os hicsos 1.700 – 1.600
a.C., que da Ásia Menor introduziram o cavalo em Canaã e no
Egito, especialmente para puxar os carros de combate. A
deusa semita oriental da fertilidade e da guerra chamada
Astarte, era a “senhora dos cavalos.” Salomão aplicou-se a
criação de cavalos e chegou a ter 400 estrebarias e 40.000
deles e 12.000 cavaleiros 1 Rs 4.26; 2 Cr 9.25. Foi no século
III a.C., com os orientais, os macedônios e os cartagineses,
que a cavalaria entrou a galope. Na Inglaterra, até hoje,
pessoas que são celebridades recebem o título de cavaleiro.
Os maiores cavalos são os de tiro ou tração, chegando alguns
a pesar 1.100 kg. A altura é medida do chão a cernelha;
alguns chegam atingir 2 m. A temperatura normal do corpo é
38º centígrados. As pernas são adequadas à corrida rápida.
Grandes músculos na parte superior das pernas proporcionam
grande velocidade com um mínimo de esforço. As pernas
408
dianteiras suportam a maior parte do peso do cavalo.

Absorvem os choques quando o animal corre ou salta. As
pernas traseiras proveem a força para a corrida e o salto.
Doravante estaremos analisando os quatro cavaleiros em
seus garanhões esporeados e a galope em direção a Terra a
arena dos juízos divinos, mordendo os freios, batendo os
cascos e rinchando altissonantemente. O que se encontra
averbado nos capítulo 4 e 5 ocorreu no céu; mas, o que
encontramos no capítulo 6 se dirige para a terra. Os cavaleiros
saem a galopeadura após o grito estrídulo dos quatro seres
viventes: “Vem e vê!”
O CAVALEIRO DO CAVALO BRANCO
2. “E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava
assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma
coroa, e saiu vitorioso e para vencer.”
Na palavra profética os cavalos são símbolos da força
irrefreável de Deus contra este mundo pirrônico. O cavalo
branco é um lipzão que quando nasce é acinzentado e ao
completar o crescimento fica branco. O branco aqui não se
trata de pureza, e sim, da falsa paz proposta pelo arqueiro
montado em seu cavalo. A falsa paz apresentada pelo
anticristo será rapidamente interrompida com a abertura do
segundo selo, quando o cavalo vermelho trará em seu galope
uma guerra generalizada. Na cavalaria dos exércitos orientais,
409
o arco fazia parte do equipamento de guerra. Nas Escrituras

ele representa o poder militar Sl 46.9; Jr 51.56. O Senhor
Jesus retornará a terra no final da grande tribulação para a
batalha do Armagedom com os santos glorificados. Se o
cavaleiro do cavalo branco não for o anticristo como muitos
afirmam; quer dizer que ele surgirá somente depois da
primeira metade da grande tribulação? Ele governará o mundo
por uma semana de 7 anos, como declara a matemática
profética de Daniel 9.27. A coroa fala da falsa realeza do
anticristo. Esse primeiro cavaleiro representa o indivíduo que
se empenha egocêntricamente em conquistar o mundo. Nesse
caso é o anticristo. O cavaleiro montado no cavalo branco
simboliza a vitória militar do anticristo. Após o galopear deste
cavalo a sequência foi a guerra; a fome e a morte; portanto,
não pode ser a proclamação do evangelho como é defendida
por alguns intérpretes. Onde as Boas Novas são pregadas
seguem a paz; o amor; o perdão e a misericórdia.
O CAVALEIRO DO CAVALO VERMELHO
4. “E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava
assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra
e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma
grande espada.”
Com o deslacramento do segundo selo, surge no cenário
profético um cavalo baio, possuindo pernas, crina e rabo
410
preto. Atualmente os gastos militares no mundo chegam a

1,12 trilhão de dólares. Os Estados Unidos são responsáveis
por 48% do total mundial e todos os países do mundo gastam
o equivalente a 32%%. Gastos com armas nos Estados Unidos
representaram 2,5% do produto interno bruto mundial ou
uma média de despesas de 173 dólares per capita. Entre 1992
e 1999, o mundo em desenvolvimento comprou todo tipo de
armamentos por um valor superior a 200 bilhões de dólares,
enquanto os Estados Unidos foram o principal fornecedor de
armas nos últimos cinco anos. Desde janeiro, o mundo sofreu
37 grandes conflitos armados. Hoje, há guerras em alguns
pontos do globo, mas na abertura do segundo selo a paz será
estancada da terra e as nações não mais se entenderão, e a
ONU, para mais nada servirá. Só haverá carnificina nauseante
por todos os lados e só haverá anarquia social. Nesse tempo,
não haverá comércio normalizado e nem negócios realizados.
A grande espada denota intensidade das guerras espalhadas
pelos cinco continentes e os sete mares. Será tanto guerra
interna como internacional Jr 25.27-29.
O CAVALEIRO DO CAVALO PRETO
5. “E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi o terceiro
animal, dizendo: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo
preto; e o que sobre ele estava assentado tinha uma
balança na mão.”
411
A fome existente em Samaria nos dias de Eliseu é uma

pequena amostra do que será na época do galope do cavalo
preto que trará escassez, miséria e luto no mundo 2 Rs 6.24-
30. A balança indica o racionamento. Uma medida de trigo
será vendida por um denário. No sistema de medida de
capacidade nos tempos antigos equivalia a 1 litro. Um denário
ou um dinheiro correspondia ao salário de um dia de trabalho.
Segundo Kiddle: “Na época de Cícero, com um denário se
comprava doze litros de trigo e vinte e quatro de cevada.”
Cerca de 1 bilhão de pessoas vivem com menos de US$ 1
dólar por dia. Outros 2,7 bilhões lutam para sobreviverem com
menos de US$ 2 dólares por dia. Anualmente morrem 11
milhões de crianças, a maioria com menos de 5 anos. Todos
os anos morrem, 6 milhões de crianças com má nutrição antes
de completar 5 anos. Cerca de 800 milhões de pessoas deitam
todas as noites com fome; dentre elas, 300 milhões são
crianças. A cada 3,6 segundos, uma pessoa morre de fome, e
a maioria crianças com menos de 5 anos. A fome e a escassez
serão de tal dimensão que o trigo custará de cinco a doze
vezes o preço normal. A preservação do vinho e do azeite diz
respeito aos ricos que ainda continuarão gozando do prazer
gastronômico em alta escala.
O CAVALEIRO DO CAVALO AMARELO
412
8. “E olhei, e eis um cavalo amarelo; e o que estava

assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno
o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta
parte da terra com espada, e com fome, e com peste, e
com as feras da terra.”
Na linguagem hipológica, o cavalo amarelo é um alazão
que tem a cor de um cadáver. O cavalgador desse garanhão é
a morte. A alta incidência de epidemias nessa época será
incontrolável. “E com as feras da terra.” A paz será também
desairragada do reino animal e até mesmo os animais mais
dóceis tornar-se-ão bravios Ez 14.21. As epidemias multiplicar-
se-ão nessa ocasião de mega juízos. Podemos ver nesse texto
que a morte reivindica o corpo e o Hades o espírito.
9. “E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar
as almas dos que foram mortos por amor da palavra de
Deus e por amor do testemunho que deram.”
Esses mártires serão os judeus, os gentios que se
converterão, e os desviados que se reconciliarão após o
arrebatamento, e que hão de expor suas vidas à morte por
causa do testemunho de Jesus diante do anticristo. As almas
dos mártires no período tribulacional foram vistas debaixo do
altar. No ritual do sacrifício durante o sacerdócio arônico o
sangue da vítima era derramado na base do altar dos
holocaustos; daí surgiu essa expressão: “debaixo do altar.”
413
12. “E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que

houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se
negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como
sangue.”
Já ocorreram inúmeros abalos sísmicos que ficaram
gravados nos anais da história devido à intensidade. As
estatísticas sobre os terremotos e abalos sísmicos ocorridos
nos últimos anos dizem que ocorreram: 16.612 em 1990;
21.007 em 1995; 22.256 em 2.000; 28.828 em 2.004 até 22
de outubro. No período de apenas 31 dias, de 21 de setembro
até 22 de outubro de 2004 ocorreram 7.609. Para o
pesquisador Vasile Marza da UNB, o desastre ocorrido no sul
da Ásia, na ilha de Sumatra atingiu uma magnitude tal que
gerou uma energia equivalente a 32,4 mil bombas atômicas
jogadas sobre a cidade de Hiroshima. Atingiu 9 pontos na
escala Richter, e, em 3 a 4 minutos, gerou uma energia
equivalente a quatros anos e meio da produção da usina
hidrelétrica de Itaipú, a maior do mundo. Na abertura do
sexto selo haverá um tremor como nunca previsto pelos
sismólogos, que provocará mudanças geofísicas no globo
terrestre. As sublevações e as convulsões não poderão ser
medidas pela escala Richter. A terra ficou mais achatada e,
portanto, mais redonda depois do terremoto de 9 graus na
escala Richter que resultou nos tsunamis que mataram mais
414
de 150.000 pessoas no sudeste asiático. O terremoto fez com

que o Pólo Norte se deslocasse 2,5 cm na direção 145 graus
leste. Não será um terremoto local, mas mundial, que marcará
o começo do fim de todas as coisas Is 24.13,18-20. O sol
enegrecerá por causa de um eclipse jamais visto que será
ocasionado pela administração astronômica de Jeová Mt
24.29. O sol ficou negro como saco de cilício. Cilício era um
tecido de pelos negros de cabras da província da Cilícia, terra
natal do apóstolo São Paulo. A lua como refletora dos raios
solares, se tornará numa circunferência sanguínea Jl 2.31.
15. “E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os
tribunos, e os poderosos, e todo servo, e todo livre se
esconderam nas cavernas e nas rochas das
montanhas.”
Encontramos nesta passagem o pavor atordoante e
imensurável das sete classes que compõe a sociedade
humana. Os ais cósmicos incluem também os sete fenômenos
da natureza 6.12-17. Nesse período quando o Cordeiro irar-se,
os famosos, os grandes, os estadistas, os magnatas, as
estrelas do cinema e os galácticos do futebol, não sentirão
mais o prazer de serem filmados e não darão mais autógrafos
porque desejarão morrer por causa dos castigos.
415
16. “e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre

nós e escondei-nos do rosto daquele que está
assentado sobre o trono e da ira do Cordeiro.”
Quem se abrigar hoje em Cristo, a Rocha dos séculos,
não precisará procurar as cavernas e as montanhas naqueles
dias nefastos. O dia da ira começará com a abertura dos selos
e se concretizará exatamente no retorno de Cristo em glória.
Os homens relutam para não buscar a Deus. Até mesmo,
muitos cristãos são aversivos à oração; mas, na abertura
desse selo, se realizará, a maior reunião campal de oração de
todos os tempos.
416
42
MENSAGEM
TEMA: OS 144.000 E OS MÁRTIRES NA GLÓRIA
TEXTO: 7.1-17
INTRODUÇÃO
O capítulo 7 é um entreato situado entre o sexto e o
sétimo selos. Os anjos exercem controle sobre as forças da
natureza 14.18; 16.5. O vento é causado pelo aquecimento
desigual da atmosfera e o ar que envolve a terra pela energia
do sol. Os quatro ventos são tempestades executoras de juízo.
Esses quatro anjos estão concatenados com os quatro
principais pontos cardeais Is 11.12. Enquanto a sentença
estiver preparada para executar os moradores da terra o
Senhor estará cuidando do Seu povo.
2. “E vi outro anjo subir da banda do sol nascente, e

que tinha o selo do Deus vivo.”
O nascente se refere, o lado leste ou oriental, a fonte da
luz, da benção e da esperança Ez 43.2. Os escravos, e os
soldados que estavam a serviço do imperador, se
desertassem, eram reconhecidos pelas marcas. Geralmente
eram estigmatizados nos ombros, nos pescoços ou nas mãos.
Os selos identificam, marcam propriedades, garantem
417
segurança. O selo é aplicado na testa para uma ligeira

identificação. Esse quinto anjo não é outro senão o Senhor
Jesus glorificado.
4. “E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e

quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos
dos filhos de Israel.”
Esse grupo é de 144.000 judeus. Assim como as dez
pragas foram enviadas ao Egito através da instrumentalidade
de Moisés o porta-voz de Deus, e os filhos de Israel não foram
atingidos; os cataclismos que serão arremessados durante a
grande tribulação não atingirão os 144.000 judeus
assinalados. Eles serão selados para o serviço e segurança. O
evangelho do Reino será propagado por esse grupo de
assinalados. Os israelitas foram livres da morte dos
primogênitos por causa da marca do sangue nos umbrais das
portas Ex 12.7. Os cristãos não são tocados pelo maligno por
causa do selo do Espírito Santo 2 Co 1.22; Ef 1.13, e os
144.000 passarão guardados e protegidos pela tribulação por
causa do selo do Deus vivo. Encontramos três grupos
distintos: a igreja arrebatada que é representada pelos vinte e
quatro anciãos; os 144.000 que será um grupo de judeus e os
mártires que serão salvos durante esse período e que
enfrentarão a morte. Portanto, não confundamos! A lista
418
genealógica dos judeus foi destruída juntamente com o

templo no ano 70 d.C., essa, é a razão pela qual o judeu atual
não sabe mais reconhecer a que tribo pertence. O Todo-
Poderoso, com sua sapiente onisciência saberá então separar
12.000 de cada tribo israelita. Antes que Israel converta em
massa, os 144.000 converterão primeiramente.
Na lista das doze tribos que encontramos dos versículos

5 a 8 deparamos com vários nomes e com a omissão de
outros. Judá é mencionado em primeiro lugar, porque Cristo é
o Leão dessa tribo. A tribo de Levi aparece aqui por causa da
fidelidade perseverante v.7. As duas tribos que representavam
José foram: Manassés e Efraim; e agora no Apocalipse, as de
José e Manassés, sendo que o nome de Efraim foi omitido por
causa da rebelião. A tribo de Dã não aparece nessa lista
porque sempre foi envolvida com rebeliões e idolatria Jz
18.30,31. Os rabinos, e Irineu Bispo de Hierápolis, afirmavam
que o falso messias, o anticristo viria dessa tribo, baseados no
que diz o patriarca Jacó: “Dã é a serpente junto ao caminho”
Gn 49.17. Da mesma maneira que Judas deixou o colegiado
apostólico por via da traição, a tribo de Dã traiu Jeová com a
idolatria. Dã é a serpente que pretendeu transformar-se em
leãozinho Dt 33.22. Que absurdo!
419
9. “Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma

multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as
nações, e tribos, e povos, e línguas... trajando vestes
brancas e com palmas em suas mãos.”
Enquanto os 144.000 são selados e preparados para a
grande tribulação na terra, os mártires estarão no céu. É
necessário dizer que se costuma usar a expressão tribulação,
fazendo alusão ao período todo, e grande tribulação a
segunda metade desse período. O profeta Jeremias chama
esse período: “O tempo de angústia para Jacó” Jr 30.7. Essa
grande multidão inumerável, multilíngue, internacional, são os
mártires. Essas palmas são o emblema da vitória e da alegria.
Eram usadas para celebrar a vitória completa de Cristo.
Charles em Internacional Critical Commnetary afirma: “Os
conquistadores romanos usavam grinaldas de folhas de
palmeira. Os atletas gregos, no final da corrida vencedora,
eram festejados com um ramo de palmeira. As palmas do
triunfo fazem conotações com a alegre festa dos tabernáculos
Lv 23.33,34. A tenda de Deus tornar-se-á a sua moradia.” A
igreja após o arrebatamento receberá cinco tipos de coroas e
os mártires palmas nas mãos.
420
13. “E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que

estão vestidos de vestes brancas, quem são e de onde
vieram?”
Estes heróis puderam alcançar de forma destemida
nesta visão, a justiça, a pureza, o gozo e também a vitória. As
vestes compridas significam a pureza e a vitória.
14. “Estes são os que vieram de grande tribulação,

lavaram a suas vestes e as branquearam no sangue do
Cordeiro.”
Os sofrimentos horrendos nesse tempo não serão capazes
de limpar o homem de suas práticas pecaminosas, somente o
sangue do Cordeiro poderá alvejá-lo. O Calvário é a lavanderia
divina que provê vestes brancas para os servos de Deus. A
fase da grande tribulação é descrita por Jesus como: “A
grande aflição, como nunca houve desde o princípio do
mundo até agora, nem tampouco haverá jamais” Mt 24.21.
15. “Por isso estão diante do trono de Deus e o servem
de dia e de noite no seu templo.”
O simbolismo do tabernáculo é encontrado no
Apocalipse, veja:
> O castiçal de ouro 1.20;
> O tabernáculo prefigurado 4;
> A bacia de bronze – mar de vidro 4.6;
421
> O altar dos holocaustos 6.9;

> A mesa dos pães asmos - mencionada nas doze tribos 7;
> O altar do incenso 8.3;
> A arca da aliança 11.19.
Que privilégio para os mártires adorar a Deus face a
face! Um culto espiritual já é fantástico; agora, pense que
glória será para a igreja arrebatada e para os mártires adorar
a Cristo diante do trono!
“e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá
com a sua sombra.”
Os mártires estarão para sempre sobre a proteção
daquele a quem eles deram a própria vida.
16. “Nunca mais terão fome; nunca mais terão sede;

nem sol nem calma alguma cairá sobre eles.”
Na perseguição que será imposta pelo anticristo, os
mártires sofrerão com problemas de alimentação por não
possuírem a sua marca. Não poderão fazer qualquer transação
comercial e, até mesmo o fornecimento de água será
interrompido pelas servidoras. O colapso será generalizado. O
sol nessa época será causticante devido o desequilíbrio
ecológico e atmosférico. Se na Bacia Amazônica a temperatura
atinge 40 graus, na grande tribulação o termômetro registrará
280, porque o sol aquecerá sete vezes Is 30.26. A pele será
422
torturada pelos raios ultravioletas, e os dermatologistas não

saberão o que fazer para atender os pacientes. As palavras de
consolo infindo, citadas acima, mostram que os mártires
gozarão de um refrigério extraordinário em contraste com as
tragédias ocorridas na terra.
17. “Porque o Cordeiro que está no meio do trono os

apascentará e lhes servirá de guia para as fontes das
águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda
lágrima.”
Cristo é o único Cordeiro que apascenta, porque todos os
demais são apascentados. O pastoreio de Jesus sobre o Seu
povo na eternidade será incomparável. O Seu cuidado
protecional, o Seu amor inconfundível e a Sua ternura
sempiterna há de nos conduzir para as fontes cristalinas das
águas da vida. Aqueles que derramarem lágrimas torrenciais
ocasionadas pela perseguição fragorosa do anticristo; o
Cordeiro limpará lágrima por lágrima com o lenço de sua
gloriosa consolação. Sabemos piamente que é necessário ter o
coração colocado bem alto para derramar certas lágrimas; a
nascente dos grandes rios encontra-se no cume dos montes
que avizinham o céu. Coelho Neto poetizou dizendo: “A
lágrima é a mensageira da saudade, é o relicário da prece, é a
cristalização da mágoa. É imortal, porque deriva da alma. É
423
água porque não seca. A lágrima, água do coração, salgada

porque vem de um oceano sem praias que é o desespero,
estrela porque demanda o céu.”
424
43
MENSAGEM
TEMA: AS QUATRO PRIMEIRAS TROMBETAS
TEXTO: AP 8.1-13
INTRODUÇÃO
A palavra hebraica usada para trombeta é “shôfar.” Era
feita de chifre longo de carneiro ou de boi; e as dos
sacerdotes eram de prata. Entre os instrumentos musicais
conhecidos na antiguidade, ela era a que produzia o som mais
potente. Foi tanto usada nas cerimônias religiosas como
também nas guerras. A palavra trombeta é citada 125 vezes
nas Escrituras. A primeira em Ex 19.16 e a última em Ap
11.25. As trombetas eram usadas para a convocação do povo
israelita, e também para juízo. Atualmente a trombeta é usada
nas sinagogas judaicas.
O uso da trombeta na história bíblica

> O toque da trombeta convocava os soldados a se colocarem
em forma.
> As duas trombetas de prata feitas por Moisés serviam para

reunir o povo na entrada do tabernáculo Nm 10.2.
425
> A partida de Israel na peregrinação no deserto era

sinalizada pela trombeta Nm 10.3-7.
> O som da trombeta dava sinal para o combate Jó 39.24.
> Era tocada para determinar a retirada 2 Sm 20.1,22.
> O som dela servia de alarme anunciando a aproximação do

inimigo Am 3.6.
> A festa das trombetas celebrava-se em Israel no primeiro

dia do mês de Tisri, setembro-outubro, o 7º mês do ano
religioso. Era o mês em que se celebrava a festa da expiação
e a dos tabernáculos Nm 29.1-6.
> A entronização de um rei se dava ao som magnífico das

trombetas 2 Sm 15.10.
> Por ocasião da inauguração do templo de Salomão, soaram

120 trombetas 2 Cr 5.12.
> Ao som da última trombeta os mortos ressuscitarão e os

vivos serão transformados 1 Co 15.52..
426
Para a destruição das fortalezas de Jericó as trombetas

foram tocadas sete vezes consecutivas; e o mundo transviado
se sucumbirá com o retinir das sete trombetas apocalípticas
acionadas por sete anjos. Os quatro primeiros juízos atacarão
o quádruplo universo do homem: a terra, o mar, a água e o
céu. Os dois primeiros castigos afetarão a natureza, e o
homem de forma indireta. O toque da terceira matará muitos
homens e a quarta provocará distúrbios astronômicos. As
trombetas judaicas são representadas entre os troféus no arco
de Tito em Roma.
1. “E havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no

céu quase por meia hora.”
As sete trombetas seguem cronologicamente a abertura
do sétimo selo. A sétima trombeta anuncia os juízos da sete
taças. Os juízos proclamados pelos selos e pelas trombetas
são parciais enquanto que as taças são completas.
Esse silêncio de 30 minutos deixou a corte celeste
atônita; foi a calma que precede a tempestade. O mal que
está para acontecer na grande tribulação é tão grande a
ponto de causar algo inédito, silêncio no céu. O silêncio é uma
pausa dramática que traz uma expectação. Antes das
muralhas jerico itas desabarem com o toque das sete
trombetas, houve silêncio total alguns dias no arraial Js 6.10.
427
Essa pausa no cronograma divino não tem nada a ver com o

envio de Cristo à terra e nem com a Sua morte, como alguns
pregadores sem base escatológica pregam de maneira
errônea.
2. “E vi os sete anjos...e foram-lhes dadas sete

trombetas.”
As semelhanças dos sete sacerdotes em Jericó esses
anjos apossam dos instrumentos de duros juízos, sendo que
cada um toca a sua trombeta após o outro. O retinir destas
trombetas fará desfalecer qualquer rei, primeiro ministro,
chefe de estado, o anticristo e o falso profeta.
3. “E veio outro anjo e pôs-se junto ao altar, tendo um

incensário de ouro.”
O incensário servia no tabernáculo mosaico para
transportar as brasas vivas do altar dos holocaustos localizado
no átrio para o altar do incenso que ficava na entrada do
santuário defronte do véu. Jesus Cristo é identificado no Velho
Testamento como: “o Anjo do Senhor” Gn 22.21; Ex 3.2 e
Anjo de Deus Ex 14.19. Neste verseto em apreço Ele se
apresenta numa função como Anjo-Sacerdote, e, através dEle,
as orações são direcionadas à Deus Hb 5.5,6. Não
encontramos nenhum registro em que os anjos são
428
mediadores nas orações dos santos, porque cada cristão é um

sacerdote e tem acesso direto ao trono da graça. O incenso
era composto de gálbano, estoraque, onicha, franquicenso e
sal. O incenso celeste oferecido pelo Anjo-Sacerdote é puro.
5. “E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do

altar, e o lançou sobre a terra.”
No livro de Ezequiel encontramos uma cena semelhante a
esta Ez 10.2. No tabernáculo havia dois altares: o dos
holocaustos e o do incenso. No céu só existe o do incenso,
porque ali não é preciso oferecer sacrifícios. O incensário
atirado na terra é acompanhado com manifestações
fenomenais, isso nos leva a crer que é a resposta às orações
dos mártires cujas almas se encontram debaixo do altar 6.10.
A expressão conhecida por 1/3 parte é uma fração que
indica apesar do mundo estar em punição, ainda não é o final.
1/3 parte é um meio convencional de expressar “uma grande
parte.”
A PRIMEIRA TROMBETA
7. “E o primeiro anjo tocou a trombeta, e houve
saraiva e fogo misturado com sangue.”
Na praga da saraiva na terra egípcia, dois elementos
foram derramados: saraiva e fogo Ex 9.22-25; em Sodoma, no
429
extremo meridional do mar Morto foi o fogo. Encontramos

esses elementos no toque da primeira trombeta. Esses itens
desencadear-se-ão neste Planeta, e trará um desastre
ecológico de ordem mundial jamais visto. Tanto as áreas de
cerrado, como as florestas serão destruídas com o maior
incêndio que trará um colapso para o meio ambiente. A
saraiva fala de um juízo repentino e dilacerante 16.21. O fogo
indica a ira de Deus Is 33.14, e o sangue se refere à morte
física Ez 14.19. A saraiva e o fogo misturado com sangue
formam uma combinação horrenda que é denominada a
trindade dos horrores da ira de Deus.
A SEGUNDA TROMBETA
8. “E o segundo anjo tocou a trombeta; e foi lançada
no mar uma coisa como um grande monte ardendo em
fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do mar.”
Esta montanha incandescente foi atirada para tornar as
águas marítimas em enormes marés-vermelhas e nauseantes
como a praga que avassalara o rio Nilo Ex 7.17-21. Nessa
ocasião, a vida marinha será sucumbida em sua terça parte;
as praias superlotarão de animais mortos e acabarão
infectando as costas oceânicas provocando uma fedentina
insuportável. Quando 1/3 parte dos navios for destruída, o
comércio, as viagens transatlânticas e a comunicação serão
430
interpelados. Durante a segunda guerra mundial os navios

destroçados que submergiram, foram repostos pelos
investimentos das nações na construção naval. Agora, quando
ocorrer essas tragédias marítimas nenhuma nação conseguirá
suprir essa devassa. Nem a Inglaterra a rainha do mar! Esse
grande monte ardendo em fogo parece ser um gigantesco
meteoro. Meteoro é um risco luminoso que é visto
rapidamente no céu. Os meteoros são chamados estrelas
cadentes, porque se assemelham as estrelas caindo do céu. A
fricção com o ar torna o meteoroide tão quente que ele fica
em brasa, e produz um rastro de gases incandescentes. O
maior meteorito que se encontra em Hoba na Namíbia, pesa
60 toneladas. No dia 30 de junho de 1908, na região de
Taiga, Sibéria, ocorreu uma explosão que ainda mantém uma
área com o dobro de radioatividade. Foi vista uma luz branca
resplandecente que descia sobre as florestas ao noroeste do
lago Baykal, perto do rio Pedra Tunguska; brilhava tanto que
projetava sombras no solo. A destruição foi inexplicável. Em
um raio de 750 km as pessoas puderam contemplá-lo em
plena luz do dia e ouviram o estrondo provocado por sua
queda a uma distância de 80 km. Nuvens negras e espessas
ergueram-se sobre o local da detonação e uma chuva negra
de sujeira e partículas, caiu na Rússia central. O vidente de
431
Patmos pode ver em sua visão profética uma montanha

afogueada na forma meteórica.
A TERCEIRA TROMBETA
10. “E o terceiro anjo tocou a trombeta, e caiu do céu
uma grande estrela, ardendo como uma tocha.”
Aqueles que fizerem fluir o sangue dos santos e dos
profetas beberão água tóxica e amarga, por causa da queda
da estrela chamada absinto. O vocábulo absinto no hebraico
“la'anâh” e no grego “apsinthos.” É uma planta da família
das artemíseas cujo nome significa “a maldita,” não tanto
porque os judeus a usavam como veneno, mas por causa de
seu amargor. Simboliza a amargura e tem relação com o fel, o
veneno da iniquidade e da maldição Lm 3.15. Quando Israel
saiu do Egito, após caminhar três dias pelo deserto de Sur,
chegaram em Mara e encontraram águas amarguíssimas Ex
15.23. Podemos ver aqui a numerologia e a tipologia
proféticas: o número três está relacionado com a terceira
trombeta, e o destino da humanidade sem Cristo é beber das
águas absintosas. Aqueles que rejeitaram a água cristalina da
vida gargalaçarão da água alósnica e mortífera.
432
A QUARTA TROMBETA
12. “E o quarto anjo tocou a trombeta, e foi ferida a
terça parte do sol, e a terça parte da lua, e a terça
parte das estrelas.”
Os astrônomos ficarão estupefatos com as mudanças
inesperadas nos astros. Será uma noite sem lua e sem
estrelas. A astrologia que é o estudo que visa estabelecer uma
correspondência entre o sol, a lua, as estrelas, a vida e os
fenômenos que ocorrem na terra. Baseia-se na crença de que
os corpos celestes distribuem de tal forma que pode revelar o
futuro, a personalidade e o caráter das pessoas. Atualmente
os astrólogos observam os corpos celestes para
compreenderem o que se passa na terra. Um horóscopo
mostra a posição dos planetas em relação à terra e as estrelas
num determinado momento. Durante o toque da quarta
trombeta haverá mudanças bruscas nos astros e os astrólogos
ficarão desnorteados e não poderão, fazer a leitura do mapa
astral e nem fazer previsões do futuro. Mesmo, hoje, eles
nada podem fazer com as previsões futurólogas. Agradecemos
a Deus porque a nossa vida é guiada por Cristo o Sol da
justiça e a Estrela da manhã, e não por movimentos astrais.
433
13. “E olhei e ouvi uma águia voar pelo meio do céu,

dizendo com grande voz: Ai! Ai! Ai dos que habitam
sobre a terra, por causa das outras vozes das
trombetas dos três anjos que hão de ainda tocar!”
Essa ave falconídea é o símbolo do juízo súbito sobre a
terra Dt 28.49; Hc 1.8; Mt 24.28. Ela passou pelo céu
crocitando o anúncio de três grandes ais. As sete trombetas
estão divididas em duas partes: primeiramente serão tocadas
quatro; e depois três. As últimas três são chamadas de ais,
por serem mais severas do que as quatro primeiras.
434
44
MENSAGEM
TEMA: A QUINTA E A SEXTA TROMBETAS
TEXTO: AP 9.1-21
INTRODUÇÃO
Vinte e cinco versículos formam um entreato entre a
sexta e a sétima trombetas. O juízo da quinta trombeta é
chamado de o primeiro ai! João teceu maiores detalhes acerca
da quinta trombeta mais do que as quatro anteriores. Os
juízos das quatro primeiras trombetas atingirão o mundo
natural e visível, mas, a quinta e a sexta trombetas afetarão a
esfera invisível. Essa estrela não é um meteoro, mas, um ser
racional. Como obra da criação a estrela não possui
características de um ser que pensa, que sente e que age. Ela
não pode exercer a capacidade de manusear uma chave. Essa
estrela é o Diabo. Satanás age como estrela caída e comanda
um exército de demônios de classe infernal que são provindos
do poço do abismo que é a região interna mais profunda
conhecida como Tártaro. Não podemos confundir o poço do
abismo com o lago de fogo Ap 20, e nem com o Hades que é
local dos espíritos separados do corpo. Abismo no grego
“abussou” que significa “profundeza insondável.” É um lugar
de trevas horripilantes onde esta reservada uma classe de
435
espíritos para o dia do juízo Jd 6. Os demônios demostram um

medo aversivo pelo abismo Lc 8.31. O próprio Satanás será
encarcerado nele durante o milênio 20.3. Somente Deus pode
trancar e destrancar esse túnel de entrada e saída para o
abismo. O poder de Satanás é limitado pelo que vimos citado:
“E foi-lhe dada.”
3. “E da fumaça vieram gafanhotos sobre a terra; e foi-

lhes dado poder como o poder que tem os escorpiões
da terra.”
A fumaça espessa e esvoaçadora representam as trevas
cegadoras da ilusão que Satanás derrama na mente e no
coração dos seres humanos entorpecendo-os com a sua
maleficidade. A oitava praga enviada ao Egito, foi causada
pela invasão dos gafanhotos que acabou desafiando a deusa
Serápis Ex 10.12-20. Os hebreus conheciam 800 espécies de
gafanhotos. Há duas famílias as quais pertence o gafanhoto:
Tettigonidae e a Locustidae. O gafanhoto salta 20 vezes a
dimensão de seu corpo, e, se o homem tivesse essa
habilidade saltaria 35 metros. Em ambos os lados de sua
cabeça fica um olho, que consiste de centenas de lentes,
permitindo que ele tenha uma visão de 360 graus. Os
gafanhotos quando saem em enxames formam nuvens que
chegam a eclipsar o sol ao meio dia.
436
Na visão do profeta Joel, os gafanhotos são símbolos

dos exércitos invasores, destruidores e exterminadores Jl 2.1-
17; Jz 6.5; Jr 46.23. O gafanhoto é um dos símbolos mais
forte para representar as forças do inimigo.
5. “E foi-lhes permitido, não que os matassem, mas

que por cinco meses os atormentassem; e o seu
tormento era semelhante ao tormento do escorpião
quando fere o homem.”
A duração desse tormento é baseada no tempo de vida
de um gafanhoto, que são cinco meses. Cinco meses é
também a temporada deles que vai maio a setembro. O
tormento do toque da quinta trombeta está restringido a duas
limitações: o período será de cinco meses, e não será para a
morte. Nessa época a morte será encarcerada e entrará em
ação essa casta voraz e maléfica que não prejudicará as ervas
da terra e nem o meio ambiente, mas, somente aqueles que
não tiverem o selo de Deus. Da mesma forma como o
endemoninhado gadareno sofreu terríveis agruras físicas,
psíquicas e espirituais nas garras daquela legião de quase
2.000 demônios os habitantes da terra padecerão terrores
horripilantes por causa dos ataques desses gafanhotos –
escorpiões Lc 8.26-30. O sofrimento de uma pessoa
atualmente nada significa diante daquela tragédia mundial.
437
Hoje, os agentes de Satanás trabalham de forma limitada, e

naqueles dias eles terão total liberdade para torturar os seres
humanos. As locustas atacam de vez em quando; nesse
flagelo, os habitantes da terra serão atacados diuturnamente.
Jó pode sentir o que é ser afligido por Satanás Jó 1.12. No
toque dessa trombeta as pessoas serão aguilhoadas em larga
escala. O suicídio não será possibilitado e os gafanhotos não
poderão praticar uma chacina.
6. “E naqueles dias os homens buscarão a morte e não

a acharão; e desejarão morrer, e a morte fugirá deles.”
No tempo presente os homens fazem uso de todos os
recursos da ciência médica para evitar a morte; mas naqueles
dias o suplício será estarrecedor. A morte será invocada pelos
homens como alívio, porém ela fugirá de todos. Os homens
que não quiseram buscar a vida nesse tempo procurarão a
morte. Esse flagelo será imensurável porque os homens que
forem ferroados por esses gafanhotos – escorpiões não terão
nem alívio e nem morrerão. Jesus Cristo nos alimenta hoje
com pão, peixe e ovo; na grande tribulação os homens serão
alimentados com pedra, serpente e escorpião. São expressões
máximas para os tormentos Lc 11.11,12.
438
Os Aspectos dos Gafanhotos – Escorpiões

Um provérbio árabe antigo descrevia o gafanhoto como
tendo a cabeça do cavalo, o peito do leão, os pés do camelo,
o corpo como de uma cobra e as antenas como o cabelo de
uma donzela. Nesse simbolismo podemos ver como eles
desfiguraram de maneira terribilíssima. O homem que vive nas
sendas do pecado também é desfigurado espiritualmente.
Devido à ferroada mortal o escorpião pode representar a
heresia e o demônio.
7. “cavalos aparelhados.”
Há uma leve semelhança entre a cabeça de um cavalo e a
de um gafanhoto Jl 2.4. Podemos ver nesse simbolismo que
eles atacarão de forma súbita e velocíssima. Nos países onde
os gafanhotos são abundantes, como na Itália, eles são
chamados de cavalinhos. Os gafanhotos naturais viajam
enfileirados a 110 metros de altura e cerca de 7 quilômetros
de extensão.
“umas como coroas semelhantes ao ouro.”
Eles são vistos como pertencente ao reino infernal e a
uma falsa soberania. Eles são simuladores da realeza divina.
“o seu rosto era como rosto de homem.”
439
Retrata a inteligência maligna desses agentes diabólicos

bem como a autoridade e a perspicácia de aplicar a dor.
8. “E tinham cabelos como cabelos de mulher.”

Referem-se as suas antenas compridas que são símbolos
de sua vaidade, glória maligna e abuso sexual com que eles
levam os seres humanos a se corromperem. São sujeitos a
Satanás e não a Deus.
“os seus dentes eram como de leão.”
Dizem da insaciabilidade em amofinar os seres humanos
com fúria infinita. São hostis e cruéis ao extremo.
Querubins celestiais Querubins infernais

Leão Cavalo
Bezerro Homem
Homem Leão
Águia Escorpião
9. “E tinham couraças como couraças de ferro.”

Fala de proteção e da inatingibilidade desses adversários
demoníacos.
“e o ruído das suas asas era como o ruído de carros.”
Eles possuem uma habilidade fora do comum para
movimentarem-se em todo o globo terrestre em poucos
440
segundos. O desejo insaciável de flagelar é expresso de forma

acústica. O gafanhoto natural produz um som ensurdecedor
em razão de que ele esfrega as pernas traseiras nas asas
dianteiras.
10. “E tinham cauda semelhante à dos escorpiões e

aguilhão na cauda.”
Os escorpiões pertencem à classe Arachnida. É um
animal invertebrado, antrópode e que atualmente tem sido
registrado 1.600 espécies. Tanto o aspecto quanto o aguilhão
venenoso do escorpião fazem com que as pessoas venham
temê-los. A maior parte dos escorpiões são amarelos ou
pretos, atingindo 1,5 a 20 cm de comprimento. Os olhos
podem ser de 6 a 12 dependendo da espécie. Suas atividades
são noturnas. Foram os primeiros a conquistar o ambiente
terrestre. São animais carnívoros; na falta de alimentação
praticam o canibalismo. O escorpião diabólico amarelo é o pior
de todos. No metassomo do escorpião que é chamado de
cauda se encontram o ferrão e duas glândulas de veneno e o
ânus. Algumas substâncias são encontradas no veneno do
escorpião: neurotoxinas, histaminas, seratonina e enzimas. O
veneno atua no sistema nervoso da pessoa picada, causando
dor, pontadas, aumento da pulsação cardíaca e diminuição da
temperatura do corpo. Os escorpiões são representações do
441
que é sinistro, mau e diabólico. Serpentes e escorpiões

simbolizam o abismo e a morte. Jesus apresenta alguns
contrastes assim: se o filho (o fiel) pede um ovo (a vida), não
receberá de seu Pai (Deus) um escorpião (morte) Lc 11.12.
Os Sintomas Provocados Pela Ferroada do Escorpião

> Sudorese;
> Visão embassada;
> Náuseas;
> Vômitos;
> Dor abdominal;
> Diarréia;
> Arritmias cardíacas;
> Edema pulmonar;
> Confusões mentais.
Os gafantotos – escorpiões trarão dores físicas, psíquicas
e espirituais. Suas vítimas serão envenenadas e atormentadas
até o desvario. Gafanhoto + escorpião = destruição e dor.
11. “E tinham sobre si rei, o anjo do abismo; em

hebreu era o seu nome Abadom, e em grego, Apoliom.”
O gafanhoto comum não tem rei segundo o biólogo e
naturalista Salomão Pv 30.27. Os gafanhotos demônios
possuem um rei. Os gafanhotos comuns não tendo rei são
442
organizados, e os infernais possuindo um líder são

organizadíssimos. O anjo do abismo é chamado na língua
hebraica “Abadom”, “destruição”, “perdição”, e no grego
“Apollyon, “destruidor.” Há sempre uma imitação satânica,
observe: como Cristo é Jesus o Salvador; Abadom é chamado
Apoliom o destruidor. Satanás é o chefe maioral do poder das
trevas; ele abrirá o poço do abismo e uma potestade chamada
de anjo do abismo será o rei dessas locustas malignas. O
professor Jorge Fernandes expressa: “Assim como o hebraico
precede do grego, assim também o judeu é mais culpado do
que o gentio”. A ordem, tanto na graça como no juízo é:
primeiro o judeu, depois o gentio. Esses dois nomes, em
hebraico e grego dizem de duas categorias: um judaísmo
corrupto e um cristianismo apóstata.”
A CAVALARIA INFERNAL
13. “E tocou o sexto anjo a trombeta, e ouvi uma voz
que vinha das quatro pontas do altar de ouro que
estava diante de Deus.”
Essa visão de João não se trata do grande exército dos
invasores partos, antigos inimigos de Roma que vieram
trazendo destruição e terror como afirmam alguns
escatologistas. O altar mencionado nesse texto é o mesmo do
8.3, onde estavam depositadas de forma segura as orações
443
dos mártires que diziam: “Até quando, ó Senhor?” 6.10. A voz

é oriunda do altar de ouro de onde foi autorizada a soltura
para que houvesse o tropel da cavalaria demoníaca para
massacrar 1/3 parte da humanidade. Com o trombetear desse
anjo é identificado o segundo ai! É necessário frisar que os
quatro anjos do 7.1-3, são anjos controladores da natureza
pertencentes a Deus, enquanto os quatro do 9.14 são
diabólicos.
14. “Solta os quatro anjos que estão presos junto ao

rio Eufrates.”
Esses são os comandantes da cavalaria infernal. Eles
estavam presos na Penitenciária de Segurança Máxima devido
ao famigerado desejo corruptor permanente contra a carne Jd
6. Biblicamente existem alguns lugares de prisões para os
demônios: o abismo; a prisão junto ao Eufrates e o lago de
fogo. O nome Eufrates no acádico Purattu, no hebraico Perat,
e no grego “Eufranten” e no persa Ufratus. O nome significa
“fertilizante.” Esse vocábulo está registrado 50 vezes na Bíblia;
a primeira em Gn 2.14 e a última em Ap 16.15. É chamado
pelos escritores sagrados de o Grande rio por excelência Dt
1.17; Js 1.4; e, em Dt 11.24, apenas, o rio. Seus mananciais
tem origem nas montanhas armênias. O Eufrates é o mais
largo e o mais extenso da Ásia ocidental com um comprimento
444
de 2.600 km desde a nascente até a sua foz no golfo Pérsico.

A região do Eufrates tem sido ao longo dos séculos o palco de
vários acontecimentos relacionados com o homem. Foi o lugar
da queda do homem; do primeiro homicídio; das maiores
idolatrias; berço das grandes civilizações mundiais; da
confusão das línguas e dos dois maiores males que vieram
contra Israel e Judá que foram os cativeiros assírio e
babilônico. Até hoje é uma região de conflito ininterrupto e de
grandes chacinas e mazelas.
16. “E o número dos exércitos dos cavaleiros era de

duzentos milhões.”
O grande exército dessa cavalaria era composto de
20.000 x 10.000 = 200.000.000, que é um número completo.
Na matemática escatológica podemos ver que cada um dos
quatro anjos comandava 50.000.000 deles. Essa visão
profética nada tem a ver com os tanques de guerra e nem
com os aviões de combate de última geração. O número
dessa cavalaria é apenas um pouco maior do que a população
do Brasil que é composta de 186,4 milhões (2005). Essa tropa
diabólica não se trata do grande exército dos invasores partos,
a partir da fronteira do Império. Muitos teólogos nunca
expulsaram demônios e acabam não acreditando na existência
445
deles. Antes do rapto da igreja nenhuma data foi estabelecida,

mas depois dele todos os períodos são fixados.
17. “e os que sobre eles cavalgavam tinham couraças

de fogo, e de jacinto, e de enxofre.”
Jacinto no grego “uakinthinos.” É uma pedra de cor
vermelho – alaranjado de um braço de cristal encarnado,
muito raro, e que polido adquire um grande brilho. Aparece
como a primeira pedra da terceira ordem no peitoral do sumo
sacerdote Ex 28.19, e no undécimo fundamento da Nova
Jerusalém 21.20. O enxofre é usado na produção de ácido
sulfúrico; produção de fosfato; sulfato de amônia e produtos
químicos diversos. Quando queimado arde produzindo um
cheiro insuportável de ovo podre. É chamado no latim, súlfur,
no grego “theion” e no hebraico gophrith que significa “o
mineral.” É um elemento químico de símbolo S, número
atômico 16 (16 prótons e 16 elétrons) e de massa atômica 32
m. Ele tem uma coloração amarela, mole, frágil e leve. O
Novo Comentário da Bíblia diz: “Os cavaleiros tem couraças de
vermelho fogo, azul flamejante e amarelo sulfúrico.” Esses
elementos simbolizam o tormento eterno no lago de fogo.
“e a cabeça dos cavalos era como cabeça de leão, e de

sua boca saía fogo, fumaça, e enxofre.”
446
Esses ginetes tinham a força na boca enquanto que o

cavalo comum a tem no pescoço. Os homens serão
atormentados pelas caudas em forma de serpentes e mortos
pelas mordidas leônicas e pelo bafo mortífero. Esse juízo será
pior do que o anterior; podemos ver isto quando João diz que
os dentes dos gafanhotos da quinta trombeta eram parecidos
com os do leão. Agora, nesses cavalos a cabeça é parecida
com a do leão, demonstrando a gravidade incontestável desse
castigo. Todo esse conjunto simbólico representa força,
energia, malignidade, agressividade e destruição implacável.
Enquanto a cabeça fala do poder de destruição a cauda
representa a falsidade Is 9.15. Essa praga será terribilíssima,
porque no juízo da quinta trombeta os homens procuravam a
morte, e ela fugia; mas agora, de uma só vez será ceifada 1/3
parte dos homens. A morte dos primogênitos no Egito
ocorrera numa noite, e essa devassa mundial será apenas
num dia determinado. No Egito morreu apenas o filho
primogênito de cada família que não tinha a marca de sangue
nos umbrais das portas, mas, nesse flagelo, de cada três
pessoas vivas uma será assassinada por esses monstros
demoníacos. Haverá no planeta uma carnificina horrenda.
447
21. “E não se arrependeram dos seus homicídios, nem

das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem das
suas ladroeis.”
A escalada de toda a sorte de males terá um índice
elevado nesse tempo aflitivo. Os homicídios atualmente são
alarmantes e não podem ser comparados com os daqueles
dias. Dados publicados pelo jornal “O Estado de Minas” em
24/07/05 fez notório aos seus leitores que o Brasil é o país
que ocupa o primeiro lugar em homicídios, 27 por 100.000
habitantes e ocupa o último lugar em domicílios com armas.
Estatísticas de Homicídios por País
Por 100.000 Domicílio com
País habitantes armas
Brasil 27 3,5 %
Estados 6 52%
Unidos
Canadá 3 30 %
Itália 2 17%
França 1,5 24,5 %
Suécia 1,5 15%
Suíça 1 35%
Taxa de Homicídios Entre os Jovens

> 1980: 30 por 100.000 habitantes;
>1990: 32,5 por 100.000 habitantes;
448
>2000: 52 por 100.000 habitantes.

1993 a 2002, o número de jovens entre 15 e 24 anos
assassinados no Brasil cresceu 88,6%. Na população geral, o
crescimento foi de 62,3%, índice mais de quatro vezes maior
que o aumento da população total: Colômbia, El Salvador e
Rússia.
Encontramos as classificações sociais envolvidas com os
falsos deuses: os ricos adorando os deuses de ouro e de
prata; os de classe média os de bronze e de pedra, e os
pobres os de madeira. Nos dias de Paulo em Atenas tinha
cerca de 30.000 deuses mitológicos. Na Índia tem milhares de
deuses. O catolicismo tem contribuído muito no desvio
espiritual das nações levando seus adeptos a abandonarem a
genuína adoração ao Deus vivo. A catalogação idolátrica tem
registrado cerca de 6.700 santos.
Os Nomes Dos 14 Santos de Emergência

> Santo Inácio. Contra a dor de cabeça;
> São Gil. Para tirar o medo;
>Santa Bárbara. Para baixar a febre;
> São Brás. Contra os males da garganta;
> São Jorge. Contra os males da pele;
> Santa Catarina. Contra a morte súbita;
> Santa Margarida. Para problemas nos rins;
449
> São Pantaleão. Para problemas nos pulmões;

> São Guido. Para os epiléticos;
> São Cristóvão. Para evitar acidentes;
> São Ciríaco. Contra depressão;
> São Dinis. Contra enxaqueca;
> Santo Erasmo. Contra cólicas intestinais;
> Santo Eustáquio. Alivia o desespero.
Podemos notar que para Jesus o Médico dos médicos

não há lugar no catolicismo. Tanto a feitiçaria como as seitas
tem crescido de forma alarmante: islamismo 1,2 bilhões;
hinduísmo 900 milhões; budismo, 330 milhões; religiões
chinesas, 225 milhões; religiões indígenas, 190 milhões;
religiões africanas, 20 milhões; sikhismo, 18 milhões;
judaísmo, 15 milhões, jainismo, 4 milhões e xintoísmo,
milhões. Feitiçaria no grego é “pharmakéia” que expressa
feitiçaria, mágica, magia. Uso de drogas, para adivinhação ou
cura. A prostituição tem proliferado de tal forma que em
dezembro de 2000, a Organização das Nações Unidas, tentou
dar a luz á estatística, trazendo um relatório contabilizando
100.000 crianças e mulheres que ganham a vida vendendo o
próprio corpo, número que perderia apenas para os Estados
Unidos, Índia e Tailândia. As pessoas mais espertas e melhor
informadas chegam a ganhar mais de 1 milhão de reais e as
450
menos esclarecidas por um valor simbólico que varia entre

1,99 e 20 R$. O tráfico de mulheres atua no Brasil aliciando
principalmente mulheres jovens. A maioria tem entre 18 e 21
anos. Em seguida apareceu o grupo com idade entre 21 e 30
anos. A análise dos processos mostra ainda que para os
traficantes suas vítimas por critérios como desinibição, porte
físico, dotes artísticos e cor da pele. Tanto furto, como assalto
a mão armada, latrocínio, fraude em seguros, furto em
residência vem crescendo no Brasil de forma incontrolável.
Nesse momento enquanto estas linhas estão sendo redigidas
existem várias pessoas em cativeiro no domínio de
sequestradores no Estado de São Paulo. E as forças federais
no Rio de Janeiro para combater os traficantes e as ações
terroristas dos bandidos contra civis queimando os ônibus de
transporte coletivo.
451
ROUBOS DE CARGAS NO BRASIL
Ano Número de ocorrências

1999 4.967
1998 4.341
1997 3.800
1996 3.200
1995 2.700
1994 2.566
Encontramos, portanto no verso em apreço os quatro

pecados característicos que englobam os demais. Se o castigo
fosse a fonte geradora de conversões e de transformações os
ímpios e os desviados nessa ocasião todos se voltariam para
Deus, porque a aflição daqueles dias e a mortandade serão
sem igual na história da humanidade. Os homens adoram e
adorarão todos os tipos de imagens de esculturas, e os falsos
santos do catolicismo romano, menos a Cristo o centro de
todas as coisas e Redentor eterno. Foram bem colocadas as
notáveis palavras do Dr. Rui Caetano Barbosa de oliveira
quando expressou: “De tanto triunfar as nulidades, de tanto
ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de
tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o
homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter
452
vergonha de ser honesto.” Hoje, a iniquidade é proliferante,

naqueles dias será multiplicada e ínfima. O Espírito Santo que
controla a vida do cristão, as paixões carnais e que convence
o homem do pecado da justiça e do juízo, não estará mais na
terra para refrear esses desejos, sanhas, paixões e maldades,
portanto a humanidade na grande tribulação estará entregue
aos excessos.
453
45
MENSAGEM
TEMA: O LIVRINHO DOCE - AMARGO
TEXTO: AP 10.1-11
INTRODUÇÃO
João esteve em êxtase do capítulo 4 até o 9. Mas, nessa
visão, ele se encontra na terra porque afirmou: “que descia do
céu.” O profeta antes de descrever o toque da sétima
trombeta apresenta-nos o segundo interlúdio do livro que é
composto de 25 versetos, 10.1-11.14. Esse Anjo forte é o
próprio Senhor Jesus Cristo visto antecedentemente como
Anjo- Sacerdote no 8.3. Foi chamado no Velho Testamento de
Anjo de Jeová ou do Senhor Gn 22.15; Ex 23.23.
As Características Perfulgentes do Anjo Forte

“Vestido de uma nuvem”
Segundo as Escrituras as nuvens são os veículos de alta
precisão usados pelos seres celestiais em suas trajetórias no
universotódromo Sl 104.3; Dn 7.13. Nesse símbolo
encontramos Cristo vestido de glória. O Mestre envolto de
454
uma nuvem fala de sua aparição como num reconhecimento

da Terra de forma secreta para apossá-la posteriormente; e
vir sobre as nuvens, fala de sua manifestação visível na vinda
em glória Mt 24.30.
“O arco celeste”
Fala da fidelidade no pacto e da misericórdia
inesquecível. Esse arco é um tipo de diadema de glória.
“O rosto era como o sol”
Aponta para a santidade refulgente e a sua majestade,
porque Ele é o Sol da justiça.
“Os pés como colunas de fogo”
Fala de sua conquista irresistível, estabilidade e de sua
atividade judicial.
2. “e tinha na mão um livrinho aberto e pôs o pé direito

sobre o mar e o esquerdo sobre a terra.”
No capítulo 5 deparamos com um livro lacrado com sete
selos que o Leão da tribo de Judá tomara da mão do Pai;
agora, diante de um grande bramido leônico João toma da
mão esquerda do Anjo forte. Esse livrinho é chamado no
grego de “biblarídion” por se tratar de uma parte do projeto
judicial de Deus com as nações. É o livro de profecia final.
Muitos asseveram que nesse livreto estão às profecias
veterotestamentárias que estarão em evidência com a nação
455
profética de Israel no período tribulacional. O particípio

perfeito passado na língua grega indica que foi aberto e
permanece aberto. Foi apresentado dessa forma para ficar
patente que o cumprimento seria sem delongas. Outros
estudiosos dizem que o primeiro livro trata dos capítulos 1-11;
e, que este livrinho abarca os capítulos 12-22. Não é
verossímil, porque eles não são do mesmo tamanho. Esse
livrinho não tem nada a ver com a liberdade religiosa, e nem
com a época da Bíblia traduzida, como hoje se encontra em
1000 línguas e dialetos, ou seja, 50% das línguas faladas no
mundo atual. A cada minuto 50 Bíblias são vendidas, atingindo
72.000 exemplares diários (2006). A escola de interpretação
histórica ensina que é essa a época do livrinho aberto, o que
nós futuristas refutamos! No tempo desse cumprimento
profético estaremos nas bodas do Cordeiro e o anticristo
extinguirá todos os exemplares das Escrituras do mundo. Se o
Anjo deixou o livrinho aberto, às denominações atuais não
poderão manter fechado o livro do Apocalipse. A posição dos
pés do Anjo forte no mar e na terra firme fala de seu domínio
mundial e da importância de sua mensagem.
456
3. “e clamou com grande voz, como quando brama o

leão.”
O bramido foi de um poder acústico para desfalecer o
anticristo e aqueles que fazem do globo terrestre um objeto
de espoliação física, moral e de política maquiavélica. Nesse
texto passamos rever o leão da tribo de Judá com voz grave e
altissonante manifestando Sua majestade, domínio e
irresistibilidade Jr 25.30; Os 11.10. Cristo libera seus bramidos
para tomar posse da terra e restaurá-la sem demora.
“E havendo clamado, os sete trovões fizeram soar as
suas vozes.”
A palavra trovão aparece 10 vezes nesse livro profético.
Esses trovões são a voz de Deus em sua plenitude trazendo
terror como Supremo Magistrado da Corte do Universo
(SMCU), advertindo os homens acerca de seus juízos
inflamados Jó 26.14; Sl 29.3-9. Esses trovões sétuplos
estavam advertindo as nações no que tange aos cataclismos
futuros mais severos como os da sete taças da ira de Deus.
4. “Sela o que os sete trovões falaram e não o

escrevas.”
Tanto Daniel como João receberam ordens para deixar
parte das visões seladas porque o tempo do cumprimento
ainda não havia chegado Dn 12.9. A João foi determinado
457
para não redigir a mensagem dos sete trovões. É melhor

vivermos preparados em comunhão com Deus do que
especularmos o que Ele tem reservado para o fim, e que não
foi revelado às criaturas humanas 2 Co 12.4. Esta é uma
porção do livro da Revelação que fica sem explicação por
qualquer, exegeta, hermeneuta e escatologista. Qualquer
conjectura será mera especulação. Quando o Anjo declarou a
João que não haveria mais demora, Jonh Stott diz: “A
revelação feita a Daniel foi escrita referindo-se a história como
futura e o fim dos tempos ainda remoto, mas a revelação feita
a João põe-nos frente a frente com o fim dos tempos, como
parte da perspectiva imediata das nossas vidas.” Hoje, não
somos informados acerca do que os sete trovões disseram,
mas em breve saberemos em minúcias.
9. “E fui ao anjo, dizendo-lhe: Dá-me o livrinho. E ele

disse-me: Toma-o e come-o, e ele fará amargo o teu
ventre, mas na tua boca será doce como o mel.”
Os profetas Ezequiel e Jeremias tiveram experiências
gastronômicas espirituais semelhantes ás de João ao degustar
o livrinho Ez 2.9; 3.2-3: Jr 15.16 - 17. Na boca era doce, o
que demonstra ser salutar receber uma revelação de Deus
que clareia a mente e adocica o paladar espiritual Sl 119.103.
Comer o livro refere-se à assimilação geral da palavra
458
profética. Amargo no ventre refere-se à responsabilidade em

anunciar os castigos. Jonas quando foi enviado pelo Senhor a
pregar em Nínive capital do império assírio que hoje é a parte
norte do Iraque, sentiu o amargor de pregar a destruição
daquela cidade. O dom de profecia também é doce porque
exorta, edifica e consola; mas, o ministério de profeta quase
sempre é amargo.
459
46
MENSAGEM
TEMA: AS DUAS TESTEMUNHAS
TEXTO: AP 11.1-14
INTRODUÇÃO
Testemunha no grego “martúrion”, pessoa que é
chamada a depor sobre aquilo que viu ou ouviu e está
disposto a entregar a própria vida em defesa do testemunho
verdadeiro. A lei deuteronômica prescrevia que duas
testemunhas poderiam testificar contra alguém em juízo Dt
19.15,16. Nos grandes projetos de Deus, Ele sempre enviou
os seus servos e empregou o método de dois em dois,
vejamos: Moisés e Arão; Josué e Calebe; Gideão e Purá; Elias
e Eliseu; Eliseu e Geazi; Josué e Zorobabel; os 70 enviados,
de dois em dois; Paulo e Barnabé; Pedro e João; dois anjos
testificaram a ressurreição de cristo e dois atestaram a sua
ascensão. Segundo a numerologia oriental o número 2
simboliza fortaleza. Estas duas testemunhas não representam
a igreja testemunhando para Israel como tem sustentado
460
algumas interpretações; porque no capítulo quatro

encontramos a igreja de Cristo glorificada no céu. Elas estarão
em Israel fisicamente como arautos que promoverão a
conversão do povo judeu. Usarão trajes rústicos numa
humilhação dramática para anunciar a gravidade do conteúdo
da mensagem Zé 13.4.
Pressuposições Errôneas Sobre as Duas Testemunhas

Ao longo dos séculos muitas teorias fantasiosas foram
levantadas como meras conjecturas para declarar quem são
as duas testemunhas. Um castelo de folclorismo teológico foi
criado.
> Enoque e Elias;
> Moisés e Elias;
> O Velho e o N. Testamentos;
> Dois anjos;
> A igreja verdadeira e a Palavra de Deus;
> Pedro e Paulo;
> Moisés e os profetas;
> A verdadeira igreja e o pregador;
> O espírito militante dos cristãos e o testemunho deles;
> A Palavra e o Espírito.
João Batista teve um ministério semelhante ao do
profeta Elias, tanto na severidade profética como no traje
461
diário, mas não era Elias. Esses dois profetas escatológicos

terão um ministério uniforme ao de Moisés e Elias. Todavia
eles não voltarão a este mundo. Os cristãos que forem
arrebatados não precisarão voltar ao planeta terra no final da
grande tribulação para morrerem, e sim, para reinarem com
Cristo no milênio. Assim, sendo, nem Enoque e nem Elias
terão que voltar para morrer. Quando a nação de Israel
passava por um período de crise, mormente no tempo dos
juízes, o Senhor levantava um libertador para descativá-la das
garras opressoras dos inimigos; da mesma forma, na grande
tribulação, Ele levantará as duas testemunhas para bradar
contra o pecado reinante e o anticristo.
4. “Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais.”

No livro do profeta Zacarias encontram-se dois
personagens: Josué e Zorobabel, que atuaram como líderes,
um civil e outro religioso, os quais foram denominados de
duas oliveiras Zc 3.1; 4.6,7. Eles irão testemunhar com grande
unção (oliveiras) e um testemunho brilhante (castiçais).
A Mensagem Que as Duas Testemunhas Pregarão

> Combaterão o pecado, a feitiçaria e a rebelião contra Deus;
> Pregarão contra o egocentrismo e a veneração
generalizada ao anticristo;
462
> Anunciarão veementemente à volta de Cristo em glória;

> Contestarão a rejeição aversiva dos judeus contra a
divindade de Cristo;
> Proclamarão indubitavelmente os juízos mais severos que
castigarão os homens e o globo terráqueo.
5. “E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da

sua boca e devorará os seus inimigos.”
O fogo projetado da boca, diz da autoridade da Palavra
sobre os maus Jr 5.14, bem como das chamas literais
desferidas contra os opositores da verdade. As testemunhas
precisarão fazer uso desse fogo para combater a idolatria do
anticristo, do falso profeta e de seus adoradores.
6. “Estas têm poder para fechar o céu, para que não

chova... e têm poder sobre as águas para convertê-las
em sangue e para ferir a terra com toda sorte de
pragas, quantas vezes quiserem.”
Por algum tempo o sistema climático será submetido a
variações e haverá também mutações nas fontes de água,
para que o anticristo e o sistema da nova ordem mundial
saibam que essa dupla de profetas é enviada por Deus.
463
7. “a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e as

vencerá, e as matará.”
Encontramos neste texto em tela a primeira citação
acerca do anticristo o líder mundial. Esta besta é a ponta
pequena vista por Daniel na visão profética que fura
conicamente fará passar o rolo compressor de ódio contra os
santos de Israel Dn 7.8. Quando o texto diz que a besta que
sobe do abismo, está fazendo alusão de sua origem e
autoridade maligna. Nesse período a perseguição cruenta e
sangrenta ceifará milhares de santos. As testemunhas estarão
blindadas pela proteção divina contra qualquer combate
durante 1.260 dias, assim como os israelitas foram protegidos
durante o desencadeamento das dez pragas em terras
faraônicas. As testemunhas serão imortais até concluir a
missão profética. Tanto elas, como os 144.000 serão
inatingíveis.
8. “E jazerá o seu corpo morto na praça da grande

cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e
Egito.”
A morte destas testemunhas marcará o meio da grande
tribulação. Sodoma é o emblema da devassidão e o Egito da
opressão. O profeta Isaías bradou contra a obstinação e a
464
rejeição à Deus pelos príncipes de Jerusalém dizendo assim:

“... Príncipes de Sodoma... povo de Gomorra” Is 1.10.
9. “... e nações verão seu corpo morto por três dias e

meio, e não permitirão que o seu corpo morto seja
posto em sepulcro.”
O anticristo não permitirá o sepultamento desses dois
profetas como ato preventivo de que seus corpos não sejam
furtados como foi propagada a mentira dos judeus em relação
ao corpo do Mestre. A morte e a ressurreição de Cristo foram
acompanhadas de terremotos. Agora, as duas testemunhas ao
ressuscitarem, um terremoto sacudirá a cidade Santa e levará
a óbito 7.000 homens. Jesus e as duas testemunhas
ganharam a vitória por meio da morte. Não aceitar o serviço
fúnebre das testemunhas é um ato de enxovalho, ignomínia e
opróbrio 1 Rs 21.24; Jr 8.1,2; 14.16.
10. “porquanto estes dois profetas tinham

atormentado os que habitam sobre a terra.”
A expressão: “os que habitam sobre a terra”, é a
maneira bíblica de designar o mundo pagão e cético 17.8. Os
inimigos trocarão presentes para comemorar a morte deles,
muito mais do que em festa natalina. Como que o mundo se
alegra com a morte dos porta-vozes de Jeová?! Eles serão
465
chamados de perturbadores no tempo da Nova Ordem

Mundial, porque incomodarão o anticristo e os apóstatas,
porque o mundo estará atopetado de anarquia, de feitiçaria e
egocentrismo crônico. Elias o profeta do fogo em tempos de
crises foi chamado pelo rei Acabe de perturbador de Israel 1
Rs 18.17.
11. “E, depois daqueles três dias e meio, o espírito de

vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre
os pés.”
Cristo ressuscitou após três dias; Lázaro depois de quatro
dias, e as duas testemunhas após 3½ dias. O mesmo Espírito
de vida que levantou um grandioso exército no vale de ossos
secos Ez 37.10; e que ergueu a Cristo da tumba gélida Rm
8.11; levantará as duas testemunhas em praça pública. O
triunfo dos inimigos será provisório, assim como foi
temporária a alegria dos infaustos de Daniel quando ele foi
jogado na cova dos leões Dn 6.24. A conversão do povo judeu
será acompanhada pelo extraordinário milagre de
revivescência dos dois profetas.
466
12. “E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus

inimigos os viram.”
O ministério deles fará os judeus lembrarem-se do
ministério de Cristo, no que tange a morte, a ressurreição, a
ascensão e o tempo de ministério que foi de três anos e meio.
João subiu ao céu em êxtase 4.1, e as testemunhas subirão
por meio da ascensão. A ressurreição e a ascensão dessa
dupla divina serão cinematografadas e transmitidas em cadeia
mundial, e trará uma expectação estarrecedora aos olhos da
besta e do falso profeta. Aqueles que foram espetáculo de
degradação e mortos na praça, tornar-se-ão em espetáculo de
fascinação subindo ao céu.
13. “E naquela mesma hora houve um grande

terremoto, e caiu a décima parte da cidade, e no
terremoto foram mortos sete mil homens.”
Quando Cristo morreu, a terra tremeu, e a vitória
inexorável das testemunhas será declarada ao mundo por um
terremoto relevante Mt 28.54. Em numerologia escatológica o
número 10 expressa perfeição na ordem, portanto, podemos
ver que o juízo será completo. Com o abalo sísmico deram
glórias ao Deus dos céus; não por temê-lo na santa
intimidade, mas por causa do pânico.
467
A SÉTIMA TROMBETA
15. “E tocou sétimo anjo a trombeta, e houve no céu
grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram
a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará
para todo o sempre.”
A narrativa suspensa no capítulo 9.1, volta agora dando
continuidade às sete trombetas que constituem o sétimo selo;
e as sete taças da ira de Deus constituem o ai da sétima
trombeta. Essa trombeta não será tocada somente num
momento, mas por um período: “mas nos dias da voz do
sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta...” 10.7. A última
trombeta descrita por Paulo em 1 Co 15.52, encerrará a
dispensação da graça que tem relação com o arrebatamento
da igreja; enquanto que a sétima trombeta, será a última de
um grupo de sete no período tribulacional. O toque
retumbante da sétima trombeta não inicia o fim, mas dará
início ao período do fim, e o princípio do governo milenial de
Cristo.
Se os moradores da terra não derem atenção aos toques
das seis trombetas, como darão a sétima que anuncia o
domínio de Cristo e a eternidade. Toda essa alegria vista no
céu é proveniente da antecipação do Reino e não de seu
estabelecimento real. O domínio de Cristo principiará no
milênio e se estenderá por todos os séculos sem fim. Tudo
468
aquilo que foi predito pelos profetas veterotestamentários terá

deslumbrante finalização.
18. “e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que

sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos
profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o
teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de
destruíres os que destroem a terra.”
Encontramos neste verso uma síntese de tudo que se
segue até o epílogo do livro. O tempo de galardoar chegou.
AS TRÊS CLASSES QUE SERÃO RECOMPENSADAS

> “Teus servos, os profetas” – as duas testemunhas.
> “Os santos” – os que não aceitarem a marca da besta.
> “Os que temem o teu nome” – os convertidos durante a
grande tribulação. É importante que saibamos, quem teme a
Deus, não é preciso ter medo dEle.
19. “E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do

concerto foi vista no seu templo; e houve relâmpagos,
e vozes, e trovões, e terremotos, e grande saraiva.”
O templo aberto significa que a comunicação entre o céu
e a terra será de uma amplitude inigualável. Com a visão
gloriosa da arca da aliança resplandecendo a glória de Deus
469
aos seus servos, o sistema anticristão ruirá como as muralhas

de Jericó e o deus filistino chamado Dagôm Js 6; 1 Sm 5.1-5.
A arca é um sinal de segurança para os justos, e julgamento
para os inimigos. A arca construída no tempo de Moisés e
introduzida no lugar santíssimo do templo de Salomão é
apenas uma réplica da original vista por João. A arca do
concerto Nm 10.33. Suas dimensões: 1,25 m de comprimento,
por 75 cm de largura. Foi feita de madeira de setim revestida
em ouro. A arca tem sido um dos tesouros arqueológicos mais
cobiçados pela humanidade. Inúmeras expedições à
mesopotâmia e a Israel foram realizadas, sem sucesso. O
cineasta George Lucas inspirou-se na busca pela a arca
perdida para o roteiro do filme Raiders of the lost Ark,
Caçadores da Arca perdida.
Uma lenda judaica diz que o profeta Jeremias escondeu
a arca em uma caverna. Uma versão etíope diz que
juntamente com Menelique filho de Salomão com a rainha de
Sabá, partiu de Jerusalém os filhos dos conselheiros e oficiais
de Salomão, e levando a arca da aliança, que desde então
teria ficado guardada num local oculto em santa Maria de
Sião, na cidade etíope de Axum. Acredito piamente que a arca
foi destruída quando os babilônios invadiram Jerusalém
queimando o templo em 586 a.C., Jr 3. l6. O templo celestial
contendo a arca aliança diz perfeitamente que a habitação do
470
Senhor em meio ao Seu povo será permanente. Os fenômenos

citados, como relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e
saraiva, asseguram que tem chegado à consumação. O
Senhor anda irado com os habitantes da terra, e nesse tempo,
Ele virará a sua artilharia sem piedade sobre esse planeta para
arrasá-lo com a saraivada e as sete taças.
471
47
MENSAGEM
TEMA: A MULHER E O DRAGÃO
TEXTO: AP 12.1-17
INTRODUÇÃO
O escritor do Apocalipse fez um interlúdio do capítulo
11.19, e só voltou à cena no capítulo 15.5. Quanto ao sinal
celeste o original grego diz: “semeion mega - grande
sinal”, para expressar a intensidade dessa amostra figurada.
No texto em pauta é uma “maravilha celestial visionária”. A
palavra céu “ourano” significa o firmamento e não o céu de
Deus. W. Kelly expõe: “Sendo Cristo descendente de Israel,
era necessário mostrar primeiro a sua relação com Israel. O
segundo fato é a oposição do Diabo aos planos de Deus.” Esta
mulher é a nação de Israel. O sol fala de seu envolvimento
com os raios da revelação de Cristo o Sol da justiça Ml 4.2. No
Velho Testamento, o sol, a lua e as estrelas são símbolos
usados para descrever Israel Gn 37.9; Sl 89.35-37. Como a
lua é inferior ao sol, a lei é inferior a nova aliança. Mesmo
Israel vivendo na atmosfera da Nova Aliança continua sendo
advertido pela lei. Como a lua é o refletor do sol, a nação
472
judaica refletirá a glória de Cristo após o arrebatamento para

o governo anticristão e aos que viverem nas trevas naqueles
dias. A lua é uma imagem que simboliza o sistema mosaico
legal que é composto de sombras e figuras somente para
reproduzir a luz das coisas futuras e mais gloriosas. A coroa
de doze estrelas se refere a Israel que é uma nação composta
de doze tribos, e, é credenciada com todas as prerrogativas, e
privilégios espirituais Rm 9.4,5. Coroa representa a autoridade
e a soberania de Israel sobre as demais nações como povo
peculiar, e a sua administração sobre todos os povos da terra
durante o milênio.
2. “E estava grávida e com dores de parto e gritava

com ânsias de dar à luz.”
Na literatura veterotestamentária Israel é representado
por uma mulher Jr 4.1. Dores de parto é uma exibição bíblica
usada para mostrar os maiores sofrimentos Is 26.18; Jr 13.21.
Segundo os ginecologistas, as dores do parto, são decorrência
das contrações do útero, mecanismo que provoca dilatação do
colo em até 10 cm, e o alargamento da vagina, para permitir a
passagem do bebê. Elas começam nas costas, na altura dos
rins, e vêm para o abdome, repercutindo principalmente na
região do útero e do baixo ventre, ou seja, o assoalho pélvico.
A dor do parto é diferente dos outros tipos de dor, por várias
473
razões. Primeiro porque é uma dor intermitente. Vem com

contração, começando fraquinha e aumentando até o pico,
quando começa a diminuir e desaparece completamente. O
intervalo entre as contrações na há dor, pressão, incômodo
algum. É como se nada tivesse acontecido há quatro minutos.
Um fator que às vezes soa estranho é que a dor de parto é
esquecida literalmente. É frequente ouvirmos mulheres
dizerem que tão logo o bebê está nos braços, a dor já foi
completamente esquecida. Apesar de Israel ter sido afligido
no Egito; no cativeiro; na invasão romana no 70 d.C., pelo
general Tito; espalhado entre as nações do mundo; no campo
de concentração por Adolf Hitler, o pior momento de sua
história chegará como vemos nas palavras: “dores de parto”,
onde ocorrerão dores física, psicológica e moral na grande
tribulação. A nação israelita como mulher grávida sofreu
inúmeros enjoos, para que o Verbo de Deus viesse ao mundo,
a fim de ser remido, foi uma longa ânsia nauseante e dorida a
ponto de várias vezes enfrentar frontalmente o antissemitismo
e o extincionismo racial Is 66.7,8. Breve o povo judeu
esquecerá essas dores porque o Filho de Deus virá em glória e
se revelará a ele como o grande Consolador.
474
3. “E viu-se outro sinal no céu, e eis que era um grande

dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres
e, sobre as cabeças, sete diademas.”
A palavra dragão vem do grego “drakon” que significa
“serpente”, “crocodilo”, “leviatã” ou alguma criatura
monstruosa idêntica à serpente. É um animal de aspecto
reptiliano semelhante a um enorme lagarto e serpente, que é
representado como animal portentoso e de grandes
dimensões e com asas, plumas, poderes mágicos ou hálito de
fogo que aparece na mitologia de muitas nações.
Em diversas culturas, o dragão assume uma função e
simbologia diferentes, podendo ser forte, sobrenatural de
sabedoria e força, ou simplesmente fera destruidora. A
existência do dragão não foi ainda comprovada, porém existe
em Komodo uma ilha da Indonésia um animal chamado
dragão de Komodo que mede 3,5 m, pesa 110 kg, e vive até
50 anos. Possui feições parecidas com a do dragão da cultura
européia, apesar da ausência de asas. Na mitologia babilônica
todos os deuses descendiam do dragão – fêmea, chamada de
dracena, Tiamat. Ela foi assassinada pelo deus Marduk. Esse
dragão visto pelo vidente de Patmos é o Diabo. Sua cor
vermelha é chamada no grego de “purros”, cor de fogo,
fazendo alusão a sua natureza, sanguinária e assassina. É
chamado grande devido indicar a sua ordem da mais elevada
475
corte celeste a que pertencia Ez 28.12. As sete cabeças

mostram a sua inteligência na arte da maldade. Os dez chifres
asseveram que o Diabo perseguiu a Cristo, a igreja e por fim a
Israel através do poder político e de leis elaboradas para
prejudicá-los. Na última semana profética, ele usará o
anticristo como autoridade mundial e ditatorial para massacrar
os que se voltarem para Deus. O número dez é um número
incompleto em relação a doze. O Senhor concedeu à mulher
doze estrelas em quanto que o dragão aparece com apenas
dez chifres.
4. “E a sua cauda levou após si a terça parte das

estrelas do céu.”
A cauda é o símbolo de sua influência sedutora. Na
revolta ocorrida no céu provocou um alvoroço balbúrdico.
Quando essa cauda é tremulada de forma eletrizante como
lagarto infernal, ela golpeia líderes religiosos expondo-os a
vergonha; igrejas tornam-se apóstatas; teólogos
transformam-se em heréticos e crentes normais transmudam-
se em blasfemos e revoltados contra o Criador. Por haver
derrubado a terça parte angelical é revelado também que seu
poder de rebelião foi limitado. E quando parou diante da
mulher é uma alusão a sua oposição de ataque fatal constante
contra Israel.
476
6. “E a mulher fugiu para o deserto.”

Israel tem fugido nesses dois milênios espalhando-se
entre as nações do globo, e nesse período quando acossado
pelas tropas do anticristo, abrigar-se-á nesse deserto que é
uma nação onde encontrará abrigo para evitar o extincionismo
racial. No ano 70 d.C., muitos judeus se refugiaram em Pela.
O Senhor escondeu Elias, e Acabe não pode encontrá-lo;
escondeu o corpo de Moisés, e Satanás não pode achá-lo,
assim também Israel será abrigado nesse refúgio preparado
por Deus.
7. “E houve batalha no céu.”

Miguel, o arcanjo, cujo nome em hebraico e no grego
significa “quem é como Deus?” Ele é o líder da hierarquia
angélica e defensor exclusivo da nação hebraica. Seu nome é
citado cinco vezes nas Escrituras Dn 10.13,21; 12.1: Jd 9. A
derrocada de Satanás foi vista por Jesus e o seu lançamento
foi como a velocidade de um raio Lc 10.18.
12. “Ai dos que habitam na terra e no mar! Porque o

diabo desceu a vós e tem grande ira, sabendo que já
tem pouco tempo.”
Enquanto estará havendo brados extravasantes de júbilo
no céu, na terra haverá pânico horrendo por causa da fúria
477
satânica. Esse acusador no grego é conhecido por

“kategoron,” que demonstra as suas acusações judiciais. Ele
possui todos os processos bem revistos sobre as falhas
humanas em seu arquivo acusatório. O Diabo como promotor
público universal possui uma versatilidade em desmoralizar o
homem diante de Deus, e Deus diante dos homens. Nessa
época não podendo acusar os seres humanos diante do trono
de Deus ele fará todo mal que puder na aqui terra. O reinado
do Diabo teve inicio com a queda do casal no Éden e
estender-se-á até o final da grande tribulação. Atualmente ele
governa o mundo através de seu Centro Administrativo
Universal Diabólico (CAUD) que fica localizado nos ares Ef
2.2. Nos últimos três anos e meio toda atenção de Satanás
será concentrada com crueldade na terra, aproveitando o
máximo para praticar todo tipo de selvageria dracônica. A
cada minuto olhará para o cronômetro de Deus e contra
golpeará em todas as direções. Essa fúria interminável é por
ter perdido o seu território no céu, e por ter sido lançado
abaixo e a terra será o seu limite. Esse dragão voador
rastejará em solo firme como a serpente.
478
14. “E foram dadas à mulher duas asas de grande

águia, para que voasse para o deserto.”
Nos tempos idos, Israel provou a proteção das
portentosas asas da grande Águia – Jeová, e na metade da
última semana profética de Daniel voltará experimentá-las na
mesma intensidade Ex 19.4; Dt 32.11,12. Uma águia de
grande porte como a águia dourada mede 3 m de
envergadura. Atinge uma velocidade de 300 quilômetros por
hora e vive até 50 anos. As asas representam proteção,
segurança e rapidez. Israel será rápido na fuga e protegido
com segurança Dn 9.27.
15. “E a serpente lançou da sua boca atrás da mulher,

água como um rio.”
O Diabo incorporou numa serpente edênica, e agora
prestes a ser aprisionado, surge exasperado emitindo o seu
veneno aquoso contra o remanescente fiel de Israel. O termo
serpente designa os seus ardis e o seu caráter astuto e
maligno. Satanás no hebraico que quer dizer adversário; e
Diabo no grego é “Diábolos” que significa acusador. De
acordo com a mitologia o fogo proveniente da boca do dragão
é devido à centelha de ignição que poderia ser obtida da
fricção de dois ossos ou pela ingestão de minerais, que
poderiam combinados quimicamente para gerar uma reação
479
exotérmica. O dragão mitológico lançava fogo da boca, e o

Diabo o grande dragão lançará água como rio que é o símbolo
dos exércitos invasores Jr 46.7,8. O Senhor está pronto para
desarticular esse ataque mortífero Is 59.19.
16. “E a terra ajudou a mulher; e a terra abriu a boca e

tragou o rio.”
Quando Deus age em defesa de um povo, um exército
opositor, rápido e belicamente armado, torna-se incapaz de
alcançar uma multidão a pé, com crianças, idosos e animais
domésticos como ocorrera no êxodo das terras egípcias. A
glória Shequinah faz com que o inimigo desnorteie e retarde.
Logo que o mar Vermelho se abriu as águas ajudaram Israel
atravessar, e após absorveu a cavalaria egípcia Ex 14.21-31. A
terra abocanhou 250 homens na rebelião de Coré para livrar
Moisés e Arão Nm 16. No período tribulacional uma gigantesca
cratera abrir-se-á para tragar os exércitos e os inimigos de
Israel.
17. “E o dragão irou-se contra a mulher e foi fazer

guerra ao resto da sua semente.”
Esses remanescentes fiéis serão os judeus e os que
forem salvos após o arrebatamento. Serão fiéis a toda prova e
estarão mantendo de forma brilhante o testemunho, não
480
somente pessoal, mas da espada afiada que é a Palavra de

Deus. Essa repressão mordaz contra Israel foi prenunciada por
Cristo no Sermão Escatológico Mt 24.16-31.
481
48
MENSAGEM
TEMA: AS DUAS BESTAS MUNDIAIS
TEXTO: AP 13.1-18
INTRODUÇÃO
O anticristo a fera dos últimos dias é chamado de besta
devido o caráter bestial homicida e brutal como ele tratará a
humanidade com subserviência. A palavra besta no grego é
“therion” que significa “animal selvagem”, “fera”, “monstro”.
Em zoologia entende-se, que besta é o produto híbrido
originado do cruzamento do jumento com a égua; e no
sentido figurado, pessoa estúpida, rude. O anticristo será uma
mistura de homem com o Diabo, e nessa amalgamação terá
uma feição terrível e espantosa. Ele negará a divindade do Pai
e do Filho; promoverá uma religião ateísta mundial; terá uma
sagacidade para induzir e enganar; será exaltado pelas
maravilhas mentirosas; será um verdadeiro gênio embora um
gênio do mal e portará de maneira egomaníaca. Será o
anticristo uma simulação da encarnação de Cristo. Terá que
provar a sua genealogia judaica; será um governo tirano e
insensível. O falso profeta será o seu precursor. O vocábulo
anticristo na língua grega é “anticristos”, que significa
“adversário de Cristo.” A força de “anti” como palavra indica
482
mais oposição do que alguém afirmar ser o Cristo. Ele será a

obra-prima de satanás, o dominador do mundo, o assim
chamado super-homem, o ditador, o profeta de uma nova
religião. O anticristo não será Satanás, mas, virá segundo a
sua eficácia 2 Ts 2.9. Ele será a última e desesperadora
tentativa de Satanás para levar o mal a dominar inteiramente
o mundo. É o grande personagem da literatura apocalíptica de
Daniel Dn 7. É o elemento com muitos traços herdados da
figura de Gog Ez 38. Representa o ponto culminante da
apostasia 1 Tm 4.1. Muitos escatologistas vêem na besta do
Apocalipse, uma ampliação desta doutrina Ap 13. A palavra
anticristo só se encontra nas epistolas joaninas aparecendo
cinco vezes, como o arquiinimigo de Cristo esperado para o
fim dos tempos 1 Jo 2.18; 2.22; 4.3; 2 Jo 7. Ele surgirá
imediatamente após o arrebatamento da igreja 2 Ts 2.7, e,
será destruído na volta de Cristo em glória que marcará o final
da grande tribulação Ap 19.11-21. As nomenclaturas
escatológicas que designam o anticristo são: o anticristo, 1 Jo
2.18; a ponta pequena, Dn 7.8; o rei feroz de cara, Dn 8.23-
25; o rei que fará segundo a sua própria vontade, Dn 11.36; é
identificado pelo pronome, “ele,” Dn 9.27; o personagem da
última hora, 1 Jo 2.18; o homem do pecado, 2 Ts 2.3; o filho
da perdição, 2 Ts 2.3; o iníquo, 2 Ts 2.8; o assolador, Dn
9.27; o mais robusto que os seus companheiros, Dn 7.20; o
483
abominável, Mt 24.15; o ditador mundial, Ap 13.7; o

autocêntrico, Jo 5.43; o belial, Dn 7.23; o rei obstinado, Dn
7.23; a besta, Ap 13.4; a besta leopardo, Ap 13.2; a besta que
subiu do mar, Ap 13.1; o falso Cristo de Satanás 1 Jo 2.22 e o
cavaleiro equipado com arco, Ap 6.2. As sete cabeças citadas
em Ap 17.9 são sete montes: Quirinal, Esquilino, Viminal,
Palatino, Capitolino, Célio e Aventino. Agora as sete cabeças
de Ap 13.1, falam da inteligência indescritível do anticristo.
Como um demônio tem a força de sete homens o futuro
ditador mundial pensará por sete homens inteligentíssimos.
Dez chifres representam dez reis ou reinos que será uma
confederação de nações, e partindo dela o seu domínio
estender-se-á sobre todas as nações do mundo 13.1; 17.12. A
palavra diadema aparece três vezes no livro do Apocalipse
12.3; 13.1; 19.12. Essa peça era usada como corda e servia
de sinal de realeza. O anticristo usará 10 diademas como
símbolo de domínio sobre um bloco de dez nações Dn 7.24. O
nosso soberano Salvador Jesus Cristo aparecerá “com muitos
diademas” em sua vinda em glória simbolizando a
universalidade de Seu senhorio Ap 19.12.
484
2. “A besta que vi era semelhante ao leopardo, e os

seus pés, como os de urso, e a sua boca, como a de
leão.”
O leopardo é elegante, o anticristo terá uma
performance e uma etiqueta invejável. Suas palavras serão
coma a prata e sua aparência elegantérrima. Esperto e
astucioso. Será um espertalhão e terá uma astuciosidade
exorbitante. Conseguirá dominar a União Européia, o mundo
político-religioso e fará uma aliança enganosa com os judeus
por um período de sete anos. A cor do leopardo é um
bronzeado claro. Na tipologia bíblica o bronze como metal fala
do julgamento do pecado, só que o anticristo é simbolizado na
cor do leopardo como o homem do pecado. É animal
carnívoro, isto fala da famigerada vontade do anticristo de
matar os que não subalternizarem as suas ordens ateístas.
Incrivelmente forte. O anticristo deterá em seu comando o
poder político, religioso e militar. Será o maior déspota até
então. O leopardo tem o hábito de subir nas árvores; o
anticristo terá todos os poderes terrenos em suas mãos. Onde
o urso pisa fica a marca, devido pesar cerca de 666 Kg. A
marca do anticristo estará presente em toda a transação
comercial com o correspondente numérico 666. A pancada do
pé dianteiro de um urso pode matar um homem; o anticristo
castigará sem misericórdia aqueles que não quiserem dobrar
485
diante dele. Terá a agressividade de uma pancada de um

urso. As garras do urso podem ser vistas sempre, porque ao
contrário das do gato elas não tem cobertura. O anticristo
mostrará a sua ferocidade ursina para massacrar na metade
da grande tribulação. Sua maldade será evidente em seu
governo. O urso tem cinco dedos. Isto se refere ao seu
governo ditatorial que se expandirá pelos cinco continentes. O
pé mede 40 cm de comprimento. Em numerologia bíblica o
número 40 fala de provação, o reinado do anticristo será de
grande tribulação nos últimos três anos e meio. O urso anda
lentamente; isto diz da frieza mordaz do anticristo em
massacrar e pisar os que se oporem a sua falsa doutrina. Boca
como de um leão; a arcada dentária de um leão é composta
de trinta dentes; isto fala da ira triturante do anticristo. O
número trinta em numerologia fala de avaliação, tudo que o
futuro governo mundial fizer antes terá uma afinada
avaliação. O bramido do leão é o mais temido do reino animal.
As ordens governamentais do anticristo serão respeitadíssimas
em todo o mundo. Cristo o leão da tribo de Judá fará
estremecer o império do falso leão com a Sua presença e o
destruirá com o assopro de Sua boca.
486
CRISTO ANTICRISTO
O Verbo encarnado de Deus Será a encarnação do Diabo
A Segunda pessoa da trindade A segunda pessoa da trindade
divina satânica
O Filho de Deus O filho do Diabo
Governará a terra por mil anos Governará a terra por sete anos
O cabeça da Igreja O cabeça da falsa religião
Jesus é o defensor de Israel Defenderá Israel por 42 meses
Veio em nome do Pai Virá em seu próprio nome
Recebeu autoridade do Pai Receberá autoridade do dragão
É o leão da tribo de Judá É simbolizado profeticamente
pelo leão
Salvará o povo Judeu Falso salvador dos judeus
Governará a terra através de Governará o mundo religioso
Jerusalém através de Jerusalém
João Batista foi o seu precursor O falso profeta será o seu
precursor
Falou em nome do Pai Falará em nome do dragão
É o Príncipe da paz Trará falsa paz
Virá em glória sobre um cavalo Aparecerá montado num cavalo
branco branco
487
As características do Anticristo
Egoísta Ingrato Cruel

Avarento Irreverente Inimigo
Jactancioso Desafeiçoado Atrevido
Arrogante Implacável Enfatuado
Blasfemador Caluniador Traidor
Desobediente Indomável Amigo dos prazeres
6 6 6
OS PROTÓTIPOS DO ANTICRISTO
Nabucodonosor
Era filho de Nabopolassar rei da Babilônia. Capitaneou
uma bem sucedida revolta dos babilônios contra os assírios e
fundou o grande império em 625 a.C. O nome Nabucodonosor
significa “Nebo defensor dos limites.” Tornou-se o primeiro
protótipo do anticristo pelos seguintes fatores: governou o
mundo todo de então; criou um sistema único de religião;
ordenou a adoração de imagem sobre pressão de morte; seu
número predileto era o seis; orgulhou-se de seu reinado, e
durante sete anos viveu como animal.
Antíoco Epifânio
Era o filho menor de Antíoco III e Laodice. Subiu ao
trono em 175 a.C. Esse foi o rei selêucida que obteve má
fama por causa de sua interferência no estado e na adoração
488
dos judeus, a ponto de torna-se um antigo protótipo do futuro

anticristo. Antíoco Epifânio sacrificou um porco sobre o altar
do templo de Jerusalém, provocando desse modo a revolta
dos macabeus. Erigiu no templo dos judeus uma imagem de
Zeus o deus supremo da Grécia profanando o lugar santo.
Tito
Seu nome completo era Titus Flavius Vespasianus. Foi
imperador de Roma entre 78-81 d.C. Era filho do imperador
Vespasiano. O breve reinado de Tito que é um protótipo do
anticristo foi marcado por dois grandes desastres. O primeiro
foi a erupção do Vesúvio, em 70 d.C., e o outro foi o incêndio
de Roma e uma tremenda praga que feriu a cidade. Quando
Tito destruiu Jerusalém no ano 70 d.C., arrastou o castiçal e
os abjetos sagrados pelas ruas de Roma.
Nero
Seu nome original era Lucius Domitus Ahenobarbus.
Mais tarde foi mudado para Nero Claudius Caesar Drusus
Germanicus. Nasceu em Antium na Itália em 15/12/37 d.C.
Era filho de Gneius Domitus Ahenobarbus e Agripina, irmã de
Calígula. A família de Nero era famosa por causa da coragem,
crueldade e altivez. Nero gastava sem conta com feras e lutas
de gladiadores, tratava seus empregados e escravos com
489
muita crueldade. Era adúltero, traidor, brutal e de natureza

leônica. Na língua sabina o nome Nero significava “valente e
forte.” Nero César (KSR NRWN) a soma dos valores numéricos
nas letras hebraicas equivale = 666. Nero foi o leão referido
por Paulo 2 Tm 4.17. Foi assim chamado pela fome que tinha
de perseguir os servos de Deus do primeiro século. Havia uma
crença popular que afirmava que Nero voltaria a reviver.
Adolf Hitler
Líder político, alemão nascido na Áustria em 1889-1945.
Responsável por um dos maiores genocídios da história. Ao
ordenar a invasão da Polônia em 1939, provocou a 2a Guerra
Mundial. Tornou-se protótipo do anticristo por sua natureza
felina e pela aversão que tinha pelo povo Judeu. Mandou
exterminar nos campos de concentrações cerca de 6 milhões
de Judeus. Derrotado, em abril de 1945 com tropas soviéticas,
cercando Berlim, suicidou-se no bunker da chancelaria.
“e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e
grande poderio.”
Assim como Cristo recebeu a unção, a autoridade e
assentou no trono com o Pai; o anticristo receberá toda
autoridade, trono e poderio do Diabo durante a grande
tribulação. O anticristo será a encarnação de Satanás. Ele
estará totalmente revestido pelo poder do Diabo e terá a sua
490
própria personalidade. Irá revelar-se ao mundo como um ser

vindo do espaço sideral, mas a sua origem é do abismo.
3. “E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a

sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se
maravilhou após a besta.”
Encontramos aqui uma paródia de Cristo morto e
ressurreto. Havia um mito entre os cidadãos romanos que
afirmava que a cabeça ferida de morte e que foi curada seria
o imperador Nero que reviveria e novamente reassumiria o
trono imperial. Na realidade este texto trata da incontestável
aparição do anticristo no fim dos tempos com o estilo do
domínio romano restaurado e com extensão mundial.
4. “Quem é semelhante à besta? Quem poderá

batalhar contra ela?”
O galã global; o orador de linguagem rebuscada; o
político modelo; o pretenso deus do planeta ovacionado pelas
massas eletrizantes é reconhecido pelo céu apenas como a
besta. Será um homem brilhante nas áreas científica e
tecnológica, e terá grande discernimento. Todas as nações
estarão subalternadas ao seu poder ditatorial. Não haverá
quem possa destroná-lo, envergonhá-lo e vencê-lo. As
grandes potências estarão dominadas e desafiadas, e até
491
mesmo os que se converterem serão vencidos e mortos.

Somente o Guerreiro do cavalo branco é quem irá destruí-lo
com o assopro de sua boca 2 Ts 2.8.
6. “E abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para

blasfemar do seu nome.”
O Novo Dicionário de Teologia do Novo Testamento define
o vocábulo blasfêmia assim: “O substantivo de ação
“blasphêmia” significa “linguagem profana”, “conversa
caluniadora” ou “difamação”, mediante a qual outra pessoa é
prejudicada.” A maior blasfêmia do anticristo será a
deificação. As blasfêmias serão orais e títulos insufladores. O
imperador Domiciano 81-96 d.C., exigia que todos os cidadãos
o adorassem, e que fosse honrado com a blasfêmia: “Dominus
et Deus – Senhor e Deus.” O homem do pecado usará títulos
provocadores contra a soberania divina.
7. “E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos e vencê-

los; e deu-se-lhe poder sobre toda tribo, e língua, e
nação.”
A conquista do anticristo será progressiva estratégica e sutil.
Começará com uma ponta pequena, isto fala da liderança de
um país Dn 7.8. Três pontas arrancadas, aqui ele já estará
governando três reinos ou três países Dn 7.8. Dez chefes de
492
estados irão entregar-lhe toda autoridade 17.13 e depois toda

a tribo, língua e nação. Nesse período ele estará no apogeu de
seu domínio mundial 13.7. Todos os 193 países estarão sobre
a governabilidade do grupo da besta. Todos os princípios de
legitimação do poder; e as formas de exercício do poder, tais
como: democracia, ditadura, república, monarquia,
presidencialismo, parlamentarismo e forma mista de governo.
E também o total de bens e serviços produzidos dentro de
cada território de cada país, a tecnologia, as religiões, as
forças armadas, a ciência, tudo estará em seu tétrico controle.
O calendário festivo de Israel e as datas comemorativas
nacionais que relembram personagens heróicos bem como as
leis serão mudadas Dn 8.11. O domínio deste déspota não
atingirá apenas os cinco continentes e os sete mares, mas,
também fará viagens espaciais para reconhecimento do
território lunar e de outros planetas, sentindo-se um
dominador do cosmos Dn 8.10. Os fiéis nessa ocasião de 3½
anos serão vencidos, não no tocante ao espírito, e, sim, ao
corpo. O bestial poderá arrancar-lhes as carnes da estrutura
óssea, mas não a fé que uma vez foi dada aos santos. Os
santos referidos serão os judeus e os gentios que se
regenerarem durante a grande tribulação.
493
10. “Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se

alguém matar à espada, necessário é que à espada
seja morto. Aqui está a fé e a paciência dos santos.”
Todas as mazelas e fustigações empreendidas contra os
santos recairão sobre as duas bestas e seus aliados. O juízo
que será enviado sobre o trono da besta quando for
derramada a quinta taça da ira de Deus, é um exemplo 16.10.
A fita métrica de Jeová dará a soma do castigo aos inimigos
que praticarem qualquer tipo de maldade contra os Seus
servos. Os cristãos devem entender que as nossas armas face
às injúrias e borrascas que urgem na sociedade revoltosa, a
paciência é a fina flor do jardim das virtudes, e a divisa de sua
farda espiritual. O nosso equipamento de guerra não é a
espada e a bazuca, mas a paciência. E. Doan disse: “Proceda
sempre como o pato; permanece calmo e sereno na
superfície, mas mantém-se pedalando, vigorosamente, por
baixo.”
11. “E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres

semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o
dragão”.
O mar representa as nações, enquanto a terra que é bem
menor em proporção simboliza Israel. A besta, dominará a
área política mundial, e a besta cordeiro a religiosa. Os dois
494
chifres indicam que o falso profeta receberá autoridade do

anticristo e exercerá também o poder religioso. O falso
cordeiro possui dois chifres e o Verdadeiro sete 5.6. Por mais
que o falso profeta simule ser um cordeiro, sua essência
satânica será revelada. Ele será o arauto de uma religião
adulterada com a finalidade da adoração autocêntrica. O culto
ao egocentrismo crasso e bárbaro.
13. “E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz

descer do céu à terra, a vista dos homens.”
O falso profeta usará a fraudulência de Janes e Jambres
diante de Moisés com prodígios de ludíbrio Ex 7.11,12; 2 Ts
2.9,10; 2 Tm 3.8. Há possibilidade de que o fogo seja a
manifestação acrobática de demônios que terão aparência de
fogo. O fogo é um dos símbolos do Espírito Santo, e o falso
profeta, simulará com sinais pirológicos provocando
espetáculos para o mundo, com a finalidade precípua de
arrastar as massas aos pés da imagem estarrecedora do
anticristo Mt 24.24,25.
495
15. “E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem

da besta, para que também a imagem da besta falasse
e fizesse que fossem mortos todos os que não
adorassem a imagem da besta.”
A missão cardeal do Espírito Santo na terra é a de
glorificar a Cristo e convencer os homens de suas práticas
monstrengas Jo 16.13,14. O ante-espírito glorificará o
anticristo e fará de tudo para levar a humanidade adorar a
sua imagem. A palavra imagem é traduzida do grego “eikon.”
Na informática, os símbolos usados nos principais programas
são chamados ícones que, em grego, escreve-se exatamente
eikon. Todos os indícios nos levam a crer que no desfecho do
grande conflito, o computador será uma peça fundamental no
boicote econômico a todos que recusarem a marca da besta.
O quarto templo estará construído e a imagem do super líder
será introduzida nele, e cumprir-se-á a profecia de Daniel
evocada por Jesus: “Quando, pois, virdes a abominação da
desolação de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo
quem lê, que entenda” Dn 9.27; Mt 24.15. O período gentílico
foi inaugurado no tempo da ditadura de Nabucodonosor que
foi de amplificação mundial, seguida de pressão sob pena de
morte para quem recusasse adorar a estátua de ouro erguida
na província de Dura e construída na base das dimensões do
número seis Dn 3. Esse ciclo finalizará com o anticristo usando
496
as mesmas normas malévolas. A idolatria é a algema mais

arrojada que Satanás encontrou para coagir a humanidade em
sua tirania, e aliená-la do Criador. O falso profeta fará com
que a imagem venha movimentar-se e falar através do
ventriloquismo ou da fonia diabólica. O poder de fazer
imagens falar era bem conhecido no mundo antigo. Sobre
Simão o mago At 8.9, foi tecido um rosário de lendas que
conta como ele fez estátuas falarem. Alguns imperadores da
antiga Roma pagã erigiram imagens de si mesmos em muitas
cidades do império. O imperador Domiciano de 81 a 96 d.C. é
lembrado por haver sido o primeiro imperador romano a
assumir honras divinas durante o seu reinado. A imagem da
besta receberá o fôlego e não vida; porque somente Deus
quem a dá At 17.25. Na cidade de Pionguiang na Coréia do
Norte encontra-se a gigantesca estátua do chefe do partido
norte-coreano Kim Il Sung. Alí os coreanos prestam um culto
pessoal. Isso é apenas uma pequena amostra do culto que a
humanidade terá que prestar ao anticristo. Quando ocorre
qualquer diferenciação num ídolo de madeira ou de pedra é
motivo para a mídia fazer notificações nos telejornais. O que
se tornará colossal aos olhos da população do mundo, será
quando todos verem a imagem da besta falar diante das
câmeras das emissoras de televisão via satélite para todo o
planeta.
497
16. “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e

pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na
mão direita ou na testa.”
O sinal da besta será uma falsa imitação do selo de Deus
com o objetivo de chacotice e tripúdio 7.2-4. Essa marca será
um meio de forçar as pessoas a se declararem do lado de
quem está: do lado do anticristo ou de Jesus Cristo. Essa
construção retórica abrange todas as pessoas, de todas as
classes sociais, ordenados segundo sua condição financeira,
abrangendo todas as categorias culturais. As três expressões
são um recurso estilístico que traduz universalidade. O
desenvolvimento tecnológico estará à disposição do anticristo
para usá-lo de forma diabólica. Será empregada, juntamente
com a marca, para controlar o comércio mundial. Dessa
forma, será possível que usem implantes de microship,
tecnologia de escaneamento de imagens e biometria.
17. “para que ninguém possa comprar ou vender,

senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou
o número do seu nome.”
O historiador Heródoto disse que durante o Império
Romano, quando um soldado e um escravo eram capturados,
eles eram marcados, o que se tornava uma identificação. O
sinal na mão demonstra que o assinalado é participante
498
lépido, e na fronte fala da pública sujeição às determinações

anticristãs. Este verso descreve a marca como o nome da
besta ou o número do seu nome. Isso significa que o número
do nome da besta é absolutamente equivalente ao nome. Essa
equivalência indica que como nome é escrito com letras; mas
como número, é o análogo do nome escrito com algarismos.
O nome do anticristo será expresso numerologicamente como
666. O sinal da besta será uma identificação mundial e não
um tipo de moeda única como muitos pesquisadores usam
preclarar. O Ibama, e outras organizações estão usando chips
eletrônicos para marcar animais. Nas seitas esotéricas, a
expectativa da vinda de seres espaciais, que poderão trazer
este sinal, ou seja, tecnologia de identificação. Nos Estados
Unidos, mormente na Flórida iniciaram em Junho de 2001 os
implantes testes de micro smart chips, como o próprio nome
diz, são pequeninos e inteligentes sensores eletrônicos que
são colocados sob a pele das pessoas e de acordo com os
movimentos musculares, este chip é ativado. Animais e
pessoas desaparecidos são localizados instantaneamente.
Esses anjos digitais como são chamados substituirão a carteira
de identidade e cartões de crédito, o uso do dinheiro vivo não
será necessário em pouco tempo. O RFID, identificador à
rádio frequência. Esta tecnologia tem por intenção substituir o
código de barras por microscópicos chips transmissores via
499
rádio frequência. Ele permitirá, por exemplo, que um carrinho

de compras num supermercado, os produtos sejam
computados a marca e o valor em menos de um segundo. A
ciência tecnológica já está pronta só falta o anticristo se
manifestar. O que importará realmente para os não
arrebatados é não aceitar a marca da besta e nem adorar a
sua imagem, pois uma vez feito isto receberá um juízo
horrendo 14.9,10.
18. “Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento

calcule o número da besta, porque é número de
homem; e o seu número é seiscentos e sessenta e
seis.”
O número 666 é a trindade do seis. O número perficiente
de Deus é 777, o de Jesus Cristo 888 e o do anticristo 666. O
número 666 é uma representação da maior rebelião do
homem contra Deus sob o comando do Diabo. Se aplicarmos
a gematria em muitos nomes, encontraremos o número 666,
mas somente um pode ser o anticristo. Aproximadamente um
nome em cada dez mil tem o valor numérico 666. O número 6
é um a menos que o número perfeito 7. E como o homem foi
criado no 6º dia, sua imperfeição já foi muito relacionada a
esse número. Os três números juntos indicam a trindade
satânica: o dragão, a besta e o falso profeta. Este número
500
está presentemente aparecendo em todos os seguimentos da

sociedade como amostra de que o anticristo está para
levantar-se no cenário mundial dos últimos dias. No mundo
invisível podemos sentir o Cristo que está voltando para
arrebatar o Seu povo e o anticristo que está para se levantar.
O anticristo usará a ciência tecnológica, para prender a
humanidade em seus arquivos. Três números 6 um após o
outro fala de esforço e trabalho para atingir a perfeição.
Quando o número 6 aparecia só, os orientais viam nisso
desgraça, ruindade ou ruína. Agora o número 6 repetido três
vezes 666 significa um poder maligno muito forte. O número
666 é o mal elevado a mais alta potência. O número 6 está
intrinsecamente relacionado com o homem. O algarismo 6,
expressa o orgulho e a força humana. Veja o uso do número 6
em algumas passagens escriturísticas: Deus formou o homem
no 6º dia Gn 1.26,31; o escravo hebreu trabalhava 6 anos Lv
25.13,14; Sangar feriu 600 filisteus Jz 3.32; 600 soldados
danitas armados Jz 18.16; 600 fugitivos no deserto Jz 20.47;
a lança de Golias era de 6 côvados 1 Sm 17.4,7; Salomão
recebia o tributo anual de 666 talentos de ouro 1 Rs 10.14;
Adonicão teve 666 filhos Ed 2.13 e a estátua de
Nabucodonosor era de 60 côvados de altura Dn 3.1. Nos
idiomas grego, hebraico e latim, as letras do alfabeto eram
usadas como valores numéricos. A gematria era uma ciência
501
oriental antiga que dava valores numéricos aos nomes; era

muito usada no tempo em que João redigiu o Apocalipse. Um
cálculo gematriológico com o nome grego do imperador Neron
kaisar transliterado para o hebraico encontraremos o 666.
Os entendidos em informática dizem que todos os sites
de Internet em sua maioria, é composta pelas letras WWW
que é a sigla World Wide Web que significa “Teia do Tamanho
do Mundo.” A Internet como a teia de uma tarântula se
estende por todo o mundo. A revista Nova era em sua
primeira edição exaltou a Internet como rede de informações
da Nova Era. E não poderia ser diferente. Mesmo porque
essas três letras: WWW dá muito o que pensar. No hebraico a
letra “w - vãv” que é equivalente ao nosso “V” ou “W.”
Também o valor da letra é 6. Portanto, WWW, “A Teia do
Tamanho do Mundo” tem o valor numérico 666. Não sabemos
quem será o ditador mundial; cálculos gematriológicos tem
sido feitos para identificá-lo. Quando ele surgir não estaremos
mais aqui; agora, os não arrebatados o conhecerão.
502
A DERROTA DO ANTICRISTO
A vinda de Cristo em glória será para estabelecer o reino
milenial desde há muito tempo esperado pelo povo judeu,
bem como para livrar a nação do cerco da famosa Batalha do
Armagedom e para aniquilar o trono do anticristo 16.10. O
lago de fogo preparado para o Diabo e os seus anjos será
inaugurado com o lançamento do anticristo e do falso profeta
19.20. Antigamente quando um líder político ia para o campo
de batalha cavalgava num cavalo de guerra e levava consigo
um cavalo branco; se ganhasse a guerra, ele voltaria montado
no garanhão branco; se perdesse, em caso de salvar-se
voltaria no mesmo cavalo. O nosso Cristo, guerreiro por
excelência, quando vier em glória estará montado no cavalo
branco, símbolo de vitória por antecedência. Os cristãos
glorificados virão com ele fazendo parte do chamado Exércitos
no céu 19.13. Hoje sofremos, somos vilipendiados, rejeitados
e maltratados, mas, naquele dia viremos vitoriosamente com
o Senhor. Jesus Cristo quando era criança foi levado ao Egito
sobre um jumento, e quando entrou triunfalmente em
Jerusalém foi também montado sobre um jumento, mas, na
batalha contra o anticristo virá triunfantemente sobre o cavalo
de vitória. Aquilo que o anticristo não puder fazer durante a
grande tribulação o Senhor Jesus Cristo fará com sobras
porque Ele desde a eternidade foi condecorado com o título
503
de: “Governador das nações.” A derrocada do anticristo será o

início do triunfo glorioso do reinado de Cristo. Será o governo
da pedra cortada sem mão que fez um grande monte e
encheu a terra Dn 2.35. O Seu reino não terá fim...
504
49
MENSAGEM
TEMA: OS SETE EPISÓDIOS
TEXTO: AP 14.1-20
INTRODUÇÃO
Cordeiro no grego “arnion” é um dos nomes de Cristo

como temos encontrado no Apocalipse. O monte Sião é uma
plataforma rochosa que antes da conquista da terra de Canaã
era habitada pelos jebuseus. É a colina mais elevada da
cidade de Jerusalém chamada também de monte Santo, com
800 m de altitude. No salmo 125 é descrita a solidez
orográfica do monte Sião que é um tipo da inababilidade do
cristão diante dos abalroamentos da vida. Em algumas
passagens bíblicas esse nome é usado como sinônimo de
Jerusalém 2 Rs 19.21; Is 1.8; 10.24. Durante o reino milenial
o monte Sião será o local do trono administrativo mundial de
Cristo Sl 2.6. Sião no hebraico “Siyôn” e no grego “Sion” que
significa “lugar seco” e aparece 169 vezes na Bíblia; a primeira
em 2 Sm 5.7, e a última neste verseto. Na linguagem poética
é um aplicativo que se apresenta como símbolo do céu Hb
12.22,23. O Cordeiro foi visto impoluto no monte Sião e o
dragão sobre a areia de suas convulsões inconstantes. No
505
capitulo sétimo os 144.000 foram fitos na terra e agora em

prossecução neste capítulo. A errata mais hedionda das
testemunhas de Jeová é afirmar que apenas 144.000 serão
salvos como número completo dos redimidos de entre todas
as nações mundiais.
3. “e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os

cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da
terra.”
Sião significando “lugar seco” denota, que os cânticos de
adoração para os que nunca experimentaram a íntima
comunhão com o Senhor são áridos e desagradáveis. Somente
os 144.000 aprenderão a cantar porque saberão valorizar a
gloriosa escolha divina e a proteção que desfrutarão em meio
os castigos no tempo da grande tribulação. A linha limítrofe
entre o tempo e a eternidade desaparece para aqueles que
têm comunhão com o céu. Mesmo estando na terra só eles
aprenderão o cântico que será entoado no céu. Que privilégio
excepcional! Louvar a Deus em meio ás lutas e provações é
um grande lenitivo para o espírito; quão glorioso será para
nós cantarmos um dia em Sião! Nós que vivemos na
dispensação da graça devemos entender que é sempre
primavera no coração daqueles que louvam e adoram o Sábio
Arquiteto do universo. A cantata que será apresentada pelos
506
144.000 será uma canção de gratidão pela experiência que

somente eles poderão desfrutar.
4. “Estes são os que não estão contaminados com

mulheres, porque são virgens... foram comprados
como primícias para Deus e para o Cordeiro.”
Não contaminados com mulheres quer expressar que os
144.000 não se envolverão com as falsas religiões e o
paganismo do anticristo. Entre o povo judeu a idolatria era
considerada prostituição espiritual Ex 34.16; Jz 2.17. Na
agricultura hebraica a colheita não podia ser usada e nem
comercializada enquanto as primícias não fossem dedicadas a
Jeová Ex 23.19; Tg 1.18. Assim como Jesus as primícias da
ressurreição, os 144.000 serão as primícias da grande colheita
do povo judeu dedicados ao Cordeiro. Se todo o Israel será
salvo, essas primícias mostram uma ordem preliminar Rm
11.26.
5. “E na sua boca não se achou engano; porque são

irrepreensíveis diante do trono de Deus.”
Este grupo de 144.000 mostrará para o Diabo e o
anticristo que a fidelidade à Cristo e a verdade são as mais
sagradas dignidades e dotes da mente humana apesar de
viver num mundo devasso e ateísta. Os 144.000 reluzirão
507
como gemas na escuridão das trevas espirituais da grande

tribulação.
AS SEIS CARACTERÍSTICAS DOS 144.000

> Selados: “Em sua testa tinham escrito o nome dEle e o de
seu Pai” v.1.
> Adoradores: “E ninguém podia aprender aquele cântico,
senão os cento e quarenta e quatro mil” v.30.
> Resgatados: “Foram comprados como primícias para Deus
e para o Cordeiro” v.40.
> Imaculados: “Estes são os que não estão contaminados
com mulheres” v.4.
> Perseverantes: “Estes são os que seguem o Cordeiro para
onde quer que vai” v.4.
> Autênticos: “E na sua boca não se achou engano” v.5.
6. “E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o
evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam
sobre a terra.”
Evangelho eterno no grego “euangelion aionion”,
será a última oportunidade que os moradores da terra terão
para se arrependerem antes das sete taças da ira de Deus
serem derramadas. Cumprir-se-á nesse tempo o desejo dos
anjos em proclamar as boas novas 1 Pe 1.12. A plataforma
sagrada será o céu, o auditório será todas as nações do
508
planeta, o som será uma grande voz e o tema da mensagem:

dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo” v.7. A
”Temei a Deus e dai-
pregação será do céu, porque na terra será proibida, e todos
os templos estarão lacrados e se tornarão ociosos. É
necessária a construção de templos, mas a prioridade é a
universalização da Palavra de Deus. O evangelho eterno é
diferenciado do evangelho da graça porque o seu teor será o
juízo. A etapa da pregação do evangelho da graça iniciou no
pentecostes e se estenderá até o arrebatamento: e o
evangelho do reino será pregado após o arrebatamento até a
vinda de Cristo em glória. É chamado eterno porque é de
todas as épocas.
8. “E outro anjo seguiu, dizendo: Caiu! Caiu Babilônia,

aquela grande cidade que todas as nações deu a beber
do vinho da ira da sua prostituição!”
Babilônia é a grande cidade que se tornou maléfica pelo
seu sincretismo idolátrico. Mistura de demonismo com
idolatria, credos e heresias. No capítulo 18 encontramos um
relato minucioso sobre a derrocada dessa metrópole
paganizada. Todas as destruições feitas pelo Senhor dos
exércitos, foram pré-anunciadas Gn 18.16-33; 19.1-6.
Deparamos com o extermínio tanto do sistema religioso
paganista como da cidade nos capítulos 17 e 18. Vinho da ira
509
da sua prostituição são os ensinos macabros da idolatria

perniciosa. O vinho tem sido usado como símbolo do mal
irrefreável e sedutor. A prostituição mencionada no texto na
língua grega é “pornéia.” É uma alusão a imoralidade, e a
prática sexual ilícita. Babilônia, a cidade pernóstica é a
garçonete das noites espirituais que tem embriagado o mundo
com o seu coquetel etílico do paganismo.
9,10. “E seguiu o terceiro anjo, dizendo com grande
voz: Se alguém adorar a besta e a sua imagem e
receber o sinal na testa ou na mão,... também o tal
beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não
misturado, no cálice da sua ira.”
A vida confortável, a luxúria, os banquetes e os coquetéis
internacionais e a adoração à besta serão temporários.
Somente os tementes a Deus é que se resguardarão da marca
insana do anticristo. Os mártires entenderão nesse tempo
claudicante que será preferível sofrerem por um pouco de
tempo e manterem a fidelidade, do que serem infiéis e
padecerem no lago de fogo o tempo todo. Os adoradores da
besta lançarão um desafio estrepitoso à semelhança de Golias
contra Davi: “Quem é semelhante à besta? Quem poderá
batalhar contra ela?” 13.4. Eles encontrarão o Cordeiro-Leão
que irá achincalhá-la, 16.10; 19.20. O juízo será sem
comiseração, e com aplicações de infortúnios intermináveis
510
para quem receber a marca da besta. O vinho não misturado

expressa a intensidade da ira sem misericórdia e graça.
13. “Bem-aventurados os mortos que, desde agora,
morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que
descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os
sigam.”
O termo grego “makários” quer dizer “bendito”, “feliz.”
As crassas perseguições e a malignidade proliferante no final
da grande tribulação fará com que as pessoas tementes a
Deus percam o medo de morrer por causa do consolo eterno
de Cristo que lhes serão assegurados. Ambrósio disse: ”A
morte é para o justo, um porto de salvação; mas aos olhos do
culpado, assemelha-se a um naufrágio.” Muitos tem medo de
morrer porque nunca tiveram comunhão com o Príncipe da
vida. O versículo em análise é a segunda das sete bem-
aventuranças registradas no Apocalipse. Trabalho aqui tem a
ver com uma com uma estafa originada da opressão do
anticristo em combater e infortunar os santos. Os fiéis que
morrerem pelo testemunho do Filho do Homem terão um
descanso deslumbrante em constraste com os adoradores da
besta que serão atormentados com fogo e enxofre 14.10. A
palavra grega usada para descanso é “anapaesontai”, que
tem o sentido de “refrigerados”, “encorajados.”
511
14. “E olhei, e eis uma nuvem branca e, assentado

sobre a nuvem, um semelhante ao Filho do Homem,
que tinha sobre a cabeça uma coroa de ouro e, na mão,
uma foice aguda.”
O Filho do Homem surge instalado sobre uma nuvem
branca que é a Sua carruagem de trajetória sobre o universo.
A cor branca indica pureza e justiça Sl 68.4; 104.3. As
palavras gregas usadas para nuvem branca traduzidas quer
dizer “nuvem luminosa.” A Sua realeza é representada pela
coroa de ouro e o seu aspecto jurídico pela foice aguda. Neste
cenário, Ele estará julgando as nações êmulas de Israel e
prestes a estabelecer o juízo final.
16. “E aquele que estava assentado sobre a nuvem

meteu a sua foice à terra, e a terra foi segada.”
Foice no grego é “drépanon”, que é o “gancho
colhedor.” Esse vocábulo é empregado por oito vezes, sete
deles no Apocalipse. Este episódio será a eliminação das
nações bodes que sempre foram opositoras de Israel e que
praticaram o antissemitismo. Será o juízo contra as nações
vivas. Haverá a separação entre as ovelhas e os bodes Mt
25.33. Os países que colaboraram com Israel ficarão a direita
e entrarão para o reino milenial e os contrários serão
colocados à esquerda do Rei Jesus, e terão como destino a
512
destruição e o lago de fogo. A seara madura é o último e

terrível estado da humanidade. A razão de estar madura é
justamente pronta para o juízo punitivo. Essas nações ímpias
serão exterminadas pelo Rei dos reis, o Guerreiro do cavalo
branco que irradiará o céu com a Sua majestade cintilante e
com a marcha vitoriosa tão esperada pelos justos.
17. “E saiu do templo, que está no céu, outro anjo, o

qual tinha uma foice aguda.”
O dia da ceifa judicial chegará e não tardará, e os anjos
ceifeiros entrarão em ação para a colheita no exercício jurídico
da ordem dada pelo ceifeiro celestial Mt 13.49.
18. “E saiu do altar outro anjo, que tinha poder sobre

o fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a foice
aguda, dizendo: Lança a tua foice aguda e vindima os
cachos da vinha da terra, porque já as suas uvas estão
maduras!”
Nas terras mesopotâmicas, a vinha era conhecida por: “a
erva da vida.” Nos escritos sumerianos o sinal que
representava a vida era uma folha de videira. Na vinicultura
hebraica e nas Escrituras é o símbolo da nação de Israel Is
5.7; Os 10.1; Mt 21.33-39. A vinha pronta para a vindima era
chamada em grego de “akmazõ.” Uvas maduras, são os
513
ímpios da nação de Israel que permanecerão vivendo e

sentindo as reações pecaminosas sem a intenção de se
arrependeram e de reconhecerem o messiado de Cristo.
19. “E vindimou as uvas da vinha da terra, e lançou-as

no grande lagar da ira de Deus.”
As uvas da vinha estavam maduras, isto fala do Israel
apóstata que não seguiu a Cristo, e se entregou aos ditames
anárquicos do anticristo. Essa parte da nação estará num
descalabro que deixará de ser chamada de videira do Senhor,
para tornar-se em videira da terra Jl 1.7. O lagar é o lugar de
pisar uvas. Era feito em cima da terra ou escavado na rocha
em forma de uma pequena piscina, geralmente media 2,40 m
de comprimento por 1,50 m de largura. Tinha em baixo uma
abertura, de onde corria para a cuba que ficava mais baixa.
No lagar as uvas eram pisadas com os pés Ne 13.15; Jó
24.11, por um ou mais homens. Por cima passava uma trave e
nela eram amarradas algumas cordas que ficavam por cima da
cabeça. Como o trabalho era monótono os pisoeiros cantavam
canções Is 16.10 Jr 25.30 48.33. O lagar é uma linguagem
figurada que indica a impetuosidade da ira divina no afã de
esmagar os ímpios em juízo.
514
20. “E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue

do lagar até aos freios dos cavalos, pelo espaço de mil
e seiscentos estádios.”
O lagar pisado é usado inúmeras vezes na Bíblia para
ilustrar a execução da ira de Deus Lm 1.15; Jl 3.12,13; e fora
da cidade, mostra que o povo eleito estará livre do castigo
que desabará sobre os rebeldes e hereges Is 63.3. Segundo o
historiador Josefo, quando Jerusalém foi invadida pelo general
Tito, os soldados romanos matavam a quem encontrassem
pelo caminho, e a cidade tornou-se num rio de sangue a
ponto de servir de limite para o fogo. As nações confrontantes
de Cristo serão exterminadas fora das linhas geográficas da
cidade de Jerusalém. A extensão do rio de sangue: 1.600
estádios de 185 metros são iguais a 296 km. Um escatologista
de renome que eu o considero, como subestimador da escola
futurista de interpretação, que a meu ver, mostra-se, por
conseguinte não ter nenhum conhecimento de Geografia
Bíblica, disse: “Os futuristas passam mal aqui, nesta
passagem, com o seu literalismo. Não podem encontrar um
lugar na Palestina em que caiba um rio de duzentas milhas de
comprimento, seja de água, seja de sangue.” Ele esqueceu
que o rio Jordão em seu leito sinuoso atinge 340 km, e, se o
sangue descer em direção ao Egito passando pelo deserto do
Neguebe poderá atingir muito mais! Fora da cidade dá a
515
entender que o local da batalha do Armagedom dar-se-á no

vale de Jezreel o mais famoso, o mais vasto, não só do norte
bem como de todo o país de Israel 16.16.
516
50
MENSAGEM
TEMA: O QUADRO PREPARATÓRIO DAS SETE TAÇAS
TEXTO: AP 15.1-8
INTRODUÇÃO
No Apocalipse encontramos três citações acerca de
sinais fenomenais na arcada celeste: 12.1,3: 15.1. Grande,
porque é o maior de todos; e admirável, porque abarca os
maiores atos judiciais do céu. Antes de o Senhor derramar as
dez pragas sobre o reino faraônico, Ele enviou três sinais Ex
4.3,4, 6; e também à Gideão o ofraíta antes da batalha contra
os midianitas e os seus confederados Jz 6.21,36-40. No grego
descreve um sinal que causa admiração. O vidente de Patmos
pretendia indicar um diferencial na cronologia literária
abordada. Estas serão as derradeiras pragas que assinalarão o
clímax da ira de Deus que sobrecairá sobre a humanidade
antes do juízo final.
O Apocalipse é o livro neotestamentário que mais faz
referências aos anjos e as suas atividades, chegando a
registrar 77 vezes esse vocábulo. Eles aparecem
constantemente em grupo de sete, isto diz da atuação perfeita
porque o número é completo. No tempo do tabernáculo
517
mosaico, os sacerdotes eram ministros do perdão, e, esses

anjos agora, aparecem como ministros do juízo. O horrífico
das sete taças é que não haverá arrependimento e nem
salvação.
2. “E vi um como mar de vidro misturado com fogo.”

Na visão do capítulo 4, esse mar fazia separação entre o
trono de Deus e os 24 anciãos; agora, podemos contemplar os
vencedores numa aproximação mais abrangente. Os dois
elementos usados por Deus para castigo estarão misturados,
água e fogo. É uma lembrança da contemplação das rochas
que circundam o mar Vermelho que são de natureza calcária
dos períodos eoceno e cretáceo que assumem pela ação do
tempo, uma cor avermelhada escura bastante viva, daí a
origem deste nome. O mar Vermelho era chamado no antigo
Egito de mar de Fogo. Os judeus acreditavam que os egípcios
foram fulminados no mar pelo fogo do juízo de Jeová. O mar
de vidro misturado com fogo é uma representação da punição
divina contra os ímpios da terra.
“e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua
imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que
estavam junto ao mar de vidro e tinham as harpas de
Deus.”
518
Cristo venceu os terrores da vida morrendo no patibulum

da cruz, e estes mártires venceram o império anticristão pela
perseverança, e pela execução da besta. As harpas de Deus
simbolizam o louvor fidedigno, a alegria e a vitória
inenarrável. Na arte medieval a harpa triangular tornou-se a
representação do louvor à trindade.
3. “E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o

cântico do Cordeiro.”
O cântico de Moisés é um poema de exaltação ao
Senhor pelo Seu imenso poder, e pela vitória que dera ao Seu
povo destruindo os seus inimigos Ex 15.1-19. O cântico do
Cordeiro é um hino de enaltecimento à Cristo pela salvação e
pela vitória sobre o anticristo. Os louvores apresentados
mostram que o povo de Deus foi triunfante sobre o anticristo
o Faraó tribulacional e os exércitos mordazes e que
alcançaram o outro lado da vida postado sobre o mar de
vidro. Podemos perceber nesta cena celeste um novo êxodo
espiritual. Esse cântico será entoado pelos mártires em sua
maioria composta de judeus vindos da grande tribulação.
Detectamos aqui uma curiosidade literária; o cântico de
Moisés encontra-se registrado no livro de Êxodo e no
Apocalipse, ambos no capítulo 15. Este hino é a maior
expressão de fé arrolada na doxologia bíblica. Jesus para os
519
santos, Ele é Mestre e Senhor, e para todos os moradores da

terra, Ele é o Rei das nações. Este cântico antecipa o reinado
universal de Cristo e a Sua supremacia mundial.
4. “Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o

teu nome?”
Na terra haverá um desafio por parte do grupo do
anticristo: “Quem é semelhante a besta?” No céu haverá um
mega desafio: “Quem te não temerá, ó Senhor?” As nações
durante o milênio virão e se prostrarão perante á Cristo em
Seu trono de glória reconhecendo o Seu senhorio como Rei
das nações Sl 72.11; Is 2.2,3; Dn 7.14. Isto não se refere à
salvação universal, mas a união de pessoas de cada país do
globo que prostrar-se-ão diante do Rei para adorá-lo.
5. “E, depois disto, olhei, e eis que o templo do

tabernáculo do testemunho se abriu no céu.”
A linguagem usada aqui está relacionada com o
tabernáculo de Moisés que é uma réplica do tabernáculo
celestial Ex 25.40; Nm 9.15. No capítulo 11.19, João viu a arca
do concerto, e neste, ele teve uma visão mais abrangente do
tabernáculo eterno aberto para todo o universo ver. Templo
na língua grega “naos” corresponde ao local mais sagrado
que é chamado santo dos santos. Foi do lugar santíssimo no
520
céu que procedeu a cerimônia da entrega das sete taças

ferventes com a ira de Deus que serão entornadas sobre os
devassos da terra.
6. “E os sete anjos que tinham as sete pragas saíram

do templo, vestidos de linho puro e resplandecente e
cingidos com cintos de ouro pelo peito.”
As vestes de linho puro e resplandecente indicam a
pureza, a inocência e a natureza sagrada do ofício angelical. O
destaque de suas vestes pode referir-se a categoria
hierárquica dessa classe angelical e da aproximação do trono
de Deus. Cingidos com cinto de ouro trata de suas atividades
reais e sacerdotais, porque saem do santuário. H. E.
Alexander declara: “Os sete anjos que trazem as sete taças da
ira de Deus, agem como sacerdotes e estão vestidos de linho
puro e resplandecente. O ofício de sacerdote exercido nas
dispensações da lei e da graça, que era de intercessão, agora
se torna de juízo.” O cinto do sumo sacerdote era composto
de azul indicando celestialidade; púrpura, a realeza; o
carmesim, a redenção e o linho torcido, a justiça Ex 39.5. O
cinto desses anjos não possui nenhuma dessas cores
tipológicas; inclusive o carmesim que é um tipo do sangue
reconciliador. Os cintos são inteiramente de ouro que é o
símbolo da justiça divina. O cinto envolto no peito e não na
521
cintura, aponta para um coração fechado e interditado para a

misericórdia. Porque doravante só haverá juízos!
7. “E um dos quatro animais deu aos sete anjos sete

salvas de ouro, cheias da ira de Deus, que vive para
todo o sempre.”
Um dos seres viventes surgiu na cena como oficial de
justiça do “STUJ” – Supremo Tribunal Universal de Justiça,
entregando as sete taças da ira de Deus aos sete anjos
executores dos sete flagelos. Um dia o mundo haverá de
saber que o Deus de grande misericórdia, é um grande Deus
de ira no juízo. Os ímpios hão de pagar o mal que fizeram e o
bem que deixaram de fazer. A taça era antigamente um prato
raso usado para beber e derramar as libações. A intensidade
do castigo será de acordo com a extensão da crueldade. A
expressão “ira de Deus” aparece seis vezes no Apocalipse
14.10,19:15.1,7; 16.1,19.
8. “E o templo encheu-se com a fumaça da glória de

Deus e do seu poder.”
A fumaça era proveniente não do incenso, mas do fogo
que é o símbolo do juízo. Na consagração do tabernáculo, na
dedicação do templo de Salomão, e, em outras ocasiões o
santuário ficou interditado Ex 40.34,35; 2 Cr 7.1-3; Is 6.4; Ez
522
10.4. O templo celeste estava bloqueado pela fumaça; nada

se via, e ninguém podia adentrá-lo. Nesse período judicial não
haverá intercessão. Será a fase do derramar da ira do Todo-
poderoso. O Juiz entrará em recesso temporário no céu e
ficará por conta de ver os golpes e as penas aplicadas nos
transviados da terra de forma enfática.
523
51
MENSAGEM
TEMA: AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS
TEXTO: AP 16.1-21
INTRODUÇÃO
Este capítulo é chamado “o grande capítulo”, porque a
palavra grande aparece dez vezes: 16.1,9, 14, 17, 18, 19,21.
As taças são chamadas da ira de Deus porque com elas
extenuará a ira divina. Os juízos das taças são completos
porque a oportunidade para o arrependimento estará
encerrada.
As quatro primeiras trombetas como as quatro
primeiras taças afetarão diretamente a natureza, a terra, o
mar, os rios e o sol. Essa mega voz originada do santuário é
uma ordem de execução. As pragas das taças serão mais
intensas do que as das trombetas devido o aumento da
maldade humana e a aproximação do fim.
2. “E foi o primeiro anjo e derramou a sua taça sobre a

terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens
que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua
imagem.”
524
O juízo provocado pelo derramar dessa taça é similar a

sexta praga que saracoteou a terra egípcia Ex 9.10. Chaga no
original grego é “elkos,” que quer dizer “abcessos”, “úlceras.”
Úlcera é o nome empregado a qualquer substância tecidual
com pouca ou nenhuma tendência à cicatrização. Alguns tipos
de úlceras: bauru, decúbito, duoadenal; estercoral;
fagedênica; flegmonosa; fungosa; péptica e variosa. Os
seguidores da besta terão a pele e as mucosas destruídas por
causa do processo necrótico irreversível que provocará
complicações porque os vasos sanguíneos serão lesados e
provocará hemorragias e perfurações nos órgãos atingidos. Os
homens terão os corpos apodrecidos e um mau cheiro
insuportável e se tornarão em cadáveres ambulantes. Aqueles
que receberem o sinal da besta na pele; na pele haverão de
sofrer os horrores do juízo da Corte Suprema Celestial. As
chagas malignas serão para os adoradores da besta como
prenúncio dos infortúnios que eles haverão de sofrer no lago
de fogo.
3. “E o segundo anjo derramou a sua taça no mar, que

se tornou em sangue como de um morto, e morreu no
mar toda alma vivente.”
Um provérbio índio diz: “Quando o homem tiver cortado
a última árvore, poluído a última gota de água, matado o
525
último animal e pescado o último peixe, só então perceberá

que o dinheiro não é comestível.” O petróleo vertido no mar
constitui um tipo de poluição preocupante à natureza humana.
Cerca de 1,5 da produção provém de jazidas minerais
“offshore”, e que ocorrem acidentes durante a extração e o
transporte de hidrocarbonetos. Estima-se que todos os anos,
são introduzidos nos oceanos, através da ação humana, seis
milhões de toneladas de hidrocarbonetos, o que representa
uma das causas principais da poluição dos oceanos. Esta
segunda praga será idêntica à primeira enviada ao Egito Ex
17.17-21. No toque da segunda trombeta morrerá uma terça
parte dos animais marinhos; e no derramar da segunda taça o
restante será destruído. Os bilhões de seres ficarão boiando
sobre as águas sanguinolentas dos sete mares como um
pedaço de cortiça. Ao cessar os juízos das sete taças da ira de
Deus, um número reduzido da população mundial adentrará
no reino milenial de Cristo.
4. “E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas

fontes das águas, e se tornaram em sangue.”
Atualmente há uma demanda crescente em
consequência do aumento da população, do desenvolvimento
industrial e da expansão da agricultura irrigada, verifica-se
uma oferta limitada de água potável distribuída de forma
526
desigual. O relatório do PNUMA estima-se que 40% da

população mundial sofre com a escassez de água, já a partir
da década de 90. Falta de acesso ao abastecimento seguro e
ao saneamento tem resultado em centenas de milhões de
casos de doenças, provocando mais de cinco milhões de
morte anualmente. Os rios poluídos, os lagos, as zonas
costeiras e as baías tem causado degradação ambiental
contínua, por despejo de volumes crescentes de depósito de
resíduos e objetos industriais e orgânicos. O lançamento de
esgotos não tratados aumentou dramaticamente nas últimas
décadas, com impactos eutróficos sobre a fauna, flora e os
próprios seres humanos. Os seguidores da besta tornar-se-ão
hematófagos. Os mortos vivos estarão bebendo o sangue dos
mortos Jd 12,13. Não serão apenas as fontes das águas que
serão atingidas, mas o império do anticristo que se mostrará
fúlgido e cristalino; de uma hora para a outra se tornará como
um mar de sangue coagulado. Pelo que tudo indica os rios
europeus sofrerão castigos mais severos porque estão
localizados na região do trono da besta, e onde possui um
índice elevado de ateístas. O rio Reno possui 1.320 km e
atravessa a Europa do sul ao norte desaguando no mar do
Norte. O rio Tâmisa é um rio do sul da Inglaterra ligando
Londres ao mar, com 346 km de comprimento. O rio Danúbio
527
é o segundo rio mais longo da Europa com 2.850 km, constitui

a fronteira natural de dez países.
8. “E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e

foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo.”
O sol é uma imensa esfera de gases incandescentes que
ocupa o centro do sistema solar. Cento e nove terras seriam
necessárias para cobrir o disco do sol; em seu interior caberia
1,3 milhões de terras. A luz do sol contém todas as cores do
arco-íris. A temperatura no centro chega atingir cerca de 15
milhões de graus centígrados. A luz solar gasta 8 minutos e 20
segundos para atingir a Terra. A quantidade de luz e de calor
emitida mantém-se constante. De acordo com a astronomia, o
sol permanecerá sendo uma força energética para a Terra
pelo menos mais 5 bilhões de anos. Com o aquecimento
global sete vezes mais, e com o acrescimento do castigo de
Deus, o planeta se transformará num forno e assará os
homens transeuntes. “E será a luz da lua como a luz do sol, e
a luz do sol, sete vezes maior, como a luz de sete dias” Is
30.26. O aquecimento global é um fenômeno climático de
larga extensão, um aumento da temperatura média da
superfície da terra que vem acontecendo nos últimos 150
anos. O secretário geral da ONU (02/03/2007) comparou a
ameaça representada pelo aquecimento global ao impacto das
528
guerras sobre os povos do mundo. Os Estados Unidos

produzem um quarto de todos os gases poluentes do planeta.
O relatório de um painel de mais de 2.500 cientistas de mais
de 130 países previu um aumento nas temperaturas médias
de entre 1,8 a 4 graus Celsius no século 21. A comunidade
científica acredita que o aquecimento se deve aos poluentes
antropogênicos na atmosfera que causa um aumento do efeito
estufa. Os gases responsáveis pelo efeito estufa são: vapor de
água, dióxido de carbono, ozônio, CFC´s. Dados de satélite
mostram uma diminuição de 10% na área coberta por neve
das montanhas em regiões não polares. A área coberta por
gelo no hemisfério norte diminuiu em cerca de 10% a 15%
desde 1950, que é uma área equivalente ao estado do Pará. A
camada de ozônio alcançou um nível alarmante estimando-se
o “buraco” no ano 2.000, de 28 milhões de km² somente na
região Antártica.
10. “E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono

da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e os homens
mordiam a língua de dor.”
Essa praga é equivalente a nona praga enviada sobre o
Egito Ex 10.21-23. Para quem estará vivendo nas trevas
hórridas espirituais experimentará as trevas naturais. O falso
profeta Barjesus da cidade de Pafos antiga capital da ilha de
529
Chipre passou por um juízo temporário como este At 13.11.

Como Satanás não pode apropriar-se do trono de Deus, ele
entronizará o anticristo seu representante legal que dominará
a estrutura da sociedade humana. Os homens morderão a
língua de dor; esta é uma expressão usada para descrever a
dor intolerável e torturante.
12. “E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o

grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que
se preparasse o caminho dos reis do Oriente.”
No acádico “Purattu”; no hebraico “Perat”; no grego
“Eufraten” e no persa “Ufratus.” O nome significa
“fertilizante”, e aparece 50 vezes na Bíblia. A primeira em Gn
2.14 e a última em Ap 16.12. É chamado pelos escritores
sagrados: o Grande rio por excelência Dt 1.7, Js 1.4; e, em Dt
11.24 apenas “o rio.” Seu manancial tem origem nas
montanhas armênias. O Eufrates é o mais largo, o mais
extenso da Ásia ocidental com um comprimento de 2.600 km
desde a nascente até a sua foz no golfo Pérsico. Junto à
primitiva cidade de Carquemis o Eufrates chega apenas a 160
km do Mediterrâneo. Os seus principais afluentes são: o Balif
e o Habur. A parte superior do Eufrates não é navegável. O rio
atravessa um vale largo, onde são produzidas as melhores
tâmaras do mundo. A 190 km do golfo Pérsico se junta ao
530
Tigre formando o Chatt Al-Arab. Durante o magnífico reinado

de Salomão o rio Eufrates fazia a linha limítrofe na parte
nordeste 1 Rs 4.24. Durante o Império Romano o Eufrates era
a fronteira oriental que formava uma barricada natural, e
secando-se abrirá o caminho para a arremetida frontal contra
Israel. Uma temporada de três anos e meio sem chuvas é o
suficiente para o Eufrates secar-se. O mar Vermelho secou, e
o Nilo também ressecará Is 11.15. O Eufrates tem servido de
carceragem para uma alta hierarquia demoníaca. Com o
derramar da sexta taça durante o período tribulacional, suas
águas irão secar pela primeira vez na história para dar
passagem às tropas dos reis do Oriente para a batalha
Armagedônica. Oriente, no grego “anatoles heliou,” que
significa “do lado do nascimento do sol”, que poderá ser: o
Irã, a China, o Japão, a Índia e outros países emergentes que
se aliarão a estes na tentativa de eliminar a Israel. Esses reis
orientais representam forças de destruição. Eles irão até
Israel, não para conhecer o Deus de Abraão e buscar a Sua
revelação salvadora; mas, estarão com a mente entorpecida
pela filosofia satanista e anticristã para travar uma guerra na
campanha do Armagedom.
531
13. “E da boca do dragão, e da boca da besta, e da

boca do falso profeta vi saírem três espíritos,
semelhantes a rãs.”
Rã na língua grega “batrachos.” A rã é um batráquio
sem cauda da família dos hylideos, pertencente à classe de
animais chamados anfíbios. Difere do sapo por ter dentes no
maxilar superior. A rã encontra-se na lista zoológica dos
animais impuros Lv 11.40,41. Era considerada entre os judeus
como incorporação de forças demoníacas. Alguns estudiosos
vêem na rã a entidade própria ao demônio e a heresia.
AS SEMELHANÇAS ENTRE A RÃ E OS DEMÔNIOS

> Seu tamanho varia de 1,5 cm até 30 cm.
Podemos ver aqui as várias categorias da hierarquia
demoníaca.
> Sua cor é de um verde, manchado de preto com três
traços amarelos nas costas e o ventre amarelo.
O verde fala da falsa esperança; o preto de sua imundícia; e
os três traços o triunvirato satânico e o amarelo da pseuda -
realeza.
> A rã consegue saltar 20 vezes o comprimento de seu
corpo.
É uma figura da atuação dos demônios que se esforçam o
máximo burlequeando pelo mundo no exercício do mal.
532
> A rã respira por meio dos pulmões e através da pele.

É um simbolismo dos demônios na insistência de permacerem
livres e ativos no planeta Terra em contraposição ao inferno.
Eles estão aproveitando o tempo antes que chegue o dia de
serem lançados no lago de fogo.
> São dotadas de glândulas de veneno na pele.
Esse veneno fala da natureza assassina e maléfica dos
demônios.
> Os olhos esbugalhados permitem a rã enxergar em
todas as direções.
Os demônios possuem uma visão penetrante para observar os
pecados e as falhas humanas. Eles são detetives espirituais
que fiscalizam e acusam os cristãos diante do trono de Deus.
> A rã é um animal de sangue frio.
É uma figura da impiedade e das atividades dos demônios, em
matar, roubar e destruir. No dicionário do Diabo não existe as
palavras: compaixão, misericórdia, comiseração e dó.
> Ela passa boa parte do tempo enterrada no lodo.
Isto fala da sujeira, tanto do habitat como do caráter dos
demônios. É por isso que são chamados de espíritos imundos.
> A rã atinge a maturidade aos três anos.
Podemos ver aqui a trindade satânica em ação: o dragão, a
besta e o falso profeta, como também a maturidade maligna
dos demônios na prática da maldade.
533
15. “Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado

aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não
ande nu, e não se vejam as suas vergonhas.”
O termo “vigia” no grego é “gregoron” que explicita,
“ficar acordado.” “Enquanto o sacerdote mantinha vigília no
templo, um oficial costumava andar em volta do templo com
uma tocha acesa em suas mãos, e se qualquer guarda não
estivesse de pé e lhe dissesse: Ó oficial do templo, Paz seja
contigo! – o que tornava claro o direito de lhe bater com a
vara e de queimar sua vestimenta (m. Midoth 1.2).” Essa
terceira bem – aventurança é para os que mantêm a vida
espiritual em constante vigilância. Estar nu se refere à
vergonha da falta de preparação espiritual. Charles Wagner
disse: “A prática da vigilância cria no homem o hábito da vida
interior e a necessidade de fazer passar todas as suas obras
sob os olhares da consciência.”
16. “E os congregaram no lugar que em hebreu se

chama Armagedom."
A palavra “Armagedon” é originada de “Ar + Megido”,
portanto significa “cidade de Megido.” O profeta Joel a
designa de: “vale de Jeosafá.” Essa batalha será a última
guerra travada entre as forças do bem contra o mal Sl 2.2; Jr
534
6.2: Ez 38. Esta localidade tornou-se símbolo de desastre para

o exército que nele se concentra Zc 12.11. A batalha do
Armagedom é descrita na última parte do capítulo dezenove.
Essa conflitante batalha dar-se-á na planície de Jezreel. No
hebraico Jezreel significa “Deus semeia.”
Esse nome é originado da cidade de Jezreel. Foi
chamada de “planície de Megido”, e aparece 29 vezes no
Velho Testamento. Fica dentro do antigo território de Issacar
Js 19.18. É a mais bela e a mais importante planície de Israel.
Ela mede 38 km de comprimento por 21 de largura. Está
localizada entre os montes da Galiléia e os de Samaria; O rio
Quisom e outros afluentes irrigam essa planície. Essa
localidade foi palco de vários combates sanguinolentos:
Baraque derrotou a Sísera o capitão do exército de Jabim Jz 4;
Acazias e Jeú se confrontaram ali 2 Rs 9.27; Josias foi
assassinado por Faraó Neco 2 Rs 23.29; Gideão venceu os
midianitas e os seus confederados Jz 6-7, e foi o lugar onde
Saul encontrou a morte 1 Sm 31.8. O foco cêntrico da batalha
será em volta de Megido; mas devido às tropas inumeráveis
de várias nações do mundo, elas estacionarão desde Bozra,
antiga cidade edomita que fica a 35 km ao sudeste do mar
Morto ao sul, até ao Líbano na parte setentrional.
535
17. “E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu

grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está
feito!”
Essa praga será a rajada final contra todas as hostes do
mal, tanto satânica como humana. Assim como o brado de
Cristo no patibulum da cruz estabeleceu a concretização se
Sua obra redentiva Jo 19.30; esta expressão escatológica:
“Está feito!” sinalizará o fim da existência do poder do mal.
18. “E houve vozes e trovões, e relâmpagos, e um

grande terremoto, como nunca tinha havido desde que
há homens sobre a terra; tal foi este tão grande
terremoto.”
Terremoto no grego “seismos”, de onde originaram as
palavras: sismógrafo e sismologia. O Apocalipse faz menção
de cinco grandes terremotos: 6.12; 8.5; 11.13,19. Este
terremoto será o de maior intensidade dos que os quatro
juntos. Será impossível medir a sua impetuosidade na escala
Richter, porque será de amplitude mundial e a Terra
cambaleará como bêbado. Ocorrerá uma mudança geofísica
da terra que deixará as pessoas sem a capacidade de
localização geográfica. A grande cidade, que é Jerusalém,
fender-se-á em três partes, e as metrópoles mundiais ruirão,
tais como: Nova York, Londres, Copenhague, Berna,
536
Luxemburgo, Bruxelas, Ottawa, Buenos Aires, Lisboa, Brasília

e outras...
21. “E sobre os homens caiu do céu uma grande

saraiva, pedras do peso de um talento; e os homens
blasfemaram de Deus por causa da praga da saraiva,
porque a sua praga era mui grande.”
No Egito ocorreu a sétima praga, a da saraiva, que
arrasou o país Ex 9.22-26. As pedras da saraiva serão do peso
de um talento que corresponde a 45 kg, porque as blasfêmias
e os pecados serão grosseiros e pesados. A mulher tebesita
rachou o crânio de Abimeleque do alto de uma torre com
apenas um pedaço de pedra de uma mó Jz 9.53. Esta praga
de lapidação estourará milhões de crânios humanos pelos
cinco continentes. A palavra grande no grego “sfodra”, que
significa “extremamente grande.” Castigo não faz os homens
reconciliarem com Deus; pelo contrário, eles ficam enfurecidos
e blasfemam do Seu nome. Fica, pois, banido do nosso
vocabulário cristão, este provérbio, sem base bíblica que diz:
“quem não vier por amor, virá pela dor!”
537
52
MENSAGEM
TEMA: A VISÃO DA GRANDE PROSTITUTA
TEXTO: Ap 17.1-18
INTRODUÇÃO
As cidades de Nínive, Tiro e Jerusalém foram chamadas

pelos profetas de meretrizes: Na 3.4; Is 23.17; Is 1.21. No
que tange a Israel, essa nação era considerada a esposa de
Jeová. Adoração aos ídolos na linguagem do Velho
Testamento era prostituir-se contra Deus, o Marido fiel. Esta
prostituta é na verdade o símbolo de um grande poder
religioso que possuirá uma influência diabólica em nome da
religião, que na grande tribulação fará aliança com o
anticristo. Assentada sobre muitas águas é uma alusão à
cidade de Babilônia que era hidrograficamente bem regada
pelo rio Eufrates e os seus canais Jr 51.13. E a Roma dos
césares também está cercada pelo mar Mediterrâneo, mar
Adriático, mar Tirreno e pelo rio Tibre. O dito: “muitas águas”,
na profecia do Apocalipse representa: povos, multidões,
nações, e línguas.
538
2. “com a qual se prostituíram os reis da terra; e os

que habitam na terra se embebedaram com o vinho da
sua prostituição.”
A igreja começou a prostituir-se com os reis da terra, foi

a partir do quarto século quando o estado passou a regê-la
sob o comando do imperador Constantino. Esta prostituta
embebedou e intoxicou espiritualmente a humanidade com o
seu coquetel de imundícias, e com a vinicultura etílica da
idolatria, feitiçaria, mágica e agouros demoníacos. A Babilônia
religiosa manterá a mesma relação com o anticristo, como a
igreja cristã mantém com o Senhor Jesus Cristo. Na grande
tribulação ela será a amante sádica das seitas, das igrejas
apostatadas e dos líderes heréticos que estarão em busca de
poder e fama.
3. “E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma

mulher assentada sobre uma besta de cor escarlate,
que estava cheia de nomes de blasfêmia e tinha sete
cabeças e dez chifres.”
Foi no deserto que o anjo mostrou para João esta visão

estarrecedora. Foi no deserto que Moisés obteve a visão da
sarça ardente Ex 3; Elias recebeu também no deserto uma
539
missão extraordinária 1 Rs 19.15,16; e Paulo no deserto da

Arábia recebeu visões inefáveis Gl 1.17. Quando o cristão
separa-se para Deus, por meio da santificação, do jejum e da
oração às comportas celestiais se abrem e surgem as gloriosas
revelações divinas. Fora disso, ele será cego, surdo, e não
terá experiências revolucionadoras com o céu. Essa mulher
será o sistema religioso falso que abarcará o mundo inteiro. A
palavra “assentada”, fala de “influência”, “relacionamento”,
“comando.” O anticristo a besta cor de escarlata, a princípio
será apoiada por esse sistema religioso contaminante. Nomes
de blasfêmia, serão os títulos exibidos de auto - deificação que
o anticristo trará na parte frontal 2 Ts 2.4.
4. “E a mulher estava vestida de púrpura e de

escarlata, adornada com ouro, e pedras preciosas, e
pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio das
abominações e da imundícia da sua prostituição.”
A genuína igreja de Cristo é comparada a uma virgem,
que não se macúla com o pecado e não possui a ruga do
envelhecimento mundano e nem da falsa doutrina. A púrpura
é um líquido corante cor de violeta que é extraído das
glândulas de uma lesma conhecida por murex. A púrpura era
comercializada pelos fenícios que a exportavam para toda a
bacia mediterrânea. A palavra Fenícia significa “terra da
540
púrpura.” Segundo a mitologia, o deus Melkart da Fenícia foi o

primeiro que pintou uma veste com a púrpura para oferecer a
sua amada. As roupas tingidas com essa substância eram
usadas somente por reis e pessoas riquíssimas Dn 5.16; Lc
16.19. As imagens de esculturas eram cobertas com um
manto purpúreo, como era a tradição da Babilônia pagã Jr
10.9. A escarlata era uma substância extraída de um inseto
chamado coccus ilicis, conhecido por kermes entre os árabes.
Desse vocábulo surgiu a palavra carmesim. A cor é vermelha
muito viva. Era a cor predileta do Império Romano que
representava o zênite luxuoso e ostensivo. A cor predileta
usada pela rameria babilônica é a vermelha; não porque ela
acredita na eficácia do sangue de Cristo; essa tonalidade
simboliza a sua natureza assassina e sanguinária. Não há
nenhum simbolismo em cada pedra em particular, todas essas
gemas demonstram a sua riqueza opulenta. Apesar de essa
organização religiosa ser portadora de uma riqueza
extravagante, com a qual seduz os reis da terra, o cálice de
ouro que parece ter o melhor vinho, está cheio de
abominações tais como: falsa doutrina, pederastismo,
lesbianismo e a prática de pedofilia.
541
5. “E, na sua testa, estava escrito o nome: mistério, A

GRANDE BABILÔNIA, A MÃE DAS PROSTITUIÇÕES E
ABOMINAÇÕES DA TERRA.”
As prostitutas romanas usavam na testa fitas com seus
nomes escritos. As maiores abominações registradas na Bíblia
com frequência são: idolatria e prostituição. Roma papal,
sempre ostentou ser a igreja mãe, ela é, por conseguinte a
mãe das prostituições e abominações. A religião babilônica
usava muitos símbolos misteriosos; era, portanto, uma religião
de mistérios. Ninrode na língua hebraica significa “rebelde.”
Foi o fundador de um reino, e, era adorado, e simbolizado por
imagens do sol, peixes, árvores, obeliscos e animais. Esse
sistema pagão espalhou-se da Babilônia para todas as nações
Gn 11.19. Ninrode promoveu uma rebelião contra Deus, e,
esse sistema prosseguiu até o reinado de Nabucodonosor que
proibia a adoração a Jeová, promovendo, uma idolatria
funesta, aplicando tortura e a carbonização aos que não lhe
obedecessem, lançando-os dentro de uma fornalha de 7.000
graus centígrados Dn 3. Essa ideologia babilônica atingirá seu
apogeu durante a grande tribulação. Babilônia, é, pois, o
símbolo de qualquer composto ultrajante que se levanta
contra Deus. Foi em Babilônia que originou o culto da mãe,
Semíramis e do filho Tamuz, e vários símbolos misteriosos.
Quando Roma tornou-se império mundial, agregou dentro do
542
sistema, os deuses e religiões dos países pagãos. A igreja

precisa ser separada do mundo, o que aconteceu, ela tornou-
se uma parte deste sistema mundano. O trono satânico foi
transferido da Babilônia para Pérgamo em 138 a.C., quando
os persas a dominaram; os feiticeiros tiveram que fugir; o rei
Átalo de Pérgamo concedeu-lhes exílio. Sendo assim, o trono
satânico foi mudado da Babilônia para Pérgamo, e mais tarde
transferido para Roma. O romanismo tem insultado a Deus
com centenas de blasfêmias tais como: o dogma da
Imaculada conceição da virgem Maria proclamada pelo Papa
Pio IX, que é o cerne da prostituição católica e o dogma da
infalibilidade papal, decretado em 1870 no Concílio do
Vaticano.
8. “E vi que a mulher estava embriagada do sangue

dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus.”
Os horrores da inquisição, patrocinada por essa meretriz,
que levou a morte milhões de pessoas, foi uma prática mais
brutal do que a dos imperadores romanos. Ficará para sempre
cinzelada nos anais da história.
10. “E são também sete reis: cinco já caíram, e um
existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier,
convém que dure um pouco de tempo.”
543
As sete cabeças representam sete montes, os quais são:

Célio; Aventino; Palatino; Esquilino; Viminal; Quirinal;
Capitólio. Os sete montes refere-se também a sete impérios
mundiais; seis já não existem mais: Egito, Assíria, Babilônia,
Pérsia, Grécia e Roma. O sétimo será a coligação composta de
dez países que corresponde indubitavelmente aos dez dedos
da estátua do sonho do rei Nabucodonosor, que foi
relembrado e interpretado pelo profeta Daniel Dn 2.31-44. E o
oitavo será o domínio do anticristo durante sete anos Dn 9.27.
A única organização religiosa mundial que o anticristo criará,
será uma mera ilusão.
11. “E a besta, que era e já não é, é ela também o

oitavo, e é dos sete, e vai á perdição.”
Será um tipo do Império Romano antigo restaurado de
maior amplitude que será chefiado pelo anticristo, e seu
governo durará apenas sete anos, e daí restará a perdição por
ocasião da volta de Cristo na Batalha do Armagedom Dn 7.26.
O oitavo é dos sete, porque a besta governará com o apoio da
liga de dez nações; essa confederação será o sétimo reino, e o
do anticristo o oitavo.
544
12. “E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda
não receberam o reino, mas receberão o poder como
reis por uma hora, juntamente com a besta.”
A confederação de dez nações naqueles dias em terras
européias, passará o poder para o anticristo governar o
mundo por sete anos, ou seja, “por uma hora”, que será o
cumprimento profético da setuagésima semana de que
profetizara Daniel.
16. “E os dez chifres que viste na besta são os que

aborrecerão a prostituta, e a porão desolada e nua, e
comerão a sua carne, e a queimarão no fogo.”
O anticristo com os seus correligionários darão uma
guinada e destruirão esse império pagão prostituído. Comer a
carne da prostituta, quer dizer; tomar os seus membros, e
usufruir de toda a fortuna que ela detém. Ser queimada a
fogo, fala da ruína total, tanto política como social.
A USURPAÇÃO DA ROMA PAPAL SEGUNDO RUI

BARBOSA
“Roma nem sempre, nem por toda a parte, nem aos olhos
de todos trás descoberta em sua extensão inteira as suas
pretensões usurpadoras”. Nos inumeráveis órgãos dessa
545
terrível propaganda, a linguagem varia matizes sabiamente
graduados às circunstâncias, às situações locais, ao gênero
dos leitores, desde as obras maciças destinadas aos
profissionais, onde os cânones ortodoxos ostentam-se na
sua crueza intolerável aos leigos, até os escritos petulantes
na inventiva e evasivos na substância, com que se nutre o
tiroteio cotidiano da imprensa, ou os catecismos, em que
nas escolas obscuramente se propina à puerícia incauta o
veneno místico, e os opúsculos devotos, em que o fanatismo,
sob suas formas mais párvoas, inficiona e brutaliza pouco a
pouco o povo ignorante. A dobrez é a característica
essencial da política ultramontana, política em cujo seio a
religião do Cristo soçobrou, e desapareceu, deixando
apenas à superfície, e, ainda assim, sacrilegamente
adulteradas, as feições ostensivas, o vocabulário, as
fórmulas e o rito. Esta duplicidade romana é a tradição, a
necessidade, a lei da igreja papal nos seus atos, no seu
credo, nos seus programas, na doutrinação, o oficial ou
anônima, dos seus missionários, incógnitos ou declarados.
Daí, entre as pessoas não costumadas a essa classe
particular de estudos, frequentes enganos, idéias

546
singelamente errôneas ou profunda indiferença a respeito
da hodierna teologia clerical. O rótulo de teologia, que traz,
indu-la a crê-la efetivamente a sistematização da doutrina
revelada, a ciência de Deus, das almas e da vida eterna. Um
olhar, porém, mais perscrutador, tenaz e refletido, às
profundezas da doutrina que hoje constitui a íntima
estrutura de toda essa teologia, a saber, a doutrina
infalibilista, é o que bastará, para premunir os descuidados,
evidenciando-lhes que essa intitulada autoridade
sobrenatural, e, portanto, os seus oráculos, mais não vêm a
ser que meras criações terrenas, inventos de uma política
mundana tendente à exploração da sociedade inteira a bem
de um absolutismo, que, com o intuito de fazer-se eterno,
quer, como todas as idolatrias e todas as opressões,
estribar-se em origens celestes. Apenas envolve-se com a
política, entra a igreja a desviar-se do Cristo, e a descer do
primitivo esplendor.”
Dr. Rui Barbosa
547
53
MENSAGEM
TEMA: A DERROCADA FINAL DA BABILÔNIA
TEXTO: AP 18.1-24
INTRODUÇÃO
Esta cidade a que reporta o profeta de Patmos será a

capital do império governamental do anticristo. No capítulo 17
trata-se de uma religião paganizada, enquanto que no capítulo
18 é uma cidade literal. Esta cidade será o centro mundial da
feitiçaria, magia, espiritismo e de todo tipo de demonismo. O
clamor estridulante do anjo: “Caiu! Caiu,” no grego é
“epesen,” fala da ação concluída. A cidade de Babilônia a
mulher devassa desaparece de forma dramática; a Nova
Jerusalém aparece “como a noiva ataviada para o Seu Esposo”
de forma deslumbrante. A Bíblia mostra três tipos de
Babilônia: a literal, capital dos caldeus; a religiosa, religião
mística paganizada e a material, capital do reino do anticristo.
4. “E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela povo

meu.”
Esta admoestação é dada aos fiéis sobreviventes
durante a grande tribulação. Quem é cristianizado não pode
548
ser babilonizado. A exterminação da Babilônia comercial ou

política será tão real que o Senhor adverte o Seu povo
residente nela a retirar-se por causa do mega incêndio.
Zorobabel cujo nome significa “nascido em Babilônia”, foi
chamado por Deus a sair das terras caldaicas para reedificar o
templo de Jerusalém. Todos que possuem a chamada celestial
e tornam em templo espiritual para a morada de Deus em
espírito, não deixam raízes em Babilônia, mas, sim, participam
do êxodo espiritual indo para bem longe das linhas limítrofes
de suas feitiçarias, idolatria e malignidade.
5. “Porque já os seus pecados se acumularam até ao

céu.”
Essa Babilônia não erguerá uma torre arquitetônica como
a de Babel num vale na terra de Sinar; mas, erigirá um alcantil
de iniquidade conspurcadora, invectivista e blafematória. Três
coisas que existiram na Roma absoleta que haverá na
Babilônia no tempo do fim: luxúria, vício e bestialidade.
7. “porque diz em seu coração: Estou assentada como

rainha, não sou viúva e não verei o pranto.”
A arrogância de sua hegemonia é a fina flor de sua
supremacia que a levará a esboroar-se. No quadro figurado
que a representa, ela aparece como amante dos reis, e auto-
549
apresenta como rainha, e gaba-se de forma superlativa

justificando que não é viúva.
10. “Ai! Ai daquela grande Babilônia, aquela forte

cidade! Pois numa hora veio o seu juízo.”
A derrocada do império babilônico ocorreu num
momento Jr 5.8. Na noite seguinte ao banquete real oferecido
por Belsazar para 1.000 convidados importantes de seu reino,
ele foi morto Dn 5.30,31. Se a Babilônia do tempo do fim for
reedificada no local da antiga nas margens do Eufrates,
quando ela for castigada pelos bombardeios celestiais haverá
um grande incêndio acompanhado de explosões atordoantes
devido ser uma região bastante betumosa e petrolífera. As
repercussivas empresas marítimas sofrerão prejuízos
incalculáveis por perderem a fonte servidora dos produtos
internacionais importados da Babilônia. Os reis lamentarão a
ruína da grande metrópole, enquanto os mercantilistas
prantearão o arrefecimento de sua imponente riqueza.
O COMÉRCIO DA BABILÔNIA
João teceu um longo catálogo de vinte e oito produtos
de exportação que demonstram a luxuosidade dessa
avantajada cidade.
550
METAIS PARA JOALHERIA V.12

Ouro
A palavra hebraica usada em geral para o ouro é zahab.
Nos tempos antigos era o metal mais valioso. Era encontrado
no deserto Oriental do Egito. A cor é amarelo e brilhante.
Prata
É um elemento químico. Os mais belos objetos do mundo
são fabricados desse elemento metálico brilhante e da cor do
luar. O seu símbolo químico é ag, provém de seu nome latino,
argentum. Era removida na Ásia Menor, na Armênia e, no
período grego na Ática.
Pedras preciosas
Elas podem ser aquelas que encontramos nos doze
fundamentos da Nova Jerusalém e outras tais como: safira,
esmeralda, calcedônia, crisópraso, jacinto, berilo, ametista,
âmbar, ágata, danburita, topázio e lápis - Lazúli.
Pérolas
A maioria das pedras preciosas é extraída de minas
subterrâneas, enquanto que as pérolas são formadas no
interior das conchas e das ostras. Clemente de Alexandria
chamava o Logos de Pérola.
551
CONFECÇÃO IDUMENTÁRIA
Linho fino
Era uma planta de pequena altura cultivada no Egito e
no vale do rio Jordão. Suas fibras servem para a fiação e
tecelagem. O linho é leve e branco.
Púrpura
Inúmeros tecidos eram tingidos dessa cor entre o
vermelho e a violeta. Era produzida por um molusco
encontrado nas margens do Mediterrâneo. No comércio fenício
ela era uma das mercadorias mais caras. Devido o seu alto
custo, apenas os reis e pessoas ricas usavam vestimentas de
púrpura. A púrpura é símbolo da realeza.
Seda
É uma fibra forte e lustrosa usada principalmente para
confecção de roupas. A fibra de seda é obtida de casulos
lagartos, os bichos-da-seda.
Escarlata
A matéria colorante vermelha era extraída de um inseto
por nome coccus ilicis. As roupas eram tingidas com esse
colorante, e se tornavam luxuosas.
552
MOBÍLIAS LUXUOSAS
Madeira odorífera
Era usada como incenso e para entalhes ornamentais
em móveis luxuosos. No tempo do Império Romano seus
cidadãos usavam essa madeira na fabricação de mesas. As
marcas de seus veios pareciam com as do tigre e da pantera.
Vaso de marfim
O marfim vinha da África e da Mesopotâmia. Os assírios
caçavam elefantes já no século XV a.C. Era muito usado em
móveis, como decoração, e nos vasos tornando-os magníficos.
O marfim é o símbolo da riqueza.
Vaso de madeira preciosíssima
Existia naqueles tempos uma variedade vasos de
madeira odorífera e de decoração.
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
Bronze
Era constituído na antiguidade por uma liga de cobre e
estanho. O bronze era trabalhado por meio da ação de
fundição e marteladas. O símbolo do julgamento do pecado.
553
Ferro
No hebraico “barzal.” Só passou a ser usado na Ásia
Menor no princípio do segundo milênio. Os fenícios e os
filisteus monopolizaram o ferro por muito tempo 1 Sm 13.19.
Mármore
É qualquer calcário suficientemente duro para ser polido.
O melhor mármore é o branco, chamado mármore estuário.
Todo mármore é composto de cristais dos minerais calcita e
dolomita.
COSMÉTICOS PARA PERFUMARIA
Cinamomo
No hebraico “qinnamôn” e no grego “kinámomon.” Era
um bálsamo retirado de uma árvore Cinnamomon Zeylanicum,
originada do Ceilão e de outras ilhas da Índia oriental. É
encontrada como um dos componentes do óleo de unção Ex
30.23.
Cardamomo
É nome dado a um bálsamo aromático feito das
sementes de alguns arbustos. Era usado para perfumar os
cabelos.
554
Perfume
O uso de perfume entre os orientais era comum. É uma
substância que tem odor agradável. Alguns têm odores
semelhantes aos das flores.
Mirra
É uma goma retirada de um Arbusto, que cresce nas
regiões vizinhas da África. A cor da varia de um vermelho -
amarelado à marrom – avermelhado.
Incenso
Era uma substância aromática, amarelada, de gosto
amargo e picante, mas, odorífera. O incenso era usado sobre
o altar do incenso no santuário do Tabernáculo de Moisés.
GÊNEROS ALIMENTÍCIOS
Vinho
A invenção do vinho é atribuída a Noé Gn 9.20, que é
considerado um herói cultural. O vinho era a bebida comum
nas refeições e nos grandes banquetes. O vinho é a imagem
da alegria de viver.
Azeite
É o óleo extraído da azeitona. Entre os produtos
comercializados pelos tírios estava o azeite. Era o azeite que
alimentava as sete lâmpadas do candelabro.
555
Flor de farinha
Era a farinha mais bem moída que se podia encontrar.
Trigo
Era cultivado em Israel desde a idade do bronze e foi o
principal cereal do país. Roma se gabava de obter o melhor
trigo do mundo.
MISCELÂNEA
Cavalgaduras
Todo tipo de animal de carga domesticado como:
cavalos, jumentos, mulas e outros. Cavalgadura refere-se aos
animais de cargas, de transportes.
Ovelhas
Os povos antigos comiam a carne, bebiam o leite e da
lã faziam vestuários. As ovelhas eram abrigadas em apriscos e
guiadas pelos pastores aos campos.
Mercadorias de cavalos
O Egito foi o maior exportador de equinos do Mundo
Antigo. Davi foi o primeiro rei a ter cavalos 2 Sm 8.4.
Carros
Esses carros eram provenientes da Gália, possuíam
quatro rodas e eram decorados.
556
Corpos
O tráfico de seres humanos na antiguidade era um
comércio altamente lucrativo. Enquanto os homens iam para o
trabalho escravo as mulheres eram levadas à prostituição.
Almas de homens
A intensidade materialista desse comércio chegou ao
clímax do absurdo; as almas humanas chegaram a ser
tratadas como artigo de comércio. A invenção do purgatório é
a galinha de ovos de ouro do catolicismo romano oficializado
no ano 503 d.C., trás uma rentabilidade estupenda de milhões
de dólares aos cofres do Vaticano. As indulgências de acordo
com a igreja católica é a remissão da pena temporal devida
pelos pecados já perdoados quanto à culpa, remissão que a
igreja concede fora do Sacramento da Penitência.
21. “E um forte anjo levantou uma pedra como uma
grande mó e lanço-a no mar, dizendo: Com igual
ímpeto será lançada Babilônia, aquela grande cidade, e
não será jamais achada.”
Jeremias o profeta da coragem usou a figura de uma
pedra atirada ao rio Eufrates para ilustrar a destruição da
Babilônia Jr 51.63. A derrocada ocorrerá por dois fatores
principais: a idolatria e a perseguição acirrada contra os
servos de Deus.
557
22. “E em ti não se ouvirá mais a voz de harpistas, e de

músicos, e de flauteiros, e de trombeteiros, e nenhum
artífice de arte alguma se achará mais em ti; e ruído de
mó em ti se não ouvirá mais.”
A música alegra e descontrai uma cidade. A sua ausência
indica completa nostalgia e assolação. Babilônia tornar-se-á
uma cidade fantasma; só haverá um silêncio funesto. Israel foi
escravizado e amordaçado durante o Império Babilônico
comandado por Nabucodonosor, esse mesmo sistema no
tempo do fim desaparecerá diante dos castigos de Jeová.
24. “E nela se achou o sangue dos profetas, e dos

santos, e de todos os que foram mortos na terra.”
O massacre na noite de São Bartolomeu foi um episódio
sangrento contra os evangélicos na França pelos reis
franceses, católicos. As matanças, organizadas pela casa real
francesa, começou em 24 de agosto de 1572 e durou vários
meses, vitimando 100.000 evangélicos franceses. A Santa
Inquisição conhecida também como santo ofício foi um
tribunal eclesiástico criado no IV século com a finalidade
oficial de investigar e punir os crimes contra a fé católica. Era
constante ameaça para quem não aceitasse os padrões
impostos pela igreja, e mais tarde passou a ser utilizada como
um meio de coação, de forma a manipular as autoridades
558
como meio de conseguir vantagens políticas. Essa Babilônia

matou entre 75-100 milhões de pessoas ao longo de 1.200
anos. Durante a grande tribulação a pressão contra os fiéis
será mais sangrenta e atroz.
559
54
MENSAGEM
TEMA: O GUERREIRO DO CAVALO BRANCO
TEXTO: AP 19.1-21
INTRODUÇÃO
O capítulo dezenove é o climax do livro do Apocalipse,
por se tratar da volta de Cristo em glória, triunfando sobre o
anticristo e seus aliados na Batalha do Armagedom na planície
de Jezreel. Esse coral magnífico rompeu em louvor
retumbante na glória pela destruição da dominação do
anticristo e do sistema babilônico. A palavra aleluia é citada
quatro vezes neste capítulo nos seguintes versículos: 1, 3, 4,6,
expressando a universalidade do louvor a Deus. Aleluia é uma
exclamação litúrgica que expressa alegria. É composta por
duas palavras hebraicas, “halelû – louvai + yâh – Jeová”,
portanto quer dizer “louvai a Jeová” ou “louvai ao Senhor.” O
Apocalipse patenteia que dar aleluias será a prática do futuro,
porque não praticá-la nos dias hodiernos. Em meio a muitas
denominações dar brados de aleluia é motivo de escândalo e
de perturbação na ordem do culto. Os que se sentem assim,
não estão aptos para participarem do coral faustoso.
Reverência no culto é uma coisa; mornidão e letargia
espiritual é outra.
560
4. “E os vinte e quatro anciãos e os quatro animais

prostraram-se e adoraram a Deus, assentado no trono,
dizendo: Amém”! Aleluia!
Os vinte e quatro anciãos é o símbolo de todos os salvos
do tempo do Velho e do Novo Testamento, e acoplados,
formam “a esposa do Cordeiro.” Pela última vez, os vinte e
quatro anciãos e os quatro animais são citados no livro do
Apocalipse. Doravante no lugar de mencionar os vinte e
quatro anciãos, é-nos evidenciado o símbolo da esposa.
7. “Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe

glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a
sua esposa se aprontou.”
Cristo voltará a terra com Sua esposa numa viagem de lua
de mel, e esse período festivo e nupcial perdurará por mil
anos. Ela estará trajando de linho que é a justiça dos santos;
a cor branca fala de pureza e a resplandecência da
glorificação. A igreja é chamada de esposa por causa da
intimidade e do amor correspondido ao Senhor Jesus. A
prostituta apresentava-se como a única mulher assentada
cheia de honrarias e de etiqueta social como a rainha Vastí;
agora, a esposa do Cordeiro a semelhança de Ester assume o
seu lugar ao lado do Rei dos reis e Senhor dos senhores.
561
10. “E eu lancei-me a seus pés para o adorar, mas ele

disse-me: Olha, não faças tal, sou teu conservo e de
teus irmãos que tem o testemunho de Jesus.”
Vivemos no século da angelolatria em que os anjos são
mais reverenciados do que o próprio Senhor Jesus Cristo nas
pregações, nos hinos, nos testemunhos e em muitas orações
nos montes por certos movimentos pentecostais. O profeta
João foi advertido em duas ocasiões diferentes por dois anjos
a não se inclinar perante eles 19.10; 22. 8, 9.
11. “E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que

estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro
e julga e peleja com justiça.”
Quando a cortina celestial abriu-se João pode ver a Cristo
não como Cordeiro manso, mas como o Guerreiro do cavalo
branco galopeando de maneira magnificente. O grande
Marechal das hostes celestiais entra em cena. O cenário mais
fantástico é este, o Cristo, a pedra cortada sem auxílio de
mãos aparece e derruba a estátua do governo anticristão e
enche o mundo com a Sua glória Dn 2.34,35. Cristo é para a
Sua igreja o Esposo amado; mas, para os inimigos em campo
de batalha é o Guerreiro do cavalo branco. Ele cavalgando
esse alazão branco é o símbolo da vitória triunfante. Fiel e
562
Verdadeiro como soberano poderoso para julgar este planeta

com equidade.
12. “e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e

tinha um nome escrito que ninguém sabia, senão ele
mesmo.”
Nos tempos antigos quando os reis eram derrotados, o
vencedor passava a usar as suas coroas. Davi venceu o rei de
Rabá e tirou a coroa de sua cabeça 2 Sm 12. 26-31. O
anticristo terá dez diademas representando o seu domínio
sobre dez blocos de nações 13.1; o dragão aparecerá com
sete 12.3, e Cristo aparecerá com muitos diademas
simbolizando a Sua autoridade absoluta antecipando a Sua
vitória. Jesus manifestará com um novo nome e depois
conferirá aos Seus no cumprimento a Sua promessa 2.17;
3.12.
13. “E estava vestido de uma veste salpicada de

sangue, e o nome pelo qual se chama é a palavra de
Deus.”
Uma simples declaração de Cristo à turba que veio
apanhá-lo no Getsêmani Jo 18.16, fez com que os Seus
inimigos esborcinassem no solo, e como será quando Ele se
preparar para o combate do Armagedom? Esta veste
563
mesclada de sangue não é o dEle que foi derramado na cruz,

mas o de seus inimigos Is 63.1-6.
14. “E seguiam-no os exércitos que há no céu em

cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e
puro.”
Na ciência militar, o comandante traça as estratégias e o
exército as executa no combate. Cristo na Batalha do
Armagedom somente Ele refregará os adversários, e os
exércitos celestiais serão apenas expectadores. Estes exércitos
serão compostos dos santos arrebatados, ressuscitados, dos
mártires e dos anjos. Estas vestes brancas não serão vestes
justificadoras, mas vestes de gala.
16. “E na veste e na sua coxa tem escrito este nome:

REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.”
Na vinda de Cristo em glória no final da grande

tribulação Ele tomará posse do mundo e atuará como Rei das
nações. Do batismo até a crucificação Ele exerceu o ofício de
profeta; e da crucificação até o arrebatamento o ofício de
sacerdote. Este título senhorial elimina por completo os
insultos e títulos blasfematórios do anticristo. Os patriarcas
faziam juramentos com a mão apoiada na coxa. Cristo virá
564
com o nome escrito na coxa como vencedor por toda a

eternidade.
17. “E vi um anjo que estava no sol, e clamou com

grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo
meio do céu: Vinde e ajuntai-vos à ceia do grande
Deus.”
O anticristo ao derrotar a Babilônia mística aproveitará o
fragor e porá em campo de batalha contra o Guerreiro do
cavalo branco onde encontrará o seu desbaste total. Os Seus
contraditores serão expostos à vergonha e não terão o direito
de serem sepultados e tornar-se-ão em ração para as aves de
rapina. A ceia do grande Deus é a carnificina de Seus inimigos
oferecida aos abutres, enquanto que a ceia das bodas do
Cordeiro é a festa de casamento da igreja com o Cristo.
20. “E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta...

Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de
fogo e de enxofre.”
H. E. Alexander diz: “A besta e o falso profeta foram
presos em flagrante delito de rebelião contra o Rei dos reis, e
são sumariamente lançados vivos no lago de fogo e enxofre.”
A besta e o falso profeta durante o final dos sete anos de
governo político e religioso irão provocar uma desordem em
565
todas as áreas. Somente esses dois é que serão preservados

vivos, porque eles não passarão pela morte física e nem irão
para o Hades, serão atirados vivos no lago de fogo para
inaugurá-lo.
21. “E os demais foram mortos com a espada que saía

da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e
todas as aves se fartaram das suas carnes.”
O poder da Palavra de Cristo na batalha é mais belicoso
do que as armas químicas e a bomba atômica. Os corvos que
alimentaram Elias escondido numa gruta em Querite, apesar
de serem aves carnívoras, serviram de garçons; agora, esses
abutres chamados à ceia do grande Deus comerão as carnes
dos cavaleiros e de seus cavalos. Será um encontro
internacional de aves de rapina.
566
55
MENSAGEM
TEMA: O REINO MILENIAL DE CRISTO
TEXTO: 20.1-10
INTRODUÇÃO
O Diabo durante séculos exibiu diante da raça humana
ser um superstar, mas o que podemos ver nesta cena de seu
aprisionamento por um anjo que ele mostra ser débil, rúptil e
franzino. Cadeia no grego “hálusis”, que quer dizer algema.
Essa cadeia não será de aço, porque ele é um espírito, mas no
mundo espiritual ela é uma palavra de ordem que o
maniatará, e seu estado será como se estivesse algemado.
Durante centenas de cruzadas de libertação que tenho
realizado a mais de trinta anos em vinte cinco países do
mundo; quando os demônios se manifestam; na autoridade
do nome de Jesus, determino que eles coloquem as mãos
para trás e digo que estão amarrados, eles permanecem o
tempo que designo. Cristo é o Homem mais forte do que o
valente pode entrar em sua casa, amarrá-lo e saquear os seus
bens Mt 12.26-28.
567
2. “Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o

diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos.”
É chamado de dragão por causa de suas intenções
sanguinárias e assassinas. Antiga serpente, por suas astúcias,
cáusticas e marotas. Diabo, por ser eficiente na arte de
acusar, caluniar e desonrar o ser humano. Satanás quer dizer
adversário, o opositor, contra Deus, como antideus é ele o
arquiinimigo do homem. Até o final da grande tribulação o
Diabo será conhecido por “príncipe deste mundo” Jo 14.30;
mas não durante o milênio porque ele estará encarcerado e
predominará o nome de Cristo profetizado pelo profeta Isaías:
“o Príncipe da paz” Is 9.6.
3. “E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo

sobre ele... E depois importa que seja solto por um
pouco de tempo.”
O abismo será a carceragem provisória de 1.000 anos
para o Diabo; e o lago de fogo será a Penitenciária de
Segurança Máxima para ele que já tem antecedentemente a
condenação perpétua decretada. A prisão do Diabo será uma
vitória cosmológica, por haver sido removido o impostor que
sobrecarregara os ares com a puerícia de sua maleficidade. O
selo sobre o abismo fala de autoridade, de maneira que
ninguém poderá retirá-lo. Quando Daniel foi jogado na cova
568
dos leões, o rei Dario selou a pedra que fechava a

embocadura dela, com o seu anel real Dn 6.17. O local ficou
interditado e tornou-se proibida a aproximação dos
transeuntes curiosos. No encarceramento do Diabo ele não
terá o direito ao Habeas – corpus, e nem para quem apelar,
porque a sua prisão será decretada pelo Dr. Jesus Cristo,
Presidente do Supremo Tribunal de Justiça do Universo
(STJU). Satanás estará cerceado por quatro coisas que não
permitirá a sua fuga: a chave, a cadeia, o abismo e o selo.
4. “E vi tronos; e assentaram-se sobre eles aqueles a

quem foi dado o poder de julgar.”
Os santos glorificados serão entronizados com Cristo e os
mártires ressuscitados da grande tribulação. A promessa feita
para os vencedores em Laodicéia terá nesse período o seu
cumprimento inadiável: “Ao que vencer lhe concederei que se
assente comigo no meu trono” 3.21.
5. “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil

anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição.”
Os ímpios permanecerão encravados no mundo da terra
porque quando estavam vivos aproveitaram somente da terra
do mundo. Viveram como animais irracionais, e não
reconheceram a soberania de Cristo. Nunca deram do tempo
569
para Deus, agora Deus deu um tempo para eles. A primeira

ressurreição é ilustrada pela colheita da agricultura hebraica.
As primícias é Cristo; a colheita geral será os ressuscitados por
ocasião do arrebatamento da igreja; e os rabiscos serão os
mártires da grande tribulação que hão de ressuscitar.
6. “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na

primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a
segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de
Cristo e reinarão com ele mil anos.”
A quinta bem-aventurança é uma benção exclusiva para
os mártires nesse tempo. Quem foi ferido com a morte física,
por tremular a bandeira da fidelidade ao Cordeiro diante das
bravatas do anticristo não poderão ser atingidos pela segunda
morte: o lago de fogo. Haverá um período de 1.000 anos
entre a primeira ressurreição, e a da vergonha e desprezo
eterno Dn 12.2; Jo 5.29. A primeira precederá o
arrebatamento da igreja, e a dos ímpios, ocorrerá no final do
milênio para o julgamento no juízo final. O termo milênio é
originado do latim “mille – mil + annus – ano = 1.000.00
anos; e no grego “chilis ete”. “Encontramos o registro da
expressão “mil anos” seis vezes nos versículos 1-7”.
570
7. “E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da

sua prisão.”
O Diabo é um infrator irrecuperável, após passar 1.000
anos enclaustrado, no abismo, quando for posto em liberdade
se ocupará em seduzir as nações preparando o plantel para a
batalha revolucionária de Gogue e Magogue. A soltura de Satã
da carceragem do abismo por um pouco de tempo será para
testar o caráter dos convertidos durante o final do milênio.
8. “e sairá a enganar as nações que estão sobre os

quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo
número é como a areia do mar, para as ajuntar em
batalha.”
No milênio o planeta Terra será governado por Cristo, e a
terra passará por modificações geológicas, climáticas e haverá
mudanças na fauna, na flora e a ferocidade dos animais será
extinta. A longevidade será coisa comum, a taxa de
mortalidade infantil será zero e haverá uma explosão
demográfica Is 65.20; Sl 72.16. A maioria dos milenianos irá
obedecer a Cristo não por amor, mas por medo. E quando
Satanás for livre da prisão, parte deles, aliará com ele numa
revolta contra Cristo. A palavra cantos no grego “gonia”
significa “esquina.” Gogue e Magogue são símbolos para
descrever as forças do mal que se conglobarão vindas de
571
todas as nações para a batalha final contra Jesus Cristo no

final do milênio.
9. “E subiram sobre a largura da terra e cercaram o

arraial dos santos e a cidade amada; mas desceu fogo
do céu e os devorou.”
O arraial dos santos trata-se de uma linguagem simbólica
para representar o povo judeu unido e reunido com os gentios
salvos como nos tempos das jornadas peregrinatórias pelo
deserto. A cidade amada é Jerusalém. Que metrópole há no
mundo mais desejada do que ela? O Deus que é o Autor da
criação é também do fim. Quando o texto afirma que desceu
fogo do céu e os consumiu, vemos que a vitória incontestável
vem do céu e não da terra.
10. “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de

fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e
de dia e de noite serão atormentados para todo o
sempre.”
Assim como Cristo é as primícias dos que dormem, o
anticristo e o falso profeta ao serem atirados no lago de fogo
serão as primícias dos perdidos com merecida prioridade. O
desafio proposto pelos adoradores do anticristo: “Quem é
semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?” Essa
572
resposta será dada por quem é maior do que ela, o Grande

Guerreiro do cavalo branco, o Poderoso Senhor dos Exércitos
no final da grande tribulação, e a posteriori serão envolvidos
pelas chamas eternas no lago de fogo, e em seguida o Diabo
no final do milênio 19.20; 20.10; e por último os homens que
rejeitarem a Cristo e que viverem impiamente, terão suas
sentenças decretadas no juízo final 20.15; Mt 25.41. Satanás
será lançado no lago de fogo onde já estarão, a mil anos, a
besta e o falso profeta. Este verbo no presente, “encontram”
20.10; mostra que ali continua a besta e o falso profeta. Não
foram extintos, embora mil anos se tenha passado. Aqui o
verbo “Serão”, revela novamente a eternidade das penas:
nada de extincionismo, nem temporariedade. A expressão “dia
e noite” significa continuamente. Todo o sempre é uma
expressão contundente que significa absoluta
interminabilidade. Satanás é um impostor na terra, é um
torturador de almas no lago de fogo. Ele alimentará no
inferno, das dores e dos gritos de desespero dos condenados.
573
56
MENSAGEM
TEMA: O JUÍZO FINAL
TEXTO: AP 20.11-15
INTRODUÇÃO
O Trono será de grandes dimensões porque diz
respeito ao poder de quem julga, e por ocupar todo o vasto
campo da visão. Branco fala da justiça cristalina, pura e
límpida, e não cega como é representada a justiça nos
tribunais humanos. A fuga da terra e do céu será por causa da
presença majestosa do Senhor. O desaparecimento deles
passará a dar lugar a um novo céu e a uma nova terra o que
será um salto do tempo para a eternidade Is 66.22. Perante o
Trono Branco não haverá vozes, trovões, como ocorrera
diante do trono do capítulo 4.5; será um silêncio inexorável.
Herbert Lockier disse: “Os tribunais tem testemunhado
algumas cenas tensas e terríveis, mas as mais terríveis e
famosas têm pálida significação se comparadas com a cena
espantosa do Juízo Final.”
574
12. “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam

diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se
outro livro, que é o da vida. E os mortos foram
julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros,
segundo as suas obras.”
Esses mortos são os ímpios que faleceram desde o
princípio da história da raça humana até o final do milênio.
Este será o dia de que o apóstolo Paulo fizera alusão: “Em que
Deus há de julgar os segredos dos homens” Rm 2.16. Quantas
patifarias? Pilantragem científica; banditismo político;
terrulência dos empregadores; cafajestagem eclesiástica;
truculência comercial e vileza do cidadão comum. Tudo será
revelado! Os livros são registros das práticas bandoleiristas
dos homens que serão descerradas no dia do juízo do Trono
Branco. Será o maior conglomerado humano de todos os
tempos. Os mortos cínicos ressuscitarão desde os dias de
Caim até os que morrerem na batalha de Gogue e Magogue
no final do milênio. Cidadãos que nunca cultuaram a Deus
conosco aqui na terra terão um pungente comparecimento
diante de Cristo o Juíz Universal, para ouvirem as sentenças
condenatórias Jo 5.22.
575
13. “E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e

o inferno deram os mortos que neles havia; e foram
julgados cada um segundo as suas obras.”
Os que passaram pelo sepultamento aquático, terráqueo,
e outros devorados pelas feras ou desaparecidos por outra
forma de tragédias, apresentar-se-ão diante do Trono Branco
para ajustes de contas com o meritíssimo Dr. Jesus Cristo. O
Hades devolverá os espíritos e a morte os corpos dos falecidos
na corrupção devassadora do pecado. Swete expressa: “Esses
representam os dois aspectos da morte, o fato físico e a
consequência espiritual. Aqui eles aparecem como dois
monstros vorazes e insaciáveis que tinham devorado todas as
gerações passadas, mas são agora forçados a regurgitar suas
presas.” O julgamento será fundamentado em dois fatos: pela
ausência do nome no livro da vida, e pelas obras praticadas
na terra quando o réu vivia de maneira infrene. Hoje,
processos são engavetados; magistrados são subornados;
criminosos não são identificados. No juízo final ninguém
escapará!
14. “E a morte e o inferno foram lançados no lago de

fogo. Esta é a segunda morte.”
É um lugar de punição como prisão e câmara de
tormentos e miséria para os perdidos. É a mansão dos
576
condenados. A palavra inferno é originada do termo latino

“Infernus” que quer dizer “o que está abaixo”, “inferior”,
“subterrâneo” Pv 15.24. O vocábulo inferno aparece 30 vezes
na Bíblia. É possível que a observação de erupções vulcânicas
com seu poder imenso, tenha levado os homens a associarem
o juízo divino com o interior da terra, que misteriosamente
requeimava. O lago de fogo é um lugar de extremo sofrimento
Ap 20.10; vil companhia Ap 21.8 e desespero Pv 11.7; Mt
25.41. Não há na realidade como determinar a geografia do
além. A morte, o terror dos séculos, e o Hades chamado aqui
de inferno, serão atirados no lago de fogo, a lata de lixo do
planeta Terra. O sofrimento no lago de fogo é indescritível por
qualquer erudito cristão e secular.
15. “E aquele que não foi achado escrito no livro da

vida foi lançado no lago de fogo.”
Possuir o nome escrito no livro da vida é ter o
passaporte visado com o sangue de Cristo com validade
eterna e a certeza da participação do gozo celestial. O lago de
fogo aguarda os incrédulos e os pseudos-cristãos que
abandonaram a Cristo preferindo as anarquias fétidas do
mundo Sl 9.17. O sofrimento será terrível não só pelas
chamas inapagáveis e pelos vermes imorredouros; mas, pelos
elementos que conviverão por toda eternidade. Se alguém
577
olhar para a direita estará o anticristo; para a esquerda

defrontará com o Diabo; para frente verá o falso profeta e
para cima contemplará todas as categorias de demônios.
Enquanto milhões de céticos não creem na existência do lago
de fogo, ele já está preparado, a fornalha incandescente está
ardendo, pronta para recebê-los. É um lugar de odor
nauseante, com cheiro de carne em decomposição, cheio de
tormentos, dores cruciantes, gritos desesperadores e
angustias. Muita gente pensa de forma errônea, certificando
que Deus é bom demais para mandar homens e mulheres
para o lago. É necessário que se diga que os que assim
procedem, são candidatos sérios a serem lançados ali. Chegou
o momento de pregarmos aos perdidos a verdade sobre a
condenação eterna enquanto há tempo. Precisamos
urgentemente enchermos do Espírito Santo para resgatarmos
as vidas que estão a caminho da perdição. É necessário que
falemos aos perdidos, que acordem antes que seja tarde
demais. Assim expressou, Jonathan Edwards (1741), pregador
inglês, em seu famoso sermão Pecadores Nas Mãos de um
Deus Irado: “Deus tem em seu coração a intenção de mostrar
aos anjos e aos homens, não só a excelência do seu amor,
como a severidade de seu furor” Ez 8.18. Nem todas as
pessoas experimentarão os sofrimentos de um Judas
Iscariotes. Deus será perfeitamente justo, e cada pessoa
578
sofrerá exatamente o que merece. O sofrimento no inferno

envolve tanto o corpo como a alma, por isso pressupõe a
ressurreição do corpo Mt 5.29,30. O tormento e angústia
internos, simbolizados pelo “verme”, nunca terão fim e os
sofrimentos exteriores simbolizados pelo fogo nunca cessarão
Mc 9.44. Os perdidos que estão no Hades estão conscientes,
possuem pleno poder de suas faculdades. Isto continuará até
o julgamento final dos perdidos 2 Pe 2.9, quando todos os não
salvos, e o próprio Hades, serão lançados no lago de fogo
20.13-15. Depois da ressurreição de Cristo somente os ímpios
são enviados ao Hades. Toda forma de disciplina tem por
objetivo o progresso ou o desenvolvimento da pessoa, tendo
em vista a realização de propósitos elevados e santos que
Deus determinou para aqueles que são salvos, mas não há
treinamento ou instrução na retribuição dos perdidos. Os
termos “castigo” e “açoite”, dizem respeito ao método de
Deus lidar com os cristãos obstinados; e, retribuição, refere-
se ao método final de Deus lidar com o perdido no inferno.
COMO SERÁ A PUNIÇÃONO LAGO DE FOGO?

> Será aplicada de acordo com o que for praticado Mt 16.27;
Rm 2.6,9;
> Será segundo o conhecimento acerca de Deus Lc 12.47,48;
579
> Será intensificada se caso houver negligencia dos privilégios

espirituais Mt 11.21-24; Lc 10.13-15;
> Será sem abrandamento Lc 16.23-26;
> Será acompanhada de remorsos Is 66.24; Mc 9.44;
> Será consumada no dia do juízo Mt 25.31,46; Rm 2.5,16; 2
Pe 2.9;
OS QUE TERÃO MAIORES PUNIÇÕES

> Satanás;
> Os anjos caídos;
> O anticristo;
> O falso profeta;
> Os macumbeiros;
> Judas Iscariotes;
> Os desviados;
> Os incrédulos.
Uniformemente como os corpos dos santos ressuscitados
se ajustarão para o estado de glória os dos perdidos adaptar-
se-ão para o estado de perdição. O lago de fogo é um lugar
de punição como prisão e câmara de tormentos e miséria para
os perdidos. É a mansão dos condenados. Paulo o grande
apóstolo, delineou esse lugar como: “As regiões interiores da
terra” Ef 4.9.
580
57
MENSAGEM
TEMA: O NOVO CÉU E A NOVA TERRA
TEXTO: AP 21.1-8
INTRODUÇÃO
A Bíblia faz menção de três céus: o primeiro, é a região

atmosférica; o segundo, é o céu astronômico Jó 38.31-33 e o
terceiro céu, é o céu de Deus 2 Co 12.1-5. O leitor não deve
confundir o novo céu com o Céu dos céus, lugar da habitação
e do trono de Deus, o qual é perfeitíssimo, e não pode ser
submetido a qualquer modificação 1 Tm 6.15,16. A velha
criação será renovada para se tornar em nova criação. O céu
atmosférico é uma camada de gases sem cheiro, sem cor e
sem gosto presa a terra pela força da gravidade. Visto do
espaço, o planeta Terra aparece como uma esfera de
coloração azul brilhante. Segundo os estudiosos, à distância
entre o espaço exterior e a atmosfera é cerca de 1.000 km de
espessura. O profeta Isaías profetizara acerca da renovação
do céu e da terra. O mar é o símbolo da desordem,
separação, conflito, inquietação e agitação. O apóstolo deve
ter-se alegrado e sido confortado com a nova restauração da
terra: “E o mar já não existe.” Ele estava separado da
581
comunidade cristã de Éfeso, por causa do mar que separava a

ilha vulcânica de Patmos do continente cerca de 53 km. Na
mitologia o mar é o símbolo do mal. No Apocalipse o mar
torna-se inexistente, enquanto aparece o rio da água da vida.
A ausência do mar na eternidade é o emblema de uma paz
serena. Ele faz separação entre os continentes e os povos;
seu desaparecimento diz perfeitamente que estaremos juntos
naquele dia sem distinção idiomática, racial e cor.
3. “E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o

tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles
habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus
estará com eles e será o seu Deus.”
A expressão “grande voz” ocorre 18 vezes no Apocalipse, e

neste verso a citação é terminal. Esta voz estrepitosa é a de
um anjo porta voz da Presidência Universal de Jeová.
Tabernáculo no grego “skene”, que significa tenda. Teremos
nesse tempo uma convivência impartível com Deus. O Senhor
procurava Adão no virar do dia; Cristo tabernaculou, ou seja,
encarnou-se à procura do homem, e Deus descerá para estar
conosco. O Tabernáculo e o Templo eram símbolos da
presença do Senhor manifestada no meio do Seu povo; agora
Ele estará conosco de forma inarredável.
582
4. “E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não

haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor,
porque já as primeiras coisas são passadas.”
A lágrima é um liquido claro, transparente, de sabor
ligeiramente salgado, elaborado pelas glândulas lacrimais;
contém globulina, albumina, uréia, cloreto de sódio, glicose.
Quantas lágrimas tem sido derramadas por maus tratos,
angústias, decepções, traições e sucessivos dissabores. Mas
no guarda-roupa divino existe o lenço da consolação que as
enxugarão para sempre. A morte tem sido o vilão que tem
deixado muitas sequelas psicológicas, emocionais, e uma
grande orfandade no mundo. Segundo dados estatísticos a
cada minuto morre uma pessoa assassinada no mundo; uma
mulher morre durante a gravidez ou parto; seis pessoas
devido à diabetes; cinquenta e nove sem nunca ter ouvido
nada de Cristo; sete por causa do tabagismo; dezoito por falta
de água, ou por consumo de água contaminada. Mais de seis
milhões de pessoas morrem por dia no mundo, e as causas
são as mais adversas. Esse inimigo chamado morte em breve
será aniquilado 1 Co 15.26. O pranto que é o ato de lastimar,
chorar desesperadamente; e o clamor que leva as pessoas ao
queixume, ao grito espalhafotoso, hão de ser extintos. A dor é
uma sensação desagradável, que varia desde desconforto leve
até a excruciante, associada a um processo destrutivo atual
583
ou potencial dos tecidos que se expressa através de uma

reação orgânica e emocional. Na nova Terra não sentiremos
nenhum tipo de dor porque estaremos face-a-face com o Dr.
Jesus Cristo, o bálsamo de Gileade.
5. “E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis

que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve,
porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.”
A primeira vez que encontramos registrados nos 404

versetos do Apocalipse o próprio Deus falando. Neste texto
Deus faz uma autenticação de Suas Palavras e ordena que o
profeta reconheça a firma no cartório de Sua fidelidade
infalível. Este planeta cacarecado, explorado e envilecido,
após o juízo final passará do estado de deterioração para o
estado de perfeição original como era o jardim no Éden. O
termo “novas”, não faz alusão quanto ao tempo, mas quanto
à forma ou qualidade. Para quem pretende morar na nova
Terra, terá que abandonar as coisas velhas do mundo e ter
também uma vida nova 2 Co 5.17.
6. “E disse-me mais: Está cumprido.”
584
As três declarações de ultimação: “Está consumado” Jo

19.30, fala da consumação da redenção; “Feito está” 16.17,
refere-se a Sua vinda em glória; “Está cumprido”, quando
Cristo entregará o Reino ao Pai 1 Co 15.24.
7. “Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei

seu Deus, e ele será meu filho.”
As promessas contidas na Palavra de Deus são feitas

aos combatentes que não desertam no calor da batalha; mas
que erguem com bravura o pendão da vitória. A brilhantura
humana é alcançada pelas armas; mas quem herdará todas as
coisas, serão aqueles que fizerem uso do armamento
espiritual. O Marechal Foch costumava dizer: “Que as batalhas
são ganhas na véspera”. Sim, são os planos que se aplicam à
vida que determina o seu triunfo. Como estamos nos
aproximando do epílogo da história humana, devemos fazer
uso de todas as estratégias de guerra que podemos extrair da
Palavra de Deus, a fim de que venhamos alcançar o troféu de
triunfantes. O vencedor possui as seguintes características:
coragem, intrepidez, fidelidade, ousadia, renúncia e brio, que
é uma dignidade inalterável que se move por caminhos, que
poucos tem logrado percorrer com felicidade. Como disse Rui
Barbosa: “Não sufoqueis a voz dos vossos impulsos mais
585
nobres. Não deixeis de trazer cingidos os rins e ter à mão as

boas armas da vossa dignidade, as santas armas da justiça,
para o combate do bom direito.”
586
58
MENSAGEM
TEMA: A NOVA JERUSALÉM
TEXTO: AP 21.9–22.5
INTRODUÇÃO
Essa metrópole será a capital do universo, a residência
dos imortais, o lar dos santos, a cidade dos redimidos. Como a
lua é o satélite natural da terra, a Nova Jerusalém será o
satélite do céu. As grandes cidades do mundo moderno nada
representam diante da arquitetura dessa cidade projetada por
Deus 1 Co 2.9. O patriarca Abraão aspirava adentrar e residir
nesta cidade Hb 11.10-16. O turista que vai à Jerusalém em
Israel, quando a visualiza do cimo do monte das Oliveiras,
arrepia-se; os olhos lacrimejam e as mãos aquecem, devido a
sua história e o significado espiritual que ela representa. Como
será a nossa reação ao vislumbrarmos a Nova Jerusalém, a
obra primorosa da arquitetura divina?! Essa visão que João
obtivera da descida da Nova Jerusalém celestial é o ponto de
encontro entre o céu e a terra. A sua semelhança com a pedra
preciosa de jaspe indica a sua cristalinidade. O monte alto
trata-se de um contraste com o deserto onde o profeta obteve
a visão da grande prostituta. A vara que João usou para medir
o templo era comum, e a que o anjo usou para mensurar a
587
Nova Jerusalém era uma cana de ouro que fala da justiça

divina. Moisés para contemplar a terra de Canaã precisou
escalar o cume de Pisga que possui 794 m acima do nível do
mar; e João para mirar a Cidade Dourada foi levado por um
anjo a um alto monte.
NOMES
Encontramos no Apocalipse três jerusaléns: a terrestre
11.2; a celestial 21.10 e a 3 mística 21.2. Babilônia a
prostituta desaparece, e surge a legítima Esposa do Cordeiro a
Nova Jerusalém. Enquanto a Babilônia é condenada sete
vezes; a Nova Jerusalém é apologizada sete vezes.
> Esposa ataviada;

> Cidade celestial;
> Cidade do Deus vivo;
> Jerusalém celestial;
> Jerusalém que é de cima;
> Mãe de todos nós;
> Lugar que Jesus foi preparar;
> Cidade de ouro;
> Cidade quadrangular;
> Satélite do céu;
> Canaã celestial;
588
> Cidade futura;

> Cidade melhor;
> Grande cidade;
> Santa Jerusalém;
> Tabernáculo de Deus com os homens;
> Cidade que tem fundamentos;
> Santa cidade;
> Jeová Shammah – O Senhor está ali.
ARQUITETO
Os projetos dos renomados arquitetos: Oscar Niemayer,
César Pelli, Minoru Yamasaki, nada representam diante do
Sábio Arquiteto do universo. A Nova Jerusalém será uma
colossal cidade - edifício. Se a estrutura dessa cidade e seus
materiais fossem conhecidos por esses arquitetos eles
extasiariam diante de sua magnitude.
OS EDIFÍCIOS MAIS FAMOSOS DO MUNDO

Empire State
Fica localizado na Quinta Avenida em Nova York; mede
331 m de altura, e tem 102 andares. Foi projetado pelo
arquiteto William Lamb.
589
World Trade Center

Conhecido também por Torres Gêmeas tinha 415, 417 m
de altura e 110 andares. Foi delineado pelo arquiteto japonês
Minoru Yamasaki.
Jin Mao Tower
É um arranha-céu, com 420 m, edificado na cidade de

Xangai, China, possui 83 andares.
Torres Petronas
Estão edificadas em Kuala Lumpur na Malásia. Mede 452
m de altura e tem 88 andares. Foram projetadas pelo
arquiteto César Pelli.
Taipei 101
É o maior arranha - céu do mundo atual, com 509 m de
altitude. Está localizado em Taipei, Taiwan. Possui 110
andares, sua estrutura possui o formato de um bambu. O
arquiteto responsável é C.Y. Lee.
Burj Dubai
É um arranha-céu que já foi concluído em Dubai,
Emirados Árabes Unidos, que possui 800 m de altura e
590
ultrapassa os 150 andares. O Burj foi desenhado por Skdmore,

Wuings & Merril.
DIMENSÕES 21.16
O número 12 representa o estado completo da criação
redimida e o seu governo. Nesta visão o número 12
predomina.
> 12.000 estádios x 185 m = 2.200 km.
> Comprimento: 2.200 km;
> Largura: 2.200 km;
> Altura: 2.200 km.
A NOVA JERUSALÉM SERÁ 3.175 VEZES MAIOR DO
QUE A CIDADE DE
SÃO PAULO
Essa cidade terá uma área superior à metade do

território brasileiro. Estes dados são apenas uma comparação,
não quero com isto dizer que seja este o total de salvos que
serão os moradores dessa cidade celestial; são apenas
números. A metrópole é gigantesca; nela há lugar para a
habitação de todos aqueles que se renderem aos pés do
Divino Emanuel: “Na casa de meu Pai há muitas
moradas” Jo 14.2.
591
SÃO PAULO NOVA JERUSALÉM

Quilometragem
1.524 km² 48.400.000 km²
População
10.927.985 34.705.674.146
Os Significados dos Nomes dos Doze Apóstolos

Nomes Significado
Pedro Pedra
Tiago É o mesmo que Jacó
João Jeová tem sido gracioso
André Valoroso
Filipe Amante de cavalos
Bartolomeu Filho de Tolmai
Mateus Dádiva de Deus
Tomé Gêmeo
Tiago É o mesmo que Jacó
Tadeu Peito feminino
Simão Ouvindo
Matias Dom de Jeová
FUNDAMENTOS
Eles representam a sublimidade da doutrina do
evangelho de Cristo pregada pelos apóstolos Ef 2.20; Ap
592
21.19,20. A nomenclatura deles será gravada nos

fundamentos da cidade de acordo com o registro dos doze
apóstolos apresentado por Marcos 3.13-18 e complementado
por Lucas At 1.26.
FORMATO 21.16
Na Grécia antiga o quadrado era usado como símbolo de
perfeição. A configuração da Nova Jerusalém é semelhante a
do santo dos santos do Tabernáculo mosaico que é o seu
protótipo. Encontramos nessa cidade, a simetria perfeita de
Jeová o Grande Arquiteto do universo. A palavra grega
“tetrágonos” quer dizer, “quadrado”, “com quatro cantos.”
MURO
O muro mede 144 côvados de altura. O côvado equivale
a 50 cm, que é à medida que se toma do cotovelo até a ponta
do dedo mediano 21.12,17. 144 x 50 = 72 m. O muro é uma
descrição da segurança eterna dos santos.
PORTAS
Os nomes dos doze filhos de Israel estarão gravados nas
doze portas 21.12,21. Os nomes serão gravados nas portas de
acordo com a posição de cada tribo no acampamento em
volta do Tabernáculo no deserto Nm 2. Os nomes escritos nas
portas expressam que a salvação vem dos judeus Jo 4.22.
593
Essa cidade não terá problema de assalto, roubos e furtos. O

portões das cidades antigas era fechados ao anoitecer, por
motivo de segurança. “E as suas portas estarão abertas de
contínuo” Is 60.11. As doze portas serão doze pérolas.
Quando uma partícula de areia provoca uma irritação no
interior da ostra, daí surge a pérola. É a resposta do ofendido
ao ofensor. A enorme pérola sugere que a entrada ao céu é
por via do sofrimento. Cada porta será uma pérola, e, em
cada uma haverá um anjo-guardião. As portas falam do
acesso livre a todos que são santificados em Cristo.
ILUMINAÇÃO
A invenção da lâmpada pelo norte americano Thomas
Edison completará em outubro de 2007, 128 anos. Ele
revolucionou o modo de vida das gerações. A iluminação
exerce grande influência no cotidiano das pessoas. A luz
natural era excluída do Tabernáculo. Brilhavam ali a luz do
candelabro no santuário defronte do véu que é o símbolo da
luminosidade da Palavra de Deus; e a glória que era a
manifestação direta da refulgente luz de Jeová no santo dos
santos entre os dois querubins sobre o propiciatório. Na Nova
Jerusalém não haverá racionamento energético e nem
apagão, porque a luz que predominará, será a de Cristo, a
Lâmpada eterna 21.23. No princípio do livro do Apocalipse, Ele
594
surge como a Estrela da manhã 2.28; e no final, Ele revela-se

como a lâmpada gloriosa da Nova cidade. O sol diante de Sua
resplandecência é um mero facho de luz.
O RIO DA ÁGUA DA VIDA

O rio mencionado pelo profeta Ezequiel terá a sua
nascente na terra, enquanto que o rio da água da vida brotará
do trono de Deus e do Cordeiro Ez 47.1-12; Ap 22.1. A água
da vida simboliza a fonte da vida eterna. Por onde essa água
passa produz energia e saúde.
PRAÇA
A praça é um lugar onde os amigos e os namorados se
reencontram. Uma cidade sem praça está fora dos padrões de
construções urbanas e sem beleza. Na praça da cidade
celestial reuniremos com os patriarcas, profetas, e ouviremos
deles as experiências que tiveram com o Senhor que não
foram narradas na Bíblia 22.2. Ficaremos em profuso gozo
eternal e passearemos com o Cordeiro pelas ruas de ouro.
ÁRVORE DA VIDA
Podemos ver nessa árvore a pessoa de Cristo e de todas
as bênçãos advindas da salvação 22.2. “A árvore do
conhecimento do bem e do mal”, não aparece mais. Como
595
disse um certo escatologista: “A árvore cujo fruto trouxe a

morte, secou-se no patibulum da cruz.” Usufruir do seu fruto
foi proibido ao primeiro casal após a queda Gn 3.24. As suas
folhas conservarão a saúde das nações, isto quer dizer que
não existirá enfermidade no perfeito estado eterno. As folhas
simbolizam a sanidade dos padecimentos de outrora. Os doze
frutos não tratam do limite produtivo da árvore, mas, de sua
constante abundância ininterrupta.
AS SETE CATEGORIAS DE PESSOAS QUE NÃO

ADENTRARÃO A NOVA JERUSALÉM
1. Os fornicários
No grego “fórnos”, que significa, imoral. Os fornicários
são aqueles que praticam a fornicação, que é a relação sexual
de pessoas não casadas, com pessoas casadas ou não 21.8. .
Os pecadores desse século deveriam conhecer as palavras que
Paulo dissera: “Pois esta é a vontade de Deus, a vossa
santificação” 1 Ts 4.3.
2. Os idólatras
São os que adoram falsos deuses, mas, particularmente
os que adorarão o anticristo 21.8. O catolicismo tem enchido o
mundo com a idolatria, e como se não bastasse, cada dia vem
596
canonizando mais pessoas ilustres. A idolatria é chamada de

adultério espiritual. O homem, que não rende culto a ídolos
religiosos, muito menos queimará incenso ao Diabo.
3. Os tímidos
No grego neotestamentário é “deiloi.” São aqueles que
por motivo de medo, não se tornaram vencedores 21.8. Os
tímidos temem mais ao próximo do que a Deus e no tempo de
tribulação abandonam a fé a fim de salvarem a pele. Stanley
Jones certa feita afirmou: “O medo paralisa todo o esforço,
ninguém está em sua força quando se sente atemorizado.
Jesus nos fala da semente que foi sufocada pelos cuidados” Lc
8.14.
4. Os cães
Essa palavra aparece 35 vezes na Bíblia 22.15. O cão era
um considerado animal imundo não se podendo consumir as
suas carnes. O cão não tem moral e nem se importa com isso,
e, no entanto tem simbolizado a devassidão moral, e as
imundícies das obras da carne. Os cães alimentam do lixo da
rua. É o tipo da vida suja do pecador descarado Fp 3.2; Sl
22.16,20.
5. Os homicidas
No grego “foneis.” São aqueles que durante a grande
tribulação trucidarão os mártires de Cristo 22.15. Nenhum ser
597
humano tem autoridade de tirar a vida de seu semelhante, a

não ser Deus quem a deu. Falar mal de um irmão é
equivalente a tirar- lhe a vida de acordo com a doutrina
joanina 1 Jo 3.15.
6. Os feiticeiros
A palavra grega original “farmakós” de onde originou a
palavra farmácia 22.15. Aqui o termo se refere às pessoas que
usam drogas para mágicas ou feitiçarias Gl 5.20; Ap 9.21;
18.23.
7. Os mentirosos
O culto celebrado ao imperador principalmente no
primeiro século era uma mentira satânica, e a futura adoração
ao anticristo será forte ilusão e grande engodo 2 Ts 2.9-11.
Os maiores mentirosos são aqueles que negam a Cristo 1 Jo
2.22; Ap22. 15. Aquele que profere uma mentira não pode
avaliar em que enrascada se meteu, pois, precisa inventar
mais vinte mentiras para encobrir a primeira. Uma
impregnação tal das consequências pela mentira que se acaba
por se não discernir a mentira da verdade, que os
contaminados acabam por mentir a si mesmos. O mentiroso
torna-se filho do Diabo registrado no cartório do engano Jo
8.44.
598
59
MENSAGEM
TEMA: A NOVILHA VERMELHA
TEXTO: NM 19.1-22
INTRODUÇÃO
No capitulo 16 do livro de Nm morreram 14.700 homens

por causa da rebeldia acirrada e pernóstica contra Moisés e
Arão. Ocorrera esse massacre por castigo divino em
recompensa aquela maleficidade; o arraial ficou
completamente contagiado pela peste e pelos cadáveres. Hoje
dentro das igrejas muitos por causa da insensibilidade e por
causa de um sentimento rebelioso se tornaram em mortos
espirituais. Deus detesta a morte porque Ele é a vida. A árvore
da vida é um exemplo disso Gn 2.9; Ap 2.7; 22.2. Os pecados
morais são literalmente anojados diante dos olhos do Eterno e
para ele o mais detestável é a morte. Existem muitas igrejas
contaminadas pela morte espiritual como a igreja em Sardes
Ap 3.1. Assim como as cinzas da novilha misturada na água
da purificação purificava o israelita da contaminação da morte
o sangue de Cristo nos purifica e nos clarifica de toda nódoa e
sujidade da morte oriunda do pecado.
599
1. A INSPENÇÃO DA NOVILHA VERMELHA
No antigo Egito o país de Mizraim um touro vermelho era

sacrificado a fim de aplacar a ira do demônio Tifom. A vida era
sagrada para a deusa Ísis que era representada pela vaca pelo
que não podia ser abatida como sacrifício. A novilha vermelha
requerida por Deus não era para ser adorada; mas,
sacrificada. A novilha nascida em New Jersey não foi aprovada
devido posteriormente ter nascido alguns pelos brancos e
também a de Arkansas. Com a combinação da Torah e da
ciência avançada sobre a orientação dos rabinos do Instituto
do Templo os embriões congelados do gado embus vermelhos
serão implantados em gado doméstico em Israel segundo
afirmou Chaim Richman.
1.1. Totalmente vermelha
A tradução mais exata“novilha vermelha” Nm 19.2.Foi

assim denominada por ser assemelhada a cor do sangue. Sua
cor faz-nos lembrar do sacrifício expiatório de Cristo. Foi
chamada de novilha porque não seria usada para arar a terra
e nem para puxar carro ou usada no trabalho agropecuário e
nem doméstico. Ela deveria ter pelo menos dois anos. Essa
cor era; e, é raríssima; isto diz bem de Cristo o único. Bilhões
de dólares estão sendo investidos em pesquisas de laboratório
600
por milionários e empresários judeus para manipular um

embrião totalmente vermelho.
1.2. Sem defeito
Tinha que ter todas as medidas simétricas. Cristo na

qualidade de Deus homem era perfeito fisicamente e
moralmente impecável 1 Pe 1.19.
1.3. Sem mancha
Aponta para a perfeição de Cristo Nm 19.2; Hb 9.14. Cristo foi

aprovado por todas as classes sociais do mundo de então. No
entanto não puderam acusá-lo em nada. Ele não trouxe em si
a origem do pecado.
a) Os demônios asseveraram: “Bem sei que és: o Santo de

Deus” Lc 4.34.
b) Declaração feita por Pilatos: “nenhuma culpa, das de

que o acusais, acho neste homem” Lc 23.14.
c) Herodes expressou: “Ele não tem feito coisa alguma

digna de morte” Lc 23.47.
d) A mulher de Pilatos promulgou: “Não entres na

questão desse justo” Lc 27.19.
e) O centurião ao pé da cruz expressou: “Na verdade,

este homem era justo” Lc 23.47.
601
f) Judas Iscariotes disse: “Pequei, traindo sangue

inocente” Mt 27.4.
1.4. Sem jugo
Cristo não foi subjugado pelo pecado; pelo contrário, nos

dessubjugou Nm 19.2. O pecado que levara foi o nosso. O
Mestre asseverou: “Tomai o meu jugo” Mt 11.29; o jugo aqui
é o da submissão à vontade do Pai em todas as coisas. Cristo
era livre!
2. O SACERDOTE ELEAZAR
Foi o filho primogênito de Arão Nm 19.3. Seu nome quer

dizer: “Deus ajudou”. Cristo foi também tanto a vítima e o
sacerdote. O próprio sumo sacerdote Caifás havia proferido
uma palavra profética, mas não revelado. Cristo foi examinado
meticulosamente pelas classes sociais hebraica da época e
também por Pilatos e Herodes. O próprio Sumo sacerdote
Caifás foi inspirado e não revelado expressando o seguinte:
“... Vós nada sabeis... nem considerais que nos convém que
um homem morra pelo povo e que não pereça toda a nação.
Ora, ele não disse isso de si mesmo, mas, sendo sumo
sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer
pela nação. E não somente pela nação, mas também para
reunir em um corpo os filhos de Deus que andavam
602
dispersos.” Jo 11.49-52. Caifás segundo fontes informativas

era astuto, manipulador e sagaz são qualidades que poderiam
ser aplicadas a ele. Ele presidiu dois dos julgamentos de
Jesus. Ainda que não fosse pelos relatos bíblicos, só o fato dos
romanos o deixarem permanecer no cargo por mais tempo
cerca de 18 anos já mostra que ele era manipulador e
astucioso.
Cristo como vítima a esfera foi a terra e como sacerdote

a esfera foi o céu Hb 9.11,12, 24; 10.12. O sacerdote era
testemunha do sacrifício, Cristo na cruz foi testemunhado Jo
19.25. Os três tipos de mortes:
a) Morte física - é a separação da alma do corpo.
b) Morte espiritual – é a separação da alma humana de

Deus.
c) Segunda morte – é a separação da alma e do corpo do

homem de Deus para sempre.
2.1. A novilha era degolada fora do arraial
Esse sacrifício era diferente dos outros Nm 19.3. O da

novilha vermelha era feito fora do arraial em cima do monte
das Oliveiras; e, os demais eram efetuados no altar dos
holocaustos no átrio do tabernáculo. Cristo padecendo fora
603
das portas purificou o seu povo da contaminação da morte

espiritual Hb 13.12.
2.2. A novilha devia ser toda queimada Nm 19.5
Tudo que envolvia o corpo da novilha vermelha se

tornaria em grande incêndio: o seu couro; a sua carne; o seu
sangue e o seu esterco. Isso fala das dores cruciais que Cristo
sofreu em seu corpo pelos azorragues e as feridas abertas
pelos carrascos. Feridas abertas provocam febre Sl 22.14. O
sangue devia ser aspergido sete vezes diante da tenda da
congregação com o dedo Nm 19.4. Sete vezes indicando o
sacrifício perfeito Hb 9.11-14.
2.3. Coisas que eram acrescentadas ao incêndio da

novilha:
a) O pau de cedro
Tanto o cedro quanto o hissopo eram vegetais

representam a humanidade de Cristo. É provável que a cruz
era feita de madeira de cedro. O cedro é o emblema de Cristo
em sua exaltação e grandeza incomparável e o hissopo a sua
humilhação. Pela sua fragrância e aroma exalados o cedro
agradava a Deus. O cedro cresce até 50 metros de altura; e, é
encontrado nas montanhas altaneiras do Líbano. Representa
604
também a humanidade elevada daqueles que não tem prazer

no pecado.
b) O hissopo
O hissopo é conhecido pela botânica hebraica por

“ÊZÔB”. È uma planta aromática da família das labiadas. Essa
planta era originada do Egito. Sua haste era forte; aponta
para o caráter de Cristo; suas muitas flores a sua ressurreição
e suas folhas o descanso encontrado nele. É uma planta que
absorve uma boa quantidade de água em seus ramos. O
Targum de Jonathan diz que eram três ramos. Por causa de
seu uso ao ser aplicado o sangue Ex 12.22; é usado como o
perdão de Deus figurado na oração de Davi como aspersão
com hissopo Sl 51.9. O botânico Salomão descrevia acerca das
grandes e pequenas plantas 1 Rs 4.33. Essa planta cresce
subindo em muros e até nos tetos das casas e dos palácios
reais. Cristo humilhou-se até a morte de cruz; mas, ele pode
ser hoje encontrado dentro dos palácios reais pela sua
grandeza e exaltação real. O hissopo representa a
humanidade humilhada de Cristo que veio para libertar os
homens das excrecências mais baixas de todo tipo de pecado.
Quase no momento de sua morte Cristo expressou sua sede
para cumprir as Escrituras Jo 19.28-30. A esponja com o
vinagre ficou da cor carmesim.
605
c) O estofo de carmesim
Carmesim era extraído de um inseto chamado “coccus

ilícis”. Os árabes dão o nome “kermes”, de onde originou o
vocábulo português “carmesim”. Somente a fêmea “quercus
cocifera” produzia a matéria colorante e tinha aparência da
ervilha; ao morrer deixava a marca vermelha brilhante numa
árvore. Cristo foi o verme esmagado Sl 22.6; 1 Pe 4.1,
portanto, indica o “Evangelho de Marcos,” onde Ele é
apresentado como Servo Mc 10.45. O carmesim era um
material esponjoso colorido de vermelho. Símbolo do corpo de
Cristo todo avermelhado no máximo de sofrimento jamais
pago por alguém.
d) As cinzas eram colocadas num lugar limpo por um

homem limpo
Eram socadas até serem reduzidas a pó fino Nm 19.9. As

cinzas eram colocadas em 24 vasos. Cada vaso tinha o nome
de uma ordem sacerdotal. As cinzas dizem bem de uma obra
completa e executada. O lugar limpo era o tipo do sepulcro
novo de propriedade de José de Arimatéia Jo 19.38. Ficará em
guarda para a congregação para a água da separação.
606
3. BANHO CERIMONIAL FEITO PELA ÁGUA

PURIFICADORA
Aqui podemos ver uma lição de pureza espiritual que

para nós é a santificação. Dos vss. 1-10 diz como a água
devia ser preparada e dos vss. 11-22 como ela devia ser
usada. Essa água era buscada num vaso de ouro no tanque
de Siloé. Estávamos contaminados pela morte espiritual e
fomos purificados pelo próprio Cristo a água da vida enviada
pelo Pai o que é tipificado pelo tanque de Siloé.
3.1. A água devia ser aspergida sobre o imundo
Esse processo era feito duas vezes: uma no terceiro dia e

a outra no sétimo. Quem não se submetesse a aspersão seria
morto Nm 19.13,20; morte súbita e prematura Hb 9.13-14; 1
Jo.
3.2. O banho era a imersão completa do corpo
Um símbolo do batismo. O sacerdote tinha que tomar um

banho completo Jo 13.8-9. É necessário que o indivíduo seja
batizado Rm 6.3-4. De nada adianta frequentar a igreja se não
passar pela água da purificação. O tabernáculo ficaria
contaminado se o indivíduo não fosse purificado.
607
3.3. Lavar as vestes
É ter a conduta purificada a santificação diária. Quem

tocasse no cadáver de um animal ficava imundo um dia Lv
11.24 e no cadáver humano sete dias. Quem tocasse num
cadáver e não se purificava no terceiro ou no sétimo dia,
morreria de mal súbito. Quem viver no pecado e não se
arrepender e santificar-se morrerá física e espiritualmente.
3.4. Banhar o corpo
Purificar o ser por completo. A pessoa imunda não se

autopurificava. Assim como nós não nos purificamos a nós
mesmos. Precisava ser um sacerdote; Cristo o nosso sumo
sacerdote que nos purifica Ef 1.7.
3.5. O homem que carregava as cinzas
3.6. Água viva corrente
Aponta para o poder purificador dessa água que é a

Palavra. Quem não se purificava contaminaria o tabernáculo e
seria executado por lapidação. Os sepulcros eram pintados de
branco para que alguém não topasse nele acidentalmente. Os
fariseus eram especialistas na pintura de sepulcros Mt 23.27.
3.7. Três e sete dias
608
O dia 3 a ressurreição de Cristo e o 7 a sua completação

perfeita.
3.8. A terra
Tipifica a igreja, quando alguém se contamina com a

morte espiritual fora da igreja o corpo recebe influência.
3.9. O vaso sem tampa
Somos vasos sem tampas com aberturas tais como:

olhos, ouvidos e a nossa mente. No que concerne à morte
devemos ser tampados. Devemos nos fechar em espírito Rm
9.23-24.
CONCLUSÃO
Sem a novilha vermelha seria impossível à purificação

nacional dos israelitas da contaminação do poder da morte.
Sem Cristo o nosso purificador sempiterno será impossível a
nossa purificação do pecado e da morte eterna.
609
610

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Manancial de Mensagens Genésio Santos

É com prazer inusitado que apresento ao público de língua portuguesa

Pr. Dr. José Clarimundo César

01. A Arte de Pregar ............................................ .07

30. O Arrebatamento da Igreja ................................ 268

TEMA: COMO PREPARAR PREGAÇÕES DE SUCESSO

Os ministros de Deus precisam falar ao povo como se

passou a ser usado para denominar a prédica. Daí deriva a

2.3. Ore pedindo constantemente ao Senhor a graça de

3. A URGENTE NECESSIDADE DE PREGADORES

4.1.3. Não tem começo e nem fim.

5.1.4. Uma boa caminhada ajudará a circulação sangüínea e

5.3. O Preparo Cultural

encontra-se presente. Na sociedade romana de então, o

7.4. Deve ser Organizada

7.5.5. Comentários Bíblicos

270. História Geral da Igreja Cristã.

972. Estados Unidos da América do Norte.

8.1. A Pregação Como Meio de Comunicação

8.2.3. Cacofonia: Som desagradável ou palavra de sentido

8.4. Alguns Coletivos de Uso Comum

8.5. Pronomes de Tratamento

8.5.6. Vossa Excelência (V. Ex.a) - Para altas autoridades.

8.6.7. A priori - Anterior à verificação.

8.6.26. Quorum - Número mínimo para funcionamento de

TU DU LU DLU DLU DNU DNU DRU

FARÁ FARÁ FARÁ FRA FRA

BRA CRA DRA FRA GRA PRA TRA VRA

BLA CLA DLA FLA GLA PLA TLA

1. TRAVA– LÍNGUAS PARA TREINO ARTICULATÓRIO

Cacilda é grácil, hábil, amável, social

no ano pelo pregador. Ela contém 31.175 versículos e 1.189

Quem lê bastante amadurece rapidamente, e pergunta

Verdades sumamente preciosas podem ser grandemente

Use a mudança do tom de voz para desmonotizar o que

10.3. O Preparo do Auditório

o homem credenciado pelo Sábio Arquiteto do Universo, e já

11.1.15. Apresentar com ouvidos e unhas sujas

11.2.1. EXPRESSAR PODER

11.2.2. EXPRESSAR GOVERNO

11.2.3. EXPRESSAR GRANDEZA

11.2.4. EXPRESSAR PROFUNDIDADE

11.2.5. EXPRESSAR DISTÂNCIA

11.2.6. EXPRESSAR O PRESENTE

11.2.7. EXPRESSAR O PASSADO

11.2.8. EXPRESSAR O FUTURO

11.3. COM A CABEÇA

11.3.2. EXPRESSAR DÚVIDA

11.4. COM O TRONCO

11.4.2. EXPRESSAR HUMILDADE

11.5. COM OS OMBROS

11.5.1. EXPRESSAR FORTALEZA

12. O QUE O PREGADOR PRECISA AO ASSUMIR A

12.9. Não deve em hipótese alguma se esquecer de tecer um

13.2. Como Falar ao Telefone

13.4. O Cuidado Com as Conversas

diferenciar o objetivo de cada trabalho para não se exasperar.

reservado para o desfrute da família. Se isso não ocorrer,

13.11. O Compromisso do Pregador Para Com a

nenhum tipo de exigência. Se for convidado, o certo é deixar

nas prateleiras de sua divina revelação o remédio certo para

14.10. A oração fervorosa levará o pregador às minas do

14.21. O pregador que usa um texto além de desenvolver a